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A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
1914 - 1918
O mundo em 1914:
A Europa em 1914:
• A Primeira Guerra Mundial, que fez 100 anos
em 2014, também é conhecida como A
GRANDE GUERRA. Uma boa parte dos jornais
e dos políticos da época diziam que esta seria
“ A guerra para acabar com todas as guerras”.
O tempo provou que isso não aconteceu. Mas,
afinal de contas, porque aconteceu a 1ª
Guerra Mundial?
Antecedentes da 1ª Guerra:
• Os principais países europeus tinham muitos
problemas no início do século XX. O século XIX tinha
deixado feridas difíceis de curar. Alguns países
estavam descontentes com a partilha da Ásia e da
África, que aconteceu no final do século XIX (1885).
• A corrida imperialista na África começou com a
França e Inglaterra, mas, após a unificação da Itália e
Alemanha, a corrida imperialista por regiões a serem
exploradas pelos países europeus aumentou.O
primeiro-ministro alemão Otto Von Bismark reuniu
em Berlim – Alemanha, representantes dos principais
países europeus para discutir a divisão da África.
Partilha da África:
• O imperialismo não foi apenas uma dominação
política e econômica de uma nação mais rica
sobre uma região ou nação mais pobre.Houve
também o imperialismo cultural, que foi a
imposição de valores, hábitos de consumo e
influências culturais que foram impostas pelos
países europeus aos povos africanos e
asiáticos e pelos EUA para os países da
América Latina.
• Em 1871, a Alemanha se tornou um país
unificado. Essa unificação aconteceu depois
que os alemães derrotaram a França
na Guerra Franco-Prussiana. Como
consequência, a França foi obrigada a
entregar a rica região de Alsácia-Lorena, fato
que levou os franceses a quererem vingança.
Alsácia-Lorena:
• Então, podemos concluir que a principal causa
da 1ª Guerra Mundial foi o Imperialismo;
• Mas a Europa tinha outros problemas além do
Imperialismo:
• No início do século XX havia uma forte
concorrência comercial entre os países
europeus, principalmente na disputa pelos
mercados consumidores. Esta concorrência
gerou vários conflitos de interesses entre as
nações.
• Ao mesmo tempo, os países estavam
empenhados numa rápida corrida
armamentista, já como uma maneira de se
protegerem, ou atacarem, no futuro próximo.
Havia um clima de apreensão e medo entre os
países, onde um tentava se armar mais do que
o outro.
• No começo do século XX, a indústria alemã
estava ultrapassando a inglesa. Tanto alemães
quanto ingleses não queriam competir no
mercado e para acabar de vez com a
concorrência, seus governos decidiram que
uma guerra seria muito bem vinda.
• Porém, era preciso convencer o povo de que
não havia outra saída. Para tal “serviço de
convencimento”, a imprensa foi fundamental,
e cada país usava os jornais para tentar
destruir moralmente o outro.
• Na Europa existiam movimentos nacionalistas:
O pan-germanismo e o pan-eslavismo e isso
influenciou e aumentou o estado de alerta na
Europa. Os alemães queriam unir numa só
nação, todos os países de origem germânica.
O mesmo acontecia com os países eslavos.
Pan-Germanismo:
Pan-Eslavismo:
• Pan-Eslavismo Russo (união de todos os
povos eslavos sob a proteção da Rússia): o
Pan-Eslavismo servia de justificativa para os
interesses imperialistas da Rússia de dominar
regiões da Europa Oriental habitadas por
outros povos eslavos (poloneses, ucranianos,
tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros,
croatas...)
• A região dos Bálcãs era localizada a meio
caminho entre a Europa e o Oriente Médio.
Por esse motivo eram objeto de constantes
disputas entre as grandes potências. Toda
essa região havia pertencido ao Império
Turco-Otomano.
• As lutas de independência dos povos que se
desenvolveram nas proximidades dessa
região, fizeram com que ampliassem o
número de conflitos, tornando a disputa de
independência numa luta generalizada
difundida em diversos motivos e interesses.
• O nacionalismo da Sérvia;
• Conflitos originários da decadência do Império
Turco;
• Crises no Marrocos: alemães, ingleses e
franceses disputavam essa área.
• Rivalidades entre várias potências européias,
que formam dois grupos de alianças.
• Porém, vários outros fatores também
contribuíram para o início da guerra.
• A construção da estrada de ferro Berlim-
Bagdá: sua construção colocaria à disposição
da Alemanha os lençóis petrolíferos do Golfo
Pérsico e os mercados orientais, além de
ameaçar as rotas de comunicação entre a
Inglaterra e seu Império.
