Biossegurança refere-se a ações e procedimentos para evitar ou controlar riscos de agentes químicos, físicos e biológicos. Tem como objetivo criar um ambiente de trabalho seguro minimizando riscos para trabalhadores, pacientes e meio ambiente. Inclui o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva e procedimentos de descarte de resíduos.
2. Biossegurança é o conjunto de ações e procedimentos
que visam evitar ou controlar os riscos provocados pelo
uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes
biológicos à biodiversidade.
O objetivo principal da Biossegurança é criar um
ambiente de trabalho onde se promova à contenção do
risco de exposição a agentes potencialmente nocivos ao
trabalhador, pacientes e meio ambiente, de modo que este
risco seja minimizado ou eliminado.
O que é Biossegurança?
3. BARREIRA PRIMÁRIA: são os equipamentos de segurança que
devem ser utilizados para minimizar ou impedir exposições com
materiais biológicos. (Ex: EPI - equipamento de proteção
individual).
BARREIRA SECUNDÁRIA: Esta forma de contenção é
alcançada tanto pela adequada estrutura física do local como
também pelas rotinas de trabalho, tais como descarte de
resíduos sólidos, limpeza e desinfecção de artigos e áreas, etc.
(EX: pia para higienização das mãos, autoclave, lava-olhos, etc).
Existem duas Barreiras de Contenção Biológica
4. RISCOS ERGONÔMICOS: o levantamento de peso, ritmo
excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura
inadequada de trabalho, etc.
RISCOS FÍSICOS: ruído, calor, frio, pressão, umidade,
radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
5. RISCOS QUÍMICOS: poeiras, fumaças, gases, neblinas, névoas ou
vapores, contato direto com substâncias químicas.
RISCOS BIOLÓGICOS: bactérias, vírus, fungos, parasitos, etc. O
risco de contaminação por vírus pode ser agrupado em 3 categorias:
Hepatite B, Hepatite C,HIV.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
6. RISCOS DE ACIDENTES: Qualquer fator que coloque o
trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade,
e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de
acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, etc.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
7. NÍVEL 1: Agentes nunca descritos como causadores de
doenças e que não constituem risco para o meio ambiente.
Baixo risco individual e coletivo. Exemplo: microorganismos
usados na produção de cerveja, vinho, pão e queijo.
(Lactobacillus casei, Penicillium camembertii, S. cerevisiae).
NÍVEL 2: Microorganismo que pode causar doença humana ou
animal, existem medidas efetivas de tratamento e/ou de
prevenção e o risco de disseminação da infecção para a
comunidade é baixo. Exemplo: Vírus da hepatite B, Salmonella
enteriditis, Neisseria meningitidis, Toxoplasma gondii.
Níveis de Biossegurança
8. NÍVEL 3: Microorganismo que geralmente causa doença humana
ou animal grave mas com baixo risco de transmissão. Existem
medidas terapêuticas e preventivas conhecidas e disponíveis.
Exemplos: HIV, HTLV, Mycobacterium tuberculosis.
NÍVEL 4: Microorganismo que geralmente causa doença humana
ou animal grave, o risco de transmissão de uma pessoa a outra,
direta ou indiretamente, é alto e medidas efetivas de tratamento ou
prevenção não estão disponíveis. Exemplos: Vírus de febres
hemorrágicas, Ebola, etc.
Níveis de Biossegurança
9. Considerações Gerais
- Ingestão
Pipetagem com a boca
Consumir alimentos no laboratório
- Inoculação
Acidentes com agulhas
Acidentes materiais cortantes
Colocar dedos ou objetos contaminados na
boca
Arranhão, mordidas de animais
Via de Exposição Procedimento de risco
10. Considerações Gerais
- Pele / mucosa
Fluidos em contato com boca, olhos,
nariz, pele
Objetos / Equipamentos com superfícies
contaminadas
- Inalação Aerossóis
Via de Exposição Procedimento de risco
11. Descarte de Resíduos
GRUPO A : Descarte de Resíduos infectantes, não perfurocortantes.
Lixo Branco
Resíduo Infectante
Luvas usadas
Algodão com sangue
Papel usado para forrar a bancada
Swab.
12. Resíduo Químico
Alguns resíduos químicos devem
ser armazenados para descarte
posterior.
Os resíduos que não puderem
ser descartados diretamente na
pia deverão ser informados pelo
professor ou pelo técnico
presente.
Descarte de Resíduos
GRUPO B : Descarte de Resíduos Químicos.
14. Descarte de Resíduos
GRUPO D : Descarte de Resíduos comuns, não contaminados e não
perfurocortantes.
