SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 58
PREFÁCIO
PROPOSTA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE MIGUEL 
PEREIRA
A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte do Município de Miguel
Pereira, a fim de nortear o trabalho com as crianças de 0 a 5 anos, apresenta sua
Proposta Curricular para a Educação Infantil e Creches das unidades escolares de sua
rede de ensino.
A forma como o documento está organizado pretende facilitar as atividades de
planejamento e avaliação no espaço da Educação Infantil. No entanto, é necessário que
os educadores tenham uma visão ampla das competências e habilidades que devem
ser introduzidas e trabalhadas na fase de zero a cinco anos e, conhecimento de como
se inter-relacionam, para que, nas atividades em sala de aula e, especialmente, no
desenvolvimento de projetos, possam realizar um trabalho significativo.
Ressalta-se ainda, que qualquer proposta curricular deve ser flexível. O
educador, em sua prática pedagógica, tem autonomia para trabalhar as habilidades
essenciais que os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Infantil e outras
que considerar pertinentes à realidade dos educandos.
Com o objetivo de estabelecer-se uma política direcionada a aperfeiçoar a
qualidade do ensino e o atendimento na Educação Infantil e nas Creches, a Secretaria
Municipal de Educação, Cultura e Esporte do Município de Miguel Pereira realizou nos
anos de 2009 e 2010, formação continuada com os professores que atendem estes
segmentos. Esta formação constituiu um marco importante na história da Educação
Pública do município, uma vez que consolidou uma opção de caráter político-
pedagógico voltada para a construção da Proposta Curricular da Educação Infantil, a
partir de reflexões teóricas sobre uma diretriz metodológica bem determinada.
Em função dessas reflexões, objetivou-se orientar o planejamento dos ambientes
de aprendizagens das crianças.
Durante a construção da Proposta Curricular do município foram abordados,
pelas formadoras, nos encontros com os educadores, os seguintes temas com
fundamentação teórica e prática:
• Rotina na Educação Infantil.
• Temas e Projetos de Trabalho.
• Avaliação – Observação e Registro.
• A Criança e a Matemática - Concepções, Jogos e Aprendizagem.
1
an
til
• Brincar é Fundamental - A importância da Brincadeira na Educação Infantil.
• Um Dia com Artes - Falando acerca do grafismo Infantil.
• Educação e Afetividade - Formação Social e Pessoal do Aluno.
• Linguagem Oral e Escrita - Da Teoria para a Prática.
A seleção dos materiais utilizados na elaboração do documento curricular
representou a manifestação do espírito democrático e participativo que caracteriza a
educação pública da rede municipal. A presente proposta baseou-se na sistematização
de ideias que já vinham sendo discutidas, anteriormente, com o propósito de buscar
outros subsídios que contribuíssem para sua consolidação.
A elaboração deste documento curricular apresentado à rede tem como
perspectiva a concretização de uma escola inclusiva, cidadã, que respeite à diversidade
e contribua para a fomentação da paz. Pretende-se, então, a instauração de uma
política educacional fortemente marcada pelo compromisso com a melhoria do ensino e
da aprendizagem, assim como pressupõe a definição de objetivos, conteúdos e
orientações didáticas para a Educação Infantil.
Desta forma, a Proposta Curricular da Educação Infantil do Município de Miguel
Pereira apresenta um currículo geral que pretende estabelecer-se como parte comum
às escolas de Educação Infantil e creches municipais, cabendo às mesmas, o
acréscimo das particularidades que atendam a sua clientela e que sejam
imprescindíveis ao processo ensino e aprendizagem dos educandos.
2
til
COMPONENTES CURRICULARES
Conteúdos na Educação Infantil: experiências promotoras de aprendizagem
3
“In
ten
cio
nal
me
nte
planejadas e permanentemente avaliadas, as práticas que estruturam o cotidiano das instituições
4
rri
cul
ar
es
-
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
Cu
rri
cul
ar
es
-
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
de Educação Infantil devem considerar a integralidade e indivisibilidade das dimensões
expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das crianças,
apontar as experiências de aprendizagem que se espera promover junto às crianças e efetivar-se
por meio de modalidades que assegurem as metas educacionais de seu projeto pedagógico.”
(Parecer CNE/CEB N° 20/2009)
É fato que, durante muito tempo, as instituições destinadas ao trabalho com as crianças de
0 a 5 anos apresentaram um caráter puramente assistencialista, resumindo-se apenas ao
“cuidado” dos pequenos. Dentro desta perspectiva, não havia preocupação com o planejamento
das atividades, bem como os objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação do trabalho.
No entanto, as políticas públicas já contempladas neste documento, lançaram um olhar
diferenciado sobre o trabalho a ser realizado na Educação Infantil, passando esta a ser vista como
etapa da Educação Básica, capaz de contribuir de forma imprescindível na construção de um
desenvolvimento saudável do ser humano em crescimento. Com objetivos e conteúdos próprios,
passou-se a exigir da Educação Infantil um trabalho diferenciado, com qualidade específica,
prevista em lei.
Refletindo sobre “qualidade”, concretizamos a necessidade de planejar o trabalho
pedagógico. Este ato envolve muitas questões e, dentre elas, encontramos uma pergunta: “O que
ensinar aos meus alunos?”. Pensando assim, consideramos pontos importantes acerca do que
deve ser ministrado às crianças das creches e pré-escolas.
De acordo com o RCNEI, “os assuntos trabalhados na Educação Infantil devem
guardar relações específicas com os níveis de desenvolvimento em cada grupo e faixa etária,
respeitar e propiciar a amplitude das mais diversas experiências em relação aos eixos de
trabalhos propostos”. Sendo assim, os conteúdos são dispostos em dois grande âmbitos, que por
sua vez, subdividem-se em eixos. São eles:
1. Formação Pessoal e Social: experiências que favorecem a construção do sujeito.
1.1. Identidade e Autonomia
5
2. Conhecimento de Mundo: construção de diferentes linguagens pelas crianças.
6
cul
ar
es
-
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
Cu
rri
cul
ar
es
-
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
2.1. Linguagem Oral e Escrita
2.2. Linguagem Matemática
2.3. Linguagem Artística (Artes Visuais, Musical e Cênica)
2.4. Linguagem Corporal (Movimento)
2.5. Linguagem Ecossocial (Natureza e Sociedade)
2.6. Linguagem Tecnológica
Na Educação Infantil, do nosso município, os conteúdos constituirão experiências
promotoras de aprendizagem e, de acordo com as DCNEI elas “deverão ser propiciadas em uma
frequência regular e serem, ao mesmo tempo, imprevistas, abertas a surpresas e a novas
descobertas”. Tais experiências devem considerar a inter-relação entre as diferentes linguagens e
formas de expressão que, no cotidiano infantil não encontram-se dissociadas
Faz parte desta proposta curricular preliminar conceber a aprendizagem como um
processo dinâmico entre o sujeito e o conhecimento, sendo necessário que professores e alunos
assumam um papel ativo, experimentando e descobrindo diferentes formas de aprender, a partir
do contato com a realidade e da interação social.
O professor deve proporcionar atividades significativas para as crianças e considerar o que
elas já sabem. Desta forma, pesquisar, manipular objetos, realizar experiências, fazer visitas,
participar de situações da vida cotidiana, brincar, relacionar-se com outras pessoas podem
representar ricos momentos de aprendizagem.
Como as DCNEI registram:A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil
deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e
articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à
proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência
e à interação com outras crianças. ”
7
1. A Linguagem Corporal
“A criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a
cercam, em função de sua pessoa. Sua personalidade se
desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu
corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir e transformar o
mundo à sua volta. A criança que se sente bem com seu corpo é capaz
de situar seus membros uns em relação aos outros, de fazer uma
transposição de suas descobertas: progressivamente, localizará os
objetos, as pessoas, os acontecimentos em relação a si, depois entre
eles”. (Santos)
Estudiosos afirmam que na Educação Infantil, a linguagem
corporal é a mais importante de todas, visto que, é a partir dela que a
criança ingressa no mundo e passa a interagir e a adquirir suas
primeiras experiências.
Através do corpo vêm as primeiras “perguntas” e “respostas” da
criança, que transmite seus desejos em forma de gestos: o choro
mediante o desconforto, a sucção e o relaxamento no aconchego do
colo são exemplos disto.
Trabalhar a partir do corpo e dos movimentos que dele
procedem é fundamental, o que propiciará, segundo Santos (2011), o
desenvolvimento das capacidades básicas, sensoriais e perceptivas da
criança, levando a uma organização neurológica mais adequada para o
desenvolvimento de qualquer aprendizagem, o que se traduz no
esquema abaixo:
1.1 Linguagem Corporal e Psicomotricidade
8
COGNIÇÃO
PERCEPÇÃO
SENSAÇÃO
MOVIMENTO aç
ão
Inf
an
til
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
Podemos definir psicomotricidade como a relação entre
pensamento e ação, envolvendo o aspecto emocional: a ação do
sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano
sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores. No
campo educacional, este trabalho com o movimento envolve as
funções da inteligência.
A psicomotricidade nos permite compreender como a criança
localiza-se no tempo e no espaço, como toma consciência do seu
corpo e de suas possibilidades de expressão.
Segundo Santos (2011), a psicomotricidade “é a organização
das sensações relativas ao próprio corpo, que o indivíduo vai
interiorizando através dos estímulos que recebe do meio ambiente.
Assim vai mapeando o seu corpo e torna-se capaz de identificar e
localizar as suas diferentes partes , suas posturas e atitudes em
relação ao mundo exterior”.
O motivo das reflexões acerca deste tema serem tão
necessárias à Educação Infantil esta ligado ao fato de que o
movimento é a primeira manifestação da vida da criança,
influenciando o seu comportamento. É prioridade nesta rede de ensino
que a aprendizagem na Educação Infantil seja estimulada a partir do
corpo da criança e das experiências que este pode oferecer, que é o
foco da psicomotricidade.
Neste sentido, Hans Furt (1979) inspirado nas pesquisas de
Piaget, afirma: “Quando falamos de movimento, não nos referimos
simplesmente aos exercícios físicos, mas ao pensamento implicado
nas ações do corpo. Por isso, o desenvolvimento da psicomotricidade
deve capacitar o sujeito para a execução de ações dirigidas para
objetivos e que possam ser realizadas inteligentemente e de uma
forma que minimize a tensão.”
Em um ato psicomotor, há sempre a participação ativa da
inteligência, através da intencionalidade e do comando geral da ação
que se realiza. O corpo é, na criança, o elemento básico de
contato com a realidade exterior e sua manipulação .
Portanto, para que possa chegar ao pleno desenvolvimento das
capacidades de análise e síntese, de representação mental do mundo,
de construção das operações lógico-matemáticas, faz-se necessário
que a criança perceba o seu corpo, verifique as suas possibilidades e seja levada a superar os
9
aç
ão
Inf
an
til
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
seus limites.
Trabalhar com o esquema corporal não consiste apenas na
identificação e representação de partes do corpo, mas à tomada de
consciência deste e de suas possibilidades e limitações de movimento.
Isto só será possível através das experiências com o corpo, o que inclui
as informações recebidas pelos órgãos dos sentidos e outras
sensações.
Logo, montar quebra-cabeças de figuras humanas, aprender a
dizer os nomes das partes do corpo ou estudar a função dos órgãos
dos sentidos podem atender outros objetivos, mas não resolvem os
problemas da criança quanto ao uso inteligente e funcional de seu
corpo.
Através dos estímulos que recebe, a criança interioriza o
conhecimento do seu próprio corpo, o que a capacitará na tomada de
posturas e atitudes em relação ao mundo exterior.
Uma má formação do esquema corporal pode acarretar:
movimentos descoordenados, lentidão, postura inadequada, falta de
controle de determinadas partes do corpo, má grafia, leitura expressiva
não harmoniosa, timidez, dificuldade de se expressar, mau humor,
dificuldade de ajuste ao meio e desatenção.
A estruturação do esquema corporal deverá implicar no
desenvolvimento da tonicidade, equilíbrio, relações espaciais e
relações temporais do corpo.
1.2 Linguagem corporal: objetivos
Dadas as considerações iniciais acerca de psicomotricidade,
percebemos o quão fundamental é o trabalho com a linguagem
corporal, porque é a partir dela que o aluno terá acesso aos demais
conhecimentos do mundo.
O RCNEI nos traz, de forma sucinta, objetivos desta área a
serem alcançados, no eixo que denominamos “Movimento”:
10
aç
ão
Inf
an
til
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
11
OBJETIVOS
12
�
Ed
uc
a
鈬
o
Inf
an
til
or
al
�
Ed
uc
a
鈬
o
Inf
an
til
0 a 3 anos 4 e 5 anos
• familiarizar-se com a imagem
do próprio corpo;
• explorar as possibilidades de
gestos e ritmos corporais para
expressar-se nas brincadeiras
e nas demais situações de
interação;
• deslocar-se com destreza
progressiva no espaço ao
andar, correr, pular etc.,
desenvolvendo atitude de
confiança nas próprias
capacidades motoras;
• explorar e utilizar os
movimentos de preensão,
encaixe, lançamento para o
uso de objetos diversos.
• ampliar as possibilidades expressivas
do próprio movimento, utilizando
gestos diversos e o ritmo corporal nas
suas brincadeiras, danças, jogos e
demais situações de interação;
• explorar diferentes qualidades e
dinâmicas do movimento, como força,
velocidade, resistência e flexibilidade,
conhecendo gradativamente os limites
e as potencialidades de seu corpo;
• controlar gradualmente o próprio
movimento, aperfeiçoando seus
recursos de deslocamento e ajustando
suas habilidades motoras para
utilização em jogos, brincadeiras,
danças e demais situações;
• utilizar os movimentos de preensão,
encaixe, lançamento etc., para ampliar
suas possibilidades de manuseio dos
diferentes materiais e objetos;
• apropriar-se progressivamente da
imagem global de seu corpo,
conhecendo e identificando seus
segmentos e elementos e
desenvolvendo cada vez mais uma
atitude de interesse e cuidado com o
próprio corpo.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
1.3 Linguagem corporal: conteúdos
De 0 a 3 anos
13
aç
ão
Inf
an
til
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
Expressividade:
• Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da
exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros.
• Expressão de sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e da linguagem
oral.
Equilíbrio e coordenação :
• Exploração de diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações,
deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda
etc.
• Ampliação progressiva da destreza para deslocar-se no espaço por meio da possibilidade
constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc.
• Aperfeiçoamento dos gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no
desenho, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades
manuais em diversas situações cotidianas.
De 4 e 5 anos
Expressividade:
• Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas
brincadeiras.
• Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio da dança,
brincadeiras e de outros movimentos.
• Valorização e ampliação das possibilidades estéticas do movimento pelo conhecimento e
utilização de diferentes modalidades de dança;das sensações, limites, potencialidades,
sinais vitais e integridade do próprio corpo.
Equilíbrio e coordenação :
• Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, escorregar,
pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para ampliar gradualmente o conhecimento e
controle sobre o corpo e o movimento.
• Utilização dos recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade,
resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais participa.
• Valorização de suas conquistas corporais e manipulação de materiais, objetos e
brinquedos diversos para aperfeiçoamento de suas habilidades manuais.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
14
1.4 Avaliação:
De acordo com o RCNEI, são consideradas como experiências
prioritárias para a aprendizagem do movimento realizada pelas
crianças de zero a três anos: uso de gestos e ritmos corporais diversos
para expressar-se; deslocamentos no espaço sem ajuda. A partir dos
quatro e até os cinco anos, uma vez que tenham tido muitas
oportunidades, na instituição de educação infantil, de vivenciar
experiências envolvendo o movimento, pode-se esperar que as
crianças o reconheçam e o utilizem como linguagem expressiva e
participem de jogos e brincadeiras envolvendo habilidades motoras
diversas.
Oferecendo-se condições para que as crianças explorem suas
capacidades expressivas, aceitando com confiança desafios corporais,
o professor deverá observar a evolução dos movimentos de seus
alunos constantemente. Esta poderá ser registrada por escrito para
auxiliar nas futuras observações dos progressos do aluno em
diferentes aspectos ligados ao desenvolvimento da linguagem
corporal.
15
aç
ão
Inf
an
til
Ed
uc
aç
ão
Inf
an
til
2. A linguagem Artística na Educação Infantil
“As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil
devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências
que favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio
por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e
musical”. (DCNEI – Art. 9º)
Cantar, dançar, desenhar, pintar, rabiscar, movimentar são ações que compõem
cotidiano da Educação Infantil, o que demonstra a riqueza em expressões artísticas.
Ao pensarmos em artes, podemos conceituá-la como uma manifestação humana
onde são expressas suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. Assim,
podemos definir a linguagem artística como meio de expressão essencial aos seres
humanos.
As linguagens artísticas envolvem aspectos culturais, sensíveis e cognitivos,
apoiam as crianças na ampliação de sua sensibilidade e capacidade de lidar com sons,
ritmos, melodias, formas, cores, texturas, imagens, gestos, falas e obras elaboradas por
artistas consagrados, anônimos e por elas mesmas.
"A história mostra o quanto a arte humaniza e aproxima os seres humanos pelas
possibilidades de comunicação criadas por sua própria linguagem. Essa é a linguagem da
humanidade, ampliada e enriquecida ao longo da nossa história. Ela reflete a maneira
como a humanidade ampliou sua sensibilidade, sua consciência e seu entendimento
sobre o mundo". (Argolo, 2005).
Há a necessidade de se atentarmos para a promoção de uma educação que
possibilite a ampliação das múltiplas linguagens, visando o compartilhamento de
experiências sensíveis. No entanto, muitos equívocos ainda fazem parte do cotidiano da
Educação Infantil quando tratamos do trabalho com Artes, como nos mostra Garcia
(1993):
" As atividades com linguagens são realizadas de uma forma mecânica, fragmentada e
16
fragmentadora. Existe hora para cada atividade: hora para cantar as músicas que a
professora ensinou, hora para pintar utilizando as técnicas que a professora ensinou e
até mesmo hora para falar como a professora ensinou.
Cada linguagem é separada da outra. Não se mistura escrita com colagem,
modelagem com pintura, desenho com dramatização. Ao fragmentar as linguagens, a
pré-escola fragmenta a criança. Na aula de música, estimula-se apenas a utilização do
ouvido e da voz. Na aula de educação física, só o corpo. Na aula de artes plásticas, as
mãos e os olhos.
O indivíduo fala, ouve, vê, toca, degusta. Ele não se expressa em partes. Ao ouvir
uma música, ao desenhar, ao esculpir, utilizamos o corpo, os nossos sentidos, a nossa
razão, a nossa emoção, a nossa percepção, a nossa intuição, nos mobilizando por
inteiro."
Tendo em vista este contexto ainda comum em muitas instituições de Educação
Infantil, a arte precisa ser ressignificada na escola, tornar-se uma realidade que perpasse
por todos os tempos e espaços de nossa prática pedagógica, logo, reconhecida como
algo que todos devem ter acesso por direito.
É preciso que as linguagens artísticas não sejam reduzidas a uma função
acessória no processo educacional, encaradas como um “momento preparatório” para o
ensino da escrita convencional. É ainda Garcia (1993) quem destaca que, muitas das
vezes, o desenho ganha a função de treinamento para a coordenação motora fina,
facilitando a aprendizagem da escrita; a música treina a memória auditiva e a
discriminação de sons (o que acredita-se ser fundamental no processo de leitura); pintar
controla a musculatura fina essencial na escrita. Esta forma de trabalhar com as
linguagens artísticas é um equívoco, pois as funções expressiva e comunicativa devem
ser destacadas!
A expressão artística não pode ser vista por nós, educadores, como uma prática
estritamente preocupada com o resultado, muitas das vezes transmitindo ideias
estereotipadas, desvalorizando a expressividade infantil. A proposta artística não deve
apresentar foco em um único resultado de trabalho: todos devem ser valorizados!
17
2.1. Artes Visuais - Objetivos
“Diferentes superfícies esperam silenciosamente que meninos e meninas
decidam que rumos tomarão, que traços, que marcas deixarão sobre as áreas de
diferentes texturas, formas, tamanhos, que ao serem investigadas pelas crianças
ganham proporções ilimitadas. As crianças buscam possibilidades de desenhos
entre danças, assobios, conversas, pensamentos quietos e inquietos, individual
ou coletivamente, traduzidos em manchas ou riscos que adquirem inúmeras
formas.” (Gobbi - 2010)
Ao rabiscar, desenhar ou pintar, seja no papel ou em qualquer outra
superfície, a criança está valendo-se de uma linguagem para expressar-se. As
marcas que produzem explicitam seu desenvolvimento intelectual, emocional e
perceptivo.
É preciso que o professor trabalhe com este eixo de forma lúdica,
valorizando as produções dos alunos, ciente dos objetos e conteúdos que
compõem este eixo.
As atividades desenvolvidas dentro do eixo Artes Visuais não podem ser
consideradas como passatempos na Educação Infantil, nem, tampouco, serem
utilizadas como suporte para o trabalho com datas comemorativas, tornando-se
sem significação para a criança.
Trabalhar com Artes Visuais é possibilitar à criança:
☼ reformular ideias;
☼ construir novos conhecimentos através da imaginação, ação,
sensibilidade, percepção e pensamento.
Pensando desta forma, podemos destacar como objetivos deste eixo:
18
Vis
uai
s
Art
es
Vis
uai
s
OBJETIVOS
0 a 3 anos 4 e 5 anos
• ampliar o conhecimento de mundo
que possuem, manipulando
diferentes objetos e materiais,
explorando suas características,
propriedades e possibilidades de
manuseio e entrando em contato
com formas diversas de expressão
artística;
• utilizar diversos materiais gráficos
e plásticos sobre diferentes
superfícies para ampliar suas
possibilidades de expressão e
comunicação.
• interessar-se pelas próprias
produções, pelas de outras
crianças e pelas diversas obras
artísticas (regionais, nacionais ou
internacionais) com as quais
entrem em contato, ampliando seu
conhecimento do mundo e da
cultura;
• produzir trabalhos de arte,
utilizando a linguagem do desenho,
da pintura, da modelagem, da
colagem, da construção,
desenvolvendo o gosto, o cuidado
e o respeito pelo processo de
produção e criação.
2.1.1 Artes Visuais - Conteúdos
De acordo com o RCNEI, os conteúdos da aprendizagem em artes poderão
ser organizados de modo a permitir que, por um lado, a criança utilize aquilo que já
conhece e tem familiaridade, e, por outro lado, o que possa estabelecer novas
relações, alargando seu saber sobre os assuntos abordados. Convém ainda lembrar que a
19
Vis
uai
s
Art
es
Vis
uai
s
necessidade e o interesse também são criados e suscitados na própria situação
de aprendizagem. O Referencial também destaca três pontos essenciais ao
trabalharmos Artes com nossas crianças: fazer , apreciar e refletir.
De 0 a 3 anos
O fazer artístico
• Exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de
diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo etc.; de
meios, como tintas, água, areia, terra, argila etc.; e de variados suportes
gráficos, como jornal, papel, papelão, parede, chão, caixas, madeiras
etc.
• Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais,
visando a produção de marcas gráficas.
• Cuidado com o próprio corpo e dos colegas no contato com os suportes
e materiais de artes.
• Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos
individualmente ou em grupo.
Apreciação em Artes Visuais
• Observação e identificação de imagens diversas
De 4 a 5 anos
O fazer artístico:
• Criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de seu
próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes
Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura etc.
• Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para
desenhar, pintar, modelar etc.
• Exploração e aprofundamento das possibilidades oferecidas pelos
20
Vis
uai
s
Art
es
Vis
uai
s
diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer
artístico.
• Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na realização de
seus projetos artísticos.
• Organização e cuidado com os materiais no espaço físico da sala.
• Respeito e cuidado com os objetos produzidos individualmente e em grupo.
• Valorização de suas próprias produções, das de outras crianças e da
produção de arte em geral.
Apreciação em Artes Visuais
• Leitura de obras de arte a partir da observação, narração, descrição e
interpretação de imagens e objetos.