As alianças:
• Os países europeus começaram a fazer
alianças políticas e militares desde o final do
século XIX. Durante a guerra estas alianças
permaneceram. De um lado havia a Tríplice
Aliança formada em 1882 por Itália, Império
Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou
mudou de lado em 1915). Do outro lado a
Tríplice Entente, formada em 1907, com a
participação de França, Rússia e Inglaterra.
O início da 1ª Guerra Mundial:
• A Europa estava a um passo da guerra e os
países disputavam novas colônias. A situação
piorou ainda mais quando o arquiduque
Francisco Ferdinando (herdeiro do trono
austríaco) visitou Sarajevo. A população de
Sarajevo odiava os austríacos e o filho do
imperador austríaco resolveu desfilar de carro
aberto pela cidade.
• Francisco Ferdinando foi assassinado em 28
de junho de 1914 e esse fato é considerado a
causa imediata da Primeira Guerra.
Francisco Ferdinando:
Francisco e sua esposa Sofia:
A prisão de Gavrilo Princip:
A primeira guerra dividiu-se em 3
fases:
• Guerra de movimento(agosto-novembro de
1914) Liderados pelo general Von Moltke, os
alemães lançaram parte das tropas contra a
França. Tendo artilharia pesada e 78 divisões,
os alemães invadiram a Bélgica, saíram
vitoriosos contra os franceses na fronteira e
partiram em direção à Paris.
• Com isso os franceses transferiram seu
governo para Bordeaux e, na batalha do
Marne, o general Joffe conteve os alemães,
que recuaram. Porém, na frente oriental, o
exército alemão obtinha sucessivas vitórias
contra os russos.
• Guerra de Trincheiras ou Guerra de posições:
(novembro de 1914 a março de 1918).
• Protegidos por arame farpado, os exércitos se
enterravam nas trincheiras, onde a lama, o
frio, os ratos e o tifo matavam tanto quanto as
armas e os canhões. Dessa forma, foram
realizadas tentativas de quebrar as linhas
defensivas alemãs. Porém os avanços, de um
lado e de outro, eram insignificantes.
Soldados italianos mortos por gás
mostarda:
Tropas francesas:
• Antes que a Primeira Guerra Mundial
acontecesse, as várias nações envolvidas
neste conflito se preparavam com muita
tecnologia militar. Então, quando a “Grande
Guerra” começou, em 1914, o tempo de
movimentação das tropas durou pouco
tempo.
A Guerra de Trincheiras:
• Estava claro que os dois lados eram
poderosos e que o menor avanço territorial só
aconteceria ao custo de milhares de vidas.
• Dessa forma, os soldados de ambos os lados
passaram a cavar trincheiras de onde
tentavam, ao mesmo tempo, se proteger e
atacar.
• Geralmente, uma trincheira era aberta pela
tropa e contava com cerca de 2,30 metros de
profundidade, por dois metros de largura. No
ponto mais alto, eram colocados sacos de
areia e arames farpados que protegeriam os
soldados das balas e dos estilhaços das
bombas. Além disso, um degrau interno
chamado “fire step” permitia a observação dos
inimigos.
Soldado alemão se protege. Ao
lado, o cadáver de um francês.
• Para que as tropas inimigas não conseguissem
conquistar uma trincheira em um único
ataque, os soldados tinham o cuidado de não
construí-las em linha reta. Trincheiras
auxiliares e perpendiculares também eram
construídas para que o tempo de reação a um
ataque fosse ampliado.
• Apesar da proteção, uma bomba certeira ou
uma rajada de tiros oportuna poderia deixar
vários soldados feridos. As mortes repentinas
e os ataques inesperados eram constantes.
• Além do poder das armas, a própria trincheira
era outra inimiga para os soldados que se
amontoavam naquele espaço insalubre. Corpos
em decomposição, enterrados em covas rasas
perto das trincheiras, atraíam ratos, que
proliferavam sem controle.Além de transmitir
doenças, eles chegavam a roubar comida do
bolso dos soldados e a roer o corpo dos
feridos!
• Na total falta de higiene, piolhos disseminavam
a febre das trincheiras, doença contraída por
mais de 10% dos soldados. Na maior parte do
tempo não havia ofensivas contra as
trincheiras. Era uma guerra de espera, mas
ainda assim muito perigosa. Atiradores
passavam o dia de olho no vacilo de
algum soldado que erguesse a cabeça pra fora
do buraco.
