SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Baixar para ler offline
Biologia e Geologia
11º Ano
CICLOS DE VIDA
UNIDADE E DIVERSIDADE
Ciclos de Vida
 A sequência de etapas de desenvolvimento
que ocorrem na vida de um organismo,
desde que se forma até que produz a sua
própria descendência, constitui o seu ciclo
de vida.
 Uma das fases corresponde ao
desenvolvimento desde o ovo até à
formação de um ser adulto.
 A outra fase corresponde à reprodução, ou
seja, a formação de novos indivíduos, os
quais transportam a informação genética
dos progenitores, transferida através dos
gâmetas.
Ciclos de Vida
 A análise dos ciclos de vida permite compreender melhor as
diferentes soluções reprodutivas no mundo vivo.
 Distinguem-se três tipos de ciclos de vida:
 Ciclo haplonte – em que o indivíduo adulto que produz gâmetas
é haplonte.
 Ciclo diplonte – em que o indivíduo adulto que produz gâmetas é
diplonte.
 Ciclo haplodiplonte – em que existe alternância de gerações,
entre indivíduos diplóides, que produzem esporos haplóides (o
esporófito), e o gametófito haplóide.
Ciclo de Vida Haplonte
 Um bom exemplo de um ciclo de vida haplonte é
o caso da Espirogira.
 É uma alga verde filamentosa, não ramificada,
constituida por células cilíndricas organizadas topo
a topo.
 Em adulto, todas as células são haplontes.
 Existem em água doce.
 Cor verde-clara devido à presença de cloroplastos,
sobre a forma de uma fita enrolada em hélice.
 Agrupam-se em filamentos emaranhados.
Ciclo de Vida Haplonte
 Durante a reprodução, dois filamentos de
espirogira, que se encontrem próximos alinham-
se lado a lado célula por célula.
 Formam-se então saliências em cada uma das
células dos filamentos.
 Eventualmente, duas a duas, as saliências entram
em contacto e fundem-se formando um tubo de
conjugação, que permite o contacto entre duas
células de espirogiras diferentes.
 Nesse momento, todo o conteúdo das células
condensa, formando um gâmeta.
Ciclo de Vida Haplonte
 Apenas um dos gâmetas se vai
deslocar, passando pelo tubo
de conjugação.
 Ao gâmeta que se movimenta
dá-se o nome de gâmeta
dador, já o gâmeta que
permanece imóvel denomina-se
de gâmeta receptor.
Ciclo de Vida Haplontes
 Os gâmetas fundem-se então e
formam-se, em um dos filamentos,
diversos zigotos diplontes (2n).
 Após a fecundação os filamentos
desagregam-se ficando cada um
dos ovos rodeado por um espessa
parede celular, em estado latente,
geralmente durante o inverno.
Ciclo de Vida Haplonte
 Quando as condições ambientais
são favoráveis, o ovo sofre um
meiose, formando-se quatro células
haplontes.
 Estas células são diferentes,
geneticamente, dos gâmetas iniciais
e do ovo, devido aos fenómenos que
ocorrem durante a meiose.
 Três desses núcleos degeneram,
ficando a célula apenas com uma
célula que por mitoses sucessivas
forma-se um novo filamento de
espirogira.
Ciclo de Vida Haplonte
 No ciclo de vida das espirogira ocorre alternância
de fases nucleares.
 Uma fase haplóide que decorre entre a meiose e a
fecundação, com células haplóides (n) e que
corresponde à fase adulta.
 Uma fase diplóide que ocorre entre a fecundação é
a meiose, com células diplóides (2n) que
corresponde ao zigoto.
 A meiose é pós-gamética.
 Embora a espirogira se possa reproduzir
sexuadamente, na maior parte do casos
reproduz-se assexuadamente por fragmentação.
Ciclo de Vida Diplonte
 Os mamíferos apresentam ciclos de vida
diplontes.
 Ocorre também alternância de fases
nucleares.
 Aqui a fase adulta e predominante é
diplóide (2n).
 A fase haplonte está reduzida ao
gâmetas que são haplóides (n).
 A produção de gâmetas ocorre ao nível
das gónadas por um processo de meiose.
 Como a meiose ocorre antes da formação
dos gâmetas diz-se que é pré-gamética.
Ciclo de Vida Haplodiplonte
 Os polipódios são fetos bastante comuns.