• Apreciação das suas produções e das dos outros, por meio da observação
e leitura de alguns dos elementos da linguagem plástica.
• Observação dos elementos constituintes da linguagem visual: ponto, linha,
forma, cor, volume, contrastes, luz, texturas
2.1.2 Artes visuais - Avaliação:
De acordo com o RCNEI, são consideradas como experiências prioritárias
em Artes Visuais de 0 a 3 anos, a exploração de diferentes materiais e a
possibilidade de expressar-se por meio deles. Para isso é necessário que as
crianças tenham tido oportunidade de desenhar, pintar, modelar, brincar com
materiais de construção em diversas situações, utilizando os mais diferentes
materiais.
A partir dos quatro e até os cinco anos, uma vez que tenham tido muitas
oportunidades, na instituição de educação infantil, de vivenciar experiências
envolvendo as Artes Visuais, pode-se esperar que as crianças utilizem o desenho,
a pintura, a modelagem e outras formas de expressão plástica para representar,
21
• Conhecimento da diversidade de produções artísticas, como desenhos, pinturas,
esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema etc.
•
.
Vis
uai
s
Art
es
Vis
uai
s
expressar-se e comunicar-se.
Cabe, aqui também, o registro escrito da evolução do desenvolvimento da criança
que pode ser bem representado através do portfólio.
2.2 Música - Objetivos
“A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos,
estéticos e cognitivos, assim como a promoção de
interação e comunicação social, conferem caráter
significativo à linguagem musical. É uma das formas
importantes de expressão humana, o que por si só
justifica sua presença no contexto da educação, de um
modo geral, e na educação infantil, particularmente”.
(RCNEI)
Assim como em Artes Visuais, o trabalho com Música não pode assumir um papel
secundário nas atividades pedagógicas, tendo como objetivo transmitir conceitos, reforçar
hábitos ou anunciar atividades. Nosso olhar em relação ao ensino deste eixo não deve ser
reducionista, afinal, segundo Borges (1994), em contato com a música, a criança poderá:
♬ manter em harmonia a relação entre o sentir e o pensar;
♬ proteger a sua audição, para que ela não se atrofie diante do aumento de ruídos
e da desqualificação sonora do mundo moderno;
♬ habituar-se a isolar um ruído ou som para dar-lhe sentido, especificidade ou
beleza que lhe são próprio.
22
caM
úsi
ca
O RCNEI nos aponta que o trabalho com música deve considerar, portanto, que
ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças,
inclusive aquelas que apresentem necessidades especiais. A linguagem musical é
excelente canal para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e
autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social.
Sendo assim, destacamos como objetivos deste eixo:
OBJETIVOS
0 a 3 anos 4 e 5 anos
• ouvir, perceber e discriminar
eventos sonoros diversos,
fontes sonoras e produções
musicais;
• brincar com a música, imitar,
inventar e reproduzir criações
musicais.
• explorar e identificar
elementos da música para se
expressar, interagir com os
outros e ampliar seu
conhecimento do mundo;
• perceber e expressar
sensações, sentimentos e
pensamentos, por meio de
improvisações, composições e
interpretações musicais.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
2.2.1 Música - Conteúdos
Compartilhamos com a concepção do RCNEI que afirma que os conteúdos
deverão priorizar a possibilidade de desenvolver a comunicação e a expressão por meio
dessa linguagem. Serão trabalhados como conceitos em construção, organizados num processo
23
caM
úsi
ca
contínuo e integrado que deve abranger também o fazer, o apreciar e o refletir.
Também ressaltamos que respeitar o nível de percepção e desenvolvimento
(musical e global) das crianças em cada fase, bem como as diferenças socioculturais entre
os grupos de crianças é essencial.
Sempre e em todas as fases da EI:
• A exploração de materiais e a escuta de obras musicais para propiciar o contato e
experiências com a matéria-prima da linguagem musical: o som (e suas
qualidades) e o silêncio;
• a vivência da organização dos sons e silêncios em linguagem musical pelo fazer e
pelo contato com obras diversas;
• a reflexão sobre a música como produto cultural do ser humano é importante forma
de conhecer e representar o mundo.
•
De 0 a 3 anos
O fazer musical :
• Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o corpo, o
entorno e materiais sonoros diversos.
• Interpretação de músicas e canções diversas.
• Participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos.
Apreciação musical
• Escuta de obras musicais variadas.
• Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais
De 4 a 5 anos
O fazer musical:
• Reconhecimento e utilização expressiva, em contextos musicais das diferentes
características geradas pelo silêncio e pelos sons: altura (graves ou agudos),
duração (curtos ou longos), intensidade (fracos ou fortes) e timbre (característica
que distingue e “personaliza” cada som).
• Reconhecimento e utilização das variações de velocidade e densidade16 na
organização e realização de algumas produções musicais.
24
caM
úsi
ca
• Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança e/ou a improvisação
musical.
• Repertório de canções para desenvolver memória musical.
Apreciação musical:
• Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da
produção musical brasileira e de outros povos e países.
• Reconhecimento de elementos musicais básicos: frases, partes, elementos que
se repetem etc. (a forma).
• Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar seus
conhecimentos sobre a produção musical.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
2.2.2 Música - Avaliação
O professor ,na fase de zero a três anos, deverá observar principalmente a
atenção para ouvir, responder ou imitar; a capacidade de expressar-se musicalmente por
meio da voz, do corpo e com os diversos materiais sonoros. A partir dos quatro até cinco
anos é importante perceber se os alunos além disso utilizam a música como linguagem
expressiva, conscientes de seu valor como meio de comunicação e expressão. Por meio
da voz, do corpo, de instrumentos musicais e objetos sonoros deverão interpretar,
improvisar e compor, interessadas, também, pela escuta de diferentes gêneros e estilos
musicais e pela confecção de materiais sonoros.
25
caM
úsi
ca
2.3 Linguagem Artística: Artes Cênicas e
Dança.
É imprudente planejarmos um trabalho voltado
para as Linguagens Artísticas negligenciando o fazer
teatral e a dança.
Não nos cabe um aprofundamento destas
temáticas que, certamente, apresentam suas
especificidades e abordagens próprias. No entanto,
abrimos aqui um espaço de reflexão para que o
professor perceba o quanto é importante que estas
linguagens encontrem espaço em sua rotina de trabalho
com os pequenos.
Inicialmente ressaltamos que “teatro” não pode
ser definido como um evento esporádico em um local
especificamente reservado para tal. Assim como a dança
não pode ser confundida com as coreografias ensaiadas
para apresentações em datas comemorativas, muitas
das vezes mostrando movimentos limitadores e
disciplinadores.
A dança e o teatro constituem-se como parte
integrante de nossa cultura, envolvendo ricos processos
de criação.
26
Cê
nic
as
e
Da
nç
as
Art
es
Cê
nic
as
e
Da
nç
as
2.3.1 O Teatro
Gobbi (2010) afirma que os adultos podem
tornar-se cúmplices das crianças no jogo teatral, não
obrigatoriamente criando peças para elas, mas
convidando-as a participar de movimentos e sensações
de forma a superar barreiras verbais e formais que, por
vezes, se interpõem entre adultos e crianças. Nesta
perspectiva, a autora discorre que organizar os espaços
para a ação teatral, confeccionar máscaras, fantasias ou
bonecos, podem constituir-se em atividades muito ricas
em nossa sala de aula.
A linguagem teatral permite à criança construir
conhecimento, relacionar-se com o outro, interpretar o
meio social, ressignificar ações de forma simples e
despojada.
Sugere-se que, dentro da linguagem teatral,
algumas habilidades sejam valorizadas:
✩ utilização de objetos para simbolizar realidades
do mundo físico e social através de atividades que
permitam à criança penetrar no mundo adulto por meio
do “faz de conta”, transformando a função usual de um
objeto em outra (por exemplo, vassoura em cavalinho) ;
✩ dramatização de cenas assistidas em teatro,
filmes, contação de histórias;
✩ criação de diálogos simples utilizando recursos
como: fantoches, máscaras e bonecos;
✩ exploração das possibilidades gestuais e de
movimento do próprio corpo em diferentes espaços;
✩ interpretação de personagens explorando
movimentos, gestos e voz em jogos de improvisação.
Desta forma, podemos oportunizar aos nossos
alunos momentos para que desenvolvam esta linguagem
no contexto escolar, planejando atividades para que
ocorra:
27
Cê
nic
as
e
Da
nç
as
Art
es
Cê
nic
as
e
Da
nç
as
✩ participação em comemorações culturais populares onde haja a utilização de roteiros
dramatúrgicos, como casamento em Festa Junina;
✩ apresentações teatrais para outras crianças, pais e professores e até mesmo na própria
turma;
✩ alternação de papéis entre as crianças de “ator” e “plateia” o que é muito importante,
afinal, a experiência teatral só é completa na relação entre palco e público;
✩ experiências de contato com apresentações teatrais na comunidade, (o que pode
transformar-se em temas de conversas na sala de aula);
✩ encenação de histórias com bonecos e brinquedos, individualmente ou em grupos;
✩ dramatizações em que as crianças participem como atores diretos, elaborem roteiros,
construam cenário, selecione figurino etc.
2.3.2 A Dança
Não há como negar que dançar é um prazer, além de estimular a sensibilidade e promover
a descoberta do corpo e das relações tempo-espaço. É um ação que propicia a criança
compreender e perceber o mundo, a si mesma e as pessoas ao seu redor.
Concordamos com Marques (2003) quando nos diz que as danças devem levar em conta a
brincadeira, o improviso, a criação de formas e o que as crianças trazem de seus universos
sociais e familiares, de maneira que as crianças possam inventar e reinventar suas danças, seus
movimentos, sem obrigatoriamente exibi-las em datas pré definidas e somente nelas.
Ao trabalhar com a dança, podemos propor aos alunos atividades que contemplem as
seguintes habilidades:
✩ acompanhamento em ritmos musicais;
✩ exploração das possibilidades de gestos, posturas e ritmos corporais;
✩ expressão livremente por meio da dança;
✩ apreciação de diferentes modalidades de dança;
28
✩ participação das atividades de dança respeitando
os estilos individuais de interpretação e criação.
2.3.3 Orientações Gerais
A Educação Infantil dever ser o espaço, por
excelência, que favoreça às crianças o contato com o
mundo da imaginação, visto que, na maioria das vezes, as
crianças não encontram oportunidades de participar do
mundo artístico em outros ambientes. A escola deve
fornecer experiências totalizadoras em que as crianças
possam ampliar seus referenciais de mundo.
É importante considerar o modo próprio de agir,
pensar e sentir das crianças, suas múltiplas dimensões.
Sendo assim, o trabalho com as linguagens artísticas,
assim como as demais linguagens da Educação Infantil,
não podem ser trabalhadas de forma descontextualizada,
afinal, as crianças dramatizam cantando, desenham
falando, aprendem brincando: não fragmentam suas ações.
29
Cê
nic
as
e
Da
nç
as
Art
es
Cê
nic
as
e
Da
nç
as
3. A linguagem Ecossocial
“As crianças precisam brincar em pátios,
quintais, praças, bosques, jardins, praias, e viver
experiências de semear, plantar e colher os frutos da
terra, permitindo a construção de uma relação de
identidade, reverência e respeito para com a natureza.
Elas necessitam também ter acesso a espaços culturais
diversificados: inserção em práticas culturais da
comunidade, participação em apresentações musicais,
teatrais, fotográficas e plásticas, visitas a bibliotecas,
brinquedotecas, museus, monumentos, equipamentos
públicos, parques, jardins.” (parecer CNE/CEB N°
20/2009)
Cores, cheiros, texturas, plantas, animais, pessoas, lugares... como nosso
mundo é vasto e pronto para ser descoberto por nossos pequenos!
A linguagem ecossocial permite que apresentemos aos nossos alunos os
elementos do cotidiano em toda a sua diversidade. Conhecer e interagir são as
palavras-chave deste eixo.
A escola e a sala de aula da Educação Infantil devem ser organizadas de modo a
serem um espaço de vivências sobre diferentes conteúdos construídos socialmente,
objetivando, prioritariamente o desenvolvimento de atitudes de respeito e solidariedade
com o outro, com o meio e com a preservação da vida. Segundo Tiriba (2007), ao
vislumbrarmos um projeto pedagógico compromissado com tais atitudes, três
objetivos podem ser destacados:
a) religar as crianças com a natureza: é preciso despertar nos alunos um
novo olhar de admiração, desfrute, reverência e respeito à natureza, como fonte primeira
e fundamental à reprodução da vida.
b) reinventar os caminhos de conhecer: devem ser rejeitadas as práticas
30
pedagógicas que propõem um conhecimento intelectual e descritivo do mundo natural,
entendendo-o como “objeto de estudo”, domínio de explorações humanas.
c) dizer não ao consumismo e ao desperdício: é urgente e necessário
questionar e combater as práticas consumistas, abrindo espaços e incentivando trocas
humanas em que as referências são os seres vivos, não os objetos.
3.1 Linguagem Ecossocial - Objetivos
Devemos buscar práticas que “incentivem a curiosidade, a exploração, o
encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação
ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza (parecer CNE/CEB N° 20/2009)”. Sendo
assim, consideramos como objetivos deste eixo:
OBJETIVOS
0 a 3 anos 4 e 5 anos
• explorar o ambiente, para que
possa se relacionar com pessoas,
estabelecer contato com pequenos
animais, com plantas e com
objetos diversos, manifestando
curiosidade e interesse;
• interessar-se e demonstrar
curiosidade pelo mundo social e
natural, formulando perguntas,
imaginando soluções para
compreendê-lo, manifestando
opiniões próprias sobre os
acontecimentos, buscando
informações e confrontando ideias;
• estabelecer algumas relações entre
o modo de vida característico de
seu grupo social e de outros
grupos;
• estabelecer algumas relações entre
o meio ambiente e as formas de
vida que ali se estabelecem,
valorizando sua importância para a
preservação das espécies e para a
qualidade da vida humana .
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
31
3.2 Linguagem Ecossocial - Conteúdos
Os conteúdos que compõem este eixo não constituem-se apenas em um conjunto
de informações a serem transmitidas, mesmo porque não compartilhamos desta
concepção em educação. A linguagem ecossocial, como diz Tiriba (2007) está além de
aprender o que é uma árvore decompondo-a em partes, no entanto, em senti-la e
compreendê-la em interação com a vegetação que está ao redor, com os animais que
dela se alimentam, em sua capacidade de dar frutos e a sombra em que brincamos: é
preciso tocar, cheirar, provar, abraçar, caminhar, enxergar, sentir, amar.
De 0 a 3 anos
• Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções
que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos;
• exploração de diferentes objetos, de suas propriedades e de relações simples de
causa e efeito;
• contato com pequenos animais e plantas;
• conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas
habilidades físicas, motoras e perceptivas.
De 4 a 5 anos
Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar:
• participação em atividades que digam respeito às tradições culturais de sua
comunidade e de outras;
• conhecimento de modos de ser, viver e trabalhar de alguns grupos sociais do
presente e do passado;
• identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos de convívio,
dentro e fora da instituição;
• valorização do patrimônio cultural do seu grupo social e interesse por conhecer diferentes
32
expressões culturais.
Os lugares e suas paisagens:
• observação da paisagem local (rios, vegetação, construções, florestas, campos,
etc)
• utilização de fotos e outros registros para a observação de mudanças nas
paisagens ao longo do tempo;
• valorização de atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do
meio ambiente.
Objetos e processos de transformação:
• participação em atividades que envolvam processos de confecção de objetos;
• reconhecimento de características de objetos produzidos em diferentes épocas e
por diferentes grupos sociais;
• conhecimento de propriedades dos objetos, assim como refletir, ampliar ou inverter
imagens e sons;
• cuidados no uso dos objetos do cotidiano, quanto à segurança, prevenção de
acidentes, e à sua conservação.
Os seres vivos:
• relações entre diferentes espécies de seres vivos, suas características e
necessidades;
• conhecimento dos cuidados básicos de pequenos animais e vegetais por meio da
sua criação e cultivo;
• conhecimento de algumas espécies da fauna e da flora brasileira e mundial;
• percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e do ambiente;
• valorização da vida nas situações que impliquem cuidados prestados a animais e
plantas;
• percepção dos cuidados com o corpo, à prevenção de acidentes e à saúde de
forma geral;
• valorização de atitudes relacionadas à saúde e ao bem-estar individual e coletivo.
Os fenômenos da natureza:
• relações entre os fenômenos da natureza de diferentes regiões (relevo, rios,
chuvas, etc.) e as formas de vida dos grupos sociais que ali vivem;
• participação atividades envolvendo a observação e a pesquisa sobre a ação de luz,
33
calor, som, força e movimento.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
3.3. Avaliação:
É o RCNEI quem diz que podemos considerar como experiências prioritárias para
as crianças de zero a três anos a participação em s atividades que envolvam a exploração
do ambiente imediato e a manipulação de objetos. Andar, engatinhar, rastejar, rolar,
interagir com outras crianças e adultos, brincar etc. são algumas das ações que lhes
permitirão explorar o ambiente e adquirir confiança nas suas capacidades enquanto o
professor observa e registra o seu desenvolvimento em cada proposta.
A partir dos quatro e até os cinco anos, o mesmo documento nos indica que
devemos observar se as crianças conhecem e valorizam algumas das manifestações
culturais de sua comunidade, se expõe suas opiniões, hipóteses e ideias sobre os
diversos assuntos colocados.
34
4. Linguagem Oral e Escrita
“A educação infantil, ao promover experiências
significativas de aprendizagem da língua, por meio de
um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui
em um dos espaços de ampliação das capacidades de
comunicação e expressão e de acesso ao mundo
letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada
ao desenvolvimento gradativo das capacidades
associadas às quatro competências linguísticas
básicas: falar, escutar, ler e escrever”. (RCNEI)
A linguagem verbal é parte central de nossa vida. Através dela organizamos
nossas práticas, expressamos nossas opiniões e desejos, temos acesso a informações
e construímos conhecimentos. Consiste, então, no verdadeiro motor do pensamento, o
que nos permite ativá-lo e organizá-lo.
Esta linguagem é uma ação que proporciona o desenvolvimento dos
pensamentos simbólico e operatório, coloca a criança em conflito com os seus colegas e
com as pessoas com as quais convive, organiza a mente, conduz à interpretação do
mundo e expressa sentimentos. Segundo Piaget, o pensamento é indispensável para
que possamos usar a linguagem de modo apropriado.
O desenvolvimento da linguagem verbal apresenta as modalidades da linguagem
oral e a escrita e as habilidades do falar, escutar, escrever e ler.
Segundo o RCNEI, a aprendizagem da linguagem oral e escrita é muito
importante para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de
participação nas diversas práticas sociais, na construção de muitos conhecimentos e no
desenvolvimento do pensamento.
As orientações que ora são apresentadas não têm como objetivo esgotar as
discussões acerca do ensino deste eixo na Educação Infantil, mas embasar as ações
35
ta
pedagógicas desta rede de ensino, despertando reflexões e instigando novas práticas.
4.1 A Oralidade
De acordo com o RCNEI, o desenvolvimento da fala e da capacidade simbólica
ampliam significativamente os recursos intelectuais da criança, porém as falas infantis são,
ainda, produtos de uma perspectiva muito particular, de um modo próprio de ver o mundo.
O documento assevera que a aprendizagem da fala não se dá de forma desarticulada da
reflexão, do pensamento, da explicitação de atos, dos sentimentos, das sensações e dos
desejos. Aprender a falar vai muito além de memorizar sons e palavras.
Percebemos isto já nos bebês que, desde muito cedo, emitem sons articulados que
lhes dão prazer e por vezes, revelam suas necessidades. A comunicação ocorre quando
esta linguagem peculiar é interpretada, recebendo sentido pelos adultos e crianças mais
velhas.
É importante que os educadores promovam diálogos constantes com os bebês,
não apenas numa linguagem simples, breve e repetitiva, que facilite o desenvolvimento da
linguagem e da comunicação, mas utilize, também, frases complexas em situações de
cuidados no cotidiano (durante a troca de fraldas, no banho etc). Isto porque a construção
da linguagem oral não é linear e ocorre em um processo de aproximações sucessivas com
as falas do outro (pai, mãe, professor, amigos e aquelas ouvidas na televisão, no rádio
etc). Por isso, já destacamos a importância da interação na aprendizagem da fala.
O RCNEI também nos aponta que muitos dos fenômenos relacionados ao discurso
e à fala (sons expressivos, alterações de volume e ritmo, funcionamento dialógico das
conversas nas situações de comunicação) são utilizados pelas crianças mesmo antes elas
que saibam falar: elas vão testando essa compreensão, modificando-a e estabelecendo
novas associações na busca de seu significado.
Devemos ficar atentos às produções da fala de cada criança, pois elas apresentam
indicadores importantíssimos do seu desenvolvimento
36
ta
4.2 A Escrita
Não podemos, em hipótese alguma, excluir o trabalho com a escrita nas práticas
da Educação Infantil, afinal, desde os primeiros meses de vida, as crianças já estão em
permanente contato com o mundo letrado e a maioria delas já desenvolve interesse e
curiosidade pela linguagem escrita. De acordo com o estímulo do ambiente em que vivem,
é comum vermos crianças a partir de dois ou três anos de idade, “escrevendo cartinhas”,
“lendo livros” e perguntando “o que está escrito aqui?”. Com isso, podemos dizer que as
crianças aprendem a produzir textos antes mesmo de saber grafá-los da maneira
convencional.
Compartilhamos da concepção do parecer CNE/CEB N° 20/2009 quando
menciona que a linguagem escrita é objeto de interesse das crianças. Ainda diz que,
vivendo em um mundo onde a língua escrita está cada vez mais presente, as crianças
começam a se interessar pela escrita muito antes que os professores a apresentem
formalmente. Contudo, há que se apontar que essa temática, em alguns momentos, não
está sendo adequadamente compreendida e trabalhada na Educação Infantil. O que se
pode dizer é que o trabalho com a língua escrita, com crianças pequenas, não pode,
decididamente, ser uma prática mecânica desprovida de sentido e centrada na
decodificação do escrito. A apropriação da escrita pela criança se faz no reconhecimento,
na compreensão e na fruição da linguagem usada para registros, mediada pelo professor,
fazendo-se presente em atividades prazerosas de contato com diferentes gêneros
escritos, com a leitura diária de livros pelo professor, pelo manuseio de livros e revistas e
produção narrativas e “textos” (mesmo sem saber ler e escrever).
Sendo assim, do mesmo modo que a aprendizagem da linguagem oral está
diretamente associada às interações dialógicas, a escrita está ligada ao contato com
textos diversos e às práticas de escrita para que as crianças possam construir sua
capacidade de ler.
Mesmo na Educação Infantil a criança deve ter a oportunidade de conviver com o
37
ta
mundo da escrita, porém é de suma importância que o professor compreenda que na
Educação Infantil, não se deve alfabetizar sistematicamente, ou seja, o docente não deve
preocupar-se em ensinar a ler e a escrever sistematicamente (codificar e decodificar).
Voltar toda a atenção pedagógica para “alfabetizar” é mostrar o desconhecimento
das etapas de desenvolvimento da criança. Limitar a prática à aquisição de leitura, é
deixar de explorar e desenvolver potencialidades que são imprescindíveis.
Cabe ao educador apresentar o mundo letrado à criança de forma natural,
englobando desenho, dramatização, brincadeiras, jogos, histórias e outras atividades
necessárias para este período. Pois , a criança precisa perceber que o que se fala pode
ser escrito. Por isso, o professor necessita ser o escriba da turma. Sua preocupação não
é alfabetizar, mas levar a criança à descoberta do mundo escrito que faz parte da sua
realidade, sem método de alfabetização.
Quanto antes as crianças conhecerem a linguagem escrita mais possibilidade de
inclusão terão numa sociedade letrada e essa inserção pode partir do trabalho com os
nomes dos alunos. O objetivo nesta fase não é ensinar a ler e a escrever, mas
proporcionar a interação com a língua escrita de forma lúdica, aprazível e dinâmica. É
claro, que com a estimulação, algumas crianças poderão dominar a leitura e a escrita,
porém sem exercícios mecanizados e repetitivos pautados na memorização.
4.3 Linguagem Oral e Escrita: Objetivos
As DCNEI em seu Art. 9o nos indicam que as práticas pedagógicas que compõem
a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as
interações e a brincadeira, garantindo experiências que possibilitem às crianças
experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e
convívio com diferentes suportes, gêneros textuais orais e escritos;.
Desta forma, consideramos como objetivos deste eixo:
38
ta
39
OBJETIVOS
40
cri
ta
e
Es
cri
ta
0 a 3 anos 4 e 5 anos
• participar de variadas
situações de
