SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  7
Télécharger pour lire hors ligne
UNIT-UNIVERSIDADE TIRADENTES 
CURSO DE ENFERMAGEM-N01 2014.2 
ELIZANGELA NUNES 
GUILHERME FRÓES 
JOSEANE LIMA SANTOS 
ROBSON WILSON DE OLIVEIRA 
ROSANE RODRIGUES 
SUSAN GONÇALVES MENEZES 
THAIS EULÁLIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
HEMODIÁLISE 
ARACAJU/SE 
2014
ELIZANGELA NUNES 
GUILHERME FRÓES 
JOSEANE LIMA SANTOS 
ROBSON WILSON DE OLIVEIRA 
ROSANE RODRIGUES 
SUSAN GONÇALVES MENEZES 
THAIS EULÁLIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 
HEMODIÁLISE 
Pesquisa elaborada como requisito parcial da avaliação de Biofísica, ministrada pelo Proº Fábio Neves, no 2º semestre de 2014. 
Aracaju/SE 
2014
Hemodiálise 
Para começar nossa pesquisa vale relembrar que os rins são um par de estruturas castanho- avermelhadas, localizadas no plano retroperitoneal (por trás e por fora da cavidade peritoneal) sobre a parede posterior do abdome, desde a 12ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar no adulto. Os rins funcionam como o principal órgão excretor do corpo, eliminando os produtos metabólicos residuais do corpo. A insuficiência renal sobrevém quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo nem realizar as funções reguladoras. As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em consequência da excreção renal prejudicada, levando a uma ruptura nas funções metabólicas e endócrinas, bem como a distúrbios hídricos, eletrolíticos e ácido-básicos. A insuficiência renal aguda é caracterizada por uma redução abrupta da função renal que se mantém por períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. É reversível e resulta na diminuição do volume circulante. Em alguns casos, usa-se a hemodiálise como forma de tratamento. A hemodiálise é o método de diálise mais comumente utilizado. Seus objetivos consistem em extrair as substâncias nitrogenadas do sangue e remover o excesso de água. Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas e resíduos nitrogenados, é desviado do paciente para um aparelho, um dialisador, em que é limpo e, em seguida, devolvido ao paciente. 
O inventor da hemodiálise: 
Willem Johan Kolff (14/02/1911 – 11/02/2009) médico holandês, naturalizado estadunidense, considerado o "pai dos órgãos artificiais", inventou a máquina de hemodiálise (rim artificial) em 1941 e tratou o primeiro paciente em 1943. Kolff era um jovem médico em Groningen, na Holanda, antes da segunda guerra mundial quando viu um jovem de 22 anos morrer de insuficiência renal. Então ele pensou: "se lhe conseguisse remover 20g de ureia diariamente, ele poderia ter sobrevivido”. Então, idealizou uma máquina que utilizava cerca de quarenta metros de tubos de membrana de acetato de celulose enrolada num tambor rotatório, o qual mantinha-se mergulhado em uma bacia contendo a solução de diálise. Uma bureta coletava o sangue do paciente (não havia bomba de sangue), e pela ação da gravidade o impulsionava através da membrana dialisadora. O sangue, depois de purificado, retornava ao corpo do paciente. A história registra quinze pacientes tratados pelo rim artificial antes que um deles sobrevivesse. A primeira sobrevivente foi Sophia Schafstadt, atendida em setembro de 1945, em coma. Após a hemodiálise, a paciente recuperou a consciência e viveu por mais sete anos.
No Brasil a primeira Hemodiálise registrada foi no ano de 1949 no hospital das clínicas de São Paulo, realizada pelo médico Tito Ribeiro de Almeida. Onde ele tratou uma paciente de 27 anos de idade, portadora de insuficiência renal. 
