1) O documento introduz o tema da epilepsia e pretende manter o leitor informado sobre a doença de forma simples e acessível;
2) A Organização Mundial de Saúde lançou a campanha "Epilepsia Fora das Sombras" para criar um modelo de atendimento integral aos pacientes com epilepsia e melhorar sua qualidade de vida;
3) A epilepsia é um tema de direitos humanos que diz respeito à sociedade e ao Estado, de acordo com a Constituição Brasileira.
1. Epilepsia
em Debate
na Sociedade
0800 647 3700
Vol. II
Rua Jamary, Bairro Olaria - Porto Velho/RO - CEP 76801-917
VENDA PROIBIDA Por Edmilson Fonsêca
1
Telefone (69) 3216-3700 - www.mp.ro.gov.br
2. TELEFONES ÚTEIS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE PACIENTES
TEL. (69) 3216-3700 COM EPILEPSIA - ASPE
CAOP SAÚDE Cx.P. 6106-13083-970 CAMPINAS - SP
TEL. (69) 3216-3989 TEL. (19) 3521-7292
CAOP EDUCAÇÃO E-MAIL: info@aspebrasil.org
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CASA DA CIDADANIA
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE
TEL. (69) 3216-0500 ou 3216-0539 EPILEPSIA
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ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE
DE EPILEPSIA - ARE
TEL. (69) 9285-6136 e 9231-0909
E-MAIL: epilepsia.pvh@hotmail.com
EXPEDIENTE
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
Héverton Alves de Aguiar
PROJETO GRÁFICO E PRODUÇÃO
Waldiney Farias Braga - Segraf/MPRO
3. APRESENTAÇÃO
Coube-me a honrosa tarefa de ler em primeira mão a
publicação “Epilepsia em Debate”, de autoria do Procurador
de Justiça Edmilson Fonsêca, Decano do Ministério Público de
Rondônia.
Concebido para distribuição na rede de ensino do
Estado de Rondônia, verifica-se que sua compreensão vai
muito além do plano educativo, servindo também para o
despertar da sociedade e das autoridades constituídas para a
consecução de uma política de saúde pública em atenção à
pessoa com epilepsia.
Em tão boa hora, o propósito do trabalho torna efetivo,
na área da saúde, um dos aspectos do Plano Geral de Atuação
(PGA) da Instituição para o biênio 2011/2012, aprovado pelo
Colégio de Procuradores de Justiça, este em harmonia com o
projeto “Epilepsia Fora das Sombras” da Organização Mundial
da Saúde (OMS), executado no Brasil pela ASPE.
De outro tanto, afigura-se oportuna a empreitada,
em consonância com o novo perfil que se almeja para o
Ministério Público Brasileiro, com atuação precípua na área
social, cumprindo, desse modo, mandamento da Carta da
República de 1988.
Plantada em terra fértil – Rondônia – certamente a
publicação “Epilepsia em Debate” renderá bons frutos, cem
vezes tanto.
Por derradeiro, ouso recomendar a sua leitura por ser
esclarecedora e de fácil acesso, apesar do tema árido.
Bom proveito.
HÉVERTON ALVES DE AGUIAR
Procurador-Geral de Justiça
5. ANOTAÇÕES
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________ Um caso exemplar é o de Ana Maria, que padece de
________________________________________________ epilepsia há mais de cinquenta anos.
________________________________________________ Ela não se deixou abater pelo preconceito e pela
discrimação da sociedade.
________________________________________________
Com esforço e dedicação, diplomou-se em “Desenho
________________________________________________ Artístico e Publicitário“ pelo Instituto Universal Brasileiro.
________________________________________________ Com o seu talento artístico, tem conseguido manter
________________________________________________ boa qualidade de vida.
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
_________________________________________________
28 5
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Professor Li Li Min (Unicamp/SP) – Palestra sobre Epilepsia
no auditório do MPRO – Porto Velho/RO – em setembro de
2010;
2. Drª Li Hui Ling – Palestra sobre Epilepsia no auditório do
MPRO (GIS) – Porto Velho – em Setembro de 2010;
3. Profª Maria Carolina Doretto (UFMG) – Palestra sobre
Epilepsia no auditório do MPRO (UNIR), em junho de 2011;
4. E. APPLETTON/Richard – Tudo sobre Epilepsia – São Paulo/
SP – Andrei Editora LTDA – 2000;
5. DA COSTA, Araújo Filho/Geraldo – Dostoiévski e Eu: A
Epilepsia em Nossas Vidas – Teresina/Piauí – 2005;
6. CARLOS ALEIXO Sepúlvida/Fernando – Manual de Epilepsia
– Colina Editora – 2000;
7. DE ALBUQUERQUE/Marly e CUKIERT/Artur – Epilepsia e
Qualidade de Vida – Editora Alaúde – 2007.