 Cada planta está presa ao solo por raízes
provenientes de um caule subterrâneo, o
rizoma.
 Do rizoma formam-se folhas (limbo) muito
recortadas.
 Estas plantas, bastante simples e
primordiais evolutivamente, reproduzem
assexuadamente por multiplicação
vegetativa e sexuadamente.
Ciclo de Vida Haplodiplonte
 Na época da
reprodução, surgem na
página inferior do limbo
das folhas, formações
amarelas os soros.
 Estas formações são
grupos de estruturas
pluricelulares, os
esporângios, que, quando
jovens contêm células-mãe
de esporos.
Ciclo de Vida Haplodiplonte
 As células-mães dos esporos contidos
nos esporângios dividem-se por meiose,
formando esporos que são libertados
quando maduros.
 Os esporos, quando em situações
favoráveis, germinam formando uma
estrutura verde laminar de pequenas
dimensões, o protalo.
 Na parte inferior do protalo existem
rizóides que o prendem ao solo.
 Formam-se também gametângios
masculinos e femininos que produzem
gâmetas: anterozóides e oosfera
respectivamente.
Ciclo de Vida Haplodiplonte
 Os protalos encontram-se em zonas
muito húmidas de forma a que a sua
estrutura esteja envolvida em água.
 Os anterozóides, produzidos no
gametângio masculinos, movimentam-se
na água deslocam-se até ao
gametângio feminino onde fecundam
as oosferas.
 O zigoto resultante desenvolve-se
sobre protalo originando uma planta
adulta.
Ciclo de Vida Haplodiplonte
 Tal como nos ciclos de vida anteriores há
alternância de fases nucleares, dado que ocorre
meiose e fecundação.
 Quando a reprodução é assexuada não ocorre
alternância de fases nucleares, pois não ocorre
meiose nem fecundação.
Ciclo de Vida Haplodiplonte
Relação entre o ciclo de vida e as condições ambientais
 De uma forma geral o ambiente
interfere com o modo de
reprodução de um organismo.
 No caso da espirogira e polipódio,
quando as condições ambientais são
favoráveis, ocorre reprodução
assexuada o que permite um rápido
crescimento da população.
 Já em condições adversas estes
organismos optam pela reprodução
sexuada que além de gerar
variabilidade genética permite
também gerar estruturas resistentes.
Relação entre o ciclo de vida e as condições ambientais
 Esta influência das condições ambientais também
interfere a reprodução dos animais.
 É o caso dos pulgões e afídios, que durante a
Primavera e Verão, quando as condições são
favoráveis, dão origem a fêmeas partenogénicas
que como o próprio nome indica se reproduzem por
partenogénese.
 No fim do Verão, as fêmeas partenogénicas dão
origem a machos e fêmeas, que após acasalamento
dão origem a ovos resistentes que ficam em estado
latente durante o Outono e o Inverno.
 No início da próxima Primavera os ovos dão origem
a apenas fêmeas partenogénicas, diferentes das da
geração anterior pois têm origem em reprodução
sexuada, mas que também se vão reproduzir por
partenogénese.
Intervenção humana no ciclo de vida dos seres vivos
 Sendo os seres humanos um dos principais
agentes de modificação do ambiente, é
também responsável pela alteração do
comportamento reprodutivos dos seres vivos.
 Actividades industriais ou agro-pecuárias
provocam poluição química colocando em risco o
desenvolvimento dos ovos de muitas espécies,
impedindo mesmo a formação de gâmetas.
 A eliminação dos habitats é uma das principais
preocupações de momento pois levam ao
desaparecimento de muitos locais de reprodução.
 A um nível mais global, o efeito de estufa tem
levado a alteração dos hábitos de muitos seres
vivos devido ao aumento da temperatura.
 Algumas espécies conseguem adaptar-se às
variações, outras migram para locais mais
favoráveis, mas muitos acabarão por se extinguir.
Vocês serão, provavelmente, a ultima
geração a ver ursos polares vivos!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivosHugo Martins
 
