Informativo-maio | Maio 2024: Medidas contra o bullying em condomínios
Revista Perfil Náutico ed 40
1. 00045
BENETTI 140 ANOS: EXCELÊNCIA ITALIANA
ISSN 1980-9794
EXPEDIÇÃO ORIENTE
BENETTI 140 ANOS
PRAZER,
GLAMOUR
E AVENTURA
9 771980 97 903 7
00040
9 771980 97903 7
NAVEGAR É PRECISO
NAVEGAR É PRECISO
TODAS AS EMOÇÕES A BORDO
DOS VELEIROS
PERFIL NUMARINE
PERFIL NUMARINE
O TINO TURCO
PARA NAVEGAÇÃO
ANO 08
E MAIS, NA SEÇÃO PERFIL, 4 EMBARCAÇÕES:
N°40
2013
COLUNNA 285
CORSAIR 32
TRITON 345
FLY 420 VIRTESS
2.
3.
4.
5. Editorial
Experimente
A
imagem de um veleiro, real – navegando ou
ancorado – ou mesmo emoldurada numa bela
foto ou quadro, remete-nos imediatamente a um
universo de paz e liberdade. Foi exatamente esse
o universo que vivenciamos durante os trabalhos
dessa edição da Perfil Náutico, procurando levar a você leitor
todas as emoções de velejar. É claro que essas sensações só
podem ser sentidas estando a bordo de um veleiro. Por isso,
para quem pretende ter um veleiro, nossa dica é experimentar o
máximo possível até decidir qual o melhor barco para você e ter
bons motivos para tirar o veleiro da parede.
Velejar é, talvez, a palavra mais comum entre os integrantes
da Família Schurmann. Em uma reportagem especial eles nos
contam tudo sobre a próxima aventura: a Expedição Oriente,
a bordo do veleiro Kat. Para inspirar ainda mais, fomos conferir
os preparativos da Rolex Ilhabela Sailing Week, a semana de vela
que completa quatro décadas em Ilhabela. Como ninguém é de
ferro, aproveitamos para dar uma esticadinha até o interior de
São Paulo, em São Luiz do Paraitinga, uma cidade que reaparece
no cenário turístico depois de ser abalada pelas águas das chuvas
e pelos desmoronamentos.
Do Mundo Náutico trazemos a cobertura do aniversário de
140 anos da Benetti, a movimentação do Nordeste Motorshow
no Recife (PE), o fim de semana de gala Ferretti Weekend e uma
curiosidade: grandes clubes de futebol que surgiram na água,
com as regatas de remo.
Na seção Perfil, duas embarcações brasileiras, Colunna 285 e
Triton 345, e duas estrangeiras, Chris-Craft Corsair 32 e Bavaria
Fly 420 Virtess. Visitamos também o estaleiro Numarine em
sua sede asiática com vista para a Europa. As dependências da
Numarine na Turquia são como mergulhos numa cultura náutica
rica e profunda.
CONSELHO DIRETOR
Aldo Alfredo Malucelli aldo@grupocanal.com.br
Carlos Alberto Gomes carlos@grupocanal.com.br
José “Juca“ Kulling jose.juca@grupocanal.com.br
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DEPTO. DE JORNALISMO
EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcelo Fabiani (Buda)
marcelo.buda@grupocanal.com.br
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REDAÇÃO Leo Suzuki
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EDIÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁFICO
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(Lais Glück)
João Batista Ribeiro
COLABORAM NESSA EDIÇÃO
Alisson Diniz, Amanda Kasecker, Família Muller, Guilherme Aquino,
Ilza Vinagre, Jorge Nasseh, Kos Evans, Luiz Alfredo Malucelli, Rafaella
Malucelli, Thais Zago.
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Gráfica Monalisa
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Revista Perfil Náutico
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Revista Perfil Náutico, ano 8, no 40, é uma publicação
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Marcelo Buda
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8 PERFILNÁUTICO
6. Índice
CANAL
12
64
74
78
LEITOR
NÁUTICO
DÉCOR
CONSTRUTOR
MUNDO NÁUTICO
22 Aniversário Benetti
Estaleiro italiano comemora 140 anos
28 Nordeste Motorshow
Setor náutico ganha espaço
no Recife (PE)
32 Clubes de regatas e futebol
CAPA
46
Navegar é preciso
Prazeres e emoções
a bordo de veleiros
PERFIL
81
Colunna 285
89
Corsair 32
97
Triton 345
105
Fly 420 Virtess
113
Numarine
A origem de grandes times
foi no remo
Projeto exclusivo do estaleiro, a
pedido dos clientes
38 Ferretti Weekend
Um fim de semana de gala
para privilegiados
NESTA EDIÇÃO
14
Lancha clássica da americana
Chris-Craft é repaginada
NEWS
Novidades do segmento náutico
122 eSTILO
Personalidade e bom gosto
124 Expedição Oriente
Novidade da Way Brasil, para
famílias exigentes
A nova aventura
da Família Schurmann
130 Rolex Ilhabela Sailing Week
Quatro décadas de vela
no litoral paulista
136 esporte
Luxo alemão da Bavaria navegando
em águas brasileiras
Competições na água esquentaram
o início do ano
142 Turismo
São Luiz do Paraitinga
148 PLANETA ÁGUA
Para limpar o plástico dos oceanos
150 GOURMET
Bacalhau como se faz na fazenda
10 PERFILNÁUTICO
Estaleiro turco prepara-se para o
futuro, também no Brasil
7. Canal do Leitor
CAPA
Sem falar de sua potência nas
águas. Um sonho de consumo.
Alexandre Rocha Granato
Muito interessante a relação de custo e benefício proporcionada
pelas embarcações de 35 e 36 pés mostradas na matéria. Quase um
manual, com sete opções incríveis para quem deseja comprar ou
trocar de barco. Denis Alencar
Parabéns pela última edição.
É realmente um prazer ver a
qualidade editorial da revista.
Sucesso a todos!
Sou fascinada por mergulho
e me identifiquei muito com a
matéria nas Ilhas Maldivas. O
fundo do mar é um universo
maravilhoso. As imagens estão
belíssimas!
Thais Branco
Felipe Furquim (CEO da loja de
equipamentos náuticos Regatta)
Ótimas informações sobre o
Salão Náutico de Istambul.
Fiquei curioso sobre o iate de 78
pés da Numarine e encantado
com os detalhes dos barcos
estilo vintage lá expostos.
Marcelo de Melo Pereira
Parabéns aos nossos bravos
guerreiros Beto Pandiani e Igor
Bely. Percorrer 5 mil milhas
náuticas em um catamarã sem
cabine não é para qualquer um.
Embarquei nessa travessia junto
com eles, acompanhando pelo
Tumblr. Foi de arrepiar!
Paula Ferreira Martins
Um verdadeiro espetáculo essa
540 Sundancer, da Sea Ray, com
design clean e contemporâneo.
Acho que o governo brasileiro
não tem de pensar duas vezes
para implantar essa política de
pagar pelo consumo individual
da água. A falta de água é
realidade em todo o mundo e
precisamos nos conscientizar.
Pablo Cavalcanti
FALE CONOSCO
Para falar com a Perfil Náutico, mande e-mail para: redacao@perfilnautico.com.br ou canaltecnico@perfilnautico.com.br.
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12 PERFILNÁUTICO
8. News
armada é first no brasil
A First Yacht e o estaleiro catarinense
Armada agora são parceiros
comerciais. As lanchas Armada, de
30 a 44 pés, passam a ser vendidas
com exclusividade por intermédio
dos representantes da First Yacht,
em toda a costa brasileira. Por meio
dessa operação, o estaleiro pretende
reforçar a sua presença nas várias
regiões brasileiras, especialmente nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Bahia e na Região Sul. A First Yacht
já tem em seu portfólio as renomadas
marcas italianas Azimut Yachts e
Atlantis e passa agora a atender a
Armada para todo o Brasil.
Armada 300M Cabrio
UM GIGANTE DA AZIMUT
Design de Stefano Righini e decoração de Carlo Galeazzi
A Azimut Grande 100 foi o maior
barco em exposição no Rio Boat
Show 2013. O estaleiro italiano
com sede no Brasil, em Itajaí (SC),
apresentou oito embarcações de
suas prestigiadas marcas
no evento.
14 PERFILNÁUTICO
A Azimut Grande 100 é um
iate de 31 metros que integra
a linha de megaiates Benetti/
Azimut Grande. Desenhado por
Stefano Righini e com os arranjos
interiores de Carlo Galeazzi,
reflete uma personalidade única
e dinâmica, marca registrada da
coleção dos megaiates planantes do
grupo Azimut Benetti.
Outras duas embarcações da Azimut
estavam entre as maiores da feira: a
Azimut 88 e a Azimut 82.
9. News
RIO BOAT SHOW 2013
A organização da 16ª edição
do Rio Boat Show, evento
encerrado no dia 1º de maio,
divulgou o balanço geral
do salão. Segundo os dados
divulgados, um total de R$ 276
milhões foi gerado em negócios.
Realizada no Píer Mauá, a
feira contou com cerca de 130
expositores e aproximadamente
230 barcos expostos, no mar e
em terra firme. As tradicionais
palestras também fizeram parte
da programação. Pela primeira
vez o salão teve um pavilhão
dedicado exclusivamente a
empresas americanas, como
estaleiros e fabricantes de
equipamentos náuticos.
R$ 276 milhões em negócios
FS YACHTS
COMEMORA
VENDAS
Representante da Região Sul
do país, o estaleiro catarinense
FS Yachts comemorou a venda
recorde de embarcações no Rio
Boat Show 2013: foram 52 lanchas
vendidas durante os sete dias de
feira. Renato Gonçalves, diretor
comercial do estaleiro, falou que
lançamento da FS 180 superou as
expectativas, com 18 unidades
vendidas. A FS Yachts lançará
uma lancha de 27 pés ao fim deste
ano e pretende expandir sua rede
de revendedores agora para as
Regiões Norte e Nordeste
do Brasil.
16 PERFILNÁUTICO
52 lanchas vendidas no RBS
10. News
DE BARRA BONITA A TRÊS LAGOAS
Cruzeiro Hidrovia Tietê-Paraná: 14 dias, 12 cidades
Em julho acontece a quarta
edição do Cruzeiro Hidrovia
Tietê-Paraná, organizado
pela Associação Brasileira
de Velejadores de Cruzeiro –
ABVC. O passeio de 14 dias tem
o objetivo de levar adultos e
jovens para uma experiência
cultural única e enriquecedora,
conhecendo de um ponto de vista
diferente, pelo rio, os atrativos
turísticos das cidades ribeirinhas,
seus costumes e folclores, sabores
coloniais e sua importância
histórica. A flotilha passará
por 12 cidades, entre clubes
náuticos, marinas, condomínios
e atracadouros públicos. Em
cada parada será oferecida uma
palestra a toda a comunidade ou
aos seus associados, demonstrando
o potencial turístico fluvial da
hidrovia e suas belezas. A largada
será no dia 6 de julho, em Barra
Bonita (SP) e a chegada no dia 20
de julho na cidade de Três Lagoas,
já no Mato Grosso do Sul.
CINEMA NACIONAL EM CRUZEIRO
O navio MSC Orchestra será
cenário para o longa-metragem
S.O.S – Mulheres ao Mar, filme
que contará com a presença de
Giovanna Antonelli, Reynaldo
Gianecchini, Thalita Carauta. A
equipe embarcou para a Itália,
onde serão gravadas as cenas
em terra, e na sequência fará
a gravação do material em um
cruzeiro pelo Mediterrâneo.
O MSC Orchestra, que
estará no Brasil a partir de
novembro, tem capacidade
para 3.223 hóspedes e conta
com 16 andares. As gravações
ocorrerão nos bares, na
discoteca, no teatro e em um
dos cinco restaurantes.
18 PERFILNÁUTICO
As filmagens acontecem no MSC Orchestra
11. News
VIP EM MIAMI
Mimos exclusivos para hóspedes
O W South Beach Hotel &
Residences, em Miami, Flórida,
escolheu a dedo 26 das suas mais
exclusivas suítes e elevou-as a
outro nível. Agora, os hóspedes
que reservarem sua estadia em
uma das suítes vips do
W South Beach irão desfrutar de
vários serviços e mimos exclusivos,
incluindo um serviço dedicado de
concierge vip, o W Insider – que está
por dentro de tudo o que acontece
no hotel e na cidade e pode fazer
reservas nos restaurantes, boates
JULHO NA
PATAGÔNIA ARGENTINA
Geleira de Perito Moreno, em El Calafate
20 PERFILNÁUTICO
e eventos mais badalados, alugar
barcos para passeios e providenciar
qualquer outro desejo
do hóspede.
Mais informações:
www.wsouthbeach.com/vip-suites.
Um dos destinos mais exóticos
de toda América, a belíssima
Patagônia Argentina, conhecida
pelos experts em viagens como
o Himalaia da América do
Sul, é a dica para as férias de
julho. Entre as atrações para os
turistas estão a incrível geleira
de Perito Moreno, localizada em
El Calafate. O famoso glaciar
é conhecido pelo espetáculo
oferecido pela mãe natureza,
onde os blocos de gelo se
rompem e despencam sobre
os lagos de cor azul-turquesa.
Em Ushuaia os viajantes terão
a oportunidade de conhecer
o magnífico Parque Nacional
Tierra del Fuego.
Mais informações:
FREEWAY: www.freeway.tur.br
12. MUNDO NÁUTICO
benetti 140 anos
Excelência italiana
Um dos mais antigos construtores de iates de luxo a motor do mundo,
o estaleiro Benetti, está celebrando 140 anos de existência
Por Alisson Diniz
22 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
23
13. MUNDO NÁUTICO
benetti 140 anos
Uma história que começou em 1873 com o veleiro Barcobestia
A
empresa fundada
por Lorenzo
Benetti, hoje
uma das mais
famosas e bem
conceituadas do mundo, começou
construindo barcos de madeira
usados para transporte e comércio
internacional. Isso lá pelos idos
de 1873, na cidade de Viareggio
na Itália, onde Lorenzo abriu seu
primeiro estaleiro e construiu o
veleiro “Barcobestia", usado para
o transporte local e internacional.
