O documento descreve a queda do Império Romano do Ocidente, desde sua maior extensão até as invasões bárbaras dos séculos IV-V. Detalha aspectos como o exército romano, religião, arte, crise econômica e divisão política que enfraqueceram Roma, tornando-a vulnerável a povos como os hunos, godos, vândalos e francos.
4. O exército romano:
• O Império Romano dependia de um exército
forte e bem organizado, que realizava as
campanhas de expansão e defendia as
fronteiras. Os legionários eram a base do
exército romano; a maioria deles eram
voluntários. Para entrar no exército era
imprescindível ser cidadão romano. O exército
estruturava-se em legiões de seis mil
soldados, cada uma dividida em dez cortes.
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7. A religião romana:
• A religião romana foi formada combinando
diversos cultos e várias influências. Crenças
etruscas, gregas e orientais foram
incorporadas aos costumes tradicionais para
adaptá-los às novas necessidades do povo. O
Estado romano propagava uma religião oficial
que prestava culto aos grandes deuses de
origem grega, porém com nomes latinos,
como por exemplo, Júpiter, pai dos deuses;
8. • Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da
arte. Em honra desses deuses eram realizadas
festas, jogos e outras cerimônias. Os cidadãos,
por sua vez, buscavam proteção nos espíritos
domésticos, chamados lares, a quem
prestavam culto dentro de casa.
11. A arte romana:
• Inspirada no modelo grego, a arte romana
incorporou as formas e as técnicas de outras
culturas do Mediterrâneo.
Roma destacou-se na arquitetura com grandes
edifícios privados e públicos. Entre os privados,
incluem-se as casas e as residências coletivas. Os
públicos dividem-se em religiosos (templos),
administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos
(teatro, anfiteatro e circo). O espírito prático de
Roma reflete-se no urbanismo e nas grandes
obras de engenharia, como estradas e
aquedutos.
23. A crise do Império Romano:
• A partir do século III, o Império Romano
entrou em declínio. Com o fim das guerras de
conquista, esgotou-se a principal fonte
fornecedora de escravos. Teve início a crise do
escravismo que abalou seriamente a
economia, fez surgir o colonato e provocou o
êxodo urbano.
24. • Além disso, houve disputas pelo poder e as
legiões diminuíram. Enfraquecido, o Império
Romano foi dividido em dois e a parte
ocidental não resistiu às invasões dos
bárbaros germânicos no século V.
27. • Além disso, outro fator de importância religiosa
contribuiu para a crise escravista. Quando o
cristianismo se espalhou pelo Império Romano a
escravidão passou a ser vista de forma negativa.
Muitos proprietários convertidos ao cristianismo
libertaram seus escravos em prova de sua nova fé.
Além disso, os próprios escravos atraídos pela palavra
cristã queriam a sua liberdade. Com isso, a economia
romana teve que se adaptar a novas formas de
trabalho e produção que contornassem a nova
situação.
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31. • O sistema de arrendamento promoveu a
associação entre escravos, agricultores livres e
os antigos grandes proprietários. Nessa nova
modalidade, o camponês arrendatário recebia
um lote de terras onde poderia produzir seu
próprio sustento. Em troca, ele deveria
destinar parte de sua produção ao
proprietário de terras.
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33. • Dessa forma, as cidades deixavam de ser o
grande centro da economia romana. O
processo de ruralização fez com que o extenso
sistema de cobrança de impostos e o
comércio perdessem o grande papel outrora
desempenhado.
34. • O governo romano não tinha como se sustentar
da mesma forma. Com isso, uma série de
reformas administrativas foi adotada nessa
época. Os contingentes do exército foram
reduzidos e muitos dos povos que viviam às
margens do império ganharam terras para que
evitassem a invasão de outros estrangeiros. Os
chamados povos confederados passaram a
formar a principal força militar romana.
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36. Os Povos Bárbaros (Germânicos):
• Os povos bárbaros eram de origem germânica
e habitavam as regiões norte e nordeste da
Europa e noroeste da Ásia, na época do
Império Romano. Viveram em relativa
harmonia com os romanos até os séculos IV e
V depois de Cristo. Chegaram até a realizar
trocas e comércio com os romanos, através
das fronteiras. Muitos germânicos eram
contratados para integrarem o poderoso
exército romano.
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39. • Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para
todos aqueles que habitavam fora das
fronteiras do império e que não falavam a
língua oficial dos romanos: o latim. A
convivência pacífica entre esses povos e os
romanos durou até o século IV, quando uma
horda de hunos pressionou os outros povos
bárbaros nas fronteiras do Império Romano.
44. • Nos séculos IV e V, o que se viu foi uma
invasão, muitas vezes violenta, que acabou
por derrubar o Império Romano do Ocidente.
Além da chegada dos hunos, podemos citar
como outros motivos que ocasionaram a
invasão dos bárbaros: a busca de riquezas, de
solos férteis e de climas agradáveis.
45. Divisão e Declínio do Império e
Invasão Bárbara:
• Com a morte de Teodósio, em 395, o grande
império Romano foi dividido em: Império
Romano do Ocidente, com sede em Roma; e
Império Romano do Oriente, com sede em
Constantinopla.
• A finalidade dessa divisão era fortalecer cada
uma das partes do império para vencer a ameaça
das invasões Bárbaras. Entretanto, o Império
Romano do Ocidente não teve organização
interna para resistir aos sucessivos ataques dos
povos bárbaros.
57. Principais Povos Bárbaros
(Germânicos):
• - Alanos: originários do nordeste do Cáucaso.
Entraram no Império Romano entre os séculos
IV e V. Ocuparam a região da Hispânia e o
norte da África.
• - Saxões: originários do norte da atual
Alemanha e leste da Holanda. Penetraram e
colonizaram as Ilhas Britânicas no século V.
