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NAZISMO
Contexto anterior ao nazismo
 1918 (meados) – ocorrem revoltas em
Berlim e noutras cidades pedindo
saída da Alemanha da 1ª Guerra.
 1918 (final) – O kaiser Guilherme II
abdica do trono. Ele era antissemita e
colocou a culpa nos judeus.
 1919 – A Alemanha deixa de ser um
império e torna-se uma república: a
República de Weimar.
Guilherme II
A República de Weimar
 Por que “Weimar”? Este é o nome de uma cidade em
que organizou-se uma assembleia constituinte para
criar uma nova constituição.
 A República de Weimar era uma democracia
representativa que adotou o semi-presidencialismo.
Ou seja, o presidente era escolhido pelo voto.
 O presidente nomeava um chanceler (primeiro-
ministro) responsável pelo poder executivo.
 O poder legislativo = Reichtag (parlamento federal)
+ Landstag (parlamento estadual)
1919: Tentativa de revolução comunista
 Os líderes comunistas Rosa Luxemburgo e Karl
Liebknecth foram assassinados após falharem na
tentativa de revolução.
“Quem não se movimenta, não sente as correntes
que o prendem”. (Rosa Luxemburgo)
 O episódio deixou preocupados setores da sociedade:
sobretudo a elite, a classe média e os empresários.
1919: Eleições para assembleia constituinte
 Esquerda: 187 cadeiras
 Direita: 63 cadeiras
 Centro: 166 cadeiras
* A constituinte elaborou uma nova Constituição e assinou
o Tratado de Versalhes. Este último tornava a Alemanha
a principal culpada pela Primeira Guerra.
* O resultado decorreu da união entre católicos (centro-
direita) e social-democracia (esquerda).
* A derrota na guerra representou humilhação para o povo
alemão.
1920-1923: Insatisfação com o governo
 Eleições para o parlamento (Reichtag) em 1920
- Os sociais-democratas (esquerda) perdem metade de seus
eleitores
- A direita se fortalece e ganha um milhão de votos
 Economia em crise
- Inflação muito alta em 1923
- País estava sem condições de pagar dívidas de guerra
- Franceses e belgas decidem ocupar o Ruhr (região alemã de
indústrias e minérios) por conta da Alemanha não estar
honrando suas dívidas
- Governo alemão incentivou os trabalhadores a cruzarem os
braços
- Sem produção faltou dinheiro para salários. Então o governo
emitiu grande quantidade de papel-moeda, e inflação subiu
Desespero fez o povo apoiar partidos
extremistas: olha os nazistas aí!
 Antes com pouca expressão, um partido de extrema-
direita cresceu bastante durante a crise
 Criado em 1919 com o nome Partido dos
Trabalhadores Alemães
 Adolf Hitler era o 7º associado do partido. Logo
depois se tornou líder deste
 O nome foi modificado para Partido Nacional-
Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou Partido
Nazista
1923: Partido Nazista tenta golpe de Estado
em Munique – o putsch
 Depois do “putsch”, isto é, do fracasso de golpe,
lideranças do partido são presas
 Entre os presos está Adolf Hitler
 Na prisão Hitler escreve seu livro Mein Kampf
(Minha Luta) onde expõe sua autobiografia e suas
ideias políticas, como o ódio aos judeus
(antissemitismo)
 Após sair da prisão, em 1924, Hitler reconstruiu o
partido, aceitando o jogo democrático pela via
eleitoral
1929: Recuperação da Alemanha é interrompida
pela crise econômica (quebra da bolsa de NY)
 Desemprego, falências, desespero
 Caminho aberto para os nazistas chegarem ao poder
estatal
 6 milhões de trabalhadores perdem seus empregos
 O primeiro-ministro Heinrich Bruning não contém a
crise e é derrubado
 As tropas nazistas da SA levam terror às ruas:
- são contra o comunismo
- exaltam o nacionalismo
1932: eleições para presidente
 Paul von Hindenburg é eleito – 19 milhões de votos
 Adolf Hitler fica em segundo – 11 milhões de votos
 Ernst Thälmann, comunista – 5 milhões de votos
1933: em janeiro, Hindenburg convida Hitler
para ser o primeiro-ministro (chanceler)
 Em fevereiro o parlamento é incendiado
 Hitler coloca a culpa nos comunistas
 O partido comunista torna-se ilegal. Seus militantes
são presos
 Em março Hitler consegue “plenos poderes” dados
pelo parlamento (instaura-se um Estado de Exceção
por quatro anos): outros partidos são eliminados,
sindicatos destruídos, livros de esquerda e liberais
são queimados
 São criados campos de concentração – é para onde
os inimigos do nazismo são enviados
1934: a ditadura nazista completa-se
** Em junho acontece a “Noite dos Longos Punhais”
- Matança de ativistas de esquerda (comunistas,
sociais-democratas, anarquistas, etc.)
- Apoio dos empresários e das altas patentes militares
ao nazismo
** Em outubro Hindenburg falece
- Hitler assume também o posto de presidente, agora
ele é chefe de Estado e de Governo
- Ditadura indiscutível
Medidas políticas do III Reich
 Combate à crise econômica
 Controle de câmbio – e da inflação
 Acordos comerciais
 Obras públicas
 Incentivo à indústria bélica (produção de armas)
 Desemprego cai de 6 milhões para 400 mil
 Os salários são achatados (diminuídos e fixados)
 Intervenção do Estado na economia e na vida das
pessoas – o totalitarismo
Pato Donald: um americano na Alemanha nazista? A ascensão do nazismo e a recuperação
de sua economia preocuparam os EUA , que procuravam através da propaganda desqualificar seus
rivais no poder mundial. Este filme abaixo de Walt Disney, produzido antes do início da 2ª Guerra,
demonstra como eram feitas a crítica ao nazismo e a apologia ao estilo de vida americano.
Assistir no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=CEVupZPE29g
Algumas organizações Alguns parceiros
 Partido Nazista
 SA (Sturmabteilung):
uma organização
paramilitar, um grupo de
assalto
 SS (Schutzstaffel), grupo
de elite paramilitar
 Gestapo: polícia secreta
do Estado
 Hermann Göring
 Heinrich Himmler
 Joseph Goebbels
 Josef Mengele
 Rudolf Hess
 Adolf Eichmann
Hitler chegou ao poder e governou
sozinho? Não!
