SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  47
Télécharger pour lire hors ligne
BIOSSEGURANÇA
patricia_tuneli
 Biossegurança é o conjunto de ações e procedimentos
que visam evitar ou controlar os riscos provocados pelo
uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes
biológicos à biodiversidade.
 O objetivo principal da Biossegurança é criar um
ambiente de trabalho onde se promova à contenção do
risco de exposição a agentes potencialmente nocivos ao
trabalhador, pacientes e meio ambiente, de modo que este
risco seja minimizado ou eliminado.
O que é Biossegurança?
BARREIRA PRIMÁRIA: são os equipamentos de segurança que
devem ser utilizados para minimizar ou impedir exposições com
materiais biológicos. (Ex: EPI - equipamento de proteção
individual).
BARREIRA SECUNDÁRIA: Esta forma de contenção é
alcançada tanto pela adequada estrutura física do local como
também pelas rotinas de trabalho, tais como descarte de
resíduos sólidos, limpeza e desinfecção de artigos e áreas, etc.
(EX: pia para higienização das mãos, autoclave, lava-olhos, etc).
Existem duas Barreiras de Contenção Biológica
RISCOS ERGONÔMICOS: o levantamento de peso, ritmo
excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura
inadequada de trabalho, etc.
RISCOS FÍSICOS: ruído, calor, frio, pressão, umidade,
radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
RISCOS QUÍMICOS: poeiras, fumaças, gases, neblinas, névoas ou
vapores, contato direto com substâncias químicas.
RISCOS BIOLÓGICOS: bactérias, vírus, fungos, parasitos, etc. O
risco de contaminação por vírus pode ser agrupado em 3 categorias:
Hepatite B, Hepatite C,HIV.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
RISCOS DE ACIDENTES: Qualquer fator que coloque o
trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade,
e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de
acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, etc.
TIPOS DE RISCO
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
NÍVEL 1: Agentes nunca descritos como causadores de
doenças e que não constituem risco para o meio ambiente.
Baixo risco individual e coletivo. Exemplo: microorganismos
usados na produção de cerveja, vinho, pão e queijo.
(Lactobacillus casei, Penicillium camembertii, S. cerevisiae).
NÍVEL 2: Microorganismo que pode causar doença humana ou
animal, existem medidas efetivas de tratamento e/ou de
prevenção e o risco de disseminação da infecção para a
comunidade é baixo. Exemplo: Vírus da hepatite B, Salmonella
enteriditis, Neisseria meningitidis, Toxoplasma gondii.
Níveis de Biossegurança
NÍVEL 3: Microorganismo que geralmente causa doença humana
ou animal grave mas com baixo risco de transmissão. Existem
medidas terapêuticas e preventivas conhecidas e disponíveis.
Exemplos: HIV, HTLV, Mycobacterium tuberculosis.
NÍVEL 4: Microorganismo que geralmente causa doença humana
ou animal grave, o risco de transmissão de uma pessoa a outra,
direta ou indiretamente, é alto e medidas efetivas de tratamento ou
prevenção não estão disponíveis. Exemplos: Vírus de febres
hemorrágicas, Ebola, etc.
Níveis de Biossegurança
Considerações Gerais
- Ingestão
Pipetagem com a boca
Consumir alimentos no laboratório
- Inoculação
Acidentes com agulhas
Acidentes materiais cortantes
Colocar dedos ou objetos contaminados na
boca
Arranhão, mordidas de animais
Via de Exposição Procedimento de risco
Considerações Gerais
- Pele / mucosa
Fluidos em contato com boca, olhos,
nariz, pele
Objetos / Equipamentos com superfícies
contaminadas
- Inalação Aerossóis
Via de Exposição Procedimento de risco
Descarte de Resíduos
 GRUPO A : Descarte de Resíduos infectantes, não perfurocortantes.
Lixo Branco
Resíduo Infectante
Luvas usadas
Algodão com sangue
Papel usado para forrar a bancada
Swab.
Resíduo Químico
Alguns resíduos químicos devem
ser armazenados para descarte
posterior.
Os resíduos que não puderem
ser descartados diretamente na
pia deverão ser informados pelo
professor ou pelo técnico
presente.
Descarte de Resíduos
 GRUPO B : Descarte de Resíduos Químicos.
Agulhas
Lancetas
Tubos de vidro
Descarpack
Coletor Perfurocortante
Descarte de Resíduos
 GRUPO E : Descarte de Resíduos perfurocortantes, contaminados ou não.
Descarte de Resíduos
 GRUPO D : Descarte de Resíduos comuns, não contaminados e não
perfurocortantes.
Lixo Preto
Papel toalha, usado para secar as
mãos
Folhas de caderno
Algodão com álcool, usado na anti-
sepsia
Simbologia Para Produtos Químicos
Produto Corrosivo
Produto Nocivo ao
Meio Ambiente
Produto Irritante