Depois da morte de Lorenzo,
A BENETTI FOI A
PRIMEIRA A PERCEBER
O POTENCIAL
DE MATERIAIS
COMPOSTOS PARA A
CONSTRUÇÃO DE IATES
seus dois filhos, Gino e Emilio
assumiram a gestão do estaleiro.
Eles mudaram seu nome para
Projetistas do passado, olhando para o futuro
24 PERFILNÁUTICO
Valores tradicionais e tecnologia avançada
Fratelli Benetti e rapidamente
construíram e consolidaram uma
reputação de construtores de veleiros
comerciais que se estendeu muito
além do Mediterrâneo. Mas o século
20 foi um período de turbulência,
agitação e revolução tecnológica.
Após a Segunda Guerra Mundial,
as embarcações à vela comerciais
construídas com madeira começaram
a ficar obsoletas. A Fratelli Benetti
poderia tornar-se uma raridade
industrial ou desaparecer. Em vez
disso, ela foi adaptada aos tempos,
mudou de direção e começou a
Lorenzo Benetti
produzir embarcações de recreio
de aço.
Depois de abandonar a madeira, o
estaleiro Benetti foi o primeiro a
perceber o potencial de materiais
compostos para a produção de iates
e, no início dos anos 1960, iniciou
a transição de barcos de metal para
de aço e de alumínio e os primeiros
iates de luxo começaram a ser
produzidos, sendo o Nabila um dos
mais famosos, com 86 metros de
comprimento.
Atualmente é sinônimo de tradição
e inovação, estilo e qualidade,
adjetivos que moldam a missão e
a cultura da empresa. Tudo para
satisfazer as necessidades cada vez
mais complexas dos mais exigentes
proprietários em todo o mundo.
"Este ano não é apenas o 140º
aniversário do Benetti, é também
o 10º aniversário da aquisição do
Estaleiro Livorno”, comenta Ing
Vincenzo Poerio – CEO da Benetti.
“Nós planejamos um calendário
extenso de eventos que culminaram
em junho em Portofino com um
exclusivo fim de semana junto
com os nossos clientes de todo o
mundo. Proprietários que não vêm
até nós para comprar um iate que
está pronto, mas para construir um
junto conosco, a fim de expressar
plenamente a sua personalidade e
viver um verdadeiro relacionamento
com o mar.”
GRUPO AZIMUT BENETTI
Em 1985 a Benetti sofre uma
grande alteração. O construtor de
barcos Azimut Yachts adquiriu o
estaleiro naval, trouxe uma nova
gestão e transformou a Benetti,
modernizando-a e introduzindo
a tecnologia avançada que
conhecemos hoje. A Benetti tornouse um estaleiro prospectivo e
inovador, mas que mantém seus
valores tradicionais de experiência,
habilidade e uma paixão por um
bom artesanato.
Em 1979 o megaiate Nabila é lançado
PERFILNÁUTICO
25
14. MUNDO NÁUTICO
benetti 140 anos
Com o maior crescimento entre
todos os outros concorrentes de
megaiates, a Benetti é um ícone de
elegância incomparável focada na
combinação de design atemporal,
de classe mundial, qualidade e
atenção aos detalhes. Cada iate
Benetti oferece personalização.
Ao longo dos anos o estaleiro
cresceu e mudou, não seguindo,
mas antecipando os tempos. A
Benetti produz iates que estão
bem estabelecidos e à altura da
excelência italiana: elegantes,
exclusivos e extremamente bem
trabalhados. “Os clientes que se
aproximam de nós com ideias e
expectativas são como um desafio
e um estímulo contínuo”, diz
Vincenzo Poerio. “Nossa missão é
fazer todos os detalhes perfeitos,
sem concessões ao compromisso,
seu sucesso se torna nosso. Este
nível de qualidade e paixão é nosso
único caminho para os próximos
140 anos de sucesso.”
Com 140 anos de história, o
estaleiro Benetti tem cerca de
300 modelos barcos construídos,
Uma das fábricas da Benetti na Itália, em Darsena
BENETTI DO FUTURO
Como parte das comemorações
dos 140 anos a Benetti apresentou
projetos de barcos para os
próximos dez anos. O Design
Innovation Benetti envolveu
designers de renome internacional,
a fim de criar novos conceitos
para barcos personalizados de
50 a 90 metros. No total, 27 estão
sendo apresentados, são expoentes
da singularidade da Benetti com
um olho para o futuro. O iate Jolly
Roger de 65 metros, desenhado por
Ludovica e Roberto Palomba, é um
dos projetos mais inovadores, com
um visual dinâmico e elegante. Os
deques são apoiados por um sistema
que permite o uso de grandes
janelas, reinterpretando o elemento
de poder típico da Benetti.
140 ANOS DE
HISTÓRIA E CERCA
DE 300 MODELOS
CONSTRUÍDOS
instalações que cobrem mais de
300 mil metros quadrados em
seis estaleiros localizados na
Itália. São 34 iates em construção
no momento, incluindo um
megaiate de 90 metros. Estes
fatos e números demonstram de
forma inequívoca a dinâmica de
crescimento e o perfil dos clientes
da Benetti, o que dá confiança
irrestrita à marca.
26 PERFILNÁUTICO
Iate Jolly Roger, desenhado por Ludovica e Roberto Palomba
15. MUNDO NÁUTICO
nordeste motorshow
Espaço na feira dedicado ao segmento náutico foi novidade para a região
SUCESSO EM SUA
PRIMEIRA EDIÇÃO
Em quatro dias de feira, o Nordeste Motorshow, salão internacional de
veículos de duas e quatro rodas e náutico, atraiu mais de 41 mil pessoas
A
Por Leo Suzuki
primeira edição
do Nordeste
MotorShow
foi sucesso de
público e de
negócios em
todos os setores. Mais de 41.200
pessoas passaram pelo Centro de
Convenções de Pernambuco, em
Olinda, durante os quatro dias de
feira – de 25 a 28 de abril deste ano.
O salão internacional de veículos
de duas rodas, quatro rodas e
28 PERFILNÁUTICO
MAIS DE 41 mil
PESSOAS PASSARAM
PELO CENTRO DE
CONVENÇÕES DE
PERNAMBUCO, EM
OLINDA
náutico consolidou Pernambuco
na rota das grandes feiras
internacionais.
O segmento náutico foi uma
grande novidade para a região,
expandindo o público e atraindo
novos olhares para o setor que só
faz crescer no Nordeste, a exemplo
de outras regiões do Brasil.
A área destinada aos barcos e seus
acessórios foi responsável por
cerca de 15% do público presente
no evento, segundo a organização.
“Reunimos todas as tendências
em um só lugar”, disse o diretor
da Nordeste MotorShow, Rodrigo
Rumi. “Os mercados dos setores
expostos no evento estarão
aquecidos nos próximos meses e
por se tratar da primeira edição
acreditamos que abrimos uma
excelente plataforma de vendas.”
Ao todo, oito expositores do setor
náutico estiveram presentes no
evento: os estaleiros Atymar,
Ecomariner, Fibrasmar e Royal
Mariner; as lojas Centro Náutico
Nordeste, Da Fonte Náutica e
Shark Boats; e a marina Porto do
Mar. Os estaleiros Ecomariner
e Royal Mariner fizeram um
balanço bastante positivo e
já confirmaram presença na
próxima edição da feira. “Foi
um sucesso”, disse Rodrigo
Cardoso, da Ecomariner. “Um
evento muito produtivo que
PERFILNÁUTICO
29
16. MUNDO NÁUTICO
nordeste motorshow
movimentou o mercado náutico com
certeza.” De acordo com Vinícius
Rangel, gerente comercial da
Fibrasmar, o Nordeste MotorShow veio
confirmar o crescimento do mercado
náutico na região. “Além de possibilitar
um aumento nas vendas, em um
período em que a sazonalidade reduz a
demanda.”
No segmento quatro rodas, o estande
da Chevrolet foi um dos que mais
chamaram a atenção do público. Além
AO TODO, OITO
EXPOSITORES DO SETOR
NÁUTICO ESTIVERAM
PRESENTES NO EVENTO
de exibir o popular Camaro amarelo, a
montadora promoveu um show ao vivo
com três cantores e dançarinos.
A montadora Volkswagen trouxe para
o Nordeste MotorShow alguns de seus
modelos com o intuito de dar mais
visibilidade à marca, como a Amarok,
o Fusca e a Tiguan. A participação
da JAC Motors no evento também
foi bastante satisfatória, destacando
no estande o J2 — que, com quatro
meses de lançamento, está entre os
carros importados mais vendidos
do Brasil. A Citroën levou para o
Nordeste MotorShow o DS5. A BMW
participou do evento representada pela
Plena Comércio de Veículos Ltda. e
comemorou o sucesso obtido.
O salão foi organizado pela Reed
Exhibitions Alcantara Machado e a
segunda edição já tem data prevista
para acontecer em 2014, entre 24 e 27 de
abril. “Além das marcas presentes neste
ano, novos expositores já reservam
espaço no salão”, disse o gerente do
evento, Diego Montenegro.
30 PERFILNÁUTICO
17. MUNDO NÁUTICO
clubes de regatas e futebol
chutes e
remadas
Entre os 20 clubes que disputam a
série A do Campeonato Brasileiro,
quatro deles nasceram do remo, um
outro, por exemplo, sofreu forte
influência do remo em seu escudo,
o Corinthians. Flamengo, Botafogo,
Vasco da Gama e Náutico, antes de
calçarem chuteiras e marcarem seus
primeiros gols, surgiram de fortes
remadas e disputadas regatas.
Assim como o futebol, o remo
também foi trazido da Europa para
o Brasil, neste caso por um grupo
de imigrantes alemães, em 1880.
Com a chegada de Miller, muitas
dessas agremiações de regatas
aderiram à novidade do esporte
bretão e passaram a montar equipes
de futebol. O Flamengo, tradicional
clube de regatas, que em 1900
conquistou a regata que comemorava
o quadricentenário do descobrimento
do Brasil e levou para sua galeria o
Troféu Jarra Tropon, sua primeira
grande conquista internacional,
passou a manter um time de
futebol, assim como outros
clubes que se dividiram entre o
popular remo e o novo esporte. A
popularidade inverteu-se e o futebol
ganhou proporções que nem Charles
Miller poderia imaginar. A rivalidade
ENTRE OS 20 CLUBES
QUE DISPUTAM
A SÉRIE A DO
CAMPEONATO
BRASILEIRO, QUATRO
DELES NASCERAM
DO REMO
de alguns clubes, como dos cariocas
Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo,
passou das raias para os gramados.
Antes de brilharem nos gramados, alguns clubes brasileiros
de futebol iniciaram na água, como clubes de regatas
Por Alisson Diniz
E
m maio começou o campeonato
brasileiro de futebol. Até o final
do ano 20 clubes disputam
o título de melhor time do
esporte mais popular do Brasil
em 2013. O que nem todo mundo sabe é que
alguns desses clubes brasileiros, em sua
origem ou em registros históricos, tiveram
outro esporte, bem menos popular, como
a principal atração esportiva entre seus
associados e torcedores: o remo.
32 PERFILNÁUTICO
A mudança na preferência dos brasileiros
começou quando Charles Miller
desembarcou no Brasil em 18 de fevereiro
de 1894, depois de um período de estudos
na Inglaterra. Ele trouxe na bagagem duas
bolas de futebol, um livro de regras e uma
bomba para encher bolas. Clubes náuticos
espalhavam-se pelo Brasil e Charles mal
sabia que transformaria os costumes e a
cultura de um país.
Equipe de remo do Vasco da Gama de 1951
PERFILNÁUTICO
33
18. MUNDO NÁUTICO
clubes de regatas e futebol
das raias para os estádios
Botafogo
FLAMENGO
VASCO
NáUTICO
O Botafogo foi o primeiro
clube, dentre os que disputam o
Brasileirão, a começar sua história
gloriosa como clube de regatas. Num
encontro entre 16 homens no primeiro dia
de julho de 1894, nascia o Club de Regatas
Botafogo. Entre as lendas do clube, que
teve os futebolistas Garrincha, Zagallo e
Jairzinho, está a embarcação Diva, vencedora
em todas as 22 regatas que disputou. Os
primeiros chutes começaram em outro
clube, o Botafogo Football Club, fundado em
1904. Somente no dia 8 de dezembro de 1942
houve a fusão do Club de Regatas Botafogo
e do Botafogo FootBall Club. Nascia então
o Botafogo de Futebol e Regatas, o clube da
estrela solitária.
O Clube de Regatas Flamengo nasceu em
1895 com o nome de Grupo de Regatas do
Flamengo, sua primeira embarcação, batizada
de Pherusa, foi adquirida por 400 réis depois que
uma vaquinha feita entre alguns atletas: Mario Espínola,
José Agostinho Pereira da Cunha, Felisberto Laport, Nestor
de Barros e José Feliz da Cunha Menezes.
No dia 21 de agosto de 1898
foi fundado Club de Regatas
Vasco da Gama. Sessenta e
dois homens reuniram-se em uma
sala da Sociedade Dramática Filhos
de Talma e fundaram uma associação
para a prática do remo. Em sua
maioria portugueses, inspiraramse nas celebrações dos 400 anos da
descoberta do caminho marítimo
para as Índias e batizaram a nova
agremiação com o nome do navegador
português Vasco da Gama, que
heroicamente alcançou esse feito.
Nascia ali o Vasco da Gama.