62. • - Francos: estabeleceram-se na região da atual
França e fundaram o Reino Franco (veja
exemplo de obra de arte abaixo).
• - Lombardos: invadiram a região norte da
Península Itálica.
• Anglos e Saxões: penetraram e instalaram-se
no território da atual Inglaterra
63. • Burgúndios: estabeleceram-se na sudoeste da
França
• - Visigodos: instalaram-se na região da Gália,
Itália e Península Ibérica (veja exemplo abaixo
da arte visigótica)
• - Suevos: invadiram e habitaram a Península
Ibérica
73. • Os bárbaros tinham exército eficientes, que
contavam com soldados guerreiros, coesão
interna das tropas e boas armas metálicas.Apesar
de rudes, os bárbaros exibiam ideal e vigor.
Roma, por sua vez, mostrava-se corrompida pela
discórdia, pela indisciplina no exército e pela falta
de entusiasmo das populações miseráveis. É por
isso que cerca de quinhentos mil bárbaros
conseguiram desestabilizar o um império com
mais de oitenta milhões de pessoas.
74. Economia, Arte, Política e Cultura dos
Bárbaros Germânicos:
• A maioria destes povos organizavam-se em
aldeias rurais, compostas por habitações
rústicas feitas de barro e galhos de árvores.
Praticavam o cultivo de cereais como, por
exemplo, o trigo, o feijão, a cevada e a ervilha.
Criavam gado para obter o couro, a carne e o
leite.
75. • Dedicavam-se também às guerras como forma
de saquear riquezas e alimentos. Nos
momentos de batalhas importantes,
escolhiam um guerreiro valente e forte e
faziam dele seu líder militar. Eles eram
politeístas e adoravam deuses representantes
das forças da natureza. Odin era a principal
divindade e representava a força do vento e a
guerra.
76. • Para estes povos havia uma vida após a
morte, onde os bravos guerreiros mortos em
batalhas poderiam desfrutar de um paraíso.
A mistura da cultura germânica com a romana
formou grande parte da cultura medieval, pois
muitos hábitos e aspectos políticos, artísticos
e econômicos permaneceram durante toda a
Idade Média.
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78. Os Hunos:
• A origem dos Hunos não é comprovada entre
os historiadores, acredita-se que tenha sido
um povo formado por várias tribos nômades
originárias da Ásia Central. Por conta disso de
uma mistura de genética e cultura, foram um
grupo etnicamente variado. Ocupavam a
região conhecida como Mongólia e deram
origem a duas linhagens de hunos.
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81. • São considerados os principais responsáveis
pela Queda de Roma, pois suas guerras de
conquistas assustaram os povos germânicos,
empurrando-os para dentro do Império
Romano, as tribos germânicas que quebraram
a unidade política de Roma.
82. • Os hunos viviam como nômades que se
dedicavam a atividade pastoril. Moravam em
barracas e carroças. No entanto, eles não se
limitavam apenas a criação de pasto e cavalos,
eram exímios guerreiros de raro valor. Os
hunos montados em seus cavalos conseguiam
manejar facilmente armas como lanças e
arcos.
83. • Os hunos entravam em qualquer guerra que
lhes trouxessem grandes recompensas.
Saquear os povos conquistados passou a ser a
principal atividade econômica exercida por
eles. Inicialmente os hunos tentaram dominar
o extremo asiático mas, foram parados pela
Muralha da China.
85. • Com o aumento da população, os hunos
migraram para oeste asiático até chegarem à
Europa Oriental. Quando chegaram a Europa,
os hunos passaram a disputar as regiões
habitadas pelos bárbaros germânicos e
eslavos. Acuados, os bárbaros do ocidente
fugiram para dentro do território romano.
86. • Com a morte do Khan Rugila em 434, a
liderança dos Hunos passou a ser disputada
pelos seus dois sobrinhos, Bleda e Átila. Em
445 Bleda morreu deixando para o seu irmão,
Átila, a liderança total das tribos hunas. Átila
que ficou conhecido pela história como o
Flagelo de Deus, queria ser o Rei dos Reis.
88. • Em seu reinado Átila aumentou os domínios
hunos desejando ainda a conquista do
Império Romano, fonte de muitas riquezas.O
primeiro alvo dos hunos foi a capital do
Império Romano do Oriente, Constantinopla.
A capital romana do Oriente só não foi
dominada pelos hunos por que o Imperador
Bizantino, Teodósio II, concordou em pagar
um grande tributo em ouro para Átila.
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90. • Querendo mais tesouros, Átila rumou com
seus guerreiros em direção ao coração do
Império Romano: Roma.Na Europa ocidental
os hunos enfrentaram um exército coligado
de coligação romanos e germânicos e foram
derrotados na Batalha de Chanlons. Mesmo
derrotados nesta batalha, os Hunos
continuaram a andar pela Europa e chegaram
à Itália.
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94. • Roma só não foi destruída porque o Papa Leão
propôs a Átila um pagamento em ouro
semelhante ao que os bizantinos de
Constantinopla lhe propuseram. Alguns
historiadores acreditam que na verdade Átila
estava com suas tropas enfraquecidas em
decorrência de pestes e doenças e por isso
não continuou com o cerco a Roma.
98. • Em 453 Átila morreu repentinamente,
desaparecendo junto com ele seu Império.
O Império Huno formado por Átila ia das
estepes da Ásia central até as fronteiras oeste
da Alemanha.
107. • Em 476, o último imperador de Roma, Rômulo
Augusto, foi deposto por Odoacro, rei do
hérulos, um dos povos bárbaros.
• Quanto ao Império Romano do Oriente,
embora com transformações, sobreviveu até
1453, ano em que os turcos conquistaram
Constantinopla.