Este documento descreve a agenda de uma formação de professores sobre o programa de alfabetização PAIC no Ceará. A agenda inclui apresentações sobre gêneros textuais como lendas e fábulas, atividades de leitura e produção de texto, e discussões sobre estratégias pedagógicas como a leitura compartilhada.
Relato projeto fábulas: curso aprendendo e ensinando com as ti cs
PAIC 4a Etapa
1. PROGRAMA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA – PAIC EIXO ALFABETIZAÇÃO VI FORMAÇÃO – 4ª ETAPA FORTALEZA, SETEMBRO DE 2008 LOCAL: HOTEL LISBOA
2. AGENDA DO DIA 01 – Apresentação da Agenda do Dia; 02 – Roda Literária: Lendas Regionais ou a História: Léo e Albertina 03 - Registro das ações – municípios; 04 – Leitura dos Objetivos da 4ª Etapa; 05 – Apresentação dos Materiais da 4ª Etapa; 06– Planilha/ Reflexão Teórica; 07 – Situação didática (Casos 1 e 2): 08 – Esquema Didático 09 - Avaliação da SEDUC; 10 – Encerramento.
5. MATERIAIS DIDÁTICOS UTILIZADOS NA 4ª ETAPA 1. LIVRO DE LEITURA: Lenda do Lobisomem, Fábula O Lobo e o Cordeiro; Texto informativo sobre lobos e o Lobo-Guará. 2. CADERNO DE ATIVIDADES DO ALUNO: Atividades da 4ª etapa. 3. CARTAZES: CARTAZ 13 - Lenda do Lobisomem; CARTAZ 14 - Fábula o Lobo e o Cordeiro; CARTAZ 15 – Lobos de verdade CARTAZ 16 - Lobo-Guará. 4. FICHAS DIDÁTICAS: FICHA 10 - Gravura – Títulos/personagens - Letra de Forma; FICHA 11 - Gravura – Títulos/personagens - Letra Cursiva; FICHA 12 - Títulos - Letra de Forma; FICHA 13 - Títulos - Letra Cursiva. 5. CARTELAS DIDÁTICAS - cartelas de 5 a 10.
6. GÊNERO TEXTUAL: LENDA CONCEITO : é uma narrativa de cunho popular que é transmitida, principalmente de forma oral, de geração para geração. As lendas não podem ser comprovadas cientificamente, pois são frutos da imaginação das pessoas que as criaram. FUNÇÃO : divertir, ensinar e fixar costumes e crenças de determinada região. ESTRUTURA : Narrativa (introdução, desenvolvimento e conclusão). SARAIVA, Juracy Assmann. Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto Alegre, 2001.
7. GÊNERO TEXTUAL: FÁBULA CONCEITO : fábula, em sentido amplo, pode ser definida como uma narrativa curta com ações protagonizadas por vegetais, objetos, animais e seres humanos, que apresenta uma moral implícita. FUNÇÃO : divertir e instruir. ESTRUTURA : 1 – Narrativa, também chamada de corpo em que revelam as ações realizadas pelos seres acima citados; 2 – A moral, denominada de alma, que explicita o ensinamento pretendido. SARAIVA, Juracy Assmann. Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto Alegre, 2001.
8. Esse modelo de narrativa como objeto de leitura para crianças é recomendado, principalmente pela natureza alegórica de seu discurso e pela possibilidade de discussão sobre a moral, levando o leitor a questioná-la e relacioná-la com o mundo real. Citamos como exemplo as Fábulas de Esopo (620-560), um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia antiga: A raposa e as uvas; A tartaruga e a lebre; O vento norte e o vento sul; O menino que criava lobo; O lobo e o cordeiro. No Brasil quem recriou as fábulas foi Monteiro Lobato.
9. LEITURA COMPARTILHADA Leitura entre professor e aluno. Em alguns momentos da rotina de sala de aula, o/a professor/a pode ler junto com as crianças alguns textos (adivinhas, cantigas de roda, parlendas, quadrinhas, ou trava-línguas) que elas conheçam bastante, para que possam inferir a antecipar significados durante a leitura.