comunicação oral, para
interagir e expressar
desejos, necessidades
e sentimentos por meio
da linguagem oral,
contando suas
vivências;
• interessar-se pela
leitura de histórias;
familiarizar-se, aos poucos,
com a escrita por meio da
participação em situações nas
quais ela se faz necessária e
do contato cotidiano com livros,
revistas, histórias em
quadrinhos etc.
• ampliar gradativamente suas possibilidades
de comunicação e expressão, interessando-
se por conhecer vários gêneros orais e
escritos e participando de diversas
situações de intercâmbio social nas quais
possa contar suas vivências, ouvir as de
outras pessoas, elaborar e responder
perguntas;
• familiarizar-se com a escrita por meio do
manuseio de livros, revistas e outros
portadores de texto e da vivência de
diversas situações nas quais seu uso se
faça necessário;
• escutar textos lidos, apreciando a leitura
feita pelo professor;
• interessar-se por escrever palavras e textos
ainda que não de forma convencional;
• reconhecer seu nome escrito, sabendo
identificá-lo nas diversas situações do
cotidiano;
escolher os livros para ler e apreciar.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
41
4.4. Linguagem Oral e Escrita - Conteúdos
“E, certamente, nenhum de nós faria, nem conhece quem
faça, coisas como as seguintes: propor a uma criança de dois
anos (ou menos) que faça tarefas como completar, procurar
palavras de um certo tipo num texto (…) Tudo isso são
exemplos de exercícios. Tudo isso se faz nas escolas, em
maior ou menor quantidade. Nada disso se faz na vida real,
porque nada disso ajuda ninguém a aprender uma língua. Em
resumo, poderíamos enunciar uma espécie de lei, que seria:
não se aprende por exercícios, mas por práticas
significativas.” (Sírio Possenti)
Em se tratando de uma fase tão especial da vida que é a infância de 0 a 5 anos,
não compartilhamos da ideia de que os alunos deste segmento devem ser submetidos a
exercícios sistematizados em Linguagem Oral e Escrita. Partimos da perspectiva que a
prática pedagógica seja pautada em atividades que venham proporcionar experiências
significativas para o desenvolvimento dos conteúdos a seguir:
De 0 a 3 anos
• Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e
expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações
de interação presentes no cotidiano.
• Participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como
contos, poemas, parlendas, trava-línguas etc.
• Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e
da escrita.
• Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em
quadrinhos etc.
42
ta
De 4 e 5 anos
Falar e escutar
• Uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos,
necessidades, opiniões, ideias, preferências e sentimentos e relatar suas vivências
nas diversas situações de interação presentes no cotidiano.
• Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos de que
participa.
• Participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e argumentar
suas ideias e pontos de vista.
• Relato de experiências vividas e narração de fatos em sequência temporal e causal.
• Reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história
original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem
a ajuda do professor.
• Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais, como trava-línguas, parlendas,
adivinhas, quadrinhas, poemas e canções.
Práticas de leitura
• Participação nas situações em que os adultos lêem textos de diferentes gêneros,
como contos, poemas, notícias de jornal, informativos, parlendas, trava-línguas etc.
• Participação em situações que as crianças leiam, ainda que não o façam de maneira
convencional.
• Reconhecimento do próprio nome dentro do conjunto de nomes do grupo nas
situações em que isso se fizer necessário.
• Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em
quadrinhos etc., previamente apresentados ao grupo.
• Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento.
Práticas de escrita
• Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita.
• Escrita do próprio nome em situações em que isso é necessário.
• Produção de textos individuais e/ou coletivos ditados oralmente ao professor para
diversos fins.
• Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento de que dispõe, no
momento, sobre o sistema de escrita em língua materna.
• Respeito pela produção própria e alheia.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
43
4.5 Avaliação:
Promovendo um trabalho que a utilize a linguagem oral para se expressar e a
exploração de materiais escritos de maneira adequada, o professor pode esperar que a
partir dos quatro e até os cinco anos, participem de conversas, utilizando-se de diferentes
recursos necessários ao diálogo; manuseiem materiais escritos, interessando-se por ler e
por ouvir a leitura de histórias e experimentem escrever nas situações nas quais isso se
faça necessário, como, por exemplo, marcar seu nome nos desenhos.
Registrando a maneira como a criança se relaciona com o mundo letrado e como se
expressa o professor poderá perceber a sua evolução neste aspecto.
Utilizando o portfólio o educador também poderá representar a evolução da escrita
de cada criança e fazer suas observações em relação a ela.
44
ta
5. Linguagem Matemática
A matemática faz parte da nossa vida, seja em casa ou no trabalho, estamos a
todo tempo envolvidos com esta área do conhecimento. Desde o momento em que
planejamos um dia de atividade, a forma como arrumamos nossos objetos pessoais,
as decisões que tomamos, enfim nas mais diversas atividades de nosso cotidiano “ela”
está presente de tal forma, que na maioria das vezes, nem nos damos conta.
Da mesma forma, a criança também está imersa neste mundo, e como nós,
vivencia estas experiências com a matemática antes mesmo de ingressar nas creches
e pré-escolas. Diversas situações cotidianas resultam de conhecimentos matemáticos,
como por exemplo: saber que tem menos balas que o irmão, colocar um copo na mesa
para cada pessoa da família, montar torres com caixas e outros objetos semelhantes,
arrumar os brinquedos, pedir metade de uma maçã... Todos estes eventos envolvem
quantidades, números, comparações, medições, que fazem com que a criança
questione, observe e procure entender melhor o mundo que a cerca.
Isto nos faz pensar que a matemática não está dissociada da vida de uma
criança pois desde a mais tenra idade pode-se perceber elas são capazes de interagir,
inferir e construir conceitos matemáticos.
As instituições de Educação Infantil podem e devem ajudar as crianças a se
organizarem melhor para que se efetive esta rede de conexões e relações lógico-
matemáticas em seu desenvolvimento cognitivo. Isto requer uma prática
problematizadora proposta pelo professor numa ação mediadora entre criança –
estímulo – objeto - meio. A proposição de situações problemas, carregadas de
significado pelas ações do cotidiano, deve se constituir numa prática diária e contínua,
através de comentários, perguntas, dúvidas, desafios propostos pelo professor. Este
processo é fundamental para que nossas crianças possam perceber melhor o mundo
em que vivem associando a utilidade da Matemática na sua vida diária, em
experiências de quantificação, medição do tempo e do espaço, onde números e
símbolos permeiam a sua realidade.
45
ca.
5.1 Linguagem Matemática: Objetivos
O objetivo principal da matemática Educação Infantil é auxiliar a criança em suas
múltiplas expressões, no estabelecimento de relações, na aproximação e apropriação de
conceitos. No entanto, para que isso se concretize é preciso levá-la ao desenvolvimento de
estruturas de pensamento que permitirão a interação com o mundo e com as pessoas de
forma coerente e saudável.
Na medida em que a criança interage com o mundo e mobiliza seus conhecimentos
matemáticos, estes vão se aprimorando. podemos destacar também como objetivos deste
eixo:
OBJETIVOS
0 a 3 anos 4 e 5 anos
• estabelecer
aproximações a
algumas noções
matemáticas presentes
no seu cotidiano, como
contagem, relações
espaciais , etc.
• reconhecer e valorizar os números, as
operações numéricas, as contagens orais
e as noções espaciais como ferramentas
necessárias no seu cotidiano;
• comunicar ideias matemáticas, hipóteses,
processos utilizados e resultados
encontrados em situações-problema
relativas a quantidades, espaço físico e
medida, utilizando a linguagem oral e a
linguagem matemática;
• ter confiança em suas próprias
estratégias e na sua capacidade para
lidar com situações matemáticas novas,
utilizando seus conhecimentos prévios.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
46
ca.
5.2 Linguagem Matemática - Conteúdos
Segundo o RCNEI, a seleção e a organização dos conteúdos matemáticos
representam um passo importante no planejamento da aprendizagem e devem
considerar os conhecimentos prévios e as possibilidades cognitivas das crianças para
ampliá-los. Para tanto, deve-se levar em conta que:
 aprender matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças
atribuem significados e estabelecem relações com base nas observações,
experiências e ações que fazem, desde cedo, sobre elementos do seu ambiente
físico e sociocultural;
 a construção de competências matemáticas pela criança ocorre simultaneamente
ao desenvolvimento de inúmeras outras de naturezas diferentes e igualmente
importantes, tais como comunicar-se oralmente, desenhar, brincar, escrever,
movimentar-se, cantar etc.
Na Educação Infantil, o aprendizado neste eixo ocorre por meio da abstração
reflexiva relacionada às ações exercidas sobre os objetos. Desse modo, não basta
apenas manipulá-los é preciso agir sobre eles, reunir, separar, comparar, quantificar e
ordenar objetos concretos de diferentes formas: jogos, sucatas, palitos de picolé,
canudos, calendários, blocos lógicos, dinheirinho etc.
Compartilhamos, portanto da concepção de que o trabalho com os conteúdos da
Matemática na Educação Infantil deve partir do cotidiano dos alunos e das experiências
que lhes são proporcionadas. São eles:
De 0 a 3 anos
• Utilização da contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e de espaço em
jogos, brincadeiras e músicas junto com o professor e nos diversos contextos nos
quais as crianças reconheçam essa utilização como necessária.
• Manipulação e exploração de objetos e brinquedos, em situações organizadas de
forma a existirem quantidades individuais suficientes para que cada criança
possa descobrir as características e propriedades principais e suas
possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar etc.
47
ca.
De 4 a 5 anos
Números e sistema de numeração
Este bloco de conteúdos envolve contagem, notação e escrita numéricas e as operações
matemáticas.
 Utilização da contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças
reconheçam sua necessidade.
 Utilização de noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver
problemas.
 Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a notação numérica e/ou
registros não convencionais.
 Identificação da posição de um objeto ou número numa série, explicitando a noção
de sucessor e antecessor.
 Identificação de números nos diferentes contextos em que se encontram.
 Comparação de escritas numéricas, identificando algumas regularidades.
Grandezas e medidas:
 Exploração de diferentes procedimentos para comparar grandezas.
 Introdução às noções de medida de comprimento, peso, volume e tempo, pela
utilização de unidades convencionais e não convencionais.
 Marcação do tempo por meio de calendários.
 Experiências com dinheiro em brincadeiras ou em situações de interesse das
crianças.
Espaço e forma
 Explicitação e/ou representação da posição de pessoas e objetos, utilizando
vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas diversas situações nas
quais as crianças considerarem necessário essa ação.
 Exploração e identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras, como
formas, tipos de contornos, faces planas, lados retos etc.
 Representações bidimensionais e tridimensionais de objetos.
 Identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço.
 Descrição e representação de pequenos percursos e trajetos, observando pontos de
referência.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3)
48
ca.
5.3 Avaliação:
Considerando que o aluno foi levado a manipular, interagir e agir sobre o objeto de
estudo e que o trabalho realizado atingiu e privilegiou todos os aspectos que precisam ser
contemplados matematicamente na educação infantil, o professor poderá esperar que as
crianças utilizem conhecimentos da contagem oral, registrem quantidades de forma
convencional ou não convencional e comuniquem posições relativas à localização de
pessoas e objetos. Além de relacionar o mundo que a cerca com o mundo das formas, das
cores e da matemática em geral.
As descobertas e percepções individuais poderão ser registradas pela própria
criança em seu portfólio da maneira que ela for capaz, em cada fase de seu
desenvolvimento.
O professor deve evitar a rigidez e a parametrização destes registros para que eles
sejam o retrato mais fiel possível do que a criança quer representar.
49
ca.
6. A Linguagem Tecnológica
“Ter oportunidade para manusear gravadores,
projetores, computador e outros recursos tecnológicos e
midiáticos também compõe o quadro de possibilidades
abertas para o trabalho pedagógico na Educação
Infantil.” (parecer CNE/CEB N° 20/2009)
Utilizar o caixa eletrônico dos bancos e o controle remoto da TV, usar um
aparelho de celular ou uma câmera digital, ou simplesmente programar o micro-ondas
no preparo da pipoca são ações que já fazem parte do cotidiano da maioria das
pessoas. Decididamente vivemos numa sociedade que se torna cada vez mais
tecnológica, que exige conhecimentos específicos para termos independência na
realização de muitas práticas que facilitam nossa vida.
Vemos um avanço absurdo nas tecnologias de comunicação e informação
(TICs), pois as mídias são as mais variadas possíveis e renovam-se com uma
velocidade que não conseguimos acompanhar. Entendemos como mídia, “todo o
suporte de difusão de informação (rádio, televisão, imprensa, publicação na Internet,
etc.) que constitui ao mesmo tempo um meio de expressão e um intermediário na
transmissão de uma mensagem”. Podemos afirmar que sem as mídias e as tecnologias,
algumas atitudes que consideramos essenciais seriam inviáveis. Como a escola não se
encontra dissociada deste contexto, a linguagem tecnológica é mais uma abordagem
pedagógica necessária à Educação Infantil.
6.1 Linguagem Tecnológica: objetivos
Devemos ter em mente que a Linguagem Tecnológica será utilizada a serviço da
construção de outros conhecimentos, a fim de levar o aluno a perceber o quanto a
tecnologia está atrelada ao bem-estar e à qualidade de vida.
Nossos alunos já começam a descobrir o impacto das tecnologias na vida
cotidiana quando fazem uso ou veem outras pessoas utilizando brinquedos,
eletrodomésticos, objetos variados.
50
Logo, podemos destacar como objetivos principais do trabalho com a Linguagem
Tecnológica na Educação Infantil:
☺ perceber a importância e a utilização da tecnologia no cotidiano;
☺ vivenciar experimentos práticos para que expressem e criem o que desejam sem
estereótipos.
Não podemos nos esquecer de que o conhecimento se processa na criança a partir
das suas experiências na interação com o outro e com o ambiente. Sendo assim, para
apropriar-se da linguagem tecnológica é preciso que entre em em contato com ela como
objeto de conhecimento.
6.2 Linguagem Tecnológica - Conteúdos
Se é fato que a sociedade atual encontra-se num crescente avanço de novas
ferramentas tecnológicas, concluímos que, quanto mais nova for a criança, mais seu futuro
estará atrelado à utilização destas.
O uso de tecnologias como a televisão, computador, vídeo, aparelho de som
utilizados num trabalho planejado e específico, pode levar os alunos a perceberem o quanto
nossa sociedade depende da tecnologia.
As crianças trazem consigo uma curiosidade que lhes é natural: desmontam
carrinhos, abrem barrigas de bonecas, querem saber se há alguém dentro da televisão
transmitindo a mensagem, enfim, querem saber como funciona o que as rodeiam. Portanto,
o trabalho com esta linguagem exige um espaço de experimentação na sala de aula, afinal,
utilização e valorização das mídias e tecnologias são os principais conteúdos desta
linguagem.
51
6.3 Orientações Gerais
Vivemos num contexto social em que podemos afirmar que estamos excluídos
de uma mídia de qualidade: temos uma enorme oferta de informações muitas das vezes
discriminatórias, que criam regras, difundindo conceitos e desejos.
Nossas crianças encontram-se mergulhadas em todo este mar de informações,
sendo, na maioria das vezes, consumidores passivos, suscetíveis aos apelos do
marketing que conduzem ao consumismo e desperdício.
Então, inicialmente, o primeiro passo do educador rumo ao trabalho com esta
“cultura da mídia” é conhecê-la. Afinal, tudo o que diz respeito às crianças e o que
constitui-se como fonte de seus interesses, devem ser investigados e conhecidos pelos
educadores.
Vencida a etapa do conhecimento (o que meus alunos veem na TV, que tipo de
música ouvem...) é necessário o respeito em relação aos hábitos dos alunos e aos
elementos que compõem sua rotina familiar.
A partir do conhecimento e do respeito a este acervo midiático o professor deve
sempre conversar com seus alunos acerca do que veem, levando-os a saírem da
posição de expectadores acríticos, oferecendo às crianças novos tipos de informação
(sejam novos programas, filmes ou músicas), inserindo em sua rotina de trabalho
momentos em que os discentes possam ouvir variados gêneros musicais e boas
histórias, assistir e produzir peças teatrais, confeccionar instrumentos musicais.
Dentro desta perspectiva, algumas práticas podem ser inseridas em nosso
trabalho com as crianças. O texto do ProInfantil
1
nos oferece alguns subsídios para que
esta prática se concretize:
• um aparelho de som na sala de aula, mesmo que em momentos estipulados é
importante e auxiliará na formação musical das crianças;
• a seleção de gêneros musicais variados é imprescindível, em que ouvir e até
dançar estas músicas é bem interessante;
• para que não estejam sujeitos apenas à recepção dos estilos, instrumentos
musicais podem ser confeccionados pelas crianças com sucatas variadas, assim
como a formação de bandinhas, corais, etc;
1
52
• estímulo ao cinema e ao teatro também devem ser realizados, sendo opções a
TV e o vídeo (selecionados criteriosamente) caso a visita a estes locais não seja
possível;
• muitas atividades também podem ser feitas com a literatura e com a utilização de
livros, poesias, peças teatrais e roteiros de filmes, etc;
• a encenação de pequenas peças pode ser uma atividade interessante e muito
prazerosa: fazer figurinos, objetos, cenários com sucata, papel, tecido é sempre
muito bem recebido pelas crianças;
• escrever diálogos, recontar a mesma história com finais diversos, separar os
papéis, escrever roteiros de filmes, decorar diálogos, apresentar a peça ou o
filme, assistir juntos a peças de colegas, ir ao cinema, falar dos filmes, das
histórias, narrar a experiência etc. são trocas importantes na produção cultural da
infância.
É preciso propiciar espaços para a criança falar sobre o que está vivendo e
criando, como autores, donos, e não apenas como expectadores.
Por isso destacamos o trabalho com sucatas como excelente estratégias, pois os
objetos confeccionados pelas crianças ganham duplo sentido: lúdico e utilitário. Lúdico
pois a brincadeira é algo que perpassa toda a Educação Infantil; utilitário por ser esta a
característica primordial das tectonologias.
O planejamento e a organização de uma Feira de Ciências também seria
muito interessante, visto que é o exemplo de um “evento” que auxilia os pequenos a
compreenderem como o ser humano intervém no meio ambiente e esta intervenção é
feita através do trabalho com o uso da tecnologia criada por ele mesmo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
53
ica
s
ARGOLO, G. S. Olhares e saberes do encontro com a arte. São Paulo: Papirus, 2005.
ARRIBAS, T. L. Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. Porto
Alegre: Artmed, 2004.
BAPTISTA, M. C. A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância. Centro
de Alfabetização Leitura e Escrita – CEALE - Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Minas Gerais – UFMG, 2010.
BASSEDAS, E. HUGUET, T. SOLÉ, I. Aprender e Ensinar na Educação Infantil. Porto
Alegre: Artmed, 1999.
BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BRASIL
MEC/SEB. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de
seis anos de idade/ organização Janete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro
do Nascimento. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007
BORGES, T. M. M. A Criança em Idade Pré-Escolar. São Paulo: Editora Ática, 1994.
BRASIL / Ministério da Educação e Cultura. Critérios para o atendimento em creches que
respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC, 1995.
BRASIL MEC/SEB. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da
criança de seis anos de idade/ organização Janete Beauchamp, Sandra Denise Pagel,
Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2007
BRASIL. Constituição Federativa do Brasil. Brasília, 1988.
BRASIL. Lei no 8069, 16 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do
Adolescente, Brasília, 16 de julho de 1990.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Subsídios para Credenciamento e
Funcionamento de Instituições de Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998b.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução no 4, de 13
de julho de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. 13 de
julho de 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução no 5, de 17
de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 17 de
dezembro de 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Indagações Sobre Currículo – Diversidade e Currículo.
54
ica
s
Brasília: MEC. 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Coleção PROINFANTIL.
Unidade 3, Módulo II. Brasília: MEC, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais Para
educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC; 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Adaptações curriculares –
estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC,
1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial: Saberes e Práticas da
Inclusão. Brasília: MEC, 2003.
BRASIL. Ministério de Educação. Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRAZELTON, T. B. & GREENSPAN, S.I. As necessidades essenciais das crianças: o que toda
criança precisa para crescer, aprender e se desenvolver. Porto Alegre: Artmed, 2002.
CORSINO, P. “As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento”. in BRASIL. Ministério da
Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade. FNDE, Brasília: Estação Gráfica, 2007.
DIAS , K. S. Formação estética: em busca do olhar sensível. In: KRAMER, S.; LEITE, M. I.;
NUNES, M. F.; GUIMARÃES, D. (Orgs.). Infância e educação infantil. Campinas: Papirus, 1999.
FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2001.
FERREIRO, E. Cultura escrita e educação. São Paulo: Artmed, 2001.
FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 2002.
FRIEDMANN, A. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna,
1996.
FRISON, L. M. B. O espaço e o tempo na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1997.
FURT, H & WACHS, H. Piaget na Prática escolar – A Criatividade no Currículo Integral. São
Paulo: Ibrasa, 1979.
GALVÃO, I. O desenho na pré-escola: o olhar e as expectativas do professor. São Paulo: Séries
Ideias, 1992.
55
GARCIA, R. L. Revisitando a pré-escola. São Paulo: Cortez, 1993.
GARDNER, H. A criança pré escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto
Alegre: Artmed, 1994.
GOBBI, M. Múltiplas linguagens de meninos meninas no cotidiano da educação infantil.
Brasília: MEC/SEF, 2010.
GOBBI, M. Múltiplas linguagens de meninos meninas no cotidiano da educação infantil.
Brasília: MEC/SEF, 2010.
HAETINGER, M. G & ARANTES, A. C. Educação, Corpo e Movimento. Curitiba: IESDE
Brasil S.A., 2009.
KAMII, C. & DEVRIES, R. A Teoria de Piaget e a Educação Pré-Escolar. Lisboa,
Sociocultura, 1989.
KAMII, C. A criança e o número. Campinas: Papirus, 1991.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2003.
KRAMER, S. Com a Pré-escola nas mãos. São Paulo: Editora Ática, 1989.
LIUBLINSKAIA, A. A. Desenvolvimento psíquico da criança. Lisboa: Estampa, 1973.
MARQUES, I. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2001.
OLIVEIRA, Z.M. Creches: crianças, faz de conta & cia. Petrópolis: Vozes, 1992.
PEREIRA, M. S. “A descoberta da criança” . Rio de Janeiro: Editora Wak, 2002.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras,
1996.
SANTOS, R. P. Psicomotricidade. São Paulo: Course Pack, 2006.
TIRIBA, L. Crianças da Natureza. Brasília: MEC/SEF, 2010.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Alexandria, 1995.
COLABORAdORES
56
s
pROFESSORES (AS):
Adjane Basílio F Trindade
Adriana Chaves
Alda Maria da Costa
Ana Cristina Machado
Ana Lucia Monteiro da Silva Barros
Ana Maria Dantas da Silva
Andréa Ferraz de O. Guimarães
Angélica Lessa Santana
Camila Lago Ferreira Laporte
Carla Maria Ávila P Lopes
Carla da Silva Rodrigues
Claudia Monteiro Lassarote
Débora Fabiane Leite
Fernanda Chagas Baldez
Iraci de Almeida Fonseca
Jackeline Mendes de Almeida
Jacqueline Aparecida Pinto Galdino
Jetânia Alves Teixeira Rodrigues
Maria Eugenia Marques
Maria José da Silveira Baltar Portella
Maria Luiza de A Gomes
Marcia Duarte de Almeida
Michelle Queiroz Ferreira
Mônica Martins de A Canêdo
Paula Andréa de Moura Lima
Rosa Maria Vieira Carvalho
Rosangela Batista de Souza Ramos
Rosany Pimentel de Mello Gillen
Rosirene da Silva Carvalho
Selma Ramos Bastos
Sheila Sobreira da Costa Camacho
Sônia Maria Néri dos S Carvalho
Valdete Michaeli de Queiroz
57
Valéria Araújo
Vanda Silveira Rodrigues
Vanessa Amaral Moraes Fierro
Vânia Cláudia da Silva Castro
Waléria Rossi
Walmisseia Pressato da Conceição
Wanderlea Michaeli
58