Lixo Preto
Papel toalha, usado para secar as
mãos
Folhas de caderno
Algodão com álcool, usado na anti-
sepsia
15. Simbologia Para Produtos Químicos
Produto Corrosivo
Produto Nocivo ao
Meio Ambiente
Produto Irritante
Produto Explosivo
Produto Oxidante
Produto Tóxico
Produto Inflamável
Produto Nocivo a
Saúde
17. Mapa de Riscos
TAMANHO DOS CÍRCULOS
LEGENDA:
CORES
INDICA RISCOS FÍSICOS
INDICA RISCOS QUÍMICOS
INDICA RISCOS BIOLÓGICOS
INDICA RISCOS ERGONÔMICOS
INDICA RISCOS DE ACIDENTES
INDICA RISCO PEQUENO
INDICA RISCO MÉDIO
INDICA RISCO GRANDE
Cores e Tabela de Gravidade
18. Mapa de Riscos
•Ruído
•Calor
•Gases
•Poeira
•Postura Incorreta
•Monotonia
•Fagulhas
•Cortes
Diversos tipos de
risco num mesmo
ponto, mas com o
mesmo grau.
Diversos tipos de
risco num mesmo
ponto, mas em
graus diferentes.
19. Mapa de Riscos
O numeral dentro dos
círculos indicam a
quantidade de
trabalhadores expostos
ao (s) risco (s), e as
setas indicam que os
riscos encontram-se
por todo o setor.
2
2
2
1
3
8 8
20. Conforme Norma Regulamentadora n°6,
Equipamento de Proteção Individual – EPI é
todo dispositivo de uso individual utilizado
pelo empregado, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e
a saúde no trabalho.
EPI – Equipamento de Proteção Individual
21. Redução da exposição humana aos agentes infecciosos.
Redução de riscos e danos ao corpo provocados por
agentes físicos ou mecânicos.
Redução da exposição a produtos químicos tóxicos.
Redução da contaminação de ambientes.
Funções dos EPI’s
22. Deve ter mangas longas e comprimento
abaixo dos joelhos.
A troca deve estar de acordo com a sujidade
ou respingos.
Tanto o jaleco quanto o avental devem ser
transportados em sacos plásticos quando forem
encaminhados para lavagem.
Jaleco
26. Jaleco
ATENÇÃO PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DA ÁREA DA
SAÚDE
AO SAIR DO LABORATÓRIO RETIRE SEU AVENTAL
• O avental serve para protegê-lo do contato com microrganismos
transmissores de doenças.
• Ao usar o avental fora das dependências do laboratório, você leva os
microrganismos que teve contato junto com você, podendo ocasionar a
contaminação de alimentos, das outras pessoas e de você mesmo.
• Ao sair do laboratório retire o seu avental, dobre-o pelo avesso e guarde-
o em uma sacola para transportá-lo.
27. As luvas são usadas como barreiras dérmicas, para reduzir a
exposição a sangue, fluido corpóreo, produtos químicos e outros
riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação.
As luvas são importantes porque:
Servem de barreira de proteção das mãos em contato com
sangue, fluído corpóreo, pele não íntegra e mucosa;
Evita a contaminação da amostra com a microbiota
presente nas mãos.
Luvas
28. As mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas.
Se a pele apresentar algum ferimento, este deve ser coberto
antes de colocar as luvas.
Após calçar as luvas, não tocar em nenhuma superfície ou
objeto fora do campo cirúrgico ou do procedimento clínico
(canetas, fichas, maçaneta, telefone etc.).
Retirar as luvas imediatamente após o término do atendimento,
descartando-as.
Lavar corretamente as mãos.
Luvas
29. Luvas
Tipo Uso
Borracha
butílica
Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais
solventes
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para
solventes orgânicos
Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos,
álcoois, fenóis. Ruim para solventes halogenados e
aromáticos
PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos
solvente orgânicos
PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. Ruim
para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes
orgânicos e ácidos e bases
Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e
halogenados
30. O uso de máscara é obrigatório durante os procedimentos, protegendo
as vias aéreas superiores.
Recomendações:
Não reutilizar máscaras descartáveis
Trocar a máscara sempre que sentir umedecida
Não tocar na máscara após sua colocação
Trocar a máscara sempre que espirrar ou tossir
Não permanecer com a máscara após uso, pendurada no pescoço
Máscara
31. Este EPI tem como finalidade a proteção contra respingos de
materiais biológicos e/ou produtos químicos durante a manipulação
dos mesmos. Ele deve possuir as seguintes características:
Resistência a líquidos
Fácil colocação
Durabilidade e resistência à desinfecção
Proteger as laterais da face
Visor Facial ou Óculos
32. Recomendações:
O visor facial deve ser lavado com água e sabão se houver
sangue ou secreções visíveis
Não utilizar álcool 70%, e hipoclorito, pois estes produtos
danificam as lentes dos óculos deixando-as amareladas
Visor Facial ou Óculos
33. PIPETADORES MANUAIS OU AUTOMÁTICOS
Muitos acidentes dentro do laboratório ocorrem porque os
colaboradores insistem em pipetar produtos químicos/reagentes
com a boca. As seguintes regras devem ser obedecidas com
relação às técnicas adequadas para uso das pipetas:
O uso de pipetadores manuais ou automáticos é obrigatório. A
pipetagem com a boca é terminantemente proibida em todos os
laboratórios.