Vamos explicar melhor como funciona a Hemodiálise. Como já sabemos, é um tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do seu organismo. Nesta técnica depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal de um dispositivo designado dialisador, comumente conhecido por “rim artificial”. Antes de começar as sessões, é feita uma cirurgia no braço do paciente para conectar uma artéria a uma veia (fístula). É por ali que será inserida a bomba para a hemodiálise. Depois de um período que varia de um a três meses de maturação, as sessões podem ser iniciadas. O procedimento acontece quando a bomba, que é acoplada ao braço do paciente, começa a "puxar" o sangue para fora do corpo. Esse sangue passa, então, pela agulha e segue rumo à purificação. Antes disso, no entanto, é aplicada uma dose de heparina (substância que deixa o sangue mais fluído), evita sua coagulação e, por consequência, o bloqueio da bomba. O sangue chega, assim, ao filtro, que corresponde a um cano artificial repleto de poros que filtram as toxinas e sais minerais, posteriormente expelidos pela máquina. 
Depois de sair do filtro livre de impurezas, o sangue passa por um sistema de segurança que detecta e extrai partículas de oxigênio presentes no sangue. Se essas partículas entrarem na circulação sanguínea, o paciente pode sofrer uma embolia pulmonar, que pode gerar desde desconforto para respirar até uma parada respiratória. 
Para o tratamento é necessário: 
 Máquina de hemodiálise – bombeia o sangue; 
 Linhas de sangue próprias – transportam o sangue; 
 Dialisador (“rim artificial”) – filtra o sangue; 
 Acesso vascular - acesso ao sangue corporal. 
A máquina bombeia o sangue, através das linhas, até ao dialisador. Os produtos tóxicos e a água em excesso do organismo são filtrados pelo dialisador e o “sangue limpo” regressa novamente ao seu organismo. Um médico nefrologista irá definir o seu programa de hemodiálise. Normalmente o tratamento realiza-se três vezes por semana em dias alternados, onde, cada sessão tem uma duração média de 4 horas. A hemodiálise tem a capacidade de
filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale à uma hora de funcionamento do rim normal. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156). Apesar de realizar somente 12 horas semanais de hemodiálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas. A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador. Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição. 
Geralmente, a hemodiálise é efetuada num hospital ou numa unidade de diálise num horário fixado de 08h00min as 00h00min. No entanto, algumas unidades facultam-lhe a possibilidade de efetuar o tratamento durante o período noturno. Existe, ainda, a possibilidade de efetuar hemodiálise no domicílio, embora esta modalidade se encontre pouco implementada no nosso país. É uma modalidade de diálise autónoma que permite maior liberdade de horário. Naturalmente, para que ela seja realizada, é indispensável que o estado geral do doente seja razoável, que as sessões terapêuticas decorram sem problemas e que o doente e um parceiro sejam submetidos a um programa de aprendizagem prévio. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande. Os doentes em hemodiálise podem viajar. Para isso, é necessário com antecedência informar o seu centro de diálise para agendar os tratamentos, durante esse período, num centro o mais próximo possível do seu local de férias. 
Os médicos recomendam alguns cuidados com as fistulas: 
Obs.: Fistulas = Lesão que pode ser congênita ou adquirida, que tem como característica uma passagem por onde se excretam secreções diversas; 
 Manter o braço da fístula bem limpo, para evitar infecções. 