O Club Náutico Capibaribe, entre os que
disputam o Brasileirão de futebol em
2013, foi o último dos clubes de remo a ser
fundado. Apesar de a data oficial de sua fundação ser dia 7
de abril de 1901, sua história teve o início em 1897. Depois de
terminada a Revolta de Canudos, os recifenses receberiam
as tropas pernambucanas. Como parte da programação
que recepcionaria os soldados do estado estava uma grande
regata, para o dia 21 de novembro daquele ano, com os
atletas do clube Recreio Fluvial, que faziam excursões do Rio
Capibaribe até os bairros Poço da Panela e Apipucos. Mais
tarde, o Recreio Fluvial uniu-se ao Clube dos Pimpões, e
surgiu assim o Club Naútico Capibaribe. No dia 14 de julho de
1909, os estatutos do clube foram modificados em assembleia,
estendendo as atividades esportivas e o futebol foi inserido
oficialmente no clube.
Dois clubes fundiram-se e surgiu o Botafogo
de Futebol e Regatas
botafogo
Um dos maiores feitos dos remadores rubro-negros
aconteceu em 1932 e foi completar a travessia Rio-Santos
em cinco dias, participaram os atletas Ângelo Gammaro,
Everardo Peres da Silva, Alfredo Correia e Antônio Rebelo
Júnior. Uma curiosidade é que os apelidos, muito comuns
nos dias de hoje entre os jogadores de futebol, já faziam
parte dos costumes dos remadores. Antônio Rebelo Júnior
era chamado de O Engole Garfo e Alfredo Correia era o
Boca Larga.
Equipe do Flamengo da década de 80 e Fabiana Beltrame,
um dos grandes nomes do remo nacional
flamengo
Duas gerações do remo do Vasco:
1953 e 2009
vasco
Remos do Náutico:
anos 60 e 2013
náutico
c
R
34 PERFILNÁUTICO
F
PERFILNÁUTICO
35
19. MUNDO NÁUTICO
clubes de regatas e futebol
corinthians
REGATAS CARIOCAS
O futebol sempre foi
prioridade no Sport
Club Corinthians
Paulista. Entretanto, em 1933 o
clube implantou uma equipe de
remo em seu quadro de modalidades
esportivas. Devido a isso, o escudo do
clube sofreu uma modificação. Foram
acrescentados um par de remos e uma
âncora, mantidos desde então. A artefinal é de autoria do pintor Francisco
Rebolo Gonsales, ex-jogador do
Corinthians. Para explicar o apelido
de Timão, existem duas versões: uma
diz que o apelido veio em decorrência
de uma confusão. Após ser incluído
o remo e a âncora no escudo do
clube, muitos achavam que as partes
formavam um timão de navio. A outra
versão afirma que, em 1966, o clube
enfrentava um jejum de 12 anos sem
títulos e o então presidente Wadih
Helu resolveu montar um timaço para
dar fim ao jejum. Jornais passaram
a publicar manchetes chamando o
Corinthians de “timão”. Mas o time
não vingou, a torcida adversária
entoava nas arquibancadas o grito de
“cadê timão?” e o apelido foi pegando.
Essa equipe conquistou apenas o
torneio Rio-São Paulo de 66, título
divido com Santos, Vasco e Botafogo,
que chegaram empatados na primeira
posição.
A Enseada de Botafogo era a preferida dos
esportistas. A água relativamente calma e a
proximidade com o centro da cidade, onde
estavam as sedes da maioria dos clubes,
consagraram o local. Na praia, uma estreita faixa
de areia recebia os barcos após as regatas, tendo
à sua volta um público empolgado, cuja presença
conferia mais brilho aos eventos. O Pavilhão de
Passos testemunhou inúmeros eventos, como o
primeiro Campeonato de Remadores do Brasil,
em 1911, disputado com barcos de quatro remos
e vencido pelo Rio de Janeiro, e uma regata
internacional em 1922, em comemoração ao
centenário da Independência. A partir de 1927,
as competições seriam disputadas na Lagoa
Rodrigo de Freitas, levando a seu abandono
e desaparecimento. Suas imagens, contudo,
permanecem como testemunho do nascimento do
esporte como atividade popular e indissociável
da vida moderna do Rio de Janeiro.
H I ANS
IN T
1910
36 PERFILNÁUTICO
U L IISTA
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CORINTHIANS
Enseada de Botafogo, ponto tradicional das maiores
regatas de remo do Rio de Janeiro
20. MUNDO NÁUTICO
evento ferretti
Luiza Possi e Ed Motta foram atrações para os convidados
família ferretTi
Em sete dias, evento reúne vips na 1ª Ferretti Weekend
Por Leo Suzuki
Desfile do estilista Carlos Miele
38 PERFILNÁUTICO
O anfitrião Marcio Christiansen ao lado de Ray Bretas e Carlos Mieli, e a bordo de um Ferretti
C
om o objetivo de oferecer
conforto e exclusividade
de atendimento aos seus
atuais e futuros clientes,
o Ferrettigroup Brasil
promoveu entre os dias 25 de abril
e 1º de maio a primeira edição
da Ferretti Weekend. Estiveram
presentes mais de 150 famílias que
compõem o Club Famiglia Ferretti,
além de banqueiros, presidentes de
empresas e personalidades da alta
sociedade.
O evento foi realizado no
Portobello Resort, na região de
Mangaratiba, no Rio de Janeiro.
“Estamos procurando cada vez
mais proporcionar aos clientes
experiências com a marca para
que ele possa recordar desses
momentos para sempre”, ressalta
o gerente de Marketing do
Ferrettigroup Brasil e idealizador
do evento, Ricardo Kurtz. Em
sete dias de puro luxo e glamour,
os vips puderam desfrutar
de shows musicais exclusivos
com Luiza Possi, Ed Motta, Leo
Maia e Vanessa Jackson. Na
ocasião, os convidados também
se deslumbraram com o desfile
de moda do renomado estilista
brasileiro Carlos Miele. Um ateliê
de costura foi estruturado no local,
onde Miele criava, na hora, roupas
para os participantes.
O EVENTO FOI
rEALIZADO NO
PORTOBELLO rESORT,
NA REGIÃO DE
MANGARATIBA (RJ)
Para manter sempre a boa forma,
o evento disponibilizou oficinas de
esportes com importantes nomes
do setor, como o tenista Ricardo
Melo, o jogador de vôlei Tande e
os craques do futebol Serginho
Chulapa e Vampeta. O menu foi
comandado pelo chef de cozinha
francês Claude Troigros, que além
de cozinhar ministrou oficinas
gastronômicas. “Nosso objetivo
não foi atender 4 mil pessoas às
pressas, mas atender muito bem as
400 mais importantes”, comenta
Marcio Christiansen, CEO do
Ferrettigroup Brasil.
Durante toda essa programação
exclusiva, o Ferrettigroup deixou
à disposição seis modelos de
iate – 530, 620, 660, 700, 750 e
830 – aportados para visitação e
passeios pelas águas cristalinas de
Mangaratiba.
Para saber mais sobre o Ferretti
Weekend e até mesmo participar
das próximas edições, acesse
ferrettiweekend.com.br ou ligue
para (11) 3552 4000.
PERFILNÁUTICO
39
21. MUNDO NÁUTICO
evento ferretti
530: A embarcação pode atingir até 32 nós de velocidade
máxima e 28 nós em cruzeiro. Tem capacidade para 14
pessoas a bordo e acomodação para seis pessoas mais um
tripulante. O diferencial da 530 é o sistema opcional ARG
(Anti Rolling Gyro), que reduz 50% das oscilações laterais
quando o barco está ancorado.
620: A grande área social, tanto no convés
principal quanto na parte externa, é o diferencial
da Ferretti 620. A lancha vem equipada com dois
motores Man V8 900 CR. Sua autonomia máxima
é de 320 milhas náuticas (590 km).
660: As janelas e vigias da 660 são amplas, garantindo
bom uso da luz natural para iluminar os ambientes
internos. A lancha possui quase 20 metros de
comprimento e tem capacidade para 18 pessoas. No
pernoite, acomoda seis pessoas em três espaçosas
cabines.
os seis modelos do ferretti weekend
700: A lancha foi projetada com um conceito
ecológico. Duas baterias de gel alemãs de 2 mil
ampères permitem deixar desligado o gerador
por até 24 horas, proporcionando aos passageiros
momentos únicos de silêncio.
750: O design clássico da 750 alia a personalidade forte
e a elegância dos tons quentes. O modelo foi projetado
para aqueles que gostam de espaço interior e esplêndida
decoração.
830: Alguns dos destaques da 830 é o flybridge
e a cozinha que acompanha o mesmo padrão de
uma residência luxuosa. Além do amplo quarto
principal, a lancha possui duas cabines de
hóspede e uma cabine vip com cama de casal.
40 PERFILNÁUTICO
22. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
A vida é melhor
com velas içadas
Tradição, prazer, glamour e aventura estão a bordo dos veleiros quase
sempre. Não importa o tamanho do casco nem a dimensão da vela. Paz,
silêncio, mar, sol e horizonte compõem a moldura deste mosaico de
emoções, claro, em condições normais de temperatura e pressão
Por Guilherme Aquino
42 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
43
23. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
O
vento e a água estão ali,
à disposição dos iatistas,
e não discriminam
ninguém. Eles são os
mesmos para todos. É
difícil encontrar uma integração,
uma interação maior entre o homem
e as forças da natureza que não seja
aquela proporcionada pela navegação
em um barco a vela.
No mar, mesmo com todas as
suas armadilhas, o iatista usa os
elementos a seu favor, sempre, em
quaisquer condições de vento e
corrente. Um veleiro singra entre
dois ambientes que alimentam a vida
no planeta: o ar e a água. O barco
a vela é o elo destes dois elementos
fundamentais e dos quais captura a
energia para se deslocar seguindo a
rota traçada pelo comandante.
E neste jogo de forças é o raciocínio
humano que faz a diferença.
É ele quem determina a busca pela
melhor angulação possível para uma
navegação perfeita. O barco a vela
é o intérprete de um maravilhoso
diálogo entre o homem e a natureza.
E dizem que, ao longo do tempo, o
barco adquire a personalidade do seu
comandante. É sob um céu estrelado
e um mastro como firmamento que o
esplendor de uma embarcação a vela
reluz mais ainda.
Antiguidades à parte
Os veleiros históricos chegam aos
nossos dias impregnados de maresia
e sabor de conquista de tempo e
dinheiro. A arte da construção
naval de porto ganha impulso no
começo do século 16, graças aos
ricos comerciantes holandeses. A
navegação, como passatempo e lazer,
nasce nos Países Baixos, por óbvias
razões, devido ao inconveniente e
frio vizinho, o Mar do Norte, sempre
pronto a provocar inundações em
terras abaixo do seu nível.
44 PERFILNÁUTICO
A infinidade de canais deu à
Holanda o know-how e a primazia
do pioneirismo na navegação de
cabotagem, a princípio, realizada
em águas internas por segurança,
através dos “jaghts” que serviam tanto
para o transporte de mercadorias
quanto de passageiros. E pouco a
pouco passaram a transportar apenas
o proprietário e amigos em dias de
festa e lazer, a bordo do pequeno
veleiro com apenas um mastro... Dali
a cultura náutica desportiva iria parar
nas águas da realeza britânica, do
outro lado do Canal da Mancha, no
Estreito de Solent, na ilha de Wight.
A pronúncia da palavra “jaght”, de
origem alemã, aproximava-se de
“yacht”, e desta derivação semântica e
traduzida nasceria o vocábulo “iate”.
De lá para a então colônia americana,
na margem oposta do Oceano
Atlântico, seria apenas uma questão
de tempo, pouco tempo.
A passagem do temor reverencial
O BARCO A VELA É
O ELO ENTRE DOIS
ELEMENTOS: A ÁGUA
E O VENTO
ao prazer absoluto do homem
com relação ao mar levou tempo e
consumiu três séculos e parte da
riqueza acumulada numa época de
grande fermentação capitalista. O
turismo florescia e a navegação de
cruzeiro, um privilégio para poucos,
ganhava força com a presença de
industriais e banqueiros que investiam
muito dinheiro na construção de
embarcações de vanguarda que, de
uma maneira ou de outra, deveriam
ajudar em seus negócios. Ter um
veleiro era e, ao bem da verdade,
ainda é, uma questão de “status
PERFILNÁUTICO
45
24. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
symbol”, da série “eu sou o barco
que tenho”. No final do século
19, na Europa e nos Estados
Unidos, o grau de influência de
uma personalidade local ainda
podia ser medido em função do
tamanho do veleiro usado como
“o metro do poder”. Este rito
de amadurecimento começou
lentamente quando se descobriu
que a Terra não era quadrada e
que a linha do horizonte não era
a fronteira entre o início e o fim
do mundo nem era povoada por
monstros marinhos.
Atualmente, o único monstro
aquático que se conhece, além
do famigerado, escorregadio e
mal visto Ness, é o gigantesco
AC72 pés, criado para a Copa
América de vela deste ano. O
megacatamarã, longo em 22
metros e largo em outros 14, com
a vela rígida e alta de 40 metros,
já cobrou um trágico pedágio – o
campeão olímpico Andrew “Bart”
Simpson, tático da equipe sueca
Artemis, pagou com a vida uma
acidental capotagem durante os
treinos na Baía de São Francisco,
Estados Unidos. Um valor
caro demais para compensar a
ousadia e audácia dos iatistas –
recompensados a peso de ouro,
mas indispostos a arriscarem a
vida a bordo de uma embarcação
movida por uma superfície vélica
de 260 metros quadrados, rígida
como a asa de um avião, voando
baixo com um mínimo de vento,
e multiplicando por três a sua
velocidade. Este monstro pode
alcançar 40 nós por hora e cada
um dos cinco tripulantes usa um
capacete e traz uma garrafa de
oxigênio junto ao colete salvavidas. Mas estas medidas de
segurança não foram suficientes
para o inglês “Bart”. E algumas
delas devem ser revistas.
