2. Era uma vez, um reino bem distante, chamado Bromil, governado pelo Rei
Dom Fonseca.
Dom Fonseca e seus conselheiros achavam que o povo do reino estava muito
“mal criado” e resolveram criar a primeira escola de Bromil, pois o povo precisava
aprender a se comportar.
.
3. “Naquele tempo”, havia uma diferença entre o atendimento escolar para
ricos e para pobres. Cinderela que era pobre foi para escola aprender as regras
sociais, os hábitos de higiene, a moral e os bons costumes. Já o príncipe
encantado, que nascera em berço de ouro, foi enviado para Europa para ser doutor.
4. Surgiu, então, um grande dilema: teriam as famílias pobres, a capacidade de
educar seus filhos?
O rei decidiu que
a escola deveria ensinar a
família como se
comportar, se vestir, o que
falar e como cuidar da
higiene, saúde e educação
das crianças. Afinal,
alguém precisava manter a
ordem!
O rei caprichou!
As escolas pareciam
verdadeiros palácios de
tão grandiosas e limpas
que eram.
5. Algum tempo
depois, surgiu um “Novo reino”
chamado de Estado Novo. E a
forma de governar mudou!
O novo “rei”
Getulino, propunha uma
“reforma” na escola da camada
mais pobre, queria além de
ensinar bons costumes que os
“soldados” professores dessem
destaque para higiene e
alimentação.
Naquela época o Estado
era um “paizão” e a sociedade
era vista como imatura, indecisa
e carente.
6. Neste tempo, em Bromil, os papéis ficaram “bem definidos”...
A escola ensinava TUDO a TODOS. Com claro
objetivo de homogeneizar!
O aluno era intermediário entre a
família e escola. Influenciava a
educação dos adultos.
7. Mas, nem tudo era perfeito!
As desigualdades de responsabilidades quanto à educação das
crianças, inevitavelmente, geraram conflitos entre escola e família.
No entanto, o rei era teimoso
e colocou a família em seu
devido lugar! A escola
continuou no comando do
processo de educação.
Enquanto as famílias se
contentaram em ser auxiliares
nesse processo.
8. Algum tempo depois, o palácio do rei “caiu” e de tão triste
que ficou ele atirou-se de um penhasco e morreu. Com isso, muitas
coisas mudaram no reino. Havia muita gente de olho no trono. E
passaram-se muitos reis por lá.
Felizmente, alguns súditos do bem começaram a pensar e
a olhar para a educação e algumas coisas, mesmo que
lentamente, começaram a mudar na escola. Magia? Não, reflexão!
O primeiro Plano Nacional de
Educação em 1948.
A Primeira LDB, de 1961.
A Constituição de 1946, que estabelecia o
ensino primário obrigatório e gratuito.
Qualquer semelhança é
A separação do MEC e do mera coincidência.
Ministério da Saúde .
9. O tempo passou e, sem sabermos como e nem porque, alguns
súditos do mal, tomaram conta das escolas, das famílias, dos artistas e
de todo o reino! O povo de Bromil, se entristeceu, porque não podia
mais falar, nem cantar, nem ler e escrever o que queria.
10. Desesperados, sem saber o que fazer apenas clamavam:
- Queremos escola! Por favor, escola!
E não é que alguém (um gênio do mal?) ouviu a voz do povo e
atendeu aos seus desejos! Criou um monte de escolas privadas!
11. Foi então, que os “reis” daquela época, resolveram obrigar as
crianças a ficar mais tempo nas escolas. Ficavam por oito anos. Os
professores, coitados, precisavam de muitas ‘poções mágicas’ pra dar conta
de ensinar tanta gente. A solução foi contratar mais professores e repartir
“melhor” o seu salário.
Muitos não queriam mais ser professores e partiram para outras
profissões no reino: camareiras, arrumadeiras e até bobo da corte estavam
melhor remunerados.
12. Cada ano que passava tinha mais e mais crianças na escola. E pra piorar a situação as
mulheres resolveram queimar o sutiã e saíram para trabalhar. Os governantes do reino achavam
que era necessário compensar as crianças pela falta da mãe, pela falta de alimento, pela falta de
cultura e por todas as faltas. A família não era mais a mesma...a criança não era mais a mesma...o
reino não era mais o mesmo...a escola...ah, a escola...bem...deixa isso para lá!
13. Foi realmente um tempo de muitas mudanças no reino...
O papel da mulher.
16. E os professores? Contam que até hoje sonham com a família ideal, com o
aluno ideal, com o governo ideal, com o salário ideal...
17. Quem sabe um dia a escola e a família encontrem um caminho para se unir, já
que cuidam da formação de um mesmo sujeito?
18. Hoje, neste reino, todos aprenderam a falar uma palavra bonita
chamada DEMOCRACIA. Dizem que é a chave para o entendimento entre
escola e família no futuro. Será mesmo?
19. Que história é essa...
Que entrou por uma porta e saiu por outra,
quem quiser construa outra...