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1  sur  76
Nova Iorque
a grande maçã
2 • MyBrainMagazine
MyBrainMagazine • 3
MyBrainMagazine
Nova Iorque é um mundo.
Empire City, cidade que
nunca dorme, a Grande
Maçã, um emaranhado de
culturas num espaço tão
confinado.
MORADA
TEL
EMAIL mybrainsociety@gmail.com
ENDEREÇO www.mybrainsociety.blogspot.pt
Copyright © 2018 MyBrainSociety. Todos os direitos reservados.
MyBrain (capa): Registered Trademarks® (marcas registadas). A MyBrain
não se responsabiliza por material não solicitado.
A sabedoria não tem limites
INTERDITA A REPRODUÇÃO DE TEXTOS E DE IMAGENS
CAPA
Ponte de
Brooklyn
4 • MyBrainMagazine
visão .....................................................................................................7
meditação .............................................................................................8
roteiro de viagem .................................................................................9
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Í N D I C E
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6 • MyBrainMagazine
MyBrainMagazine • 7
visão
“É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso
promove a criatividade. Tudo aquilo que é
contraditório gera vida.” Salvador Dalí
8 • MyBrainMagazine
Uma águia entre as galinhas
Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote
de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei
de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam
pelo jardim, disse o naturalista:
– Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
– De facto — disse o camponês — é uma águia, mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha
como as outras, apesar das grandes asas.
– Não — retorquiu o naturalista — ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia e este coração a fará um dia
voar ás alturas.
– Não, não — insistiu o camponês — ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que és de facto é uma águia, abre as tuas asas e voa!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, comendo
grãos. E foi para junto delas.
O camponês comentou:
– Eu disse-lhe, ela virou uma galinha!
– Não, tornou a insistir o naturalista, ela é uma águia e uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente
amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, saltou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga:
– Eu disse…!
– Não, respondeu firmemente o naturalista, ela é águia e possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma
última vez. Amanhã eu a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo, pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das
casas dos homens, no alto de uma montanha.
O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem
na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela
abriu as suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre si mesma, e começou a voar, a
voar para o alto,
a voar cada vez mais para o alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento.
– Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram
pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso,
companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos
jogarem aos pés para ciscar.
meditação
“Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa
a ignorância. Escolha o caminho que o guia à
sabedoria.” Buda
MyBrainMagazine • 9
“O mundo é um imenso livro do qual aqueles
que nunca saem de casa leem apenas uma
página.” Agostinho de Hipona
roteiro de viagem
Dia 1 Lisboa / Marrakech
Comparência no aeroporto duas horas antes da partida. Assistência no embarque,
por um delegado da nossa organização. Partida em avião com destino a Marrakech.
Assistência e transporte ao hotel. Jantar e alojamento.
Dia 2 Marrakech / Casablanca
Pequeno-almoço. Em hora a combinar localmente, partida com destino a
Casablanca via Essaouira.
Visita panorâmica da cidade de Essaouira, que conserva parte do seu legado
português, como o seu porto fortificado considerado Património mundial da
Unesco. Almoço. Partida rumo a Casablanca com passagem por Oualidia e El Jadida,
antiga cidade portuguesa de Mazagão. Esta é uma antiga cidade portuguesa, que
foi considerada como o melhor refugio para os navegadores portugueses durantes
as suas expedições à costa africana. Chegada a Casablanca ao fim da tarde. Jantar e
alojamento.
Dia 3 Casablanca / Rabat
Após pequeno-almoço, início da visita da cidade. Visita ao Mercado central, Bairro
de Habous, Palácio Real, Praça Mohamed V, zona residencial de Anfa e ao exterior
da Mesquita de Hassan II. Tempo livre para almoço. Partida para Rabat. Visita da
capital administrativa de Marrocos, incluindo o Mausoléu de Mohamed V, Torre
Hassan, Kasbah Oudayas. Ao final da tarde, transporte ao hotel. Jantar e
alojamento.
Dia 4 Rabat / Meknes/ Fez
Depois do pequeno-almoço, partida para Meknès, conhecida como a Versailles de
Marrocos, fundada no final do Séc. XVII por Moulay Ismail. A visita panorâmica da
cidade inclui o Bab Mansour e o bairro Judeu. Almoço. Continuação para Fez, com
paragem nas ruínas romanas de Volubilis e na Cidade Santa de Moulay Idriss.
Chegada. Jantar e alojamento no hotel.
Dia 5 Fez
Pequeno-almoço no hotel. Em hora a determinar localmente, início da visita de Fez,
a mais antiga cidade cultural e espiritual de Marrocos. Visita às Medersas (escolas
santas), ao exterior da mesquita de Karaouine e à famosa fonte Nejjarine. Almoço.
Continuação da visita pela Medina antiga com destaque para as pequenas oficinas,
onde utilizando formas ancestrais, os artesãos produzem das mais reconhecidas
peças do artesanato marroquino. Regresso ao hotel. Jantar e alojamento.
Dia 6 Fez / Marrakech
Após o pequeno-almoço, partida para Marrakech, atravessando a montanha do
Atlas e passando por Immouzer El Kander e Azrou, conhecida pelo seu artesanato
em madeira. Almoço (não incluído). Paragem em Beni-Mellal. Continuação para
Marrakech. Chegada ao final do dia, jantar e alojamento no hotel.
Dia 7 Marrakech
Pequeno-almoço no hotel. Dia dedicado à visita de Marrakech, a segunda cidade
imperial mais antiga de Marrocos apelidada de "Pérola do Sul". Visita aos Túmulos
de Saadian, a Koutoubia, o Palácio Bahia, aos Jardins de Menara e ao Museu Dar Si
Said. Regresso ao hotel para almoço. De tarde, visita da Medina e dos seus Souks e
Praça Djemaa El Fna, coração e principal ponto desta bela cidade. Regresso ao
hotel.
Dia 8 Marrakech / Lisboa
Pequeno-almoço no hotel. Em hora a combinar localmente, transporte para o
aeroporto. Assistência nas formalidades de embarque e partida com destino a
Lisboa. Chegada.
Dia 7: Serengeti
Segundo dia no nosso Safari Camp no meio de Seronera (Parque Nacional
Serengeti). Os melhores safaris, ou pelo menos a maior probabilidade de presenciar
cenas de caça, têm lugar ao amanhecer, quando a savana se desperta e os animais
nocturnos ainda estão activos e ao entardecer. Dedicaremos estes momentos para
encontrar-nos com os cinco grandes ou mais conhecidos como os “big five”, leões,
10 • MyBrainMagazine
enia
GEOGRAFIA
10 • MyBrainMagazine
A cidade de Nova Iorque fica situada no sudeste do estado americano com o mesmo nome, na foz do rio Hudson, e a
sua superfície total é de 800 km², sendo a maior cidade dos EUA. Está dividida em cinco distritos: Bronx, Brooklyn
(a maior aglomeração urbana de todas), Queens, Manhattan e Staten Island (que é o menos urbanizado). A cidade
alberga cerca de 8 milhões de habitantes dos quais 52% são brancos, 29% negros, 7% asiáticos e oriundos de ilhas
do Pacífico e os restantes 12% de outras etnias. Uma boa parte destes habitantes são de origem hispânica, mais
concretamente 24% da população da cidade. Atualmente, recebe muitos emigrantes procedentes da ex-URSS.
MyBrainMagazine • 11
GEOGRAFIAHISTÓRIA
Nova Iorque constituiu a porta de entrada para os
Estados Unidos da América dos emigrantes vindos
inicialmente da Europa e China e mais tarde de
outras partes da Ásia. Mas a região da baía com o
mesmo nome já era habitada há vários séculos por
tribos indígenas, os índios algonquinos. Em 1624 a
Companhia Holandesa das Índias Ocidentais
estabeleceu aí uma colónia que então se chamava
Nova Amsterdão. Em meados do século XVII a
colonização da ilha de Manhattan aumentou e
simultaneamente foram estabelecidos outros
assentamentos em Bronx, Brooklyn, Queens e
Staten Island. Em 1664 foi entregue
temporariamente aos ingleses pelo então
governador Peter Stuyvesant e definitivamente,
em 1674, pelo tratado de Westminster. A moagem
de farinha era a atividade principal. A cidade
cresceu devido à atividade comercial marítima e
fluvial que então se estabeleceu. Já batizada de
Nova Iorque, desempenhou um papel importante
no desenrolar dos factos que deram origem à
Revolução Americana, que teve lugar entre 1776 e
1783. Este conflito levou à independência das
treze colónias britânicas que, com o apoio dos
franceses e espanhóis, deram origem aos Estados
Unidos da América. Durante a guerra dos sete
anos, a cidade foi devastada pelos incêndios e em
1789 George Washington foi nomeado primeiro
presidente do país. No final do século XIX a sua
população cresceu com a chegada dos emigrantes
europeus e chineses, sobretudo durante o
período de reconstrução, de construção de
pontes, dos caminhos-de-ferro aéreos e do
complexo sistema de transportes subterrâneos
que unia os cinco distritos que então foram
criados. À medida que os mercadores
enriqueciam, foram construídos museus de arte,
hotéis luxuosos (Astoria) e mansões — a era da
extravagância. A década de 1920 foi uma época
de prosperidade, porém o crime era elevado,
havendo gangsters que desafiavam a Lei Seca
(quando o álcool foi ilegal). Mas esta época
dourada acabou com a queda da Bolsa em 1929 e
um quarto dos nova-iorquinos ficaram
desempregados. O mayor Jimmy Walker, que
favorecia este crime, demitiu-se, em 1932,
acusado de corrupção e, com a eleição do mayor
Fiorello La Guardia em 1933, Nova Iorque começou
a recuperar. Antes e depois da Segunda Grande
Guerra imigrantes negros vindos do Sul e
emigrantes de diversos países da América Latina
aumentaram o quantitativo populacional da
cidade, que desfruta deste estatuto desde 1963
com um governo centralizado. Tornou-se a
capital financeira do mundo.
.Depois de holandeses e ingleses lhes roubarem o
comércio no século XVII, os estados Zanj
recuperaram a sua independência. Estabelecidos
na ilha de Zanzibar, na atual Tanzânia, os árabes
do sultanato de Omã retomaram o controlo das
cidades-estado zona costeira e floresceu o
comércio de escravos que, a partir de Zanzibar e
Mombaça, se estendeu para o interior. Por volta
de 1840, a Inglaterra iniciou o comércio costeiro
no Quénia. Em 1873, os britânicos aboliram o
comércio de escravos dos árabes. Em 1886, os
britânicos, a pretexto de acabar com a pirataria,
apoderaram-se de toda a região.
Os primeiros europeus a explorarem o interior do
território queniano foram os alemães Johann
Ludwig Krapf e Johannes Rebmann, missionários
que se estabeleceram em Rabai, no território da
tribo manyika, em 1848. Na Conferência de Berlim
de 1885, onde se delimitaram as áreas de
influência das potências europeias, a região foi
entregue ao Reino Unido, que a confiou em
Ponte Brooklyn e Manhattan, mapa de NY, New Amsterdam (1660), Manhattan
(1870), Little Italy (1900), Manhattan em 1932 e 1946, terça-feira negra - crash
da bolsa a 6 de outubro de 1929, imigrantes que chegavam a Ellis Island (x2),
edifício Flatiron a ser construído, Torres Gémeas e ataque (x2), plano de
reconstrução do WTC (X2), Times Square (1910, 1920 e 1950), construção do
Empire State Building (x3 – pormenor de almoço), construção da Ponte
Manhattan.
MyBrainMagazine • 11
N
Y
C
Y
C
12 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Bolsa, Federal Hall, Trinity Church, One
WTC, Ground Zero, One WTC, Lower
Manhattan, Estátua da Liberdade,
Manhattan, Ponte Brooklyn, Ponte
Manhattan, Ponte Brooklyn.
LOWER MANHATTAN
É o distrito financeiro da cidade. Na rua Wall Street estão três atrações
muito importantes: a Trinity Church (construída em 1846 em estilo gótico),
o Federal Hall National Monument (onde, em 1789, George Washington foi
declarado presidente) e a New York Stock Exchange (Bolsa de Valores,
fundada em 1817).
As torres gémeas do World Trade Center dominaram o recorte de
Manhattan durante 27 anos, até serem destruídas num ataque terrorista da
Al Qaeda, a 11 de setembro de 2001. A 11 de setembro de 2001, entre as oito
e as dez da manhã, dois aviões de passageiros foram desviados da sua rota
e intencionalmente levados a colidir com as duas torres do World Trade
Center em Nova Iorque. As explosões e subsequentes incêndios provocaram
graves danos nos arranha-céus, que acabaram por desabar num curto
espaço de tempo. Mais tarde, e em consequência do desabamento das
torres, outro edifício ruiu. Agora, no local onde estavam as duas torres
(Ground Zero), estão duas piscinas quadradas, com o nome das 2977
pessoas mortas, constituindo o memorial do 11 de setembro. Está a ser
exercido um plano de recuperação da área do World Trade Center, com a
construção de várias torres, sendo que a única que está pronta é o One
World Trade Center (1WTC), ou Freedom Tower, com 541 m, inaugurada em
2014, o arranha-céus mais alto de Nova Iorque, dos EUA e do Hemisfério
Ocidental, sendo o 6.º maior do mundo.
A Estátua da Liberdade, na ilha da Liberdade, com 92 metros de altura,
representa uma mulher, voltada para o oceano, que segura uma tocha na
mão direita e na mão esquerda transporta um livro onde está escrita a data
de 4 de julho, o dia da independência dos Estados Unidos. Este grande
símbolo nacional norte-americano tinha por objetivo, na origem,
comemorar a amizade entre o povo dos Estados Unidos e o da França. A
construção da estátua foi proposta por Edouard de Laboulaye, historiador
francês, depois da Guerra Civil Americana. O monumento começou a ser
construído em França, em 1875, pelo escultor Frédéric-Auguste Bartholdi,
com fundos franceses. Intervieram depois no projeto Eugène-Emmanuel
Viollet-le-Duc e Gustav Eiffel. Esta fase do trabalho ficou terminada em
1885. De seguida, a estátua foi desmontada e transportada de barco para
Nova Iorque. Aí foi colocada no seu pedestal, construído pelo arquiteto
norte-americano Richard Morris Hunt em 1886.
Era na Ellis Island que os imigrantes chegavam de todo o mundo de barco.
Metade da população da América pode vir buscar raízes aqui, local que
serviu de depósito se imigração do país desde 1892 até 1954.
SEAPORT & CIVIC CENTER
A Brooklyn Bridge (Ponte de Brooklyn), terminada em 1883, era a maior
ponte suspensa e a primeira a ser construída em aço. O engenheiro John A.
Roebling projetou uma ponte sobre o East River enquanto ficou preso no
gelo num ferry para Brooklyn. A ponte demorou 16 anos a construir, exigiu
600 operários e ceifou 20 vidas, incluindo a de Roebling. A maioria morreu
de aeroembolismo quando subiam à superfície vindos das câmaras de
escavação submarina. As duas torres da ponte erguem-se acima de diques
flutuantes. Os extremos dos quatro cabos de aço da ponte são presos a uma
série de traves de ancorarem fixas por placas de ancoragem. Estas são
sustentadas por enormes contrafortes de granito. Cada um dos 4 cabos
principais tem 19 cordas, cada uma com 278 arames de aço colocados em
paralelo. Um enorme rebite de ferro comprimia todas as cordas formando
um cilindro uniforme. As cordas era depois postas por ordem: depois de
postas as 12 inferiores, as do centro eram ligadas. A Manhattan Bridge
(Ponte de Manhattan), aberta em 1909, é uma ponte suspensa de ferro no
rio East, desenhada por Leon Moisseiff. O City Hall é a sede do governo de
Nova Iorque desde 1812 e é um dos melhores exemplos da arquitetura
americana do estilo federal do século XIX.
relógios), Friburgo (cidade bilíngue onde se fala francês e alemão), Baden
(com águas termais), Aarau (nas margens do rio Aare), Murten (com um
lago e uma torre de relógio), Lauterbrunnen e Grindelwald (com os vales
mais bonitos da Suíça e a primeira com a catarata Staubbach, segunda mais
MyBrainMagazine • 13
GEOGRAFIA
Little Italy, Chinatown, Macy’s, TriBeCa, SoHo, Empire State Building (x2), NoLIta, Madison
Square (x2), Flatiron Building, Empire State Building desde o Rockefeller Center.
LOWER EAST SIDE
É nesta zona que os imigrantes se começaram a instalar no final do século XIX.
Italianos (Little Italy), Chineses (Chinatown) e Judeus (que influenciaram a
gastronomia nova-iorquina, com os Delicatessen, pretzels e bagels) fundaram
bairros distintos, preservando as suas línguas, costumes, culinária e religiões
no meio de uma terra estranha.
SOHO E TRIBECA
Artes e arquitetura transformaram estes antigos bairros industriais. SoHo
(South of Houston street) foi ameaçado de destruição nos anos 60 até os
conservacionistas chamarem a atenção para a rara arquitetura histórica em
ferro forjado. O bairro foi salvo e os artistas começaram a mudar-se para
lofts. Seguiram-se galerias, cafés, lojas e boutiques. Quando as rendas
subiram, muitos artistas mudaram-se para TriBeCa (Triangle Below the Canal
street).
GREENWICH VILLAGE
Começou por ser uma aldeia rural, um refúgio para os habitantes da cidade
durante a epidemia da febre amarela de 1822. Os padrões aleatórios das ruas,
refletindo antigos limites rurais ou riachos, torna-a um enclave natural, um
paraíso boémio e lar de muitos artistas e escritores.
EAST VILLAGE
Peter Stuyvesant (político e militar holandês que serviu como o último
diretor-geral da colónia da Nova Holanda) tinha uma propriedade rural nesta
zona, e no século XIX os Astor e os Vanderbilt viveram aqui. Mas em 1900 a
alta sociedade mudou-se: Irlandeses, Alemães, Judeus, Polacos, Ucranianos e
Porto-Riquenhos instalaram-se e deixaram a sua marca na área. Nos anos 50,
as rendas baixas atraíram a "geração beat". Mais tarde, os hippies foram
seguidos pelos punks.
GRAMERCY E FLATIRON DISTRICT
Gramercy Park é um bairro residencial em volta de um parque privado para os
residentes, ao contrário de Madison Square, cercada de escritórios e de
trânsito. Nesta última encontram-se os edifícios New York Life Insurance
Company (de 1928, desenhado por Cast Gilbert), Metropolitan Life Insurance
Company (de 1893, com uma torre de relógio de 210 m, de 1909, que
destronou o Flatiron Building de mais alto do mundo) e o Flatiron Building (no
início chamado Fuller Building, concluído em 1902 e desenhado pelo arquiteto
Daniel Burnham, sendo o edifício mais alto do mundo na época, o primeiro
arranha-céus e um dos primeiros edifícios a usar estrutura de aço).
CHELSEA E GARMENT DISTRICT
Eram terras cultivadas em 1750. Na década de 1830 era um subúrbio e na
década de 1870, com a chegada dos caminhos de ferro elevados, tornou-se
um zona comercial. Herald Square tem o nome de um jornal, entre 1894 e
1921. Esta área foi em tempos uma das mais degradadas da cidade, sendo que
durante as décadas 1880 e 90 estava cheia de cabarés e bordéis. Quando a
loja de departamentos Macy's, fundada por um baleeiro, abriu em 1901, o
foco transferiu-se para a moda. O Madison Square Garden, de 1968, é um
cilindro de cimento pré-moldado, sede de equipas locais. A High Line é um
novo parque urbano, construído numa antiga linha férrea elevada dos anos
30, outrora em desuso. O Empire State Building foi construído em pouco mais
de um ano, entre 17 de março de 1930 e 1 de maio de 1931, com 102 andares e
381 m de altura, aos quais se pode acrescentar a torre emissora de televisão,
o que perfaz um total de 443 m. De linhas claras e elementares, representa a
prosperidade e a audácia americanas. O projeto ficou a cargo da agência
Sheeve, Lamb & Harmon, que elegeram como materiais nobres o níquel, o
vidro e revestimento de pedra. O seu topo, em fuso, concebido para servir de
aerogare de dirigíveis, pertence ao estilo Arte Déco, que aqui reinterpreta os
zigurates mesoamericanos. Ocupado por escritórios, foi considerado o
edifício mais alto do mundo até 1972.
14 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Rockefeller center (x3), Grand Central Terminal, vista
do Rockefeller Center com o 432 Park Avenue,
(segundo arranha-céus maior de Nova Iorque e
terceiro dos EUA), polícia no Rockefeller center, NY
Public Library, vista do Rockefeller Center para o
Central Park, Times Square (x2), Grand Central e
Crysler Building, interior do Crysler building, Grand
Central Terminal (x2), Nações Unidas.
THEATER DISTRICT
Foi a mudança do Metropolitan Opera House para a Broadway
em 1883 que levou a primeira onda de teatros e restaurantes
para esta área. Nos anos 20, grandes cinemas adicionaram o
glamour do néon à Broadway e os letreiros tornaram-se cada
vez maiores. Com o nome da New York Times Tower de 25
pisos, a Times Square é o coração da zona desde 1899, quando
Oscar Hammerstein construiu os teatros Victoria e Republic.