46 PERFILNÁUTICO
Catamarã AC72 da equipe Emirates New Zealand
Copa América é
referência
Por ser a competição naútica
mais antiga e disputada do
mundo, a primeira edição foi em
1870, a Copa América é também
um fio condutor da história da
navegação esportiva a vela e, por
consequência, um condensado
dos melhores e maiores projetos
navais do mundo. Não por
acaso, guardadas as devidas
proporções, todas as regatas são
uma escotilha de visibilidade
para os estaleiros e, ao mesmo
tempo, um banco de provas para
testar a resistência, a velocidade,
o deslocamento e a estabilidade
das embarcações, fatores
fundamentais na avaliação de
um veleiro. Nelas, os cruzeiristas
de fim de semana torcem pelos
regatistas, numa clara distinção
social de classes naúticas que tem
a ver mais com a personalidade
do armador do que com a sua
conta bancária.
Uma minoria da elite lança-se
em aventuras como a Vendée
Globe, volta ao mundo sem
escalas, ou a famosa Volvo
Race, pelos três oceanos. E, se
os catamarãs da Copa América
O FUTURO:
MATERIAL E
TECNOLOGIA
representam o futuro, em termos
de material e tecnologia – uma
campanha na competição está
orçada em 100 milhões de
dólares –, o presente à disposição
dos amantes da vela custa bem
menos e proporciona outros
tipos de prazeres.
Lagoon 620: robusto, confortável e seguro
Beneteau
Um catamarã especial e feito para
quem não tem pressa de chegar é
um dos cartões de visita do estaleiro
francês CNB, do grupo Beneteau.
Neste segmento de barco, versões
“owner” e “charter”, os franceses
são imbatíveis. Ainda que a origem
do catamarã seja americana e a
embarcação mais moderna jamais
construída também tenha nascido
nos Estados Unidos, a tradição é
francesa. Robustos, confortáveis e
seguros, eles são uma casa flutuante
com um tanto de energia renovável a
bordo, reduzindo ao mínimo uma das
questões cruciais dos barcos a vela, ou
seja, a produção e o armazenamento
de eletricidade. A nova geração
da série Lagoon foi inteiramente
remodelada pelos arquitetos navais
Marc van Pteghem e Vincente Laurito
Prévost, responsáveis por muitas
vitórias no circuito internacional de
catamarãs, incluindo a Copa América
de 2010, quando o trimarã americano
Oracle, equipado com a vela rígida,
bateu o catamarã suíço Alinghi. E
isto confirma o quanto os regatistas
“trabalham” para a segurança e o
conforto dos cruzeiristas. O Lagoon,
não por acaso, nasceu da divisão de
pesquisa tecnológica avançada do
estaleiro Jeanneau 30 anos atrás.
PERFILNÁUTICO
47
25. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
O modelo 469 é uma das meninas dos olhos da Jeanneau
A flotilha da Dufour é capitaneada pelo imponente 450 Grand Large
Jeanneau
Dufour
Os franceses também não ficam atrás
quando o tema é veleiro veloz, elegante
e sofisticado. A gama de Sun Odyssey,
da Jeanneau, é um dos exemplos
que devem ser admirados. O modelo
469 é uma das meninas dos olhos do
estaleiro e que fez muito sucesso nas
últimas edições dos Salões Náuticos de
Gênova e de Cannes. A reboque deste
sucesso navega o 41 DS, projetado para
dar ao proprietário a sensação de ter
nas mãos um luxuoso barco maior, de
45 pés. Aliás, a criativa distribuição
dos espaços internos deste estaleiro
aposta na estratégia
A concorrência interna francesa
é grande. E o estaleiro Dufour é a
prova viva de que na disputa de
mercado acabam ganhando todos,
clientes e fabricantes. Ainda na
onda dos prêmios internacionais
recebidos pelo veleiro Dufour 36,
de “Best Crossover”, concedido
pela revista Sailing World
Magazine, e o European Yacht of
the Year, o estaleiro anunciou a sua
presença na Transquadra, a série
de regatas oceânicas, entre elas a
Barcelona-Martinica, com escala
na Madeira. A Dufour já apresentou
dez barcos de 36 pés. Eles vão estar
disponíveis para os velejadores
solitários ou em dupla, como prevê
o regulamento.
SUN ODYSSEY DA
JEANNEAU, VELEIROS
ADMIRÁVEIS
de elaborar um espaço suficiente e
transformá-lo em algo que pareça ser
bem maior. Tudo é limado e embutido
ao extremo, assim o espaço útil acaba
sempre ganhando um “upgrade”. E,
de olho nos vizinhos competidores, a
Jeunneau revelou que no próximo mês
de setembro vai lançar o seu Sun Fast
3600, e não deve ser um acaso.
48 PERFILNÁUTICO
O reconhecimento ao projeto 36 é
uma resposta do mercado a uma
embarcação híbrida, que pode ser
usada para cruzeiro ou para regata,
de acordo com as modificações
realizadas pelo proprietário
momentos antes de zarpar do
porto.
Na base em La Rochelle, templo
natural dos veleiros e iatistas do
país, o engenheiro Michel Dufour
empresta o seu sobrenome a um
sofisticado estaleiro que produz
uma das embarcações de maior
prestígio entre os membros da
comunidade náutica internacional.
Uma flotilha digna de ser
capitaneada pelo imponente 450
Grand Large equipado por duas
cabines de armador, cozinha, sala
e mesa de jogos apoiados sobre
um fundo escavado à medida para
“esconder” tudo aquilo que não é
essencial ou que não deve ficar à
mostra.
MICHEL DUFOUR
EMPRESTA SEU
SOBRENOME AO
SOFISTICADO
ESTALEIRO
Naturalmente, entre uma escotilha
e outra estão os armários e
dispensas criados para aproveitar
cada centímetro quadrado da
embarcação empurrada por uma
superfície vélica de 94 metros
quadrados.
PERFILNÁUTICO
49
26. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
O estaleiro Del Pardo celebra 35 anos com seu 43 pés
Vision 46 da Bavaria: computador de bordo facilita manobras
Bavaria e Grand Soleil
No campo das regatas e nas
rotas dos cruzeiros, os estaleiros
Bavaria, alemão, o Cantiere del
Pardo, italiano, não ficam a ver
navios, franceses, em sua maioria.
O estaleiro Del Pardo, construtor
do Grand Soleil, está celebrando
35 anos de atividades e em grande
estilo comemora o sucesso do seu
novo 43 pés.
As linhas elegantes e extremamente
fluidas escondem um casco
realizado com a mais moderna
tecnologia com o uso de fibra
de carbono e com a técnica de
sandwich. Assim o veleiro garante
maior resistência às forças em jogo,
além de ser mais leve e, por isso
mesmo, mais veloz.
50 PERFILNÁUTICO
A cozinha em L e as três cabines com
dois banheiros fazem do Grand Soleil
43 um dos grandes protagonistas da
temporada que começa neste verão
europeu.
um pouco mais preguiçoso.
O computador de bordo realiza as
manobras apenas com um toque de
botão. O cipoal de cabos e escotas é
coisa do passado. As embarcações
são de fácil leitura.
O BARCO E A VELA
IRÃO SEMPRE NA
DIREÇÃO DE UM JUSTO
EQUILÍBRIO
Cruzeiros e regatas
Já a casa alemã Bavaria traz o rigor
germânico das linhas recheado com
tecnologia de ponta e imerso num
ambiente arejado e iluminado. Os
Vision 42 e 46 facilitam a vida de
qualquer marinheiro de primeira
viagem ou de um velho lobo do mar
Enfim, as opções são muitas
e variadas. Elas são apenas a
ponta do iceberg. Por exemplo, a
escolha do tipo de vela depende da
navegação. Se for para cruzeiro,
uma das opções é de Spectra ou
Dracon por terem vida mais longa,
serem mais econômicas e simples
de confeccionar. No caso das
velas para regata, existem outras
possibilidades, como kevlar, fibra
de carbono, vectram, bem mais
caras e, paradoxalmente, frágeis,
pois precisam ser dobradas com
muita atenção. E não importa se o
iatista navega com o vento a favor
ou contra. O barco e a vela irão
sempre na direção de um justo
equilíbrio. É preciso apenas estar
muito atento para não subestimar
as forças da natureza. “Entre um
casco que flutua, quero dizer,
um barco que possa navegar, e
um veleiro pronto para enfrentar
o oceano, existe um mundo
inteiro: uma multidão de detalhes
para arrumar, transcuráveis e
desprezíveis em zonas portuárias,
mas que se torna um capital no
mar. Uma lista interminável de
coisas para comprar, ajustar,
conservar e prever. E no mar,
mesmo que se tenha previsto
tudo, o imprevisível estará.” Este
é um trecho do livro “60.000
Milhas a Vela”, da iatista francesa e
profetisa dos sete mares Françoise
Moitessier, dona de uma vida
percorrida entre a água e o vento.
PERFILNÁUTICO
51
27. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
O CORPO, O BARCO,
A NATUREZA
O velejador, antes de tudo, tem espírito desbravador. Um aventureiro em
busca do incerto e do desconhecido
Por Marcelo Buda
52 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
53
28. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
Veleiro Tangata Manu, de Ricardo Amatucci
V
elejar é uma atividade
que mistura emoção
e risco, o qual
deve sempre estar
controlado. É o prazer
emocional, ao mesmo tempo
racional, de controle da natureza.
O interesse pela prática da vela
surge, na grande maioria das vezes,
na infância ou na adolescência.
É quando sensações inéditas,
novos sentidos e significados são
descobertos e acompanharão o
jovem iniciante em todas as etapas
da sua vida, seja no barco a vela ou
pelos caminhos em terra firme.
João Calmon, mais conhecido
como Janjão Calmon, proprietário
do veleiro Sweet, um Cal 9.2 de
30 pés, conta que, nos anos 40,
ele e um amigo juntaram suas
economias, fruto de mesada dos
pais, compraram um pequeno
veleiro e começaram a velejar
na represa de Guarapiranga, em
São Paulo. “Nunca mais parei de
54 PERFILNÁUTICO
velejar, até agora, no alto dos meus
77 anos”, orgulha-se Janjão. “O
prazer de velejar traz a curtição
de chegar aos poucos e a liberdade
que sempre me leva ao primeiro
passeio de saveiro. Sempre
que estou no meu veleiro sinto
uma grande alegria.” Travessia
inesquecível? Foram tantas,
responde Janjão. “Atravessar o
Atlântico, talvez Lisboa-Santos
com escala na Ilha da Madeira.”
O PRAZER DO
VELEJADOR ESTÁ
EM ENFRENTAR
SITUAÇÕES DIFÍCEIS,
ASSUMIDAS COM
PERÍCIA
O prazer ao velejar surge não
apenas da sensação de vento no
Marina Bracuhy, em Angra dos Reis (RJ)
rosto, do sol, do céu azul e do banho
de mar em paisagens paradisíacas.
Para o velejador esses prazeres
podem ser bastante agradáveis para
seus passageiros convidados, mas
não o suficiente para ele, que quer
mais: o melhor vento, a melhor
rota, os caminhos mais inusitados,
aquela ilha escondida, aquele ponto
desconhecido e, sempre, o melhor
destino. O prazer de descobrir do
velejador está em enfrentar situações
difíceis, devidamente assumidas com
perícia e enorme satisfação.
Até que Ricardo Amatucci e sua
esposa, Diana, chegassem ao mar
foram alguns anos de aventuras.
“Éramos espeleólogos”, conta
Ricardo. “Após o casamento ficamos
preguiçosos, até que retomamos
nossa vida – digamos – de
aventuras.” O casal, influenciado
pelo pai e pelo avô de Diana, ficou
tentado a conhecer como era isso de
velejar. Os dois fizeram um curso de
vela, alugaram veleiros, velejaram
com diversas pessoas, compraram
pequeno veleiro e, com outro maior,
o Tangata Manu, de 30 pés, em 2009
fizeram uma travessia até Santa
Catarina e em 2010 até Salvador,
passando por Abrolhos. “Levamos
nossa filha, então com nove anos
para todas as viagens. Hoje estamos
vendendo o veleiro para comprar um
maior.” Onde eles vão parar? Caribe?
Europa? “Aonde a paixão pelo mar e o
vento nos levar.”
É claro que para sentir prazer em
velejar não é necessário se aventurar
pelos sete mares e dar uma volta ao
mundo. Um simples passeio pela
costa pode ser bastante agradável, um
fim de semana navegando pode ser
memorável, mas quem nunca sonhou
em sair pelo mundo? Longe de tudo,
perto de si!
Qual o tamanho?
Há um veleiro adequado para cada
uso. Um barco para passeios curtos
de fins de semana não serve
para cruzeiros longos de vários
dias. Veleiros desenhados para
competições não têm o conforto
necessário para a família. Fazer
ajustes e adaptações pode ser
PARA ESCOLHER
O VELEIRO
CERTO, O IDEAL É
EXPERIMENTAR O
MÁXIMO POSSÍVEL
perigoso e colocar em risco a
segurança dos tripulantes.
Para escolher o veleiro certo, o
ideal é experimentar o máximo
possível. Se você não tem
experiência com veleiros, a dica
é começar alugando. Em uma
rápida busca pela internet você
encontrará diversas empresas
de charter que oferecem veleiros
para aluguel. Conversar com
velejadores experientes também é
fundamental.
Se estiver pronto para comprar o
seu veleiro, deve saber para qual
finalidade o barco será usado.
Assim, já tem também a resposta
para as três primeiras perguntas:
Qual o tamanho certo? Quantas
pessoas irão velejar e pernoitar?