Produto Explosivo
Produto Oxidante
Produto Tóxico
Produto Inflamável
Produto Nocivo a
Saúde
Mapa de Riscos
Apresentação gráfica do reconhecimento dos
riscos existentes no local de trabalho.
Mapa de Riscos
TAMANHO DOS CÍRCULOS
LEGENDA:
CORES
INDICA RISCOS FÍSICOS
INDICA RISCOS QUÍMICOS
INDICA RISCOS BIOLÓGICOS
INDICA RISCOS ERGONÔMICOS
INDICA RISCOS DE ACIDENTES
INDICA RISCO PEQUENO
INDICA RISCO MÉDIO
INDICA RISCO GRANDE
Cores e Tabela de Gravidade
Mapa de Riscos
•Ruído
•Calor
•Gases
•Poeira
•Postura Incorreta
•Monotonia
•Fagulhas
•Cortes
Diversos tipos de
risco num mesmo
ponto, mas com o
mesmo grau.
Diversos tipos de
risco num mesmo
ponto, mas em
graus diferentes.
Mapa de Riscos
O numeral dentro dos
círculos indicam a
quantidade de
trabalhadores expostos
ao (s) risco (s), e as
setas indicam que os
riscos encontram-se
por todo o setor.
2
2
2
1
3
8 8
Conforme Norma Regulamentadora n°6,
Equipamento de Proteção Individual – EPI é
todo dispositivo de uso individual utilizado
pelo empregado, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e
a saúde no trabalho.
EPI – Equipamento de Proteção Individual
 Redução da exposição humana aos agentes infecciosos.
 Redução de riscos e danos ao corpo provocados por
agentes físicos ou mecânicos.
 Redução da exposição a produtos químicos tóxicos.
 Redução da contaminação de ambientes.
Funções dos EPI’s
 Deve ter mangas longas e comprimento
abaixo dos joelhos.
 A troca deve estar de acordo com a sujidade
ou respingos.
 Tanto o jaleco quanto o avental devem ser
transportados em sacos plásticos quando forem
encaminhados para lavagem.
Jaleco
Jaleco
Jaleco
Jaleco
Jaleco
ATENÇÃO PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DA ÁREA DA
SAÚDE
AO SAIR DO LABORATÓRIO RETIRE SEU AVENTAL
• O avental serve para protegê-lo do contato com microrganismos
transmissores de doenças.
• Ao usar o avental fora das dependências do laboratório, você leva os
microrganismos que teve contato junto com você, podendo ocasionar a
contaminação de alimentos, das outras pessoas e de você mesmo.
• Ao sair do laboratório retire o seu avental, dobre-o pelo avesso e guarde-
o em uma sacola para transportá-lo.
 As luvas são usadas como barreiras dérmicas, para reduzir a
exposição a sangue, fluido corpóreo, produtos químicos e outros
riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação.
 As luvas são importantes porque:
Servem de barreira de proteção das mãos em contato com
sangue, fluído corpóreo, pele não íntegra e mucosa;
Evita a contaminação da amostra com a microbiota
presente nas mãos.
Luvas
 As mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas.
 Se a pele apresentar algum ferimento, este deve ser coberto
antes de colocar as luvas.
 Após calçar as luvas, não tocar em nenhuma superfície ou
objeto fora do campo cirúrgico ou do procedimento clínico
(canetas, fichas, maçaneta, telefone etc.).
 Retirar as luvas imediatamente após o término do atendimento,
descartando-as.
 Lavar corretamente as mãos.
Luvas
Luvas
Tipo Uso
Borracha
butílica
Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais
solventes
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para
solventes orgânicos
Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos,
álcoois, fenóis. Ruim para solventes halogenados e
aromáticos
PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos
solvente orgânicos
PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. Ruim
para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes
orgânicos e ácidos e bases
Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e
halogenados
 O uso de máscara é obrigatório durante os procedimentos, protegendo
as vias aéreas superiores.
 Recomendações:
 Não reutilizar máscaras descartáveis
 Trocar a máscara sempre que sentir umedecida
 Não tocar na máscara após sua colocação
 Trocar a máscara sempre que espirrar ou tossir
 Não permanecer com a máscara após uso, pendurada no pescoço
Máscara
 Este EPI tem como finalidade a proteção contra respingos de
materiais biológicos e/ou produtos químicos durante a manipulação
dos mesmos. Ele deve possuir as seguintes características:
 Resistência a líquidos
 Fácil colocação
 Durabilidade e resistência à desinfecção
 Proteger as laterais da face
Visor Facial ou Óculos
 Recomendações:
 O visor facial deve ser lavado com água e sabão se houver
sangue ou secreções visíveis
 Não utilizar álcool 70%, e hipoclorito, pois estes produtos
danificam as lentes dos óculos deixando-as amareladas
Visor Facial ou Óculos
 PIPETADORES MANUAIS OU AUTOMÁTICOS