Desde os anos 20, o cintilante néon dos cartazes de teatro
combinaram com os placares iluminados do Times. Após um
período de declínio iniciado nos anos 30, em que se assistiu à
usurpação dos espetáculos de sexo em muitos dos grandes
teatros, a regeneração do bairro começou nos anos 90. Na
Times Square também se encontra o Paramount Building,
projetado por Rapp & Rapp em 1927, com uma coroa Art Déco,
onde havia o famoso cinema no rés-do-chão e as pessoas
faziam fila nos anos 40 para ver Frank Sinatra. Outras atrações
desta zona são o Bryant Park Hotel (de 1924, o edifício do
American Radiator), o Rockefeller Center (com um design art
déco, mandado construir por John D. Rockefeller Jr., com a
maioria dos edifícios prontos em 1932.) e a New York Public
Library (Em 1897, a tarefa de projetar a principal biblioteca
pública de Nova Iorque foi atribuída aos arquitetos Carrère e
Hastings. Construída no local do antigo Croton Reservoir, o
principal reservatório de água da cidade, foi inaugurada em
1911).
LOWER MIDTOWN
Desde as Beaux-Arts (Grand Central Terminal) à Art Déco
(Chrysler Building), é o paraíso da arquitetura. Walter P.
Chrysler fundou a sua própria empresa de automóveis em
1925. O sonho de ter uma sede na cidade resultou num edifício
simbólico na era dourada do automobilismo — o Chrysler
Building. Seguindo os desejos de Chrysler, o pináculo Art Déco
em aço inoxidável assemelha-se à grelha do radiador de um
carro e as gárgulas também são famosas. Ficou pronto em
1930, desenhado por William Van Allen, com 320 m, sendo o
mais alto do mundo até o Empire State Building ser construído
no mesmo ano. A Chrysler Corporation nunca usou o edifício
como sede, tendo sido um salão de exposições de automóveis.
O pináculo foi mantido em segredo até ao último momento,
garantindo que o edifício seria mais alto do que o Bank of
Manhattan, acabado de construir na época pelo rival de Van
Allen, H. Craig Severance. Em 1871, Cornelius Vanderbilt abriu
uma estação de caminhos de ferro. Embora várias vezes
renovada, nunca teve o tamanho suficiente e acabou por ser
demolida. A atual Grand Central Terminal foi inaugurada em
1913. Esta pérola da Beaux-Arts tem sido porta de entrada e
símbolo da cidade desde então. Fundadas em 1945 com 51
países-membros, as Nações Unidas hoje contam com 193
países. Nova Iorque foi escolhida como a sede da ONU, e o
arquiteto chefe do edifício foi o americano Wallace Harrison.
Tudor City foi construída nos anos 20 como renovação urbana
e para acabar com os gangues. A Japan Society, de 1907, foi
fundada para fomentar a compreensão e intercâmbio cultural
entre o Japão e os Estados Unidos. A Morgan Library, de 1906,
com a coleção do banqueiro Pierpont Morgan, possui
manuscritos raros, desenhos, gravuras, livros e encadernações.
MyBrainMagazine • 15
Serengeti (x4), mulher a cozinhar, mapa
onde saíram mais pessoas para combater
na Síria a favor do ISIS, anatomia do ISIS,
os países que eles querem conquistar.
GEOGRAFIAUPPER MIDTOWN
As lojas de luxo da Fifth Avenue surgiram pela primeira vez
quando a sociedade se mudou para a zona alta, onde
começaram a predominar mansões nesta avenida, começando
com a de William Henry Vanderbilt, em 1883. Em 1917, Cartier
adquiriu a mansão do banqueiro Morton F. Plant em troca de
um colar de pérolas. Nesta 5th Avenue destcam-se a igreja de
St. Thomas, as lojas de departamentos Saks, o Rockefeller
Center, o Plaza Hotel (1907), a Trump Tower (projetada em
1983, sendo um monumento aparatoso à riqueza de Donald
Trump, um símbolo do excesso e luxo dos anos 80), o MoMA
(Museum of Modern Art é um museu de arte moderna fundado
em 1929) e a St. Patrick's Cathedral (catedral católica
construída em 1878 em Revivalismo Gótico). Também nesta
área se encontram a Central Synagogue (uma sinagoga de
1870), o General Electric Building (construído pelos arquitetos
Cross & Cross em 1931, com um pináculo pontiagudo que
simboliza ondas elétricas) e o Hotel Waldorf-Astoria
(concebido por Schultze & Weaver em 1931 em estilo art déco,
muito famoso por acomodar celebridades. O hotel original na
34th Street foi demolido para dar lugar ao Empire State
Building).
UPPER SIDE E CENTRAL PARK
Na zona este encontram-se a maioria dos museus da cidade.
Projetado por Frank Lloyd Wright e construído em 1959, o
Solomon R. Guggenheim Museum é um dos melhores museus de
arte contemporânea do mundo, destacando-se também a sua
arquitetura moderna e visionária, com um exterior em forma
de concha e uma rampa em espiral no interior. O Metropolitan
Museum of Art foi fundado em 1870 e as obras datam desde os
tempos pré-históricos até ao presente e possui coleções de
todos os continentes. A Frick Collection alberga a coleção de
arte do magnata do aço Henry Frick (1849-1919). O Whitney
Museum of American Art alberga arte americana dos séculos
XX e XXI e foi fundado pela escultora Gertrude Vanderbilt
Whitney e desde 1966 encontra-se num edifício de pirâmide
invertida de Marcel Breuer. O Central Park foi criado em 1858
por Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux num local de
desoladas pedreiras, quintas de porcos, pantanais e barracas.
Há colinas artificiais, lagos e prados verdejantes neste parque
de 340 hectares. Na zona oeste encontram-se o Lincoln Center
e o Museu de História Natural, inaugurado em 1877, um dos
maiores do mundo. Na zona norte encontra-se o bairro de
Harlem e a Universidade de Columbia, em Morningside Heights.
prosperidade e a audácia americanas. O projeto ficou a cargo
da agência Sheeve, Lamb & Harmon, que elegeram como
materiais nobres o níquel, o vidro e revestimento de pedra. O
seu topo, em fuso, concebido para servir de aerogare de
dirigíveis, pertence ao estilo Arte Déco, que aqui reinterpreta
os zigurates mesoamericanos. Ocupado por escritórios, foi
considerado o edifício mais alto do mundo até 1972.
relógios), Friburgo (cidade bilíngue onde se fala francês e
alemão), Baden (com águas termais), Aarau (nas margens do
rio Aare), Murten (com um lago e uma torre de relógio),
Lauterbrunnen e Grindelwald (com os vales mais bonitos da
5th Ave Apple Store, St. Patrick’s Cathedral (x2),
Trump Tower (x2), Fifth Ave (x2), esquilos no
Central Park, Saks, neve na Fifth Ave, Fifth Ave, 5th
Ave e Plaza Hotel, esquilo no Central Park, Bow
Bridge no Central Park, Central Park (x4), Museu
Guggenheim, Metropolitan Museum (fachada,
sarcófago egípcio, Renoir, Gauguin, Van Gogh e
Monet), MoMA (Andy Warhol, Noite Estrelada de
Van Gogh, Jaguar E).
16 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
O brinicle, também chamado de “dedo da morte”
é uma espécie de coluna de gelo, formado por
salmoura, congelando rapidamente tudo o que
toca, formado em locais gelados como a
Antártida. O congelamento da água salgada não
provoca a formação de gelos sólidos como
ocorre com a água doce. O que ocorre é a
formação de uma estrutura esponjosa com
bastante água do mar concentrada de sal, com
pequenos canais onde flui salmoura. Em estações
na Antártida, o ar acima dos icebergues pode
alcançar uma média de – 20ºC de temperatura. O
mesmo não ocorre com a água do mar que fica
em torno de – 1,9 ºC.
O calor sai naturalmente dos locais mais quentes,
como o fundo do mar, para os mais frios, como o
ar acima dos icebergues. Neste processo ocorre o
congelamento de colunas, onde existe
concentração de sal que acaba por entrar pelos
canais da coluna congelada, formando um
brinicle. Quando uma porção de água congela,
força as impurezas, como o sal, para fora do
gelo, como resultado a água circundante torna-se
mais salina e densa, diminuindo assim a sua
temperatura de congelamento. O congelamento
não é instantâneo e como a solução é mais densa,
congela enquanto afunda, formando pequenos
túneis de gelo debaixo do gelo que flutua no mar.
Como o “brinicle” é mais denso que a água do
mar pela concentração de sal, acaba por descer
como se fosse um tornado. Como é
extremamente gelado, com temperaturas
menores do que a água, acaba por congelar tudo
à sua volta quando chega ao fundo oceânico,
inclusive estrelas-do-mar e ouriços -do-mar, que
não conseguem escapar pela rapidez do
congelamento. O mar tem de estar calmo para
não quebrar a formação. Se conseguir atingir um
determinado tamanho, torna-se autossustentável
e cresce até chegar ao fundo do mar.
fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para
as proteínas vegetais e crescimento.
Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da
Amazónia. Estão presos nas próprias plantas. A
matéria orgânica fornece a maioria dos
nutrientes, que são rapidamente absorvidos pelas
plantas e árvores depois de entrar no solo. Mas
alguns nutrientes, incluindo o fósforo, são
levados pela chuva em córregos e rios.
O fósforo que atinge solos amazónicos de areia
do Sahara, um número estimado de 22 mil
toneladas por ano, é quase o mesmo montante
que esse perdeu da chuva e inundações. Os dados
mostram que o vento e o tempo levam, em
média, 182 milhões de toneladas de pó a cada
ano e levam-no além da borda ocidental do
Sahara. A poeira em seguida, viaja 1.600 milhas
através do Oceano Atlântico. Perto da costa leste
da América do Sul, 132 milhões de toneladas
permanecem no ar, e 27,7 milhões de toneladas
caem na superfície sobre a Bacia Amazónica.
Cerca de 43 milhões de toneladas de poeira
viajam mais longe para o Mar das Caraíbas.
O calor sai naturalmente dos locais mais quentes,
como o fundo do mar, para os mais frios, como o ar
acima dos icebergues. Neste processo ocorre o
congelamento de colunas, onde existe concentração
de sal que acaba por entrar pelos canais da coluna
congelada, formando um brinicle. Quando uma
porção de água congela, força as impurezas, como o
sal, para fora do gelo, como resultado a água
circundante torna-se mais salina e densa,
diminuindo assim a sua temperatura de
congelamento. O congelamento não é instantâneo e
como a solução é mais densa, congela enquanto
afunda, formando pequenos túneis de gelo debaixo
do gelo que flutua no mar.
Como o “brinicle” é mais denso que a água do mar
pela concentração de sal, acaba por descer como se
fosse um tornado. Como é extremamente gelado,
com temperaturas menores do que a água, acaba
por congelar tudo à sua volta quando chega ao
fundo oceânico, inclusive estrelas-do-mar e ouriços -
do-mar, que não conseguem escapar pela rapidez do
congelamento. O mar tem de estar calmo para não
quebrar a formação. Se conseguir atingir um
determinado tamanho, torna-se autossustentável e
cresce até chegar ao fundo do mar.
fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as
proteínas vegetais e crescimento.
Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da
Amazónia. Estão presos nas próprias plantas. A
matéria orgânica fornece a maioria dos nutrientes,
que são rapidamente absorvidos pelas plantas e
árvores depois de entrar no solo. Mas alguns
nutrientes, incluindo o fósforo, são levados pela
chuva em córregos e rios.
O fósforo que atinge solos amazónicos de areia do
Sahara, um número estimado de 22 mil toneladas
por ano, é quase o mesmo montante que esse
perdeu da chuva e inundações. Os dados mostram
que o vento e o tempo levam, em média, 182
milhões de toneladas de pó a cada ano e levam-no
além da borda ocidental do Sahara. A poeira em
seguida, viaja 1.600 milhas através do Oceano
Atlântico. Perto da costa leste da América do Sul,
132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7
milhões de toneladas caem na superfície sobre a
Bacia Amazónica. Cerca de 43 milhões de toneladas
de poeira viajam mais longe para o Mar das
Caraíbas.
A quantidade de poeira é, na verdade, muito
variável. Houve uma mudança de 86% entre a maior
quantidade de poeira transportada em 2007 e a
menor em 2011. Porquê tanta variação? Os cientistas
acreditam que isso tem a ver com as condições do
Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira
sul do Sahara. Depois de comparar as alterações no
transporte de poeira a uma variedade de fatores
climáticos, os cientistas descobriram uma
correlação com a precipitação no Sahel do ano
anterior. Quando a precipitação no Sahel aumentou,
o transporte de poeira do ano seguinte foi menor.
O mecanismo por trás da correlação é
desconhecido. Uma possibilidade é que o aumento
da precipitação significa mais vegetação e menos
Como o “brinicle” é mais denso que a água do mar
pela concentração de sal, acaba por descer como se
fosse um tornado. Como é extremamente gelado,
com temperaturas menores do que a água, acaba
por congelar tudo à sua volta quando chega ao
fundo oceânico, inclusive estrelas-do-mar e ouriços -
do-mar, que não conseguem escapar pela rapidez do
congelamento. O mar tem de estar calmo para não
quebrar a formação. Se conseguir atingir um
determinado tamanho, torna-se autossustentável e
cresce até chegar ao fundo do mar.
fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as
proteínas vegetais e crescimento.
Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da
Amazónia. Estão presos nas próprias plantas. A
matéria orgânica fornece a maioria dos nutrientes,
que são rapidamente absorvidos pelas plantas e
árvores depois de entrar no solo. Mas alguns
nutrientes, incluindo o fósforo, são levados pela
chuva em córregos e rios.
O fósforo que atinge solos amazónicos de areia do
Sahara, um número estimado de 22 mil toneladas
por ano, é quase o mesmo montante que esse
perdeu da chuva e inundações. Os dados mostram
que o vento e o tempo levam, em média, 182
milhões de toneladas de pó a cada ano e levam-no
além da borda ocidental do Sahara. A poeira em
seguida, viaja 1.600 milhas através do Oceano
Atlântico. Perto da costa leste da América do Sul,
132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7
milhões de toneladas caem na superfície sobre a
Bacia Amazónica. Cerca de 43 milhões de toneladas
de poeira viajam mais longe para o Mar das
Caraíbas.
A quantidade de poeira é, na verdade, muito
variável. Houve uma mudança de 86% entre a maior
quantidade de poeira transportada em 2007 e a
menor em 2011. Porquê tanta variação? Os cientistas
acreditam que isso tem a ver com as condições do
Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira
sul do Sahara. Depois de comparar as alterações no
transporte de poeira a uma variedade de fatores
climáticos, os cientistas descobriram uma
correlação com a precipitação no Sahel do ano
anterior. Quando a precipitação no Sahel aumentou,
o transporte de poeira do ano seguinte foi menor.
O mecanismo por trás da correlação é
desconhecido. Uma possibilidade é que o aumento
da precipitação significa mais vegetação e menos
solo exposto à erosão do vento no Sahel. Uma
segunda explicação mais provável, é que a
quantidade de chuva está relacionada com a
circulação dos ventos, o que varre a poeira, tanto
do Sahel e do Saara na atmosfera superior, onde ele
pode sobreviver à longa viagem através do oceano.
LEGENDA DA PÁGINA DO LADO:
vários minerais: quartzo, diamante,
lápis-lazúli, biotite, lepidolite,
magnetite, fluorite, azurite, epídoto;
cristais de quartzo.
MyBrainMagazine • 17
GEOGRAFIA
incluem-se os feldspatos, o quartzo, as piroxenas, as
anfíbolas, as micas e as olivinas, que cristalizam a
partir de magmas ricos em sílica no interior da crosta,
ou a partir de lavas que extruem. Os minerais de
origem sedimentar mais comuns são concentrados
puros ou misturas de areias, ou minerais de argilas ou
carbonatos (principalmente a calcite, a aragonite e a
dolomite). Os minerais típicos das rochas
metamórficas são a andalusite, a cordierite, a granada
tremolite, a lawsonite, a pumpeleíte, o glaucófano, a
volastonite, a clorite, as micas, a horneblenda, a
estaurolite, a cianite e o diópsido.
Existem diversos tipos de minerais: Mineral acessório:
quando se apresenta em muito pequenas quantidades
numa rocha. Mineral característico: se permite
distinguir uma variedade de rocha de outra. Mineral
em bruto: aquele que não sofreu qualquer processo de
tratamento. Mineral essencial: aquele que se encontra
numa rocha e é fundamental para a sua classificação e
nomenclatura, mas não deve, necessariamente,
encontrar-se em grandes quantidades. Mineral estável:
que persiste em sucessivos ciclos de erosão e
deposição, geralmente abundantes em sedimentos
maduros, como por exemplo a turmalina e o zircão.
Mineral leve: quando apresenta uma densidade
inferior à do bromofórmio (2,89). Mineral pesado: se
apresenta uma densidade maior do que a do
bromofórmio. Mineral provável: material em relação
ao qual se estimou a qualidade e quantidade,
mediante cálculos parciais a partir da análise de
amostras e de estudos geológicos. Mineral provado:
material estudado e analisado indicando que se deve
tratar de um dado mineral, dentro de uma margem de
erro menor que 20%. Mineral radioativo: quando
contém elementos radioativos e emite radiações.
Mineral primário: se aparece logo no início da
formação da rocha. Mineral secundário: quando se
originou depois da aparição dos minerais da rocha
original e como consequência de processos não
relacionados diretamente com a origem da rocha
inicial.
Os principais fatores que influenciam a cristalização
na formação dos minerais são: a temperatura, o
tempo, a agitação do meio, o espaço disponível e a
natureza do próprio material. A estrutura cristalina
implica uma disposição ordenada dos átomos ou iões,
que formam uma rede tridimensional que segue um
modelo geométrico característico de cada espécie
mineral. A rede é constituída por unidades de forma
paralelepipédica que constituem a malha elementar ou
motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós
paralelepipédica que constituem a malha elementar ou
motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós
correspondem às partículas elementares, as fiadas são
alinhamentos de partículas e os planos reticulares são
planos definidos por duas fiadas não paralelas.
Por vezes, as partículas não chegam a atingir o estado
cristalino. A textura fica desordenada, designando-se
a matéria, nestas condições, por textura amorfa ou
vítrea.
- Isomorfismo: verifica-se quando ocorrem variações
ao nível da composição química dos minerais sem,
contudo, se verificarem alterações na estrutura
cristalina. Substâncias com estas características
designam-se por substâncias isomorfas. A um conjunto
de minerais como estes chama-se série isomorfa ou
solução sólida e os cristais constituídos designam-se
por cristais de mistura, misturas sólidas ou misturas
isomorfas. Um exemplo de minerais que constituem
uma série isomorfa é o das plagióclases, que são
silicatos em que o Na+ e o Ca2+ se podem
intersubstituir.
- Polimorfismo: verifica-se quando os minerais têm a
mesma composição química, mas estruturas cristalinas
diferentes. O carbono, por exemplo, pode cristalizar
formando grafite ou diamante (o mineral mais duro).
A diferença reside na disposição dos seus átomos.
unidade estrutural do diamante consiste em 8 átomos
de carbono que se dispõem numa estrutura cristalina
de simetria cúbica. Na grafite, cada átomo vai ligar-se
a três outros átomos de carbono, no mesmo plano,
conduzindo à formação de anéis hexagonais. A
unidade estrutural do diamante consiste em 8 átomos
de carbono que se dispõem numa estrutura cristalina
de simetria cúbica. Os diamantes formam-se a
elevadas pressões e grandes profundidades, enquanto
que a grafite é o contrário.
Para classificar um mineral também se pode recorrer
ao seu sistema cristalino:
Sistema cúbico: contém as classes de simetria cujas
formas cristalográficas se podem referir a três eixos
coordenados equivalentes, e por isso permutáveis, que
são perpendiculares entre si a todas as temperaturas;
Sistema hexagonal: pertencem a este sistema todas as
formas cristalográficas que se podem referir
geometricamente a uma cruz axial formada por dois
eixos horizontais equivalentes, que se intersetam
segundo ângulos de 12º, e outro equivalente
perpendicular a eles;
Sistema tetragonal: inclui todas as formas cristalinas
que se podem referir a uma cruz axial trirrectangular
em que dois eixos são permutáveis e o terceiro é
diferente deles;
Sistema ortorrômbico ou sistema rômbico: inclui
todas as formas cristalinas que se podem referir
geometricamente a uma cruz axial trirrectangular de
três parâmetros desiguais e, por conseguinte, não
permutáveis;
Sistema monoclínico: pertencem a este sistema todas
as formas cristalinas que se podem referir a uma cruz
axial constituída por três arestas, existentes ou
possíveis, que se intersetam em dois ângulos retos e
um agudo e não são equivalentes;
Sistema triclínico: incluem-se neste sistema todos os
cristais que podem ser referidos a uma cruz axial
formada por três eixos desiguais que se intersetam
segundo ângulos não iguais e diferentes de 90º.
Um mineral consiste numa substância
inorgânica, originada de um modo
natural, que possui composição química e
estrutura atómica bem definidas. Se bem
que os minerais sejam elementos ou
compostos químicos concretos, que se
expressam por meio de fórmulas, é
possível que tenham pequenas variações
de composição, conservando, apesar
disso, a sua estrutura. Os átomos que
constituem os minerais encontram-se
dispostos segundo um modelo regular
tridimensional que é característico para
cada mineral. A substituição de átomos
por outros mais ou menos análogos, com
a mesma estrutura, origina o
isomorfismo. Os minerais com uma
composição química análoga apresentam
estruturas atómicas diferentes
manifestam o fenómeno do
polimorfismo.