• Especialistas em mineração tentavam fazer
túneis até a linha inimiga para explodir as
trincheiras por baixo. Conhecido como Frente
Ocidental, o lugar onde as trincheiras ficaram
famosas na 1ª Guerra se estendia por cerca de
mil quilômetros, indo do litoral do mar do
Norte até a fronteira da Suíça. Por toda essa
extensão ficavam, frente a frente, as linhas de
trincheiras dos alemães e dos Aliados.
• Entre as doenças usualmente contraídas nas
trincheiras se destacavam a “febre de
trincheira”, reconhecida por fortes dores no
corpo e febre alta; e o “pé de trincheira”, uma
espécie de micose que poderia resultar em
gangrena e amputação.
Febre de Trincheira:
• Mais que uma simples estratégia militar, as
trincheiras representavam intensamente os
horrores vividos ao longo da Primeira Guerra
Mundial. Submetidos a condições de vidas
extremas, milhares de soldados morreram em
prol de um conflito em que a competição
imperialista era sua razão maior.
• Em 1916, houve duas grandes batalhas
envolvendo Franceses, Ingleses e Alemães:
• Batalha de Somme (1 milhão de 100 mil
mortos) e a Batalha de Verdun (600 mil
mortos).
Batalha do Somme:
Batalha de Verdun:
Cemitério:
• Pela primeira vez, a capacidade dos homens
matarem atingiu patamares que abalavam
aquela imagem de razão e prosperidade que
justificava o capitalismo monopolista.
Armas da 1ª Guerra Mundial:
• O lança-chamas foi usado pela primeira vez
em combate na Primeira Guerra. Dois homens
operavam o equipamento, lançando jatos com
um alcance de 25 a 40 m. Seus operadores
corriam grande perigo: um único tiro no
tanque de combustível e eles iam pelos ares.
• Na Primeira Guerra, mais de 91 mil soldados
foram mortos por gases venenosos e outras
armas químicas. Esses produtos podiam ser
lançados por projéteis da artilharia ou por
granadas carregadas pelos soldados. A partir
do ano de 1916, especialmente durante a
longa batalha de Verdun, travada entre
alemães e franceses, o gás entrou em cena de
vez.
• E foi a estreia de novo gás muito mais
mortífero em seus efeitos do que o cloro - o
chamado gás de mostarda
(dichlorethylsulphide). De cor amarelada
forte, ele mostrou ser capaz de devastar as
linhas adversárias mesmo em meio às tropas
equipadas com máscaras antigas.
• Em contato direto com qualquer parte da pele
da vítima, imediatamente, ele levantava
bolhas amareladas, atacando em seguida os
olhos e as vias respiratórias. Além disso, tinha
a capacidade de permanecer fazendo efeito
durante um tempo bem superior do que os
outros, como o gás lacrimogêneo
(lachrymator), não mortal, e o de cloro.
Soldado exposto ao gás mostarda:
Metralhadora:
• A mais poderosa arma para barrar os ataques
eram as casamatas com metralhadoras. Muito
usadas pelos alemães, eram minifortalezas
com paredes grossas e fendas por onde a
metralhadora disparava. Produziam tantas
baixas que seus ocupantes eram os soldados
mais odiados: um metralhador capturado
geralmente era executado no ato.
• Nos combates também houve a
utilização de novas tecnologias bélicas
como, por exemplo, tanques de guerra e
aviões. Enquanto os homens lutavam nas
trincheiras, as mulheres trabalhavam nas
indústrias de armas como empregadas.
Avião Fokker – 1ª Guerra:
Canhão alemão 1916:
Pistola alemã Luger - 1915
Armas Sérvias:
Submarino:
Granada:
Bomba:
• Os EUA vendiam alimentos, combustível,
produtos industriais e máquinas para a França
e a Inglaterra. Tudo pelo sistema de crediário
(“compre agora e pague depois da guerra”).
• Com o passar do tempo, a situação ficava pior
(destruição, fome, miséria e matanças) e os
EUA começaram a temer que a França e a
Inglaterra não pagassem pelas mercadorias
compradas dos americanos (os dois países
deviam aos americanos quase 2 bilhões de
dólares).
• Com essa mentalidade, os americanos
começaram a fazer uma forte campanha a
favor da entrada do país na guerra.
• Em março de 1917, os alemães afundaram
alguns navios americanos que iam
comercializar com a Inglaterra e no dia 6 de
abril o Congresso americano votava a favor da
declaração de guerra à Alemanha.