8. CONEXÃO 10.000 - ASPE
27
7. se machuque;
( ) oferecer líquidos e/ou passar álcool auxilia na recuperação da
pessoa para que retorne da crise;
( ) deve-se virar o rosto da pessoa de lado para que a baba não
seja aspirada;
( ) devem-se evitar aglomerações em tomo do doente para que
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
o indivíduo possa respirar melhor;
( ) chamar socorro de um profissional de saúde;
( ) deve-se colocar o dedo ou um objeto na boca do doente para
que este não morda ou se engasgue com a língua.
outros: _____________________________________________
9- Como você avalia seus conhecimentos sobre epilepsia?
( ) nenhum
( ) insuficiente
( ) moderado Dra. Rosária Gonçalves Novais (Defensora Pública de
( ) avançado
Rondônia)
10-Marque abaixo a resposta que achar correta: Dr. Li Li Min (UNICAMP-SP)
10.1 - Você acha que a pessoa com epilepsia é deficiente? Dr. Lucas Magalhães (UFMG)
( ) sim ( ) não ( ) não sei Dr. Eduardo Portela (neurologista - BH)
10.2 - Você acha que a epilepsia é uma doença espiritual?
( ) sim ( ) não ( ) não sei Profa. Maria Carolina Doretto (UFMG)
10.3 - Você acha que a pessoa com epilepsia é perigosa?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
10.4 - Você acha que a pessoa com epilepsia é rejeitada pela
sociedade?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
10.5 - Você acha que a epilepsia é uma doença contagiosa?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
10.6 - Você acha que a baba pode transmitir a doença?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
10.7 - Uma pessoa com epilepsia tem mais dificuldade de
conseguir emprego?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
26
8. II- DADOS SOBRE EPILEPSIA:
1- Você sabe o que é epilepsia? ( ) sim ( ) não
2-Se sim, o que é?____________________________________
___________________________________________________
3- Se não, o que você acha que é? _______________________
___________________________________________________
4- Você acredita que a epilepsia seja causada por quais
fatores?
( ) verme
( ) fatores tóxicos
( ) mau olhado
( ) fatores genéticos
( ) castigo de Deus
( ) vontade de alguma coisa
( ) doenças infecciosas
( ) traumas ou agentes físicos
( ) outros: ___________________________________________
5- Você conhece alguém com epilepsia? ( ) sim ( ) não
6- Se sim, qual a relação social dessa pessoa com você?
( ) mesmo ambiente de trabalho;
( ) mesmo ambiente de estudo;
( ) vizinho;
( ) parente distante;
( ) parente que reside na mesma cidade;
( ) parente que reside na mesma casa;
( ) outros:____________________________________
7 - Você já presenciou alguma crise convulsiva? ( ) sim ( ) não
8- Durante a crise, como você acha que as pessoas devem
socorrer o doente? Marque apenas as opções que achar
corretas:
( ) nada deve ser feito;
( ) a pessoa em crise deve ser totalmente imobilizada;
( ) deve-se apoiar a cabeça do indivíduo em crise para que não
25
9. 9. ENQUETE SOBRE EPILEPSIA
SUMÁRIO
Caro leitor,
Creio ter chegado o momento para saber como anda
seu conhecimento acerca da Epilepsia.