Os minerais formam-se a partir de
misturas, ou melhor, de soluções aquosas
sobressaturadas. O estudo físico dos
minerais possibilita determinar as suas
propriedades óticas (cor, brilho,
transparência, refração, dicroísmo,
fluorescência, etc.) e ainda o seu peso
específico e a sua dureza. O estudo das
propriedades químicas dos minerais
recorre a análises laboratoriais. Os
minerais são vulgarmente classificados
como magmáticos, sedimentares ou
metamórficos. Nos minerais magmáticos
incluem-se os feldspatos, o quartzo, as
piroxenas, as anfíbolas, as micas e as
olivinas, que cristalizam a partir de
magmas ricos em sílica no interior da
18 • MyBrainMagazine
GEOGRAFIA
Neve é a precipitação em forma de cristais de gelo ou,
muitas vezes, de agregados de cristais. O tamanho,
forma e concentração dos flocos de gelo depende em
grande parte da temperatura a que se formam. A
cristalização a temperaturas muito baixas resulta, em
geral, numa neve leve constituída por cristais
individuais. Se as temperaturas forem superiores a -5ºC,
os cristais de gelo aglomeram-se caindo um agregado de
cristais. Na atmosfera, os cristais de gelo formam-se por
arrefecimento das gotas de água das nuvens em volta de
um núcleo de condensação.
.— Vulcanismo de subducção (convergência de placas
tectónicas): a colisão de duas placas obriga ao mergulho
da placa mais densa, originando-se uma zona de
subducção. A partir de certa profundidade, as condições
de pressão e temperatura induzem a fusão da placa em
subducção, formando-se magma. Este tipo de magma, de
origem pouco profunda, origina erupções de tipo
explosivo. 80% dos vulcões ativos são deste tipo. Ex.:
Andes, Anel de Fogo,...
— Vulcanismo de vale de rifte (divergência de placas
tectónicas): o afastamento de placas tectónicas origina
sistemas de fissuras na crusta através dos quais o magma
ascende à superfície. Este tipo de magma, de origem
pouco profunda, origina erupções de tipo não explosivo
(efusivas e/ou mistas). 15% dos vulcões ativos são deste
tipo. Ex.: Vale do Rifte Africano,...
— Vulcanismo intraplaca: ocorre graças a um hotspot,
que consiste numa zona invulgarmente quente no manto.
A instabilidade da fronteira entre o núcleo e o manto
nessa zona originou uma coluna de matéria quente que
sobe através do manto, constituindo uma pluma térmica.
Ao atingir a litosfera, o material da pluma funde e o
magma resultante derrete a crusta oceânica, perde os
seus gases, ficando lava, e esta solidifica transformando-
se em basalto. Este tipo de magma, de origem muito
profunda, origina erupções de tipo não explosivo
(efusivas e/ou mistas). 5% dos vulcões ativos são deste
tipo. Ex.: Hawaii, Monte Camarões,...
dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo
por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a
lava, por vezes, não chega a derramar constituindo
MyBrainMagazine • 19
20 • MyBrainMagazine
BIOLOGIA
O Homem sempre teve necessidade de agrupar os seres vivos em
grupos, usando primeiro classificações práticas (têm interesse
imediato e utilitário e normalmente têm uma característica com
interesse para as necessidades básicas do Homem) e racionais
(baseiam-se nas características dos seres vivos). Estas últimas podem
ser horizontais (Lineu, não consideram o fator tempo, são fixistas),
que por sua vez podem ser artificiais (baseiam-se num reduzido
número de características) ou naturais (baseiam-se num elevado
número de características); ou verticais (Darwin, consideram o fator
tempo, são evolucionistas), que usam árvores filogenéticas,
tentando reproduzir a história evolutiva dos seres vivos. O Sistema
de Classificação de Whittaker é o mais famoso, divide os seres vivos
em cinco reinos: Monera (bactérias), Protista, Fungi, Plantæ e
Animalia. O Sistema de Classificação de Woese divide os seres vivos
em três domínios e seis reinos: Bacteria (com o reino Eubacteria),
Archaea (com o reino archaebacteria, de onde pertencem as
arqueobactérias que são seres extremófilos — vivem em ambientes
de vida hostis com condições de vida extremas: baixo pH, elevadas
temperaturas,...) e Eukarya (seres vivos eucariontes, ao contrário dos
outros dois domínios com seres procariontes. Possui os reinos dos
Protistas, Animais, Fungos e Plantas).
A Hierarquia Taxonómica começa (por ordem do maior grupo para o
menor):
— Superdomínio: Biota (abrange toda a vida na Terra);
— Domínio: Acytota (seres que não possuem células como os vírus e
priões), Prokaryota (possuem células procarióticas) e Eukaryota
(possuem células eucarióticas);
— Reino: no domínio Acytota reino dos Vírus, no domínio Prokaryota
reino Monera ou reinos Archaebacteria e Eubacteria e no domínio
Eukaryota reino Protista, Animalia, Plantæ e Fungi;
— Filo (animais) ou Divisão (plantas);
— Classe;
— Ordem;
— Família;
— Género;
— Espécie. (também pode haver subespécies)
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por
evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através
da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais
inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água
e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres
encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por
exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída,
compensando a entrada excessiva de água por osmose através da
sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam
túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem
urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água
associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os
vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins.
EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e
invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto
interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os
répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que
não têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos
- esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas,
anémonas-do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado,
como a ténia; nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo
Narval e beluga (parente mais
próximo), esqueleto de narval.Hierarquia taxonómica, classificação do
lobo, Sistema de Classificação de
Whittaker, Sistema de Classificação de
Woese, evolução dos sistemas de
classificação
países com influência (branco), países de
MyBrainMagazine • 21
BIOLOGIA
A um quilómetro ou mais de profundidade, os tamboris procuram
parceiros. Os machos são mais pequenos do que as fêmeas (algumas
chegam a atingir um metro de comprimento), mas o macho e a fêmea
estão excecionalmente equipados para se encontrarem um ao outro.
As narinas sobredimensionadas do macho detetam as feromonas
femininas transportadas pela água. Os olhos bem desenvolvidos
procuram um ponto de luz: o isco bioluminescente que pende do
filamento que adorna a cabeça da fêmea. Os padrões de pigmento e luz
indicam ao macho a presença de uma fêmea à qual se pode “ligar”.
Para não se arriscar a perder a parceira na imensidão escura, os machos
ferram os dentes no corpo da parceira e permanecem presos e a pele do
macho e da fêmea cresce em conjunto. Os vasos sanguíneos ligam-se de
modo a que o sangue da fêmea flua para o corpo do macho. As
barbatanas e outras partes do corpo agora inúteis encolhem até o
macho se tornar naquilo que a fêmea precisa que ele seja: uma fábrica
de esperma.
O parasitismo sexual dá frutos. Quando os ovos da fêmea estão
prontos, ela dá um sinal ao macho. À libertação de esperma, segue-se a
ejeção na água de uma massa gelatinosa de ovos que o absorve. A massa
sobe até às camadas superiores do oceano. Aí as larvas eclodem e
engordam, alimentando-se de plâncton. Na maturidade, os tamboris
fazem “a grande migração vertical” de regresso ao fundo em busca de
novos parceiros.
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por
evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da
excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui
mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a
produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se
vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui
nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada
excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros
artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a
glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a
tendência para perder água associada aos ambientes secos em que
estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos
excretores os rins.
EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e
invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto
interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os
répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não
têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos -
esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas-
do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como a ténia;
nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por
exemplo, a lombriga; anelídeos - vermes divididos em "anéis", por
exemplo, minhocas e sanguessugas; moluscos - polvos, lulas, lesmas,
caramujos, ostras, mexilhões; equinodermes - pepinos-do-mar, estrelas-
do-mar, ouriços-do-mar; artrópodes - representam cerca de 99% do
reino animal, estão divididos no seguintes grupos: insetos: cigarras,
borboletas, gafanhotos, percevejos, besouros, formigas, abelhas,
libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas;
aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos; miriápodes:
centopeias; crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões.
influência dos partidos comunistas devido às dificuldades do pós-
guerra. O presidente Truman, alarmado com a situação, tratou de
proclamarem as necessidades da América conter o avanço comunista
em todas as frentes (política de contenção), quer através de
intervenções militares quer de ajuda económica. A doutrina Truman
levou os EUA a proporem aos países europeus um plano de auxílio
financeiro, o Plano Marshall - destinado a promover a recuperação
económica e a estabilidade política, Aumentando o poder de compra
dos europeus ocidentais, beneficiando o próprio comércio americano.
Consolida-se assim o bloco ocidental, liderado pelos EUA. A reação
soviética não se fez esperar e em 1947 é criado o Kominform,
organismo que superintendia a ação dos partidos comunistas de todo
mundo, com sede em Moscovo, e, em 1949, em resposta ao plano
macho se tornar naquilo que a fêmea precisa que ele seja: uma fábrica
de esperma.
O parasitismo sexual dá frutos. Quando os ovos da fêmea estão
prontos, ela dá um sinal ao macho. À libertação de esperma, segue-se a
ejeção na água de uma massa gelatinosa de ovos que o absorve. A massa
sobe até às camadas superiores do oceano. Aí as larvas eclodem e
engordam, alimentando-se de plâncton. Na maturidade, os tamboris
fazem “a grande migração vertical” de regresso ao fundo em busca de
novos parceiros.
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por
evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da
excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui
mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a
produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se
vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui
nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada
excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros
artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a
glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a
tendência para perder água associada aos ambientes secos em que
estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos
excretores os rins.
EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e
invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto
interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os
répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não
têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos -
esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas-
do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como a ténia;
nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por
exemplo, a lombriga; anelídeos - vermes divididos em "anéis", por
exemplo, minhocas e sanguessugas; moluscos - polvos, lulas, lesmas,
caramujos, ostras, mexilhões; equinodermes - pepinos-do-mar, estrelas-
do-mar, ouriços-do-mar; artrópodes - representam cerca de 99% do
reino animal, estão divididos no seguintes grupos: insetos: cigarras,
borboletas, gafanhotos, percevejos, besouros, formigas, abelhas,
libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas;
aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos; miriápodes:
centopeias; crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões.
influência dos partidos comunistas devido às dificuldades do pós-
guerra. O presidente Truman, alarmado com a situação, tratou de
proclamarem as necessidades da América conter o avanço comunista
em todas as frentes (política de contenção), quer através de
intervenções militares quer de ajuda económica. A doutrina Truman
levou os EUA a proporem aos países europeus um plano de auxílio
financeiro, o Plano Marshall - destinado a promover a recuperação
económica e a estabilidade política, Aumentando o poder de compra
dos europeus ocidentais, beneficiando o próprio comércio americano.
Consolida-se assim o bloco ocidental, liderado pelos EUA. A reação
soviética não se fez esperar e em 1947 é criado o Kominform,
organismo que superintendia a ação dos partidos comunistas de todo
mundo, com sede em Moscovo, e, em 1949, em resposta ao plano
Marshall, a União Soviética instituiu o Comecon, a fim de incentivar a
cooperação económica com os novos estados comunistas. Consolida-se
assim o bloco de Leste, liderado pela URSS.
O
antagonismo dos dois blocos desencadeou um clima de
profunda tensão e de inúmeros conflitos. As duas superpotências nunca
ousaram confrontar-se diretamente, a razão da guerra ter demorado
quase meio século, por isso é que se chamou a este período Guerra Fria.
Cada superpotência procurava dispor de uma força cada vez mais
destruidora de modo a tornar-se superior à sua rival, o equilíbrio do
terror, que acabou por evitar a guerra.
A escalada militar centrou-se na corrida às armas nucleares e
na militarização dos dois blocos. Em 1949, os soviéticos conseguiram
Algumas fêmeas – como esta de Haplophryne mollis (na
imagem) – estão fundidas com mais de um macho.
O máximo documentado são oito. © Getty Images
países com influência (branco), países de onde saíram mais
pessoas para combater na Síria a favor do ISIS, anatomia
do ISIS, os países que eles querem conquistar.
22 • MyBrainMagazine
BIOLOGIA
O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto
por um número elevado de organismos de dimensões e formas diversas.
No zooplâncton predominam protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas
cadeias alimentares, os rotíferos servem de alimento às crias dos peixes.
São omnívoros e não possuem nem sistema circulatório nem respiratório.
As fêmeas produzem geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca
fina: óvulos de verão e óvulos de inverno. Os primeiros desenvolvem-se
assexuadamente por partenogénese, produzindo somente fêmeas.
Perante alterações ambientais como a escassez de alimento, produz-se
uma geração cujas fêmeas põem óvulos de inverno que, se não forem
previamente fecundados, se desenvolvem em machos férteis de
reduzidas dimensões, assexuadamente por partenogénese. Os ovos
formados (óvulos que foram fecundados), denominados ovos de
dormência, apresentam uma casca resistente e espessa, podendo
permanecer em repouso por longos períodos de tempo e sobreviver à
dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem, esses ovos originam
fêmeas.
fito-hormonas podem estimular o alongamento celular em caules e
coleóptilos, inibir o crescimento de raízes, promover a formação de
raízes laterais e adventícias, retardar o início da abcisão foliar, estimular
ou inibir a floração e induzir a diferenciação de tecidos vasculares,
influenciando a quantidade relativa de xilema e floema. Intervêm, ainda,
no desenvolvimento de frutos, promovendo-o, sendo produzidas em
sementes em desenvolvimento.
A ação das auxinas depende de vários fatores, nomeadamente da sua
concentração e do tecido ou órgão em que atua. Por exemplo, a
concentração de auxina que estimula o alongamento em caules tem o
efeito contrário nas raízes, inibindo o seu crescimento.
As auxinas podem ainda influenciar a produção de outras hormonas.
Estimulam a síntese de etileno, provocando o aumento das taxas de
secreção dos dictiossomas, desempenhando um papel no controlo de
algumas fases da respiração e influenciando numerosas fases do
crescimento.
Muitas monocotiledóneas são menos sensíveis às auxinas do que as
dicotiledóneas, mas altas concentrações podem matar os tecidos. O
efeito das auxinas, combinado com o de outras hormonas, é responsável
por muitas fases do crescimento.
Os fruticultores tratam os ramos florais com auxinas para provocar uma
floração uniforme e tratam posteriormente os frutos para evitar a
formação das camadas de abcisão e a subsequente queda prematura do
fruto. Se as auxinas são aplicadas às flores antes que tenha ocorrido a
polinização, podem-se formar e desenvolver frutos sem sementes. Alguns
tipos de auxinas têm efeitos prejudiciais nos humanos e outros animais.
As citocininas, também conhecidas por citoquininas, constituem um
grupo de hormonas vegetais. Derivadas da adenina, as citocininas são
aminopurinas, como a zeatina, citocinina de ocorrência natural mais
abundante, a isopentenil-adenina e a desidrozeatina.
Como fito-hormonas, as citocininas têm uma atividade biológica variada
nas plantas. Atuam sobre o crescimento das plantas, promovendo a
divisão celular nos tecidos meristemáticos e o desenvolvimento dos
gomos laterais. Retardam a senescência foliar, estimulando a deslocação
de nutrientes para as folhas, bem como para outras zonas da planta.
Promovem, ainda, o desenvolvimento de cloroplastos.
Em culturas de tecidos in vitro, a citocinina é utilizada, juntamente com a
auxina, para regular a formação de órgãos. Concentrações elevadas de
citocinina, relativamente às de auxina, estimulam a formação de caules,
enquanto que concentrações reduzidas de citocinina, relativamente às de
auxina promovem a formação de raízes.
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação,
através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de
MyBrainMagazine • 23
BIOLOGIA
Os fungos incluem um conjunto de organismos com ciclos de vida muito
diversos, com formas de obtenção de alimento muito próprias, sendo
um grupo essencial na reciclagem de nutrientes nas cadeias alimentares.
Embora muitos dos aspetos do ciclo de vida dos fungos sejam ainda
desconhecidos, alguns organismos, como os cogumelos, possuem ciclos
de vida já bem caracterizados. Os cogumelos têm a maioria da sua massa
no solo, sob a forma de rifas, e formam uma estrutura aérea, o
basidiocarpo (cogumelo) numa fase restrita do seu ciclo de vida.
A maioria dos fungos tem uma fase haploide e uma fase diploide nos
seus ciclos de vida, sendo a haploide a mais desenvolvida. Nos fungos de
reprodução sexuada, os indivíduos compatíveis podem combinar-se
fundindo as suas hifas numa rede interconetada; este processo,
anastomose, é requerido para o início do ciclo sexual. Os ascomicetes e
os basidiomicetes passam por um estágio dicariótico, no qual os núcleos
herdados dos dois pais não se combinam imediatamente após a fusão
celular, antes permanecendo separados nas células hifais
(heterocariose).
Nos ascomicetes, as hifas dicarióticas do himénio (a camada de tecido
portador de esporos) formam um gancho característico no septo hifal.
Durante a divisão celular, a formação do gancho assegura a correta
distribuição dos núcleos recém-divididos nos compartimentos hifais
apical e basal. Forma-se então um asco, no qual ocorre cariogamia (fusão
dos núcleos). Os ascos estão contidos num ascocarpo, ou corpo
frutífero. A cariogamia nos ascos é imediatamente seguida de meiose e
pela produção de ascósporos. Após a dispersão, os ascósporos podem
germinar e formar um novo micélio haploide.
A reprodução sexuada dos basidiomicetes é semelhante à dos
ascomicetes. Hifas haploides compatíveis fundem-se para dar origem a
um micélio dicariótico. Porém, a fase dicariótica é mais extensa nos
basidiomicetes, estando muitas vezes presente também no micélio em
crescimento vegetativo. Uma estrutura anatómica especializada,
chamada fíbula, forma-se em cada septo hifal. Tal como com o gancho
estruturalmente similar dos ascomicetes, a fíbula dos basidiomicetes é
requerida para a transferência controlada de núcleos durante a divisão
celular, para manter um estágio dicariótico com dois núcleos
geneticamente diferentes em cada compartimento hifal. Forma-se um
basidiocarpo, no qual estruturas em forma de bastão chamadas basídios
geram basidiósporos haploides após cariogamia e meiose. Os
basidiocarpos mais vulgarmente conhecidos são os cogumelos, mas
também podem assumir outras formas.
Nos glomeromicetes, as hifas haploides de dois indivíduos fundem-se,
formando um gametângio, uma estrutura celular especializada que se
torna uma célula produtora de gâmetas férteis. O gametângio evolui
para um zigósporo, um esporo com parede espessa formado pela união
de gâmetas. Quando o zigósporo germina, sofre meiose, gerando novas
hifas haploides, as quais podem então formar esporangiósporos
assexuados. Estes esporangiósporos permitem ao fungo dispersar-se
rapidamente e germinar como micélios haploides geneticamente
idênticos.
Tanto os esporos assexuados como os sexuados são frequentemente
dispersos por ejeção forçada desde as suas estruturas reprodutoras. Esta
ejeção garante a saída dos esporos das estruturas reprodutoras bem
como a deslocação através do ar por grandes distâncias. Mecanismos
fisiológicos e mecânicos especializados, bem como as estruturas
superficiais dos esporos (como as hidrofobinas), permitem a ejeção
eficiente do esporo. Por exemplo, a estrutura das células portadoras de
esporos de algumas espécies de ascomicetes é tal, que a acumulação de
substâncias que afetam o volume celular e o equilíbrio de fluidos,
permite a descarga explosiva dos esporos no ar. A descarga forçada de
esporos individuais envolve a formação de uma pequena gota de água
(gota de Buller), que por contacto com o esporo leva à sua libertação.
Etiquetas:
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação,
através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de
urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos
24 • MyBrainMagazine
BIOLOGIA
Há dois modelos da evolução das células procarióticas para as
eucarióticas:
— modelo autogénico: defende que as células eucarióticas surgiram
a partir de células procarióticas que desenvolveram sistemas
endomembranares a partir de invaginações existentes na membrana
plasmática. Trata-se de uma hipótese com pouca aceitação na
comunidade científica. O modelo autogénico não esclarece a causa
nem a forma como se processou a especialização das membranas
invaginadas nas células procarióticas que esteve na origem do
aparecimento das células eucaróticas e pressupõe que o material
genético nuclear é idêntico ao material genético existente nas
mitocôndrias e cloroplastos, o que efetivamente não sucede.
— modelo endossimbiótico: defende que este tipo de células teve
origem em células procarióticas, por incorporação de outros
procariontes livres e associação simbiótica. Existem argumentos que
apoiam o modelo endossimbiótico, como, por exemplo, a existência
de associações entre bactérias e alguns eucariontes e a semelhança
das mitocôndrias e dos cloroplastos com seres procariontes
(bactérias). A forma, o tamanho, as estruturas membranares, os
ribossomas, o ADN e o tipo de divisão (independente da da célula)
das mitocôndrias e dos cloroplastos são características muito
semelhantes às encontradas nas células procarióticas. O modelo
endossimbiótico continua, no entanto, com algumas lacunas, não
explicando, por exemplo, a origem do núcleo das células
eucarióticas e a forma como o ADN nuclear gere o funcionamento
das mitocôndrias e dos cloroplastos. A giardia, um parasita do
intestino delgado dos mamíferos que causa a giardíase, é eucarionte
mas não possui mitocôndrias.