Por onde e por quanto tempo irá
navegar? Quanto maior o veleiro, a
tendência é que mais seguro e mais
confortável ele seja. Um veleiro de
23 pés acomoda duas pessoas; um
de 30 pés, três pessoas; um de 40
pés, quatro pessoas; um de 50 pés,
seis pessoas.
A seguir a Perfil Náutico apresenta
uma lista de veleiros que
atualmente são comercializados no
Brasil. A lista é grande, aproveite e
experimente.
PERFILNÁUTICO
55
29. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
A
Jeanneau apresentou
recentemente ao
mercado brasileiro
dois modelos da
linha Sun Odyssey,
assinados pelo projetista francês
Philippe Briand. Fundado em 1957,
o estaleiro francês é um dos líderes
mundiais na construção de veleiros,
entre eles os da linha Sun Odyssey.
O Jeanneau Sun Odyssey 379 possui
como principal característica a
opção de quilha curta com bolina
pivotante, possibilitando o acesso
a regiões de baixas profundidades,
muito comum em nossa costa nas
Regiões Nordeste e Sul do país.
Este diferencial, em conjunto
com seu leme duplo, torna este
veleiro capaz de ser encalhado em
praias e permanecer estável sobre
sua quilha. Já o Jeanneau Sun
Odyssey 509 conta com uma ótima
Sun Odyssey 379
JEANNEAU
NOVIDADES DA LINHA SUN ODYSSEY
RECÉM-CHEGADAS AO BRASIL
OS DOIS MODELOS
DA JEANNEAU LEVAM
A ASSINATURA DO
PROJETISTA FRANCÊS
PHILIPPE BRIAND
plataforma de popa, amplo salão
central com uma inovadora cozinha
integrada, uma surpreendente
cabine de proa e ainda a opção
do sistema “360 docking”, que
possibilita mover o barco usando
um pequeno joystick.
Salão e cozinha do modelo 379
NONNONONONONONO
NONNONONONONONO
NONNONONONONONO
SERVIÇO
Sun Odyssey 509
56 PERFILNÁUTICO
JEANNEAU NO BRASIL:
MD - BALLY - MARDIESEL
SITE: www.md-bally.com.br
TELEFONE: (21) 2543 1131
A cabine de proa e o amplo salão da 509
PERFILNÁUTICO
57
30. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
A
Delphia Yachts foi
fundada em 1990
pelos irmãos Piotr
e Wojciech Kot. É
um dos maiores
estaleiros da Polônia, produzindo
para toda a Europa e para os
Estados Unidos. No Brasil são
diversos os modelos disponíveis,
todos são veleiros destinados à
família, oferecendo alto nível de
conforto para as estadias mais
longas a bordo. O Delphia 33.3
tem um banheiro espaçoso e duas
cabines duplas com excelentes
acomodações de luxo. Vale
destacar a cozinha bem equipada
e o salão espaçoso do Delphia
40.3, que possui três confortáveis
cabines. O salão possui uma
mesa para até oito pessoas.
Delphia 40.3
DELPHIA YACHTS
SENTIMENTO DE LIBERDADE
COM SOTAQUE POLONÊS
NO BRASIL A
DELPHIA TEM
DIVERSOS MODELOS
DISPONÍVEIS, TODOS
DESTINADOS À
FAMÍLIA
Delphia 33.3: duas cabines duplas
Cozinha bem equipada e o salão espaçoso do Delphia 40.3
O Delphia 47 é o carro-chefe da
família Delphia. Disponível em
duas versões, com três ou cinco
cabines. O interior moderno
e elegante possui um salão
iluminado e arejado, além de
estar equipado com uma cozinha
muito bem planejada.
SERVIÇO
Delphia 47
58 PERFILNÁUTICO
DELPHIA YACHTS NO BRASIL:
FORUM MARINE
SITE: www.forummarine.com
TELEFONE: (21) 2158 1084
Delphia 47, o carro-chefe da família Delphia: três ou cinco cabines
PERFILNÁUTICO
59
31. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
M
ichel Dufour fundou o
estaleiro Dufour em La
Rochelle, na França,
em 1964, pensando no
velejador que aprecia
as emoções da vela, bem como o
conforto das comodidades a bordo.
O Dufour 335 é o menor veleiro do
estaleiro e conta com um cockpit
fantástico e um espaço interno muito
bom. O Dufour 36 tem dupla vocação:
cruzeiro e regatas. É rápido, mas com
design atraente e layout interior e
exterior funcional. O Dufour Grand
Large 410 foi projetado para seduzir
tanto proprietário como tripulação. A
área do leme foi ajustada para facilitar
Dufour 335, o menor veleiro do estaleiro
DUFOUR: AS EMOÇÕES
DA VELA COM O
CONFORTO DAS
COMODIDADES A BORDO
a tarefa do comandante enquanto os
convidados têm à disposição uma
cabine espaçosa, largos passadiços
laterais e uma bela plataforma de proa.
E o Dufour 500 chama a atenção pelo
grande espaço interno, com opcional
dufour YACHTS
40 ANOS DE PAIXÃO E MUITO MAIS
O Dufour Grand Large 410 seduz o proprietário e a tripulação
de três ou quatro cabines. A
cozinha é dividida em dois
ambientes. O cockpit traseiro
também é dividido em área de
navegação e área de relaxamento.
A mesa do cockpit transforma-se
em uma cozinha ao ar livre, com
direito a churrasqueira.
SERVIÇO
Dufour 36: dupla vocação: cruzeiro e regatas
60 PERFILNÁUTICO
Dufour 500, espaço interno com três ou quatro cabines
DUFOUR YACHTS NO BRASIL:
DESCOBRE VENTOS
SITE: www.descobreventos.com.br
TELEFONE: (21) 2158 1100
PERFILNÁUTICO
61
32. CAPA
NAVEGAR É PRECISO
A
história da Beneteau
começou em 1884 na
França, no cais do Croixde-Vie, em Vendée,
quando o arquiteto
naval Benjamin Beneteau construiu
os primeiros arrastões a vela para
os pescadores. Desde o primeiro
barco de sardinha, o estaleiro tem
se caracterizado pela inovação que
caminha ao lado da paixão pela vela.
O Oceanis 41 está no centro de toda a
flotilha Oceanis, com o seu design e
casco que permitem maior velocidade
e conforto. O Oceanis 48 é um veleiro
que integra funcionalidade com beleza.
Na versão de duas ou três cabines, tem
excelente nível de conforto. E o Oceanis
55 é o mais recente lançamento. Foi
O ESTALEIRO TEM
SE CARACTERIZADO
PELA INOVAÇÃO QUE
CAMINHA AO LADO DA
PAIXÃO PELA VELA
bENETeAU
eleito o melhor veleiro acima de 50
pés no Miami Boat Show 2013. Em
cinco versões, de três a cinco cabines,
ESTALEIRO FRANCÊS PRESTES A COMPLETAR
130 ANOS DE INOVAÇÃO
Oceanis 41: no centro da flotilha
Oceanis 48: funcionalidade e beleza
com dois a quatro banheiros, o
espaço interno foi privilegiado e
as grandes janelas garantem um
interior bem iluminado e arejado.
A plataforma de popa retrátil
estende-se ao nível da água,
garantindo mais aproveitamento
em dias de lazer.
SERVIÇO
BENETEAU NO BRASIL:
SITE: www.beneteau.com.br
TELEFONE: (21) 3478 0045
Oceanis 55: o mais recente lançamento
62 PERFILNÁUTICO
Salão do Oceanis 48
SAILING IMS:
SITE: www.sailingims.com.br
TELEFONE: (21) 3154 9990
PERFILNÁUTICO
63
33. Canal Náutico
farmácia a bordo
remédios naturais
No mar é sempre importante estar prevenido e saber como
buscar soluções, caseiras ou não, para problemas comuns
Bicho
geográfico:
A
Gelo. Use uma
toalha e um
saco plástico e
amarre em cima da
coceira. Quanto
mais cedo melhor,
já que o bicho
geográfico morre
de frio.
ssim como em
casa, no barco
é necessário
ter um kit
para socorros.
Afinal, mesmo aproveitando
momentos de lazer, ninguém
está livre de acidentes,
queimaduras do sol, de águaviva ou ferimentos, causados
por um espinho de ouriço-domar, por exemplo. Para que as
pessoas possam aproveitar os
passeios em regiões isoladas
de hospitais e atendimento
médico, uma minifarmácia a
bordo é essencial e, em alguns
casos, obrigatória.
Armazenamento dos
remédios
Devido a temperaturas altas
e umidade acima de 75%,
remédios podem estragar em
um mês, mesmo quando sua
validade é de dois anos. A dica
é guardar medicamentos em
compartimentos herméticos.
Verifique a validade dos
remédios a cada mês e faça a
troca se necessário.
Um kit de primeiros-socorros
deve conter analgésico,
pomadas para queimaduras
e antibacterianas, água
oxigenada, antissépticos,
gaze, ataturas de crepe,
esparadrapo, tesoura e pinça.
Se o barco for grande, acima de
15 passageiros, a Marinha exige
que a sua farmácia de bordo
contenha os seguintes itens:
64 PERFILNÁUTICO
kit náutico
de primeiros socorros
Ácido acetilsalicílico
Álcool
Loção de camomila
Colírio de clorofenicol
Antisséptico de timeroBal
Água boricada
Água oxigenada
Xilocaína
alívio da dor
assepsia
irritações na pele
infecção ocular
Cloroquina ou mefloquina
Clorpromazina
Antiácido de hidróxido
de alumínio
Hidróxido de magnésio
Iodeto de potássio
Hidratação:
Diarreia:
Água sem gás
ou água de
coco.
Coco verde novo
ou soro caseiro
(uma colher de
sal e duas de
açúcar em
1 litro de água).
para malária
(somente em áreas
de risco)
contra enjoo
Picada de insetos:
Água salgada ou
cebola.
para os olhos
para ferimentos
anestesia local
para indigestão
expectorante
Curativos tipo band-aid
(3 caixas)
Ataduras de crepe
Ataduras de gaze
Cotonetes e esparadrapo
livro de primeiros socorros
Vômito, enjoo:
Termômetro clínico
talas diversas
Bacia de 20 cm de diâmetro
Copos descartáveis
Tesoura reta de 12 cm
Bolsa térmica para água
Torniquete
desinfetante doméstico
Ferimento:
Lavar com água e sabão
de coco e passar iodo
ou Merthiolate.
Assadura:
Manter-se alimentado.
90% dos enjoos por
balanço do mar são
agravados pela falta
de alimentação.
Pomada de própolis.
PERFILNÁUTICO
65
34. Canal Náutico
aos pescadores dE Plantão
A nova linha de sonares e
combos PiranhaMax, da Sonar
Humminbird, é ideal para a pesca
esportiva e para os esportes de
recreio. Os equipamentos com
tecnologia de ponta apresentam
tela brilhante modelo Color TFT,
GPS com trackplotting, leitura
de velocidade e profundidade,
além de temperatura de água
e identificação de estruturas e
peixes em cores. São indicados
para uso em barcos de
pequeno e médio porte.
www.aquabrazil.com.br
conjunto tenax
PILOTANDO COM
ESTILO E CONFORTO
O novo banco de piloto Dragonfly, da marca
italiana Besenzoni, foi um projeto minimalista. No
conceito do design, linhas simples dão praticidade
e funcionalidade ao equipamento. O banco possui
assento basculante e braços que podem ser ajustados
manualmente. E, para contribuir com a decoração
da embarcação, o cliente pode escolher cores,
estofamentos e até as formas da costura.
www.besenzoni.it
Os botões Tenax não oxidam, pois são feitos com
bronze niquelado. São ideais para a fixação de
toldos, capotas e coberturas. As peças possuem
sistema de fechamento adequado para tecido,
couro e tapetes e são utilizadas nas indústrias
náutica, automobilística e aeronáutica. Além disso,
seu travamento é automático e sua liberação rápida.
O conjunto é composto por botão, arruela e pino.
www.formulaimport.com.br
66 PERFILNÁUTICO
35. O motor V12-1650, da
fabricante MAN Truck & Bus
AG, com construção compacta,
impressiona tecnicamente
por proporcionar conforto e
eficiência. Com binário de 5.520
newtons metros a 1.200 rotações
por minuto, tem potência
suficiente em baixas rotações
e é silencioso nas velocidades
médias. O motor foi desenvolvido
para proprietários de iates com
comprimentos até 100 pés, que
gostam de viajar e percorrer
trajetos mais longos.
Canal Náutico
Canal Náutico
ASSINATURA DIGITAL
EM ALTO-MAR
POTENTE E SILENCIOSO
O Certificado Digital é
um serviço que permite a
pessoas e empresas assinarem
documentos e autorizarem
transações de forma segura
e sustentável, de qualquer
parte do mundo. Basta um
computador com acesso à
internet. O primeiro contrato
digital com validade jurídica
em alto-mar foi assinado pelo
velejador Beto Pandiani, por
meio do Portal de Assinaturas
Certisign, que patrocinou
sua última aventura com o
companheiro Igor Bely na
travessia do Atlântico.
www.man-engines.com
ww.certisign.com.br
POTÊNCIA COM
CUSTO JUSTO
A nova linha de motores da Toyama Marine
traz excelente relação custo-benefício, alta
tecnologia e facilidade de utilização e de
manutenção. Seis modelos de popa, de dois
tempos e refrigerados a água, compõem
a linha. Este que você vê na imagem é o
modelo TM 9.8 TS. Bom para o cliente que
quer mais força e potência na navegação.
O equipamento, de 9,8 HP, é composto por
uma marcha à frente, ré e neutro com um
consumo aproximado de 5,1 litros/hora.
www.toyama.com.br
68 PERFILNÁUTICO
LUZ PARA TODA OBRA
A lanterna Super Cree
LED, da LDU do Brasil,
garante luz mais branca,
possui maior durabilidade
e é essencial para passeios
e aventuras ao ar livre. O
equipamento possui dois
níveis de iluminação, zoom
de 2000X e alcance de 150
metros para você enxergar
o que está bem adiante.