10 trocas gasosas nos animais
10   trocas gasosas nos animais10   trocas gasosas nos animais
10 trocas gasosas nos animaismargaridabt
 
Reprodução sexuada e meiose
Reprodução sexuada e meioseReprodução sexuada e meiose
Reprodução sexuada e meiosemargaridabt
 
(5) biologia e geologia 10º ano - obtenção de matéria
(5) biologia e geologia   10º ano - obtenção de matéria(5) biologia e geologia   10º ano - obtenção de matéria
(5) biologia e geologia 10º ano - obtenção de matériaHugo Martins
 
Biologia 11 reprodução sexuada
Biologia 11   reprodução sexuadaBiologia 11   reprodução sexuada
Biologia 11 reprodução sexuadaNuno Correia
 
9 ciclos de vida
9   ciclos de vida9   ciclos de vida
9 ciclos de vidamargaridabt
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoMarília Pereira
 
EXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10º
EXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10ºEXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10º
EXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10ºsandranascimento
 
Movimentos transmembranares
Movimentos transmembranaresMovimentos transmembranares
Movimentos transmembranaresmargaridabt
 
9 ciclos de vida
9   ciclos de vida9   ciclos de vida
9 ciclos de vidamargaridabt
 
4 reprodução assexuada
4   reprodução assexuada4   reprodução assexuada
4 reprodução assexuadamargaridabt
 
Biologia 11 ciclos de vida
Biologia 11   ciclos de vidaBiologia 11   ciclos de vida
Biologia 11 ciclos de vidaNuno Correia
 

Mais procurados (20)

(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
 
EXERCÍCIOS DE EXAMES
EXERCÍCIOS DE EXAMESEXERCÍCIOS DE EXAMES
EXERCÍCIOS DE EXAMES
 
10 trocas gasosas nos animais
10   trocas gasosas nos animais10   trocas gasosas nos animais
10 trocas gasosas nos animais
 
Reprodução sexuada e meiose
Reprodução sexuada e meioseReprodução sexuada e meiose
Reprodução sexuada e meiose
 
Meiose
MeioseMeiose
Meiose
 
(5) biologia e geologia 10º ano - obtenção de matéria
(5) biologia e geologia   10º ano - obtenção de matéria(5) biologia e geologia   10º ano - obtenção de matéria
(5) biologia e geologia 10º ano - obtenção de matéria
 
Biologia 11 reprodução sexuada
Biologia 11   reprodução sexuadaBiologia 11   reprodução sexuada
Biologia 11 reprodução sexuada
 
Membrana celular
Membrana celularMembrana celular
Membrana celular
 
9 ciclos de vida
9   ciclos de vida9   ciclos de vida
9 ciclos de vida
 
Abertura e fecho dos estomas
Abertura e fecho dos estomasAbertura e fecho dos estomas
Abertura e fecho dos estomas
 
Síntese proteica
Síntese proteicaSíntese proteica
Síntese proteica
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interação
 
EXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10º
EXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10ºEXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10º
EXERCÍCIOS DE BIOLOGIA 10º
 
Ciclo celular
Ciclo celularCiclo celular
Ciclo celular
 
Movimentos transmembranares
Movimentos transmembranaresMovimentos transmembranares
Movimentos transmembranares
 
Digestão
DigestãoDigestão
Digestão
 
9 ciclos de vida
9   ciclos de vida9   ciclos de vida
9 ciclos de vida
 
4 reprodução assexuada
4   reprodução assexuada4   reprodução assexuada
4 reprodução assexuada
 
