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COMPLEXO VULCÂNICO
POVOAÇÃO/NORDESTE
                      2011/2012
                  Biologia e Geologia
                         11ºA


 Elaborado por:
 Cheila Arruda
 Joana Campos
 Rute Raposo
Contexto geográfico
   dos Açores
Dado o seu enquadramento geotectónico, a região dos
Açores apresenta importante actividade vulcânica e sísmica, bem
documentadas desde o povoamento destas ilhas, a partir de meados
do século XV.
Vulcanismo

 O vulcanismo é o conjunto dos processos através dos quais
     se dá o derrame de lava, gases e outros materiais (
  piroclastos) à superfície, provenientes do interior da Terra



                Primário: referente ao evento vulcânico
                    principal, associado aos vulcões


                 Secundário: associado às restantes
              manifestações vulcânicas, tais como, géiser,
                  fumarolas, nascentes termais, etc.
Legenda de um Vulcão
N
S. Miguel começou-se a formar há 4
milhões de anos, com a emergência de
grandes erupções que formaram uma
pequena ilha onde agora situa o Nordeste.
O Complexo Vulcânico do Nordeste
    foi gerados no decurso de atividade
     vulcânica essencialmente efusiva,
                  fissural.




  Erupções fissurais – lava de pouca
viscosidade, em geral de composição
    básica, ascendendo por fendas
     profundas de crosta terreste
-Espessas camadas de escoadas lávicas, predominantemente
basálticas atingindo mais de 1.100 metros de espessura, onde
ocorrem alguns termos com composição traquítica e depósitos
de escórias intercalados.

Escória vulcânica: fragmentos com o mesmo tamanho das
      bombas, irregulares na forma e pouco densas.
   Neste complexo foram identificadas quatro formações
    resultantes de vulcanismo subaéreo designadas, da mais antiga
    para a mais recente, Basaltos Inferiores, Ancaramitos, Basaltos
    Superiores e Traquibasaltos e Tristanitos.
•Há cerca de 4 milhões de anos, instalou-se na zona
 Nordeste-Tronqueira um grande aparelho vulcânico,
 em escudo, de natureza essencialmente basáltica,
 com uma área da ordem dos 500 Km2.



•Tal edifício, continuou a crescer (mantendo as
 mesmas características "basálticas") durante o
 Pleistocénico terminando com derrames e injeções de
 lavas traquíticas.




•Cessada a atividades, a paisagem entrou em período
 de desgaste e de erosão, dela restando hoje em dia
 apenas cerca de 30% desse vasto aparelho vulcânico.


 Na escala de tempo geológico, Pleistocénico é a época do período Quaternário da era
  Cenozoica que está compreendida entre 1 milhão e 806 mil e 11 mil e 500 anos atrás,
                                   aproximadamente.
 Traquito - rocha vulcânica constituída essencialmente por feldspato alcalino (sanidina,
                                       ortoclásio);
    Plistocénico superior (piroclastos)
     —Pliocénico superior ou Plistocénico (cones de escórias, traquitos,
      tristanitos)
     — Pliocénico (basaltos superiores, ankaramitos do Nordeste e
      basaltos inferiores)


          Apesar de ser possível medir diversas inclinações das
escoadas de lava, assim se reconstituindo alguns dos focos eruptivos, a
densa vegetação da área, a inclinação das vertentes e os materiais
vindos, por arrasto do vento, das Furnas, dificultam interpretações mais
corretas.
Localiza-se no extremo Este
   da ilha de São Miguel




Tem a idade aproximada de
  3.200.000 – 650.000 anos




 Correspondem a escoadas
lávicas predominantemente
        basálticas e
  produtos vulcaniclásticos.
O topo da sequência encontra-se
coberto por produtos vulcânicos gerados
por vulcanismo explosivo, com origem nos
vulcões activos situados a Oeste,
principalmente no Vulcão das Furnas.
A caldeira da Povoação, de génese idêntica às das outras já
 assinaladas, constitui uma depressão semelhante às das Sete Cidades
    Porém a actividade vulcânica há muito que deixou de ali existir dando lugar a processo erosivos que
adoçaram os rebordos, encheram o interior da depressão e abriram o sistema de drenagem que se concentra
                  na zona da vila (que frequentemente responde com volumosas cheias).