O produto tem uma alça
que facilita o transporte
e também pode virar um
miniabajur por meio de um
compartimento de
luz regulável.
www.ldudobrasil.com.br
PERFILNÁUTICO
69
36. www.nautilus-hausboote.de
EASYPATH NA
WEB
Terrenos à beira d’água estão
custosos, mas dentro da água
o negócio sai de graça – até
porque água não tem dono.
A empresa alemã Nautilus
Hausboote, especializada nas
inovações das casas náuticas,
oferece imóveis, com pouco
mais de 30 metros quadrados,
em qualquer ponto desejado
de um lago ou represa. A
casa pode ficar ancorada
de maneira provisória ou
permanente. O cliente é
quem manda. Inovação que
surpreende!
MERGULHE EM
UM SONHO
SEGURANÇA NA
VELOCIDADE
Canal Náutico
Canal Náutico
CASA DA ÁGUA
A Seascooter GTS da Sea-Doo é diversão garantida
para um mergulho dos sonhos. O equipamento,
que atinge até 4,5 quilômetros por hora e vai até
30 metros de profundidade, é projetado para o
uso em água salgada. A bateria possui autonomia
de até uma hora e meia em aceleração normal e 30
minutos com aceleração máxima. A Seascooter
tem sistema de segurança anti-choque, prevenção
de superaquecimento e hélice selado.
Esse é
o mais
novo modelo de
colete salva-vidas da Ativa.
O equipamento, que alia segurança, estilo e
conforto, foi desenvolvido para esportes aquáticos
de alta velocidade. O colete é testado e certificado
pela Marinha do Brasil. O produto está à venda em
três cores: preto, vermelho e laranja.
PLANEJAMENTO DE
REVISÃO ON-LINE
www.regatta.com.br
www.ativanautica.com.br
A MAIS RÁPIDA DO MUNDO
Os acessórios náuticos da marca EasyPath agora
também podem ser comprados com facilidade e
garantia pela internet. A empresa disponibiliza toda
sua linha de produtos em seu mais novo canal na
web. Vale a pena acessá-lo no conforto de sua casa e
realizar compras direto com o fabricante. A loja online aceita todos os cartões de crédito e também há a
possibilidade de efetuar o pagamento por meio
de boleto bancário.
www.easypathstore.com.br
A Volvo Penta Brasil oferece aos seus clientes
a “Revisão Planejada Volvo Penta”. Em uma
página na internet, a empresa disponibiliza uma
consulta instantânea dos valores dos serviços,
peças e lubrificantes das quatro primeiras revisões
programadas para motores de embarcações de lazer.
A ferramenta on-line visa a oferecer comodidade
aos clientes da marca e à padronização de valores em
todo o território nacional.
www.volvopenta.com.br
A Mercedes-Benz lançou no Miami
Boat Show deste ano a Cigarrete AMG
Electric Drive Concept. A lancha
elétrica de 38 pés é inspirada na
Mercedes SLS AMG Electric e usa a
mesma motorização do automóvel.
Por isso foi considerada a lancha
mais rápida do mundo, chegando
a 160 quilômetros por hora. A nova
embarcação foi criada em parceria
com a Mercedes AMG – divisão de
performance da montadora alemã – e
a equipe de corrida Cigarrete Racing.
A lancha não emite poluente.
www.cigaretteracing.com
70 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
71
37. Canal Náutico
O SUPERIATE PREDADOR
Projetado pelo renomado designer
italiano Christian Grande, o
Acapulco 55 foi idealizado para as
pessoas que amam fortes emoções
e velocidade em alto-mar. O
superiate, de 55 metros, com
design inspirado nos predadores
UM NOVO
CONCEITO
DO FUTURO
www.luizdebasto.com
72 PERFILNÁUTICO
selvagens, destaca-se pela ampla
proa: espaço ideal para um
lazer completo que abriga uma
grande piscina. No interior do
Acapulco, Grande criou cores
que contrastam com materiais
e superfícies com brilho que se
O designer brasileiro Luiz de Basto
apresentou recentemente em seu
site o projeto Quartz 55M. O iate
de 55 metros de comprimento
total possui curvas suaves e é
considerado um novo conceito
para o futuro. Com janelas do
chão ao teto, o Quartz 55 lembra
uma caixa de vidro e foi inspirado
por modernos arranha-céus. A
alternam com o piso fosco. O teto
tem tons de bronze. Um verdadeiro
espetáculo de atitude!
www.christiangrande.com
construção deste iate, segundo o
designer, é “perfeitamente viável,
com um custo que não excede
projetos convencionais do mesmo
tamanho”. No entanto, o desafio
da engenharia para sua realização
está na quantidade de vidro e nas
partes móveis. Tais elementos são
destaques do projeto, tornando-o
único.
38. A LOJA-CONCEITO – AINDA
SEM NOME ESTABELECIDO –
DEVE INAUGURAR EM JULHO
DESTE ANO, EM SÃO PAULO
e iluminação e automação são
alguns dos diferenciais da loja-
conceito. Além disso, também
terá o serviço de reforma de
embarcações.
Segundo Tânia, a loja será uma
amostra de decoração com tudo
de que o cliente precisa para
personalizar seu barco e decorar
sua casa, por fora e por dentro.
SERVIÇO
Para mais informações sobre o novo empreendimento de Tânia Ortega, ligue
para (11) 4193-3643 ou envie e-mail para tania@tuttoabordo.com.br.
Tânia Ortega, grandes projetos para a Ferretti
ASAS À Imaginação
A designer de interiores do grupo Ferretti Brasil, Tânia Ortega, alça novos rumos e
conta com exclusividade à Perfil Náutico sobre o seu empreendimento próprio
Por Leo Suzuki
Ela sempre foi apaixonada pelo
mar. Seu pai adorava pescar
e vivia no litoral norte de São
Paulo. Seu irmão era velejador e
sonhava em dar a volta ao mundo.
Por ironia do destino, casouse com um velejador. Formada
em Design de Interiores, Tânia
Ortega consolidou sua história
trabalhando no departamento
de marketing do Grupo Ferretti
Brasil.
Durante 20 anos de contrato
exclusivo com o estaleiro, a
74 PERFILNÁUTICO
DE UMA FAMÍLIA
APAIXONADA PELO MAR,
POR IRONIA DO DESTINO
TÂNIA CASOU-SE COM UM
VELEJADOR
designer foi responsável por
decorar grandes projetos e
consequentemente adquiriu
prestígio suficiente para ousar em
sua carreira profissional.
Para Tânia, cada trabalho realizado
é único. “Meu maior projeto de
destaque é sempre o último”,
destaca a designer, que projeta
um empreendimento próprio,
trabalhando com diversas marcas
que abrangem o mercado de
decoração em embarcações,
corporações e residenciais,
além de atender profissionais de
arquitetura e design.
Conforto e requinte, marcas registradas da designer
“Resolvi criar asas e trabalhar
com outras marcas também, com
o mesmo carinho que sempre tive
com a Ferretti.”
PERFILNÁUTICO
75
Canal Décor
Canal Décor
A loja-conceito – ainda sem nome
estabelecido – deve inaugurar em
julho deste ano, em São Paulo,
na Alameda Gabriel Monteiro da
Silva, local onde estão situadas as
melhores lojas de decoração do
Brasil. O empreendimento é uma
parceria entre as empresas Tutto a
Bordo - a qual Tânia representa -,
Avantime e Sergio Fahrer Design
Mobiliário. Linha de tecidos
importados de alta qualidade,
linhos italianos, revestimentos
austríacos, pisos sofisticados
39. Canal Décor
PERSONALIZAÇÃO
EXCLUSIVA DA SESSA
A coleção inspirada nas ondas
e nas profundezas do mar,
do designer Fábio Rotella, foi
projetada exclusivamente para
a personalização dos barcos do
estaleiro italiano Sessa Marine. As
estampas, que foram apresentadas
neste ano durante o Design Week
de Milão, arrancaram suspiros
dos visitantes. Na mostra, cada
ambiente decorativo contou
com uma cenografia teatral,
que continha sereias dançantes
Canal décor
decoração náutica e sofisticação a bordo
DURABILIDADE E
FUNCIONALIDADE
Os metais Docol possuem
uma cobertura biníquel
que garante maior durabilidade
em ambientes com elevado índice de
salinidade atmosférica, como regiões litorâneas
e em embarcações. Os produtos passam por testes de
corrosão em laboratório e apresentam resistência de 200
horas em câmara salina – ultrapassando a norma brasileira,
que é de 144 horas, e a europeia, de 180 horas. Ótima opção
para deixar sua embarcação ainda mais bonita e funcional.
www.docol.com.br
76 PERFILNÁUTICO
e motores suspensos com grandes
peixes. A criação também é uma
grande homenagem de Rotella ao
cineasta francês Georges Méliès.
www.sessamarine.com.br
PEQUENOS LUXUOSOS
Projetos de interiores sofisticados
e personalizados, com a mesma
qualidade e requinte dos grandes
iates, é tendência no mercado náutico
contemporâneo. E é essa novidade que
o escritório catarinense Sarah Penido
Arquitetura vem implementando. Seus
projetos, em lanchas de 27 a 50 pés, são
focados na inovação e na tecnologia,
proporcionando aos seus clientes
conforto em um ambiente luxuoso.
O escritório já apresentou seus
trabalhos em grandes eventos náuticos,
como Rio Boat Show, São Paulo Boat
Show e Exponáutica.
www.sarahpenido.com
40. Uma pequena faísca pode se tornar um incêndio em minutos
fogo a bordo
Por Jorge Nasseh
O
s historiadores
acusam Nero de ter
posto fogo em Roma
e matado a mãe,
um exagero. Talvez
seja em parte verdade. Mas, sem
testemunhas, os historiadores
da época, especialmente Tácito
e Seutônio, com os salários
atrasados, não pouparam o
imperador lunático. No ano 64
d.C., durante cinco dias, o fogo
destruiu mais da metade da cidade
com um número incalculável de
mortos.
Dizem que Nero gostaria de
fazer uma reforma arquitetônica
em Roma e remover boa parte
dos prédios e barracas de um
“camelódromo” perto do seu
78 PERFILNÁUTICO
palácio e mandou atear fogo em
tudo. O mais provável, porém,
é que nestas construções de
madeira, ocupadas por escravos
e prostitutas, que usavam fogo
para cozinhar, iluminar e aquecer
o ambiente, o incêndio tenha se
iniciado acidentalmente. Depois
que o fogo começou, um vento
forte o fez se alastrar em minutos.
PARA OCORRER FOGO A
BORDO SÃO NECESSÁRIOS
TRÊS ELEMENTOS:
CALOR, COMBUSTÍVEL E
COMBURENTE
Dizem, inclusive, que, do terraço
do palácio, vendo a cidade em
chamas, Nero começou a tocar sua
lira, mas isso também não deve ser
verdade.
A situação é bem parecida
quando um barco de fibra ou de
madeira pega fogo. Nada como
uma mistura de fiação elétrica
e combustível, condimentados
por água, sal e vento, para uma
pequena faísca se tornar um
incêndio em minutos. Para ocorrer
fogo a bordo são necessários três
elementos: calor, combustível e
comburente, este normalmente
é o oxigênio. Vapores do tanque,
vazamentos nas mangueiras e
porão sujo misturam-se com
o ar criando uma atmosfera
explosiva na casa de máquinas
ou no porão da lancha. A fonte
Outra situação séria é um curtocircuito cujo calor gerado queime
matérias inflamáveis próximas. A
lista é grande: tecidos, forrações,
carpetes, espumas, tintas, adesivos.
Circuitos mal dimensionados,
não acondicionados em material à
prova de fogo, espaguetes plásticos,
terminais mal fixados são fontes
certas de problemas, pois do outro
lado você tem fogão elétrico, secador
de cabelo, micro-ondas, alimentação
de terra. Caso mal instalados, em
locais com pouca ventilação, a
temperatura pode ficar tão alta
que algum material em volta pode
inflamar e gerar um grande incêndio
em segundos.
Uma pesquisa da guarda costeira
americana mostra que 90% das
ocorrências de fogo são geradas por
três problemas que os estaleiros
deveriam evitar. Mais da metade
são relacionados aos sistemas de
corrente contínua, como baterias,
cabos de conexões e ligação, fiação
de bomba de porão ou mesmo a
abrasão da fiação passando por locais
onde haja vibração ou contato com
equipamentos metálicos que podem
cortar a fiação. Cabos conectores
de energia de terra também estão
na lista. O segundo problema
mais frequente é o péssimo
dimensionamento da ventilação
da praça de máquinas que eleva
a temperatura até uma possível
combustão. Não são raros os casos
TRÊS PROBLEMAS QUE OS
ESTALEIROS DEVERIAM
EVITAR SÃO RESPONSÁVEIS
POR 90% DAS OCORRÊNCIAS
DE FOGO
em que o sistema já começou
a derreter até que alguém abra
a porta ou tampa da praça de
máquinas. O oxigênio que entra e
BUM!!!!
O último caso são os vazamentos
de combustível no porão.
Frequentes em tanques de
combustível, mangueiras de
alimentação e retorno, que não
cumprem as determinações de
estanqueidade e testes da norma
NBR 14574 da ABNT.
As determinações para evitar
fogo a bordo não só dependem
da qualificação do estaleiro, mas
do conhecimento dos donos de
barcos em saber se os sistemas
elétricos, tanques e alimentação
de combustível estão de acordo
com a Norman 3 (Norma da
Autoridade Marítima Brasileira)
e a NBR 14574 (Norma Brasileira
para Construção de Embarcações
em Fibra de Vidro).