 Muitos acidentes dentro do laboratório ocorrem porque os
colaboradores insistem em pipetar produtos químicos/reagentes
com a boca. As seguintes regras devem ser obedecidas com
relação às técnicas adequadas para uso das pipetas:
 O uso de pipetadores manuais ou automáticos é obrigatório. A
pipetagem com a boca é terminantemente proibida em todos os
laboratórios.
Equipamentos
 Não soprar ar com o pipetador, dentro de líquido contendo
material infectante.
 Não homogeneizar o material infectante aspirando e expulsando
o mesmo das pipetas.
 Não expelir o conteúdo das pipetas com força.
 Preferir pipetas graduadas marca a marca para evitar a expulsão
da última gota.
 Não usar seringas e agulhas para aspirar líquido de frascos.
Pipetadores Manuais ou Automáticos
 Os acidentes com centrífugas raramente causam infecções
laboratoriais, porém, alguns cuidados devem ser tomados para
que não ajam acidentes.
 Todo procedimento de centrifugação gera aerossol e as
centrífugas são equipamentos que impedem a dispersão destas
partículas no ar. Para tal, é necessário que operem fechadas e
cumprindo-se os prazos previstos para sua abertura após o
procedimento de centrifugação.
Centrífugas
 Para garantir a segurança da centrifugação é necessário:
 As centrífugas devem estar calibradas, funcionando
adequadamente e operando e acordo com as orientações do
fabricante.
 Devem ser colocadas em locais que permitam que mesmo
funcionários de baixa estatura, consigam inspecionar seu
interior todos os dias e colocar as caçapas corretamente.
 As caçapas e rotores devem ser inspecionados diariamente
também com relação a rachaduras e corrosão.
 O balanceamento dos tubos deve ser feito com água e não
com soro fisiológico que é corrosivo para metais.
Centrífugas
 Após o uso, ao final do trabalho, as caçapas devem ser limpas e
estocadas invertidas para escoar qualquer resíduo de seu interior.
 Os tubos devem ser colocados tampados no interior da
centrífuga.
 Ocorrendo quebra de tubos durante a centrifugação, parar o
procedimento e proceder de acordo com as rotinas estabelecidas
no manual de limpeza e desinfecção.
Centrífugas
Chuveiro / Lava-olhos
Chuveiro e Lava – Olhos de Emergência serão
utilizados caso haja acidentes que envolva
respingos nos olhos ou derramamento em
parte do corpo com produtos químicos ou
material biológicos. (O procedimento de
utilização está no manual de Utilização do
Chuveiro e lava – Olhos de Emergência).
 A lavagem de mãos tem merecido atenção nas publicações
clássicas mais importantes sobre controle de infecção.
 Parece inacreditável que ainda não nos tenhamos
conscientizado da importância deste ato que vem sendo
comprovado como é fundamental.
Cuidados com as Mãos
 Técnica de lavagem das mãos para procedimentos de rotina:
Anéis
Relógios
Pulseiras
 Ensaboe as mãos com sabão líquido por aproximadamente 15
segundos em todas as suas faces, espaços interdigitais,
articulações, unhas e extremidade dos dedos.
Cuidados com as Mãos
Cuidados com as Mãos
Boas Práticas de Laboratório
Toda amostra biológica deve ser considerada infectante.
Não entre no laboratório com bolsas e
sacolas.
Manter o laboratório limpo e arrumado.
Não entre no laboratório com comidas e bebidas.
Boas Práticas de Laboratório
Não utilize adornos, ou acessórios que possam entrar em
contato com equipamentos ou superfícies contaminadas.
Não utilizar vidrarias trincadas ou quebradas.
Não permitir a entrada de pessoas que desconheçam
riscos potenciais, crianças e animais.
Não utilize sapatos abertos, como chinelos e sandálias.
Boas Práticas de Laboratório
Os visitantes e funcionários terceirizados não devem entrar no
laboratório sem avental. É necessário fornecer avental
descartável, exigir cabelos presos e sapatos fechados.
Não utilize saias, vestidos e bermudas dentro do laboratório.
Não rencapar agulhar.
Não utilize maquiagem dentro do laboratório.
Boas Práticas de Laboratório
Higienizar sempre antes e após utilizar os aparelhos
óticos, prevenindo a contaminação da mucosa conjutival.
É proibido fumar dentro do laboratório.
É proibido manipular prótese dentária dentro do
laboratório.
Não leva a boca qualquer equipamento, canetas, lápis,
ferramentas.
Boas Práticas de Laboratório
Respeite as sinalizações.
Não levar as mãos ao rosto e cabelo dentro do laboratório.
Proibido manipular lentes de contato dentro do
laboratório.
Os materiais utilizados no laboratório com amostra
biológica deve, ser descontaminados com o uso da
autoclave ou por desinfecção química .
Obrigado!

