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LUCÍOLA




José de Alencar
O  escritor brasileiro José de Alencar
 nasceu no Ceará, região nordeste do
 Brasil,no ano de 1829. Antes de iniciar
 sua vida literária, atuou como
 advogado, jornalista, deputado e
 ministro da justiça. Aos 26 anos
 publicou sua primeira obra: “Cinco
 Minutos”.
 Podemos considerar Alencar como o
 precursor do Romantismo no Brasil
.
Dentro das quatros características: Indianista,
  Urbano, Regional e Histórico.
    Escritor de obras com estilos variados, este
  escritor cearense criou romances que abordam o
  cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido
  como romance de costume, destacam –se os
  livros: Diva, Lucíola, e Senhora.
.
José de Alencar
 Paulo Silva, o personagem- narrador, é um
 rapaz de 25 anos, pernambucano, recém-
 chegado ao Rio de Janeiro, em 1855, com a
 intenção de ai se estabelecer.
 No dia mesmo da sua chegada à corte do
 (Rio de janeiro), após o jantar, sai em
 companhia de um amigo para conhecer a
 cidade. Na rua das Mangueiras vê passar em
 um carro uma jovem muito bela. Um
 imprevisto faz parar o carro, dando a Paulo a
 oportunidade de repará-la melhor.
.
 Dia    após, em companhia de outro
    amigo, o Dr. Sá, Paulo participa da
    festa de N. Senhora da Glória, quando
    lhe aparece a linda moça. Informando-
    se do amigo, fica sabendo tratar-se de
    Lúcia, a prostituta mais bela,
    requintada e disputada da cidade. Mas
    ele se impressiona com a “expressão
    cândida do rosto e a graciosa
    modéstia do gesto, ainda mesmo
    quando os lábios dessa mulher
    revelam     a    cortesã   franca    e
    imprudente.”
Lúcia:    Sua principal característica é
 a contradição. Como cortesã era a
 mais depravada. No entanto, a
 prostituição era- lhe um tormento
 constante, já que não se entregava
 totalmente a ela. E os atos libidinosos
 constituíam para ela verdadeira
 autopunição aliada á angustiante
 sentimento de culpa.
.
Maria     da Graça: Menina, pureza,
    ingenuidade,     inocência,    simples
    meiga, tende para o amor. Perdida a
    virgindade física, Lúcia, por meio da
    compreensão e amor de Paulo, tende
    para a virgindade do espírito. “Elas
    não sabem,como tu, que eu tenho
    outra virgindade do coração!” . Para
    isso renuncia a qualquer amor
    sensual. Mesmo ao de Paulo, de
    quem fora amante e a quem passou a
    negar um simples beijo.
.
Paulo:        É um provinciano de
    Pernambuco, 25 anos, que veio tentar
    se estabelecer no Rio de Janeiro. O
    romance não esclarece se ele é ou não
    formado. É o narrador da história e
    como tal faz desviar a atenção do leitor
    para Lúcia e outros aspectos, não
    relevando certas informações suas. Os
    detalhes     físico,   por    exemplo.
    Coisa, aliás, rara em José de
    Alencar, tratando-se de personagem
    central.
.
   Ana: É a irmã de Lúcia, “Era o retrato de
Lúcia, com a única diferença de ter uns
longos e de louro cinzento nos cabelos
anelados. Ana já conhecia a irmã e a
amava ignorando os laços de sangue
que existiam entre ambas.” Lúcia tenta
casá-la com Paulo para ser uma espécie
de perpetuação e concretização de seu
amor por ele.
.
Paulo     x Lúcia: Há motivos de
    aproximação e de afastamento entre
    ambos. Chegamos a uma composição
    final. A composição é desejada por
    ambos, mas é preciso que antes
    muitas arestas sejam aparadas. Não é
    graciosamente que o ser humano se
    completa e se acha, mas através de
    muita luta e muito erro.
 1855   “ A primeira vez que vim ao Rio de
  Janeiro foi em 1855.” Numa leitura atenta, o
  leitor percebe no livro o Rio de Janeiro da
  época de D. Pedro II, com seus salões, sua
  burguesia, suas vitrinas chiques na Rua do
  Ouvidor com mercadorias elegantes vindas
  de Paris ou Londres, seus tílburis, seu
  vestuário, etc.
 Como o tempo narrativo é eminentemente
  “cronológico”. Ou seja, em Lucíola os
  acontecimentos se sucedem numa ordem
  quase normal, com uma seqüência natural de
  horas, dias, meses e anos.
    O cenário onde se desenrola a ação é o
    Rio de Janeiro. Há referencias de seus
    bairros (Santa Tereza), ruas (das
    Mangueiras), população, festa (a da
    Glória), teatros, lojas elegantes, etc.