    Tal como nas Furnas, o vulcão da Povoação ocupa uma posição
                      excêntrica, repuxada a sul

      possivelmente por causas idênticas às interpretadas para a vizinha caldeira, ou seja, por colapsos
                                (abatimentos em escadaria) da vertente sul.




A restante paisagem deste maciço assemelha-se à da ilha da Madeira

    vales muito profundos, predominantemente rochosos, volumosos depósitos de encosta, belas ribeiras
 permanentes lançando-se de altas quedas e regimes de drenagem violentos (com destrutivas enxurradas);
   escarpas costeiras muito altas debruadas por espessos taludes (alguns constituindo fajãs de encosta).
No extremo norte da caldeira da Povoação situa-se o ponto
      mais elevado da Ilha, o Pico da Vara (1.108 m).
•Do Nordeste seguiu-se o aparecimento do Vulcão da
 Povoação, instalado a leste, coalescendo com as respectivas
 vertentes ocidentais.




• Não existem boas informações sobre a geocronologia
  deste aparelho vulcânico. Estima-se que surgiu há
  cerca de 3,2 milhões de anos quando o Vulcão do
  Nordeste se aproximava das suas fases intermédias.




• Durante a construção do edifício principal
  (essencialmente desenvolvido sobre falhas NW-SE e
  W-E) foram emitidos produtos basálticos e lavas afins;
• Em período mais avançado surgiram emissões traquíticas
  como as que afloram a SE do Salto do Cavalo, a norte do
  v.g. (vértice geodésico) Feteira, troços das ribeiras
  principais, no v.g. Bodes 2a, ao longo da arriba do
  Sagarracho e, especialmente, na vertente direita da
  ribeira do Faial da Terra; a meia-encosta do Agrião e do
  Cabouco localizam-se belos afloramentos de espessas
  extrusões traquíticas, acinzentadas claras,
  microgranulares.




• Após um período de repouso iniciou-se a construção da
  vasta caldeira (tipo Glen Coe, de colapso, como as
  restantes da ilha) interpretando-se, de diversos cortes e da
  fotografia aérea, que o processo se dividiu em duas
  etapas, uma há ± 820 mil anos e outras há ± 700 mil anos.
Ambas as fases foram precedidas de actividade pliniana, hoje
expressa sob a forma de materiais piroclásticos, muito alterados,
 amarelados, por vezes constituindo longos níveis argilifïcados
       brechóides (associados a paleossolos castanhos).




Ao longo do segundo colapso ocorreram emissões de espessos
 ignimbritos os quais se encaminharam para o mar (devido à
 existência dum relevo basculado para sul gerado durante a
   primeira fase caldérica e sucessivamente colapsado por
           movimentos de fracturas submarinas W-E.
A actividade vulcânica não terminou após as fases caldéricas —
alguns anos mais tarde, no interior da grande depressão, instalaram-se
diversos pequenos aparelhos como os cones das Covinhas (+ 390 m),
o Pico Louro (+ 398 m), o Outeiro Grande e alguns outros, já erodidos,
no geral strombolianos raramente traquíticos. Nas vertentes exteriores
do norte também ocorreram alguns episódios secundários (Lameirão,
             Pardinhos, Cancela, etc.), ainda discerníveis.




Ao longo das paredes degradadas da caldeira^), quando a
vegetação o permite, podem-se observar belas redes filonianas,
algumas de notável espessura (± 3-5 m), por vezes com as orientações
predominantes W-E e NW-SE (onde o cruzamento desses quadrantes
deve ter condicionado, em associação com falhas concêntricas e
radiais, os colapsos de caldeira).
Facto paisagístico evidente consiste na assimetria da caldeira em
 relação ao edifício primitivo — a depressão encontra-se repuxada a
sul, ou seja, a maior parte desta vertente situa-se debaixo do oceano,
  em escadaria, de norte para sul, condicionada por uma complexa
   tectónica cujo mecanismo ainda se encontra em fase de estudo.