• Em 1917, várias propostas de paz foram
lançadas por países e entidades neutras. O
presidente dos EUA (Woodrow Wilson), em
1918, levou essas idéias ao Congresso no
chamado “Programa dos 14 Pontos”.
Woodrow Wilson:
• Em março do 1918 (após a revolução
socialista) o governo russo assinava a paz com
a Alemanha e se retirava da guerra. Bulgária,
o Império Turco e o Império Austro- Húngaro
também seguiam o exemplo russo e se
retiraram do conflito.
• Enquanto os países se retiravam aos poucos
do conflito, o povo alemão se rebelava contra
a guerra.
• Em 1918, a Alemanha foi transformada em
República e o novo governo aceitou
o armistício dando por encerrado o conflito.
• Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris (no
Palácio de Versalhes), onde seriam tomadas
as decisões diplomáticas do pós-guerra. Os 27
países “vencedores” participaram da
conferência.
Tratado de Versalhes:
• Da mesma forma como a guerra se estendeu
para vários continentes, seus efeitos também
se fizeram em todos lugares do planeta,
envolvendo diretamente a população civil,
que sofreu com os bombardeios, as invasões,
as epidemias e a fome.
• A guerra, ao contrário do que ocorrera até
então, foi travada entre potências industriais
e comerciais, o que ampliou muito seu poder
de destruição: para atender às necessidades
do conflito surgiu uma indústria bélica que se
aperfeiçoava a cada dia.
• As perdas humanas foram grandes e as
estimativas indicam um total de 13 milhões de
mortos para a Europa, sendo que a Alemanha,
Rússia, França e Império Austro-Húngaro
tiveram quase dois milhões de mortos cada
um e a Inglaterra quase um milhão. Algumas
estimativas porém indicam 30 milhões de
mortos no conflito.
• Os Estados Unidos, ao contrário, foi o país que
menos população perdeu: 115 mil pessoas. Os
norte-americanos foram grandes beneficiários
do conflito, pois, ao financiarem o esforço de
guerra dos aliados, através da concessão de
pesados empréstimos, colocaram a Europa
nas malhas de uma estreita dependência
econômica.
• Com o final da Primeira Guerra Mundial, os
Estados Unidos caminhavam para se
transformar, portanto, na potência
preponderante do planeta.
• A Europa via começar o seu declínio. Foi
obrigada a partilhar com os Estados Unidos o
domínio do mundo.
• O final da guerra trouxe profunda crise
econômica, com altas taxas de inflação
gerando desemprego e miséria.
CONSEQUÊNCIAS DA PRIMEIRA
GUERRA MUNDIAL:
• O aparecimento de novas nações;
• Desmembramento do império Austro- Húngaro;
• A hegemonia do militarismo francês, em decorrência
do desarmamento alemão;
• A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os
Estados Unidos;
• O enriquecimento dos Estados Unidos;
Império Austro-Húngaro:
O Desmembramento do Imp.
Austro-Húngaro:
• A desvalorização do marco alemão;
• O surgimento do fascismo na Itália e do
Nazismo na Alemanha.
O TRATADO DE VERSALHES
• Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de
Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países
europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a
responsabilidade pelo conflito mundial,
comprometendo-se a cumprir uma série de
exigências políticas, econômicas e militares. Estas
exigências foram impostas à Alemanha pelas nações
vencedoras da Primeira Guerra, principalmente
Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a
recém criada Liga das Nações ratificou o Tratado de
Versalhes.
Palácio de Versalhes:
Exigências impostas à Alemanha
pelo Tratado de Versalhes:
• reconhecimento da independência da Áustria;
- devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à
França;
- devolução à Polônia das províncias de Posen e
Prússia Ocidental;
• a Alemanha deveria ter seu exército reduzido para,
no máximo, cem mil soldados;
• a província do Sarre passaria para o controle da Liga
das Nações por 15 anos;
• pagamento aos países vencedores, principalmente
França e Inglaterra, uma indenização pelos prejuízos
causados durante a guerra. Este valor foi
estabelecido em 269 bilhões de marcos.
• proibição de funcionamento da aeronáutica alemã;
• proibição da fabricação de tanques e armamentos
pesados;
• redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros,
seis navios de guerra e seis cruzadores;
Europa depois da 1ª Guerra:
• - Desenvolvimento de vários armamentos de
guerra como, por exemplo, tanques de guerra
e aviões.
• - Desintegração dos impérios Otomano e
Austro-Húngaro.