Partido Nacional-Socialista dos
Trabalhadores Alemães (o Partido Nazista)
Defendia soluções extremas diante aos problemas ocorridos
na Alemanha, como:
>>> Extinção dos tratados da Primeira Guerra
>>> Exclusão social e econômica dos judeus
>>> Melhorias no campo econômico
>>> Igualdade de direitos políticos
O partido incorporou milícias armadas (como a SA) para disseminar seus ideais
através da força e combater marxistas, estrangeiros e judeus.
Tinha como símbolo a suástica ou cruz gamada – pois representava para os
nazistas a “identidade ariana”, uma “raça” nórdica antiga da qual supostamente os
alemães descendiam.
Possuía uma ideologia baseada no racismo. O povo alemão era o escolhido para
construir uma nação forte e próspera. Por isso deveriam apagar a diversidade
étnica das “raças” consideradas fracas (judeus, ciganos, negros, etc.).
Adoção da Teoria geopolítica do Espaço Vital: “Toda a sociedade, em um
determinado grau de desenvolvimento, deve conquistar territórios onde as pessoas
são menos desenvolvidas”.
 A SA foi criada em 1921 e
funcionava inicialmente como
um grupo que fazia segurança do
Partido Nazista. Membros
apelidados de camisas-pardas.
 Após o Putsch de Munique ela
foi proibida. Porém em 1925
voltou a atuar combatendo
organizações de esquerda e
matando muitas pessoas.
 Em 1933 ela já tinha 400 mil
membros. E promoveu desfiles
em toda Alemanha
homenageando Hitler.
 Com o passar do tempo
surgiram desentendimentos
entre o líder desta organização,
Ernst Röhm, e Hitler.
SA – Grupos de Assalto
SS – Tropas de Proteção
Inicialmente era uma unidade paramilitar
pequena. Depois integrou cerca de 1 milhão de
pessoas. Seus membros eram apelidados de
camisas-negras.
> A SS substituiu a SA depois que o líder desta
última (Röhm) tentou dar um golpe em Hitler
>O lema da SS era “minha honra chama-se
lealdade”.
> Os integrantes eram racialmente selecionados
e disciplinados rigorosamente.
> Seu líder era Himmler.
> Em 1939, a SS ficou responsável pela
administração dos campos de concentração e
extermínio.
> A SS promoveu uma caça aos judeus, inclusive
invadindo por terra outros países para executá-
los em suas casas.
Uniforme principal da SS e seu símbolo
Gestapo – Polícia Secreta do Estado
Criada em 1933 e derivada de uma polícia da Prússia. Funcionava como o FBI
norte-americano. Um ano depois, Göring decide submetê-la à SS.
- A Gestapo era a garantia
de completo domínio da
população alemã. Todos
eram vigiados. Qualquer
pessoa podia ser
denunciada por seu
vizinho, caso fosse judeu
ou contra o nazismo.
-Funcionava sem tribunal.
- Infiltrava agentes em
fábricas para estimular
revoltas contra o governo
e, com isso, prender e
executar opositores.
Os métodos de torturas da Gestapo
-A Gestapo promovia inúmeras torturas
para conseguir depoimentos.
Os métodos de interrogatório incluíam
afogamentos em banheira de água gelada;
choques elétricos ligando os fios às mãos,
pés, orelhas e genitália; esmagamento de
testículos; levantamento do prisioneiro
pelas mãos amarradas atrás das costas,
causando a luxação do ombro;
espancamentos com cassetetes ou
chicotes e queimaduras com ferro de
soldar.
Herman Göring
“Quando ouço a palavra
cultura, corro e pego minha
metralhadora”. (Göring)
> Marechal do Reich, maior cargo depois de Hitler
> Veterano piloto da Primeira Guerra.
> Fundador da Gestapo.
> Chefe da força-aérea alemã no governo de Hitler.
> Em 1941 Hitler o nomeou seu sucessor e também
assessor em todos os gabinetes.
> Depois da Segunda Guerra ele foi condenado
pelos crimes contra a humanidade, porém cometeu
suicídio consumindo cianeto na noite anterior à sua
execução.
Heinrich Himmler
“A melhor arma política é o terror.
A crueldade impõe respeito; os
homens podem nos odiar mas não
queremos seu carinho, apenas seu
medo”. (Himmler)
> Comandante militar da SS
> Na Primeira Guerra servia a um batalhão
reserva.
> Controlou a maioria dos campos de
concentração e criou os campos de extermínio.
> Foi um dos principais responsáveis diretos pelo
Holocausto.
> Tentou negociação de paz na Segunda Guerra
sem que Hitler soubesse. Devido a esta atitude, o
führer o retirou de todos os cargos e ordenou sua
prisão.
> Depois de ser detido pelos britânicos em 1945,
suicidou-se.
Joseph Goebbels
“Uma mentira contada mil
vezes torna-se verdade”.
“Nós não falamos para dizer
alguma coisa, mas para
provocar um efeito”.
(Goebbels)
> Ministro da propaganda do III Reich
> Tinha doutorado em literatura (1923). Escreveu
romances e peças de teatro mas foi recusado pelos
editores.
> Era líder regional do partido nazi. Se opunha ao
capitalismo e ao comunismo.
> Responsável pela censura, queimou milhares de
livros.
> No fim da Segunda Guerra, Goebbels e sua
esposa Magda mataram seus seis filhos e depois se
suicidaram.
Josef Mengele
Mengele era apelidado no
campo de concentração
como “O anjo da morte”.
> Médico chefe no campo de concentração
Birkenau-Auschwitz
> Realizava experiências crueis com pessoas. Por
exemplo: injetava tinta azul em olhos de crianças,
unia veias de gêmeos, amputava membros e
tentava transferir para outros corpos.
> Tentou criar um método de esterilização em
massa para que as mulheres judias não tivessem
filhos. Mas fracassou.
> No fim da guerra fugiu para Argentina, depois
para o Brasil, onde morreu no litoral paulista em
1979.
Adolf Hitler
> O condutor da Alemanha Nazi – Der Führer
> Vinha de uma família humilde da Áustria.
> Por conta de ser boêmio, foi reprovado duas vezes no ensino
médio.
> Na adolescência começou a alimentar ideias pangermânicas
(união de todos alemães) e antissemitas (ódio contra judeus).
> Queria tornar-se artista, mas não conseguiu passar no
“vestibular” para Academia de Belas-Artes de Viena (duas vezes).
> Órfão e sem dinheiro chegou a dormir em abrigos para mendigos em Meidling em 1909.
> Lutou na Primeira Guerra pelo exército alemão como mensageiro, uma posição perigosa pois não tinha
proteção como aqueles que ficavam nas trincheiras.
> Durante a guerra desenvolveu um patriotismo apaixonado pela Alemanha.