Admite-se que a actividade vulcânica tenha terminado, por falta de
alimentação da câmara magmática da Povoação, há cerca de 650
    mil anos. Os trabalhos de pesquisa geotérmica, embora muito
  preliminares, não detectaram qualquer tipo de fonte térmica; por
  outro lado, no interior da caldeira, também não se tem verificado
   actividade sísmica com características vulcânicas (microssismos,
             tremor) o que confirma a conclusão anterior.
- Apresenta uma grande caldeira central de forma
 semicircular, limitada por grandes escarpados, que sofreu
 uma ação erosiva mais prolongada que a da caldeira das
                            Furnas;

- O fundo da cratera é profundamente escavado por uma
   rede de vales fluviais que convergem para sul e que se
            separam as lombas da Povoação;

  - É apenas ao longo destas linhas que é possivel observar
                  os afloramentos lávicos;
- São cobertas por um manto de materiais piroclásticos
                     – pomiticos;

  Lomba dos Pós e Lomba do Cavaleiro : mostram a
estrutura do bordo sul da cratera; são constituídas por
                 Traquitos Brechóides
- Formação conglomerática desenvolvida no interior da
               Caldeira da Povoação;

   - Pela posição parecem ser contemporâneos do
           Pliocénico ou Quaternário Antigo;

- de jusante a montante, vê-se a passagem progressiva
   destes conglomerados às formações de vertente,
- Traquitos Hiperalcalinos;
  - Traquitos Alacalinos;
Imagens do C.V da Povoação
C.V Povoação- Vista da
Caldeira de Norte para Sul
C.V Povoação- Arriba
basáltica (B) do Faial
 da Terra (centenas
    de escoadas
 cortadas por filões
  verticais, no geral
direccionados para o
    Pico da Vara.

1- Fajã de Talude do
       Calhau.

Depósitos de vertente
debruando a arriba e
 aluviões da Ribeira
         (A)
C.V Povoação- Vista do segmento
oriental da caldeira tomada da lomba
do Cavaleiro, evidenciando-se as
típicas lombas e os ravinamentos
convergindo para a Povoação
O entrosamento entre os restos dos vulcões do Nordeste e os
    materiais do Vulcão da Povoação fez-se através de
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Complexo Vulcânico Povoação-Nordeste