     O segundo encontro já foi totalmente
    diferente, em local e desfecho. Foi nos
    jardins da casa do Dr. Sá, onde Lucia
    desfilara nua perante os convidados. O
    cenário é bem o gosto do romantismo:
     a natureza.
    Lucíola é um romance narrado em
    primeira pessoa, ou seja, quem narra
    a história não é Alencar diretamente.
    Ele o faz por meio de um personagem
    que viveu os episódios. No caso, esse
    personagem narrador é Paulo, que
    em cartas dirigidas a uma senhora
    (por quem o autor se faz passar)
    conta uma história de amor
    acontecida a seis anos entre ele e
    Lúcia.
.
 Na estrutura narrativa de Lucíola,
 portanto,    pode-se      observar       o
 seguinte:
 1.Há um autor real: José de Alencar.
 2. Um autor fictício: a senhora G.M
 (pseudôminio de Alencar), destinatária
 das cartas de Paulo.
 3.  Um narrador: Paulo, com a
 incumbência e o privilégio de ordenar os
 fatos,    comentá-los      e    tirar-lhes
 conclusões.
    A obra,publicada em 1862, é um romance de
    amor bem ao sabor do Romantismo, muito
    embora uma ou outra manifestação do estilo
    Realista ai se faça presente. Em todos os
    romances urbanos, Alencar aborda o amor
    como tema central. Ou, para ser mais exato,
    “aborda a situação social e familiar da mulher,
    em fase do casamento e do amor”. Mas o
    amor como o entendia a mentalidade
    romântica da época, um amor sublimado,
    Idealizado, capaz de renúncias, de sacrifícios,
    de heroísmo e até de crimes, mas redimindo-
    se pela própria força acrisoladoras de sua
    intensidade e de sua paixão.
    Em Lucíola , temática central está
    exatamente na exaltação do amor
    como força purificadora, capaz de
    transformar uma prostituta numa
    amante sincera e fiel.
O romance é impregnado da idéia de
morte pois Lúcia está continuamente a se
queixar de uma doença misteriosa que
Paulo não compreende nem aceita,
supondo-se trata-se de refinada desculpa
para não se entregar a ele sexualmente.
Lúcia não acredita nem admite que uma
mulher como ela possa usufruir das
alegrias e gozos do amor conjugal dando
ao esposo o mesmo corpo que tantos
outros tiveram.
E chega-se,afinal a temática básica de
Lucíola. A intriga é calcada em assunto
romântico: A situação social da mulher
em face do amor. Do “amor” como o
concebe           o         Romantismo:
sublimado, capaz de renúncias, de
sacrifícios, de heroísmo, que está
acima        dos      fatores     sócio-
econômicos, que trinfa apesar das
convenções sociais.
THE END
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A história de amor de Paulo e Lúcia

  • 2. O escritor brasileiro José de Alencar nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil,no ano de 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos 26 anos publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”.  Podemos considerar Alencar como o precursor do Romantismo no Brasil
  • 3. . Dentro das quatros características: Indianista, Urbano, Regional e Histórico. Escritor de obras com estilos variados, este escritor cearense criou romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido como romance de costume, destacam –se os livros: Diva, Lucíola, e Senhora. .
  • 5.  Paulo Silva, o personagem- narrador, é um rapaz de 25 anos, pernambucano, recém- chegado ao Rio de Janeiro, em 1855, com a intenção de ai se estabelecer.  No dia mesmo da sua chegada à corte do (Rio de janeiro), após o jantar, sai em companhia de um amigo para conhecer a cidade. Na rua das Mangueiras vê passar em um carro uma jovem muito bela. Um imprevisto faz parar o carro, dando a Paulo a oportunidade de repará-la melhor.
  • 6. .  Dia após, em companhia de outro amigo, o Dr. Sá, Paulo participa da festa de N. Senhora da Glória, quando lhe aparece a linda moça. Informando- se do amigo, fica sabendo tratar-se de Lúcia, a prostituta mais bela, requintada e disputada da cidade. Mas ele se impressiona com a “expressão cândida do rosto e a graciosa modéstia do gesto, ainda mesmo quando os lábios dessa mulher revelam a cortesã franca e imprudente.”
  • 7. Lúcia: Sua principal característica é a contradição. Como cortesã era a mais depravada. No entanto, a prostituição era- lhe um tormento constante, já que não se entregava totalmente a ela. E os atos libidinosos constituíam para ela verdadeira autopunição aliada á angustiante sentimento de culpa.