> Em 1918 não aceitou que o exército alemão havia sido derrotado e, assim como outros nacionalistas,
culpou os políticos civis pela rendição. Ambos acreditaram nas mentiras que os generais contaram para
se isentarem da capitulação. Alguns militares responsabilizaram o “judaísmo internacional”, Hitler
também.
O governo de Adolf Hitler
Posto por Hindenburg no cargo de primeiro-ministro (1933), depois da “Noite dos
Longos Punhais” Hitler conseguiu eliminar a maioria dos adversários dentro e fora
do Partido Nazista. E depois de sucessivos golpes, tornou-se ditador do III Reich.
Seus planos econômicos aumentaram os empregos e a produção industrial.
Diante do aumento dos consumidores, precisou de mais matérias-primas. Então a
Teoria do Espaço Vital entrou em prática e Hitler começou a invadir países. E
quebrar todos os acordos de paz, o que desencadeou outra guerra mundial (1939).
Assinou tratado de não-agressão com a União Soviética de Stalin. Porém logo
mais invadiu a Rússia, quebrando o acordo.
Em parceria com Mussolini (Itália) e Hirohito (Japão) formou o Eixo da Segunda
Guerra Mundial. Os nazistas estavam saindo vitoriosos em muitas batalhas. Isso só
começou a mudar depois da invasão da URSS e da entrada dos EUA no conflito.
A partir de 1943 os Aliados reverteram o jogo. Em 1945, soviéticos e americanos
chegaram a Berlin. Hitler se escondeu em um bunker com sua esposa Eva Braun,
depois disso ambos se suicidaram.
Holocausto
O que foi o Holocausto?
>> Foi um genocídio, o assassinato em massa de um povo: os judeus.
Aproximadamente 6 milhões foram exterminados. 1/3 de judeus de todo mundo.
>> Outros grupos também foram mortos:
Prisioneiros de Guerra soviéticos: por volta de 3 milhões
Poloneses: 2 milhões
Ciganos: 1 milhão
Deficientes físicos e mentais: 250 mil
Homossexuais: 10 mil
Testemunhas de Jeová: 3 mil
Os Campos de
Concentração
> Com a ascensão do
Partido Nazista foram
criados Campos de
Concentração para onde
eram enviados judeus da
Alemanha e de toda a
Europa.
> Nos Campos, judeus e
outros prisioneiros eram
escravizados.
> Trabalhavam até a
morte para alimentar a
indústria alemã. Havia
pouca comida. E por isso
alguns morriam de
inanição.
> Os prisioneiros
dormiam em repartições
de madeira com até oito
pessoas, enfrentando um
frio rigoroso.
Judeus sofrendo em sessões de
tortura nos campos de
concentração (abaixo)
Líderes políticos sendo
enforcados por soldados
nazistas (acima)
Campos de Concentração e
Extermínio
Campos de
Concentração
> Crianças judias
também eram enviadas
para os Campos de
Concentração.
> Algumas delas eram
utilizadas em
experiências genéticas e
cirúrgicas dos médicos
nazistas e morriam
após as sessões.
> Elas também
participavam dos
trabalhos forçados.
Crianças nos Campos de Concentração
Crianças em Campos de
Concentração
Einsatzgruppen
Além dos Campos,
existiam unidades
móveis de
extermínio. Ao todo,
quatro grupos com 750
carrascos cada.
Os soldados da SS
caçavam judeus e
opositores em regiões
próximas à Alemanha.
Entre 1941 e 1942 pelo
menos 560 mil pessoas
foram mortas desta
forma: com tiro na nuca
e enterradas em valas
comuns.
Começo do funcionamento dos Campos de
Extermínio
 Até os dois primeiros anos da eclosão da Segunda Guerra, os judeus
“apenas” praticavam trabalhos forçados. Ou eram colocados em
guetos, sendo vigiados durante todo o tempo. Recebiam rações
alimentares reduzidas. Em 1940 não podiam fazer compras em
determinadas horas, nem ter telefones ou rádios. Em 1941 eram
obrigados a usar um broche amarelo para serem identificados.
 Em meados de 1941 começou a deportação de judeus para os
Campos de Extermínio, não só da Alemanha mas de toda a Europa.
Os nazistas começaram a colocar em prática seu plano de
extermínio total, conhecido como “Solução Final” para a “questão
judaica”.
 Foram instaladas câmaras de gás em campos anexos aos de
concentração. Elas eram disfarçadas, semelhantes a chuveiros
dentro de galpões. Dizia-se aos judeus que eles iam tomar um
banho, mas na verdade iam direto para a morte. Com as pessoas
dentro, os soldados fechavam a câmara. Poucos minutos depois
todos estavam mortos devido a inalação de um gás venenoso.
Holocausto em execução
Os horrores dos campos de concentração e
extermínio
O horror e o absurdo
Alguns nazistas tinham
certeza de que não
seriam punidos, pois caso
alguém contasse o que
houve nos campos, as
demais pessoas não
acreditariam.
Durante a guerra, líderes
do mundo todo
desacreditaram dos
relatos, os achando
muito exagerados.
O Holocausto foi um
genocídio sem
precedentes na história.
O “muçulmano” ou a impossibilidade do
testemunho
“Muçulmano” era o termo usado pelos
prisioneiros do Campo de Auschwitz para
descreverem as pessoas que haviam perdido a
capacidade de raciocinar e de falar nestes
lugares. Os “muçulmanos” viviam como
zumbis devido ao excessivo estado de
degradação física e mental a que eram
submetidos. Passavam horas agachados sem
esboçar nenhuma reação – de uma maneira
parecida a que os islâmicos rezam, daí o nome.
Os “muçulmanos” perderam as faculdades
básicas que nos tornam seres humanos, não
tinham afetos nem fala, perderam sua
humanidade. E este havia sido mesmo o
princípio nazista para justificar o Holocausto,
ao dizerem que os judeus não eram humanos,
mas ratos.
Dois sobreviventes do Campo de Concentração em Auschwitz assim
descrevem um episódio envolvendo um muçulmano:
“O homem da SS caminhava devagar e observava o muçulmano que vinha
diretamente ao seu encontro. Todos nós olhávamos com o canto do olho para a
esquerda, para ver o que iria acontecer. Esse ser imbecilizado e sem vontade,
arrastando seus tamancos de madeira pelo chão, acabou caindo precisamente nos
braços daquele das SS, que lhe deu um grito e lhe desferiu um terceiro golpe por ter-
se esquecido de tirar o gorro, começou a borrar-se porque estava com disenteria.