  • 1. COMPLEXO VULCÂNICO POVOAÇÃO/NORDESTE 2011/2012 Biologia e Geologia 11ºA Elaborado por: Cheila Arruda Joana Campos Rute Raposo
  • 2. Contexto geográfico dos Açores
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. Dado o seu enquadramento geotectónico, a região dos Açores apresenta importante actividade vulcânica e sísmica, bem documentadas desde o povoamento destas ilhas, a partir de meados do século XV.
  • 12. Vulcanismo O vulcanismo é o conjunto dos processos através dos quais se dá o derrame de lava, gases e outros materiais ( piroclastos) à superfície, provenientes do interior da Terra Primário: referente ao evento vulcânico principal, associado aos vulcões Secundário: associado às restantes manifestações vulcânicas, tais como, géiser, fumarolas, nascentes termais, etc.
  • 13. Legenda de um Vulcão
  • 14.
  • 15. N
  • 16. S. Miguel começou-se a formar há 4 milhões de anos, com a emergência de grandes erupções que formaram uma pequena ilha onde agora situa o Nordeste.
  • 17.
  • 18.
  • 19. O Complexo Vulcânico do Nordeste foi gerados no decurso de atividade vulcânica essencialmente efusiva, fissural. Erupções fissurais – lava de pouca viscosidade, em geral de composição básica, ascendendo por fendas profundas de crosta terreste
  • 20. -Espessas camadas de escoadas lávicas, predominantemente basálticas atingindo mais de 1.100 metros de espessura, onde ocorrem alguns termos com composição traquítica e depósitos de escórias intercalados. Escória vulcânica: fragmentos com o mesmo tamanho das bombas, irregulares na forma e pouco densas.
  • 21. Neste complexo foram identificadas quatro formações resultantes de vulcanismo subaéreo designadas, da mais antiga para a mais recente, Basaltos Inferiores, Ancaramitos, Basaltos Superiores e Traquibasaltos e Tristanitos.
  • 22.
  • 23. •Há cerca de 4 milhões de anos, instalou-se na zona Nordeste-Tronqueira um grande aparelho vulcânico, em escudo, de natureza essencialmente basáltica, com uma área da ordem dos 500 Km2. •Tal edifício, continuou a crescer (mantendo as mesmas características "basálticas") durante o Pleistocénico terminando com derrames e injeções de lavas traquíticas. •Cessada a atividades, a paisagem entrou em período de desgaste e de erosão, dela restando hoje em dia apenas cerca de 30% desse vasto aparelho vulcânico. Na escala de tempo geológico, Pleistocénico é a época do período Quaternário da era Cenozoica que está compreendida entre 1 milhão e 806 mil e 11 mil e 500 anos atrás, aproximadamente. Traquito - rocha vulcânica constituída essencialmente por feldspato alcalino (sanidina, ortoclásio);
  • 24. Plistocénico superior (piroclastos)  —Pliocénico superior ou Plistocénico (cones de escórias, traquitos, tristanitos)  — Pliocénico (basaltos superiores, ankaramitos do Nordeste e basaltos inferiores) Apesar de ser possível medir diversas inclinações das escoadas de lava, assim se reconstituindo alguns dos focos eruptivos, a densa vegetação da área, a inclinação das vertentes e os materiais vindos, por arrasto do vento, das Furnas, dificultam interpretações mais corretas.
  • 25.
  • 26. Localiza-se no extremo Este da ilha de São Miguel Tem a idade aproximada de 3.200.000 – 650.000 anos Correspondem a escoadas lávicas predominantemente basálticas e produtos vulcaniclásticos.
  • 27. O topo da sequência encontra-se coberto por produtos vulcânicos gerados por vulcanismo explosivo, com origem nos vulcões activos situados a Oeste, principalmente no Vulcão das Furnas.
  • 28. A caldeira da Povoação, de génese idêntica às das outras já assinaladas, constitui uma depressão semelhante às das Sete Cidades Porém a actividade vulcânica há muito que deixou de ali existir dando lugar a processo erosivos que adoçaram os rebordos, encheram o interior da depressão e abriram o sistema de drenagem que se concentra na zona da vila (que frequentemente responde com volumosas cheias). Tal como nas Furnas, o vulcão da Povoação ocupa uma posição excêntrica, repuxada a sul possivelmente por causas idênticas às interpretadas para a vizinha caldeira, ou seja, por colapsos (abatimentos em escadaria) da vertente sul. A restante paisagem deste maciço assemelha-se à da ilha da Madeira vales muito profundos, predominantemente rochosos, volumosos depósitos de encosta, belas ribeiras permanentes lançando-se de altas quedas e regimes de drenagem violentos (com destrutivas enxurradas); escarpas costeiras muito altas debruadas por espessos taludes (alguns constituindo fajãs de encosta).
  • 29. No extremo norte da caldeira da Povoação situa-se o ponto mais elevado da Ilha, o Pico da Vara (1.108 m).
  • 30.