Contenu connexe

Tendances (20)

Biossegurança pdf
Biossegurança pdfBiossegurança pdf
Biossegurança pdf
 
Infecção hospitalar
Infecção hospitalarInfecção hospitalar
Infecção hospitalar
 
Limpeza e higienização hospitalar
Limpeza e higienização hospitalarLimpeza e higienização hospitalar
Limpeza e higienização hospitalar
 
biossegurança
biossegurançabiossegurança
biossegurança
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Acidentes por Material Biológico
Acidentes por Material BiológicoAcidentes por Material Biológico
Acidentes por Material Biológico
 
Biossegurança 1
Biossegurança 1Biossegurança 1
Biossegurança 1
 
Central de Material e esterelização
 Central de Material e esterelização Central de Material e esterelização
Central de Material e esterelização
 
Biossegurança
Biossegurança Biossegurança
Biossegurança
 
Aula Central de material Esterilizado
Aula Central de material EsterilizadoAula Central de material Esterilizado
Aula Central de material Esterilizado
 
Aula higienização das mãos
Aula higienização das mãosAula higienização das mãos
Aula higienização das mãos
 
Norma regulamentadora 32
Norma regulamentadora 32Norma regulamentadora 32
Norma regulamentadora 32
 
Biossegurança
BiossegurançaBiossegurança
Biossegurança
 
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde ColetivaAula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
 
Desinfecção e Esterilização
Desinfecção e EsterilizaçãoDesinfecção e Esterilização
Desinfecção e Esterilização
 
NR 32
NR 32 NR 32
NR 32
 
Acidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantesAcidentes com perfurocortantes
Acidentes com perfurocortantes
 
Aula residuos de serviços da saúde
Aula   residuos de serviços da saúdeAula   residuos de serviços da saúde
Aula residuos de serviços da saúde
 
Resíduos hospitalares
Resíduos hospitalaresResíduos hospitalares
Resíduos hospitalares
 