Ciclo Celular
Ciclo CelularCiclo Celular
Ciclo Celular
 
Biologia 11 ciclos de vida
Biologia 11   ciclos de vidaBiologia 11   ciclos de vida
Biologia 11 ciclos de vida
 

Destaque

Ciclo de vida dos seres vivos (2)
Ciclo de vida dos seres vivos (2)Ciclo de vida dos seres vivos (2)
Ciclo de vida dos seres vivos (2)CARINAAP12
 
Ciclos de vida Fernando Bação
Ciclos de vida  Fernando BaçãoCiclos de vida  Fernando Bação
Ciclos de vida Fernando Baçãocienciasbio1geo2
 
Estratégias reprodutoras
Estratégias reprodutorasEstratégias reprodutoras
Estratégias reprodutorasmargaridabt
 
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológicaMódulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológicaRaquel Rodrigues
 
BioGeo11-ciclos de vida
BioGeo11-ciclos de vidaBioGeo11-ciclos de vida
BioGeo11-ciclos de vidaRita Rainho
 
(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade
(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade
(1) reprodução humana e manipulação da ferilidadeHugo Martins
 

Destaque (9)

Ciclo de vida dos seres vivos (2)
Ciclo de vida dos seres vivos (2)Ciclo de vida dos seres vivos (2)
Ciclo de vida dos seres vivos (2)
 
Ciclos De Vida
Ciclos De VidaCiclos De Vida
Ciclos De Vida
 
Ciclos De Vida 3
Ciclos De Vida 3Ciclos De Vida 3
Ciclos De Vida 3
 
Ciclos de vida
Ciclos de vidaCiclos de vida
Ciclos de vida
 
Ciclos de vida Fernando Bação
Ciclos de vida  Fernando BaçãoCiclos de vida  Fernando Bação
Ciclos de vida Fernando Bação
 
Estratégias reprodutoras
Estratégias reprodutorasEstratégias reprodutoras
Estratégias reprodutoras
 
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológicaMódulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
Módulo 1 - biologia - Diversidade e unidade biológica
 
BioGeo11-ciclos de vida
BioGeo11-ciclos de vidaBioGeo11-ciclos de vida
BioGeo11-ciclos de vida
 
(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade
(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade
(1) reprodução humana e manipulação da ferilidade
 

Semelhante a (3) ciclos de vida

Reprodução das plantas
Reprodução das plantasReprodução das plantas
Reprodução das plantassupertrabalhos4
 
Reprodução e desenvolvimento dos animais
Reprodução e desenvolvimento dos animaisReprodução e desenvolvimento dos animais
Reprodução e desenvolvimento dos animaisIvaristo Americo
 
Bg 19 ciclos de vida
Bg 19   ciclos de vidaBg 19   ciclos de vida
Bg 19 ciclos de vidaNuno Correia
 
segundo W Inglesh trablho Sifa.docx
segundo  W Inglesh trablho Sifa.docxsegundo  W Inglesh trablho Sifa.docx
segundo W Inglesh trablho Sifa.docxabondio
 
2º estudo de ciências – 7º ano – maio
2º estudo de ciências – 7º ano – maio2º estudo de ciências – 7º ano – maio
2º estudo de ciências – 7º ano – maioLuiza Collet
 
Reprodução das plantas aula 4
Reprodução das plantas aula 4Reprodução das plantas aula 4
Reprodução das plantas aula 4Professora Raquel
 

Semelhante a (3) ciclos de vida (20)

Reprodução das plantas
Reprodução das plantasReprodução das plantas
Reprodução das plantas
 
Frente 3 Módulo 1 Classificação dos vegetais
Frente 3 Módulo 1 Classificação dos vegetaisFrente 3 Módulo 1 Classificação dos vegetais
Frente 3 Módulo 1 Classificação dos vegetais
 
Frente 3 módulo 1 classificação dos vegetais
Frente 3 módulo 1 classificação dos vegetaisFrente 3 módulo 1 classificação dos vegetais
Frente 3 módulo 1 classificação dos vegetais
 