 Fazer exercícios com a mão e o braço onde está a fístula, mas evite carregar pesos ou dormir sobre ele.
 Evite garrotear o braço em que está a fístula, para medir a pressão arterial, por exemplo, ou por outros motivos. 
 Não permita a coleta de sangue ou injeções venosas no braço da fístula. 
 Caso aconteçam manchas roxas após as punções das fístulas, coloque gelo no primeiro dia e compressas quentes nos dias seguintes. 
 Evite que as punções terapêuticas sejam feitas sempre no mesmo lugar da fístula. 
A hemodiálise peritoneal, em vez de usar a circulação extracorpórea, usa a circulação do peritônio, uma membrana que reveste a parede abdominal e as alças intestinais para filtrar o sangue. Por um cateter introduzido no abdômen do paciente, passando uma solução aquosa que, em contato com os pequenos vasos sanguíneos existentes no peritônio, retira as substâncias prejudiciais. 
Esse sistema é um pouco menos eficiente do que o sistema externo. Por isso, requer mais horas para completar o processo, que é indolor e pode ser realizado pelo próprio paciente. Há alguns tipos distintos de diálise, mas a mais difundida chama-se DPA( Diálise Peritoneal Automática), e é realizada no próprio domicílio do paciente com o auxílio de um equipamento portátil. A DPA tem duração média de 9 horas e pode ser realizada enquanto o paciente dorme todas as noites (sete vezes por semana). 
O papel do enfermeiro na hemodiálise 
Inclui a prevenção de agravos por meio da educação do paciente e da assistência integral.O enfermeiro, na hemodiálise, deve assistir o paciente de forma integral, visando-o como um todo, estabelecendo uma relação de confiança e segurança entre o paciente/enfermeiro, priorizando os cuidados necessários. É necessário que o enfermeiro tenha, além da fundamentação científica e de competência técnica, o conhecimento dos aspectos que levem em consideração os sentimentos e as necessidades dos pacientes. O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e monitorar os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença, desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento. Um aspecto importante a ser considerado pelo enfermeiro é a educação do paciente frente às exigências impostas pelo tratamento, pois o conhecimento mais profundo sobre sua doença, tratamento e possibilidades de reabilitação pode auxiliá-los no enfrentamento de situações estressoras vivenciadas no cotidiano hemodialítico. Há a
necessidade de se estabelecer um processo de cuidado humanizado, não fragmentado, pois o ser humano precisa de cuidados em todo o corpo e não somente em uma parte apenas (nos rins), porque o ser humano adoece por inteiro. A equipe de enfermagem deve desenvolver habilidade de observação e diálogo, a fim de situar os problemas vivenciados pelo cliente dentro do seu contexto cultural e social. 
Em Aracaju duas clinicas que realizam Hemodiálise se destacam, são elas: Nefroclínica e o Hospital do Rim, ambas localizadas no Bairro São José. 
Referências Bibliográficas: 
BARROS, Elvino. GONÇALVES, Luiz Felipe. NEFROLOGIA. Edt ARTMED. Ano 2006. 
MOURA, Souza Mayara Cristina, RAMOS, Vasco Andreia. REVISTA ELETRÔNICA DE ENFERMAGEM DO CENTRO DE ESTUDOS DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO. Artigo cientifico. Agosto-Dezembro 2010. 
PORTAL DA DIÁLISE. Ano 2012. Link: http://www.portaldadialise.com/portal/o-que-e- hemodialise 
Dr BUSSATO, Otto. REVISTA ABC DA SAÚDE. Ano 2001. 
Dr DRAUZIO, Varella. Link: http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/dialise-2/ 
Dr CRUZ, Jenner. Artigo Cientifíco: ATUALIDADES EM NEFROLOGIA.

