1. TRICOTILOMANIA
O termo tricotilomania origina-se do grego tricho (cabelo), till (arrancar) e mania
(loucura). Este é um quadro conhecido desde a antiguidade, tendo sido descrito por
Hipócrates.
A prevalência deste transtorno tem sido descrita entre 1 – 3% da população, sendo mais
comum em mulheres seu início costuma ocorrer antes da idade adulta.
O ato de arrancar o cabelo costuma ser precedido por uma tensão e é seguido por uma
sensação de alívio. Ressalta-se que é necessária que ocorra uma área de perda de cabelo
(alopecia).
Qualquer área do corpo pode ser atingida, sendo mais comum o couro cabeludo, os cílios
e as sobrancelhas.
Segundo a American Psychiatric Association (2003) a Tricotilomania é classificada entre
os transtornos de impulso.
Há que se investigar se ocorre a tricofagia (ingerir os cabelos)
Critérios diagnósticos:
Critérios Diagnósticos para F63.3 - 312.39 Tricotilomania
A. Comportamento recorrente de arrancar os cabelos, resultando em perda capilar
perceptível.
B. Sensação de tensão crescente, imediatamente antes de arrancar os cabelos ou
quando o indivíduo tenta resistir ao comportamento.
C. Prazer, satisfação ou alívio ao arrancar os cabelos.
D. O distúrbio não é melhor explicado por outro transtorno mental, nem se deve a
uma condição médica geral (por ex., uma condição dermatológica).
E. O distúrbio causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
A tricotilomania, quando associada à tricofagia pode causar uma complicação médica
denominada tricobezoar que pode necessitar de uma intervenção cirúrgica. O tricobezoar
nada mais é do que o acúmulo de pelos no aparelho digestivo. Este achado é mais
comum em mulheres.
O tratamento da tricotilomania envolvendo a Terapia Cognitivo-Comportamental
inclui, entre outras, as seguintes técnicas:
Inversão de hábito
Ensaio simbólico
Relaxamento
Parada do pensamento
Reestruturação cognitiva
Referências:
American Psychiatric Association. Referência Rápida dos Critérios Diagnósticos do DSM-
IV-TR. Artmed. 2003.
Caballo, V.E. Manual para o tratamento cognitivo-comportamental dos transtornos
psicológicos. Santos Livraria e Editora. São Paulo. 2003.