Vapores, vazamentos e porão sujo: uma atmosfera explosiva
PERFILNÁUTICO
79
Construtor
Canal do Construtor
Canal do Construtor
Canal do Construtor
de ignição para iniciar o fogo pode
ser um grande curto-circuito, uma
pequena centelha ou um local com
temperatura acima do ponto de
fulgor do combustível. Eliminando
qualquer um dos elementos não há
fogo. Manter as tampas abertas não
é muito chique, mas ajuda muito,
pois a ventilação e a renovação do ar
não deixam a mistura inflamável se
concentrar a níveis que permitam
ocorrer a combustão. Uma mistura
muito pobre dificilmente inflama,
assim como um ambiente onde só
tenha vapor de combustível não
inflamaria por falta de oxigênio, mas
é melhor não arriscar, pois o oxigênio
está em todo lugar.
41. colunna 285
www.colunna.com.br
barcos nacionais e importados, que navegam em águas brasileiras
Índice
Nesta edição fomos buscar duas embarcações brasileiras, uma do Rio de Janeiro e outra de
São José dos Pinhais – na Região Metropolitana de Curitiba. A carioca Colunna 285 é a lancha
que estava faltando no catálogo do estaleiro Colunna, um projeto realizado a pedido de
clientes. A Triton 345 é novinha em folha. Trata-se do oitavo modelo lançado pelo estaleiro
paranaense Way Brasil, que agora coloca no mercado uma lancha ideal para a família.
De fora do Brasil trazemos outros dois barcos, um americano e outro alemão, ambos disponíveis
no mercado nacional. A americana Chris-Craft, conhecida por seus barcos clássicos, remodelou
a Corsair 32, apresentou-a no salão náutico de Cannes em setembro de 2012 e agora a traz
para o Brasil. O estaleiro alemão Bavaria também chega com uma nova embarcação: a Fly
420 Virtess, que no início do ano recebeu nada menos do que o PowerBoat Europeu.
E, da Turquia, você vai conhecer o perfil do estaleiro Numarine, que também promete novidades para o
público brasileiro. Fomos a Gebze, ao lado de Istambul, conversar com Omar Malaz, o dono do estaleiro.
Ele não tem a pretensão de conquistar o mundo, mas faz o possível para explorar novos mares.
81
Colunna 285
O novo barco de 28 pés foi lançado a pedido dos clientes
89
Corsair 32
97
Triton 345
105
113
80 PERFILNÁUTICO
A versão 2013 do iate que dá continuidade
à lenda Chris-Craft
Um barco fabricado para a família
Fly 420 Virtess
O primeiro dono brasileiro pode ser você
Numarine
Escritório asiático com vista para a
Europa e olhos para o Brasil
28,5 pés e capacidade para dez pessoas
A lancha que
estava faltando
De olho nas necessidades dos seus clientes, a
Colunna lançou seu novo barco de 28 pés
Por Amanda Kasecker
PERFILNÁUTICO
81
42. colunna 285
Itens para personalização ao gosto do cliente
O
estaleiro Colunna Yachts está fechando
seu leque. Depois de quase 20 anos de
experiência no mercado náutico e de
ter barcos de 23, 32 e 43 pés, a empresa
resolveu lançar aquele que estava
faltando. Em outubro de 2012, foi lançada no São
Paulo Boat Show a Sport Cruiser 285, uma 28,5 pés
com capacidade para dez pessoas.
82 PERFILNÁUTICO
A 285 PODE SER
EQUIPADA COM UM
OU DOIS MOTORES DE
RABETA, A GASOLINA OU
A DIESEL, DE 300 A 440 HP
Com projeto inteiramente exclusivo da Colunna, a
lancha vem para suprir as necessidades daqueles que
querem um barco maior para passeio e pernoite ou
então dos que preferem algo mais acessível, prático,
mas sem perder estilo nem conforto.
A Sport Cruiser 285 pode ser equipada com um ou
dois motores de rabeta, a gasolina ou a diesel, de 300
a 440 HP, garantindo boa navegabilidade. Além disso,
foi criada com um alto padrão de estilo e qualidade,
visíveis na montagem das cabines. Com espaço interno
bem aproveitado, quatro pessoas podem pernoitar
na lancha, que ainda possui mais de 30 itens para
personalização. Tudo ao gosto do cliente.
ALTO PADRÃO DE ESTILO E
QUALIDADE, VISÍVEIS NA
MONTAGEM DAS CABINES
PERFILNÁUTICO
83
43. colunna 285
Ao gosto do cliente
Eduardo Colunna explica que, depois de passar pela
experiência de produzir barcos de tantos tamanhos, a
empresa identificou que havia um público carente de
barcos com cerca de 28 pés. São aquelas pessoas que
prezam por qualidade, já têm um barco menor e estão
precisando de um maior, mas ainda não encaram algo
tão grande, como uma de 35 ou 40 pés.
CASCO FEITO com
MATERIAIS DE PRIMEIRA
LINHA, ALTAMENTE
RESISTENTEs NA
LAMINAÇÃO
Criada a pedido dos clientes Colunna
“O comprador dessa lancha é exigente e sofisticado
em termos de qualidade e durabilidade; um público
que tem barcos menores e quer um maior”, identifica
o empreendedor. “Foi uma necessidade de mercado.
Nós tínhamos um modelo de 23,5 pés e outro de 32,5
pés e existia uma lacuna muito grande entre esses dois
modelos. Nossos clientes nos pediram muito um barco
desse tamanho (28,5 pés) e, mediante este principal
fator, desenvolvemos este novo projeto de grande
sucesso.”
84 PERFILNÁUTICO
Assim surgiu a Colunna Sport Cruiser 285. Seu projeto
foi desenvolvido pelo estaleiro em um trabalho de
seis meses que partiu do zero. “O projeto e o design
começaram do zero e são uma exclusividade da
empresa Colunna Yachts”, explica Eduardo Colunna.
“Não nos baseamos em nenhum outro barco da
categoria. Foi algo pensado somente por nós.”
O resultado de tanta dedicação foi uma lancha com
amplo solário de proa, confortáveis espaços para
PERFILNÁUTICO
85
44. colunna 285
dormir e muitos itens para personalização.
“A Colunna realizou diversas pesquisas no
mercado para avaliar a concorrência e verificar
o que há de melhor no mercado para atender
às necessidades do nosso cliente, no arranjo do
cockpit, no espaço interno da cabine... o barco foi
projetado com o que há de melhor no mercado”,
conta o empresário.
Na área externa, o primeiro destaque fica por
conta do encosto do banco do piloto. Ele é
rebatível, o que possibilita pilotar a lancha em pé
ou sentado. Isso, de acordo com Colunna, ainda
permite que se tenha um enorme solário de popa,
um grande compartimento criado na popa, logo
abaixo do solário, e ainda um bom espaço na casa
de máquina, proporcionando conforto para a
realização de revisões mecânicas. Um dos itens
opcionais desta área da lancha é a churrasqueira
elétrica, que deixa os dias muito mais proveitosos
e com um jeitinho brasileiro.
O PROJETO FOI
DESENVOLVIDO PELO
ESTALEIRO EM UM TRABALHO
DE SEIS MESES QUE PARTIU
DO ZERO
Pé-direito da cabine e do banheiro entre os maiores da categoria
E, por falar em design, esse é um dos pontos
essenciais da parte interna da 285. Nesse quesito,
o que se observa de predominante na lancha é
utilização inteligente de espaços. O barco possui
uma cabine com sofá que vira cama, uma cama
à meia-nau e um banheiro. Tanto o pé-direito
da cabine como o do banheiro são os maiores da
categoria, segundo Colunna.
Um detalhe da cabine interessante é que toda a
Outro destaque é o casco da 285. “É feito de
materiais de primeira linha: gel, resina, tecidos de
fibra de vidro, reforço com colmeia de polietileno,
formando um ‘sandwich’ altamente resistente na
laminação”, define o proprietário do estaleiro.
“Ainda é possível ousar na decoração, que é
opcional e da escolha do cliente.”
Como diferencial tecnológico, Colunna diz que
uma das coisas que realmente fazem a diferença
é que os produtos são feitos com materiais de
primeira linha, com alta qualidade estrutural e
de um acabamento de requinte e design moderno.
“Na confecção dos barcos Colunna são utilizados
materiais de alta tecnologia, como a colmeia de
abelha (Honey Comb) aplicada em placas no piso,
paredes e laterais de todo o casco como medida de
reforço, caracterizando um produto mais leve e de
alta resistência.”
86 PERFILNÁUTICO
QUALIDADE ESTRUTURAL,
ACABAMENTO DE REQUINTE
E DESIGN MODERNO
iluminação é feita com LED, tendo baixo consumo
de energia. Outro ponto positivo são os tecidos
utilizados na confecção do estofamento da cabine
interna: resistente a intempéries; ou seja, material
náutico resistente a mofo e a raios ultravioleta.
Na área externa, diversos itens opcionais
PERFILNÁUTICO
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45. colunna 285
CORSAir 32
www.americanboat.com.br
Cabine com sofá que vira cama
A cama à meia-nau é ambientada com grandes janelas
de vidro nas laterais do casco, várias vigias e gaiuta,
que permitem excelente ventilação na cabine. A cama
ainda pode ser transformada em sofá, criando uma
sala. Logo ao lado, há espaço para uma geleira com
capacidade de 130 litros e ainda um compartimento
à parte para receber uma caixa térmica sem que
atrapalhe o espaço interno da lancha.
SERVIÇO
COLUNNA YACHTS
SITE: www.colunna.com.br
TELEFONE: (11) 4366 2800
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
COMPRIMENTO TOTAL: 8,7 m
COMPRIMENTO TOTAL: 8,7 m
BOCA MÁXIMA: 2,85 m
Corsair 32, lançada em setembro de 2012
BOCA: 2,85 m
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 200 L / 280 L (opcional)
TANQUE DE ÁGUA: 100 L
CALADO DO CASCO: 0,50 m
PASSAGEIROS: 10 diurno / 4 noturno
ÂNGULO “V” DA POPA (DEADRISE): 21°
PESO APROXIMADO DO CASCO SEM MOTOR: 2.300 kg
ALTURA DA CABINE: 1,81 m
Perfil
Planta
Externa
Planta
Interna
CLÁSSICO E
CONTEMPORÂNEO
A VERSÃO 2013 DA CORSAIR 32 DÁ CONTINUIDADE AO PERFIL DA MARCA
CHRIS-CRAFT, O LENDÁRIO ESTALEIRO QUE NAVEGA COM ESTILO DESDE 1874
Por Leo Suzuki
88 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
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46. CORSAir 32
A
companhando a tradição e o renome
do lendário estaleiro americano ChrisCraft, a nova Corsair 32 foi remodelada
e lançada oficialmente no mercado em
setembro de 2012 durante o Cannes Boat
Show. Em fevereiro, deste ano, a lancha foi um dos
alvos de atenção do público em sua estreia no Miami
Boat Show. Com quase 11 metros de comprimento
total, a Corsair 32 carrega o DNA da Chris-Craft, pois,
segundo seu presidente, Steve Heese, a linha Corsair
foi construída pela necessidade de preencher a série
de convés fechado da marca. No Brasil, o distribuidor
exclusivo dos barcos Chris-Craft é a empresa American
90 PERFILNÁUTICO
A linha preenche a série de convés fechado da marca
NO BRASIL, O
DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO
DOS BARCOS CHRIS-CRAFT
É A EMPRESA AMERICAN
BOAT, LOCALIZADA EM
JOINVILLE (SC)
Boat, localizada no bairro Cubatão, em Joinville, Santa
Catarina. O diretor comercial da American Boat,
Guilherme Weber, comenta que a Corsair 32 se destaca
por características como agilidade, esportividade,
navegabilidade e conforto. “Oferece mais conforto que
um barco de 25 pés e conta com a mesma esportividade
de um barco de 36 pés.”
Fortalecendo a história da marca americana, que desde
1874 vem ditando tendências no mundo náutico, a
Corsair 32 alia robustez e design contemporâneo com
os melhores acabamentos e materiais disponíveis
no mercado. O iate é uma ótima opção para os
aventureiros de plantão, que gostam de embarcar
em alto-mar durante a noite, ou para os mais
tranquilos, que preferem apenas passar algumas
horas de deslumbre à luz do sol. Como a maioria das
embarcações, a Corsair 32 é personalizável. O cliente
pode escolher os motores, os itens opcionais e uma
infinidade de opções de cores interiores e exteriores,
como o novo Metallic Cashmere – presente no iate das
fotos. Além disso, há a possibilidade de se fazer uma
pintura personalizada, na qual se misturam as cores,
deixando o barco com o estilo do cliente.
PERFILNÁUTICO
91
47. CORSAir 32
Clássico e funcional
As linhas externas da Corsair 32 são clássicas, marca
registrada do estaleiro Chris-Craft. Na proa, há uma
claraboia, para facilitar a ventilação natural do interior,
e o teto solar, que percorre toda a extensão da proa,
permitindo a entrada de luz natural. O solário de popa,
com almofadas removíveis, acomoda confortavelmente
duas pessoas. A plataforma de popa, feita de teca
envernizada, possui chuveiro com água quente e fria,
além de escada retrátil, que permite fácil acesso para
um mergulho em alto-mar. No convés, sofá em forma
de U que pode ser utilizado tanto para um banho de sol
quanto para os momentos em família, pois o assento
LINHAS EXTERNAS CLÁSSICAS,
MARCA REGISTRADA DO
ESTALEIRO CHRIS-CRAFT
dianteiro, próximo à escotilha do motor, esconde uma
mesa de cockpit feita de madeira teca. No posto de
comando, uma poltrona para o copiloto, localizada em
frente à porta de acesso da cabine, e outra para o piloto,
no lado estibordo – com geladeira acoplada na parte
inferior –, acomodando duas pessoas.