Quando a SS viu o líquido escuro e
malcheiroso escorrer sobre os tamancos,
enfureceu-se terrivelmente. Lançou-se
sobre ele desferindo-lhe pontapés no
abdômen e, depois que o infeliz já estava
caído sobre seus próprios excrementos
continuou a batê-lo na cabeça e no tórax.
O muçulmano não se defendia. Ao
primeiro golpe se dobrou ao meio, e
depois de mais alguns golpes já estava
quase morto”.
Z. Ryn e S. Klodzinski em “O que resta de Auschwitz”, p. 50.
Sonderkommando
Os nazistas se utilizavam do trabalho
dos judeus em diferentes situações,
existiam cozinheiros, jardineiros,
intérpretes e até médicos. Um destes
trabalhos era levar para as câmaras de
gás os próprios judeus, seus
semelhantes. Este esquadrão da morte
era chamado de Sonderkommando.
“Eles deviam levar os prisioneiros nus à morte nas câmaras de gás e manter a ordem entre
os mesmos; depois arrastar para fora os cadáveres, manchados de rosa e de verde em razão
do ácido cianídrico, lavando-os com jatos de água; verificar se nos orifícios dos corpos não
estavam escondidos objetos preciosos; arrancar os dentes de ouro dos maxilares; cortar o
cabelo das mulheres e lavá-los com cloreto de amônia; transportar depois os cadáveres até
os fornos crematórios e cuidar de sua combustão; e, finalmente, tirar as cinzas residuais dos
fornos”, escreve Agamben. Ter organizado o Sonderkommando foi o delito mais demoníaco
do nazismo, pois embaralhou o papel das vítimas e dos algozes, mostrando o sub-humano
em cada um de nós, que tenta sobreviver mesmo se para isso precise entregar sua dignidade.
Como o Holocausto foi
possível?
> O antissemitismo (ódio contra judeus) já existia há muito tempo. Porém, a partir
do século 19 ele e se aprofundou na Europa.
> Nazistas disseminaram uma teoria da conspiração judaica pelo menos 20 anos
antes do Holocausto acontecer. Com base nesta teoria, os judeus seriam os
responsáveis pela 1ª Guerra, pela derrota alemã e pela Revolução Russa. Em 30 de
janeiro de 1939, pouco antes da 2ª Guerra começar, Hitler falou ao parlamento:
“Hoje serei mais uma vez um profeta. Se os financistas internacionais judeus, dentro e fora da Europa, tiverem êxito de novo,
lançando aí nações em outra guerra mundial, então o resultado não será a bolchevização do mundo e com isso a vitória do
judaísmo, mas sim a aniquilação da raça judaica da Europa”.
> A Igreja Católica sabia da existência do Holocausto porém não quis interferir na
guerra, mantendo-se neutra e ajudando somente os judeus que procuravam
refúgio próximos ao Vaticano.
> Muitos líderes nacionais colaboraram com o Holocausto e enviavam trens
lotados de judeus para os campos de concentração e extermínio.
Como o Holocausto foi
possível?
> Os nazistas utilizavam palavras codificadas para falar
sobre seus planos e a execução destes.
> A sociedade alemã sabia dos campos de trabalho e dos
guetos, mas poucos sabiam dos extermínios.
> Boa parte dos oficiais alemães não se sentia culpada
legalmente pelo Holocausto, porque afirmava estar
apenas cumprindo ordens do Estado. Este é o caso de
Otto Adolf Eichmann, um general nazista que comandava
a SS em Auschwitz. A atitude destas pessoas levou a
filósofa judia Hannah Arendt a elaborar a tese chamada “a
banalidade do mal”. Esta apontava que o maior mal viria
não de monstros, mas de pessoas “normais”, seguras de
que estavam apenas executando o que lhe fora mandado
ou que aprendera por hábito.
Eichmann sendo julgado em 1961
O mal e a normalidade
 Um dos sobreviventes que participou do “Esquadrão Especial da
Morte” em Auschwitz conta que, durante uma pausa do trabalho,
assistiu a uma partida de futebol entre os soldados da SS e os
membros do Sonderkommando. Para Giorgio Agambem essa
partida não foi uma pausa de humanidade em frente aos portões do
inferno, mas pelo contrário, esse momento de normalidade é o
extremo horror do campo de concentração e extermínio. Essa
“partida nunca terminou, é como se continuasse ainda,
ininterruptamente. Ela é o emblema perfeito e eterno da ‘zona
cinzenta’ que não conhece tempo e está em todos os lugares’. Dela
provém a angústia e a vergonha dos sobreviventes [...]. Mas dela
também provém a nossa vergonha, de nós que não conhecemos os
campos e que, mesmo assim, assistimos, não se sabe como, àquela
partida que se repete em cada partida dos nossos estádios, em cada
transmissão televisiva, em cada normalidade cotidiana. Se não
conseguirmos entender aquela partida, acabar com ela, nunca mais
haverá esperança” (p. 35).
Reportagem com sobreviventes do Holocausto
Assistir no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=mAEo6g2c9d4&spfreload=10
Tribunal de Nuremberg: Em novembro
de 1945 começou o julgamento dos principais
líderes vivos do nazismo. Eles foram
processados por crimes de guerra e crimes
contra a humanidade devido ao Holocausto.
Göring, nesta foto ao lado de Hitler, foi
condenado à execução, mas se suicidou na
noite anterior. Rudolf Hess, vice-líder do
Partido Nazi foi condenado à prisão
perpétua. E Martin Bormann, secretário de
Hitler, foi condenado à morte por
enforcamento.
Hoje, apesar de existirem museus da memória
do Holocausto e tantos documentos e filmes
sobre os horrores dos campos de concentração,
ainda existem grupos que seguem os ideais
racistas do nazismo, como se vê na foto ao lado.
Uma pena para a democracia.
Consultas e referências bibliográficas
 AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.
 ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São
Paulo: Editora Schwarcz, 2013.
 ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
 FARIA, Ricardo de M.; MIRANDA, Mônica L.; CAMPOS, Helena G. Estudos de história, 3.
Ensino Médio. São Paulo: FTD, 2009.
 KERSHAW, Iam. Hitler. Buenos Aires: Ediciones Folio, 2003.
 STACKELBERG, Roderick. A Alemanha de Hitler: origens, interpretações, legados. Rio de
Janeiro: Imago Ed., 2002.
 ZIZEK, Slavoj. Alguém disse totalitarismo? Cinco intervenções no (mal) uso de uma noção.
São Paulo: Boitempo, 2013.