Para tanto, esta coluna lança uma enquete “TESTE
SEU CONHECIMENTO” sobre o tema, objetivando sondar seu INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................11
aprendizado. 1. SÍNTESE HISTÓRICA ...................................................................................................................12
I- DADOS PESSOAIS: 2. NOVAS DROGAS PARA O TRATAMENTO DA EPILEPSIA........................................13
1-Idade: ______ anos
3. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE PRIMEIROS SOCORROS .....................................15
2- Sexo: ( ) masculino ( ) feminino 4. A ESCOLA MODERNA PRECISA PREPARAR-SE PARA
RECEBER ALUNOS(AS) COM EPILEPSIA...............................................................................16
3- Nível de escolaridade:
( ) Analfabeto; 5. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ESCOLA SOBRE
( ) Sabe ler e escrever; O ALUNO(A) COM EPILEPSIA ....................................................................................................17
( ) Ensino Fundamental incompleto até a 4a série;
6. BULLYING E BAIXO REDIMENTO DO ALUNO(A) COM EPILEPSIA ...................18
( ) Ensino Fundamental incompleto após a 4a série;
( ) Ensino Fundamental completo; 7. SEGURANÇA DA PESSOA COM EPILEPSIA NO DIA A DIA ..................................20
( ) Ensino Médio incompleto;
( ) Ensino Médio completo; 8. FÉRIAS DAS PESSOAS COM EPILEPSIA ...........................................................................21
( ) Superior incompleto; 9. ENQUETE SOBRE EPILEPSIA ..................................................................................................24
( ) Superior completo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................27
4. Cor ou Raça: ( ) branca ( ) negra ( ) amarela ( ) parda
( ) indígena ( ) outra
5. Estado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) viúvo ( ) divorciado
( ) outro:
6-Profissão: ________________________________________
_____________
7- Religião: ( ) católica ( ) evangélica ( ) espírita ( ) nenhuma
( ) Outra:
24 9
10. Segundo pesquisa, o meio de transporte mais seguro
para a pessoa com epilepsia é o avião.
Por incrível que pareça, nesse tipo de transporte a crise
epiléptica não acontece com frequência.
Quando ocorre, geralmente está associada ao estresse.
Viagem aérea muito longa, que implique atravessar
fusos horários, sem dúvida afeta os horários da medicação e
pode resultar em crise epiléptica.
Em todo caso, não deixe de curtir suas merecidas férias
por conta da epilepsia.
23
11. como insere-se nos direitos sociais, assegurados na Carta da
República.
INTRODUÇÃO
Quando se trata de uma viagem de férias de pessoa
com epilepsia, a lista de preocupações aumenta, levando-se Pretendemos, meu caro leitor, doravante, travar com
em consideração o meio de transporte a ser utilizado: você um diálogo simples e acessível acerca da Epilepsia.
Minha modesta intenção não é fazer ciência, mas
mantê-lo informado sobre a Epilepsia.
As pessoas com Epilepsia buscam participação
no processo jurídico-social e pedem proteção contra o
preconceito e a discriminação.
TERRESTRE (ÔNIBUS)
Meio de
Transporte MARÍTIMO (NAVIO) O papel da imprensa nesse processo é de capital
AÉREO (AVIÃO) importância: para informar que as pessoas com epilepsia são
seres humanos comuns, que têm direito à proteção e respeito
como qualquer cidadão, dignamente considerado.
Neste quesito, o problema não é o meio de transporte Preocupada com a situação das pessoas com epilepsia
a ser utilizado, mas sim, o estresse. no mundo, a Organização Mundial de Saúde – OMS lançou
A viagem por via terrestre, especialmente a de ônibus, uma Campanha Global denominada “Epilepsia Fora das
mais comum, não oferece tantos problemas se o viajante com Sombras” executada no Brasil pela ASPE, que tem como
epilespia, nesse tipo de transporte, não desencadeia crise de finalidade principal criar um modelo de atendimento integral
estresse capaz de levá-lo à crise epiléptica. aos pacientes com epilepsia, bem como melhorar sua
qualidade de vida e a de seus familiares.
Assim, ele pode curtir suas férias normalmente, fazendo
uso de sua medicação rotineira. Cuida-se, portanto, de um tema de direitos humanos,
que diz respeito à sociedade e ao Estado, por força da Carta
Como se sabe, a viagem marítima costuma provocar da República, consagradora da dignidade da pessoa humana,
enjoo nas pessoas. como fundamento do Estado Democrático de Direito.
No caso de pessoa com epilepsia, se ela tiver enjoo
do mar, isso pode afetar a eficácia das drogas antiepiléticas
ministradas para o controle da doença.
Uma boa conversa com o médico é necessária para
que ele prescreva algum remédio contra o enjoo em viagem
marítima.