Quando uma célula aumenta de tamanho, verifica-se o aumento do
volume se faz a um ritmo muito maior do que o da área de
superfície. Isto coloca um problema — as trocas com o meio, feitas
através da superfície celular, vão ser limitadas. Quando aumenta o
volume também aumenta o metabolismo, mas não há um aumento
equivalente na eficácia das trocas com o meio. Como resolver este
problema? Reduzir o metabolismo, o que implica diminuição das
trocas com o meio (ex.: Acetabularia) ou recorrer à
multicelularidade. Os ancestrais dos organismos multicelulares eram
simples agregados de seres unicelulares, que formavam colónias sem
especialização. Ao longo do tempo, as células da colónia deixaram
de desempenhar a mesma função, tendo-se especializado em
determinadas funções. Um exemplo é a Volvox (Algas verdes que
formam grandes colónias de células com dois flagelos que imprimem
movimento e as células maiores estão especializadas na reprodução.
Em muitas barragens, o regime de iluminação da massa de água é
fortemente condicionado por elevadas concentrações de material
argiloso em suspensão. O pico de densidade do fitoplâncton ocorre
durante alturas em que a transparência da água é máxima, devido a
um mínimo sazonal de argila em suspensão. Nesses ecossistemas, a
alga Volvox realiza migrações diárias verticais na massa de água que
lhe serve de habitat.). A diferenciação celular ter-se-á acentuado e a
colónia começou a comportar-se como um indivíduo, originando
seres multicelulares.
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por
evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através
da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais
inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água
e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres
encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por
exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída,
compensando a entrada excessiva de água por osmose através da
sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam
túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem
urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água
associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os
vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins.
EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e
Volvox, giardia, modelo endossimbiótico, modelo
autogénico.
MyBrainMagazine • 25
BIOLOGIA
O fixismo pretende explicar a origem e a diversidade das espécies, segundo a qual as espécies
surgiram tal como se conhecem atualmente e que se mantiveram fixas e imutáveis ao longo dos
tempos. Esta teoria defende que as espécies foram criadas independentemente umas das outras. O
fixismo foi aceite durante muitos séculos, sendo apoiado pela observação de gerações sucessivas
de seres vivos que se mantinham sempre semelhantes. As principais teorias fixistas são o
criacionismo, o espontaneísmo (geração espontânea) e o catastrofismo.
O evolucionismo é uma doutrina que admite a evolução orgânica das espécies. Presente desde a
Antiguidade, inquietando espíritos mais avisados (como Anaximandro, Tales e até Aristóteles), a
tese da evolução dos seres vivos só se conseguiu impor com o advento da paleontologia e dos
trabalhos de Lamarck e de Darwin no século XIX. Até ao século XVIII, o criacionismo reinou sem
discussão, ainda que Lineu, na sua classificação natural das espécies, tenha deixado algo em aberto
quanto a uma explicação. Lamarck é, de facto, o primeiro evolucionista, considerando que o meio
determina e modela os organismos. A partir desta ideia, o naturalista inglês Charles Darwin,
depois de uma viagem à costa ocidental da América do Sul e de um conjunto de observações
efetuadas, estabelece como fator da evolução a seleção natural das espécies, pela qual todos os
seres vivos são o resultado de uma longa série de transformações que conduziram primeiro ao
aparecimento e depois à diversificação das espécies através da filiação e das formas de vida
elementares. Esta teoria foi expressa no seu livro Da Origem das Espécies por Via da Seleção
Natural (1859) e logo desenvolvida por outros estudiosos europeus, como Haeckel. A teoria da
evolução das espécies baseia-se nestes conceitos: origem da vida; provas de evolução a partir de
campos biológicos diversos (semelhanças quanto à forma, embriológicas, bioquímicas ou achados
paleontológicos — formas de transição entre dois grupos atuais de organismos) ; fatores de
evolução: herança (que conserva os caracteres), variabilidade (mutação, recombinação de genes),
seleção natural (o meio atua sobre as variações, com os mais fortes a imporem-se aos mais fracos)
e isolamento. Outro argumento a favor do evolucionismo é a anatomia comparada, na qual há três
tipos de estruturas: estruturas homólogas (apresentam origem embriológica semelhante,
normalmente com aspetos diferentes e podem ter funções diferentes. Descendem por evolução
divergente de um ancestral comum.), estruturas análogas (apresentam origem embriológica
diferente, normalmente com aspetos e funções semelhantes e não evidenciam grau de parentesco.
Surgem por evolução convergente causada pelas mesmas pressões seletivas, ilustrando o efeito
adaptativo da seleção natural.) e estruturas vestigiais (estruturas atrofiadas, sem função evidente,
que foram úteis num ancestral).
Segundo o lamarckismo, o ambiente, o principal responsável pela evolução, cria necessidades que
conduzem ao aparecimento de estruturas morfológicas indispensáveis a uma melhor adaptação, o
que explica a morfologia das espécies. Por exemplo, numa população constituída por seres vivos
idênticos, a utilização de um determinado órgão para se alimentarem num certo local (adaptação
a esse ambiente), conduz ao desenvolvimento desse órgão, que se torna maior e mais robusto. Esta
característica é, então, passada às gerações seguintes. O lamarckismo tem por base duas leis
fundamentais, a lei do uso e do desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos. A atribuição
de um objetivo à evolução, como consequência da necessidade de as espécies atingirem a
perfeição, e o facto de a herança dos caracteres adquiridos não se verificar experimentalmente,
fizeram do lamarckismo uma teoria não aceite, o que colocou a ideia de evolucionismo
temporariamente de parte.
Segundo o darwinismo, apenas os mais aptos sobrevivem, transmitindo as suas características
mais favoráveis. As espécies possuem nas suas populações indivíduos com variações naturais.
Como as populações tendem a crescer em progressão geométrica, formando mais descendentes
do que aqueles que o ambiente é capaz de suportar, em cada geração parte dos indivíduos é
naturalmente eliminada, mantendo-se constante o número de indivíduos dentro da espécie. Nesta
luta pela sobrevivência, a Natureza favorece os indivíduos mais bem adaptados ao ambiente. Uma
vez que a seleção natural privilegia os portadores de variações favoráveis, estes indivíduos vivem
durante mais tempo, reproduzindo-se e transmitindo as suas características aos seus descendentes
por reprodução diferencial — seleção natural. De geração em geração são acumuladas pequenas
variações que, a longo prazo, podem dar origem a novas espécies.
O neodarwinismo tem por base o darwinismo e dados provenientes do desenvolvimento da ciência
e da tecnologia. É uma síntese da genética mendeliana, da genética das populações, da
paleontologia e da sistemática, integrando a ideia de seleção natural proposta por Darwin.
Integra, ainda, a noção de evolução descontínua, com base na descoberta dos genes homeóticos,
que permitem explicar que uma única mutação pode ter efeitos consideráveis sobre o genótipo.
As populações de seres vivos são consideradas, no neodarwinismo, unidades evolutivas que
apresentam variabilidade genética sobre a qual atua a seleção natural.
Girafas a comerem (x2), Archaeopteryx — forma intermédia entre réptil e ave,
lamarckismo (a) vs darwinismo (b), fixismo vs evolucionismo, estruturas análogas,
estruturas homólogas.
26 • MyBrainMagazine
BIOLOGIA
Embora a célula seja a unidade fundamental da vida, há certos
"organismos", os vírus, que não são células. Não possuem citoplasma,
nem organelos, nem membranas plasmáticas. Um vírus não é mais
que um cristal de matéria orgânica inanimada. Alguns não têm mais
que ácido nucleico e proteína. Contudo, uma vez introduzidos numa
célula hospedeira, a função biológica do vírus desperta. O vírus
"adquire vida", manifestando duas características vitais: reprodução
e hereditariedade. Os vírus alternam entre estados paradoxais -
forma inanimada e forma viva -, em função da simplicidade da sua
estrutura e do seu ciclo de vida. Em geral, os vírus são
caracterizados pelas seguintes propriedades: São obrigatoriamente
parasitas intracelulares; são incapazes de metabolismo
independente; são mais pequenos que as mais pequenas bactérias;
possuem um único tipo de ácido nucleico (ADN ou ARN), pelo que
são classificados em adenovírus e rinovírus; alguns vírus podem
cristalizar e inativar a sua infeciosidade. São inertes no exterior dos
organismos vivos. Existe grande variedade de vírus que infetam
(doença vírica) plantas, animais e bactérias. Neste último caso,
denominam-se bacteriófagos.
A estrutura mais simples apresentada por um vírus consiste numa
molécula de ácido nucleico coberta por muitas moléculas de
proteínas idênticas. Os vírus mais complexos podem conter várias
moléculas de ácido nucleico assim como diversas proteínas
associadas, envoltório proteico com formato definido, além de um
complexo envelope externo com espículas. A maioria dos vírus
apresentam formato helicoidal ou isométrica. Dentro dos vírus
isométricos, o formato mais comum é o de simetria icosaédrica. Os
vírus são formados por um agregado de moléculas mantidas unidas
por forças secundárias, formando uma estrutura denominada
partícula viral. Uma partícula viral completa é denominada virião.
Este é constituído por diversos componentes estruturais: ácido
nucleico (molécula de DNA ou RNA que constitui o genoma viral),
capsídeo (envoltório proteico que envolve o material genético dos
vírus), nucleocapsídeo (estrutura formada pelo capsídeo associado
ao ácido nucleico que ele engloba), capsómeros (subunidades
proteicas (monómeros) que agregadas constituem o capsídeo),
envelope (membrana rica em lípidos que envolve a partícula viral
externamente) e peplómeros ou espículas (estruturas proeminentes,
geralmente constituídas de glicoproteínas e lípidos, que são
encontradas ancoradas ao envelope, expostas na superfície).
A reprodução dos vírus é denominada de ciclo de replicação. Possui
várias etapas:
1 — Adsorção do vírus à célula: A adsorção viral dá-se por meio da
interação entre proteínas virais, presentes no envelope ou no
capsídeo, e recetores celulares que se encontram ancorados à
membrana plasmática, expostos ao ambiente extracelular. A ligação
entre alguns vírus e células também pode envolver a participação de
correceptores (recetores secundários). A especificidade destas
interações é alta, como um modelo chave-fechadura, e determina o
tropismo viral para infetar determinadas células e tecidos
específicos. Nos momentos iniciais da adsorção, a partícula viral
interage com um ou poucos recetores, caracterizando uma ligação
reversível. Porém, à medida que mais recetores se associam ao
virião, esta ligação passa a ser irreversível, possibilitando a
posterior entrada do vírus na célula.
2 — Entrada no citoplasma: Uma vez aderidos à membrana celular, os
vírus devem introduzir o seu material genético no interior da célula,
a fim de que este seja processado (transcrito, traduzido, replicado).
Este processo envolve a entrada (penetração) do virião no
citoplasma e a posterior desmontagem do capsídeo para libertação
(desnudamento) do genoma viral. Para alcançar o ambiente
intracelular, cada vírus utiliza um mecanismo particular: endocitose,
fusão e translocação.
3 — Desnudamento do ácido nucleico: Após o processo de
penetração, assim que os nucleocapsídeos alcançam o citoplasma,
estes são transportados pelo citoesqueleto (dentro de vesículas ou
na forma de nucleocapsídeos livres) em direção ao local específico
de processamento do genoma viral, que pode ser no próprio
Em cima, vírus da gripe
(influenza).
Ao lado, eventos finais da
replicação viral:
1. Transporte do genoma
(DNA ou RNA) para o sítio
de processamento (núcleo
ou citosol)
2. Transcrição (síntese de
mRNA)
3. Síntese de proteínas não
estruturais
4. Replicação do material
genético
5. Síntese de proteínas
estruturais
6. Montagem dos
nucleocapsídeos
7. Vesícula com
glicoproteínas
direcionadas ao complexo
de Golgi
8. Transporte das
proteínas de envelope à
membrana plasmática
9. Libertação de partículas
virais por lise (vírus não
envelopados), ou por
brotamento (vírus
envelopados)
MyBrainMagazine • 27
BIOLOGIA
3 — Desnudamento do ácido nucleico: Após o processo de penetração, assim que os nucleocapsídeos alcançam o citoplasma, estes são transportados pelo
citoesqueleto (dentro de vesículas ou na forma de nucleocapsídeos livres) em direção ao local específico de processamento do genoma viral, que pode ser
no próprio citoplasma ou no núcleo celular. Para que o genoma possa ser transcrito, traduzido, e replicado, o material genético do vírus deve ser
previamente libertado e exposto no ambiente intracelular. A este processo dá-se o nome de desnudamento (ou decapsidação), um procedimento no qual o
capsídeo é desmontado completamente ou parcialmente.
4 — Transcrição, Tradução e síntese de proteínas
5 — Replicação do genoma viral: Na maioria dos casos, o genoma é replicado no mesmo local onde ocorre a transcrição do material genético do vírus, isto é,
no citoplasma ou no núcleo. Assim como na transcrição, o processo de replicação de genomas virais envolve a participação de polimerases.
6 — Montagem do virião: A montagem corresponde ao processo de formação das partículas virais infetivas (viriões). Neste estágio do ciclo de infeção, as
proteínas estruturais sintetizadas em etapas anteriores associam-se para constituir o capsídeo. Capsídeos com formato helicoidal são formados em torno da
superfície da molécula de ácido nucleico. Já os capsídeos de simetria icosaédrica são montados previamente e depois preenchidos com o genoma viral,
através de um poro na estrutura pré-formada denominada pró-capsídeo. O pró-capsídeo de alguns vírus pode sofrer modificações que levam a formação do
capsídeo maduro. O sítio de montagem dos capsídeos depende do local de replicação viral na célula, e varia entre as diversas famílias de vírus. O
procedimento de montagem de vírus não-envelopados se resume a formação dos nucleocapsídeos, enquanto que para vírus envelopados a montagem só se
finaliza depois da aquisição do envelope viral. A membrana lipídica do envelope origina-se a partir de estruturas celulares.
7 — Libertação de novas partículas virais: A libertação dos viriões do citoplasma pode-se dar por lise celular ou brotamento. A libertação por lise celular é
mais comum aos vírus não-envelopados, e ocorre quando a membrana plasmática da célula infetada se rompe, levando à morte celular. Porém, nem todos os
processos de libertação viral causam danos à célula hospedeira. O brotamento é um mecanismo de libertação que quase não afeta a célula. Vírus que obtêm
envelope a partir da membrana plasmática saem da célula por meio de brotamento direto do nucleocapsídeo em contacto com a face interna da membrana,
em regiões específicas, onde se localizam as glicoproteínas virais sintetizadas em momentos prévios da infeção. Vírus com envelope originado de
compartimentos intracelulares (organelas) são libertados da célula por meio de vesículas que se fundem com a membrana plasmática. Após a libertação,
quando os viriões se encontram no meio extracelular, a maioria deles permanece inerte até que outra célula hospedeira seja infetada, reiniciando o ciclo de
replicação viral.
- Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de
fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a produção de urina hipertónica. Nos animais
terrestres encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada
excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a glândulas retais,
que produzem urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os vertebrados,
por sua vez, têm como órgãos excretores os rins.
EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto interno. Há cinco tipos de
vertebrados: os mamíferos, as aves, os répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não têm esqueleto interno. Há oito tipos de
invertebrados: poríferos - esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas-do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como
a ténia; nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por exemplo, a lombriga; anelídeos - vermes divididos em "anéis", por exemplo,
minhocas e sanguessugas; moluscos - polvos, lulas, lesmas, caramujos, ostras, mexilhões; equinodermes - pepinos-do-mar, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar;
artrópodes - representam cerca de 99% do reino animal, estão divididos no seguintes grupos: insetos: cigarras, borboletas, gafanhotos, percevejos,
besouros, formigas, abelhas, libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas; aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos;
miriápodes: centopeias; crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões.
influência dos partidos comunistas devido às dificuldades do pós-guerra. O presidente Truman, alarmado com a situação, tratou de proclamarem as
necessidades da América conter o avanço comunista em todas as frentes (política de contenção), quer através de intervenções militares quer de ajuda
económica. A doutrina Truman levou os EUA a proporem aos países europeus um plano de auxílio financeiro, o Plano Marshall - destinado a promover a
recuperação económica e a estabilidade política, Aumentando o poder de compra dos europeus ocidentais, beneficiando o próprio comércio americano.
Consolida-se assim o bloco ocidental, liderado pelos EUA. A reação soviética não se fez esperar e em 1947 é criado o Kominform, organismo que
superintendia a ação dos partidos comunistas de todo mundo, com sede em Moscovo, e, em 1949, em resposta ao plano Marshall, a União Soviética instituiu
o Comecon, a fim de incentivar a cooperação económica com os novos estados comunistas. Consolida-se assim o bloco de Leste, liderado pela URSS.
O
antagonismo dos dois blocos desencadeou um clima de profunda tensão e de inúmeros conflitos. As duas superpotências nunca ousaram
confrontar-se diretamente, a razão da guerra ter demorado quase meio século, por isso é que se chamou a este período Guerra Fria. Cada superpotência
procurava dispor de uma força cada vez mais destruidora de modo a tornar-se superior à sua rival, o equilíbrio do terror, que acabou por evitar a guerra.
A escalada militar centrou-se na corrida às armas nucleares e na militarização dos dois blocos. Em 1949, os soviéticos conseguiram pela primeira
vez na bomba atómica, graças a um casal de espiões soviéticos, O casal Rosenberg, infiltrado nos EUA, ficando a par dos americanos. Dois anos depois, os
americanos fabricaram a primeira bomba de hidrogénio (500 vezes mais potente que a de Hiroshima) e, passado seis meses, a URSS igualava-os. A partir de
então, com a construção de mísseis de médio e longo alcance, o terror nuclear não parou de aumentar. Entretanto, em 1949, os EUA formaram, com o
Canadá e os seus aliados europeus, a organização do tratado do Atlântico Norte (NATO), Cujo objetivo era dotar o bloco ocidental com uma poderosa
estrutura militar. Em 1955, a URSS estabeleceu o Pacto de Varsóvia, com os países comunistas europeus. Os EUA e a URSS alargaram ainda as alianças a outros
países, ficando praticamente todo mundo envolvido no antagonismo bipolar.
Os serviço secretos (A CIA americana e o KGB soviético), além de atividades de espionagem, exerciam uma vigilância permanente no interior dos
próprios países. Na URSS e no Leste europeu, os que se opunham a Estaline foram alvo de violenta repressão. Nos EUA, uma campanha anticomunista,
conduzida pelo senador McCarthy, perseguiu milhares de cidadãos por praticarem atividades antiamericanas - o macarthismo. desafio consistia em cobrir o
edifício com uma dimensão próxima do Panteão de Roma sem recorrer aos arcos ogivados nem às soluções góticas. Brunelleschi construiu duas cúpulas, de
secção octogonal, uma envolvendo a outra. A Brunelleschi se deve ainda a criação da perspetiva linear, caracterizada por um único ponto de fuga. A
descoberta das leis da perspetiva permite a representação bidimensional de objetos tridimensionais. Esta descoberta a passagem da Idade Média para o
Renascimento e não tem uma base empírica, mas racional e geométrica. trata-se um instrumento de conhecimento científico e de apropriação das regras de
representação espacial. Além de Brunelleschi, destaca-se ainda Leon Battista Alberti, Donato Bramante, Miguel Ângelo (Michelangelo) e Andrea Palladio. A
arquitetura do Renascimento tinha as seguintes características: equilíbrio e simetria das formas e volumes; predomínio da horizontalidade, obtida através
de longas balaustradas, frisos e cornijas; utilização de elementos clássicos/ arte greco-romana: colunas (encimadas por capitéis), arcos de volta perfeita,
abóbadas de berço, cúpulas e frontões triangulares nas fachadas; uso de pilastras (pilares de quatro faces) e de motivos decorativos inspirados em
ciclo de replicação viral hipotético: 1. Adsorção; 2. Entrada; 3. Desnudamento; 4.
Transcrição e tradução; 5. Replicação do genoma; 6. Montagem; e 7. Libertação.
países com influência (branco), países de onde saíram mais pessoas para combater na
Síria a favor do ISIS, anatomia do ISIS, os países que eles querem conquistar.
28 • MyBrainMagazine
O maior crocodilo da vida marinha já encontrado apareceu no
deserto do Sahara, na Tunísia. Este predador pré-histórico de
10 metros de comprimento pesava três toneladas. Os
paleontólogos apelidaram a nova espécie de Machimosaurus
rex. Embora os restos recuperados sejam fragmentários, o
suficiente permaneceu na rocha de 120 milhões de anos para
identificar o réptil como o maior membro conhecido de uma
linhagem peculiar de crocodilos que passaram a vida quase
inteiramente no mar.
Embora não tão grande quanto alguns dos seus parentes
distantes que viviam em água doce, Machimosaurus rex era o
maior membro de crocodilos marinhos.
Foi descoberto um gigantesco esqueleto de crocodilo do
Cretáceo no sul da Tunísia, que remonta a 130 milhões de anos
atrás. O maior crocodilo de água doce, Sarcosuchus imperator,
viveu há 110 milhões de anos, cresceu até 12 metros e pesava
até oito toneladas. Os dentes do carnívoro podem ser pistas
para a sua alimentação neste oceano antigo. Machimosaurus
rex tinha dentes redondos e relativamente e um crânio maciço
capaz de superar uma grande mordida. Isto sugere que este
crocodilo era um caçador generalista que se alimentou uma
variedade de presas, incluindo grandes tartarugas marinhas.
Provavelmente teria sido um predador de emboscada,
nadando em águas rasas caçando tartarugas e peixes e talvez
esperando que alguns animais terrestres chegassem um pouco
perto da costa.