 Sites:
 Brasil Escola - http://www.brasilescola.com/historiag/hitler.htm
 Metamorfose Digital - http://www.mdig.com.br/?itemid=5850
 Tempos Safados - http://tempossafados.blogspot.com.br/2012/07/o-holocausto-no-
testemunho-na-etica-no.html
 Wikipédia – dados de muitos links
* Acessos entre os dias 23 e 25 de maio de 2015.
Material preparado pelo professor Munís Pedro para o nono ano da Escola Municipal Freitas Azevedo – Uberlândia-MG.
Contato: pedro.munhoz@hotmail.com

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Nazismo

  • 2. Contexto anterior ao nazismo  1918 (meados) – ocorrem revoltas em Berlim e noutras cidades pedindo saída da Alemanha da 1ª Guerra.  1918 (final) – O kaiser Guilherme II abdica do trono. Ele era antissemita e colocou a culpa nos judeus.  1919 – A Alemanha deixa de ser um império e torna-se uma república: a República de Weimar. Guilherme II
  • 3. A República de Weimar  Por que “Weimar”? Este é o nome de uma cidade em que organizou-se uma assembleia constituinte para criar uma nova constituição.  A República de Weimar era uma democracia representativa que adotou o semi-presidencialismo. Ou seja, o presidente era escolhido pelo voto.  O presidente nomeava um chanceler (primeiro- ministro) responsável pelo poder executivo.  O poder legislativo = Reichtag (parlamento federal) + Landstag (parlamento estadual)
  • 4. 1919: Tentativa de revolução comunista  Os líderes comunistas Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecth foram assassinados após falharem na tentativa de revolução. “Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”. (Rosa Luxemburgo)  O episódio deixou preocupados setores da sociedade: sobretudo a elite, a classe média e os empresários.
  • 5. 1919: Eleições para assembleia constituinte  Esquerda: 187 cadeiras  Direita: 63 cadeiras  Centro: 166 cadeiras * A constituinte elaborou uma nova Constituição e assinou o Tratado de Versalhes. Este último tornava a Alemanha a principal culpada pela Primeira Guerra. * O resultado decorreu da união entre católicos (centro- direita) e social-democracia (esquerda). * A derrota na guerra representou humilhação para o povo alemão.
  • 6. 1920-1923: Insatisfação com o governo  Eleições para o parlamento (Reichtag) em 1920 - Os sociais-democratas (esquerda) perdem metade de seus eleitores - A direita se fortalece e ganha um milhão de votos  Economia em crise - Inflação muito alta em 1923 - País estava sem condições de pagar dívidas de guerra - Franceses e belgas decidem ocupar o Ruhr (região alemã de indústrias e minérios) por conta da Alemanha não estar honrando suas dívidas - Governo alemão incentivou os trabalhadores a cruzarem os braços - Sem produção faltou dinheiro para salários. Então o governo emitiu grande quantidade de papel-moeda, e inflação subiu
  • 7. Desespero fez o povo apoiar partidos extremistas: olha os nazistas aí!  Antes com pouca expressão, um partido de extrema- direita cresceu bastante durante a crise  Criado em 1919 com o nome Partido dos Trabalhadores Alemães  Adolf Hitler era o 7º associado do partido. Logo depois se tornou líder deste  O nome foi modificado para Partido Nacional- Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou Partido Nazista
  • 8. 1923: Partido Nazista tenta golpe de Estado em Munique – o putsch  Depois do “putsch”, isto é, do fracasso de golpe, lideranças do partido são presas  Entre os presos está Adolf Hitler  Na prisão Hitler escreve seu livro Mein Kampf (Minha Luta) onde expõe sua autobiografia e suas ideias políticas, como o ódio aos judeus (antissemitismo)  Após sair da prisão, em 1924, Hitler reconstruiu o partido, aceitando o jogo democrático pela via eleitoral
  • 9. 1929: Recuperação da Alemanha é interrompida pela crise econômica (quebra da bolsa de NY)  Desemprego, falências, desespero  Caminho aberto para os nazistas chegarem ao poder estatal  6 milhões de trabalhadores perdem seus empregos  O primeiro-ministro Heinrich Bruning não contém a crise e é derrubado  As tropas nazistas da SA levam terror às ruas: - são contra o comunismo - exaltam o nacionalismo
  • 10. 1932: eleições para presidente  Paul von Hindenburg é eleito – 19 milhões de votos  Adolf Hitler fica em segundo – 11 milhões de votos  Ernst Thälmann, comunista – 5 milhões de votos
  • 11. 1933: em janeiro, Hindenburg convida Hitler para ser o primeiro-ministro (chanceler)  Em fevereiro o parlamento é incendiado  Hitler coloca a culpa nos comunistas  O partido comunista torna-se ilegal. Seus militantes são presos  Em março Hitler consegue “plenos poderes” dados pelo parlamento (instaura-se um Estado de Exceção por quatro anos): outros partidos são eliminados, sindicatos destruídos, livros de esquerda e liberais são queimados  São criados campos de concentração – é para onde os inimigos do nazismo são enviados
  • 12. 1934: a ditadura nazista completa-se ** Em junho acontece a “Noite dos Longos Punhais” - Matança de ativistas de esquerda (comunistas, sociais-democratas, anarquistas, etc.) - Apoio dos empresários e das altas patentes militares ao nazismo ** Em outubro Hindenburg falece - Hitler assume também o posto de presidente, agora ele é chefe de Estado e de Governo - Ditadura indiscutível
  • 13. Medidas políticas do III Reich  Combate à crise econômica  Controle de câmbio – e da inflação  Acordos comerciais  Obras públicas  Incentivo à indústria bélica (produção de armas)  Desemprego cai de 6 milhões para 400 mil  Os salários são achatados (diminuídos e fixados)  Intervenção do Estado na economia e na vida das pessoas – o totalitarismo
  • 14. Pato Donald: um americano na Alemanha nazista? A ascensão do nazismo e a recuperação de sua economia preocuparam os EUA , que procuravam através da propaganda desqualificar seus rivais no poder mundial. Este filme abaixo de Walt Disney, produzido antes do início da 2ª Guerra, demonstra como eram feitas a crítica ao nazismo e a apologia ao estilo de vida americano. Assistir no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=CEVupZPE29g
  • 15. Algumas organizações Alguns parceiros  Partido Nazista  SA (Sturmabteilung): uma organização paramilitar, um grupo de assalto  SS (Schutzstaffel), grupo de elite paramilitar  Gestapo: polícia secreta do Estado  Hermann Göring  Heinrich Himmler  Joseph Goebbels  Josef Mengele  Rudolf Hess  Adolf Eichmann Hitler chegou ao poder e governou sozinho? Não!