22 11
12. Nos clubes e balneários populares, em dia de
1. SÍNTESE HISTÓRICA lazer, é recomendável que a pessoa com epilepsia esteja
acompanhada de pessoas (amigos, parentes) que saibam de
Os gregos, há mais de 3 mil anos, empregavam a sua condição e que possam lhe prestar socorro em caso de
palavra epilepsia para indicar a crise convulsiva, relacionada à crise.
possessão sagrada e não à enfermidade neurológica. Seria de bom grado que a pessoa com epilepsia
Coube a Hipócrates, patrono da medicina, na sua conhecesse e dominasse sua aura, ou seja, um aviso (aviso-
dissertação “Da Doença Sagrada”, refutar as crendices sobre prévio) que antecede a crise; ele próprio sairia do banho (rio,
a epilepsia proporcionando a investigação científica sobre a piscina, lagoa, etc) sem maiores problemas.
doença. No tratamento dentário, não deixe de falar com o
Pelo Código de Hamurabi, a pessoa com epilepsia dentista sobre a epilepsia de seu filho ou familiar. Ele, o
era tida como incapaz e proibida de casar, bem como seu dentista, certamente saberá adotar as medidas necessárias
testemunho não era válido em juízo. em caso de crise durante o tratamento dentário.
Um médico grego, de nome Aetius, sugeriu que a No que tange à identificação da pessoa com epilepsia,
epilepsia era provocada por tara sexual e recomendava a sua um grande número de organizações recomenda carteira de
castração como solução para a cura da doença. identificação em cartão ou em plástico, onde são anotados os
seguintes dados:
Um outro médico romano, chamado Galeno, admitiu
o cérebro como centro das convulsões. NOME COMPLETO
ENDEREÇO
Por isso, como remédio para todas as crises de epilepsia, NÚMERO DO TELEFONE
Carteira de
recomendava pó de crânio humano para a cura, situação que Identificação E-MAIL
perdurou por vários séculos. MÉDICO
TIPO DE CRISE
O mito do demônio nas crises epilépticas ganhou PRIMEIROS SOCORROS ADEQUADOS
relevância com o advento do Cristianismo na descrição do
Novo Testamento de uma cura e exorcismo feitos por Jesus
Cristo em um menino epiléptico. (Mt, 17: 14 -21 ) 8. FÉRIAS DAS PESSOAS COM
Nesta passagem evangélica residem os mitos mais EPILEPSIA
resistentes acerca da epilepsia: demônio, água e fogo como
provocadores de crises epilépticas.
Quem não gosta de viajar de férias?
As pessoas com epilepsia passaram pelos mais
esdrúxulos e cruéis tratamentos, tais como: ingestão de urina O direito às férias anuais é consagrado ao cidadão
como fundamento da dignidade da pessoa humana, bem
12 21
13. e fezes humanas, sangue de pessoas recém-executadas,
7. SEGURANÇA DA PESSOA COM sangria para dar escape aos maus espíritos, e até ingestão
EPILEPSIA NO DIA A DIA deum agente químico – cautério.
Com promessas de cura fácil, muitos pacientes
Este capítulo versa sobre a segurança da pessoa com morreram nas mãos de alquimistas ao ingerir as misturas feitas
epilepsia no dia a dia. por esses feiticeiros.
O assunto é abrangente e está ligado a múltiplas Hoje, a cura e o controle das crises estão mais ao
preocupações, tais como: alcance das pessoas com epilepsia, especialmente os mais
necessitados.
NO LAR Com dignidade e coragem não será difícil sepultar os
NO BANHO
Preocupações mitos que ainda cercam a doença epilepsia.
NO TRATAMENTO DENTÁRIO
com segurança
NA IDENTIFICAÇÃO
E EM MUITOS OUTROS ASPECTOS
Embora sua residência seja razoavelmente segura para
2. NOVAS DROGAS PARA O
toda a família, ainda assim, são necessárias algumas medidas TRATAMENTO DA EPILEPSIA
extras, especialmente quando se trata de criança.
Algumas medidas protetivas no lar são indispensáveis, Como é sabido, no meio especializado, nos últimos
vejamos: 15 ou 20 anos, novas drogas antiepilépticas (DAES) foram
introduzidas no tratamento da epilepsia, com maior eficácia
FECHAR O FOGÃO E OS BOTÕES no controle das crises.
REPARAFUSAR AS PORTAS DO BANHEIRO E DO
LAVATÓRIO PARA FORA Contudo, não se pode desprezar o tratamento com os
USAR AVENTAL DE COZINHEIRO medicamentos mais antigos.