Na 2.ª Guerra Mundial, Portugal ficou neutro, mas
um embaixador em França com o nome Aristides de Sousa
Mendes ajudou os judeus com transferências para Portugal e a
Base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, serviu de base para
a aviação dos Aliados.
No início da década de 60, as províncias
ultramarinas manifestaram-se em atos de libertação de alguns
territórios:
- Os territórios de Goa, Damão e Diu passaram para
a Índia;
- Em África revoltaram-se Angola (1961), Guiné
(1963) e Moçambique (1964), mas não conseguiram ficar
independentes.
Na madrugada do dia 25 de abril de 1974, o
Movimento das Forças Armadas (MFA) deu início às operações
(planeadas e dirigidas pelo Major Otelo Saraiva de Carvalho)
que conduziram ao derrube do Estado Novo e à sua
substituição por um regime democrático. Neste dia as tropas
do MFA, comandadas pelo capitão Salgueiro Maia, cercaram o
quartel do Carmo em Lisboa onde se tinha refugiado Marcelo
Caetano. Ao fim do dia, Marcelo Caetano e vários dos seus
Ministros renderam-se ao General Spínola que se deslocou a
este quartel e que viria a ser o Presidente da Junta de Salvação
Nacional. Sem grande resistência as populações aderiram ao
movimento das forças armadas colocando flores nas
espingardas dos soldados. Foi o dia da Revolução dos Cravos, o
dia da Liberdade. Terminava desta forma um longo período de
quase cinquenta anos em que Portugal ficou marcado pela
Guerra Colonial, a falta de Liberdade de expressão, pela
censura e a violência..Ingleses não saíam de Portugal. Beresford
perseguia todos aqueles que estavam contra a presença dos
ingleses em Portugal. Em 1817, Gomes Freire de Andrade tentou
expulsar os ingleses mas não deu resultado. Porém, em 1818, um
grupo de homens do Porto formaram o Sinédrio, uma sociedade
HISTÓRIA
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  • 5. MyBrainMagazine • 5 ...........................................................42 .......................................43 .......................................................................................44 ................................................................45 .............................................................................46 ............................................................................................47 ...............................................................................................48 ......................................................................................49 ............................................................................................50 ............................................................................51 ................................................................................................52 ................................................................................................53 .................................................................................54 .......................................................................................55 ...................................................56 ................................................................57 ..........................................................................................60 ........................................................................................62 ..........................................................................64 .........................................................................................65 ................................................................................................66 .................................................................................67 ...................................................................................68 ...........................................................69 ........................................................................................70 ...............................................................................................71 ...................................................................................72 ........................................................................................74
  • 7. MyBrainMagazine • 7 visão “É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.” Salvador Dalí
  • 8. 8 • MyBrainMagazine Uma águia entre as galinhas Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: – Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia. – De facto — disse o camponês — é uma águia, mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das grandes asas. – Não — retorquiu o naturalista — ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia e este coração a fará um dia voar ás alturas. – Não, não — insistiu o camponês — ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: – Já que és de facto é uma águia, abre as tuas asas e voa! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, comendo grãos. E foi para junto delas. O camponês comentou: – Eu disse-lhe, ela virou uma galinha! – Não, tornou a insistir o naturalista, ela é uma águia e uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa e sussurrou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, saltou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: – Eu disse…! – Não, respondeu firmemente o naturalista, ela é águia e possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã eu a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo, pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu as suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergue-se, soberana, sobre si mesma, e começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento. – Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar. meditação “Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa a ignorância. Escolha o caminho que o guia à sabedoria.” Buda
  • 9. MyBrainMagazine • 9 “O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de casa leem apenas uma página.” Agostinho de Hipona roteiro de viagem Dia 1 Lisboa / Marrakech Comparência no aeroporto duas horas antes da partida. Assistência no embarque, por um delegado da nossa organização. Partida em avião com destino a Marrakech. Assistência e transporte ao hotel. Jantar e alojamento. Dia 2 Marrakech / Casablanca Pequeno-almoço. Em hora a combinar localmente, partida com destino a Casablanca via Essaouira. Visita panorâmica da cidade de Essaouira, que conserva parte do seu legado português, como o seu porto fortificado considerado Património mundial da Unesco. Almoço. Partida rumo a Casablanca com passagem por Oualidia e El Jadida, antiga cidade portuguesa de Mazagão. Esta é uma antiga cidade portuguesa, que foi considerada como o melhor refugio para os navegadores portugueses durantes as suas expedições à costa africana. Chegada a Casablanca ao fim da tarde. Jantar e alojamento. Dia 3 Casablanca / Rabat Após pequeno-almoço, início da visita da cidade. Visita ao Mercado central, Bairro de Habous, Palácio Real, Praça Mohamed V, zona residencial de Anfa e ao exterior da Mesquita de Hassan II. Tempo livre para almoço. Partida para Rabat. Visita da capital administrativa de Marrocos, incluindo o Mausoléu de Mohamed V, Torre Hassan, Kasbah Oudayas. Ao final da tarde, transporte ao hotel. Jantar e alojamento. Dia 4 Rabat / Meknes/ Fez Depois do pequeno-almoço, partida para Meknès, conhecida como a Versailles de Marrocos, fundada no final do Séc. XVII por Moulay Ismail. A visita panorâmica da cidade inclui o Bab Mansour e o bairro Judeu. Almoço. Continuação para Fez, com paragem nas ruínas romanas de Volubilis e na Cidade Santa de Moulay Idriss. Chegada. Jantar e alojamento no hotel. Dia 5 Fez Pequeno-almoço no hotel. Em hora a determinar localmente, início da visita de Fez, a mais antiga cidade cultural e espiritual de Marrocos. Visita às Medersas (escolas santas), ao exterior da mesquita de Karaouine e à famosa fonte Nejjarine. Almoço. Continuação da visita pela Medina antiga com destaque para as pequenas oficinas, onde utilizando formas ancestrais, os artesãos produzem das mais reconhecidas peças do artesanato marroquino. Regresso ao hotel. Jantar e alojamento. Dia 6 Fez / Marrakech Após o pequeno-almoço, partida para Marrakech, atravessando a montanha do Atlas e passando por Immouzer El Kander e Azrou, conhecida pelo seu artesanato em madeira. Almoço (não incluído). Paragem em Beni-Mellal. Continuação para Marrakech. Chegada ao final do dia, jantar e alojamento no hotel. Dia 7 Marrakech Pequeno-almoço no hotel. Dia dedicado à visita de Marrakech, a segunda cidade imperial mais antiga de Marrocos apelidada de "Pérola do Sul". Visita aos Túmulos de Saadian, a Koutoubia, o Palácio Bahia, aos Jardins de Menara e ao Museu Dar Si Said. Regresso ao hotel para almoço. De tarde, visita da Medina e dos seus Souks e Praça Djemaa El Fna, coração e principal ponto desta bela cidade. Regresso ao hotel. Dia 8 Marrakech / Lisboa Pequeno-almoço no hotel. Em hora a combinar localmente, transporte para o aeroporto. Assistência nas formalidades de embarque e partida com destino a Lisboa. Chegada. Dia 7: Serengeti Segundo dia no nosso Safari Camp no meio de Seronera (Parque Nacional Serengeti). Os melhores safaris, ou pelo menos a maior probabilidade de presenciar cenas de caça, têm lugar ao amanhecer, quando a savana se desperta e os animais nocturnos ainda estão activos e ao entardecer. Dedicaremos estes momentos para encontrar-nos com os cinco grandes ou mais conhecidos como os “big five”, leões,
  • 10. 10 • MyBrainMagazine enia GEOGRAFIA 10 • MyBrainMagazine A cidade de Nova Iorque fica situada no sudeste do estado americano com o mesmo nome, na foz do rio Hudson, e a sua superfície total é de 800 km², sendo a maior cidade dos EUA. Está dividida em cinco distritos: Bronx, Brooklyn (a maior aglomeração urbana de todas), Queens, Manhattan e Staten Island (que é o menos urbanizado). A cidade alberga cerca de 8 milhões de habitantes dos quais 52% são brancos, 29% negros, 7% asiáticos e oriundos de ilhas do Pacífico e os restantes 12% de outras etnias. Uma boa parte destes habitantes são de origem hispânica, mais concretamente 24% da população da cidade. Atualmente, recebe muitos emigrantes procedentes da ex-URSS.
  • 11. MyBrainMagazine • 11 GEOGRAFIAHISTÓRIA Nova Iorque constituiu a porta de entrada para os Estados Unidos da América dos emigrantes vindos inicialmente da Europa e China e mais tarde de outras partes da Ásia. Mas a região da baía com o mesmo nome já era habitada há vários séculos por tribos indígenas, os índios algonquinos. Em 1624 a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais estabeleceu aí uma colónia que então se chamava Nova Amsterdão. Em meados do século XVII a colonização da ilha de Manhattan aumentou e simultaneamente foram estabelecidos outros assentamentos em Bronx, Brooklyn, Queens e Staten Island. Em 1664 foi entregue temporariamente aos ingleses pelo então governador Peter Stuyvesant e definitivamente, em 1674, pelo tratado de Westminster. A moagem de farinha era a atividade principal. A cidade cresceu devido à atividade comercial marítima e fluvial que então se estabeleceu. Já batizada de Nova Iorque, desempenhou um papel importante no desenrolar dos factos que deram origem à Revolução Americana, que teve lugar entre 1776 e 1783. Este conflito levou à independência das treze colónias britânicas que, com o apoio dos franceses e espanhóis, deram origem aos Estados Unidos da América. Durante a guerra dos sete anos, a cidade foi devastada pelos incêndios e em 1789 George Washington foi nomeado primeiro presidente do país. No final do século XIX a sua população cresceu com a chegada dos emigrantes europeus e chineses, sobretudo durante o período de reconstrução, de construção de pontes, dos caminhos-de-ferro aéreos e do complexo sistema de transportes subterrâneos que unia os cinco distritos que então foram criados. À medida que os mercadores enriqueciam, foram construídos museus de arte, hotéis luxuosos (Astoria) e mansões — a era da extravagância. A década de 1920 foi uma época de prosperidade, porém o crime era elevado, havendo gangsters que desafiavam a Lei Seca (quando o álcool foi ilegal). Mas esta época dourada acabou com a queda da Bolsa em 1929 e um quarto dos nova-iorquinos ficaram desempregados. O mayor Jimmy Walker, que favorecia este crime, demitiu-se, em 1932, acusado de corrupção e, com a eleição do mayor Fiorello La Guardia em 1933, Nova Iorque começou a recuperar. Antes e depois da Segunda Grande Guerra imigrantes negros vindos do Sul e emigrantes de diversos países da América Latina aumentaram o quantitativo populacional da cidade, que desfruta deste estatuto desde 1963 com um governo centralizado. Tornou-se a capital financeira do mundo. .Depois de holandeses e ingleses lhes roubarem o comércio no século XVII, os estados Zanj recuperaram a sua independência. Estabelecidos na ilha de Zanzibar, na atual Tanzânia, os árabes do sultanato de Omã retomaram o controlo das cidades-estado zona costeira e floresceu o comércio de escravos que, a partir de Zanzibar e Mombaça, se estendeu para o interior. Por volta de 1840, a Inglaterra iniciou o comércio costeiro no Quénia. Em 1873, os britânicos aboliram o comércio de escravos dos árabes. Em 1886, os britânicos, a pretexto de acabar com a pirataria, apoderaram-se de toda a região. Os primeiros europeus a explorarem o interior do território queniano foram os alemães Johann Ludwig Krapf e Johannes Rebmann, missionários que se estabeleceram em Rabai, no território da tribo manyika, em 1848. Na Conferência de Berlim de 1885, onde se delimitaram as áreas de influência das potências europeias, a região foi entregue ao Reino Unido, que a confiou em Ponte Brooklyn e Manhattan, mapa de NY, New Amsterdam (1660), Manhattan (1870), Little Italy (1900), Manhattan em 1932 e 1946, terça-feira negra - crash da bolsa a 6 de outubro de 1929, imigrantes que chegavam a Ellis Island (x2), edifício Flatiron a ser construído, Torres Gémeas e ataque (x2), plano de reconstrução do WTC (X2), Times Square (1910, 1920 e 1950), construção do Empire State Building (x3 – pormenor de almoço), construção da Ponte Manhattan. MyBrainMagazine • 11 N Y C Y C
  • 12. 12 • MyBrainMagazine GEOGRAFIA Bolsa, Federal Hall, Trinity Church, One WTC, Ground Zero, One WTC, Lower Manhattan, Estátua da Liberdade, Manhattan, Ponte Brooklyn, Ponte Manhattan, Ponte Brooklyn. LOWER MANHATTAN É o distrito financeiro da cidade. Na rua Wall Street estão três atrações muito importantes: a Trinity Church (construída em 1846 em estilo gótico), o Federal Hall National Monument (onde, em 1789, George Washington foi declarado presidente) e a New York Stock Exchange (Bolsa de Valores, fundada em 1817). As torres gémeas do World Trade Center dominaram o recorte de Manhattan durante 27 anos, até serem destruídas num ataque terrorista da Al Qaeda, a 11 de setembro de 2001. A 11 de setembro de 2001, entre as oito e as dez da manhã, dois aviões de passageiros foram desviados da sua rota e intencionalmente levados a colidir com as duas torres do World Trade Center em Nova Iorque. As explosões e subsequentes incêndios provocaram graves danos nos arranha-céus, que acabaram por desabar num curto espaço de tempo. Mais tarde, e em consequência do desabamento das torres, outro edifício ruiu. Agora, no local onde estavam as duas torres (Ground Zero), estão duas piscinas quadradas, com o nome das 2977 pessoas mortas, constituindo o memorial do 11 de setembro. Está a ser exercido um plano de recuperação da área do World Trade Center, com a construção de várias torres, sendo que a única que está pronta é o One World Trade Center (1WTC), ou Freedom Tower, com 541 m, inaugurada em 2014, o arranha-céus mais alto de Nova Iorque, dos EUA e do Hemisfério Ocidental, sendo o 6.º maior do mundo. A Estátua da Liberdade, na ilha da Liberdade, com 92 metros de altura, representa uma mulher, voltada para o oceano, que segura uma tocha na mão direita e na mão esquerda transporta um livro onde está escrita a data de 4 de julho, o dia da independência dos Estados Unidos. Este grande símbolo nacional norte-americano tinha por objetivo, na origem, comemorar a amizade entre o povo dos Estados Unidos e o da França. A construção da estátua foi proposta por Edouard de Laboulaye, historiador francês, depois da Guerra Civil Americana. O monumento começou a ser construído em França, em 1875, pelo escultor Frédéric-Auguste Bartholdi, com fundos franceses. Intervieram depois no projeto Eugène-Emmanuel Viollet-le-Duc e Gustav Eiffel. Esta fase do trabalho ficou terminada em 1885. De seguida, a estátua foi desmontada e transportada de barco para Nova Iorque. Aí foi colocada no seu pedestal, construído pelo arquiteto norte-americano Richard Morris Hunt em 1886. Era na Ellis Island que os imigrantes chegavam de todo o mundo de barco. Metade da população da América pode vir buscar raízes aqui, local que serviu de depósito se imigração do país desde 1892 até 1954. SEAPORT & CIVIC CENTER A Brooklyn Bridge (Ponte de Brooklyn), terminada em 1883, era a maior ponte suspensa e a primeira a ser construída em aço. O engenheiro John A. Roebling projetou uma ponte sobre o East River enquanto ficou preso no gelo num ferry para Brooklyn. A ponte demorou 16 anos a construir, exigiu 600 operários e ceifou 20 vidas, incluindo a de Roebling. A maioria morreu de aeroembolismo quando subiam à superfície vindos das câmaras de escavação submarina. As duas torres da ponte erguem-se acima de diques flutuantes. Os extremos dos quatro cabos de aço da ponte são presos a uma série de traves de ancorarem fixas por placas de ancoragem. Estas são sustentadas por enormes contrafortes de granito. Cada um dos 4 cabos principais tem 19 cordas, cada uma com 278 arames de aço colocados em paralelo. Um enorme rebite de ferro comprimia todas as cordas formando um cilindro uniforme. As cordas era depois postas por ordem: depois de postas as 12 inferiores, as do centro eram ligadas. A Manhattan Bridge (Ponte de Manhattan), aberta em 1909, é uma ponte suspensa de ferro no rio East, desenhada por Leon Moisseiff. O City Hall é a sede do governo de Nova Iorque desde 1812 e é um dos melhores exemplos da arquitetura americana do estilo federal do século XIX. relógios), Friburgo (cidade bilíngue onde se fala francês e alemão), Baden (com águas termais), Aarau (nas margens do rio Aare), Murten (com um lago e uma torre de relógio), Lauterbrunnen e Grindelwald (com os vales mais bonitos da Suíça e a primeira com a catarata Staubbach, segunda mais
  • 13. MyBrainMagazine • 13 GEOGRAFIA Little Italy, Chinatown, Macy’s, TriBeCa, SoHo, Empire State Building (x2), NoLIta, Madison Square (x2), Flatiron Building, Empire State Building desde o Rockefeller Center. LOWER EAST SIDE É nesta zona que os imigrantes se começaram a instalar no final do século XIX. Italianos (Little Italy), Chineses (Chinatown) e Judeus (que influenciaram a gastronomia nova-iorquina, com os Delicatessen, pretzels e bagels) fundaram bairros distintos, preservando as suas línguas, costumes, culinária e religiões no meio de uma terra estranha. SOHO E TRIBECA Artes e arquitetura transformaram estes antigos bairros industriais. SoHo (South of Houston street) foi ameaçado de destruição nos anos 60 até os conservacionistas chamarem a atenção para a rara arquitetura histórica em ferro forjado. O bairro foi salvo e os artistas começaram a mudar-se para lofts. Seguiram-se galerias, cafés, lojas e boutiques. Quando as rendas subiram, muitos artistas mudaram-se para TriBeCa (Triangle Below the Canal street). GREENWICH VILLAGE Começou por ser uma aldeia rural, um refúgio para os habitantes da cidade durante a epidemia da febre amarela de 1822. Os padrões aleatórios das ruas, refletindo antigos limites rurais ou riachos, torna-a um enclave natural, um paraíso boémio e lar de muitos artistas e escritores. EAST VILLAGE Peter Stuyvesant (político e militar holandês que serviu como o último diretor-geral da colónia da Nova Holanda) tinha uma propriedade rural nesta zona, e no século XIX os Astor e os Vanderbilt viveram aqui. Mas em 1900 a alta sociedade mudou-se: Irlandeses, Alemães, Judeus, Polacos, Ucranianos e Porto-Riquenhos instalaram-se e deixaram a sua marca na área. Nos anos 50, as rendas baixas atraíram a "geração beat". Mais tarde, os hippies foram seguidos pelos punks. GRAMERCY E FLATIRON DISTRICT Gramercy Park é um bairro residencial em volta de um parque privado para os residentes, ao contrário de Madison Square, cercada de escritórios e de trânsito. Nesta última encontram-se os edifícios New York Life Insurance Company (de 1928, desenhado por Cast Gilbert), Metropolitan Life Insurance Company (de 1893, com uma torre de relógio de 210 m, de 1909, que destronou o Flatiron Building de mais alto do mundo) e o Flatiron Building (no início chamado Fuller Building, concluído em 1902 e desenhado pelo arquiteto Daniel Burnham, sendo o edifício mais alto do mundo na época, o primeiro arranha-céus e um dos primeiros edifícios a usar estrutura de aço). CHELSEA E GARMENT DISTRICT Eram terras cultivadas em 1750. Na década de 1830 era um subúrbio e na década de 1870, com a chegada dos caminhos de ferro elevados, tornou-se um zona comercial. Herald Square tem o nome de um jornal, entre 1894 e 1921. Esta área foi em tempos uma das mais degradadas da cidade, sendo que durante as décadas 1880 e 90 estava cheia de cabarés e bordéis. Quando a loja de departamentos Macy's, fundada por um baleeiro, abriu em 1901, o foco transferiu-se para a moda. O Madison Square Garden, de 1968, é um cilindro de cimento pré-moldado, sede de equipas locais. A High Line é um novo parque urbano, construído numa antiga linha férrea elevada dos anos 30, outrora em desuso. O Empire State Building foi construído em pouco mais de um ano, entre 17 de março de 1930 e 1 de maio de 1931, com 102 andares e 381 m de altura, aos quais se pode acrescentar a torre emissora de televisão, o que perfaz um total de 443 m. De linhas claras e elementares, representa a prosperidade e a audácia americanas. O projeto ficou a cargo da agência Sheeve, Lamb & Harmon, que elegeram como materiais nobres o níquel, o vidro e revestimento de pedra. O seu topo, em fuso, concebido para servir de aerogare de dirigíveis, pertence ao estilo Arte Déco, que aqui reinterpreta os zigurates mesoamericanos. Ocupado por escritórios, foi considerado o edifício mais alto do mundo até 1972.