• - Fortalecimento dos Estados Unidos no
cenário político e militar mundial.
• - Criação da Liga das Nações, com o objetivo
de garantir a paz mundial.
• Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma
série de penalidades a derrotada Alemanha.
• - Geração de crise econômica na Europa, em função
da devastação causada pela Grande Guerra e
também dos elevadíssimos gastos militares.
• - Fortalecimento e desenvolvimento da
industrialização brasileira.
• - Surgimento do sentimento de revanchismo na
Alemanha, em função das duras penalidades
impostas pelo Tratado de Versalhes.
• O Tratado de Versalhes teve repercussões na
Alemanha, influenciando o início da Segunda
Guerra Mundial.

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A primeira guerra mundial

  • 1. A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914 - 1918
  • 2. O mundo em 1914:
  • 3. A Europa em 1914:
  • 4.
  • 5. • A Primeira Guerra Mundial, que fez 100 anos em 2014, também é conhecida como A GRANDE GUERRA. Uma boa parte dos jornais e dos políticos da época diziam que esta seria “ A guerra para acabar com todas as guerras”. O tempo provou que isso não aconteceu. Mas, afinal de contas, porque aconteceu a 1ª Guerra Mundial?
  • 6. Antecedentes da 1ª Guerra: • Os principais países europeus tinham muitos problemas no início do século XX. O século XIX tinha deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam descontentes com a partilha da Ásia e da África, que aconteceu no final do século XIX (1885). • A corrida imperialista na África começou com a França e Inglaterra, mas, após a unificação da Itália e Alemanha, a corrida imperialista por regiões a serem exploradas pelos países europeus aumentou.O primeiro-ministro alemão Otto Von Bismark reuniu em Berlim – Alemanha, representantes dos principais países europeus para discutir a divisão da África.
  • 7.
  • 9. • O imperialismo não foi apenas uma dominação política e econômica de uma nação mais rica sobre uma região ou nação mais pobre.Houve também o imperialismo cultural, que foi a imposição de valores, hábitos de consumo e influências culturais que foram impostas pelos países europeus aos povos africanos e asiáticos e pelos EUA para os países da América Latina.
  • 10.
  • 11. • Em 1871, a Alemanha se tornou um país unificado. Essa unificação aconteceu depois que os alemães derrotaram a França na Guerra Franco-Prussiana. Como consequência, a França foi obrigada a entregar a rica região de Alsácia-Lorena, fato que levou os franceses a quererem vingança.
  • 13. • Então, podemos concluir que a principal causa da 1ª Guerra Mundial foi o Imperialismo; • Mas a Europa tinha outros problemas além do Imperialismo:
  • 14. • No início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações.
  • 15. • Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Havia um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
  • 16. • No começo do século XX, a indústria alemã estava ultrapassando a inglesa. Tanto alemães quanto ingleses não queriam competir no mercado e para acabar de vez com a concorrência, seus governos decidiram que uma guerra seria muito bem vinda.
  • 17. • Porém, era preciso convencer o povo de que não havia outra saída. Para tal “serviço de convencimento”, a imprensa foi fundamental, e cada país usava os jornais para tentar destruir moralmente o outro.
  • 18. • Na Europa existiam movimentos nacionalistas: O pan-germanismo e o pan-eslavismo e isso influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Os alemães queriam unir numa só nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
  • 21.
  • 22. • Pan-Eslavismo Russo (união de todos os povos eslavos sob a proteção da Rússia): o Pan-Eslavismo servia de justificativa para os interesses imperialistas da Rússia de dominar regiões da Europa Oriental habitadas por outros povos eslavos (poloneses, ucranianos, tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros, croatas...)
  • 23. • A região dos Bálcãs era localizada a meio caminho entre a Europa e o Oriente Médio. Por esse motivo eram objeto de constantes disputas entre as grandes potências. Toda essa região havia pertencido ao Império Turco-Otomano.
  • 24. • As lutas de independência dos povos que se desenvolveram nas proximidades dessa região, fizeram com que ampliassem o número de conflitos, tornando a disputa de independência numa luta generalizada difundida em diversos motivos e interesses.
  • 25. • O nacionalismo da Sérvia; • Conflitos originários da decadência do Império Turco; • Crises no Marrocos: alemães, ingleses e franceses disputavam essa área. • Rivalidades entre várias potências européias, que formam dois grupos de alianças.