ÓTIMA OPÇÃO, TANTO PARA
NAVEGAÇÃO EM ALTO-MAR
DURANTE A NOITE QUANTO
PARA ALGUMAS HORAS À LUZ
DO SOLn
92 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
93
48. CORSAir 32
A lendária Chris-Craft
A história da marca iniciou-se em 1874, quando
Christopher Columbus Smith, com apenas 13 anos,
construiu seu primeiro barco de madeira para caçar
patos. Em 1930, a Chris-Craft tornou-se o maior
construtor mundial de barcos a motor. Smith foi o
pioneiro em alcançar o limite das possibilidades em
suas primeiras embarcações. A empresa impulsionou o
piloto Gar Wood a uma série de recordes de velocidade
e, consequentemente, adquiriu uma popularidade sem
precedentes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Chris-Craft
construiu cerca de 12 mil barcos de patrulha, lançou
utilitários e veículos de resgate para a Marinha e para o
Exército dos Estados Unidos. No período pós-guerra, a
empresa expandiu a produção de barcos de madeira e
Versatilidade na cabine, com mesa para refeições
A parte interna da Corsair 32 abriga uma luxuosa
cabine com cama em V, que hospeda duas pessoas
no pernoite. Vem equipada com um televisor de tela
plana de 22 polegadas e sistema de som ambiente. Os
armários na versão padrão são de madeira cerejeira e
podem ser personalizados com até três combinações de
cores. A cozinha é equipada com fogão, micro-ondas e
geladeira, e o banheiro é completo.
UM ÍCONE AMERICANO.
A EMPRESA CONQUISTOU
CLIENTES FAMOSOS E
ESTRELAS DE HOLLYWOODn
Os motores de centro-rabeta, a gasolina, na versão
padrão, são da Mercury, modelo 377 MAG, com 300 HP
de potência cada um. Na versão personalizada, há uma
gama de opções para equipar o iate, podendo chegar
até dois motores de 430 HP com o modelo Mercury
8.2. A única opção de motorização a diesel é o modelo
Volvo D4, com 300 HP. O tanque de combustível tem
capacidade para 700 litros.
Duas camas de solteiro em V transformam-se em cama de casal
94 PERFILNÁUTICO
lançou uma gama totalmente nova de barcos de recreio,
aguardando as prosperidades dos anos de 1950. Na época,
a Chris-Craft tinha 159 modelos de barcos de madeira
para praticamente todo tipo de busca de lazer na água.
Armários de madeira cerejeira podem ser personalizados
PERFILNÁUTICO
95
49. triton 345
CORSAir 32
www.waybrasil.com.br
Na proa, teto solar e uma claraboia, para ventilação e iluminação da cabine
O nome Chris-Craft tornou-se um ícone americano.
A empresa conquistou clientes famosos e estrelas
de Hollywood, como Katharine Hepburn, Martin
Dean, Elvis Presley e Frank Sinatra. Os barcos eram
os melhores disponíveis no mercado e tinham o
diferencial da fácil operação.
Em 1955, a marca começou a fabricar barcos de fibra
de vidro. A partir de 1960, a empresa passou por uma
série de reestruturações societárias e mudanças de
propriedade. Neste período a Shields & Company and
National Automotive Fibers a comprou.
Atualmente, a Chris-Craft é uma empresa privada
sediada em Sarasota, na Flórida. Embora já não mais
construa barcos com cascos de madeira, esta matériaprima ainda é uma característica importante em todos
os barcos Chris-Craft. A lendária marca representa
uma verdadeira história americana pela ousadia em
estabelecer novas tendências para o mercado náutico.
SERVIÇO
SITE: www.americanboat.com.br
TELEFONE: (47) 3205 7000
Triton 345: espaço para todos
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
COMPRIMENTO TOTAL: 10,4 m
BOCA: 3,10 m
COMPRIMENTO TOTAL: 10,4 m
BOCA: 3,10 m
DESLOCAMENTO: 5.420 kg
CAPACIDADE DE COMBUSTÍVEL: 700 L
CAPACIDADE DE ÁGUA: 132 L
ÂNGULO DE POPA: 22°
CALADO MÁXIMO: 99 cm
Perfil
Planta
Externa
Planta
Interna
Um barco de família
Seguindo a filosofia familiar, o estaleiro Way Brasil
apresenta seu mais novo barco: a Triton 345
Por Amanda Kasecker
96 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
97
50. triton 345
D
e família para famílias. O estaleiro Way Brasil
produz, entre outras, as embarcações com a
marca Triton Boats, desenvolvidas para o lazer
das famílias mais exigentes. É exatamente
essa a filosofia que vem sendo seguida há
quase 30 anos. Com uma história de muito trabalho e amor
pelo mercado náutico, o estaleiro hoje é reconhecido pela
qualidade, pela segurança e pela inteligência nos projetos, que
sempre prezam pelo aproveitamento de espaço e excelente
custo-benefício.
98 PERFILNÁUTICO
HÁ QUASE 30 ANOS
FABRICANDO
LANCHAS PARA O
LAZER DAS FAMÍLIAS
MAIS EXIGENTES
PERFILNÁUTICO
99
51. triton 345
A caçula prodígio
“A Triton 345 é um barco destinado a todos aqueles que
amam o mar e sentem o prazer em navegar dentro de
uma excelente embarcação”, define Allan P. Cechelero,
filho de José Maria e responsável pelo departamento de
marketing da Way Brasil. “Ela é reconhecida como um
barco para a família, pelo conforto no espaço externo
e no interno, tendo bastante área para convivência,
aproveitamento do sol e descanso.”
Seguindo o princípio da Triton 360, pouca coisa muda
na 345, além do óbvio: o tamanho. “A navegabilidade
do modelo 360 já é excelente, sendo assim trabalhamos
para que este novo modelo (345) também tivesse uma boa
navegação”, comenta José Maria Cechelero. “Para isso
aproveitamos o casco da 360 e fizemos pequenos ajustes,
mantendo as características para uma boa navegação.”
“PENSAMOS EM APROVEITAR
AO MÁXIMO, PARECENDO UM
BARCO MAIOR” - Jóse Maria Cechelero Jr.
Ainda de acordo com o proprietário da Way Brasil,
os espaços externo e interno foram as principais
características pensadas no projeto. “Pensamos em
aproveitar ao máximo, parecendo um barco maior,
O barco de 34,5 pés é o oitavo modelo da marca
Seguindo os mesmos conceitos que mantém desde o
surgimento de seu primeiro barco da linha Triton, no
ano 2000, a Way Brasil lançou recentemente a Triton
345. O barco de 34,5 pés é o oitavo modelo da marca.
De acordo com o proprietário do estaleiro, José Maria
Cechelero Jr., a nova lancha surgiu da necessidade de
alguns clientes. Além disso, segundo ele, o próprio
mercado pedia um modelo nesta faixa de tamanho.
Antes da 345, o estaleiro tinha um intervalo grande
entre os tamanhos de suas lanchas: pulava de 29 pés
para 36 pés. E foi justamente a 360, de 36 pés, a grande
inspiração para José Maria, que demorou cerca de dez
meses para desenvolver o projeto da 345.
100 PERFILNÁUTICO
“Nós diminuímos e readequamos o modelo da Triton
360”, revela.
A 360 surgiu em 2009 como um verdadeiro presente de
aniversário para a Way Brasil. O estaleiro acabava de
completar 25 anos desde o seu surgimento com projetos
de kits de buggy de fibra de vidro e apresentou no Rio
Boat Show daquele ano uma lancha com capacidade
para 12 pessoas durante o dia e cinco em pernoite,
camarote fechado, banheiro com box exclusivo e
cozinha com tampo de granito. Como uma grande
família, em que sempre cabe mais um, a Way Brasil
procurou inserir todas essas qualidades na 345.
Versatilidade do salão: cama vira sofá com mesa
A TRITON 345 É RECONHECIDA PELO CONFORTO NO ESPAÇO
EXTERNO E NO INTERNO
PERFILNÁUTICO
101
52. triton 345
Outro detalhe que faz o barco parecer maior é o pédireito de 1,95 metro. Inclusive o banheiro tem ótima
altura e o box para banho é fechado. Um detalhe é
que desde a criação do menor modelo da marca – o de
20 pés – a Way Brasil fez questão de dar uma atenção
especial ao espaço do banheiro.
As janelas são panorâmicas e o solário de proa tem
encosto regulável. A cozinha vem equipada com
armários superior, inferior e gavetas, e os itens
eletrônicos estão dentro dos opcionais. São eles:
geladeira, micro-ondas, fogão, além de outros, como
televisão, ar-condicionado e churrasqueira em inox.
A personalização do barco é feita de acordo com o
gosto do cliente, incluindo opções de pintura especial,
estofamento, cor da lâmina da madeira e outros.
Já na área externa, o convés e cockpit tem a opção de
abrigar um amplo solar de popa ou então pode-se fazer
um fechamento com uma geleira. Também tem muitos
sofás bem distribuídos.
Sucesso desde o lançamento
A Triton 345 foi sucesso desde seu pré-lançamento. No
São Paulo Boat Show 2012 foi feito o lançamento do seu
projeto e na ocasião seis unidades já foram vendidas.
Agora, após o lançamento oficial no Rio Boat Show, o
número subiu para 13.
Opção da cabine à meia-nau fechada
Acima: banheiro. Abaixo: decoração personalizada
e isso fica bem exemplificado no banheiro e
nas cabines. Além disso, priorizamos um novo
design externo que atendesse à evolução e à
modernidade do mercado com linhas mais
agressivas e harmônicas.”
CAPACIDADE PARA
12 PESSOAS, SENDO
QUATRO PARA PERNOITE
De fato, o aproveitamento de espaços fica bem
evidenciado. A lancha tem capacidade para 12
pessoas e acomoda até quatro para pernoite em
duas camas de casal, sendo uma de proa e uma
de meia-nau, tendo esta última a possibilidade
de ter fechamento em madeira, dando maior
privacidade.
102 PERFILNÁUTICO
Cama de casal da cabine à meia-nau
PERFILNÁUTICO
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53. BAVARIA FLY 420 VIRTESS
triton 345
www.descobreventos.com.br
Os principais compradores têm sido os próprios clientes
da marca. “Eles vêm crescendo junto com a nossa
marca e nos pediram um barco maior para continuarem
fiéis”, afirma o proprietário da Way Brasil.
Um pouco de história... de hobby a
negócio
Apesar de a marca Triton ter surgido no mercado
náutico apenas no ano 2000, a história do estaleiro Way
Brasil é bem mais antiga. Na década de 80, o engenheiro
mecânico José Maria Cechelero Jr. começou a explorar
o mercado com a fabricação de diversos produtos com
a fibra de vidro. O início, em um pequeno barracão em
Curitiba, foi quase que um hobby. José Maria resolveu
se aventurar confeccionando um molde de buggy. Não
foi preciso muito tempo para que começasse a testar seu
negócio na água. Em 1995 surge o Estaleiro Way Brasil
com os barcos da família Quest, destinados à pesca.
O negócio deu certo e cinco anos depois começaram
a ser criados os barcos da linha Triton. Hoje são oito
modelos, de 20 a 36 pés. Atualmente a empresa conta
com 65 funcionários.
SERVIÇO
SITE: www.waybrasil.com.br
TELEFONE: (41) 3278 7433
Sucesso desde o pré-lançamento
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
COMPRIMENTO: 10,45 m
COMPRIMENTO TOTAL: 10,45 m
BOCA: 3,25 m
BOCA: 3,25 m
PESO: 3.500 kg
CAPACIDADE DIA: 12 pessoas
CAPACIDADE NOITE: 4 pessoas
TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 360 L
TANQUE DE ÁGUA: 200 L
MOTORIZAÇÃO GASOLINA: 1x380 HP a 2x300 HP
MOTORIZAÇÃO DIESEL: 1x350 HP a 2x220 HP
Perfil
Planta
Externa
Planta
Interna
Fly 420 Virtess: design, segurança e manuseamento a bordo
O alemão quer
invadir sua praia
O estaleiro alemão Bavaria acaba de ganhar prêmios
pela sua nova linha Virtess. A boa novidade é que o dono
do primeiro modelo da linha no Brasil pode ser você
Por Amanda Kasecker
104 PERFILNÁUTICO
PERFILNÁUTICO
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54. BAVARIA FLY 420 VIRTESS
O
mais puro luxo europeu ao alcance dos
brasileiros. O estaleiro alemão Bavaria
recebeu no início de 2013 o Powerboat
Europeu do Ano por sua nova embarcação
com flybridge. No Boot Düsseldorf, quem
brilhou na noite de gala Flagship foi a Fly 420 Virtess.
Design, segurança e manuseamento a bordo estavam
entre os principais critérios de teste.
106 PERFILNÁUTICO
O prazer de pilotar com “os cabelos ao vento”
O ESTALEIRO ALEMÃO
BAVARIA RECEBEU
NO INÍCIO DE 2013 O
POWERBOAT EUROPEU
DO ANO
Jens Ludmann, diretor-geral da Bavaria, comemorou.
“Vencer o Powerboat Europeu do Ano com a nossa nova
flybridge é um marco importante na história do nosso
estaleiro.”
A principal diferença entre os dois é visível no próprio
nome: a Coupé não possui o flybridge. Para compensar,
foi projetado um teto panorâmico para que se tenha a
mesma sensação de pilotar com “os cabelos ao vento”.
A Fly 420 Virtess faz parte da linha de luxo do estaleiro
alemão, que inclusive já tem um segundo modelo: a
Coupé 420 Virtess, lançada alguns meses depois da Fly.
A boa notícia para os brasileiros é que todo esse luxo já
está ao nosso alcance. A Descobre Ventos, empresa que
representa a Bavaria (motor) no Brasil há pouco
PERFILNÁUTICO
107