Contenu connexe

Tendances

IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosRodrigo Biondi
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem Cleiton Ribeiro Alves
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesAroldo Gavioli
 
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialiseRodrigo Vargas
 
Iv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal aIv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal actisaolucascopacabana
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) cuidadoaoadulto
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaPatricia Nunes
 
Hemorragias disgestivas
Hemorragias disgestivasHemorragias disgestivas
Hemorragias disgestivasAngela Moritz
 
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal AgudaInsuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal AgudaSonynhaRegis
 
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaAna Nataly
 
Exames Diagnósticos em Cardiologia
Exames Diagnósticos em CardiologiaExames Diagnósticos em Cardiologia
Exames Diagnósticos em Cardiologiaresenfe2013
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaJucie Vasconcelos
 

Tendances (20)

IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Hemodiálise
HemodiáliseHemodiálise
Hemodiálise
 
Ira irc pdf ok
Ira irc pdf okIra irc pdf ok
Ira irc pdf ok
 
A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem A insuficência renal e assistência de enfermagem
A insuficência renal e assistência de enfermagem
 
Métodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentesMétodos dialíticos intermitentes
Métodos dialíticos intermitentes
 
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise(2) sistema renal, dialise e hemodialise
(2) sistema renal, dialise e hemodialise
 
Doenças Renais
Doenças RenaisDoenças Renais
Doenças Renais
 
Enfermagem em nefrologia 1
Enfermagem em nefrologia 1Enfermagem em nefrologia 1
Enfermagem em nefrologia 1
 
Iv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal aIv curso de medicina intensiva i renal a
Iv curso de medicina intensiva i renal a
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Hemorragias disgestivas
Hemorragias disgestivasHemorragias disgestivas
Hemorragias disgestivas
 
Insuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal AgudaInsuficiência Renal Aguda
Insuficiência Renal Aguda
 
vitor
vitorvitor
vitor
 
Insuficiência renal aguda
Insuficiência renal agudaInsuficiência renal aguda
Insuficiência renal aguda
 
Balanco hidrico
Balanco hidricoBalanco hidrico
Balanco hidrico
 
Exames Diagnósticos em Cardiologia
Exames Diagnósticos em CardiologiaExames Diagnósticos em Cardiologia
Exames Diagnósticos em Cardiologia
 
Ascite
AsciteAscite
Ascite
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 

Similaire à Hemodiálise Pesquisa Bibliográfica

Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02Guinho Santos
 
Colégio alfa hemodialize
Colégio alfa hemodializeColégio alfa hemodialize
Colégio alfa hemodializeThiago Oliveira
 
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptxDIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptxDaniel37211
 
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxDiálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxMIRIAN FARIA
 
Fundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptx
Fundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptxFundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptx
Fundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptxVeridyanaValverde1
 
O que é um nefrologista?
O que é um nefrologista?O que é um nefrologista?
O que é um nefrologista?Tookmed
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Yuri Assis
 
silo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdf
silo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdfsilo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdf
silo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdfKYANNESANTOS1
 
enfermagem perioperatório, periodos operatórios
enfermagem perioperatório, periodos operatórios enfermagem perioperatório, periodos operatórios
enfermagem perioperatório, periodos operatórios Higor Cortez
 
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urinaMaria Jaqueline Mesquita
 

Similaire à Hemodiálise Pesquisa Bibliográfica (20)

Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
Hemodiliseediliseperitoneal 130501164212-phpapp02
 
Colégio alfa hemodialize
Colégio alfa hemodializeColégio alfa hemodialize
Colégio alfa hemodialize
 
Cópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdfCópia de hemodialise.pdf
Cópia de hemodialise.pdf
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 
Renal.pptx
Renal.pptxRenal.pptx
Renal.pptx
 
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptxDIALISE PERITONEAL POWER.pptx
DIALISE PERITONEAL POWER.pptx
 
Saúde do Adulto
Saúde do AdultoSaúde do Adulto
Saúde do Adulto
 
Aula 1 - B
Aula 1 - BAula 1 - B
Aula 1 - B
 
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptxDiálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
Diálise peritoneal e Hemodiálise.pptx
 
Fundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptx
Fundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptxFundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptx
Fundamentos de Enfermagem - Grau 3 (2).pptx
 
O que é um nefrologista?
O que é um nefrologista?O que é um nefrologista?
O que é um nefrologista?
 