Biossegurança nas ações de saúde
Biossegurança nas ações de saúdeBiossegurança nas ações de saúde
Biossegurança nas ações de saúde
 

Similaire à Biossegurança

Similaire à Biossegurança (20)

biossegurança.pdf
biossegurança.pdfbiossegurança.pdf
biossegurança.pdf
 
Clinicas de analise
Clinicas de analiseClinicas de analise
Clinicas de analise
 
biossegurança.pptx
biossegurança.pptxbiossegurança.pptx
biossegurança.pptx
 
Aula biossegurança 2
Aula biossegurança 2Aula biossegurança 2
Aula biossegurança 2
 
CURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptx
CURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptxCURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptx
CURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptx
 
BIOSSEGURANÇA.ppt
BIOSSEGURANÇA.pptBIOSSEGURANÇA.ppt
BIOSSEGURANÇA.ppt
 
Aula biossegurança dna
Aula biossegurança   dnaAula biossegurança   dna
Aula biossegurança dna
 
Biossegurana 2012
Biossegurana 2012Biossegurana 2012
Biossegurana 2012
 
Biosseguranca 2012
Biosseguranca 2012Biosseguranca 2012
Biosseguranca 2012
 
Biossegurana 2012
Biossegurana 2012Biossegurana 2012
Biossegurana 2012
 
CURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptx
CURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptxCURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptx
CURSO_COLETA-CRF-Biossegurança.pptx
 
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICABIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA
 
2ªaula - biossegurana.ppt
2ªaula  -  biossegurana.ppt2ªaula  -  biossegurana.ppt
2ªaula - biossegurana.ppt
 
AULA DE BIOSSEGURANÇA.pdf
AULA DE BIOSSEGURANÇA.pdfAULA DE BIOSSEGURANÇA.pdf
AULA DE BIOSSEGURANÇA.pdf
 
K_AISA_Aula4_biosseguranca.pdf
K_AISA_Aula4_biosseguranca.pdfK_AISA_Aula4_biosseguranca.pdf
K_AISA_Aula4_biosseguranca.pdf
 
Biosegurança.pdf
Biosegurança.pdfBiosegurança.pdf
Biosegurança.pdf
 
Biossegurança parte 1
Biossegurança parte 1Biossegurança parte 1
Biossegurança parte 1
 
BIOSSEGURANÇA.ppt
BIOSSEGURANÇA.pptBIOSSEGURANÇA.ppt
BIOSSEGURANÇA.ppt
 
BIOSSEGURANÇA slides PDF.pdf
BIOSSEGURANÇA slides PDF.pdfBIOSSEGURANÇA slides PDF.pdf
BIOSSEGURANÇA slides PDF.pdf
 