  • 14. 14 • MyBrainMagazine GEOGRAFIA Rockefeller center (x3), Grand Central Terminal, vista do Rockefeller Center com o 432 Park Avenue, (segundo arranha-céus maior de Nova Iorque e terceiro dos EUA), polícia no Rockefeller center, NY Public Library, vista do Rockefeller Center para o Central Park, Times Square (x2), Grand Central e Crysler Building, interior do Crysler building, Grand Central Terminal (x2), Nações Unidas. THEATER DISTRICT Foi a mudança do Metropolitan Opera House para a Broadway em 1883 que levou a primeira onda de teatros e restaurantes para esta área. Nos anos 20, grandes cinemas adicionaram o glamour do néon à Broadway e os letreiros tornaram-se cada vez maiores. Com o nome da New York Times Tower de 25 pisos, a Times Square é o coração da zona desde 1899, quando Oscar Hammerstein construiu os teatros Victoria e Republic. Desde os anos 20, o cintilante néon dos cartazes de teatro combinaram com os placares iluminados do Times. Após um período de declínio iniciado nos anos 30, em que se assistiu à usurpação dos espetáculos de sexo em muitos dos grandes teatros, a regeneração do bairro começou nos anos 90. Na Times Square também se encontra o Paramount Building, projetado por Rapp & Rapp em 1927, com uma coroa Art Déco, onde havia o famoso cinema no rés-do-chão e as pessoas faziam fila nos anos 40 para ver Frank Sinatra. Outras atrações desta zona são o Bryant Park Hotel (de 1924, o edifício do American Radiator), o Rockefeller Center (com um design art déco, mandado construir por John D. Rockefeller Jr., com a maioria dos edifícios prontos em 1932.) e a New York Public Library (Em 1897, a tarefa de projetar a principal biblioteca pública de Nova Iorque foi atribuída aos arquitetos Carrère e Hastings. Construída no local do antigo Croton Reservoir, o principal reservatório de água da cidade, foi inaugurada em 1911). LOWER MIDTOWN Desde as Beaux-Arts (Grand Central Terminal) à Art Déco (Chrysler Building), é o paraíso da arquitetura. Walter P. Chrysler fundou a sua própria empresa de automóveis em 1925. O sonho de ter uma sede na cidade resultou num edifício simbólico na era dourada do automobilismo — o Chrysler Building. Seguindo os desejos de Chrysler, o pináculo Art Déco em aço inoxidável assemelha-se à grelha do radiador de um carro e as gárgulas também são famosas. Ficou pronto em 1930, desenhado por William Van Allen, com 320 m, sendo o mais alto do mundo até o Empire State Building ser construído no mesmo ano. A Chrysler Corporation nunca usou o edifício como sede, tendo sido um salão de exposições de automóveis. O pináculo foi mantido em segredo até ao último momento, garantindo que o edifício seria mais alto do que o Bank of Manhattan, acabado de construir na época pelo rival de Van Allen, H. Craig Severance. Em 1871, Cornelius Vanderbilt abriu uma estação de caminhos de ferro. Embora várias vezes renovada, nunca teve o tamanho suficiente e acabou por ser demolida. A atual Grand Central Terminal foi inaugurada em 1913. Esta pérola da Beaux-Arts tem sido porta de entrada e símbolo da cidade desde então. Fundadas em 1945 com 51 países-membros, as Nações Unidas hoje contam com 193 países. Nova Iorque foi escolhida como a sede da ONU, e o arquiteto chefe do edifício foi o americano Wallace Harrison. Tudor City foi construída nos anos 20 como renovação urbana e para acabar com os gangues. A Japan Society, de 1907, foi fundada para fomentar a compreensão e intercâmbio cultural entre o Japão e os Estados Unidos. A Morgan Library, de 1906, com a coleção do banqueiro Pierpont Morgan, possui manuscritos raros, desenhos, gravuras, livros e encadernações.
  • 15. MyBrainMagazine • 15 Serengeti (x4), mulher a cozinhar, mapa onde saíram mais pessoas para combater na Síria a favor do ISIS, anatomia do ISIS, os países que eles querem conquistar. GEOGRAFIAUPPER MIDTOWN As lojas de luxo da Fifth Avenue surgiram pela primeira vez quando a sociedade se mudou para a zona alta, onde começaram a predominar mansões nesta avenida, começando com a de William Henry Vanderbilt, em 1883. Em 1917, Cartier adquiriu a mansão do banqueiro Morton F. Plant em troca de um colar de pérolas. Nesta 5th Avenue destcam-se a igreja de St. Thomas, as lojas de departamentos Saks, o Rockefeller Center, o Plaza Hotel (1907), a Trump Tower (projetada em 1983, sendo um monumento aparatoso à riqueza de Donald Trump, um símbolo do excesso e luxo dos anos 80), o MoMA (Museum of Modern Art é um museu de arte moderna fundado em 1929) e a St. Patrick's Cathedral (catedral católica construída em 1878 em Revivalismo Gótico). Também nesta área se encontram a Central Synagogue (uma sinagoga de 1870), o General Electric Building (construído pelos arquitetos Cross & Cross em 1931, com um pináculo pontiagudo que simboliza ondas elétricas) e o Hotel Waldorf-Astoria (concebido por Schultze & Weaver em 1931 em estilo art déco, muito famoso por acomodar celebridades. O hotel original na 34th Street foi demolido para dar lugar ao Empire State Building). UPPER SIDE E CENTRAL PARK Na zona este encontram-se a maioria dos museus da cidade. Projetado por Frank Lloyd Wright e construído em 1959, o Solomon R. Guggenheim Museum é um dos melhores museus de arte contemporânea do mundo, destacando-se também a sua arquitetura moderna e visionária, com um exterior em forma de concha e uma rampa em espiral no interior. O Metropolitan Museum of Art foi fundado em 1870 e as obras datam desde os tempos pré-históricos até ao presente e possui coleções de todos os continentes. A Frick Collection alberga a coleção de arte do magnata do aço Henry Frick (1849-1919). O Whitney Museum of American Art alberga arte americana dos séculos XX e XXI e foi fundado pela escultora Gertrude Vanderbilt Whitney e desde 1966 encontra-se num edifício de pirâmide invertida de Marcel Breuer. O Central Park foi criado em 1858 por Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux num local de desoladas pedreiras, quintas de porcos, pantanais e barracas. Há colinas artificiais, lagos e prados verdejantes neste parque de 340 hectares. Na zona oeste encontram-se o Lincoln Center e o Museu de História Natural, inaugurado em 1877, um dos maiores do mundo. Na zona norte encontra-se o bairro de Harlem e a Universidade de Columbia, em Morningside Heights. prosperidade e a audácia americanas. O projeto ficou a cargo da agência Sheeve, Lamb & Harmon, que elegeram como materiais nobres o níquel, o vidro e revestimento de pedra. O seu topo, em fuso, concebido para servir de aerogare de dirigíveis, pertence ao estilo Arte Déco, que aqui reinterpreta os zigurates mesoamericanos. Ocupado por escritórios, foi considerado o edifício mais alto do mundo até 1972. relógios), Friburgo (cidade bilíngue onde se fala francês e alemão), Baden (com águas termais), Aarau (nas margens do rio Aare), Murten (com um lago e uma torre de relógio), Lauterbrunnen e Grindelwald (com os vales mais bonitos da 5th Ave Apple Store, St. Patrick’s Cathedral (x2), Trump Tower (x2), Fifth Ave (x2), esquilos no Central Park, Saks, neve na Fifth Ave, Fifth Ave, 5th Ave e Plaza Hotel, esquilo no Central Park, Bow Bridge no Central Park, Central Park (x4), Museu Guggenheim, Metropolitan Museum (fachada, sarcófago egípcio, Renoir, Gauguin, Van Gogh e Monet), MoMA (Andy Warhol, Noite Estrelada de Van Gogh, Jaguar E).
  • 16. 16 • MyBrainMagazine GEOGRAFIA O brinicle, também chamado de “dedo da morte” é uma espécie de coluna de gelo, formado por salmoura, congelando rapidamente tudo o que toca, formado em locais gelados como a Antártida. O congelamento da água salgada não provoca a formação de gelos sólidos como ocorre com a água doce. O que ocorre é a formação de uma estrutura esponjosa com bastante água do mar concentrada de sal, com pequenos canais onde flui salmoura. Em estações na Antártida, o ar acima dos icebergues pode alcançar uma média de – 20ºC de temperatura. O mesmo não ocorre com a água do mar que fica em torno de – 1,9 ºC. O calor sai naturalmente dos locais mais quentes, como o fundo do mar, para os mais frios, como o ar acima dos icebergues. Neste processo ocorre o congelamento de colunas, onde existe concentração de sal que acaba por entrar pelos canais da coluna congelada, formando um brinicle. Quando uma porção de água congela, força as impurezas, como o sal, para fora do gelo, como resultado a água circundante torna-se mais salina e densa, diminuindo assim a sua temperatura de congelamento. O congelamento não é instantâneo e como a solução é mais densa, congela enquanto afunda, formando pequenos túneis de gelo debaixo do gelo que flutua no mar. Como o “brinicle” é mais denso que a água do mar pela concentração de sal, acaba por descer como se fosse um tornado. Como é extremamente gelado, com temperaturas menores do que a água, acaba por congelar tudo à sua volta quando chega ao fundo oceânico, inclusive estrelas-do-mar e ouriços -do-mar, que não conseguem escapar pela rapidez do congelamento. O mar tem de estar calmo para não quebrar a formação. Se conseguir atingir um determinado tamanho, torna-se autossustentável e cresce até chegar ao fundo do mar. fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as proteínas vegetais e crescimento. Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da Amazónia. Estão presos nas próprias plantas. A matéria orgânica fornece a maioria dos nutrientes, que são rapidamente absorvidos pelas plantas e árvores depois de entrar no solo. Mas alguns nutrientes, incluindo o fósforo, são levados pela chuva em córregos e rios. O fósforo que atinge solos amazónicos de areia do Sahara, um número estimado de 22 mil toneladas por ano, é quase o mesmo montante que esse perdeu da chuva e inundações. Os dados mostram que o vento e o tempo levam, em média, 182 milhões de toneladas de pó a cada ano e levam-no além da borda ocidental do Sahara. A poeira em seguida, viaja 1.600 milhas através do Oceano Atlântico. Perto da costa leste da América do Sul, 132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7 milhões de toneladas caem na superfície sobre a Bacia Amazónica. Cerca de 43 milhões de toneladas de poeira viajam mais longe para o Mar das Caraíbas. O calor sai naturalmente dos locais mais quentes, como o fundo do mar, para os mais frios, como o ar acima dos icebergues. Neste processo ocorre o congelamento de colunas, onde existe concentração de sal que acaba por entrar pelos canais da coluna congelada, formando um brinicle. Quando uma porção de água congela, força as impurezas, como o sal, para fora do gelo, como resultado a água circundante torna-se mais salina e densa, diminuindo assim a sua temperatura de congelamento. O congelamento não é instantâneo e como a solução é mais densa, congela enquanto afunda, formando pequenos túneis de gelo debaixo do gelo que flutua no mar. Como o “brinicle” é mais denso que a água do mar pela concentração de sal, acaba por descer como se fosse um tornado. Como é extremamente gelado, com temperaturas menores do que a água, acaba por congelar tudo à sua volta quando chega ao fundo oceânico, inclusive estrelas-do-mar e ouriços - do-mar, que não conseguem escapar pela rapidez do congelamento. O mar tem de estar calmo para não quebrar a formação. Se conseguir atingir um determinado tamanho, torna-se autossustentável e cresce até chegar ao fundo do mar. fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as proteínas vegetais e crescimento. Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da Amazónia. Estão presos nas próprias plantas. A matéria orgânica fornece a maioria dos nutrientes, que são rapidamente absorvidos pelas plantas e árvores depois de entrar no solo. Mas alguns nutrientes, incluindo o fósforo, são levados pela chuva em córregos e rios. O fósforo que atinge solos amazónicos de areia do Sahara, um número estimado de 22 mil toneladas por ano, é quase o mesmo montante que esse perdeu da chuva e inundações. Os dados mostram que o vento e o tempo levam, em média, 182 milhões de toneladas de pó a cada ano e levam-no além da borda ocidental do Sahara. A poeira em seguida, viaja 1.600 milhas através do Oceano Atlântico. Perto da costa leste da América do Sul, 132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7 milhões de toneladas caem na superfície sobre a Bacia Amazónica. Cerca de 43 milhões de toneladas de poeira viajam mais longe para o Mar das Caraíbas. A quantidade de poeira é, na verdade, muito variável. Houve uma mudança de 86% entre a maior quantidade de poeira transportada em 2007 e a menor em 2011. Porquê tanta variação? Os cientistas acreditam que isso tem a ver com as condições do Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira sul do Sahara. Depois de comparar as alterações no transporte de poeira a uma variedade de fatores climáticos, os cientistas descobriram uma correlação com a precipitação no Sahel do ano anterior. Quando a precipitação no Sahel aumentou, o transporte de poeira do ano seguinte foi menor. O mecanismo por trás da correlação é desconhecido. Uma possibilidade é que o aumento da precipitação significa mais vegetação e menos Como o “brinicle” é mais denso que a água do mar pela concentração de sal, acaba por descer como se fosse um tornado. Como é extremamente gelado, com temperaturas menores do que a água, acaba por congelar tudo à sua volta quando chega ao fundo oceânico, inclusive estrelas-do-mar e ouriços - do-mar, que não conseguem escapar pela rapidez do congelamento. O mar tem de estar calmo para não quebrar a formação. Se conseguir atingir um determinado tamanho, torna-se autossustentável e cresce até chegar ao fundo do mar. fósforo. O fósforo é um nutriente essencial para as proteínas vegetais e crescimento. Ora, os nutrientes estão em falta nos solos da Amazónia. Estão presos nas próprias plantas. A matéria orgânica fornece a maioria dos nutrientes, que são rapidamente absorvidos pelas plantas e árvores depois de entrar no solo. Mas alguns nutrientes, incluindo o fósforo, são levados pela chuva em córregos e rios. O fósforo que atinge solos amazónicos de areia do Sahara, um número estimado de 22 mil toneladas por ano, é quase o mesmo montante que esse perdeu da chuva e inundações. Os dados mostram que o vento e o tempo levam, em média, 182 milhões de toneladas de pó a cada ano e levam-no além da borda ocidental do Sahara. A poeira em seguida, viaja 1.600 milhas através do Oceano Atlântico. Perto da costa leste da América do Sul, 132 milhões de toneladas permanecem no ar, e 27,7 milhões de toneladas caem na superfície sobre a Bacia Amazónica. Cerca de 43 milhões de toneladas de poeira viajam mais longe para o Mar das Caraíbas. A quantidade de poeira é, na verdade, muito variável. Houve uma mudança de 86% entre a maior quantidade de poeira transportada em 2007 e a menor em 2011. Porquê tanta variação? Os cientistas acreditam que isso tem a ver com as condições do Sahel, a longa faixa de terra semi-árida na fronteira sul do Sahara. Depois de comparar as alterações no transporte de poeira a uma variedade de fatores climáticos, os cientistas descobriram uma correlação com a precipitação no Sahel do ano anterior. Quando a precipitação no Sahel aumentou, o transporte de poeira do ano seguinte foi menor. O mecanismo por trás da correlação é desconhecido. Uma possibilidade é que o aumento da precipitação significa mais vegetação e menos solo exposto à erosão do vento no Sahel. Uma segunda explicação mais provável, é que a quantidade de chuva está relacionada com a circulação dos ventos, o que varre a poeira, tanto do Sahel e do Saara na atmosfera superior, onde ele pode sobreviver à longa viagem através do oceano. LEGENDA DA PÁGINA DO LADO: vários minerais: quartzo, diamante, lápis-lazúli, biotite, lepidolite, magnetite, fluorite, azurite, epídoto; cristais de quartzo.