Algas e sua importância ecológica, econômica
Algas e sua importância ecológica, econômicaAlgas e sua importância ecológica, econômica
Algas e sua importância ecológica, econômica
 
Mód i botânica
Mód i  botânicaMód i  botânica
Mód i botânica
 
Reprodução e desenvolvimento dos animais
Reprodução e desenvolvimento dos animaisReprodução e desenvolvimento dos animais
Reprodução e desenvolvimento dos animais
 
Reino das plantas
Reino das plantasReino das plantas
Reino das plantas
 
Bg 19 ciclos de vida
Bg 19   ciclos de vidaBg 19   ciclos de vida
Bg 19 ciclos de vida
 
Reprodução
Reprodução Reprodução
Reprodução
 
Reprodução
ReproduçãoReprodução
Reprodução
 
segundo W Inglesh trablho Sifa.docx
segundo  W Inglesh trablho Sifa.docxsegundo  W Inglesh trablho Sifa.docx
segundo W Inglesh trablho Sifa.docx
 
Reprodução
ReproduçãoReprodução
Reprodução
 
Reprodução
ReproduçãoReprodução
Reprodução
 
Reprodução
ReproduçãoReprodução
Reprodução
 
Reprodução e desenvolvimento
Reprodução e desenvolvimentoReprodução e desenvolvimento
Reprodução e desenvolvimento
 
59212842 texto-fecundacao
59212842 texto-fecundacao59212842 texto-fecundacao
59212842 texto-fecundacao
 
2º estudo de ciências – 7º ano – maio
2º estudo de ciências – 7º ano – maio2º estudo de ciências – 7º ano – maio
2º estudo de ciências – 7º ano – maio
 
Polipodium (Feto)
Polipodium (Feto)Polipodium (Feto)
Polipodium (Feto)
 
Reprodução das plantas aula 4
Reprodução das plantas aula 4Reprodução das plantas aula 4
Reprodução das plantas aula 4
 
Reprodução humana
Reprodução humanaReprodução humana
Reprodução humana
 

Mais de Hugo Martins

Resumo sismologia e estrutura interna da terra
Resumo   sismologia e estrutura interna da terraResumo   sismologia e estrutura interna da terra
Resumo sismologia e estrutura interna da terraHugo Martins
 
(2) património genético
(2) património genético(2) património genético
(2) património genéticoHugo Martins
 
Resumo 10º ano - ciclo das rochas
Resumo   10º ano - ciclo das rochasResumo   10º ano - ciclo das rochas
Resumo 10º ano - ciclo das rochasHugo Martins
 
Resumo 11º ano - rochas sedimentares
Resumo   11º ano - rochas sedimentaresResumo   11º ano - rochas sedimentares
Resumo 11º ano - rochas sedimentaresHugo Martins
 
Resumo 11º ano - rochas metamórficas
Resumo   11º ano - rochas metamórficasResumo   11º ano - rochas metamórficas
Resumo 11º ano - rochas metamórficasHugo Martins
 
Resumo 11º ano - rochas magmáticas
Resumo   11º ano - rochas magmáticasResumo   11º ano - rochas magmáticas
Resumo 11º ano - rochas magmáticasHugo Martins
 
(7) 2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal
(7)   2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal(7)   2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal
(7) 2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonalHugo Martins
 
(8) 2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...
(8)   2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...(8)   2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...
(8) 2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...Hugo Martins
 
Apoio para os testes intermédios
Apoio para os testes intermédiosApoio para os testes intermédios
Apoio para os testes intermédiosHugo Martins
 
(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivos(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivosHugo Martins
 
Diagramas fotossíntese
Diagramas   fotossínteseDiagramas   fotossíntese
Diagramas fotossínteseHugo Martins
 
Diagramas fotossíntese
Diagramas   fotossínteseDiagramas   fotossíntese
Diagramas fotossínteseHugo Martins
 
