Emilio Biel nasceu na Alemanha em 1838 e estabeleceu-se no Porto em 1860, dedicando-se à edição e fotografia. Foi pioneiro na introdução da fototípia em Portugal e dedicou-se à fotografia paisagística e de engenharia civil. Produziu diversas obras como "A Arte e Natureza em Portugal" e realizou levantamentos fotográficos da construção de ferrovias e do Porto de Leixões.
2. Biografia
• Karl Emil Biel (Emilio Biel) nasceu em Amberg, Alemanha, em
1838.
• Estabeleceu-se no Porto em 1860, dedicando-se à edição e
comércio de livros. Publicou uma edição de “Os Lusíadas”, hoje
em dia considerada uma raridade.
• Considerado o grande introdutor da fototípia em Portugal.
• Em 1874 comprou a Casa Fritz, no Porto, que ficou a ser
conhecida como Casa Biel, iniciando a sua carreira no mundo da
fotografia.
• Dedicou-se também à fotografia paisagística e de grandes obras
de engenharia.
• Em 1885 iniciou o levantamento documental e fotográfico da
construção do caminho-de-ferro em Portugal assim como do Porto
de Leixões em Matosinhos entre 1884 e 1892.
• Editou, entre outras, uma obra de oito volumes: “A Arte e
Natureza em Portugal”.
• Instalou a luz eléctrica em Vila Real, introduziu a primeira
instalação de luz eléctrica no Porto e o primeiro telefone.
• Biel também se dedicou à colecção de borboletas, sendo
considerada uma das maiores do mundo.
• Vem a falecer em 1915, pouco antes da Primeira Guerra Mundial,
vendo os seus bens serem confiscados devido à sua origem alemã.
3. Técnicas e Equipamento
Técnicas predominantemente usadas por Emilio Biel:
Albumina
• Utiliza uma placa de vidro coberta com clara de ovo.
• Sensibilizada com iodeto de potássio e nitrato de prata
• Revelada com ácido gálico e fixada a base de tiosulfato
de sódio.
• É mais preciosa em detalhes e o tempo de exposição é de
15 minutos.
Fotogravura ou Fototípia
• Utiliza uma chapa de metal (cobre).
• Polida, a chapa é tratada com pó de breu fino.
• Uma folha de papel gelatinado é sensibilizada com
dicromato de potássio e depois exposta à luz.
• Após a exposição, a folha deve ser humedecida e depois
transferida para a chapa.
• É então lavada em água morna, o que provoca a diluição
das partes da gelatina não afectadas pela luz.
• É imersa numa solução de cloreto férrico cuja função é
corroer as áreas não vedadas pela gelatina, isto é,
provocar o que os gravadores chamam de “mordedura”.
• Gravada e seca, a chapa é “entintada” e impressa nos
moldes tradicionais de impressão em metal.