  • 26. • Porém, vários outros fatores também contribuíram para o início da guerra. • A construção da estrada de ferro Berlim- Bagdá: sua construção colocaria à disposição da Alemanha os lençóis petrolíferos do Golfo Pérsico e os mercados orientais, além de ameaçar as rotas de comunicação entre a Inglaterra e seu Império.
  • 27.
  • 28. As alianças: • Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante a guerra estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou mudou de lado em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Inglaterra.
  • 29.
  • 30.
  • 31. O início da 1ª Guerra Mundial: • A Europa estava a um passo da guerra e os países disputavam novas colônias. A situação piorou ainda mais quando o arquiduque Francisco Ferdinando (herdeiro do trono austríaco) visitou Sarajevo. A população de Sarajevo odiava os austríacos e o filho do imperador austríaco resolveu desfilar de carro aberto pela cidade.
  • 32. • Francisco Ferdinando foi assassinado em 28 de junho de 1914 e esse fato é considerado a causa imediata da Primeira Guerra.
  • 33.
  • 35. Francisco e sua esposa Sofia:
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39. A prisão de Gavrilo Princip:
  • 40. A primeira guerra dividiu-se em 3 fases: • Guerra de movimento(agosto-novembro de 1914) Liderados pelo general Von Moltke, os alemães lançaram parte das tropas contra a França. Tendo artilharia pesada e 78 divisões, os alemães invadiram a Bélgica, saíram vitoriosos contra os franceses na fronteira e partiram em direção à Paris.
  • 41.
  • 42.
  • 43. • Com isso os franceses transferiram seu governo para Bordeaux e, na batalha do Marne, o general Joffe conteve os alemães, que recuaram. Porém, na frente oriental, o exército alemão obtinha sucessivas vitórias contra os russos.
  • 44.
  • 45.
  • 46. • Guerra de Trincheiras ou Guerra de posições: (novembro de 1914 a março de 1918). • Protegidos por arame farpado, os exércitos se enterravam nas trincheiras, onde a lama, o frio, os ratos e o tifo matavam tanto quanto as armas e os canhões. Dessa forma, foram realizadas tentativas de quebrar as linhas defensivas alemãs. Porém os avanços, de um lado e de outro, eram insignificantes.
  • 47.
  • 48.
  • 49. Soldados italianos mortos por gás mostarda:
  • 50.
  • 52. • Antes que a Primeira Guerra Mundial acontecesse, as várias nações envolvidas neste conflito se preparavam com muita tecnologia militar. Então, quando a “Grande Guerra” começou, em 1914, o tempo de movimentação das tropas durou pouco tempo.
  • 53. A Guerra de Trincheiras: • Estava claro que os dois lados eram poderosos e que o menor avanço territorial só aconteceria ao custo de milhares de vidas. • Dessa forma, os soldados de ambos os lados passaram a cavar trincheiras de onde tentavam, ao mesmo tempo, se proteger e atacar.
  • 54.
  • 55. • Geralmente, uma trincheira era aberta pela tropa e contava com cerca de 2,30 metros de profundidade, por dois metros de largura. No ponto mais alto, eram colocados sacos de areia e arames farpados que protegeriam os soldados das balas e dos estilhaços das bombas. Além disso, um degrau interno chamado “fire step” permitia a observação dos inimigos.
  • 56.
  • 57.
  • 58.
  • 59. Soldado alemão se protege. Ao lado, o cadáver de um francês.
  • 60.
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64. • Para que as tropas inimigas não conseguissem conquistar uma trincheira em um único ataque, os soldados tinham o cuidado de não construí-las em linha reta. Trincheiras auxiliares e perpendiculares também eram construídas para que o tempo de reação a um ataque fosse ampliado.
  • 65.
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  • 67.
  • 68. • Apesar da proteção, uma bomba certeira ou uma rajada de tiros oportuna poderia deixar vários soldados feridos. As mortes repentinas e os ataques inesperados eram constantes.
  • 69.
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73.
  • 74.
  • 75. • Além do poder das armas, a própria trincheira era outra inimiga para os soldados que se amontoavam naquele espaço insalubre. Corpos em decomposição, enterrados em covas rasas perto das trincheiras, atraíam ratos, que proliferavam sem controle.Além de transmitir doenças, eles chegavam a roubar comida do bolso dos soldados e a roer o corpo dos feridos!
  • 76. • Na total falta de higiene, piolhos disseminavam a febre das trincheiras, doença contraída por mais de 10% dos soldados. Na maior parte do tempo não havia ofensivas contra as trincheiras. Era uma guerra de espera, mas ainda assim muito perigosa. Atiradores passavam o dia de olho no vacilo de algum soldado que erguesse a cabeça pra fora do buraco.