CABO DE PANELAS VOLTADOS PARA A PESSOA QUE
COZINHA
Nessa perspectiva, os medicamentos mais antigos (de
Medidas de
NÃO SAIR CARREGANDO FRIGIDEIRAS COM primeira linha, bem como os de segunda linha), por força, dos
segurança LÍQUIDOS FERVENTES termos da Portaria 864/2002, do Ministério da Saúde, que trata
no lar O FORNO DE MICRO ONDAS É MAIS SEGURO QUE O do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para epilepsias
FORNO CONVENCIONAL
PORTAS DE MADEIRA SÃO MAIS SEGURAS QUE
refratárias, deveriam ser regularmente fornecidos pela rede do
PORTAS DE VIDRO SUS, o que infelizmente não acontece na prática.
ARMÁRIOS EMBUTIDOS PARA EVITAR CANTOS
PONTUDOS
CHUVEIRO É MAIS SEGURO QUE BANHEIRA, ETC
20 13
14. aspecto, com pessoal e material adequados para abordar a
FENOBARBITAL questão na sala de aula.
FENITOÍNA
(DAES) de Primeira Linha Outra questão angustiante é o rendimento escolar do
CARBAMAZEPINA
aluno com epilepsia.
ÁCIDO VALPRÓICO
Em razão da falta de informações é comum professores
e pais culparem a epilepsia pelo baixo rendimento do aluno.
LAMOTROGINA Ledo engano. A questão merece maior reflexão, pois a
VIGABATRINA escola e os pais podem estar ignorando outras causas para o
(DAES) de Segunda Linha baixo progresso do aluno na escola.
GABAPENTINA
TOPIROMATO Entretanto, se a escola e os pais estiverem seguros de
que o baixo rendimento do aluno é decorrente da epilepsia,
neste caso, deve-se considerar:
Além disso, novos drogas antiepiléticas estão sendo
testadas em modelos animais.
DESGOSTO EM RELAÇÃO À ESCOLA POR CAUSA DAS
CARISBAMATO PROVOCAÇÕES
GANAXOLONA POSTURA DO PROFESSOR DE QUE O ALUNO NÃO
Novas (DAES) PROGRIDE POR CAUSA DA EPILEPSIA
HUPERZINA
VALROCEMIDA, ETC. CRISES FREQUENTES, PRINCIPALMENTE DE AUSÊNCIA
Fatores a
DANO CEREBRAL MÍNIMO QUE PODE AFETAR ARÉA
considerar DO CONHECIMENTO (EX: LEITURA)
Vale, ainda, destacar esperanças revolucionárias no EFEITOS COLATERAIS DAS DROGAS ANTIEPILÉPTICAS
tratamento da Epilepsia. (EX: EMBRIAGUEZ, SONOLÊNCIA, FALTA DE
CONCENTRAÇÃO)
CIRURGIA (NOVAS TÉCNICAS)
DIETA CETOGÊNICA (À BASE DE GORDURA)
Novas Esperanças ESTIMULAÇÃO DO NERVO VAGO (MARCA- De outro lado, é preciso que o professor tenha cuidado,
PASSO)
pois o aluno com epilepsia gosta de usar a doença como
CÉLULAS TRONCO (PESQUISA)
forma de gazetear aulas de que não gosta, provocando queda
de seu rendimento escolar.
Diante de tanta esperança – algumas já realidades – a
pessoa com epilepsia deve ser otimista e não deprimida.
14 19
15. 3. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE
COMO SE APRESENTAM AS CRISES DO SEU FILHO
SE SEU FILHO TEM UM AVISO (AURA) DA CRISE
PRIMEIROS SOCORROS
QUANTO TEMPO DURAM AS CRISES
QUE PRIMEIROS SOCORROS SÃO NECESSÁRIOS A pedido de alguns leitores, indicaremos alguns
QUANTAS CRISES SEU FILHO VEM TENDO POR SEMANA procedimentos básicos – indispensáveis – no atendimento de
Informações OU POR MÊS
primeiros socorros à pessoa com epilepsia, no momento da
para a escola SE EXISTE UM PADRÃO NAS CRISES
crise.
SE SEU FILHO TOMA COMPRIMIDOS OU OUTRAS
Segundo a ASPE, esses procedimentos podem ser
FORMAS DE MEDICAÇÃO DURANTE O DIA
resumidos da seguinte maneira:
SE EXISTEM EFEITOS COLATERAIS NO TRATAMENTO COM
AS DROGAS QUE SEU FILHO USA
QUAL A MEDIDA QUE GOSTARIA DE TOMAR SE HOUVER
UMA EMERGÊNCIA NA ESCOLA FICAR CALMO.
POSICIONAR A PESSOA DE LADO.