Diagramas fotossíntese
Diagramas   fotossínteseDiagramas   fotossíntese
Diagramas fotossínteseHugo Martins
 
Matriz de teste 11º - fevereiro
Matriz de teste   11º - fevereiroMatriz de teste   11º - fevereiro
Matriz de teste 11º - fevereiroHugo Martins
 
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivosHugo Martins
 
(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivos(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivosHugo Martins
 
(5) 2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
(5)   2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade(5)   2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
(5) 2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedadeHugo Martins
 
(6) 2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade
(6)   2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade(6)   2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade
(6) 2008-2009 - 9º ano - genética & sociedadeHugo Martins
 
(2) Divisão celular
(2) Divisão celular(2) Divisão celular
(2) Divisão celularHugo Martins
 
(11) biologia e geologia 10º ano - hormonas vegetais
(11) biologia e geologia   10º ano - hormonas vegetais(11) biologia e geologia   10º ano - hormonas vegetais
(11) biologia e geologia 10º ano - hormonas vegetaisHugo Martins
 

Mais de Hugo Martins (20)

Resumo sismologia e estrutura interna da terra
Resumo   sismologia e estrutura interna da terraResumo   sismologia e estrutura interna da terra
Resumo sismologia e estrutura interna da terra
 
(2) património genético
(2) património genético(2) património genético
(2) património genético
 
Resumo 10º ano - ciclo das rochas
Resumo   10º ano - ciclo das rochasResumo   10º ano - ciclo das rochas
Resumo 10º ano - ciclo das rochas
 
Resumo 11º ano - rochas sedimentares
Resumo   11º ano - rochas sedimentaresResumo   11º ano - rochas sedimentares
Resumo 11º ano - rochas sedimentares
 
Resumo 11º ano - rochas metamórficas
Resumo   11º ano - rochas metamórficasResumo   11º ano - rochas metamórficas
Resumo 11º ano - rochas metamórficas
 
Resumo 11º ano - rochas magmáticas
Resumo   11º ano - rochas magmáticasResumo   11º ano - rochas magmáticas
Resumo 11º ano - rochas magmáticas
 
(7) 2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal
(7)   2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal(7)   2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal
(7) 2008-2009 - 9º ano - sistema neuro-hormonal
 
(8) 2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...
(8)   2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...(8)   2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...
(8) 2008 - 2009 - 9º ano - organismo em equilíbrio - sistema cardio-respira...
 
Apoio para os testes intermédios
Apoio para os testes intermédiosApoio para os testes intermédios
Apoio para os testes intermédios
 
(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivos(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivos
 
Diagramas fotossíntese
Diagramas   fotossínteseDiagramas   fotossíntese
Diagramas fotossíntese
 
Diagramas fotossíntese
Diagramas   fotossínteseDiagramas   fotossíntese
Diagramas fotossíntese
 
Diagramas fotossíntese
Diagramas   fotossínteseDiagramas   fotossíntese
Diagramas fotossíntese
 
Matriz de teste 11º - fevereiro
Matriz de teste   11º - fevereiroMatriz de teste   11º - fevereiro
Matriz de teste 11º - fevereiro
 
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
(4) evolução biológica e sistemas dos seres vivos
 
(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivos(5) sistemática dos seres vivos
(5) sistemática dos seres vivos
 
(5) 2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
(5)   2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade(5)   2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
(5) 2008-2009 - 9º ano - noções básicas de hereditariedade
 
(6) 2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade
(6)   2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade(6)   2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade
(6) 2008-2009 - 9º ano - genética & sociedade
 
(2) Divisão celular
(2) Divisão celular(2) Divisão celular
(2) Divisão celular
 
(11) biologia e geologia 10º ano - hormonas vegetais
(11) biologia e geologia   10º ano - hormonas vegetais(11) biologia e geologia   10º ano - hormonas vegetais
(11) biologia e geologia 10º ano - hormonas vegetais
 