2. biossegurança
2. biossegurança2. biossegurança
2. biossegurança
 

Biossegurança

  • 2.  Biossegurança é o conjunto de ações e procedimentos que visam evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade.  O objetivo principal da Biossegurança é criar um ambiente de trabalho onde se promova à contenção do risco de exposição a agentes potencialmente nocivos ao trabalhador, pacientes e meio ambiente, de modo que este risco seja minimizado ou eliminado. O que é Biossegurança?
  • 3. BARREIRA PRIMÁRIA: são os equipamentos de segurança que devem ser utilizados para minimizar ou impedir exposições com materiais biológicos. (Ex: EPI - equipamento de proteção individual). BARREIRA SECUNDÁRIA: Esta forma de contenção é alcançada tanto pela adequada estrutura física do local como também pelas rotinas de trabalho, tais como descarte de resíduos sólidos, limpeza e desinfecção de artigos e áreas, etc. (EX: pia para higienização das mãos, autoclave, lava-olhos, etc). Existem duas Barreiras de Contenção Biológica
  • 4. RISCOS ERGONÔMICOS: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc. RISCOS FÍSICOS: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc. TIPOS DE RISCO (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
  • 5. RISCOS QUÍMICOS: poeiras, fumaças, gases, neblinas, névoas ou vapores, contato direto com substâncias químicas. RISCOS BIOLÓGICOS: bactérias, vírus, fungos, parasitos, etc. O risco de contaminação por vírus pode ser agrupado em 3 categorias: Hepatite B, Hepatite C,HIV. TIPOS DE RISCO (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
  • 6. RISCOS DE ACIDENTES: Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc. TIPOS DE RISCO (Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78).
  • 7. NÍVEL 1: Agentes nunca descritos como causadores de doenças e que não constituem risco para o meio ambiente. Baixo risco individual e coletivo. Exemplo: microorganismos usados na produção de cerveja, vinho, pão e queijo. (Lactobacillus casei, Penicillium camembertii, S. cerevisiae). NÍVEL 2: Microorganismo que pode causar doença humana ou animal, existem medidas efetivas de tratamento e/ou de prevenção e o risco de disseminação da infecção para a comunidade é baixo. Exemplo: Vírus da hepatite B, Salmonella enteriditis, Neisseria meningitidis, Toxoplasma gondii. Níveis de Biossegurança
  • 8. NÍVEL 3: Microorganismo que geralmente causa doença humana ou animal grave mas com baixo risco de transmissão. Existem medidas terapêuticas e preventivas conhecidas e disponíveis. Exemplos: HIV, HTLV, Mycobacterium tuberculosis. NÍVEL 4: Microorganismo que geralmente causa doença humana ou animal grave, o risco de transmissão de uma pessoa a outra, direta ou indiretamente, é alto e medidas efetivas de tratamento ou prevenção não estão disponíveis. Exemplos: Vírus de febres hemorrágicas, Ebola, etc. Níveis de Biossegurança
  • 9. Considerações Gerais - Ingestão Pipetagem com a boca Consumir alimentos no laboratório - Inoculação Acidentes com agulhas Acidentes materiais cortantes Colocar dedos ou objetos contaminados na boca Arranhão, mordidas de animais Via de Exposição Procedimento de risco
  • 10. Considerações Gerais - Pele / mucosa Fluidos em contato com boca, olhos, nariz, pele Objetos / Equipamentos com superfícies contaminadas - Inalação Aerossóis Via de Exposição Procedimento de risco
  • 11. Descarte de Resíduos  GRUPO A : Descarte de Resíduos infectantes, não perfurocortantes. Lixo Branco Resíduo Infectante Luvas usadas Algodão com sangue Papel usado para forrar a bancada Swab.
  • 12. Resíduo Químico Alguns resíduos químicos devem ser armazenados para descarte posterior. Os resíduos que não puderem ser descartados diretamente na pia deverão ser informados pelo professor ou pelo técnico presente. Descarte de Resíduos  GRUPO B : Descarte de Resíduos Químicos.
  • 13. Agulhas Lancetas Tubos de vidro Descarpack Coletor Perfurocortante Descarte de Resíduos  GRUPO E : Descarte de Resíduos perfurocortantes, contaminados ou não.
  • 14. Descarte de Resíduos  GRUPO D : Descarte de Resíduos comuns, não contaminados e não perfurocortantes. Lixo Preto Papel toalha, usado para secar as mãos Folhas de caderno Algodão com álcool, usado na anti- sepsia
  • 15. Simbologia Para Produtos Químicos Produto Corrosivo Produto Nocivo ao Meio Ambiente Produto Irritante Produto Explosivo Produto Oxidante Produto Tóxico Produto Inflamável Produto Nocivo a Saúde