Slad de colicitisti vesicula
Slad de colicitisti vesiculaSlad de colicitisti vesicula
Slad de colicitisti vesicula
 
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
Reposição volêmica em terapia intensiva 2014
 
silo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdf
silo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdfsilo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdf
silo.tips_drenos-prof-claudia-witzel.pdf
 
Urinalise 1
Urinalise 1Urinalise 1
Urinalise 1
 
enfermagem perioperatório, periodos operatórios
enfermagem perioperatório, periodos operatórios enfermagem perioperatório, periodos operatórios
enfermagem perioperatório, periodos operatórios
 
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
29483020 coleta-de-amostras-biologicas-sangue-e-urina
 
Angiologiarecife ppt
Angiologiarecife pptAngiologiarecife ppt
Angiologiarecife ppt
 
doenças do sistema urinário.pdf
doenças do sistema urinário.pdfdoenças do sistema urinário.pdf
doenças do sistema urinário.pdf
 
4. Afecções urologicas.pdf
4. Afecções urologicas.pdf4. Afecções urologicas.pdf
4. Afecções urologicas.pdf
 

Dernier

Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 

Dernier (20)

Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 

Hemodiálise Pesquisa Bibliográfica

  • 1. UNIT-UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE ENFERMAGEM-N01 2014.2 ELIZANGELA NUNES GUILHERME FRÓES JOSEANE LIMA SANTOS ROBSON WILSON DE OLIVEIRA ROSANE RODRIGUES SUSAN GONÇALVES MENEZES THAIS EULÁLIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE ARACAJU/SE 2014
  • 2. ELIZANGELA NUNES GUILHERME FRÓES JOSEANE LIMA SANTOS ROBSON WILSON DE OLIVEIRA ROSANE RODRIGUES SUSAN GONÇALVES MENEZES THAIS EULÁLIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA HEMODIÁLISE Pesquisa elaborada como requisito parcial da avaliação de Biofísica, ministrada pelo Proº Fábio Neves, no 2º semestre de 2014. Aracaju/SE 2014
  • 3. Hemodiálise Para começar nossa pesquisa vale relembrar que os rins são um par de estruturas castanho- avermelhadas, localizadas no plano retroperitoneal (por trás e por fora da cavidade peritoneal) sobre a parede posterior do abdome, desde a 12ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar no adulto. Os rins funcionam como o principal órgão excretor do corpo, eliminando os produtos metabólicos residuais do corpo. A insuficiência renal sobrevém quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo nem realizar as funções reguladoras. As substâncias normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em consequência da excreção renal prejudicada, levando a uma ruptura nas funções metabólicas e endócrinas, bem como a distúrbios hídricos, eletrolíticos e ácido-básicos. A insuficiência renal aguda é caracterizada por uma redução abrupta da função renal que se mantém por períodos variáveis, resultando na inabilidade dos rins em exercer suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo. É reversível e resulta na diminuição do volume circulante. Em alguns casos, usa-se a hemodiálise como forma de tratamento. A hemodiálise é o método de diálise mais comumente utilizado. Seus objetivos consistem em extrair as substâncias nitrogenadas do sangue e remover o excesso de água. Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas e resíduos nitrogenados, é desviado do paciente para um aparelho, um dialisador, em que é limpo e, em seguida, devolvido ao paciente. O inventor da hemodiálise: Willem Johan Kolff (14/02/1911 – 11/02/2009) médico holandês, naturalizado estadunidense, considerado o "pai dos órgãos artificiais", inventou a máquina de hemodiálise (rim artificial) em 1941 e tratou o primeiro paciente em 1943. Kolff era um jovem médico em Groningen, na Holanda, antes da segunda guerra mundial quando viu um jovem de 22 anos morrer de insuficiência renal. Então ele pensou: "se lhe conseguisse remover 20g de ureia diariamente, ele poderia ter sobrevivido”. Então, idealizou uma máquina que utilizava cerca de quarenta metros de tubos de membrana de acetato de celulose enrolada num tambor rotatório, o qual mantinha-se mergulhado em uma bacia contendo a solução de diálise. Uma bureta coletava o sangue do paciente (não havia bomba de sangue), e pela ação da gravidade o impulsionava através da membrana dialisadora. O sangue, depois de purificado, retornava ao corpo do paciente. A história registra quinze pacientes tratados pelo rim artificial antes que um deles sobrevivesse. A primeira sobrevivente foi Sophia Schafstadt, atendida em setembro de 1945, em coma. Após a hemodiálise, a paciente recuperou a consciência e viveu por mais sete anos.