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Seminário rcnei natureza e sociedade
Seminário rcnei natureza e sociedadeSeminário rcnei natureza e sociedade
Seminário rcnei natureza e sociedadeSonia Garrido
 
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil FinalOrientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil FinalMaria Galdino
 
Proposta do infantil ll educação infantil
Proposta do infantil ll   educação infantilProposta do infantil ll   educação infantil
Proposta do infantil ll educação infantilRosemary Batista
 
Livro orientações curriculares
Livro orientações curricularesLivro orientações curriculares
Livro orientações curricularesImprensa-semec
 
Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil
Diretrizes curriculares nacionais para educação infantilDiretrizes curriculares nacionais para educação infantil
Diretrizes curriculares nacionais para educação infantilEMEI Julio Alves Pereira
 
PNAIC - Educação do Campo - unidade 4
PNAIC - Educação do Campo - unidade 4PNAIC - Educação do Campo - unidade 4
PNAIC - Educação do Campo - unidade 4ElieneDias
 
Referencial curricular volumes 2 e 3
Referencial curricular volumes 2 e 3Referencial curricular volumes 2 e 3
Referencial curricular volumes 2 e 3mgr0708
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumondInvestigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo UniãoEducação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo Uniãogrupouniao
 

Mais procurados (20)

Seminário rcnei natureza e sociedade
Seminário rcnei natureza e sociedadeSeminário rcnei natureza e sociedade
Seminário rcnei natureza e sociedade
 
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil FinalOrientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
Orientações Curriculares Para A Educação Infantil Final
 
Proposta do infantil ll educação infantil
Proposta do infantil ll   educação infantilProposta do infantil ll   educação infantil
Proposta do infantil ll educação infantil
 
Livro orientações curriculares
Livro orientações curricularesLivro orientações curriculares
Livro orientações curriculares
 
Formação rcnei
Formação rcneiFormação rcnei
Formação rcnei
 
RCNEI resumo eixos 2014
RCNEI resumo eixos 2014RCNEI resumo eixos 2014
RCNEI resumo eixos 2014
 
Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil
Diretrizes curriculares nacionais para educação infantilDiretrizes curriculares nacionais para educação infantil
Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil
 
Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012Diretrizescurriculares 2012
Diretrizescurriculares 2012
 
Rcnei
RcneiRcnei
Rcnei
 
PNAIC - Educação do Campo - unidade 4
PNAIC - Educação do Campo - unidade 4PNAIC - Educação do Campo - unidade 4
PNAIC - Educação do Campo - unidade 4
 
R.dc.07 projeto pedagógico de sala
R.dc.07 projeto pedagógico de salaR.dc.07 projeto pedagógico de sala
R.dc.07 projeto pedagógico de sala
 
Referencial curricular volumes 2 e 3
Referencial curricular volumes 2 e 3Referencial curricular volumes 2 e 3
Referencial curricular volumes 2 e 3
 
Recnei ed. inf.
Recnei ed. inf.Recnei ed. inf.
Recnei ed. inf.
 