  • 16. Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (o Partido Nazista) Defendia soluções extremas diante aos problemas ocorridos na Alemanha, como: >>> Extinção dos tratados da Primeira Guerra >>> Exclusão social e econômica dos judeus >>> Melhorias no campo econômico >>> Igualdade de direitos políticos O partido incorporou milícias armadas (como a SA) para disseminar seus ideais através da força e combater marxistas, estrangeiros e judeus. Tinha como símbolo a suástica ou cruz gamada – pois representava para os nazistas a “identidade ariana”, uma “raça” nórdica antiga da qual supostamente os alemães descendiam. Possuía uma ideologia baseada no racismo. O povo alemão era o escolhido para construir uma nação forte e próspera. Por isso deveriam apagar a diversidade étnica das “raças” consideradas fracas (judeus, ciganos, negros, etc.). Adoção da Teoria geopolítica do Espaço Vital: “Toda a sociedade, em um determinado grau de desenvolvimento, deve conquistar territórios onde as pessoas são menos desenvolvidas”.
  • 17.  A SA foi criada em 1921 e funcionava inicialmente como um grupo que fazia segurança do Partido Nazista. Membros apelidados de camisas-pardas.  Após o Putsch de Munique ela foi proibida. Porém em 1925 voltou a atuar combatendo organizações de esquerda e matando muitas pessoas.  Em 1933 ela já tinha 400 mil membros. E promoveu desfiles em toda Alemanha homenageando Hitler.  Com o passar do tempo surgiram desentendimentos entre o líder desta organização, Ernst Röhm, e Hitler. SA – Grupos de Assalto
  • 18. SS – Tropas de Proteção Inicialmente era uma unidade paramilitar pequena. Depois integrou cerca de 1 milhão de pessoas. Seus membros eram apelidados de camisas-negras. > A SS substituiu a SA depois que o líder desta última (Röhm) tentou dar um golpe em Hitler >O lema da SS era “minha honra chama-se lealdade”. > Os integrantes eram racialmente selecionados e disciplinados rigorosamente. > Seu líder era Himmler. > Em 1939, a SS ficou responsável pela administração dos campos de concentração e extermínio. > A SS promoveu uma caça aos judeus, inclusive invadindo por terra outros países para executá- los em suas casas. Uniforme principal da SS e seu símbolo
  • 19. Gestapo – Polícia Secreta do Estado Criada em 1933 e derivada de uma polícia da Prússia. Funcionava como o FBI norte-americano. Um ano depois, Göring decide submetê-la à SS. - A Gestapo era a garantia de completo domínio da população alemã. Todos eram vigiados. Qualquer pessoa podia ser denunciada por seu vizinho, caso fosse judeu ou contra o nazismo. -Funcionava sem tribunal. - Infiltrava agentes em fábricas para estimular revoltas contra o governo e, com isso, prender e executar opositores.
  • 20. Os métodos de torturas da Gestapo -A Gestapo promovia inúmeras torturas para conseguir depoimentos. Os métodos de interrogatório incluíam afogamentos em banheira de água gelada; choques elétricos ligando os fios às mãos, pés, orelhas e genitália; esmagamento de testículos; levantamento do prisioneiro pelas mãos amarradas atrás das costas, causando a luxação do ombro; espancamentos com cassetetes ou chicotes e queimaduras com ferro de soldar.
  • 21. Herman Göring “Quando ouço a palavra cultura, corro e pego minha metralhadora”. (Göring) > Marechal do Reich, maior cargo depois de Hitler > Veterano piloto da Primeira Guerra. > Fundador da Gestapo. > Chefe da força-aérea alemã no governo de Hitler. > Em 1941 Hitler o nomeou seu sucessor e também assessor em todos os gabinetes. > Depois da Segunda Guerra ele foi condenado pelos crimes contra a humanidade, porém cometeu suicídio consumindo cianeto na noite anterior à sua execução.
  • 22. Heinrich Himmler “A melhor arma política é o terror. A crueldade impõe respeito; os homens podem nos odiar mas não queremos seu carinho, apenas seu medo”. (Himmler) > Comandante militar da SS > Na Primeira Guerra servia a um batalhão reserva. > Controlou a maioria dos campos de concentração e criou os campos de extermínio. > Foi um dos principais responsáveis diretos pelo Holocausto. > Tentou negociação de paz na Segunda Guerra sem que Hitler soubesse. Devido a esta atitude, o führer o retirou de todos os cargos e ordenou sua prisão. > Depois de ser detido pelos britânicos em 1945, suicidou-se.
  • 23. Joseph Goebbels “Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade”. “Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para provocar um efeito”. (Goebbels) > Ministro da propaganda do III Reich > Tinha doutorado em literatura (1923). Escreveu romances e peças de teatro mas foi recusado pelos editores. > Era líder regional do partido nazi. Se opunha ao capitalismo e ao comunismo. > Responsável pela censura, queimou milhares de livros. > No fim da Segunda Guerra, Goebbels e sua esposa Magda mataram seus seis filhos e depois se suicidaram.
  • 24. Josef Mengele Mengele era apelidado no campo de concentração como “O anjo da morte”. > Médico chefe no campo de concentração Birkenau-Auschwitz > Realizava experiências crueis com pessoas. Por exemplo: injetava tinta azul em olhos de crianças, unia veias de gêmeos, amputava membros e tentava transferir para outros corpos. > Tentou criar um método de esterilização em massa para que as mulheres judias não tivessem filhos. Mas fracassou. > No fim da guerra fugiu para Argentina, depois para o Brasil, onde morreu no litoral paulista em 1979.
  • 25. Adolf Hitler > O condutor da Alemanha Nazi – Der Führer > Vinha de uma família humilde da Áustria. > Por conta de ser boêmio, foi reprovado duas vezes no ensino médio. > Na adolescência começou a alimentar ideias pangermânicas (união de todos alemães) e antissemitas (ódio contra judeus). > Queria tornar-se artista, mas não conseguiu passar no “vestibular” para Academia de Belas-Artes de Viena (duas vezes). > Órfão e sem dinheiro chegou a dormir em abrigos para mendigos em Meidling em 1909. > Lutou na Primeira Guerra pelo exército alemão como mensageiro, uma posição perigosa pois não tinha proteção como aqueles que ficavam nas trincheiras. > Durante a guerra desenvolveu um patriotismo apaixonado pela Alemanha. > Em 1918 não aceitou que o exército alemão havia sido derrotado e, assim como outros nacionalistas, culpou os políticos civis pela rendição. Ambos acreditaram nas mentiras que os generais contaram para se isentarem da capitulação. Alguns militares responsabilizaram o “judaísmo internacional”, Hitler também.