  • 4. No Brasil a primeira Hemodiálise registrada foi no ano de 1949 no hospital das clínicas de São Paulo, realizada pelo médico Tito Ribeiro de Almeida. Onde ele tratou uma paciente de 27 anos de idade, portadora de insuficiência renal. Vamos explicar melhor como funciona a Hemodiálise. Como já sabemos, é um tratamento que permite remover as toxinas e o excesso de água do seu organismo. Nesta técnica depurativa, uma membrana artificial é o elemento principal de um dispositivo designado dialisador, comumente conhecido por “rim artificial”. Antes de começar as sessões, é feita uma cirurgia no braço do paciente para conectar uma artéria a uma veia (fístula). É por ali que será inserida a bomba para a hemodiálise. Depois de um período que varia de um a três meses de maturação, as sessões podem ser iniciadas. O procedimento acontece quando a bomba, que é acoplada ao braço do paciente, começa a "puxar" o sangue para fora do corpo. Esse sangue passa, então, pela agulha e segue rumo à purificação. Antes disso, no entanto, é aplicada uma dose de heparina (substância que deixa o sangue mais fluído), evita sua coagulação e, por consequência, o bloqueio da bomba. O sangue chega, assim, ao filtro, que corresponde a um cano artificial repleto de poros que filtram as toxinas e sais minerais, posteriormente expelidos pela máquina. Depois de sair do filtro livre de impurezas, o sangue passa por um sistema de segurança que detecta e extrai partículas de oxigênio presentes no sangue. Se essas partículas entrarem na circulação sanguínea, o paciente pode sofrer uma embolia pulmonar, que pode gerar desde desconforto para respirar até uma parada respiratória. Para o tratamento é necessário:  Máquina de hemodiálise – bombeia o sangue;  Linhas de sangue próprias – transportam o sangue;  Dialisador (“rim artificial”) – filtra o sangue;  Acesso vascular - acesso ao sangue corporal. A máquina bombeia o sangue, através das linhas, até ao dialisador. Os produtos tóxicos e a água em excesso do organismo são filtrados pelo dialisador e o “sangue limpo” regressa novamente ao seu organismo. Um médico nefrologista irá definir o seu programa de hemodiálise. Normalmente o tratamento realiza-se três vezes por semana em dias alternados, onde, cada sessão tem uma duração média de 4 horas. A hemodiálise tem a capacidade de
  • 5. filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale à uma hora de funcionamento do rim normal. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156). Apesar de realizar somente 12 horas semanais de hemodiálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas. A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador. Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição. Geralmente, a hemodiálise é efetuada num hospital ou numa unidade de diálise num horário fixado de 08h00min as 00h00min. No entanto, algumas unidades facultam-lhe a possibilidade de efetuar o tratamento durante o período noturno. Existe, ainda, a possibilidade de efetuar hemodiálise no domicílio, embora esta modalidade se encontre pouco implementada no nosso país. É uma modalidade de diálise autónoma que permite maior liberdade de horário. Naturalmente, para que ela seja realizada, é indispensável que o estado geral do doente seja razoável, que as sessões terapêuticas decorram sem problemas e que o doente e um parceiro sejam submetidos a um programa de aprendizagem prévio. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande. Os doentes em hemodiálise podem viajar. Para isso, é necessário com antecedência informar o seu centro de diálise para agendar os tratamentos, durante esse período, num centro o mais próximo possível do seu local de férias. Os médicos recomendam alguns cuidados com as fistulas: Obs.: Fistulas = Lesão que pode ser congênita ou adquirida, que tem como característica uma passagem por onde se excretam secreções diversas;  Manter o braço da fístula bem limpo, para evitar infecções.  Fazer exercícios com a mão e o braço onde está a fístula, mas evite carregar pesos ou dormir sobre ele.