Analu nilcelia
Analu nilceliaAnalu nilcelia
Analu nilcelia
 
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumondInvestigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
Investigação do currículo na escola da educação infantil. simone helen drumond
 
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo UniãoEducação de Crianças em Creches - Grupo União
Educação de Crianças em Creches - Grupo União
 
Orientações professor
 Orientações professor Orientações professor
Orientações professor
 
EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTIL
 
Ana carla gisela
Ana carla giselaAna carla gisela
Ana carla gisela
 
Artigo 2011.
Artigo 2011.Artigo 2011.
Artigo 2011.
 

Destaque

Conteúdos 1º Ciclo
Conteúdos 1º CicloConteúdos 1º Ciclo
Conteúdos 1º CicloBrincadores
 
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1Maria Galdino
 
Mod iii unid1_jul2006-educar e cuidar
Mod iii unid1_jul2006-educar e cuidarMod iii unid1_jul2006-educar e cuidar
Mod iii unid1_jul2006-educar e cuidarElisa Maria Gomide
 
Planejamento saúde bucal por simone helen drumond
Planejamento saúde bucal por simone helen drumondPlanejamento saúde bucal por simone helen drumond
Planejamento saúde bucal por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilReferencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilMaria Barbosa Almeida
 
Sequencia didática minha identidade maternal
Sequencia didática minha identidade    maternalSequencia didática minha identidade    maternal
Sequencia didática minha identidade maternaljosivaldopassos
 
Proposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamental
Proposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamentalProposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamental
Proposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamentalRosemary Batista
 

Destaque (12)

Conteúdos 1º Ciclo
Conteúdos 1º CicloConteúdos 1º Ciclo
Conteúdos 1º Ciclo
 
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 1
 
Mod iii unid1_jul2006-educar e cuidar
Mod iii unid1_jul2006-educar e cuidarMod iii unid1_jul2006-educar e cuidar
Mod iii unid1_jul2006-educar e cuidar
 
SLIDE- 1º ENCONTRO - INF IV
SLIDE- 1º ENCONTRO - INF IVSLIDE- 1º ENCONTRO - INF IV
SLIDE- 1º ENCONTRO - INF IV
 
Plano de aula
Plano de aulaPlano de aula
Plano de aula
 
Planejamento saúde bucal por simone helen drumond
Planejamento saúde bucal por simone helen drumondPlanejamento saúde bucal por simone helen drumond
Planejamento saúde bucal por simone helen drumond
 
Pnaic caderno 6
Pnaic caderno 6Pnaic caderno 6
Pnaic caderno 6
 
Referencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantilReferencial curricular nacional para a educação infantil
Referencial curricular nacional para a educação infantil
 
Planos de aula
Planos de aulaPlanos de aula
Planos de aula
 
Sequencia didática minha identidade maternal
Sequencia didática minha identidade    maternalSequencia didática minha identidade    maternal
Sequencia didática minha identidade maternal
 
Proposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamental
Proposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamentalProposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamental
Proposta curricular para o 4º e 5º ano do ensino fundamental
 
Projeto Dengue
Projeto Dengue Projeto Dengue
Projeto Dengue
 

Semelhante a Proposta curricular

EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdf
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdfEDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdf
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdfDhefferson1
 
Gestao de educacao_infantil_10
Gestao de educacao_infantil_10Gestao de educacao_infantil_10
Gestao de educacao_infantil_10Liberty Ensino
 
Documento
DocumentoDocumento
DocumentoRiboura
 
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdfBNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdfJhuGuimaraesNeves
 
Políticas pedagógicas curriculares contexto, diretrizes e açõesparte 2
Políticas pedagógicas curriculares  contexto, diretrizes e açõesparte 2Políticas pedagógicas curriculares  contexto, diretrizes e açõesparte 2
Políticas pedagógicas curriculares contexto, diretrizes e açõesparte 2♥Marcinhatinelli♥
 
Projeto brincadeira de criança
Projeto brincadeira de criançaProjeto brincadeira de criança
Projeto brincadeira de criançadanizinha_blog
 
Modelo artigo prática docente i 1- -1-
Modelo artigo prática docente i  1- -1-Modelo artigo prática docente i  1- -1-
Modelo artigo prática docente i 1- -1-pedagogianh
 
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes revistas - UEPG
 
Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2
Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2
Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2Coraci Machado Araújo
 
BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...
BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...
BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...ProfessorPrincipiante
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
ApresentaçãoCenpec
 
Educação integral otp
Educação integral   otpEducação integral   otp
Educação integral otpJorci Ponce
 
Becchi , ideias orientadoras para creche
Becchi , ideias orientadoras para crecheBecchi , ideias orientadoras para creche
Becchi , ideias orientadoras para crecheDONIZETE SARAIVA
 
Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação
Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação
Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação Educação Infantil
 
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCCPlanejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCCThalesSantos36
 

Semelhante a Proposta curricular (20)

EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdf
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdfEDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdf
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.pdf
 
Gestao de educacao_infantil_10
Gestao de educacao_infantil_10Gestao de educacao_infantil_10
Gestao de educacao_infantil_10
 
Documento
DocumentoDocumento
Documento
 
Grade curricular ensinomedia 1o 5o ano
Grade curricular ensinomedia 1o   5o anoGrade curricular ensinomedia 1o   5o ano
Grade curricular ensinomedia 1o 5o ano
 
Projecto Curricular
Projecto CurricularProjecto Curricular
Projecto Curricular
 
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdfBNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
BNCC-educacao-infantil-interativo.pdf
 
Políticas pedagógicas curriculares contexto, diretrizes e açõesparte 2
Políticas pedagógicas curriculares  contexto, diretrizes e açõesparte 2Políticas pedagógicas curriculares  contexto, diretrizes e açõesparte 2
Políticas pedagógicas curriculares contexto, diretrizes e açõesparte 2
 
Guia de aprendizagem
Guia de aprendizagemGuia de aprendizagem
Guia de aprendizagem
 
Projeto brincadeira de criança
Projeto brincadeira de criançaProjeto brincadeira de criança
Projeto brincadeira de criança
 
Adoleta professor
Adoleta professorAdoleta professor
Adoleta professor
 
Modelo artigo prática docente i 1- -1-
Modelo artigo prática docente i  1- -1-Modelo artigo prática docente i  1- -1-
Modelo artigo prática docente i 1- -1-
 
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes
Do registro à documentação pedagógica: possibilidades e necessidades docentes
 
Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2
Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2
Proposta curricular para os anos iniciais em MT.pptx2
 
BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...
BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...
BRINCANDO E APRENDENDO: UMA ARTICULAÇÃO POSSÍVEL ENTRE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA...
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Educação integral otp
Educação integral   otpEducação integral   otp
Educação integral otp
 
Apresentação cd blog
Apresentação cd  blogApresentação cd  blog
Apresentação cd blog
 
Becchi , ideias orientadoras para creche
Becchi , ideias orientadoras para crecheBecchi , ideias orientadoras para creche
Becchi , ideias orientadoras para creche
 
Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação
Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação
Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação
 
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCCPlanejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
 

Mais de RebecaRuan

Conhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação Infantil
Conhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação InfantilConhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação Infantil
Conhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação InfantilRebecaRuan
 
Os Primeiros Desenhos
Os Primeiros DesenhosOs Primeiros Desenhos
Os Primeiros DesenhosRebecaRuan
 
Inclusão de crianças com deficiência
Inclusão de crianças com deficiênciaInclusão de crianças com deficiência
Inclusão de crianças com deficiênciaRebecaRuan
 
Educação Infantil: Práticas Cotidianas
Educação Infantil: Práticas CotidianasEducação Infantil: Práticas Cotidianas
Educação Infantil: Práticas CotidianasRebecaRuan
 
Reportagem - Consciência Ecológica
Reportagem - Consciência EcológicaReportagem - Consciência Ecológica
Reportagem - Consciência EcológicaRebecaRuan
 
Projeto 2016 Educação Ambiental
Projeto 2016 Educação AmbientalProjeto 2016 Educação Ambiental
Projeto 2016 Educação AmbientalRebecaRuan
 

Mais de RebecaRuan (6)

Conhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação Infantil
Conhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação InfantilConhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação Infantil
Conhecimento do Mundo Natural e Social: Desafios para a Educação Infantil
 
Os Primeiros Desenhos
Os Primeiros DesenhosOs Primeiros Desenhos
Os Primeiros Desenhos
 
Inclusão de crianças com deficiência
Inclusão de crianças com deficiênciaInclusão de crianças com deficiência
Inclusão de crianças com deficiência
 
Educação Infantil: Práticas Cotidianas
Educação Infantil: Práticas CotidianasEducação Infantil: Práticas Cotidianas
Educação Infantil: Práticas Cotidianas
 
Reportagem - Consciência Ecológica
Reportagem - Consciência EcológicaReportagem - Consciência Ecológica
Reportagem - Consciência Ecológica
 
Projeto 2016 Educação Ambiental
Projeto 2016 Educação AmbientalProjeto 2016 Educação Ambiental
Projeto 2016 Educação Ambiental
 

Último

Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLidianePaulaValezi
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 

Último (20)

Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 

Proposta curricular

  • 1. PREFÁCIO PROPOSTA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE MIGUEL  PEREIRA A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte do Município de Miguel Pereira, a fim de nortear o trabalho com as crianças de 0 a 5 anos, apresenta sua Proposta Curricular para a Educação Infantil e Creches das unidades escolares de sua rede de ensino. A forma como o documento está organizado pretende facilitar as atividades de planejamento e avaliação no espaço da Educação Infantil. No entanto, é necessário que os educadores tenham uma visão ampla das competências e habilidades que devem ser introduzidas e trabalhadas na fase de zero a cinco anos e, conhecimento de como se inter-relacionam, para que, nas atividades em sala de aula e, especialmente, no desenvolvimento de projetos, possam realizar um trabalho significativo. Ressalta-se ainda, que qualquer proposta curricular deve ser flexível. O educador, em sua prática pedagógica, tem autonomia para trabalhar as habilidades essenciais que os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Infantil e outras que considerar pertinentes à realidade dos educandos. Com o objetivo de estabelecer-se uma política direcionada a aperfeiçoar a qualidade do ensino e o atendimento na Educação Infantil e nas Creches, a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte do Município de Miguel Pereira realizou nos anos de 2009 e 2010, formação continuada com os professores que atendem estes segmentos. Esta formação constituiu um marco importante na história da Educação Pública do município, uma vez que consolidou uma opção de caráter político- pedagógico voltada para a construção da Proposta Curricular da Educação Infantil, a partir de reflexões teóricas sobre uma diretriz metodológica bem determinada. Em função dessas reflexões, objetivou-se orientar o planejamento dos ambientes de aprendizagens das crianças. Durante a construção da Proposta Curricular do município foram abordados, pelas formadoras, nos encontros com os educadores, os seguintes temas com fundamentação teórica e prática: • Rotina na Educação Infantil. • Temas e Projetos de Trabalho. • Avaliação – Observação e Registro. • A Criança e a Matemática - Concepções, Jogos e Aprendizagem. 1 an til
  • 2. • Brincar é Fundamental - A importância da Brincadeira na Educação Infantil. • Um Dia com Artes - Falando acerca do grafismo Infantil. • Educação e Afetividade - Formação Social e Pessoal do Aluno. • Linguagem Oral e Escrita - Da Teoria para a Prática. A seleção dos materiais utilizados na elaboração do documento curricular representou a manifestação do espírito democrático e participativo que caracteriza a educação pública da rede municipal. A presente proposta baseou-se na sistematização de ideias que já vinham sendo discutidas, anteriormente, com o propósito de buscar outros subsídios que contribuíssem para sua consolidação. A elaboração deste documento curricular apresentado à rede tem como perspectiva a concretização de uma escola inclusiva, cidadã, que respeite à diversidade e contribua para a fomentação da paz. Pretende-se, então, a instauração de uma política educacional fortemente marcada pelo compromisso com a melhoria do ensino e da aprendizagem, assim como pressupõe a definição de objetivos, conteúdos e orientações didáticas para a Educação Infantil. Desta forma, a Proposta Curricular da Educação Infantil do Município de Miguel Pereira apresenta um currículo geral que pretende estabelecer-se como parte comum às escolas de Educação Infantil e creches municipais, cabendo às mesmas, o acréscimo das particularidades que atendam a sua clientela e que sejam imprescindíveis ao processo ensino e aprendizagem dos educandos. 2 til
  • 3. COMPONENTES CURRICULARES Conteúdos na Educação Infantil: experiências promotoras de aprendizagem 3
  • 4. “In ten cio nal me nte planejadas e permanentemente avaliadas, as práticas que estruturam o cotidiano das instituições 4 rri cul ar es - Ed uc aç ão Inf an til Cu rri cul ar es - Ed uc aç ão Inf an til
  • 5. de Educação Infantil devem considerar a integralidade e indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural das crianças, apontar as experiências de aprendizagem que se espera promover junto às crianças e efetivar-se por meio de modalidades que assegurem as metas educacionais de seu projeto pedagógico.” (Parecer CNE/CEB N° 20/2009) É fato que, durante muito tempo, as instituições destinadas ao trabalho com as crianças de 0 a 5 anos apresentaram um caráter puramente assistencialista, resumindo-se apenas ao “cuidado” dos pequenos. Dentro desta perspectiva, não havia preocupação com o planejamento das atividades, bem como os objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação do trabalho. No entanto, as políticas públicas já contempladas neste documento, lançaram um olhar diferenciado sobre o trabalho a ser realizado na Educação Infantil, passando esta a ser vista como etapa da Educação Básica, capaz de contribuir de forma imprescindível na construção de um desenvolvimento saudável do ser humano em crescimento. Com objetivos e conteúdos próprios, passou-se a exigir da Educação Infantil um trabalho diferenciado, com qualidade específica, prevista em lei. Refletindo sobre “qualidade”, concretizamos a necessidade de planejar o trabalho pedagógico. Este ato envolve muitas questões e, dentre elas, encontramos uma pergunta: “O que ensinar aos meus alunos?”. Pensando assim, consideramos pontos importantes acerca do que deve ser ministrado às crianças das creches e pré-escolas. De acordo com o RCNEI, “os assuntos trabalhados na Educação Infantil devem guardar relações específicas com os níveis de desenvolvimento em cada grupo e faixa etária, respeitar e propiciar a amplitude das mais diversas experiências em relação aos eixos de trabalhos propostos”. Sendo assim, os conteúdos são dispostos em dois grande âmbitos, que por sua vez, subdividem-se em eixos. São eles: 1. Formação Pessoal e Social: experiências que favorecem a construção do sujeito. 1.1. Identidade e Autonomia 5
  • 6. 2. Conhecimento de Mundo: construção de diferentes linguagens pelas crianças. 6 cul ar es - Ed uc aç ão Inf an til Cu rri cul ar es - Ed uc aç ão Inf an til
  • 7. 2.1. Linguagem Oral e Escrita 2.2. Linguagem Matemática 2.3. Linguagem Artística (Artes Visuais, Musical e Cênica) 2.4. Linguagem Corporal (Movimento) 2.5. Linguagem Ecossocial (Natureza e Sociedade) 2.6. Linguagem Tecnológica Na Educação Infantil, do nosso município, os conteúdos constituirão experiências promotoras de aprendizagem e, de acordo com as DCNEI elas “deverão ser propiciadas em uma frequência regular e serem, ao mesmo tempo, imprevistas, abertas a surpresas e a novas descobertas”. Tais experiências devem considerar a inter-relação entre as diferentes linguagens e formas de expressão que, no cotidiano infantil não encontram-se dissociadas Faz parte desta proposta curricular preliminar conceber a aprendizagem como um processo dinâmico entre o sujeito e o conhecimento, sendo necessário que professores e alunos assumam um papel ativo, experimentando e descobrindo diferentes formas de aprender, a partir do contato com a realidade e da interação social. O professor deve proporcionar atividades significativas para as crianças e considerar o que elas já sabem. Desta forma, pesquisar, manipular objetos, realizar experiências, fazer visitas, participar de situações da vida cotidiana, brincar, relacionar-se com outras pessoas podem representar ricos momentos de aprendizagem. Como as DCNEI registram:A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças. ” 7
  • 8. 1. A Linguagem Corporal “A criança percebe-se e percebe os seres e as coisas que a cercam, em função de sua pessoa. Sua personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir e transformar o mundo à sua volta. A criança que se sente bem com seu corpo é capaz de situar seus membros uns em relação aos outros, de fazer uma transposição de suas descobertas: progressivamente, localizará os objetos, as pessoas, os acontecimentos em relação a si, depois entre eles”. (Santos) Estudiosos afirmam que na Educação Infantil, a linguagem corporal é a mais importante de todas, visto que, é a partir dela que a criança ingressa no mundo e passa a interagir e a adquirir suas primeiras experiências. Através do corpo vêm as primeiras “perguntas” e “respostas” da criança, que transmite seus desejos em forma de gestos: o choro mediante o desconforto, a sucção e o relaxamento no aconchego do colo são exemplos disto. Trabalhar a partir do corpo e dos movimentos que dele procedem é fundamental, o que propiciará, segundo Santos (2011), o desenvolvimento das capacidades básicas, sensoriais e perceptivas da criança, levando a uma organização neurológica mais adequada para o desenvolvimento de qualquer aprendizagem, o que se traduz no esquema abaixo: 1.1 Linguagem Corporal e Psicomotricidade 8 COGNIÇÃO PERCEPÇÃO SENSAÇÃO MOVIMENTO aç ão Inf an til Ed uc aç ão Inf an til
  • 9. Podemos definir psicomotricidade como a relação entre pensamento e ação, envolvendo o aspecto emocional: a ação do sistema nervoso central que cria uma consciência no ser humano sobre os movimentos que realiza através dos padrões motores. No campo educacional, este trabalho com o movimento envolve as funções da inteligência. A psicomotricidade nos permite compreender como a criança localiza-se no tempo e no espaço, como toma consciência do seu corpo e de suas possibilidades de expressão. Segundo Santos (2011), a psicomotricidade “é a organização das sensações relativas ao próprio corpo, que o indivíduo vai interiorizando através dos estímulos que recebe do meio ambiente. Assim vai mapeando o seu corpo e torna-se capaz de identificar e localizar as suas diferentes partes , suas posturas e atitudes em relação ao mundo exterior”. O motivo das reflexões acerca deste tema serem tão necessárias à Educação Infantil esta ligado ao fato de que o movimento é a primeira manifestação da vida da criança, influenciando o seu comportamento. É prioridade nesta rede de ensino que a aprendizagem na Educação Infantil seja estimulada a partir do corpo da criança e das experiências que este pode oferecer, que é o foco da psicomotricidade. Neste sentido, Hans Furt (1979) inspirado nas pesquisas de Piaget, afirma: “Quando falamos de movimento, não nos referimos simplesmente aos exercícios físicos, mas ao pensamento implicado nas ações do corpo. Por isso, o desenvolvimento da psicomotricidade deve capacitar o sujeito para a execução de ações dirigidas para objetivos e que possam ser realizadas inteligentemente e de uma forma que minimize a tensão.” Em um ato psicomotor, há sempre a participação ativa da inteligência, através da intencionalidade e do comando geral da ação que se realiza. O corpo é, na criança, o elemento básico de contato com a realidade exterior e sua manipulação . Portanto, para que possa chegar ao pleno desenvolvimento das capacidades de análise e síntese, de representação mental do mundo, de construção das operações lógico-matemáticas, faz-se necessário que a criança perceba o seu corpo, verifique as suas possibilidades e seja levada a superar os 9 aç ão Inf an til Ed uc aç ão Inf an til
  • 10. seus limites. Trabalhar com o esquema corporal não consiste apenas na identificação e representação de partes do corpo, mas à tomada de consciência deste e de suas possibilidades e limitações de movimento. Isto só será possível através das experiências com o corpo, o que inclui as informações recebidas pelos órgãos dos sentidos e outras sensações. Logo, montar quebra-cabeças de figuras humanas, aprender a dizer os nomes das partes do corpo ou estudar a função dos órgãos dos sentidos podem atender outros objetivos, mas não resolvem os problemas da criança quanto ao uso inteligente e funcional de seu corpo. Através dos estímulos que recebe, a criança interioriza o conhecimento do seu próprio corpo, o que a capacitará na tomada de posturas e atitudes em relação ao mundo exterior. Uma má formação do esquema corporal pode acarretar: movimentos descoordenados, lentidão, postura inadequada, falta de controle de determinadas partes do corpo, má grafia, leitura expressiva não harmoniosa, timidez, dificuldade de se expressar, mau humor, dificuldade de ajuste ao meio e desatenção. A estruturação do esquema corporal deverá implicar no desenvolvimento da tonicidade, equilíbrio, relações espaciais e relações temporais do corpo. 1.2 Linguagem corporal: objetivos Dadas as considerações iniciais acerca de psicomotricidade, percebemos o quão fundamental é o trabalho com a linguagem corporal, porque é a partir dela que o aluno terá acesso aos demais conhecimentos do mundo. O RCNEI nos traz, de forma sucinta, objetivos desta área a serem alcançados, no eixo que denominamos “Movimento”: 10 aç ão Inf an til Ed uc aç ão Inf an til
  • 11. 11
  • 13. 0 a 3 anos 4 e 5 anos • familiarizar-se com a imagem do próprio corpo; • explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação; • deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras; • explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento para o uso de objetos diversos. • ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação; • explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo; • controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações; • utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento etc., para ampliar suas possibilidades de manuseio dos diferentes materiais e objetos; • apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 1.3 Linguagem corporal: conteúdos De 0 a 3 anos 13 aç ão Inf an til Ed uc aç ão Inf an til
  • 14. Expressividade: • Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração, das brincadeiras, do uso do espelho e da interação com os outros. • Expressão de sensações e ritmos corporais por meio de gestos, posturas e da linguagem oral. Equilíbrio e coordenação : • Exploração de diferentes posturas corporais, como sentar-se em diferentes inclinações, deitar-se em diferentes posições, ficar ereto apoiado na planta dos pés com e sem ajuda etc. • Ampliação progressiva da destreza para deslocar-se no espaço por meio da possibilidade constante de arrastar-se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc. • Aperfeiçoamento dos gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento etc., por meio da experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações cotidianas. De 4 e 5 anos Expressividade: • Utilização expressiva intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas brincadeiras. • Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corporalmente por meio da dança, brincadeiras e de outros movimentos. • Valorização e ampliação das possibilidades estéticas do movimento pelo conhecimento e utilização de diferentes modalidades de dança;das sensações, limites, potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo. Equilíbrio e coordenação : • Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, dançar etc., para ampliar gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento. • Utilização dos recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais participa. • Valorização de suas conquistas corporais e manipulação de materiais, objetos e brinquedos diversos para aperfeiçoamento de suas habilidades manuais. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 14
  • 15. 1.4 Avaliação: De acordo com o RCNEI, são consideradas como experiências prioritárias para a aprendizagem do movimento realizada pelas crianças de zero a três anos: uso de gestos e ritmos corporais diversos para expressar-se; deslocamentos no espaço sem ajuda. A partir dos quatro e até os cinco anos, uma vez que tenham tido muitas oportunidades, na instituição de educação infantil, de vivenciar experiências envolvendo o movimento, pode-se esperar que as crianças o reconheçam e o utilizem como linguagem expressiva e participem de jogos e brincadeiras envolvendo habilidades motoras diversas. Oferecendo-se condições para que as crianças explorem suas capacidades expressivas, aceitando com confiança desafios corporais, o professor deverá observar a evolução dos movimentos de seus alunos constantemente. Esta poderá ser registrada por escrito para auxiliar nas futuras observações dos progressos do aluno em diferentes aspectos ligados ao desenvolvimento da linguagem corporal. 15 aç ão Inf an til Ed uc aç ão Inf an til
  • 16. 2. A linguagem Artística na Educação Infantil “As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical”. (DCNEI – Art. 9º) Cantar, dançar, desenhar, pintar, rabiscar, movimentar são ações que compõem cotidiano da Educação Infantil, o que demonstra a riqueza em expressões artísticas. Ao pensarmos em artes, podemos conceituá-la como uma manifestação humana onde são expressas suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. Assim, podemos definir a linguagem artística como meio de expressão essencial aos seres humanos. As linguagens artísticas envolvem aspectos culturais, sensíveis e cognitivos, apoiam as crianças na ampliação de sua sensibilidade e capacidade de lidar com sons, ritmos, melodias, formas, cores, texturas, imagens, gestos, falas e obras elaboradas por artistas consagrados, anônimos e por elas mesmas. "A história mostra o quanto a arte humaniza e aproxima os seres humanos pelas possibilidades de comunicação criadas por sua própria linguagem. Essa é a linguagem da humanidade, ampliada e enriquecida ao longo da nossa história. Ela reflete a maneira como a humanidade ampliou sua sensibilidade, sua consciência e seu entendimento sobre o mundo". (Argolo, 2005). Há a necessidade de se atentarmos para a promoção de uma educação que possibilite a ampliação das múltiplas linguagens, visando o compartilhamento de experiências sensíveis. No entanto, muitos equívocos ainda fazem parte do cotidiano da Educação Infantil quando tratamos do trabalho com Artes, como nos mostra Garcia (1993): " As atividades com linguagens são realizadas de uma forma mecânica, fragmentada e 16
  • 17. fragmentadora. Existe hora para cada atividade: hora para cantar as músicas que a professora ensinou, hora para pintar utilizando as técnicas que a professora ensinou e até mesmo hora para falar como a professora ensinou. Cada linguagem é separada da outra. Não se mistura escrita com colagem, modelagem com pintura, desenho com dramatização. Ao fragmentar as linguagens, a pré-escola fragmenta a criança. Na aula de música, estimula-se apenas a utilização do ouvido e da voz. Na aula de educação física, só o corpo. Na aula de artes plásticas, as mãos e os olhos. O indivíduo fala, ouve, vê, toca, degusta. Ele não se expressa em partes. Ao ouvir uma música, ao desenhar, ao esculpir, utilizamos o corpo, os nossos sentidos, a nossa razão, a nossa emoção, a nossa percepção, a nossa intuição, nos mobilizando por inteiro." Tendo em vista este contexto ainda comum em muitas instituições de Educação Infantil, a arte precisa ser ressignificada na escola, tornar-se uma realidade que perpasse por todos os tempos e espaços de nossa prática pedagógica, logo, reconhecida como algo que todos devem ter acesso por direito. É preciso que as linguagens artísticas não sejam reduzidas a uma função acessória no processo educacional, encaradas como um “momento preparatório” para o ensino da escrita convencional. É ainda Garcia (1993) quem destaca que, muitas das vezes, o desenho ganha a função de treinamento para a coordenação motora fina, facilitando a aprendizagem da escrita; a música treina a memória auditiva e a discriminação de sons (o que acredita-se ser fundamental no processo de leitura); pintar controla a musculatura fina essencial na escrita. Esta forma de trabalhar com as linguagens artísticas é um equívoco, pois as funções expressiva e comunicativa devem ser destacadas! A expressão artística não pode ser vista por nós, educadores, como uma prática estritamente preocupada com o resultado, muitas das vezes transmitindo ideias estereotipadas, desvalorizando a expressividade infantil. A proposta artística não deve apresentar foco em um único resultado de trabalho: todos devem ser valorizados! 17
  • 18. 2.1. Artes Visuais - Objetivos “Diferentes superfícies esperam silenciosamente que meninos e meninas decidam que rumos tomarão, que traços, que marcas deixarão sobre as áreas de diferentes texturas, formas, tamanhos, que ao serem investigadas pelas crianças ganham proporções ilimitadas. As crianças buscam possibilidades de desenhos entre danças, assobios, conversas, pensamentos quietos e inquietos, individual ou coletivamente, traduzidos em manchas ou riscos que adquirem inúmeras formas.” (Gobbi - 2010) Ao rabiscar, desenhar ou pintar, seja no papel ou em qualquer outra superfície, a criança está valendo-se de uma linguagem para expressar-se. As marcas que produzem explicitam seu desenvolvimento intelectual, emocional e perceptivo. É preciso que o professor trabalhe com este eixo de forma lúdica, valorizando as produções dos alunos, ciente dos objetos e conteúdos que compõem este eixo. As atividades desenvolvidas dentro do eixo Artes Visuais não podem ser consideradas como passatempos na Educação Infantil, nem, tampouco, serem utilizadas como suporte para o trabalho com datas comemorativas, tornando-se sem significação para a criança. Trabalhar com Artes Visuais é possibilitar à criança: ☼ reformular ideias; ☼ construir novos conhecimentos através da imaginação, ação, sensibilidade, percepção e pensamento. Pensando desta forma, podemos destacar como objetivos deste eixo: 18 Vis uai s Art es Vis uai s
  • 19. OBJETIVOS 0 a 3 anos 4 e 5 anos • ampliar o conhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística; • utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação. • interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura; • produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação. 2.1.1 Artes Visuais - Conteúdos De acordo com o RCNEI, os conteúdos da aprendizagem em artes poderão ser organizados de modo a permitir que, por um lado, a criança utilize aquilo que já conhece e tem familiaridade, e, por outro lado, o que possa estabelecer novas relações, alargando seu saber sobre os assuntos abordados. Convém ainda lembrar que a 19 Vis uai s Art es Vis uai s
  • 20. necessidade e o interesse também são criados e suscitados na própria situação de aprendizagem. O Referencial também destaca três pontos essenciais ao trabalharmos Artes com nossas crianças: fazer , apreciar e refletir. De 0 a 3 anos O fazer artístico • Exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo etc.; de meios, como tintas, água, areia, terra, argila etc.; e de variados suportes gráficos, como jornal, papel, papelão, parede, chão, caixas, madeiras etc. • Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas gráficas. • Cuidado com o próprio corpo e dos colegas no contato com os suportes e materiais de artes. • Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente ou em grupo. Apreciação em Artes Visuais • Observação e identificação de imagens diversas De 4 a 5 anos O fazer artístico: • Criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura etc. • Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para desenhar, pintar, modelar etc. • Exploração e aprofundamento das possibilidades oferecidas pelos 20 Vis uai s Art es Vis uai s
  • 21. diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer artístico. • Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na realização de seus projetos artísticos. • Organização e cuidado com os materiais no espaço físico da sala. • Respeito e cuidado com os objetos produzidos individualmente e em grupo. • Valorização de suas próprias produções, das de outras crianças e da produção de arte em geral. Apreciação em Artes Visuais • Leitura de obras de arte a partir da observação, narração, descrição e interpretação de imagens e objetos. • Apreciação das suas produções e das dos outros, por meio da observação e leitura de alguns dos elementos da linguagem plástica. • Observação dos elementos constituintes da linguagem visual: ponto, linha, forma, cor, volume, contrastes, luz, texturas 2.1.2 Artes visuais - Avaliação: De acordo com o RCNEI, são consideradas como experiências prioritárias em Artes Visuais de 0 a 3 anos, a exploração de diferentes materiais e a possibilidade de expressar-se por meio deles. Para isso é necessário que as crianças tenham tido oportunidade de desenhar, pintar, modelar, brincar com materiais de construção em diversas situações, utilizando os mais diferentes materiais. A partir dos quatro e até os cinco anos, uma vez que tenham tido muitas oportunidades, na instituição de educação infantil, de vivenciar experiências envolvendo as Artes Visuais, pode-se esperar que as crianças utilizem o desenho, a pintura, a modelagem e outras formas de expressão plástica para representar, 21 • Conhecimento da diversidade de produções artísticas, como desenhos, pinturas, esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema etc. • . Vis uai s Art es Vis uai s
