O documento discute os sistemas sanguíneos ABO e Rh, incluindo a descoberta dos antígenos A, B e Rh, a formação de anticorpos, e os riscos de incompatibilidade materno-fetal.
2. O Sistema ABO foi descoberto pelo médico austríaco
Karl Landsteiner , em 1900.
Os eritrócitos, células sanguíneas, podem apresentar em sua
membrana os antígenos (aglutinogênios) A e B, os quais
determinam o tipo sanguíneo.
Os antígenos são capazes de induzir uma resposta imune, com a
formação de anticorpos (aglutininas), caracterizada por
aglutinação e hemólise.
4. Em 1940, o mesmo Karl Landsteiner descobriu a existência do fator
Rh. É um antígeno encontrado nas hemácias que causa reação
imune quando inserido em indivíduos que não os possuem.
Há 6 tipos de antígenos Rh: C, D, E, c, d, e.
• Antígenos C, D, E são considerados Rh+.
└ Somente Rh+ promove a formação de
anticorpos.
• Antígenos c, d, e são considerado Rh−.
└ Indivíduos Rh− formam anticorpos contra
antígenos Rh+, pois não possuem o fator.
5. Incompatibilidade materno fetal causada pelos sistemas ABO e Rh.
Sintomas: icterícia, hepatoesplenomegalia, anemia fetal em
diferentes graus e, até mesmo, óbito.
DHRN por incompatibilidade ABO
Limitada a mulheres do grupo O com fetos do grupo A ou B.
Anticorpos maternos anti-A e anti-B reagem com antígenos A ou B
do feto.
Ocorre em 15 a 20% das gestações, mas somente 1 a 4%
apresentam doença grave (MUSSI- PINHATA, M.M.).
6. “No caso do sistema Rh, a
aloimunização ocorrerá após a
primeira gravidez em que o sangue
Rh+ do feto entra na corrente
sanguínea da mãe Rh negativa,
estimulando uma sensibilização com
produção de anticorpos anti-Rh. Na
segunda gravidez, em que o feto
seja novamente Rh positivo, esses
anticorpos anti-Rh atravessarão a
placenta e levarão à hemólise fetal.”
(Determinação da frequência de anticorpos ABO e RH
maternos em recém-nascidos).
7. 1- Estudar o papel dos aglutinogênios e das aglutininas na
determinação dos principais grupos sanguíneos.
2- Analisar a importância da compatibilidade dos grupos sanguíneos de
doadores e receptores para a transfusão de sangue.
8. 1) Foi feita a assepsia do dedo com
algodão e álcool e puncionou-se a
polpa de um dedo com auxílio da
lanceta.
2) Colocou-se 3 gotas de sangue sobre a lâmina (uma em cada
extremidade e uma no meio).
9. 3) Misturou-se às gotas de sangue uma gota de cada soro (anti-A, anti-
B e anti-D).
4) Após 2 minutos, foi feita a leitura dos resultados e observou-se
posteriormente a lâmina no microscópio para a confirmação.
11. Os reagentes (soros) anti-A, anti-B e anti-D causam aglutinação
das hemácias que carregam os antígenos correspondentes.
- Sangue tipo O: não aglutina com nenhum dos soros (anti- A e anti-
B), pois não carrega nenhum antígeno nas suas hemácias.
- Indivíduos tipo O são, portanto, doadores universais, já que a
ausência de antígenos não é capaz de provocar reação imunológica
em nenhum receptor.
12. - Sangue tipo A: ocorre aglutinação apenas com soro anti-A, pois há
somente aglutinogênios A nas hemácias.
- Sangue tipo B: ocorre aglutinação apenas com soro anti-B, pois suas
hemácias carregam somente o aglutinogênio B.
13. - Sangue tipo AB: aglutina com ambos os soros (anti-A e anti-B), já
que suas hemácias possuem os dois aglutinogênios (A e B).
- São receptores universais, mas não podem doar para indivíduos
com grupo sanguíneo diferente, pois estes produzem anticorpos
(anti-A ou anti-B, ou ambos) contra seus aglutinogênios, que resulta
em hemólise.
14. “Para Baiochi e Nardozza (2009), a presença do antígeno D é
frequentemente empregada como sinônimo de positividade para o
fator Rh.”
- Sangue Rh+: aglutina com soro anti-D, pois ele carrega o antígeno
D nas suas hemácias.
- Sangue Rh-: não aglutina com soro
anti-D, pois as hemácias não possuem
a proteína D para reagir com o soro. Ex.: Indivíduo
AB+
15. Através da ocorrência de aglutinação do sangue com anticorpos,
pode-se determinar a presença ou ausência de aglutinogênios A, B,
D nas hemácias e, dessa forma, identificar os tipos sanguíneos.
A determinação sanguínea é de extrema importância para se
efetuar uma transfusão, a fim de se comprovar a compatibilidade
entre doador/receptor, para que se evite a ocorrência de reações
imunológicas.
16. (x)Excelente ( )Bom ( )Ruim ( )Péssimo
Justificativa: Tivemos excelente aproveitamento da aula prática,
pois realizamos a tipagem sanguínea de maneira muito precisa,
com a posterior explicação do professor sobre o assunto. A aula foi
clara e objetiva.
17. PERALTA, C.C. et al. Fisiologia: Base para o Diagnóstico Clínico e
Laboratorial. Birigui, SP: Boreal Editora, 2007.
RECHE, G.M.; JUNIOR, M.R. Determinação da frequência de anticorpos
ABO e Rh maternos e recém- nascidos. Universitas, Brasília, v.12,
n.2, p. 77-82, jul./dez., 2014.
BAIOCHI, E.; NARDOZZA, L.M.M. Aloimunização. Rev. Bras. De Gin. e
Obst., v.31, p.311-319, 2009.
MUSSI- PINHATA, M. M. Incompatibilidade Sanguínea Materno- fetal.