(3) ciclos de vida

  • 1. Biologia e Geologia 11º Ano CICLOS DE VIDA UNIDADE E DIVERSIDADE
  • 2. Ciclos de Vida  A sequência de etapas de desenvolvimento que ocorrem na vida de um organismo, desde que se forma até que produz a sua própria descendência, constitui o seu ciclo de vida.  Uma das fases corresponde ao desenvolvimento desde o ovo até à formação de um ser adulto.  A outra fase corresponde à reprodução, ou seja, a formação de novos indivíduos, os quais transportam a informação genética dos progenitores, transferida através dos gâmetas.
  • 3. Ciclos de Vida  A análise dos ciclos de vida permite compreender melhor as diferentes soluções reprodutivas no mundo vivo.  Distinguem-se três tipos de ciclos de vida:  Ciclo haplonte – em que o indivíduo adulto que produz gâmetas é haplonte.  Ciclo diplonte – em que o indivíduo adulto que produz gâmetas é diplonte.  Ciclo haplodiplonte – em que existe alternância de gerações, entre indivíduos diplóides, que produzem esporos haplóides (o esporófito), e o gametófito haplóide.
  • 4. Ciclo de Vida Haplonte  Um bom exemplo de um ciclo de vida haplonte é o caso da Espirogira.  É uma alga verde filamentosa, não ramificada, constituida por células cilíndricas organizadas topo a topo.  Em adulto, todas as células são haplontes.  Existem em água doce.  Cor verde-clara devido à presença de cloroplastos, sobre a forma de uma fita enrolada em hélice.  Agrupam-se em filamentos emaranhados.
  • 5. Ciclo de Vida Haplonte  Durante a reprodução, dois filamentos de espirogira, que se encontrem próximos alinham- se lado a lado célula por célula.  Formam-se então saliências em cada uma das células dos filamentos.  Eventualmente, duas a duas, as saliências entram em contacto e fundem-se formando um tubo de conjugação, que permite o contacto entre duas células de espirogiras diferentes.  Nesse momento, todo o conteúdo das células condensa, formando um gâmeta.
  • 6. Ciclo de Vida Haplonte  Apenas um dos gâmetas se vai deslocar, passando pelo tubo de conjugação.  Ao gâmeta que se movimenta dá-se o nome de gâmeta dador, já o gâmeta que permanece imóvel denomina-se de gâmeta receptor.
  • 7. Ciclo de Vida Haplontes  Os gâmetas fundem-se então e formam-se, em um dos filamentos, diversos zigotos diplontes (2n).  Após a fecundação os filamentos desagregam-se ficando cada um dos ovos rodeado por um espessa parede celular, em estado latente, geralmente durante o inverno.
  • 8. Ciclo de Vida Haplonte  Quando as condições ambientais são favoráveis, o ovo sofre um meiose, formando-se quatro células haplontes.  Estas células são diferentes, geneticamente, dos gâmetas iniciais e do ovo, devido aos fenómenos que ocorrem durante a meiose.  Três desses núcleos degeneram, ficando a célula apenas com uma célula que por mitoses sucessivas forma-se um novo filamento de espirogira.
  • 9. Ciclo de Vida Haplonte  No ciclo de vida das espirogira ocorre alternância de fases nucleares.  Uma fase haplóide que decorre entre a meiose e a fecundação, com células haplóides (n) e que corresponde à fase adulta.  Uma fase diplóide que ocorre entre a fecundação é a meiose, com células diplóides (2n) que corresponde ao zigoto.  A meiose é pós-gamética.  Embora a espirogira se possa reproduzir sexuadamente, na maior parte do casos reproduz-se assexuadamente por fragmentação.
  • 10. Ciclo de Vida Diplonte  Os mamíferos apresentam ciclos de vida diplontes.  Ocorre também alternância de fases nucleares.  Aqui a fase adulta e predominante é diplóide (2n).  A fase haplonte está reduzida ao gâmetas que são haplóides (n).  A produção de gâmetas ocorre ao nível das gónadas por um processo de meiose.  Como a meiose ocorre antes da formação dos gâmetas diz-se que é pré-gamética.