  • 77. • Especialistas em mineração tentavam fazer túneis até a linha inimiga para explodir as trincheiras por baixo. Conhecido como Frente Ocidental, o lugar onde as trincheiras ficaram famosas na 1ª Guerra se estendia por cerca de mil quilômetros, indo do litoral do mar do Norte até a fronteira da Suíça. Por toda essa extensão ficavam, frente a frente, as linhas de trincheiras dos alemães e dos Aliados.
  • 78.
  • 79.
  • 80.
  • 81. • Entre as doenças usualmente contraídas nas trincheiras se destacavam a “febre de trincheira”, reconhecida por fortes dores no corpo e febre alta; e o “pé de trincheira”, uma espécie de micose que poderia resultar em gangrena e amputação.
  • 83.
  • 84.
  • 85. • Mais que uma simples estratégia militar, as trincheiras representavam intensamente os horrores vividos ao longo da Primeira Guerra Mundial. Submetidos a condições de vidas extremas, milhares de soldados morreram em prol de um conflito em que a competição imperialista era sua razão maior.
  • 86. • Em 1916, houve duas grandes batalhas envolvendo Franceses, Ingleses e Alemães: • Batalha de Somme (1 milhão de 100 mil mortos) e a Batalha de Verdun (600 mil mortos).
  • 89.
  • 91. • Pela primeira vez, a capacidade dos homens matarem atingiu patamares que abalavam aquela imagem de razão e prosperidade que justificava o capitalismo monopolista.
  • 92. Armas da 1ª Guerra Mundial: • O lança-chamas foi usado pela primeira vez em combate na Primeira Guerra. Dois homens operavam o equipamento, lançando jatos com um alcance de 25 a 40 m. Seus operadores corriam grande perigo: um único tiro no tanque de combustível e eles iam pelos ares.
  • 93.
  • 94. • Na Primeira Guerra, mais de 91 mil soldados foram mortos por gases venenosos e outras armas químicas. Esses produtos podiam ser lançados por projéteis da artilharia ou por granadas carregadas pelos soldados. A partir do ano de 1916, especialmente durante a longa batalha de Verdun, travada entre alemães e franceses, o gás entrou em cena de vez.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98. • E foi a estreia de novo gás muito mais mortífero em seus efeitos do que o cloro - o chamado gás de mostarda (dichlorethylsulphide). De cor amarelada forte, ele mostrou ser capaz de devastar as linhas adversárias mesmo em meio às tropas equipadas com máscaras antigas.
  • 99. • Em contato direto com qualquer parte da pele da vítima, imediatamente, ele levantava bolhas amareladas, atacando em seguida os olhos e as vias respiratórias. Além disso, tinha a capacidade de permanecer fazendo efeito durante um tempo bem superior do que os outros, como o gás lacrimogêneo (lachrymator), não mortal, e o de cloro.
  • 100. Soldado exposto ao gás mostarda:
  • 101.
  • 103. • A mais poderosa arma para barrar os ataques eram as casamatas com metralhadoras. Muito usadas pelos alemães, eram minifortalezas com paredes grossas e fendas por onde a metralhadora disparava. Produziam tantas baixas que seus ocupantes eram os soldados mais odiados: um metralhador capturado geralmente era executado no ato.
  • 104.
  • 105.
  • 106.
  • 107. • Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias de armas como empregadas.
  • 108.
  • 109. Avião Fokker – 1ª Guerra:
  • 110.
  • 111.
  • 112.
  • 113.
  • 114.
  • 116.
  • 117.
  • 119.
  • 121.
  • 122.
  • 123.
  • 125.
  • 127.
  • 128.
  • 129. Bomba:
  • 130.
  • 131.
  • 132.
  • 133.
  • 134.
  • 135.
  • 136. • Os EUA vendiam alimentos, combustível, produtos industriais e máquinas para a França e a Inglaterra. Tudo pelo sistema de crediário (“compre agora e pague depois da guerra”).
  • 137. • Com o passar do tempo, a situação ficava pior (destruição, fome, miséria e matanças) e os EUA começaram a temer que a França e a Inglaterra não pagassem pelas mercadorias compradas dos americanos (os dois países deviam aos americanos quase 2 bilhões de dólares).
  • 138. • Com essa mentalidade, os americanos começaram a fazer uma forte campanha a favor da entrada do país na guerra. • Em março de 1917, os alemães afundaram alguns navios americanos que iam comercializar com a Inglaterra e no dia 6 de abril o Congresso americano votava a favor da declaração de guerra à Alemanha.