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12. REVISÃO E REESCRITA É através da reescrita que o autor aperfeiçoa sua produção. Ela, resulta da autonomia que o texto escrito tem; diz respeito a toda a elaboração do texto. Desse modo, a reescrita faz parte do processo de escrita, sendo uma prática essencial para o ensino da produção textual. A reescrita é muitas vezes confundida com a revisão. A revisão é a correção que ocorre durante a escrita do texto, e a reescritura é a que acontece depois do texto. KÖCHE, Vanilda Salton; PAVANI, Cinara Ferreira; BOFF, Odete Maria Benetti. O processo de reescrita na disciplina de Língua Portuguesa Instrumental. Universidade de Caxias do Sul. Linguagem & Ensino, Vol. 7, No. 2, 2004 (141-164).
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14. CONHECIMENTO PRÉVIO A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio. Em busca da construção do sentido do texto, o leitor utiliza vários níveis de conhecimentos adquirido ao longo de sua vida, como: conhecimento lingüístico, conhecimento textual e conhecimento de mundo KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. São Paulo: Pontes, 2007.
15. O CONHECIMENTO LINGÜÍSTICO abrange o conhecimento sobre como pronunciar o português; conhecimento do vocabulário; regras da língua; e uso da língua.
17. O CONHECIMENTO DE MUNDO Conhecimento adquirido tanto formalmente, na escola, como informalmente através de experiências e convívios na sociedade. A ativação do conhecimento prévio permite o leitor fazer as inferências necessárias para relacionar as diferentes partes do texto num todo coerente. Sem o engajamento dos diversos conhecimentos não haverá compreensão.
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21. FRASE Oi, gente! Que horror! Silêncio! Na escrita, a frase começa com letra maiúscula e termina com ponto. Na fala, a frase é demarcada pela entonação. CEREJA, W. R e MAGALHAES, T. C. Gramática: texto, reflexão e uso.São Paulo: Atual, 2004.
22. SITUAÇÃO DIDÁTICA ESTUDO DO CASO 1 Rafaela é professora do 1º ano e seus alunos estão começando a escrever histórias. Rafaela : Olhem aqui, hoje eu trouxe uma história para eu ler para vocês (mostra o livro de leitura aberto na página 83). É a lenda do lobisomem. Alguém conhece essa lenda? O que ela conta? Agora escutem (Rafaela lê a história aos seus alunos). Aluno : professora eu conheço de outro jeito. Rafaela : Legal! Você pode contar pra gente? (O aluno conta a versão que conhece) Rafaela : Agora vocês abram o caderno na página 80 e escrevam a lenda do lobisomem do jeito que vocês souberem.
23. Aluna : Professora, eu esqueci a história. Como é mesmo heim? Aluno : Professora, como é que eu escrevo lobisomem? Rafaela: Cada um vai pensar e escrever do jeito que souber. Agora comecem a escrever. Vou ficar aqui aguardando pela tarefa. (Uma criança começa a chorar. Rafaela vai até a cadeira do aluno e pergunta o motivo do choro). Aluno: Professora, eu não sei escrever e por isso não posso fazer a tarefa. (Rafaela acolhe seu aluno e diz que ele está ali justamente para aprender a ler e a escrever e que ela o ajudará). Rafaela : É importante que você tente, pense nas letras que você acha que tem naquilo que você quer escrever. Estou aqui ao seu lado para ajudá-lo e você também pode pedir a ajuda de um amigo. Mas é importante que você tente e pense sobre a lenda e sobre a forma de escrever. O que você quer escrever? Aluno: lenda do lobisomem. Rafaela : lenda do lobisomem. Que letras você acha que tem nesse título? Com o apoio de Rafaela, o menino se acalma e escreve: JROGEPIHENRO (lenda do lobisomem) (Ao final da atividade, Rafaela recebe os cadernos dos seus alunos para depois ler cada produção de texto).
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25. ESTUDO DO CASO 2 A professora Ana quer trabalhar com seus alunos os conteúdos: segmentação e análise estrutural das palavras. Depois de ler a lenda do lobisomem, Ana escreve na lousa e lê para sua turma a seguinte frase: A LENDA DIZ QUE O LOBISOMEM É UM HOMEM QUE TODA SEXTA-FEIRA, À MEIA-NOITE, SE TRANSFORMA EM LOBISOMEM. Em seguida, Ana pede que seus alunos abram o caderno na página 81 para fazer as atividades A, B e C.