  • 11. Ciclo de Vida Haplodiplonte  Os polipódios são fetos bastante comuns.  Cada planta está presa ao solo por raízes provenientes de um caule subterrâneo, o rizoma.  Do rizoma formam-se folhas (limbo) muito recortadas.  Estas plantas, bastante simples e primordiais evolutivamente, reproduzem assexuadamente por multiplicação vegetativa e sexuadamente.
  • 12. Ciclo de Vida Haplodiplonte  Na época da reprodução, surgem na página inferior do limbo das folhas, formações amarelas os soros.  Estas formações são grupos de estruturas pluricelulares, os esporângios, que, quando jovens contêm células-mãe de esporos.
  • 13. Ciclo de Vida Haplodiplonte  As células-mães dos esporos contidos nos esporângios dividem-se por meiose, formando esporos que são libertados quando maduros.  Os esporos, quando em situações favoráveis, germinam formando uma estrutura verde laminar de pequenas dimensões, o protalo.  Na parte inferior do protalo existem rizóides que o prendem ao solo.  Formam-se também gametângios masculinos e femininos que produzem gâmetas: anterozóides e oosfera respectivamente.
  • 14. Ciclo de Vida Haplodiplonte  Os protalos encontram-se em zonas muito húmidas de forma a que a sua estrutura esteja envolvida em água.  Os anterozóides, produzidos no gametângio masculinos, movimentam-se na água deslocam-se até ao gametângio feminino onde fecundam as oosferas.  O zigoto resultante desenvolve-se sobre protalo originando uma planta adulta.
  • 15. Ciclo de Vida Haplodiplonte  Tal como nos ciclos de vida anteriores há alternância de fases nucleares, dado que ocorre meiose e fecundação.  Quando a reprodução é assexuada não ocorre alternância de fases nucleares, pois não ocorre meiose nem fecundação.
  • 16. Ciclo de Vida Haplodiplonte
  • 17. Relação entre o ciclo de vida e as condições ambientais  De uma forma geral o ambiente interfere com o modo de reprodução de um organismo.  No caso da espirogira e polipódio, quando as condições ambientais são favoráveis, ocorre reprodução assexuada o que permite um rápido crescimento da população.  Já em condições adversas estes organismos optam pela reprodução sexuada que além de gerar variabilidade genética permite também gerar estruturas resistentes.
  • 18. Relação entre o ciclo de vida e as condições ambientais  Esta influência das condições ambientais também interfere a reprodução dos animais.  É o caso dos pulgões e afídios, que durante a Primavera e Verão, quando as condições são favoráveis, dão origem a fêmeas partenogénicas que como o próprio nome indica se reproduzem por partenogénese.  No fim do Verão, as fêmeas partenogénicas dão origem a machos e fêmeas, que após acasalamento dão origem a ovos resistentes que ficam em estado latente durante o Outono e o Inverno.  No início da próxima Primavera os ovos dão origem a apenas fêmeas partenogénicas, diferentes das da geração anterior pois têm origem em reprodução sexuada, mas que também se vão reproduzir por partenogénese.
  • 19. Intervenção humana no ciclo de vida dos seres vivos  Sendo os seres humanos um dos principais agentes de modificação do ambiente, é também responsável pela alteração do comportamento reprodutivos dos seres vivos.  Actividades industriais ou agro-pecuárias provocam poluição química colocando em risco o desenvolvimento dos ovos de muitas espécies, impedindo mesmo a formação de gâmetas.  A eliminação dos habitats é uma das principais preocupações de momento pois levam ao desaparecimento de muitos locais de reprodução.  A um nível mais global, o efeito de estufa tem levado a alteração dos hábitos de muitos seres vivos devido ao aumento da temperatura.  Algumas espécies conseguem adaptar-se às variações, outras migram para locais mais favoráveis, mas muitos acabarão por se extinguir. Vocês serão, provavelmente, a ultima geração a ver ursos polares vivos!