  • 16. Mapa de Riscos Apresentação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes no local de trabalho.
  • 17. Mapa de Riscos TAMANHO DOS CÍRCULOS LEGENDA: CORES INDICA RISCOS FÍSICOS INDICA RISCOS QUÍMICOS INDICA RISCOS BIOLÓGICOS INDICA RISCOS ERGONÔMICOS INDICA RISCOS DE ACIDENTES INDICA RISCO PEQUENO INDICA RISCO MÉDIO INDICA RISCO GRANDE Cores e Tabela de Gravidade
  • 18. Mapa de Riscos •Ruído •Calor •Gases •Poeira •Postura Incorreta •Monotonia •Fagulhas •Cortes Diversos tipos de risco num mesmo ponto, mas com o mesmo grau. Diversos tipos de risco num mesmo ponto, mas em graus diferentes.
  • 19. Mapa de Riscos O numeral dentro dos círculos indicam a quantidade de trabalhadores expostos ao (s) risco (s), e as setas indicam que os riscos encontram-se por todo o setor. 2 2 2 1 3 8 8
  • 20. Conforme Norma Regulamentadora n°6, Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. EPI – Equipamento de Proteção Individual
  • 21.  Redução da exposição humana aos agentes infecciosos.  Redução de riscos e danos ao corpo provocados por agentes físicos ou mecânicos.  Redução da exposição a produtos químicos tóxicos.  Redução da contaminação de ambientes. Funções dos EPI’s
  • 22.  Deve ter mangas longas e comprimento abaixo dos joelhos.  A troca deve estar de acordo com a sujidade ou respingos.  Tanto o jaleco quanto o avental devem ser transportados em sacos plásticos quando forem encaminhados para lavagem. Jaleco
  • 26. Jaleco ATENÇÃO PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE AO SAIR DO LABORATÓRIO RETIRE SEU AVENTAL • O avental serve para protegê-lo do contato com microrganismos transmissores de doenças. • Ao usar o avental fora das dependências do laboratório, você leva os microrganismos que teve contato junto com você, podendo ocasionar a contaminação de alimentos, das outras pessoas e de você mesmo. • Ao sair do laboratório retire o seu avental, dobre-o pelo avesso e guarde- o em uma sacola para transportá-lo.
  • 27.  As luvas são usadas como barreiras dérmicas, para reduzir a exposição a sangue, fluido corpóreo, produtos químicos e outros riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação.  As luvas são importantes porque: Servem de barreira de proteção das mãos em contato com sangue, fluído corpóreo, pele não íntegra e mucosa; Evita a contaminação da amostra com a microbiota presente nas mãos. Luvas
  • 28.  As mãos devem ser lavadas antes de calçar as luvas.  Se a pele apresentar algum ferimento, este deve ser coberto antes de colocar as luvas.  Após calçar as luvas, não tocar em nenhuma superfície ou objeto fora do campo cirúrgico ou do procedimento clínico (canetas, fichas, maçaneta, telefone etc.).  Retirar as luvas imediatamente após o término do atendimento, descartando-as.  Lavar corretamente as mãos. Luvas
  • 29. Luvas Tipo Uso Borracha butílica Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais solventes Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para solventes orgânicos Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para solventes halogenados e aromáticos PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos solvente orgânicos PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. Ruim para soluções aquosas Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes orgânicos e ácidos e bases Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e halogenados
  • 30.  O uso de máscara é obrigatório durante os procedimentos, protegendo as vias aéreas superiores.  Recomendações:  Não reutilizar máscaras descartáveis  Trocar a máscara sempre que sentir umedecida  Não tocar na máscara após sua colocação  Trocar a máscara sempre que espirrar ou tossir  Não permanecer com a máscara após uso, pendurada no pescoço Máscara
  • 31.  Este EPI tem como finalidade a proteção contra respingos de materiais biológicos e/ou produtos químicos durante a manipulação dos mesmos. Ele deve possuir as seguintes características:  Resistência a líquidos  Fácil colocação  Durabilidade e resistência à desinfecção  Proteger as laterais da face Visor Facial ou Óculos
  • 32.  Recomendações:  O visor facial deve ser lavado com água e sabão se houver sangue ou secreções visíveis  Não utilizar álcool 70%, e hipoclorito, pois estes produtos danificam as lentes dos óculos deixando-as amareladas Visor Facial ou Óculos