  • 22. expressar-se e comunicar-se. Cabe, aqui também, o registro escrito da evolução do desenvolvimento da criança que pode ser bem representado através do portfólio. 2.2 Música - Objetivos “A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente”. (RCNEI) Assim como em Artes Visuais, o trabalho com Música não pode assumir um papel secundário nas atividades pedagógicas, tendo como objetivo transmitir conceitos, reforçar hábitos ou anunciar atividades. Nosso olhar em relação ao ensino deste eixo não deve ser reducionista, afinal, segundo Borges (1994), em contato com a música, a criança poderá: ♬ manter em harmonia a relação entre o sentir e o pensar; ♬ proteger a sua audição, para que ela não se atrofie diante do aumento de ruídos e da desqualificação sonora do mundo moderno; ♬ habituar-se a isolar um ruído ou som para dar-lhe sentido, especificidade ou beleza que lhe são próprio. 22 caM úsi ca
  • 23. O RCNEI nos aponta que o trabalho com música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças, inclusive aquelas que apresentem necessidades especiais. A linguagem musical é excelente canal para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social. Sendo assim, destacamos como objetivos deste eixo: OBJETIVOS 0 a 3 anos 4 e 5 anos • ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais; • brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais. • explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo; • perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 2.2.1 Música - Conteúdos Compartilhamos com a concepção do RCNEI que afirma que os conteúdos deverão priorizar a possibilidade de desenvolver a comunicação e a expressão por meio dessa linguagem. Serão trabalhados como conceitos em construção, organizados num processo 23 caM úsi ca
  • 24. contínuo e integrado que deve abranger também o fazer, o apreciar e o refletir. Também ressaltamos que respeitar o nível de percepção e desenvolvimento (musical e global) das crianças em cada fase, bem como as diferenças socioculturais entre os grupos de crianças é essencial. Sempre e em todas as fases da EI: • A exploração de materiais e a escuta de obras musicais para propiciar o contato e experiências com a matéria-prima da linguagem musical: o som (e suas qualidades) e o silêncio; • a vivência da organização dos sons e silêncios em linguagem musical pelo fazer e pelo contato com obras diversas; • a reflexão sobre a música como produto cultural do ser humano é importante forma de conhecer e representar o mundo. • De 0 a 3 anos O fazer musical : • Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o corpo, o entorno e materiais sonoros diversos. • Interpretação de músicas e canções diversas. • Participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos. Apreciação musical • Escuta de obras musicais variadas. • Participação em situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais De 4 a 5 anos O fazer musical: • Reconhecimento e utilização expressiva, em contextos musicais das diferentes características geradas pelo silêncio e pelos sons: altura (graves ou agudos), duração (curtos ou longos), intensidade (fracos ou fortes) e timbre (característica que distingue e “personaliza” cada som). • Reconhecimento e utilização das variações de velocidade e densidade16 na organização e realização de algumas produções musicais. 24 caM úsi ca
  • 25. • Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança e/ou a improvisação musical. • Repertório de canções para desenvolver memória musical. Apreciação musical: • Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países. • Reconhecimento de elementos musicais básicos: frases, partes, elementos que se repetem etc. (a forma). • Informações sobre as obras ouvidas e sobre seus compositores para iniciar seus conhecimentos sobre a produção musical. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 2.2.2 Música - Avaliação O professor ,na fase de zero a três anos, deverá observar principalmente a atenção para ouvir, responder ou imitar; a capacidade de expressar-se musicalmente por meio da voz, do corpo e com os diversos materiais sonoros. A partir dos quatro até cinco anos é importante perceber se os alunos além disso utilizam a música como linguagem expressiva, conscientes de seu valor como meio de comunicação e expressão. Por meio da voz, do corpo, de instrumentos musicais e objetos sonoros deverão interpretar, improvisar e compor, interessadas, também, pela escuta de diferentes gêneros e estilos musicais e pela confecção de materiais sonoros. 25 caM úsi ca
  • 26. 2.3 Linguagem Artística: Artes Cênicas e Dança. É imprudente planejarmos um trabalho voltado para as Linguagens Artísticas negligenciando o fazer teatral e a dança. Não nos cabe um aprofundamento destas temáticas que, certamente, apresentam suas especificidades e abordagens próprias. No entanto, abrimos aqui um espaço de reflexão para que o professor perceba o quanto é importante que estas linguagens encontrem espaço em sua rotina de trabalho com os pequenos. Inicialmente ressaltamos que “teatro” não pode ser definido como um evento esporádico em um local especificamente reservado para tal. Assim como a dança não pode ser confundida com as coreografias ensaiadas para apresentações em datas comemorativas, muitas das vezes mostrando movimentos limitadores e disciplinadores. A dança e o teatro constituem-se como parte integrante de nossa cultura, envolvendo ricos processos de criação. 26 Cê nic as e Da nç as Art es Cê nic as e Da nç as
  • 27. 2.3.1 O Teatro Gobbi (2010) afirma que os adultos podem tornar-se cúmplices das crianças no jogo teatral, não obrigatoriamente criando peças para elas, mas convidando-as a participar de movimentos e sensações de forma a superar barreiras verbais e formais que, por vezes, se interpõem entre adultos e crianças. Nesta perspectiva, a autora discorre que organizar os espaços para a ação teatral, confeccionar máscaras, fantasias ou bonecos, podem constituir-se em atividades muito ricas em nossa sala de aula. A linguagem teatral permite à criança construir conhecimento, relacionar-se com o outro, interpretar o meio social, ressignificar ações de forma simples e despojada. Sugere-se que, dentro da linguagem teatral, algumas habilidades sejam valorizadas: ✩ utilização de objetos para simbolizar realidades do mundo físico e social através de atividades que permitam à criança penetrar no mundo adulto por meio do “faz de conta”, transformando a função usual de um objeto em outra (por exemplo, vassoura em cavalinho) ; ✩ dramatização de cenas assistidas em teatro, filmes, contação de histórias; ✩ criação de diálogos simples utilizando recursos como: fantoches, máscaras e bonecos; ✩ exploração das possibilidades gestuais e de movimento do próprio corpo em diferentes espaços; ✩ interpretação de personagens explorando movimentos, gestos e voz em jogos de improvisação. Desta forma, podemos oportunizar aos nossos alunos momentos para que desenvolvam esta linguagem no contexto escolar, planejando atividades para que ocorra: 27 Cê nic as e Da nç as Art es Cê nic as e Da nç as
  • 28. ✩ participação em comemorações culturais populares onde haja a utilização de roteiros dramatúrgicos, como casamento em Festa Junina; ✩ apresentações teatrais para outras crianças, pais e professores e até mesmo na própria turma; ✩ alternação de papéis entre as crianças de “ator” e “plateia” o que é muito importante, afinal, a experiência teatral só é completa na relação entre palco e público; ✩ experiências de contato com apresentações teatrais na comunidade, (o que pode transformar-se em temas de conversas na sala de aula); ✩ encenação de histórias com bonecos e brinquedos, individualmente ou em grupos; ✩ dramatizações em que as crianças participem como atores diretos, elaborem roteiros, construam cenário, selecione figurino etc. 2.3.2 A Dança Não há como negar que dançar é um prazer, além de estimular a sensibilidade e promover a descoberta do corpo e das relações tempo-espaço. É um ação que propicia a criança compreender e perceber o mundo, a si mesma e as pessoas ao seu redor. Concordamos com Marques (2003) quando nos diz que as danças devem levar em conta a brincadeira, o improviso, a criação de formas e o que as crianças trazem de seus universos sociais e familiares, de maneira que as crianças possam inventar e reinventar suas danças, seus movimentos, sem obrigatoriamente exibi-las em datas pré definidas e somente nelas. Ao trabalhar com a dança, podemos propor aos alunos atividades que contemplem as seguintes habilidades: ✩ acompanhamento em ritmos musicais; ✩ exploração das possibilidades de gestos, posturas e ritmos corporais; ✩ expressão livremente por meio da dança; ✩ apreciação de diferentes modalidades de dança; 28
  • 29. ✩ participação das atividades de dança respeitando os estilos individuais de interpretação e criação. 2.3.3 Orientações Gerais A Educação Infantil dever ser o espaço, por excelência, que favoreça às crianças o contato com o mundo da imaginação, visto que, na maioria das vezes, as crianças não encontram oportunidades de participar do mundo artístico em outros ambientes. A escola deve fornecer experiências totalizadoras em que as crianças possam ampliar seus referenciais de mundo. É importante considerar o modo próprio de agir, pensar e sentir das crianças, suas múltiplas dimensões. Sendo assim, o trabalho com as linguagens artísticas, assim como as demais linguagens da Educação Infantil, não podem ser trabalhadas de forma descontextualizada, afinal, as crianças dramatizam cantando, desenham falando, aprendem brincando: não fragmentam suas ações. 29 Cê nic as e Da nç as Art es Cê nic as e Da nç as
  • 30. 3. A linguagem Ecossocial “As crianças precisam brincar em pátios, quintais, praças, bosques, jardins, praias, e viver experiências de semear, plantar e colher os frutos da terra, permitindo a construção de uma relação de identidade, reverência e respeito para com a natureza. Elas necessitam também ter acesso a espaços culturais diversificados: inserção em práticas culturais da comunidade, participação em apresentações musicais, teatrais, fotográficas e plásticas, visitas a bibliotecas, brinquedotecas, museus, monumentos, equipamentos públicos, parques, jardins.” (parecer CNE/CEB N° 20/2009) Cores, cheiros, texturas, plantas, animais, pessoas, lugares... como nosso mundo é vasto e pronto para ser descoberto por nossos pequenos! A linguagem ecossocial permite que apresentemos aos nossos alunos os elementos do cotidiano em toda a sua diversidade. Conhecer e interagir são as palavras-chave deste eixo. A escola e a sala de aula da Educação Infantil devem ser organizadas de modo a serem um espaço de vivências sobre diferentes conteúdos construídos socialmente, objetivando, prioritariamente o desenvolvimento de atitudes de respeito e solidariedade com o outro, com o meio e com a preservação da vida. Segundo Tiriba (2007), ao vislumbrarmos um projeto pedagógico compromissado com tais atitudes, três objetivos podem ser destacados: a) religar as crianças com a natureza: é preciso despertar nos alunos um novo olhar de admiração, desfrute, reverência e respeito à natureza, como fonte primeira e fundamental à reprodução da vida. b) reinventar os caminhos de conhecer: devem ser rejeitadas as práticas 30
  • 31. pedagógicas que propõem um conhecimento intelectual e descritivo do mundo natural, entendendo-o como “objeto de estudo”, domínio de explorações humanas. c) dizer não ao consumismo e ao desperdício: é urgente e necessário questionar e combater as práticas consumistas, abrindo espaços e incentivando trocas humanas em que as referências são os seres vivos, não os objetos. 3.1 Linguagem Ecossocial - Objetivos Devemos buscar práticas que “incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza (parecer CNE/CEB N° 20/2009)”. Sendo assim, consideramos como objetivos deste eixo: OBJETIVOS 0 a 3 anos 4 e 5 anos • explorar o ambiente, para que possa se relacionar com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse; • interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias; • estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos; • estabelecer algumas relações entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se estabelecem, valorizando sua importância para a preservação das espécies e para a qualidade da vida humana . Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 31
  • 32. 3.2 Linguagem Ecossocial - Conteúdos Os conteúdos que compõem este eixo não constituem-se apenas em um conjunto de informações a serem transmitidas, mesmo porque não compartilhamos desta concepção em educação. A linguagem ecossocial, como diz Tiriba (2007) está além de aprender o que é uma árvore decompondo-a em partes, no entanto, em senti-la e compreendê-la em interação com a vegetação que está ao redor, com os animais que dela se alimentam, em sua capacidade de dar frutos e a sombra em que brincamos: é preciso tocar, cheirar, provar, abraçar, caminhar, enxergar, sentir, amar. De 0 a 3 anos • Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos; • exploração de diferentes objetos, de suas propriedades e de relações simples de causa e efeito; • contato com pequenos animais e plantas; • conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas habilidades físicas, motoras e perceptivas. De 4 a 5 anos Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar: • participação em atividades que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outras; • conhecimento de modos de ser, viver e trabalhar de alguns grupos sociais do presente e do passado; • identificação de alguns papéis sociais existentes em seus grupos de convívio, dentro e fora da instituição; • valorização do patrimônio cultural do seu grupo social e interesse por conhecer diferentes 32
  • 33. expressões culturais. Os lugares e suas paisagens: • observação da paisagem local (rios, vegetação, construções, florestas, campos, etc) • utilização de fotos e outros registros para a observação de mudanças nas paisagens ao longo do tempo; • valorização de atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente. Objetos e processos de transformação: • participação em atividades que envolvam processos de confecção de objetos; • reconhecimento de características de objetos produzidos em diferentes épocas e por diferentes grupos sociais; • conhecimento de propriedades dos objetos, assim como refletir, ampliar ou inverter imagens e sons; • cuidados no uso dos objetos do cotidiano, quanto à segurança, prevenção de acidentes, e à sua conservação. Os seres vivos: • relações entre diferentes espécies de seres vivos, suas características e necessidades; • conhecimento dos cuidados básicos de pequenos animais e vegetais por meio da sua criação e cultivo; • conhecimento de algumas espécies da fauna e da flora brasileira e mundial; • percepção dos cuidados necessários à preservação da vida e do ambiente; • valorização da vida nas situações que impliquem cuidados prestados a animais e plantas; • percepção dos cuidados com o corpo, à prevenção de acidentes e à saúde de forma geral; • valorização de atitudes relacionadas à saúde e ao bem-estar individual e coletivo. Os fenômenos da natureza: • relações entre os fenômenos da natureza de diferentes regiões (relevo, rios, chuvas, etc.) e as formas de vida dos grupos sociais que ali vivem; • participação atividades envolvendo a observação e a pesquisa sobre a ação de luz, 33
  • 34. calor, som, força e movimento. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 3.3. Avaliação: É o RCNEI quem diz que podemos considerar como experiências prioritárias para as crianças de zero a três anos a participação em s atividades que envolvam a exploração do ambiente imediato e a manipulação de objetos. Andar, engatinhar, rastejar, rolar, interagir com outras crianças e adultos, brincar etc. são algumas das ações que lhes permitirão explorar o ambiente e adquirir confiança nas suas capacidades enquanto o professor observa e registra o seu desenvolvimento em cada proposta. A partir dos quatro e até os cinco anos, o mesmo documento nos indica que devemos observar se as crianças conhecem e valorizam algumas das manifestações culturais de sua comunidade, se expõe suas opiniões, hipóteses e ideias sobre os diversos assuntos colocados. 34
  • 35. 4. Linguagem Oral e Escrita “A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever”. (RCNEI) A linguagem verbal é parte central de nossa vida. Através dela organizamos nossas práticas, expressamos nossas opiniões e desejos, temos acesso a informações e construímos conhecimentos. Consiste, então, no verdadeiro motor do pensamento, o que nos permite ativá-lo e organizá-lo. Esta linguagem é uma ação que proporciona o desenvolvimento dos pensamentos simbólico e operatório, coloca a criança em conflito com os seus colegas e com as pessoas com as quais convive, organiza a mente, conduz à interpretação do mundo e expressa sentimentos. Segundo Piaget, o pensamento é indispensável para que possamos usar a linguagem de modo apropriado. O desenvolvimento da linguagem verbal apresenta as modalidades da linguagem oral e a escrita e as habilidades do falar, escutar, escrever e ler. Segundo o RCNEI, a aprendizagem da linguagem oral e escrita é muito importante para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. As orientações que ora são apresentadas não têm como objetivo esgotar as discussões acerca do ensino deste eixo na Educação Infantil, mas embasar as ações 35 ta
  • 36. pedagógicas desta rede de ensino, despertando reflexões e instigando novas práticas. 4.1 A Oralidade De acordo com o RCNEI, o desenvolvimento da fala e da capacidade simbólica ampliam significativamente os recursos intelectuais da criança, porém as falas infantis são, ainda, produtos de uma perspectiva muito particular, de um modo próprio de ver o mundo. O documento assevera que a aprendizagem da fala não se dá de forma desarticulada da reflexão, do pensamento, da explicitação de atos, dos sentimentos, das sensações e dos desejos. Aprender a falar vai muito além de memorizar sons e palavras. Percebemos isto já nos bebês que, desde muito cedo, emitem sons articulados que lhes dão prazer e por vezes, revelam suas necessidades. A comunicação ocorre quando esta linguagem peculiar é interpretada, recebendo sentido pelos adultos e crianças mais velhas. É importante que os educadores promovam diálogos constantes com os bebês, não apenas numa linguagem simples, breve e repetitiva, que facilite o desenvolvimento da linguagem e da comunicação, mas utilize, também, frases complexas em situações de cuidados no cotidiano (durante a troca de fraldas, no banho etc). Isto porque a construção da linguagem oral não é linear e ocorre em um processo de aproximações sucessivas com as falas do outro (pai, mãe, professor, amigos e aquelas ouvidas na televisão, no rádio etc). Por isso, já destacamos a importância da interação na aprendizagem da fala. O RCNEI também nos aponta que muitos dos fenômenos relacionados ao discurso e à fala (sons expressivos, alterações de volume e ritmo, funcionamento dialógico das conversas nas situações de comunicação) são utilizados pelas crianças mesmo antes elas que saibam falar: elas vão testando essa compreensão, modificando-a e estabelecendo novas associações na busca de seu significado. Devemos ficar atentos às produções da fala de cada criança, pois elas apresentam indicadores importantíssimos do seu desenvolvimento 36 ta
  • 37. 4.2 A Escrita Não podemos, em hipótese alguma, excluir o trabalho com a escrita nas práticas da Educação Infantil, afinal, desde os primeiros meses de vida, as crianças já estão em permanente contato com o mundo letrado e a maioria delas já desenvolve interesse e curiosidade pela linguagem escrita. De acordo com o estímulo do ambiente em que vivem, é comum vermos crianças a partir de dois ou três anos de idade, “escrevendo cartinhas”, “lendo livros” e perguntando “o que está escrito aqui?”. Com isso, podemos dizer que as crianças aprendem a produzir textos antes mesmo de saber grafá-los da maneira convencional. Compartilhamos da concepção do parecer CNE/CEB N° 20/2009 quando menciona que a linguagem escrita é objeto de interesse das crianças. Ainda diz que, vivendo em um mundo onde a língua escrita está cada vez mais presente, as crianças começam a se interessar pela escrita muito antes que os professores a apresentem formalmente. Contudo, há que se apontar que essa temática, em alguns momentos, não está sendo adequadamente compreendida e trabalhada na Educação Infantil. O que se pode dizer é que o trabalho com a língua escrita, com crianças pequenas, não pode, decididamente, ser uma prática mecânica desprovida de sentido e centrada na decodificação do escrito. A apropriação da escrita pela criança se faz no reconhecimento, na compreensão e na fruição da linguagem usada para registros, mediada pelo professor, fazendo-se presente em atividades prazerosas de contato com diferentes gêneros escritos, com a leitura diária de livros pelo professor, pelo manuseio de livros e revistas e produção narrativas e “textos” (mesmo sem saber ler e escrever). Sendo assim, do mesmo modo que a aprendizagem da linguagem oral está diretamente associada às interações dialógicas, a escrita está ligada ao contato com textos diversos e às práticas de escrita para que as crianças possam construir sua capacidade de ler. Mesmo na Educação Infantil a criança deve ter a oportunidade de conviver com o 37 ta
  • 38. mundo da escrita, porém é de suma importância que o professor compreenda que na Educação Infantil, não se deve alfabetizar sistematicamente, ou seja, o docente não deve preocupar-se em ensinar a ler e a escrever sistematicamente (codificar e decodificar). Voltar toda a atenção pedagógica para “alfabetizar” é mostrar o desconhecimento das etapas de desenvolvimento da criança. Limitar a prática à aquisição de leitura, é deixar de explorar e desenvolver potencialidades que são imprescindíveis. Cabe ao educador apresentar o mundo letrado à criança de forma natural, englobando desenho, dramatização, brincadeiras, jogos, histórias e outras atividades necessárias para este período. Pois , a criança precisa perceber que o que se fala pode ser escrito. Por isso, o professor necessita ser o escriba da turma. Sua preocupação não é alfabetizar, mas levar a criança à descoberta do mundo escrito que faz parte da sua realidade, sem método de alfabetização. Quanto antes as crianças conhecerem a linguagem escrita mais possibilidade de inclusão terão numa sociedade letrada e essa inserção pode partir do trabalho com os nomes dos alunos. O objetivo nesta fase não é ensinar a ler e a escrever, mas proporcionar a interação com a língua escrita de forma lúdica, aprazível e dinâmica. É claro, que com a estimulação, algumas crianças poderão dominar a leitura e a escrita, porém sem exercícios mecanizados e repetitivos pautados na memorização. 4.3 Linguagem Oral e Escrita: Objetivos As DCNEI em seu Art. 9o nos indicam que as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo experiências que possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes, gêneros textuais orais e escritos;. Desta forma, consideramos como objetivos deste eixo: 38 ta
  • 39. 39
  • 41. 0 a 3 anos 4 e 5 anos • participar de variadas situações de comunicação oral, para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral, contando suas vivências; • interessar-se pela leitura de histórias; familiarizar-se, aos poucos, com a escrita por meio da participação em situações nas quais ela se faz necessária e do contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos etc. • ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão, interessando- se por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas; • familiarizar-se com a escrita por meio do manuseio de livros, revistas e outros portadores de texto e da vivência de diversas situações nas quais seu uso se faça necessário; • escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; • interessar-se por escrever palavras e textos ainda que não de forma convencional; • reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano; escolher os livros para ler e apreciar. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 41