  • 31. •Do Nordeste seguiu-se o aparecimento do Vulcão da Povoação, instalado a leste, coalescendo com as respectivas vertentes ocidentais. • Não existem boas informações sobre a geocronologia deste aparelho vulcânico. Estima-se que surgiu há cerca de 3,2 milhões de anos quando o Vulcão do Nordeste se aproximava das suas fases intermédias. • Durante a construção do edifício principal (essencialmente desenvolvido sobre falhas NW-SE e W-E) foram emitidos produtos basálticos e lavas afins;
  • 32. • Em período mais avançado surgiram emissões traquíticas como as que afloram a SE do Salto do Cavalo, a norte do v.g. (vértice geodésico) Feteira, troços das ribeiras principais, no v.g. Bodes 2a, ao longo da arriba do Sagarracho e, especialmente, na vertente direita da ribeira do Faial da Terra; a meia-encosta do Agrião e do Cabouco localizam-se belos afloramentos de espessas extrusões traquíticas, acinzentadas claras, microgranulares. • Após um período de repouso iniciou-se a construção da vasta caldeira (tipo Glen Coe, de colapso, como as restantes da ilha) interpretando-se, de diversos cortes e da fotografia aérea, que o processo se dividiu em duas etapas, uma há ± 820 mil anos e outras há ± 700 mil anos.
  • 33. Ambas as fases foram precedidas de actividade pliniana, hoje expressa sob a forma de materiais piroclásticos, muito alterados, amarelados, por vezes constituindo longos níveis argilifïcados brechóides (associados a paleossolos castanhos). Ao longo do segundo colapso ocorreram emissões de espessos ignimbritos os quais se encaminharam para o mar (devido à existência dum relevo basculado para sul gerado durante a primeira fase caldérica e sucessivamente colapsado por movimentos de fracturas submarinas W-E.
  • 34. A actividade vulcânica não terminou após as fases caldéricas — alguns anos mais tarde, no interior da grande depressão, instalaram-se diversos pequenos aparelhos como os cones das Covinhas (+ 390 m), o Pico Louro (+ 398 m), o Outeiro Grande e alguns outros, já erodidos, no geral strombolianos raramente traquíticos. Nas vertentes exteriores do norte também ocorreram alguns episódios secundários (Lameirão, Pardinhos, Cancela, etc.), ainda discerníveis. Ao longo das paredes degradadas da caldeira^), quando a vegetação o permite, podem-se observar belas redes filonianas, algumas de notável espessura (± 3-5 m), por vezes com as orientações predominantes W-E e NW-SE (onde o cruzamento desses quadrantes deve ter condicionado, em associação com falhas concêntricas e radiais, os colapsos de caldeira).
  • 35. Facto paisagístico evidente consiste na assimetria da caldeira em relação ao edifício primitivo — a depressão encontra-se repuxada a sul, ou seja, a maior parte desta vertente situa-se debaixo do oceano, em escadaria, de norte para sul, condicionada por uma complexa tectónica cujo mecanismo ainda se encontra em fase de estudo. Admite-se que a actividade vulcânica tenha terminado, por falta de alimentação da câmara magmática da Povoação, há cerca de 650 mil anos. Os trabalhos de pesquisa geotérmica, embora muito preliminares, não detectaram qualquer tipo de fonte térmica; por outro lado, no interior da caldeira, também não se tem verificado actividade sísmica com características vulcânicas (microssismos, tremor) o que confirma a conclusão anterior.
  • 36. - Apresenta uma grande caldeira central de forma semicircular, limitada por grandes escarpados, que sofreu uma ação erosiva mais prolongada que a da caldeira das Furnas; - O fundo da cratera é profundamente escavado por uma rede de vales fluviais que convergem para sul e que se separam as lombas da Povoação; - É apenas ao longo destas linhas que é possivel observar os afloramentos lávicos;
  • 37. - São cobertas por um manto de materiais piroclásticos – pomiticos; Lomba dos Pós e Lomba do Cavaleiro : mostram a estrutura do bordo sul da cratera; são constituídas por Traquitos Brechóides
  • 38. - Formação conglomerática desenvolvida no interior da Caldeira da Povoação; - Pela posição parecem ser contemporâneos do Pliocénico ou Quaternário Antigo; - de jusante a montante, vê-se a passagem progressiva destes conglomerados às formações de vertente,
  • 39. - Traquitos Hiperalcalinos; - Traquitos Alacalinos;
  • 40. Imagens do C.V da Povoação
  • 41. C.V Povoação- Vista da Caldeira de Norte para Sul
  • 42. C.V Povoação- Arriba basáltica (B) do Faial da Terra (centenas de escoadas cortadas por filões verticais, no geral direccionados para o Pico da Vara. 1- Fajã de Talude do Calhau. Depósitos de vertente debruando a arriba e aluviões da Ribeira (A)
  • 43. C.V Povoação- Vista do segmento oriental da caldeira tomada da lomba do Cavaleiro, evidenciando-se as típicas lombas e os ravinamentos convergindo para a Povoação
  • 44. O entrosamento entre os restos dos vulcões do Nordeste e os materiais do Vulcão da Povoação fez-se através de complexas linhas de água.