  • 17. MyBrainMagazine • 17 GEOGRAFIA incluem-se os feldspatos, o quartzo, as piroxenas, as anfíbolas, as micas e as olivinas, que cristalizam a partir de magmas ricos em sílica no interior da crosta, ou a partir de lavas que extruem. Os minerais de origem sedimentar mais comuns são concentrados puros ou misturas de areias, ou minerais de argilas ou carbonatos (principalmente a calcite, a aragonite e a dolomite). Os minerais típicos das rochas metamórficas são a andalusite, a cordierite, a granada tremolite, a lawsonite, a pumpeleíte, o glaucófano, a volastonite, a clorite, as micas, a horneblenda, a estaurolite, a cianite e o diópsido. Existem diversos tipos de minerais: Mineral acessório: quando se apresenta em muito pequenas quantidades numa rocha. Mineral característico: se permite distinguir uma variedade de rocha de outra. Mineral em bruto: aquele que não sofreu qualquer processo de tratamento. Mineral essencial: aquele que se encontra numa rocha e é fundamental para a sua classificação e nomenclatura, mas não deve, necessariamente, encontrar-se em grandes quantidades. Mineral estável: que persiste em sucessivos ciclos de erosão e deposição, geralmente abundantes em sedimentos maduros, como por exemplo a turmalina e o zircão. Mineral leve: quando apresenta uma densidade inferior à do bromofórmio (2,89). Mineral pesado: se apresenta uma densidade maior do que a do bromofórmio. Mineral provável: material em relação ao qual se estimou a qualidade e quantidade, mediante cálculos parciais a partir da análise de amostras e de estudos geológicos. Mineral provado: material estudado e analisado indicando que se deve tratar de um dado mineral, dentro de uma margem de erro menor que 20%. Mineral radioativo: quando contém elementos radioativos e emite radiações. Mineral primário: se aparece logo no início da formação da rocha. Mineral secundário: quando se originou depois da aparição dos minerais da rocha original e como consequência de processos não relacionados diretamente com a origem da rocha inicial. Os principais fatores que influenciam a cristalização na formação dos minerais são: a temperatura, o tempo, a agitação do meio, o espaço disponível e a natureza do próprio material. A estrutura cristalina implica uma disposição ordenada dos átomos ou iões, que formam uma rede tridimensional que segue um modelo geométrico característico de cada espécie mineral. A rede é constituída por unidades de forma paralelepipédica que constituem a malha elementar ou motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós paralelepipédica que constituem a malha elementar ou motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os nós correspondem às partículas elementares, as fiadas são alinhamentos de partículas e os planos reticulares são planos definidos por duas fiadas não paralelas. Por vezes, as partículas não chegam a atingir o estado cristalino. A textura fica desordenada, designando-se a matéria, nestas condições, por textura amorfa ou vítrea. - Isomorfismo: verifica-se quando ocorrem variações ao nível da composição química dos minerais sem, contudo, se verificarem alterações na estrutura cristalina. Substâncias com estas características designam-se por substâncias isomorfas. A um conjunto de minerais como estes chama-se série isomorfa ou solução sólida e os cristais constituídos designam-se por cristais de mistura, misturas sólidas ou misturas isomorfas. Um exemplo de minerais que constituem uma série isomorfa é o das plagióclases, que são silicatos em que o Na+ e o Ca2+ se podem intersubstituir. - Polimorfismo: verifica-se quando os minerais têm a mesma composição química, mas estruturas cristalinas diferentes. O carbono, por exemplo, pode cristalizar formando grafite ou diamante (o mineral mais duro). A diferença reside na disposição dos seus átomos. unidade estrutural do diamante consiste em 8 átomos de carbono que se dispõem numa estrutura cristalina de simetria cúbica. Na grafite, cada átomo vai ligar-se a três outros átomos de carbono, no mesmo plano, conduzindo à formação de anéis hexagonais. A unidade estrutural do diamante consiste em 8 átomos de carbono que se dispõem numa estrutura cristalina de simetria cúbica. Os diamantes formam-se a elevadas pressões e grandes profundidades, enquanto que a grafite é o contrário. Para classificar um mineral também se pode recorrer ao seu sistema cristalino: Sistema cúbico: contém as classes de simetria cujas formas cristalográficas se podem referir a três eixos coordenados equivalentes, e por isso permutáveis, que são perpendiculares entre si a todas as temperaturas; Sistema hexagonal: pertencem a este sistema todas as formas cristalográficas que se podem referir geometricamente a uma cruz axial formada por dois eixos horizontais equivalentes, que se intersetam segundo ângulos de 12º, e outro equivalente perpendicular a eles; Sistema tetragonal: inclui todas as formas cristalinas que se podem referir a uma cruz axial trirrectangular em que dois eixos são permutáveis e o terceiro é diferente deles; Sistema ortorrômbico ou sistema rômbico: inclui todas as formas cristalinas que se podem referir geometricamente a uma cruz axial trirrectangular de três parâmetros desiguais e, por conseguinte, não permutáveis; Sistema monoclínico: pertencem a este sistema todas as formas cristalinas que se podem referir a uma cruz axial constituída por três arestas, existentes ou possíveis, que se intersetam em dois ângulos retos e um agudo e não são equivalentes; Sistema triclínico: incluem-se neste sistema todos os cristais que podem ser referidos a uma cruz axial formada por três eixos desiguais que se intersetam segundo ângulos não iguais e diferentes de 90º. Um mineral consiste numa substância inorgânica, originada de um modo natural, que possui composição química e estrutura atómica bem definidas. Se bem que os minerais sejam elementos ou compostos químicos concretos, que se expressam por meio de fórmulas, é possível que tenham pequenas variações de composição, conservando, apesar disso, a sua estrutura. Os átomos que constituem os minerais encontram-se dispostos segundo um modelo regular tridimensional que é característico para cada mineral. A substituição de átomos por outros mais ou menos análogos, com a mesma estrutura, origina o isomorfismo. Os minerais com uma composição química análoga apresentam estruturas atómicas diferentes manifestam o fenómeno do polimorfismo. Os minerais formam-se a partir de misturas, ou melhor, de soluções aquosas sobressaturadas. O estudo físico dos minerais possibilita determinar as suas propriedades óticas (cor, brilho, transparência, refração, dicroísmo, fluorescência, etc.) e ainda o seu peso específico e a sua dureza. O estudo das propriedades químicas dos minerais recorre a análises laboratoriais. Os minerais são vulgarmente classificados como magmáticos, sedimentares ou metamórficos. Nos minerais magmáticos incluem-se os feldspatos, o quartzo, as piroxenas, as anfíbolas, as micas e as olivinas, que cristalizam a partir de magmas ricos em sílica no interior da
  • 18. 18 • MyBrainMagazine GEOGRAFIA Neve é a precipitação em forma de cristais de gelo ou, muitas vezes, de agregados de cristais. O tamanho, forma e concentração dos flocos de gelo depende em grande parte da temperatura a que se formam. A cristalização a temperaturas muito baixas resulta, em geral, numa neve leve constituída por cristais individuais. Se as temperaturas forem superiores a -5ºC, os cristais de gelo aglomeram-se caindo um agregado de cristais. Na atmosfera, os cristais de gelo formam-se por arrefecimento das gotas de água das nuvens em volta de um núcleo de condensação. .— Vulcanismo de subducção (convergência de placas tectónicas): a colisão de duas placas obriga ao mergulho da placa mais densa, originando-se uma zona de subducção. A partir de certa profundidade, as condições de pressão e temperatura induzem a fusão da placa em subducção, formando-se magma. Este tipo de magma, de origem pouco profunda, origina erupções de tipo explosivo. 80% dos vulcões ativos são deste tipo. Ex.: Andes, Anel de Fogo,... — Vulcanismo de vale de rifte (divergência de placas tectónicas): o afastamento de placas tectónicas origina sistemas de fissuras na crusta através dos quais o magma ascende à superfície. Este tipo de magma, de origem pouco profunda, origina erupções de tipo não explosivo (efusivas e/ou mistas). 15% dos vulcões ativos são deste tipo. Ex.: Vale do Rifte Africano,... — Vulcanismo intraplaca: ocorre graças a um hotspot, que consiste numa zona invulgarmente quente no manto. A instabilidade da fronteira entre o núcleo e o manto nessa zona originou uma coluna de matéria quente que sobe através do manto, constituindo uma pluma térmica. Ao atingir a litosfera, o material da pluma funde e o magma resultante derrete a crusta oceânica, perde os seus gases, ficando lava, e esta solidifica transformando- se em basalto. Este tipo de magma, de origem muito profunda, origina erupções de tipo não explosivo (efusivas e/ou mistas). 5% dos vulcões ativos são deste tipo. Ex.: Hawaii, Monte Camarões,... dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a lava, por vezes, não chega a derramar constituindo
  • 20. 20 • MyBrainMagazine BIOLOGIA O Homem sempre teve necessidade de agrupar os seres vivos em grupos, usando primeiro classificações práticas (têm interesse imediato e utilitário e normalmente têm uma característica com interesse para as necessidades básicas do Homem) e racionais (baseiam-se nas características dos seres vivos). Estas últimas podem ser horizontais (Lineu, não consideram o fator tempo, são fixistas), que por sua vez podem ser artificiais (baseiam-se num reduzido número de características) ou naturais (baseiam-se num elevado número de características); ou verticais (Darwin, consideram o fator tempo, são evolucionistas), que usam árvores filogenéticas, tentando reproduzir a história evolutiva dos seres vivos. O Sistema de Classificação de Whittaker é o mais famoso, divide os seres vivos em cinco reinos: Monera (bactérias), Protista, Fungi, Plantæ e Animalia. O Sistema de Classificação de Woese divide os seres vivos em três domínios e seis reinos: Bacteria (com o reino Eubacteria), Archaea (com o reino archaebacteria, de onde pertencem as arqueobactérias que são seres extremófilos — vivem em ambientes de vida hostis com condições de vida extremas: baixo pH, elevadas temperaturas,...) e Eukarya (seres vivos eucariontes, ao contrário dos outros dois domínios com seres procariontes. Possui os reinos dos Protistas, Animais, Fungos e Plantas). A Hierarquia Taxonómica começa (por ordem do maior grupo para o menor): — Superdomínio: Biota (abrange toda a vida na Terra); — Domínio: Acytota (seres que não possuem células como os vírus e priões), Prokaryota (possuem células procarióticas) e Eukaryota (possuem células eucarióticas); — Reino: no domínio Acytota reino dos Vírus, no domínio Prokaryota reino Monera ou reinos Archaebacteria e Eubacteria e no domínio Eukaryota reino Protista, Animalia, Plantæ e Fungi; — Filo (animais) ou Divisão (plantas); — Classe; — Ordem; — Família; — Género; — Espécie. (também pode haver subespécies) - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins. EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos - esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas-do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como a ténia; nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo Narval e beluga (parente mais próximo), esqueleto de narval.Hierarquia taxonómica, classificação do lobo, Sistema de Classificação de Whittaker, Sistema de Classificação de Woese, evolução dos sistemas de classificação países com influência (branco), países de
  • 21. MyBrainMagazine • 21 BIOLOGIA A um quilómetro ou mais de profundidade, os tamboris procuram parceiros. Os machos são mais pequenos do que as fêmeas (algumas chegam a atingir um metro de comprimento), mas o macho e a fêmea estão excecionalmente equipados para se encontrarem um ao outro. As narinas sobredimensionadas do macho detetam as feromonas femininas transportadas pela água. Os olhos bem desenvolvidos procuram um ponto de luz: o isco bioluminescente que pende do filamento que adorna a cabeça da fêmea. Os padrões de pigmento e luz indicam ao macho a presença de uma fêmea à qual se pode “ligar”. Para não se arriscar a perder a parceira na imensidão escura, os machos ferram os dentes no corpo da parceira e permanecem presos e a pele do macho e da fêmea cresce em conjunto. Os vasos sanguíneos ligam-se de modo a que o sangue da fêmea flua para o corpo do macho. As barbatanas e outras partes do corpo agora inúteis encolhem até o macho se tornar naquilo que a fêmea precisa que ele seja: uma fábrica de esperma. O parasitismo sexual dá frutos. Quando os ovos da fêmea estão prontos, ela dá um sinal ao macho. À libertação de esperma, segue-se a ejeção na água de uma massa gelatinosa de ovos que o absorve. A massa sobe até às camadas superiores do oceano. Aí as larvas eclodem e engordam, alimentando-se de plâncton. Na maturidade, os tamboris fazem “a grande migração vertical” de regresso ao fundo em busca de novos parceiros. - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins. EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos - esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas- do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como a ténia; nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por exemplo, a lombriga; anelídeos - vermes divididos em "anéis", por exemplo, minhocas e sanguessugas; moluscos - polvos, lulas, lesmas, caramujos, ostras, mexilhões; equinodermes - pepinos-do-mar, estrelas- do-mar, ouriços-do-mar; artrópodes - representam cerca de 99% do reino animal, estão divididos no seguintes grupos: insetos: cigarras, borboletas, gafanhotos, percevejos, besouros, formigas, abelhas, libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas; aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos; miriápodes: centopeias; crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões. influência dos partidos comunistas devido às dificuldades do pós- guerra. O presidente Truman, alarmado com a situação, tratou de proclamarem as necessidades da América conter o avanço comunista em todas as frentes (política de contenção), quer através de intervenções militares quer de ajuda económica. A doutrina Truman levou os EUA a proporem aos países europeus um plano de auxílio financeiro, o Plano Marshall - destinado a promover a recuperação económica e a estabilidade política, Aumentando o poder de compra dos europeus ocidentais, beneficiando o próprio comércio americano. Consolida-se assim o bloco ocidental, liderado pelos EUA. A reação soviética não se fez esperar e em 1947 é criado o Kominform, organismo que superintendia a ação dos partidos comunistas de todo mundo, com sede em Moscovo, e, em 1949, em resposta ao plano macho se tornar naquilo que a fêmea precisa que ele seja: uma fábrica de esperma. O parasitismo sexual dá frutos. Quando os ovos da fêmea estão prontos, ela dá um sinal ao macho. À libertação de esperma, segue-se a ejeção na água de uma massa gelatinosa de ovos que o absorve. A massa sobe até às camadas superiores do oceano. Aí as larvas eclodem e engordam, alimentando-se de plâncton. Na maturidade, os tamboris fazem “a grande migração vertical” de regresso ao fundo em busca de novos parceiros. - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins. EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos - esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas- do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como a ténia; nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por exemplo, a lombriga; anelídeos - vermes divididos em "anéis", por exemplo, minhocas e sanguessugas; moluscos - polvos, lulas, lesmas, caramujos, ostras, mexilhões; equinodermes - pepinos-do-mar, estrelas- do-mar, ouriços-do-mar; artrópodes - representam cerca de 99% do reino animal, estão divididos no seguintes grupos: insetos: cigarras, borboletas, gafanhotos, percevejos, besouros, formigas, abelhas, libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas; aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos; miriápodes: centopeias; crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões. influência dos partidos comunistas devido às dificuldades do pós- guerra. O presidente Truman, alarmado com a situação, tratou de proclamarem as necessidades da América conter o avanço comunista em todas as frentes (política de contenção), quer através de intervenções militares quer de ajuda económica. A doutrina Truman levou os EUA a proporem aos países europeus um plano de auxílio financeiro, o Plano Marshall - destinado a promover a recuperação económica e a estabilidade política, Aumentando o poder de compra dos europeus ocidentais, beneficiando o próprio comércio americano. Consolida-se assim o bloco ocidental, liderado pelos EUA. A reação soviética não se fez esperar e em 1947 é criado o Kominform, organismo que superintendia a ação dos partidos comunistas de todo mundo, com sede em Moscovo, e, em 1949, em resposta ao plano Marshall, a União Soviética instituiu o Comecon, a fim de incentivar a cooperação económica com os novos estados comunistas. Consolida-se assim o bloco de Leste, liderado pela URSS. O antagonismo dos dois blocos desencadeou um clima de profunda tensão e de inúmeros conflitos. As duas superpotências nunca ousaram confrontar-se diretamente, a razão da guerra ter demorado quase meio século, por isso é que se chamou a este período Guerra Fria. Cada superpotência procurava dispor de uma força cada vez mais destruidora de modo a tornar-se superior à sua rival, o equilíbrio do terror, que acabou por evitar a guerra. A escalada militar centrou-se na corrida às armas nucleares e na militarização dos dois blocos. Em 1949, os soviéticos conseguiram Algumas fêmeas – como esta de Haplophryne mollis (na imagem) – estão fundidas com mais de um macho. O máximo documentado são oito. © Getty Images países com influência (branco), países de onde saíram mais pessoas para combater na Síria a favor do ISIS, anatomia do ISIS, os países que eles querem conquistar.
  • 22. 22 • MyBrainMagazine BIOLOGIA O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto por um número elevado de organismos de dimensões e formas diversas. No zooplâncton predominam protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas cadeias alimentares, os rotíferos servem de alimento às crias dos peixes. São omnívoros e não possuem nem sistema circulatório nem respiratório. As fêmeas produzem geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca fina: óvulos de verão e óvulos de inverno. Os primeiros desenvolvem-se assexuadamente por partenogénese, produzindo somente fêmeas. Perante alterações ambientais como a escassez de alimento, produz-se uma geração cujas fêmeas põem óvulos de inverno que, se não forem previamente fecundados, se desenvolvem em machos férteis de reduzidas dimensões, assexuadamente por partenogénese. Os ovos formados (óvulos que foram fecundados), denominados ovos de dormência, apresentam uma casca resistente e espessa, podendo permanecer em repouso por longos períodos de tempo e sobreviver à dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem, esses ovos originam fêmeas. fito-hormonas podem estimular o alongamento celular em caules e coleóptilos, inibir o crescimento de raízes, promover a formação de raízes laterais e adventícias, retardar o início da abcisão foliar, estimular ou inibir a floração e induzir a diferenciação de tecidos vasculares, influenciando a quantidade relativa de xilema e floema. Intervêm, ainda, no desenvolvimento de frutos, promovendo-o, sendo produzidas em sementes em desenvolvimento. A ação das auxinas depende de vários fatores, nomeadamente da sua concentração e do tecido ou órgão em que atua. Por exemplo, a concentração de auxina que estimula o alongamento em caules tem o efeito contrário nas raízes, inibindo o seu crescimento. As auxinas podem ainda influenciar a produção de outras hormonas. Estimulam a síntese de etileno, provocando o aumento das taxas de secreção dos dictiossomas, desempenhando um papel no controlo de algumas fases da respiração e influenciando numerosas fases do crescimento. Muitas monocotiledóneas são menos sensíveis às auxinas do que as dicotiledóneas, mas altas concentrações podem matar os tecidos. O efeito das auxinas, combinado com o de outras hormonas, é responsável por muitas fases do crescimento. Os fruticultores tratam os ramos florais com auxinas para provocar uma floração uniforme e tratam posteriormente os frutos para evitar a formação das camadas de abcisão e a subsequente queda prematura do fruto. Se as auxinas são aplicadas às flores antes que tenha ocorrido a polinização, podem-se formar e desenvolver frutos sem sementes. Alguns tipos de auxinas têm efeitos prejudiciais nos humanos e outros animais. As citocininas, também conhecidas por citoquininas, constituem um grupo de hormonas vegetais. Derivadas da adenina, as citocininas são aminopurinas, como a zeatina, citocinina de ocorrência natural mais abundante, a isopentenil-adenina e a desidrozeatina. Como fito-hormonas, as citocininas têm uma atividade biológica variada nas plantas. Atuam sobre o crescimento das plantas, promovendo a divisão celular nos tecidos meristemáticos e o desenvolvimento dos gomos laterais. Retardam a senescência foliar, estimulando a deslocação de nutrientes para as folhas, bem como para outras zonas da planta. Promovem, ainda, o desenvolvimento de cloroplastos. Em culturas de tecidos in vitro, a citocinina é utilizada, juntamente com a auxina, para regular a formação de órgãos. Concentrações elevadas de citocinina, relativamente às de auxina, estimulam a formação de caules, enquanto que concentrações reduzidas de citocinina, relativamente às de auxina promovem a formação de raízes. - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de
  • 23. MyBrainMagazine • 23 BIOLOGIA Os fungos incluem um conjunto de organismos com ciclos de vida muito diversos, com formas de obtenção de alimento muito próprias, sendo um grupo essencial na reciclagem de nutrientes nas cadeias alimentares. Embora muitos dos aspetos do ciclo de vida dos fungos sejam ainda desconhecidos, alguns organismos, como os cogumelos, possuem ciclos de vida já bem caracterizados. Os cogumelos têm a maioria da sua massa no solo, sob a forma de rifas, e formam uma estrutura aérea, o basidiocarpo (cogumelo) numa fase restrita do seu ciclo de vida. A maioria dos fungos tem uma fase haploide e uma fase diploide nos seus ciclos de vida, sendo a haploide a mais desenvolvida. Nos fungos de reprodução sexuada, os indivíduos compatíveis podem combinar-se fundindo as suas hifas numa rede interconetada; este processo, anastomose, é requerido para o início do ciclo sexual. Os ascomicetes e os basidiomicetes passam por um estágio dicariótico, no qual os núcleos herdados dos dois pais não se combinam imediatamente após a fusão celular, antes permanecendo separados nas células hifais (heterocariose). Nos ascomicetes, as hifas dicarióticas do himénio (a camada de tecido portador de esporos) formam um gancho característico no septo hifal. Durante a divisão celular, a formação do gancho assegura a correta distribuição dos núcleos recém-divididos nos compartimentos hifais apical e basal. Forma-se então um asco, no qual ocorre cariogamia (fusão dos núcleos). Os ascos estão contidos num ascocarpo, ou corpo frutífero. A cariogamia nos ascos é imediatamente seguida de meiose e pela produção de ascósporos. Após a dispersão, os ascósporos podem germinar e formar um novo micélio haploide. A reprodução sexuada dos basidiomicetes é semelhante à dos ascomicetes. Hifas haploides compatíveis fundem-se para dar origem a um micélio dicariótico. Porém, a fase dicariótica é mais extensa nos basidiomicetes, estando muitas vezes presente também no micélio em crescimento vegetativo. Uma estrutura anatómica especializada, chamada fíbula, forma-se em cada septo hifal. Tal como com o gancho estruturalmente similar dos ascomicetes, a fíbula dos basidiomicetes é requerida para a transferência controlada de núcleos durante a divisão celular, para manter um estágio dicariótico com dois núcleos geneticamente diferentes em cada compartimento hifal. Forma-se um basidiocarpo, no qual estruturas em forma de bastão chamadas basídios geram basidiósporos haploides após cariogamia e meiose. Os basidiocarpos mais vulgarmente conhecidos são os cogumelos, mas também podem assumir outras formas. Nos glomeromicetes, as hifas haploides de dois indivíduos fundem-se, formando um gametângio, uma estrutura celular especializada que se torna uma célula produtora de gâmetas férteis. O gametângio evolui para um zigósporo, um esporo com parede espessa formado pela união de gâmetas. Quando o zigósporo germina, sofre meiose, gerando novas hifas haploides, as quais podem então formar esporangiósporos assexuados. Estes esporangiósporos permitem ao fungo dispersar-se rapidamente e germinar como micélios haploides geneticamente idênticos. Tanto os esporos assexuados como os sexuados são frequentemente dispersos por ejeção forçada desde as suas estruturas reprodutoras. Esta ejeção garante a saída dos esporos das estruturas reprodutoras bem como a deslocação através do ar por grandes distâncias. Mecanismos fisiológicos e mecânicos especializados, bem como as estruturas superficiais dos esporos (como as hidrofobinas), permitem a ejeção eficiente do esporo. Por exemplo, a estrutura das células portadoras de esporos de algumas espécies de ascomicetes é tal, que a acumulação de substâncias que afetam o volume celular e o equilíbrio de fluidos, permite a descarga explosiva dos esporos no ar. A descarga forçada de esporos individuais envolve a formação de uma pequena gota de água (gota de Buller), que por contacto com o esporo leva à sua libertação. Etiquetas: - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos
  • 24. 24 • MyBrainMagazine BIOLOGIA Há dois modelos da evolução das células procarióticas para as eucarióticas: — modelo autogénico: defende que as células eucarióticas surgiram a partir de células procarióticas que desenvolveram sistemas endomembranares a partir de invaginações existentes na membrana plasmática. Trata-se de uma hipótese com pouca aceitação na comunidade científica. O modelo autogénico não esclarece a causa nem a forma como se processou a especialização das membranas invaginadas nas células procarióticas que esteve na origem do aparecimento das células eucaróticas e pressupõe que o material genético nuclear é idêntico ao material genético existente nas mitocôndrias e cloroplastos, o que efetivamente não sucede. — modelo endossimbiótico: defende que este tipo de células teve origem em células procarióticas, por incorporação de outros procariontes livres e associação simbiótica. Existem argumentos que apoiam o modelo endossimbiótico, como, por exemplo, a existência de associações entre bactérias e alguns eucariontes e a semelhança das mitocôndrias e dos cloroplastos com seres procariontes (bactérias). A forma, o tamanho, as estruturas membranares, os ribossomas, o ADN e o tipo de divisão (independente da da célula) das mitocôndrias e dos cloroplastos são características muito semelhantes às encontradas nas células procarióticas. O modelo endossimbiótico continua, no entanto, com algumas lacunas, não explicando, por exemplo, a origem do núcleo das células eucarióticas e a forma como o ADN nuclear gere o funcionamento das mitocôndrias e dos cloroplastos. A giardia, um parasita do intestino delgado dos mamíferos que causa a giardíase, é eucarionte mas não possui mitocôndrias. Quando uma célula aumenta de tamanho, verifica-se o aumento do volume se faz a um ritmo muito maior do que o da área de superfície. Isto coloca um problema — as trocas com o meio, feitas através da superfície celular, vão ser limitadas. Quando aumenta o volume também aumenta o metabolismo, mas não há um aumento equivalente na eficácia das trocas com o meio. Como resolver este problema? Reduzir o metabolismo, o que implica diminuição das trocas com o meio (ex.: Acetabularia) ou recorrer à multicelularidade. Os ancestrais dos organismos multicelulares eram simples agregados de seres unicelulares, que formavam colónias sem especialização. Ao longo do tempo, as células da colónia deixaram de desempenhar a mesma função, tendo-se especializado em determinadas funções. Um exemplo é a Volvox (Algas verdes que formam grandes colónias de células com dois flagelos que imprimem movimento e as células maiores estão especializadas na reprodução. Em muitas barragens, o regime de iluminação da massa de água é fortemente condicionado por elevadas concentrações de material argiloso em suspensão. O pico de densidade do fitoplâncton ocorre durante alturas em que a transparência da água é máxima, devido a um mínimo sazonal de argila em suspensão. Nesses ecossistemas, a alga Volvox realiza migrações diárias verticais na massa de água que lhe serve de habitat.). A diferenciação celular ter-se-á acentuado e a colónia começou a comportar-se como um indivíduo, originando seres multicelulares. - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins. EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e Volvox, giardia, modelo endossimbiótico, modelo autogénico.