  • 139.
  • 140. • Em 1917, várias propostas de paz foram lançadas por países e entidades neutras. O presidente dos EUA (Woodrow Wilson), em 1918, levou essas idéias ao Congresso no chamado “Programa dos 14 Pontos”.
  • 142.
  • 143. • Em março do 1918 (após a revolução socialista) o governo russo assinava a paz com a Alemanha e se retirava da guerra. Bulgária, o Império Turco e o Império Austro- Húngaro também seguiam o exemplo russo e se retiraram do conflito. • Enquanto os países se retiravam aos poucos do conflito, o povo alemão se rebelava contra a guerra.
  • 144. • Em 1918, a Alemanha foi transformada em República e o novo governo aceitou o armistício dando por encerrado o conflito. • Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris (no Palácio de Versalhes), onde seriam tomadas as decisões diplomáticas do pós-guerra. Os 27 países “vencedores” participaram da conferência.
  • 146. • Da mesma forma como a guerra se estendeu para vários continentes, seus efeitos também se fizeram em todos lugares do planeta, envolvendo diretamente a população civil, que sofreu com os bombardeios, as invasões, as epidemias e a fome.
  • 147. • A guerra, ao contrário do que ocorrera até então, foi travada entre potências industriais e comerciais, o que ampliou muito seu poder de destruição: para atender às necessidades do conflito surgiu uma indústria bélica que se aperfeiçoava a cada dia.
  • 148. • As perdas humanas foram grandes e as estimativas indicam um total de 13 milhões de mortos para a Europa, sendo que a Alemanha, Rússia, França e Império Austro-Húngaro tiveram quase dois milhões de mortos cada um e a Inglaterra quase um milhão. Algumas estimativas porém indicam 30 milhões de mortos no conflito.
  • 149.
  • 150. • Os Estados Unidos, ao contrário, foi o país que menos população perdeu: 115 mil pessoas. Os norte-americanos foram grandes beneficiários do conflito, pois, ao financiarem o esforço de guerra dos aliados, através da concessão de pesados empréstimos, colocaram a Europa nas malhas de uma estreita dependência econômica.
  • 151.
  • 152.
  • 153.
  • 154. • Com o final da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos caminhavam para se transformar, portanto, na potência preponderante do planeta. • A Europa via começar o seu declínio. Foi obrigada a partilhar com os Estados Unidos o domínio do mundo.
  • 155. • O final da guerra trouxe profunda crise econômica, com altas taxas de inflação gerando desemprego e miséria.
  • 156.
  • 157. CONSEQUÊNCIAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL: • O aparecimento de novas nações; • Desmembramento do império Austro- Húngaro; • A hegemonia do militarismo francês, em decorrência do desarmamento alemão; • A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os Estados Unidos; • O enriquecimento dos Estados Unidos;
  • 159. O Desmembramento do Imp. Austro-Húngaro:
  • 160. • A desvalorização do marco alemão; • O surgimento do fascismo na Itália e do Nazismo na Alemanha.
  • 161. O TRATADO DE VERSALHES • Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro de 1920, a recém criada Liga das Nações ratificou o Tratado de Versalhes.
  • 162.
  • 163.
  • 165.
  • 166.
  • 167. Exigências impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes: • reconhecimento da independência da Áustria; - devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França; - devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental; • a Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil soldados; • a província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por 15 anos;
  • 168. • pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra, uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido em 269 bilhões de marcos. • proibição de funcionamento da aeronáutica alemã; • proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados; • redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra e seis cruzadores;
  • 169. Europa depois da 1ª Guerra:
  • 170.
  • 171. • - Desenvolvimento de vários armamentos de guerra como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. • - Desintegração dos impérios Otomano e Austro-Húngaro. • - Fortalecimento dos Estados Unidos no cenário político e militar mundial. • - Criação da Liga das Nações, com o objetivo de garantir a paz mundial.
  • 172. • Assinatura do Tratado de Versalhes que impôs uma série de penalidades a derrotada Alemanha. • - Geração de crise econômica na Europa, em função da devastação causada pela Grande Guerra e também dos elevadíssimos gastos militares. • - Fortalecimento e desenvolvimento da industrialização brasileira. • - Surgimento do sentimento de revanchismo na Alemanha, em função das duras penalidades impostas pelo Tratado de Versalhes.
  • 173.
  • 174.
  • 175. • O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.