  • 42. 4.4. Linguagem Oral e Escrita - Conteúdos “E, certamente, nenhum de nós faria, nem conhece quem faça, coisas como as seguintes: propor a uma criança de dois anos (ou menos) que faça tarefas como completar, procurar palavras de um certo tipo num texto (…) Tudo isso são exemplos de exercícios. Tudo isso se faz nas escolas, em maior ou menor quantidade. Nada disso se faz na vida real, porque nada disso ajuda ninguém a aprender uma língua. Em resumo, poderíamos enunciar uma espécie de lei, que seria: não se aprende por exercícios, mas por práticas significativas.” (Sírio Possenti) Em se tratando de uma fase tão especial da vida que é a infância de 0 a 5 anos, não compartilhamos da ideia de que os alunos deste segmento devem ser submetidos a exercícios sistematizados em Linguagem Oral e Escrita. Partimos da perspectiva que a prática pedagógica seja pautada em atividades que venham proporcionar experiências significativas para o desenvolvimento dos conteúdos a seguir: De 0 a 3 anos • Uso da linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos, nas diversas situações de interação presentes no cotidiano. • Participação em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas etc. • Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da leitura e da escrita. • Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos etc. 42 ta
  • 43. De 4 e 5 anos Falar e escutar • Uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades, opiniões, ideias, preferências e sentimentos e relatar suas vivências nas diversas situações de interação presentes no cotidiano. • Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os diversos contextos de que participa. • Participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e argumentar suas ideias e pontos de vista. • Relato de experiências vividas e narração de fatos em sequência temporal e causal. • Reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor. • Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais, como trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções. Práticas de leitura • Participação nas situações em que os adultos lêem textos de diferentes gêneros, como contos, poemas, notícias de jornal, informativos, parlendas, trava-línguas etc. • Participação em situações que as crianças leiam, ainda que não o façam de maneira convencional. • Reconhecimento do próprio nome dentro do conjunto de nomes do grupo nas situações em que isso se fizer necessário. • Observação e manuseio de materiais impressos, como livros, revistas, histórias em quadrinhos etc., previamente apresentados ao grupo. • Valorização da leitura como fonte de prazer e entretenimento. Práticas de escrita • Participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita. • Escrita do próprio nome em situações em que isso é necessário. • Produção de textos individuais e/ou coletivos ditados oralmente ao professor para diversos fins. • Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento de que dispõe, no momento, sobre o sistema de escrita em língua materna. • Respeito pela produção própria e alheia. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 43
  • 44. 4.5 Avaliação: Promovendo um trabalho que a utilize a linguagem oral para se expressar e a exploração de materiais escritos de maneira adequada, o professor pode esperar que a partir dos quatro e até os cinco anos, participem de conversas, utilizando-se de diferentes recursos necessários ao diálogo; manuseiem materiais escritos, interessando-se por ler e por ouvir a leitura de histórias e experimentem escrever nas situações nas quais isso se faça necessário, como, por exemplo, marcar seu nome nos desenhos. Registrando a maneira como a criança se relaciona com o mundo letrado e como se expressa o professor poderá perceber a sua evolução neste aspecto. Utilizando o portfólio o educador também poderá representar a evolução da escrita de cada criança e fazer suas observações em relação a ela. 44 ta
  • 45. 5. Linguagem Matemática A matemática faz parte da nossa vida, seja em casa ou no trabalho, estamos a todo tempo envolvidos com esta área do conhecimento. Desde o momento em que planejamos um dia de atividade, a forma como arrumamos nossos objetos pessoais, as decisões que tomamos, enfim nas mais diversas atividades de nosso cotidiano “ela” está presente de tal forma, que na maioria das vezes, nem nos damos conta. Da mesma forma, a criança também está imersa neste mundo, e como nós, vivencia estas experiências com a matemática antes mesmo de ingressar nas creches e pré-escolas. Diversas situações cotidianas resultam de conhecimentos matemáticos, como por exemplo: saber que tem menos balas que o irmão, colocar um copo na mesa para cada pessoa da família, montar torres com caixas e outros objetos semelhantes, arrumar os brinquedos, pedir metade de uma maçã... Todos estes eventos envolvem quantidades, números, comparações, medições, que fazem com que a criança questione, observe e procure entender melhor o mundo que a cerca. Isto nos faz pensar que a matemática não está dissociada da vida de uma criança pois desde a mais tenra idade pode-se perceber elas são capazes de interagir, inferir e construir conceitos matemáticos. As instituições de Educação Infantil podem e devem ajudar as crianças a se organizarem melhor para que se efetive esta rede de conexões e relações lógico- matemáticas em seu desenvolvimento cognitivo. Isto requer uma prática problematizadora proposta pelo professor numa ação mediadora entre criança – estímulo – objeto - meio. A proposição de situações problemas, carregadas de significado pelas ações do cotidiano, deve se constituir numa prática diária e contínua, através de comentários, perguntas, dúvidas, desafios propostos pelo professor. Este processo é fundamental para que nossas crianças possam perceber melhor o mundo em que vivem associando a utilidade da Matemática na sua vida diária, em experiências de quantificação, medição do tempo e do espaço, onde números e símbolos permeiam a sua realidade. 45 ca.
  • 46. 5.1 Linguagem Matemática: Objetivos O objetivo principal da matemática Educação Infantil é auxiliar a criança em suas múltiplas expressões, no estabelecimento de relações, na aproximação e apropriação de conceitos. No entanto, para que isso se concretize é preciso levá-la ao desenvolvimento de estruturas de pensamento que permitirão a interação com o mundo e com as pessoas de forma coerente e saudável. Na medida em que a criança interage com o mundo e mobiliza seus conhecimentos matemáticos, estes vão se aprimorando. podemos destacar também como objetivos deste eixo: OBJETIVOS 0 a 3 anos 4 e 5 anos • estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais , etc. • reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano; • comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática; • ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 46 ca.
  • 47. 5.2 Linguagem Matemática - Conteúdos Segundo o RCNEI, a seleção e a organização dos conteúdos matemáticos representam um passo importante no planejamento da aprendizagem e devem considerar os conhecimentos prévios e as possibilidades cognitivas das crianças para ampliá-los. Para tanto, deve-se levar em conta que:  aprender matemática é um processo contínuo de abstração no qual as crianças atribuem significados e estabelecem relações com base nas observações, experiências e ações que fazem, desde cedo, sobre elementos do seu ambiente físico e sociocultural;  a construção de competências matemáticas pela criança ocorre simultaneamente ao desenvolvimento de inúmeras outras de naturezas diferentes e igualmente importantes, tais como comunicar-se oralmente, desenhar, brincar, escrever, movimentar-se, cantar etc. Na Educação Infantil, o aprendizado neste eixo ocorre por meio da abstração reflexiva relacionada às ações exercidas sobre os objetos. Desse modo, não basta apenas manipulá-los é preciso agir sobre eles, reunir, separar, comparar, quantificar e ordenar objetos concretos de diferentes formas: jogos, sucatas, palitos de picolé, canudos, calendários, blocos lógicos, dinheirinho etc. Compartilhamos, portanto da concepção de que o trabalho com os conteúdos da Matemática na Educação Infantil deve partir do cotidiano dos alunos e das experiências que lhes são proporcionadas. São eles: De 0 a 3 anos • Utilização da contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e de espaço em jogos, brincadeiras e músicas junto com o professor e nos diversos contextos nos quais as crianças reconheçam essa utilização como necessária. • Manipulação e exploração de objetos e brinquedos, em situações organizadas de forma a existirem quantidades individuais suficientes para que cada criança possa descobrir as características e propriedades principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar etc. 47 ca.
  • 48. De 4 a 5 anos Números e sistema de numeração Este bloco de conteúdos envolve contagem, notação e escrita numéricas e as operações matemáticas.  Utilização da contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças reconheçam sua necessidade.  Utilização de noções simples de cálculo mental como ferramenta para resolver problemas.  Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a notação numérica e/ou registros não convencionais.  Identificação da posição de um objeto ou número numa série, explicitando a noção de sucessor e antecessor.  Identificação de números nos diferentes contextos em que se encontram.  Comparação de escritas numéricas, identificando algumas regularidades. Grandezas e medidas:  Exploração de diferentes procedimentos para comparar grandezas.  Introdução às noções de medida de comprimento, peso, volume e tempo, pela utilização de unidades convencionais e não convencionais.  Marcação do tempo por meio de calendários.  Experiências com dinheiro em brincadeiras ou em situações de interesse das crianças. Espaço e forma  Explicitação e/ou representação da posição de pessoas e objetos, utilizando vocabulário pertinente nos jogos, nas brincadeiras e nas diversas situações nas quais as crianças considerarem necessário essa ação.  Exploração e identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras, como formas, tipos de contornos, faces planas, lados retos etc.  Representações bidimensionais e tridimensionais de objetos.  Identificação de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço.  Descrição e representação de pequenos percursos e trajetos, observando pontos de referência. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (volume 3) 48 ca.
  • 49. 5.3 Avaliação: Considerando que o aluno foi levado a manipular, interagir e agir sobre o objeto de estudo e que o trabalho realizado atingiu e privilegiou todos os aspectos que precisam ser contemplados matematicamente na educação infantil, o professor poderá esperar que as crianças utilizem conhecimentos da contagem oral, registrem quantidades de forma convencional ou não convencional e comuniquem posições relativas à localização de pessoas e objetos. Além de relacionar o mundo que a cerca com o mundo das formas, das cores e da matemática em geral. As descobertas e percepções individuais poderão ser registradas pela própria criança em seu portfólio da maneira que ela for capaz, em cada fase de seu desenvolvimento. O professor deve evitar a rigidez e a parametrização destes registros para que eles sejam o retrato mais fiel possível do que a criança quer representar. 49 ca.
  • 50. 6. A Linguagem Tecnológica “Ter oportunidade para manusear gravadores, projetores, computador e outros recursos tecnológicos e midiáticos também compõe o quadro de possibilidades abertas para o trabalho pedagógico na Educação Infantil.” (parecer CNE/CEB N° 20/2009) Utilizar o caixa eletrônico dos bancos e o controle remoto da TV, usar um aparelho de celular ou uma câmera digital, ou simplesmente programar o micro-ondas no preparo da pipoca são ações que já fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas. Decididamente vivemos numa sociedade que se torna cada vez mais tecnológica, que exige conhecimentos específicos para termos independência na realização de muitas práticas que facilitam nossa vida. Vemos um avanço absurdo nas tecnologias de comunicação e informação (TICs), pois as mídias são as mais variadas possíveis e renovam-se com uma velocidade que não conseguimos acompanhar. Entendemos como mídia, “todo o suporte de difusão de informação (rádio, televisão, imprensa, publicação na Internet, etc.) que constitui ao mesmo tempo um meio de expressão e um intermediário na transmissão de uma mensagem”. Podemos afirmar que sem as mídias e as tecnologias, algumas atitudes que consideramos essenciais seriam inviáveis. Como a escola não se encontra dissociada deste contexto, a linguagem tecnológica é mais uma abordagem pedagógica necessária à Educação Infantil. 6.1 Linguagem Tecnológica: objetivos Devemos ter em mente que a Linguagem Tecnológica será utilizada a serviço da construção de outros conhecimentos, a fim de levar o aluno a perceber o quanto a tecnologia está atrelada ao bem-estar e à qualidade de vida. Nossos alunos já começam a descobrir o impacto das tecnologias na vida cotidiana quando fazem uso ou veem outras pessoas utilizando brinquedos, eletrodomésticos, objetos variados. 50
  • 51. Logo, podemos destacar como objetivos principais do trabalho com a Linguagem Tecnológica na Educação Infantil: ☺ perceber a importância e a utilização da tecnologia no cotidiano; ☺ vivenciar experimentos práticos para que expressem e criem o que desejam sem estereótipos. Não podemos nos esquecer de que o conhecimento se processa na criança a partir das suas experiências na interação com o outro e com o ambiente. Sendo assim, para apropriar-se da linguagem tecnológica é preciso que entre em em contato com ela como objeto de conhecimento. 6.2 Linguagem Tecnológica - Conteúdos Se é fato que a sociedade atual encontra-se num crescente avanço de novas ferramentas tecnológicas, concluímos que, quanto mais nova for a criança, mais seu futuro estará atrelado à utilização destas. O uso de tecnologias como a televisão, computador, vídeo, aparelho de som utilizados num trabalho planejado e específico, pode levar os alunos a perceberem o quanto nossa sociedade depende da tecnologia. As crianças trazem consigo uma curiosidade que lhes é natural: desmontam carrinhos, abrem barrigas de bonecas, querem saber se há alguém dentro da televisão transmitindo a mensagem, enfim, querem saber como funciona o que as rodeiam. Portanto, o trabalho com esta linguagem exige um espaço de experimentação na sala de aula, afinal, utilização e valorização das mídias e tecnologias são os principais conteúdos desta linguagem. 51
  • 52. 6.3 Orientações Gerais Vivemos num contexto social em que podemos afirmar que estamos excluídos de uma mídia de qualidade: temos uma enorme oferta de informações muitas das vezes discriminatórias, que criam regras, difundindo conceitos e desejos. Nossas crianças encontram-se mergulhadas em todo este mar de informações, sendo, na maioria das vezes, consumidores passivos, suscetíveis aos apelos do marketing que conduzem ao consumismo e desperdício. Então, inicialmente, o primeiro passo do educador rumo ao trabalho com esta “cultura da mídia” é conhecê-la. Afinal, tudo o que diz respeito às crianças e o que constitui-se como fonte de seus interesses, devem ser investigados e conhecidos pelos educadores. Vencida a etapa do conhecimento (o que meus alunos veem na TV, que tipo de música ouvem...) é necessário o respeito em relação aos hábitos dos alunos e aos elementos que compõem sua rotina familiar. A partir do conhecimento e do respeito a este acervo midiático o professor deve sempre conversar com seus alunos acerca do que veem, levando-os a saírem da posição de expectadores acríticos, oferecendo às crianças novos tipos de informação (sejam novos programas, filmes ou músicas), inserindo em sua rotina de trabalho momentos em que os discentes possam ouvir variados gêneros musicais e boas histórias, assistir e produzir peças teatrais, confeccionar instrumentos musicais. Dentro desta perspectiva, algumas práticas podem ser inseridas em nosso trabalho com as crianças. O texto do ProInfantil 1 nos oferece alguns subsídios para que esta prática se concretize: • um aparelho de som na sala de aula, mesmo que em momentos estipulados é importante e auxiliará na formação musical das crianças; • a seleção de gêneros musicais variados é imprescindível, em que ouvir e até dançar estas músicas é bem interessante; • para que não estejam sujeitos apenas à recepção dos estilos, instrumentos musicais podem ser confeccionados pelas crianças com sucatas variadas, assim como a formação de bandinhas, corais, etc; 1 52
  • 53. • estímulo ao cinema e ao teatro também devem ser realizados, sendo opções a TV e o vídeo (selecionados criteriosamente) caso a visita a estes locais não seja possível; • muitas atividades também podem ser feitas com a literatura e com a utilização de livros, poesias, peças teatrais e roteiros de filmes, etc; • a encenação de pequenas peças pode ser uma atividade interessante e muito prazerosa: fazer figurinos, objetos, cenários com sucata, papel, tecido é sempre muito bem recebido pelas crianças; • escrever diálogos, recontar a mesma história com finais diversos, separar os papéis, escrever roteiros de filmes, decorar diálogos, apresentar a peça ou o filme, assistir juntos a peças de colegas, ir ao cinema, falar dos filmes, das histórias, narrar a experiência etc. são trocas importantes na produção cultural da infância. É preciso propiciar espaços para a criança falar sobre o que está vivendo e criando, como autores, donos, e não apenas como expectadores. Por isso destacamos o trabalho com sucatas como excelente estratégias, pois os objetos confeccionados pelas crianças ganham duplo sentido: lúdico e utilitário. Lúdico pois a brincadeira é algo que perpassa toda a Educação Infantil; utilitário por ser esta a característica primordial das tectonologias. O planejamento e a organização de uma Feira de Ciências também seria muito interessante, visto que é o exemplo de um “evento” que auxilia os pequenos a compreenderem como o ser humano intervém no meio ambiente e esta intervenção é feita através do trabalho com o uso da tecnologia criada por ele mesmo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53 ica s
  • 54. ARGOLO, G. S. Olhares e saberes do encontro com a arte. São Paulo: Papirus, 2005. ARRIBAS, T. L. Educação infantil: desenvolvimento, currículo e organização escolar. Porto Alegre: Artmed, 2004. BAPTISTA, M. C. A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância. Centro de Alfabetização Leitura e Escrita – CEALE - Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2010. BASSEDAS, E. HUGUET, T. SOLÉ, I. Aprender e Ensinar na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1999. BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BRASIL MEC/SEB. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade/ organização Janete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007 BORGES, T. M. M. A Criança em Idade Pré-Escolar. São Paulo: Editora Ática, 1994. BRASIL / Ministério da Educação e Cultura. Critérios para o atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília: MEC, 1995. BRASIL MEC/SEB. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade/ organização Janete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007 BRASIL. Constituição Federativa do Brasil. Brasília, 1988. BRASIL. Lei no 8069, 16 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do Adolescente, Brasília, 16 de julho de 1990. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998b. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução no 4, de 13 de julho de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. 13 de julho de 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução no 5, de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 17 de dezembro de 2009. BRASIL. Ministério da Educação. Indagações Sobre Currículo – Diversidade e Currículo. 54 ica s
  • 55. Brasília: MEC. 2007. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Coleção PROINFANTIL. Unidade 3, Módulo II. Brasília: MEC, 2005. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais Para educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC; 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Adaptações curriculares – estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial: Saberes e Práticas da Inclusão. Brasília: MEC, 2003. BRASIL. Ministério de Educação. Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRAZELTON, T. B. & GREENSPAN, S.I. As necessidades essenciais das crianças: o que toda criança precisa para crescer, aprender e se desenvolver. Porto Alegre: Artmed, 2002. CORSINO, P. “As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento”. in BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. FNDE, Brasília: Estação Gráfica, 2007. DIAS , K. S. Formação estética: em busca do olhar sensível. In: KRAMER, S.; LEITE, M. I.; NUNES, M. F.; GUIMARÃES, D. (Orgs.). Infância e educação infantil. Campinas: Papirus, 1999. FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 2001. FERREIRO, E. Cultura escrita e educação. São Paulo: Artmed, 2001. FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002. FRIEDMANN, A. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996. FRISON, L. M. B. O espaço e o tempo na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1997. FURT, H & WACHS, H. Piaget na Prática escolar – A Criatividade no Currículo Integral. São Paulo: Ibrasa, 1979. GALVÃO, I. O desenho na pré-escola: o olhar e as expectativas do professor. São Paulo: Séries Ideias, 1992. 55
  • 56. GARCIA, R. L. Revisitando a pré-escola. São Paulo: Cortez, 1993. GARDNER, H. A criança pré escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artmed, 1994. GOBBI, M. Múltiplas linguagens de meninos meninas no cotidiano da educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 2010. GOBBI, M. Múltiplas linguagens de meninos meninas no cotidiano da educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 2010. HAETINGER, M. G & ARANTES, A. C. Educação, Corpo e Movimento. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009. KAMII, C. & DEVRIES, R. A Teoria de Piaget e a Educação Pré-Escolar. Lisboa, Sociocultura, 1989. KAMII, C. A criança e o número. Campinas: Papirus, 1991. KISHIMOTO, T. M. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. KRAMER, S. Com a Pré-escola nas mãos. São Paulo: Editora Ática, 1989. LIUBLINSKAIA, A. A. Desenvolvimento psíquico da criança. Lisboa: Estampa, 1973. MARQUES, I. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2001. OLIVEIRA, Z.M. Creches: crianças, faz de conta & cia. Petrópolis: Vozes, 1992. PEREIRA, M. S. “A descoberta da criança” . Rio de Janeiro: Editora Wak, 2002. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: Mercado de Letras, 1996. SANTOS, R. P. Psicomotricidade. São Paulo: Course Pack, 2006. TIRIBA, L. Crianças da Natureza. Brasília: MEC/SEF, 2010. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987. WALLON, H. As origens do caráter na criança. São Paulo: Alexandria, 1995. COLABORAdORES 56 s
  • 57. pROFESSORES (AS): Adjane Basílio F Trindade Adriana Chaves Alda Maria da Costa Ana Cristina Machado Ana Lucia Monteiro da Silva Barros Ana Maria Dantas da Silva Andréa Ferraz de O. Guimarães Angélica Lessa Santana Camila Lago Ferreira Laporte Carla Maria Ávila P Lopes Carla da Silva Rodrigues Claudia Monteiro Lassarote Débora Fabiane Leite Fernanda Chagas Baldez Iraci de Almeida Fonseca Jackeline Mendes de Almeida Jacqueline Aparecida Pinto Galdino Jetânia Alves Teixeira Rodrigues Maria Eugenia Marques Maria José da Silveira Baltar Portella Maria Luiza de A Gomes Marcia Duarte de Almeida Michelle Queiroz Ferreira Mônica Martins de A Canêdo Paula Andréa de Moura Lima Rosa Maria Vieira Carvalho Rosangela Batista de Souza Ramos Rosany Pimentel de Mello Gillen Rosirene da Silva Carvalho Selma Ramos Bastos Sheila Sobreira da Costa Camacho Sônia Maria Néri dos S Carvalho Valdete Michaeli de Queiroz 57
  • 58. Valéria Araújo Vanda Silveira Rodrigues Vanessa Amaral Moraes Fierro Vânia Cláudia da Silva Castro Waléria Rossi Walmisseia Pressato da Conceição Wanderlea Michaeli 58