  • 25. MyBrainMagazine • 25 BIOLOGIA O fixismo pretende explicar a origem e a diversidade das espécies, segundo a qual as espécies surgiram tal como se conhecem atualmente e que se mantiveram fixas e imutáveis ao longo dos tempos. Esta teoria defende que as espécies foram criadas independentemente umas das outras. O fixismo foi aceite durante muitos séculos, sendo apoiado pela observação de gerações sucessivas de seres vivos que se mantinham sempre semelhantes. As principais teorias fixistas são o criacionismo, o espontaneísmo (geração espontânea) e o catastrofismo. O evolucionismo é uma doutrina que admite a evolução orgânica das espécies. Presente desde a Antiguidade, inquietando espíritos mais avisados (como Anaximandro, Tales e até Aristóteles), a tese da evolução dos seres vivos só se conseguiu impor com o advento da paleontologia e dos trabalhos de Lamarck e de Darwin no século XIX. Até ao século XVIII, o criacionismo reinou sem discussão, ainda que Lineu, na sua classificação natural das espécies, tenha deixado algo em aberto quanto a uma explicação. Lamarck é, de facto, o primeiro evolucionista, considerando que o meio determina e modela os organismos. A partir desta ideia, o naturalista inglês Charles Darwin, depois de uma viagem à costa ocidental da América do Sul e de um conjunto de observações efetuadas, estabelece como fator da evolução a seleção natural das espécies, pela qual todos os seres vivos são o resultado de uma longa série de transformações que conduziram primeiro ao aparecimento e depois à diversificação das espécies através da filiação e das formas de vida elementares. Esta teoria foi expressa no seu livro Da Origem das Espécies por Via da Seleção Natural (1859) e logo desenvolvida por outros estudiosos europeus, como Haeckel. A teoria da evolução das espécies baseia-se nestes conceitos: origem da vida; provas de evolução a partir de campos biológicos diversos (semelhanças quanto à forma, embriológicas, bioquímicas ou achados paleontológicos — formas de transição entre dois grupos atuais de organismos) ; fatores de evolução: herança (que conserva os caracteres), variabilidade (mutação, recombinação de genes), seleção natural (o meio atua sobre as variações, com os mais fortes a imporem-se aos mais fracos) e isolamento. Outro argumento a favor do evolucionismo é a anatomia comparada, na qual há três tipos de estruturas: estruturas homólogas (apresentam origem embriológica semelhante, normalmente com aspetos diferentes e podem ter funções diferentes. Descendem por evolução divergente de um ancestral comum.), estruturas análogas (apresentam origem embriológica diferente, normalmente com aspetos e funções semelhantes e não evidenciam grau de parentesco. Surgem por evolução convergente causada pelas mesmas pressões seletivas, ilustrando o efeito adaptativo da seleção natural.) e estruturas vestigiais (estruturas atrofiadas, sem função evidente, que foram úteis num ancestral). Segundo o lamarckismo, o ambiente, o principal responsável pela evolução, cria necessidades que conduzem ao aparecimento de estruturas morfológicas indispensáveis a uma melhor adaptação, o que explica a morfologia das espécies. Por exemplo, numa população constituída por seres vivos idênticos, a utilização de um determinado órgão para se alimentarem num certo local (adaptação a esse ambiente), conduz ao desenvolvimento desse órgão, que se torna maior e mais robusto. Esta característica é, então, passada às gerações seguintes. O lamarckismo tem por base duas leis fundamentais, a lei do uso e do desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos. A atribuição de um objetivo à evolução, como consequência da necessidade de as espécies atingirem a perfeição, e o facto de a herança dos caracteres adquiridos não se verificar experimentalmente, fizeram do lamarckismo uma teoria não aceite, o que colocou a ideia de evolucionismo temporariamente de parte. Segundo o darwinismo, apenas os mais aptos sobrevivem, transmitindo as suas características mais favoráveis. As espécies possuem nas suas populações indivíduos com variações naturais. Como as populações tendem a crescer em progressão geométrica, formando mais descendentes do que aqueles que o ambiente é capaz de suportar, em cada geração parte dos indivíduos é naturalmente eliminada, mantendo-se constante o número de indivíduos dentro da espécie. Nesta luta pela sobrevivência, a Natureza favorece os indivíduos mais bem adaptados ao ambiente. Uma vez que a seleção natural privilegia os portadores de variações favoráveis, estes indivíduos vivem durante mais tempo, reproduzindo-se e transmitindo as suas características aos seus descendentes por reprodução diferencial — seleção natural. De geração em geração são acumuladas pequenas variações que, a longo prazo, podem dar origem a novas espécies. O neodarwinismo tem por base o darwinismo e dados provenientes do desenvolvimento da ciência e da tecnologia. É uma síntese da genética mendeliana, da genética das populações, da paleontologia e da sistemática, integrando a ideia de seleção natural proposta por Darwin. Integra, ainda, a noção de evolução descontínua, com base na descoberta dos genes homeóticos, que permitem explicar que uma única mutação pode ter efeitos consideráveis sobre o genótipo. As populações de seres vivos são consideradas, no neodarwinismo, unidades evolutivas que apresentam variabilidade genética sobre a qual atua a seleção natural. Girafas a comerem (x2), Archaeopteryx — forma intermédia entre réptil e ave, lamarckismo (a) vs darwinismo (b), fixismo vs evolucionismo, estruturas análogas, estruturas homólogas.
  • 26. 26 • MyBrainMagazine BIOLOGIA Embora a célula seja a unidade fundamental da vida, há certos "organismos", os vírus, que não são células. Não possuem citoplasma, nem organelos, nem membranas plasmáticas. Um vírus não é mais que um cristal de matéria orgânica inanimada. Alguns não têm mais que ácido nucleico e proteína. Contudo, uma vez introduzidos numa célula hospedeira, a função biológica do vírus desperta. O vírus "adquire vida", manifestando duas características vitais: reprodução e hereditariedade. Os vírus alternam entre estados paradoxais - forma inanimada e forma viva -, em função da simplicidade da sua estrutura e do seu ciclo de vida. Em geral, os vírus são caracterizados pelas seguintes propriedades: São obrigatoriamente parasitas intracelulares; são incapazes de metabolismo independente; são mais pequenos que as mais pequenas bactérias; possuem um único tipo de ácido nucleico (ADN ou ARN), pelo que são classificados em adenovírus e rinovírus; alguns vírus podem cristalizar e inativar a sua infeciosidade. São inertes no exterior dos organismos vivos. Existe grande variedade de vírus que infetam (doença vírica) plantas, animais e bactérias. Neste último caso, denominam-se bacteriófagos. A estrutura mais simples apresentada por um vírus consiste numa molécula de ácido nucleico coberta por muitas moléculas de proteínas idênticas. Os vírus mais complexos podem conter várias moléculas de ácido nucleico assim como diversas proteínas associadas, envoltório proteico com formato definido, além de um complexo envelope externo com espículas. A maioria dos vírus apresentam formato helicoidal ou isométrica. Dentro dos vírus isométricos, o formato mais comum é o de simetria icosaédrica. Os vírus são formados por um agregado de moléculas mantidas unidas por forças secundárias, formando uma estrutura denominada partícula viral. Uma partícula viral completa é denominada virião. Este é constituído por diversos componentes estruturais: ácido nucleico (molécula de DNA ou RNA que constitui o genoma viral), capsídeo (envoltório proteico que envolve o material genético dos vírus), nucleocapsídeo (estrutura formada pelo capsídeo associado ao ácido nucleico que ele engloba), capsómeros (subunidades proteicas (monómeros) que agregadas constituem o capsídeo), envelope (membrana rica em lípidos que envolve a partícula viral externamente) e peplómeros ou espículas (estruturas proeminentes, geralmente constituídas de glicoproteínas e lípidos, que são encontradas ancoradas ao envelope, expostas na superfície). A reprodução dos vírus é denominada de ciclo de replicação. Possui várias etapas: 1 — Adsorção do vírus à célula: A adsorção viral dá-se por meio da interação entre proteínas virais, presentes no envelope ou no capsídeo, e recetores celulares que se encontram ancorados à membrana plasmática, expostos ao ambiente extracelular. A ligação entre alguns vírus e células também pode envolver a participação de correceptores (recetores secundários). A especificidade destas interações é alta, como um modelo chave-fechadura, e determina o tropismo viral para infetar determinadas células e tecidos específicos. Nos momentos iniciais da adsorção, a partícula viral interage com um ou poucos recetores, caracterizando uma ligação reversível. Porém, à medida que mais recetores se associam ao virião, esta ligação passa a ser irreversível, possibilitando a posterior entrada do vírus na célula. 2 — Entrada no citoplasma: Uma vez aderidos à membrana celular, os vírus devem introduzir o seu material genético no interior da célula, a fim de que este seja processado (transcrito, traduzido, replicado). Este processo envolve a entrada (penetração) do virião no citoplasma e a posterior desmontagem do capsídeo para libertação (desnudamento) do genoma viral. Para alcançar o ambiente intracelular, cada vírus utiliza um mecanismo particular: endocitose, fusão e translocação. 3 — Desnudamento do ácido nucleico: Após o processo de penetração, assim que os nucleocapsídeos alcançam o citoplasma, estes são transportados pelo citoesqueleto (dentro de vesículas ou na forma de nucleocapsídeos livres) em direção ao local específico de processamento do genoma viral, que pode ser no próprio Em cima, vírus da gripe (influenza). Ao lado, eventos finais da replicação viral: 1. Transporte do genoma (DNA ou RNA) para o sítio de processamento (núcleo ou citosol) 2. Transcrição (síntese de mRNA) 3. Síntese de proteínas não estruturais 4. Replicação do material genético 5. Síntese de proteínas estruturais 6. Montagem dos nucleocapsídeos 7. Vesícula com glicoproteínas direcionadas ao complexo de Golgi 8. Transporte das proteínas de envelope à membrana plasmática 9. Libertação de partículas virais por lise (vírus não envelopados), ou por brotamento (vírus envelopados)
  • 27. MyBrainMagazine • 27 BIOLOGIA 3 — Desnudamento do ácido nucleico: Após o processo de penetração, assim que os nucleocapsídeos alcançam o citoplasma, estes são transportados pelo citoesqueleto (dentro de vesículas ou na forma de nucleocapsídeos livres) em direção ao local específico de processamento do genoma viral, que pode ser no próprio citoplasma ou no núcleo celular. Para que o genoma possa ser transcrito, traduzido, e replicado, o material genético do vírus deve ser previamente libertado e exposto no ambiente intracelular. A este processo dá-se o nome de desnudamento (ou decapsidação), um procedimento no qual o capsídeo é desmontado completamente ou parcialmente. 4 — Transcrição, Tradução e síntese de proteínas 5 — Replicação do genoma viral: Na maioria dos casos, o genoma é replicado no mesmo local onde ocorre a transcrição do material genético do vírus, isto é, no citoplasma ou no núcleo. Assim como na transcrição, o processo de replicação de genomas virais envolve a participação de polimerases. 6 — Montagem do virião: A montagem corresponde ao processo de formação das partículas virais infetivas (viriões). Neste estágio do ciclo de infeção, as proteínas estruturais sintetizadas em etapas anteriores associam-se para constituir o capsídeo. Capsídeos com formato helicoidal são formados em torno da superfície da molécula de ácido nucleico. Já os capsídeos de simetria icosaédrica são montados previamente e depois preenchidos com o genoma viral, através de um poro na estrutura pré-formada denominada pró-capsídeo. O pró-capsídeo de alguns vírus pode sofrer modificações que levam a formação do capsídeo maduro. O sítio de montagem dos capsídeos depende do local de replicação viral na célula, e varia entre as diversas famílias de vírus. O procedimento de montagem de vírus não-envelopados se resume a formação dos nucleocapsídeos, enquanto que para vírus envelopados a montagem só se finaliza depois da aquisição do envelope viral. A membrana lipídica do envelope origina-se a partir de estruturas celulares. 7 — Libertação de novas partículas virais: A libertação dos viriões do citoplasma pode-se dar por lise celular ou brotamento. A libertação por lise celular é mais comum aos vírus não-envelopados, e ocorre quando a membrana plasmática da célula infetada se rompe, levando à morte celular. Porém, nem todos os processos de libertação viral causam danos à célula hospedeira. O brotamento é um mecanismo de libertação que quase não afeta a célula. Vírus que obtêm envelope a partir da membrana plasmática saem da célula por meio de brotamento direto do nucleocapsídeo em contacto com a face interna da membrana, em regiões específicas, onde se localizam as glicoproteínas virais sintetizadas em momentos prévios da infeção. Vírus com envelope originado de compartimentos intracelulares (organelas) são libertados da célula por meio de vesículas que se fundem com a membrana plasmática. Após a libertação, quando os viriões se encontram no meio extracelular, a maioria deles permanece inerte até que outra célula hospedeira seja infetada, reiniciando o ciclo de replicação viral. - Nos ambientes terrestres, os organismos perdem água por evaporação, através das superfícies respiratórias e da pele e através da excreção de urina e de fezes. A osmorregulação nestes animais inclui mecanismos como a ingestão de grandes quantidades de água e a produção de urina hipertónica. Nos animais terrestres encontram-se vários tipos de sistemas excretores. A minhoca, por exemplo, possui nefrídios, que produzem urina diluída, compensando a entrada excessiva de água por osmose através da sua pele. Os insetos e outros artrópodes terrestres apresentam túbulos de Malpighi associados a glândulas retais, que produzem urina hipertónica, contrariando a tendência para perder água associada aos ambientes secos em que estes organismos vivem. Os vertebrados, por sua vez, têm como órgãos excretores os rins. EtiquetaOs animais dividem-se em dois grupos: vertebrados e invertebrados. Os animais vertebrados são os que têm esqueleto interno. Há cinco tipos de vertebrados: os mamíferos, as aves, os répteis, os peixes e os anfíbios. Os animais invertebrados são os que não têm esqueleto interno. Há oito tipos de invertebrados: poríferos - esponjas-do-mar; cnidários e ctenóforos - corais, medusas, anémonas-do-mar; platelmintos - vermes com o corpo achatado, como a ténia; nematódeos ou nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por exemplo, a lombriga; anelídeos - vermes divididos em "anéis", por exemplo, minhocas e sanguessugas; moluscos - polvos, lulas, lesmas, caramujos, ostras, mexilhões; equinodermes - pepinos-do-mar, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar; artrópodes - representam cerca de 99% do reino animal, estão divididos no seguintes grupos: insetos: cigarras, borboletas, gafanhotos, percevejos, besouros, formigas, abelhas, libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas; aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos; miriápodes: centopeias; crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões. influência dos partidos comunistas devido às dificuldades do pós-guerra. O presidente Truman, alarmado com a situação, tratou de proclamarem as necessidades da América conter o avanço comunista em todas as frentes (política de contenção), quer através de intervenções militares quer de ajuda económica. A doutrina Truman levou os EUA a proporem aos países europeus um plano de auxílio financeiro, o Plano Marshall - destinado a promover a recuperação económica e a estabilidade política, Aumentando o poder de compra dos europeus ocidentais, beneficiando o próprio comércio americano. Consolida-se assim o bloco ocidental, liderado pelos EUA. A reação soviética não se fez esperar e em 1947 é criado o Kominform, organismo que superintendia a ação dos partidos comunistas de todo mundo, com sede em Moscovo, e, em 1949, em resposta ao plano Marshall, a União Soviética instituiu o Comecon, a fim de incentivar a cooperação económica com os novos estados comunistas. Consolida-se assim o bloco de Leste, liderado pela URSS. O antagonismo dos dois blocos desencadeou um clima de profunda tensão e de inúmeros conflitos. As duas superpotências nunca ousaram confrontar-se diretamente, a razão da guerra ter demorado quase meio século, por isso é que se chamou a este período Guerra Fria. Cada superpotência procurava dispor de uma força cada vez mais destruidora de modo a tornar-se superior à sua rival, o equilíbrio do terror, que acabou por evitar a guerra. A escalada militar centrou-se na corrida às armas nucleares e na militarização dos dois blocos. Em 1949, os soviéticos conseguiram pela primeira vez na bomba atómica, graças a um casal de espiões soviéticos, O casal Rosenberg, infiltrado nos EUA, ficando a par dos americanos. Dois anos depois, os americanos fabricaram a primeira bomba de hidrogénio (500 vezes mais potente que a de Hiroshima) e, passado seis meses, a URSS igualava-os. A partir de então, com a construção de mísseis de médio e longo alcance, o terror nuclear não parou de aumentar. Entretanto, em 1949, os EUA formaram, com o Canadá e os seus aliados europeus, a organização do tratado do Atlântico Norte (NATO), Cujo objetivo era dotar o bloco ocidental com uma poderosa estrutura militar. Em 1955, a URSS estabeleceu o Pacto de Varsóvia, com os países comunistas europeus. Os EUA e a URSS alargaram ainda as alianças a outros países, ficando praticamente todo mundo envolvido no antagonismo bipolar. Os serviço secretos (A CIA americana e o KGB soviético), além de atividades de espionagem, exerciam uma vigilância permanente no interior dos próprios países. Na URSS e no Leste europeu, os que se opunham a Estaline foram alvo de violenta repressão. Nos EUA, uma campanha anticomunista, conduzida pelo senador McCarthy, perseguiu milhares de cidadãos por praticarem atividades antiamericanas - o macarthismo. desafio consistia em cobrir o edifício com uma dimensão próxima do Panteão de Roma sem recorrer aos arcos ogivados nem às soluções góticas. Brunelleschi construiu duas cúpulas, de secção octogonal, uma envolvendo a outra. A Brunelleschi se deve ainda a criação da perspetiva linear, caracterizada por um único ponto de fuga. A descoberta das leis da perspetiva permite a representação bidimensional de objetos tridimensionais. Esta descoberta a passagem da Idade Média para o Renascimento e não tem uma base empírica, mas racional e geométrica. trata-se um instrumento de conhecimento científico e de apropriação das regras de representação espacial. Além de Brunelleschi, destaca-se ainda Leon Battista Alberti, Donato Bramante, Miguel Ângelo (Michelangelo) e Andrea Palladio. A arquitetura do Renascimento tinha as seguintes características: equilíbrio e simetria das formas e volumes; predomínio da horizontalidade, obtida através de longas balaustradas, frisos e cornijas; utilização de elementos clássicos/ arte greco-romana: colunas (encimadas por capitéis), arcos de volta perfeita, abóbadas de berço, cúpulas e frontões triangulares nas fachadas; uso de pilastras (pilares de quatro faces) e de motivos decorativos inspirados em ciclo de replicação viral hipotético: 1. Adsorção; 2. Entrada; 3. Desnudamento; 4. Transcrição e tradução; 5. Replicação do genoma; 6. Montagem; e 7. Libertação. países com influência (branco), países de onde saíram mais pessoas para combater na Síria a favor do ISIS, anatomia do ISIS, os países que eles querem conquistar.
  • 28. 28 • MyBrainMagazine O maior crocodilo da vida marinha já encontrado apareceu no deserto do Sahara, na Tunísia. Este predador pré-histórico de 10 metros de comprimento pesava três toneladas. Os paleontólogos apelidaram a nova espécie de Machimosaurus rex. Embora os restos recuperados sejam fragmentários, o suficiente permaneceu na rocha de 120 milhões de anos para identificar o réptil como o maior membro conhecido de uma linhagem peculiar de crocodilos que passaram a vida quase inteiramente no mar. Embora não tão grande quanto alguns dos seus parentes distantes que viviam em água doce, Machimosaurus rex era o maior membro de crocodilos marinhos. Foi descoberto um gigantesco esqueleto de crocodilo do Cretáceo no sul da Tunísia, que remonta a 130 milhões de anos atrás. O maior crocodilo de água doce, Sarcosuchus imperator, viveu há 110 milhões de anos, cresceu até 12 metros e pesava até oito toneladas. Os dentes do carnívoro podem ser pistas para a sua alimentação neste oceano antigo. Machimosaurus rex tinha dentes redondos e relativamente e um crânio maciço capaz de superar uma grande mordida. Isto sugere que este crocodilo era um caçador generalista que se alimentou uma variedade de presas, incluindo grandes tartarugas marinhas. Provavelmente teria sido um predador de emboscada, nadando em águas rasas caçando tartarugas e peixes e talvez esperando que alguns animais terrestres chegassem um pouco perto da costa. Na 2.ª Guerra Mundial, Portugal ficou neutro, mas um embaixador em França com o nome Aristides de Sousa Mendes ajudou os judeus com transferências para Portugal e a Base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, serviu de base para a aviação dos Aliados. No início da década de 60, as províncias ultramarinas manifestaram-se em atos de libertação de alguns territórios: - Os territórios de Goa, Damão e Diu passaram para a Índia; - Em África revoltaram-se Angola (1961), Guiné (1963) e Moçambique (1964), mas não conseguiram ficar independentes. Na madrugada do dia 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) deu início às operações (planeadas e dirigidas pelo Major Otelo Saraiva de Carvalho) que conduziram ao derrube do Estado Novo e à sua substituição por um regime democrático. Neste dia as tropas do MFA, comandadas pelo capitão Salgueiro Maia, cercaram o quartel do Carmo em Lisboa onde se tinha refugiado Marcelo Caetano. Ao fim do dia, Marcelo Caetano e vários dos seus Ministros renderam-se ao General Spínola que se deslocou a este quartel e que viria a ser o Presidente da Junta de Salvação Nacional. Sem grande resistência as populações aderiram ao movimento das forças armadas colocando flores nas espingardas dos soldados. Foi o dia da Revolução dos Cravos, o dia da Liberdade. Terminava desta forma um longo período de quase cinquenta anos em que Portugal ficou marcado pela Guerra Colonial, a falta de Liberdade de expressão, pela censura e a violência..Ingleses não saíam de Portugal. Beresford perseguia todos aqueles que estavam contra a presença dos ingleses em Portugal. Em 1817, Gomes Freire de Andrade tentou expulsar os ingleses mas não deu resultado. Porém, em 1818, um grupo de homens do Porto formaram o Sinédrio, uma sociedade HISTÓRIA