  • 26. O governo de Adolf Hitler Posto por Hindenburg no cargo de primeiro-ministro (1933), depois da “Noite dos Longos Punhais” Hitler conseguiu eliminar a maioria dos adversários dentro e fora do Partido Nazista. E depois de sucessivos golpes, tornou-se ditador do III Reich. Seus planos econômicos aumentaram os empregos e a produção industrial. Diante do aumento dos consumidores, precisou de mais matérias-primas. Então a Teoria do Espaço Vital entrou em prática e Hitler começou a invadir países. E quebrar todos os acordos de paz, o que desencadeou outra guerra mundial (1939). Assinou tratado de não-agressão com a União Soviética de Stalin. Porém logo mais invadiu a Rússia, quebrando o acordo. Em parceria com Mussolini (Itália) e Hirohito (Japão) formou o Eixo da Segunda Guerra Mundial. Os nazistas estavam saindo vitoriosos em muitas batalhas. Isso só começou a mudar depois da invasão da URSS e da entrada dos EUA no conflito. A partir de 1943 os Aliados reverteram o jogo. Em 1945, soviéticos e americanos chegaram a Berlin. Hitler se escondeu em um bunker com sua esposa Eva Braun, depois disso ambos se suicidaram.
  • 28. O que foi o Holocausto? >> Foi um genocídio, o assassinato em massa de um povo: os judeus. Aproximadamente 6 milhões foram exterminados. 1/3 de judeus de todo mundo. >> Outros grupos também foram mortos: Prisioneiros de Guerra soviéticos: por volta de 3 milhões Poloneses: 2 milhões Ciganos: 1 milhão Deficientes físicos e mentais: 250 mil Homossexuais: 10 mil Testemunhas de Jeová: 3 mil
  • 29. Os Campos de Concentração > Com a ascensão do Partido Nazista foram criados Campos de Concentração para onde eram enviados judeus da Alemanha e de toda a Europa. > Nos Campos, judeus e outros prisioneiros eram escravizados. > Trabalhavam até a morte para alimentar a indústria alemã. Havia pouca comida. E por isso alguns morriam de inanição. > Os prisioneiros dormiam em repartições de madeira com até oito pessoas, enfrentando um frio rigoroso.
  • 30. Judeus sofrendo em sessões de tortura nos campos de concentração (abaixo) Líderes políticos sendo enforcados por soldados nazistas (acima) Campos de Concentração e Extermínio
  • 31. Campos de Concentração > Crianças judias também eram enviadas para os Campos de Concentração. > Algumas delas eram utilizadas em experiências genéticas e cirúrgicas dos médicos nazistas e morriam após as sessões. > Elas também participavam dos trabalhos forçados.
  • 32. Crianças nos Campos de Concentração
  • 33. Crianças em Campos de Concentração
  • 34. Einsatzgruppen Além dos Campos, existiam unidades móveis de extermínio. Ao todo, quatro grupos com 750 carrascos cada. Os soldados da SS caçavam judeus e opositores em regiões próximas à Alemanha. Entre 1941 e 1942 pelo menos 560 mil pessoas foram mortas desta forma: com tiro na nuca e enterradas em valas comuns.
  • 35. Começo do funcionamento dos Campos de Extermínio  Até os dois primeiros anos da eclosão da Segunda Guerra, os judeus “apenas” praticavam trabalhos forçados. Ou eram colocados em guetos, sendo vigiados durante todo o tempo. Recebiam rações alimentares reduzidas. Em 1940 não podiam fazer compras em determinadas horas, nem ter telefones ou rádios. Em 1941 eram obrigados a usar um broche amarelo para serem identificados.  Em meados de 1941 começou a deportação de judeus para os Campos de Extermínio, não só da Alemanha mas de toda a Europa. Os nazistas começaram a colocar em prática seu plano de extermínio total, conhecido como “Solução Final” para a “questão judaica”.  Foram instaladas câmaras de gás em campos anexos aos de concentração. Elas eram disfarçadas, semelhantes a chuveiros dentro de galpões. Dizia-se aos judeus que eles iam tomar um banho, mas na verdade iam direto para a morte. Com as pessoas dentro, os soldados fechavam a câmara. Poucos minutos depois todos estavam mortos devido a inalação de um gás venenoso.
  • 37. Os horrores dos campos de concentração e extermínio
  • 38. O horror e o absurdo Alguns nazistas tinham certeza de que não seriam punidos, pois caso alguém contasse o que houve nos campos, as demais pessoas não acreditariam. Durante a guerra, líderes do mundo todo desacreditaram dos relatos, os achando muito exagerados. O Holocausto foi um genocídio sem precedentes na história.
  • 39. O “muçulmano” ou a impossibilidade do testemunho “Muçulmano” era o termo usado pelos prisioneiros do Campo de Auschwitz para descreverem as pessoas que haviam perdido a capacidade de raciocinar e de falar nestes lugares. Os “muçulmanos” viviam como zumbis devido ao excessivo estado de degradação física e mental a que eram submetidos. Passavam horas agachados sem esboçar nenhuma reação – de uma maneira parecida a que os islâmicos rezam, daí o nome. Os “muçulmanos” perderam as faculdades básicas que nos tornam seres humanos, não tinham afetos nem fala, perderam sua humanidade. E este havia sido mesmo o princípio nazista para justificar o Holocausto, ao dizerem que os judeus não eram humanos, mas ratos.
  • 40. Dois sobreviventes do Campo de Concentração em Auschwitz assim descrevem um episódio envolvendo um muçulmano: “O homem da SS caminhava devagar e observava o muçulmano que vinha diretamente ao seu encontro. Todos nós olhávamos com o canto do olho para a esquerda, para ver o que iria acontecer. Esse ser imbecilizado e sem vontade, arrastando seus tamancos de madeira pelo chão, acabou caindo precisamente nos braços daquele das SS, que lhe deu um grito e lhe desferiu um terceiro golpe por ter- se esquecido de tirar o gorro, começou a borrar-se porque estava com disenteria. Quando a SS viu o líquido escuro e malcheiroso escorrer sobre os tamancos, enfureceu-se terrivelmente. Lançou-se sobre ele desferindo-lhe pontapés no abdômen e, depois que o infeliz já estava caído sobre seus próprios excrementos continuou a batê-lo na cabeça e no tórax. O muçulmano não se defendia. Ao primeiro golpe se dobrou ao meio, e depois de mais alguns golpes já estava quase morto”. Z. Ryn e S. Klodzinski em “O que resta de Auschwitz”, p. 50.