  • 8. . Maria da Graça: Menina, pureza, ingenuidade, inocência, simples meiga, tende para o amor. Perdida a virgindade física, Lúcia, por meio da compreensão e amor de Paulo, tende para a virgindade do espírito. “Elas não sabem,como tu, que eu tenho outra virgindade do coração!” . Para isso renuncia a qualquer amor sensual. Mesmo ao de Paulo, de quem fora amante e a quem passou a negar um simples beijo.
  • 9. . Paulo: É um provinciano de Pernambuco, 25 anos, que veio tentar se estabelecer no Rio de Janeiro. O romance não esclarece se ele é ou não formado. É o narrador da história e como tal faz desviar a atenção do leitor para Lúcia e outros aspectos, não relevando certas informações suas. Os detalhes físico, por exemplo. Coisa, aliás, rara em José de Alencar, tratando-se de personagem central.
  • 10. .  Ana: É a irmã de Lúcia, “Era o retrato de Lúcia, com a única diferença de ter uns longos e de louro cinzento nos cabelos anelados. Ana já conhecia a irmã e a amava ignorando os laços de sangue que existiam entre ambas.” Lúcia tenta casá-la com Paulo para ser uma espécie de perpetuação e concretização de seu amor por ele.
  • 11. . Paulo x Lúcia: Há motivos de aproximação e de afastamento entre ambos. Chegamos a uma composição final. A composição é desejada por ambos, mas é preciso que antes muitas arestas sejam aparadas. Não é graciosamente que o ser humano se completa e se acha, mas através de muita luta e muito erro.
  • 12.  1855 “ A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.” Numa leitura atenta, o leitor percebe no livro o Rio de Janeiro da época de D. Pedro II, com seus salões, sua burguesia, suas vitrinas chiques na Rua do Ouvidor com mercadorias elegantes vindas de Paris ou Londres, seus tílburis, seu vestuário, etc.  Como o tempo narrativo é eminentemente “cronológico”. Ou seja, em Lucíola os acontecimentos se sucedem numa ordem quase normal, com uma seqüência natural de horas, dias, meses e anos.
  • 13. O cenário onde se desenrola a ação é o Rio de Janeiro. Há referencias de seus bairros (Santa Tereza), ruas (das Mangueiras), população, festa (a da Glória), teatros, lojas elegantes, etc. O segundo encontro já foi totalmente diferente, em local e desfecho. Foi nos jardins da casa do Dr. Sá, onde Lucia desfilara nua perante os convidados. O cenário é bem o gosto do romantismo: a natureza.
  • 14. Lucíola é um romance narrado em primeira pessoa, ou seja, quem narra a história não é Alencar diretamente. Ele o faz por meio de um personagem que viveu os episódios. No caso, esse personagem narrador é Paulo, que em cartas dirigidas a uma senhora (por quem o autor se faz passar) conta uma história de amor acontecida a seis anos entre ele e Lúcia.
  • 15. .  Na estrutura narrativa de Lucíola, portanto, pode-se observar o seguinte:  1.Há um autor real: José de Alencar.  2. Um autor fictício: a senhora G.M (pseudôminio de Alencar), destinatária das cartas de Paulo.  3. Um narrador: Paulo, com a incumbência e o privilégio de ordenar os fatos, comentá-los e tirar-lhes conclusões.
  • 16. A obra,publicada em 1862, é um romance de amor bem ao sabor do Romantismo, muito embora uma ou outra manifestação do estilo Realista ai se faça presente. Em todos os romances urbanos, Alencar aborda o amor como tema central. Ou, para ser mais exato, “aborda a situação social e familiar da mulher, em fase do casamento e do amor”. Mas o amor como o entendia a mentalidade romântica da época, um amor sublimado, Idealizado, capaz de renúncias, de sacrifícios, de heroísmo e até de crimes, mas redimindo- se pela própria força acrisoladoras de sua intensidade e de sua paixão.
  • 17. Em Lucíola , temática central está exatamente na exaltação do amor como força purificadora, capaz de transformar uma prostituta numa amante sincera e fiel.
  • 18. O romance é impregnado da idéia de morte pois Lúcia está continuamente a se queixar de uma doença misteriosa que Paulo não compreende nem aceita, supondo-se trata-se de refinada desculpa para não se entregar a ele sexualmente. Lúcia não acredita nem admite que uma mulher como ela possa usufruir das alegrias e gozos do amor conjugal dando ao esposo o mesmo corpo que tantos outros tiveram.
  • 19. E chega-se,afinal a temática básica de Lucíola. A intriga é calcada em assunto romântico: A situação social da mulher em face do amor. Do “amor” como o concebe o Romantismo: sublimado, capaz de renúncias, de sacrifícios, de heroísmo, que está acima dos fatores sócio- econômicos, que trinfa apesar das convenções sociais.