Equipamentos
34. Não soprar ar com o pipetador, dentro de líquido contendo
material infectante.
Não homogeneizar o material infectante aspirando e expulsando
o mesmo das pipetas.
Não expelir o conteúdo das pipetas com força.
Preferir pipetas graduadas marca a marca para evitar a expulsão
da última gota.
Não usar seringas e agulhas para aspirar líquido de frascos.
Pipetadores Manuais ou Automáticos
35. Os acidentes com centrífugas raramente causam infecções
laboratoriais, porém, alguns cuidados devem ser tomados para
que não ajam acidentes.
Todo procedimento de centrifugação gera aerossol e as
centrífugas são equipamentos que impedem a dispersão destas
partículas no ar. Para tal, é necessário que operem fechadas e
cumprindo-se os prazos previstos para sua abertura após o
procedimento de centrifugação.
Centrífugas
36. Para garantir a segurança da centrifugação é necessário:
As centrífugas devem estar calibradas, funcionando
adequadamente e operando e acordo com as orientações do
fabricante.
Devem ser colocadas em locais que permitam que mesmo
funcionários de baixa estatura, consigam inspecionar seu
interior todos os dias e colocar as caçapas corretamente.
As caçapas e rotores devem ser inspecionados diariamente
também com relação a rachaduras e corrosão.
O balanceamento dos tubos deve ser feito com água e não
com soro fisiológico que é corrosivo para metais.
Centrífugas
37. Após o uso, ao final do trabalho, as caçapas devem ser limpas e
estocadas invertidas para escoar qualquer resíduo de seu interior.
Os tubos devem ser colocados tampados no interior da
centrífuga.
Ocorrendo quebra de tubos durante a centrifugação, parar o
procedimento e proceder de acordo com as rotinas estabelecidas
no manual de limpeza e desinfecção.
Centrífugas
38. Chuveiro / Lava-olhos
Chuveiro e Lava – Olhos de Emergência serão
utilizados caso haja acidentes que envolva
respingos nos olhos ou derramamento em
parte do corpo com produtos químicos ou
material biológicos. (O procedimento de
utilização está no manual de Utilização do
Chuveiro e lava – Olhos de Emergência).
39. A lavagem de mãos tem merecido atenção nas publicações
clássicas mais importantes sobre controle de infecção.
Parece inacreditável que ainda não nos tenhamos
conscientizado da importância deste ato que vem sendo
comprovado como é fundamental.
Cuidados com as Mãos
40. Técnica de lavagem das mãos para procedimentos de rotina:
Anéis
Relógios
Pulseiras
Ensaboe as mãos com sabão líquido por aproximadamente 15
segundos em todas as suas faces, espaços interdigitais,
articulações, unhas e extremidade dos dedos.
Cuidados com as Mãos
42. Boas Práticas de Laboratório
Toda amostra biológica deve ser considerada infectante.
Não entre no laboratório com bolsas e
sacolas.
Manter o laboratório limpo e arrumado.
Não entre no laboratório com comidas e bebidas.
43. Boas Práticas de Laboratório
Não utilize adornos, ou acessórios que possam entrar em
contato com equipamentos ou superfícies contaminadas.
Não utilizar vidrarias trincadas ou quebradas.
Não permitir a entrada de pessoas que desconheçam
riscos potenciais, crianças e animais.
Não utilize sapatos abertos, como chinelos e sandálias.
44. Boas Práticas de Laboratório
Os visitantes e funcionários terceirizados não devem entrar no
laboratório sem avental. É necessário fornecer avental
descartável, exigir cabelos presos e sapatos fechados.
Não utilize saias, vestidos e bermudas dentro do laboratório.
Não rencapar agulhar.
Não utilize maquiagem dentro do laboratório.
45. Boas Práticas de Laboratório
Higienizar sempre antes e após utilizar os aparelhos
óticos, prevenindo a contaminação da mucosa conjutival.
É proibido fumar dentro do laboratório.
É proibido manipular prótese dentária dentro do
laboratório.
Não leva a boca qualquer equipamento, canetas, lápis,
ferramentas.
46. Boas Práticas de Laboratório
Respeite as sinalizações.
Não levar as mãos ao rosto e cabelo dentro do laboratório.
Proibido manipular lentes de contato dentro do
laboratório.
Os materiais utilizados no laboratório com amostra
biológica deve, ser descontaminados com o uso da
autoclave ou por desinfecção química .