  • 41. Sonderkommando Os nazistas se utilizavam do trabalho dos judeus em diferentes situações, existiam cozinheiros, jardineiros, intérpretes e até médicos. Um destes trabalhos era levar para as câmaras de gás os próprios judeus, seus semelhantes. Este esquadrão da morte era chamado de Sonderkommando. “Eles deviam levar os prisioneiros nus à morte nas câmaras de gás e manter a ordem entre os mesmos; depois arrastar para fora os cadáveres, manchados de rosa e de verde em razão do ácido cianídrico, lavando-os com jatos de água; verificar se nos orifícios dos corpos não estavam escondidos objetos preciosos; arrancar os dentes de ouro dos maxilares; cortar o cabelo das mulheres e lavá-los com cloreto de amônia; transportar depois os cadáveres até os fornos crematórios e cuidar de sua combustão; e, finalmente, tirar as cinzas residuais dos fornos”, escreve Agamben. Ter organizado o Sonderkommando foi o delito mais demoníaco do nazismo, pois embaralhou o papel das vítimas e dos algozes, mostrando o sub-humano em cada um de nós, que tenta sobreviver mesmo se para isso precise entregar sua dignidade.
  • 42. Como o Holocausto foi possível? > O antissemitismo (ódio contra judeus) já existia há muito tempo. Porém, a partir do século 19 ele e se aprofundou na Europa. > Nazistas disseminaram uma teoria da conspiração judaica pelo menos 20 anos antes do Holocausto acontecer. Com base nesta teoria, os judeus seriam os responsáveis pela 1ª Guerra, pela derrota alemã e pela Revolução Russa. Em 30 de janeiro de 1939, pouco antes da 2ª Guerra começar, Hitler falou ao parlamento: “Hoje serei mais uma vez um profeta. Se os financistas internacionais judeus, dentro e fora da Europa, tiverem êxito de novo, lançando aí nações em outra guerra mundial, então o resultado não será a bolchevização do mundo e com isso a vitória do judaísmo, mas sim a aniquilação da raça judaica da Europa”. > A Igreja Católica sabia da existência do Holocausto porém não quis interferir na guerra, mantendo-se neutra e ajudando somente os judeus que procuravam refúgio próximos ao Vaticano. > Muitos líderes nacionais colaboraram com o Holocausto e enviavam trens lotados de judeus para os campos de concentração e extermínio.
  • 43. Como o Holocausto foi possível? > Os nazistas utilizavam palavras codificadas para falar sobre seus planos e a execução destes. > A sociedade alemã sabia dos campos de trabalho e dos guetos, mas poucos sabiam dos extermínios. > Boa parte dos oficiais alemães não se sentia culpada legalmente pelo Holocausto, porque afirmava estar apenas cumprindo ordens do Estado. Este é o caso de Otto Adolf Eichmann, um general nazista que comandava a SS em Auschwitz. A atitude destas pessoas levou a filósofa judia Hannah Arendt a elaborar a tese chamada “a banalidade do mal”. Esta apontava que o maior mal viria não de monstros, mas de pessoas “normais”, seguras de que estavam apenas executando o que lhe fora mandado ou que aprendera por hábito. Eichmann sendo julgado em 1961
  • 44. O mal e a normalidade  Um dos sobreviventes que participou do “Esquadrão Especial da Morte” em Auschwitz conta que, durante uma pausa do trabalho, assistiu a uma partida de futebol entre os soldados da SS e os membros do Sonderkommando. Para Giorgio Agambem essa partida não foi uma pausa de humanidade em frente aos portões do inferno, mas pelo contrário, esse momento de normalidade é o extremo horror do campo de concentração e extermínio. Essa “partida nunca terminou, é como se continuasse ainda, ininterruptamente. Ela é o emblema perfeito e eterno da ‘zona cinzenta’ que não conhece tempo e está em todos os lugares’. Dela provém a angústia e a vergonha dos sobreviventes [...]. Mas dela também provém a nossa vergonha, de nós que não conhecemos os campos e que, mesmo assim, assistimos, não se sabe como, àquela partida que se repete em cada partida dos nossos estádios, em cada transmissão televisiva, em cada normalidade cotidiana. Se não conseguirmos entender aquela partida, acabar com ela, nunca mais haverá esperança” (p. 35).
  • 45. Reportagem com sobreviventes do Holocausto Assistir no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=mAEo6g2c9d4&spfreload=10
  • 46. Tribunal de Nuremberg: Em novembro de 1945 começou o julgamento dos principais líderes vivos do nazismo. Eles foram processados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade devido ao Holocausto. Göring, nesta foto ao lado de Hitler, foi condenado à execução, mas se suicidou na noite anterior. Rudolf Hess, vice-líder do Partido Nazi foi condenado à prisão perpétua. E Martin Bormann, secretário de Hitler, foi condenado à morte por enforcamento. Hoje, apesar de existirem museus da memória do Holocausto e tantos documentos e filmes sobre os horrores dos campos de concentração, ainda existem grupos que seguem os ideais racistas do nazismo, como se vê na foto ao lado. Uma pena para a democracia.
  • 47. Consultas e referências bibliográficas  AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.  ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Editora Schwarcz, 2013.  ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.  FARIA, Ricardo de M.; MIRANDA, Mônica L.; CAMPOS, Helena G. Estudos de história, 3. Ensino Médio. São Paulo: FTD, 2009.  KERSHAW, Iam. Hitler. Buenos Aires: Ediciones Folio, 2003.  STACKELBERG, Roderick. A Alemanha de Hitler: origens, interpretações, legados. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2002.  ZIZEK, Slavoj. Alguém disse totalitarismo? Cinco intervenções no (mal) uso de uma noção. São Paulo: Boitempo, 2013.  Sites:  Brasil Escola - http://www.brasilescola.com/historiag/hitler.htm  Metamorfose Digital - http://www.mdig.com.br/?itemid=5850  Tempos Safados - http://tempossafados.blogspot.com.br/2012/07/o-holocausto-no- testemunho-na-etica-no.html  Wikipédia – dados de muitos links * Acessos entre os dias 23 e 25 de maio de 2015. Material preparado pelo professor Munís Pedro para o nono ano da Escola Municipal Freitas Azevedo – Uberlândia-MG. Contato: pedro.munhoz@hotmail.com