  • 6.  Evite garrotear o braço em que está a fístula, para medir a pressão arterial, por exemplo, ou por outros motivos.  Não permita a coleta de sangue ou injeções venosas no braço da fístula.  Caso aconteçam manchas roxas após as punções das fístulas, coloque gelo no primeiro dia e compressas quentes nos dias seguintes.  Evite que as punções terapêuticas sejam feitas sempre no mesmo lugar da fístula. A hemodiálise peritoneal, em vez de usar a circulação extracorpórea, usa a circulação do peritônio, uma membrana que reveste a parede abdominal e as alças intestinais para filtrar o sangue. Por um cateter introduzido no abdômen do paciente, passando uma solução aquosa que, em contato com os pequenos vasos sanguíneos existentes no peritônio, retira as substâncias prejudiciais. Esse sistema é um pouco menos eficiente do que o sistema externo. Por isso, requer mais horas para completar o processo, que é indolor e pode ser realizado pelo próprio paciente. Há alguns tipos distintos de diálise, mas a mais difundida chama-se DPA( Diálise Peritoneal Automática), e é realizada no próprio domicílio do paciente com o auxílio de um equipamento portátil. A DPA tem duração média de 9 horas e pode ser realizada enquanto o paciente dorme todas as noites (sete vezes por semana). O papel do enfermeiro na hemodiálise Inclui a prevenção de agravos por meio da educação do paciente e da assistência integral.O enfermeiro, na hemodiálise, deve assistir o paciente de forma integral, visando-o como um todo, estabelecendo uma relação de confiança e segurança entre o paciente/enfermeiro, priorizando os cuidados necessários. É necessário que o enfermeiro tenha, além da fundamentação científica e de competência técnica, o conhecimento dos aspectos que levem em consideração os sentimentos e as necessidades dos pacientes. O objetivo da assistência de enfermagem neste setor é identificar e monitorar os efeitos adversos da hemodiálise e complicações decorrentes da própria doença, desenvolvendo ações educativas de promoção, prevenção e tratamento. Um aspecto importante a ser considerado pelo enfermeiro é a educação do paciente frente às exigências impostas pelo tratamento, pois o conhecimento mais profundo sobre sua doença, tratamento e possibilidades de reabilitação pode auxiliá-los no enfrentamento de situações estressoras vivenciadas no cotidiano hemodialítico. Há a
  • 7. necessidade de se estabelecer um processo de cuidado humanizado, não fragmentado, pois o ser humano precisa de cuidados em todo o corpo e não somente em uma parte apenas (nos rins), porque o ser humano adoece por inteiro. A equipe de enfermagem deve desenvolver habilidade de observação e diálogo, a fim de situar os problemas vivenciados pelo cliente dentro do seu contexto cultural e social. Em Aracaju duas clinicas que realizam Hemodiálise se destacam, são elas: Nefroclínica e o Hospital do Rim, ambas localizadas no Bairro São José. Referências Bibliográficas: BARROS, Elvino. GONÇALVES, Luiz Felipe. NEFROLOGIA. Edt ARTMED. Ano 2006. MOURA, Souza Mayara Cristina, RAMOS, Vasco Andreia. REVISTA ELETRÔNICA DE ENFERMAGEM DO CENTRO DE ESTUDOS DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO. Artigo cientifico. Agosto-Dezembro 2010. PORTAL DA DIÁLISE. Ano 2012. Link: http://www.portaldadialise.com/portal/o-que-e- hemodialise Dr BUSSATO, Otto. REVISTA ABC DA SAÚDE. Ano 2001. Dr DRAUZIO, Varella. Link: http://drauziovarella.com.br/entrevistas-2/dialise-2/ Dr CRUZ, Jenner. Artigo Cientifíco: ATUALIDADES EM NEFROLOGIA.