  • 33.  PIPETADORES MANUAIS OU AUTOMÁTICOS  Muitos acidentes dentro do laboratório ocorrem porque os colaboradores insistem em pipetar produtos químicos/reagentes com a boca. As seguintes regras devem ser obedecidas com relação às técnicas adequadas para uso das pipetas:  O uso de pipetadores manuais ou automáticos é obrigatório. A pipetagem com a boca é terminantemente proibida em todos os laboratórios. Equipamentos
  • 34.  Não soprar ar com o pipetador, dentro de líquido contendo material infectante.  Não homogeneizar o material infectante aspirando e expulsando o mesmo das pipetas.  Não expelir o conteúdo das pipetas com força.  Preferir pipetas graduadas marca a marca para evitar a expulsão da última gota.  Não usar seringas e agulhas para aspirar líquido de frascos. Pipetadores Manuais ou Automáticos
  • 35.  Os acidentes com centrífugas raramente causam infecções laboratoriais, porém, alguns cuidados devem ser tomados para que não ajam acidentes.  Todo procedimento de centrifugação gera aerossol e as centrífugas são equipamentos que impedem a dispersão destas partículas no ar. Para tal, é necessário que operem fechadas e cumprindo-se os prazos previstos para sua abertura após o procedimento de centrifugação. Centrífugas
  • 36.  Para garantir a segurança da centrifugação é necessário:  As centrífugas devem estar calibradas, funcionando adequadamente e operando e acordo com as orientações do fabricante.  Devem ser colocadas em locais que permitam que mesmo funcionários de baixa estatura, consigam inspecionar seu interior todos os dias e colocar as caçapas corretamente.  As caçapas e rotores devem ser inspecionados diariamente também com relação a rachaduras e corrosão.  O balanceamento dos tubos deve ser feito com água e não com soro fisiológico que é corrosivo para metais. Centrífugas
  • 37.  Após o uso, ao final do trabalho, as caçapas devem ser limpas e estocadas invertidas para escoar qualquer resíduo de seu interior.  Os tubos devem ser colocados tampados no interior da centrífuga.  Ocorrendo quebra de tubos durante a centrifugação, parar o procedimento e proceder de acordo com as rotinas estabelecidas no manual de limpeza e desinfecção. Centrífugas
  • 38. Chuveiro / Lava-olhos Chuveiro e Lava – Olhos de Emergência serão utilizados caso haja acidentes que envolva respingos nos olhos ou derramamento em parte do corpo com produtos químicos ou material biológicos. (O procedimento de utilização está no manual de Utilização do Chuveiro e lava – Olhos de Emergência).
  • 39.  A lavagem de mãos tem merecido atenção nas publicações clássicas mais importantes sobre controle de infecção.  Parece inacreditável que ainda não nos tenhamos conscientizado da importância deste ato que vem sendo comprovado como é fundamental. Cuidados com as Mãos
  • 40.  Técnica de lavagem das mãos para procedimentos de rotina: Anéis Relógios Pulseiras  Ensaboe as mãos com sabão líquido por aproximadamente 15 segundos em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e extremidade dos dedos. Cuidados com as Mãos
  • 42. Boas Práticas de Laboratório Toda amostra biológica deve ser considerada infectante. Não entre no laboratório com bolsas e sacolas. Manter o laboratório limpo e arrumado. Não entre no laboratório com comidas e bebidas.
  • 43. Boas Práticas de Laboratório Não utilize adornos, ou acessórios que possam entrar em contato com equipamentos ou superfícies contaminadas. Não utilizar vidrarias trincadas ou quebradas. Não permitir a entrada de pessoas que desconheçam riscos potenciais, crianças e animais. Não utilize sapatos abertos, como chinelos e sandálias.
  • 44. Boas Práticas de Laboratório Os visitantes e funcionários terceirizados não devem entrar no laboratório sem avental. É necessário fornecer avental descartável, exigir cabelos presos e sapatos fechados. Não utilize saias, vestidos e bermudas dentro do laboratório. Não rencapar agulhar. Não utilize maquiagem dentro do laboratório.
  • 45. Boas Práticas de Laboratório Higienizar sempre antes e após utilizar os aparelhos óticos, prevenindo a contaminação da mucosa conjutival. É proibido fumar dentro do laboratório. É proibido manipular prótese dentária dentro do laboratório. Não leva a boca qualquer equipamento, canetas, lápis, ferramentas.
  • 46. Boas Práticas de Laboratório Respeite as sinalizações. Não levar as mãos ao rosto e cabelo dentro do laboratório. Proibido manipular lentes de contato dentro do laboratório. Os materiais utilizados no laboratório com amostra biológica deve, ser descontaminados com o uso da autoclave ou por desinfecção química .