PROTEGER A CABEÇA DA PESSOA PARA QUE NÃO SE
Comemora-se no dia nove de setembro, em todo o MACHUQUE.
território nacional, o Dia Nacional e Latino Americano de
O que fazer TIRAR DE PERTO DA PESSOA TUDO QUE POSSA MACHUCÁ-
Epilepsia, com a realização de diversos eventos em todos os LA OU OFERECER RISCOS DE FERIMENTO.
Estados da Federação. AGUARDAR A CRISE PARAR. DEPOIS EXPLICAR À PESSOA
QUE ELA TEVE UMA CRISE.
ACALMAR OS OBSERVADORES. SE A DURAÇÃO DA CRISE
6. BULLYING E BAIXO RENDIMENTO FOR MAIOR QUE 5 MINUTOS, CHAMAR A AMBULÂNCIA.
DO ALUNO(A) COM EPILEPSIA
APAVORAR-SE.
COLOCAR OBJETOS NA BOCA.
Lamentavelmente, em pleno século XXI, ainda ocorrem RESTRINGIR OS MOVIMENTOS DA PESSOA.
na escola caçoadas, chacotas e provocações aos alunos com TENTAR SEGURAR OU DESENROLAR A LÍNGUA DA
epilepsia, brincadeiras maldosas por parte dos colegas; é o PESSOA.
O que não fazer
chamado bullying. APLICAR SUBSTÂNCIAS NO CORPO DA PESSOA.
Neste caso, uma boa ideia é incorporar ao programa DAR LÍQUIDOS OU ÁLCOOL PARA CHEIRAR.
educacional da escola – na medida do possível – palestras DAR REMÉDIOS NA BOCA DURANTE A CRISE.
enfatizando o tema epilepsia. SACUDIR A PESSOA.
TENTAR INTERROMPER A CRISE.
As associações de epilepsia podem contribuir neste
18 15
16. Em pleno século XXI, Rondônia não possui políticas antiepilépticas, que só precisam ser tomadas duas vezes ao
públicas para a epilepsia, em que pese o Estado contar com dia, evitando, assim, que sejam ministradas várias vezes na
35.000 mil pessoas com a doença. escola, em prejuízo das aulas.
Este texto foi escrito no dia 09.09.2011, considerando o Aproveito a oportunidade para parabenizar a ilustre
“Dia Nacional da Epilepsia”, em homenagem às pessoas que Deputada Federal Jô Moraes, do PCdoB de Minas Gerais, pela
padecem desse distúrbio neurológico. feliz ideia de apresentar ao Congresso Nacional Projeto de Lei
(PL) que institui o Programa Nacional de Atenção à Saúde de
Pessoas com Epilepsia – PNAPE.
4. A ESCOLA MODERNA PRECISA
PREPARAR-SE PARA RECEBER
ALUNOS(AS) COM EPILEPSIA 5. INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
PARA A ESCOLA SOBRE O
Não há outro caminho para a escola moderna. É ALUNO(A) COM EPILEPSIA
necessário preparar-se para receber alunos com epilepsia.
Ao que me parece, a escola moderna precisa entender
o tratamento com drogas antiepilépticas, para que esses Todos sabemos que a escola é fundamental para o
medicamentos não sejam confundidos com drogas ilícitas no desenvolvimento do ser humano.
ambiente escolar. Diante desta assertiva, é necessário, hoje em dia,
Em alguns países desenvolvidos, as escolas adotam que a escola, compreendendo sua direção, professores e
procedimentos rígidos em relação ao ingresso de funcionários, tenha o máximo de informações acerca de seus
medicamentos em suas dependências. alunos com epilepsia.
Nessas escolas, existe fiscalização e local adequado É recomendável, nesse aspecto, que a família do aluno
para guardar, com segurança, drogas anticonvulsivas fora do com epilepsia leve essas informações à escola, embora muitos
alcance de alunos menos avisados. pais sintam dificuldades em tratar do assunto.
Os professores dessas escolas estão orientados e O certo é que a ignorância em que estarão os professores
treinados sobre o problema dos alunos com epilepsia e agem pode colocar o aluno com epilepsia em situação de risco.
in loco parentis, ou seja, eles tomam os mesmos cuidados que Assim, no tocante à epilepsia de seu filho, não deixe de
os próprios pais do aluno com a doença. informar a escola sobre:
Convém destacar que o problema de remédios
na escola está sendo amenizado, graças às novas drogas
16 17