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Oficina: Gestão de Mudança nas
 Organizações com Storytelling
            Valério Brusamolin – brusamolin@yahoo.com
     Walter Santalucia – walter.santalucia@wheatonbrasil.com.br
        Carlos Donizetti de Oliveira – c.donizetti@uol.com.br
                 Alda Luba – aldaluba@terra.com.br
Objetivo

• Desenvolver competências narrativas
  em líderes para
  – Influenciar;
  – Comunicar;
  – transmitir conhecimento; e
  – implementar novas idéias.
Sumário

1)   Gestão do Conhecimento
2)   Narrativas Organizacionais
3)   Casos de Narrativas na Gestão
4)   Gestão de Mudanças
5)   Oficina de Narrativas
Gestão do Conhecimento
Perspectivas da GC

  Segundo Sveiby (2001),

• Perspectiva da TI
  – Equivale a gestão da informação
• Perspectiva das Pessoas
  – Equivale a gestão de pessoal
• A chave para “destrancar” o valor
  do conhecimento são as pessoas
  (SVEIBY, 2001) .
Definição de GC

• A gestão do conhecimento é a disciplina
  que trabalha sistematicamente a
  informação e o conhecimento visando ao
  aumento da capacidade de resposta da
  empresa ao meio ambiente com inovação
  e competência
Modos de Conversão do
         Conhecimento

         Para
De                  Tácito          Explícito

Tácito          Socialização     Externalização

Explícito       Internalização    Combinação
SOCIALIZAÇ
                                     EXTERNALIZAÇÃ
       ÃO
01) Jorge e Maria conversam      02) OJorge anota em sua
num evento sobre a maneira       agenda     eletrônica  o
com que suas organizações        processo que Maria segue
fazem gestão de demanda          na sua empresa.




                                          COMBINAÇÃ
                                          O
     INTERNALIZAÇ
                                 03) Jorge compara suas anotações,
     ÃO                          com algumas bibliografias pertinentes
04) Maria lê o texto produzido
por Jorge, se esforçando um      ao    assunto.    Acrescenta   alguns
pouco para compreender os        construtos teóricos às suas anotações
conceitos teóricos associados    e verifica que produziu um texto
por Jorge às práticas expostas   interessante. Manda então esse texto
por ela.                         por e-mail para Maria.
Onde está o Verdadeiro
   Conhecimento?


        • Tácito, ou


        • Explícito?
Narrativas Organizacionais
O que é uma narrativa?




•      Narrativas ou histórias são
    relatos orais de um ou mais
    eventos,      verdadeiros   ou
    fictícios.
Narrativas e Gestão do
                   Conhecimento

                Conhecimento               Conhecimento
                  Tácito            em       Explícito
                   (Socialização)        (Externalização)
Conhecimento       Conhecimento           Conhecimento
Tácito             Compartilhado            Conceitual

do                (Internalização)        (Combinação)      Técnica de
                   Conhecimento           Conhecimento      Narrativas
 Conhecimento       Operacional             Sistêmico
 Explícito



                   Fonte: adaptado de NONAKA, 1997, p. 81
Estrutura de uma Narrativa

  •   Quem?      (Who?)
  •   O que?     (What?)
  •   Quando?    (When?)
  •   Onde?      (Where?)
  •   Por que?   (Why?)
Uso de Narrativas na Gestão de
                  Projetos
                          Gerenciar mudanças
                          Exemplificar a cultura organizacional
                          Modificar e controlar comportamentos
                          Resolver problemas e tomar decisões
                          Planejamento estratégico
                          Melhorar a imagem do líder
                          Transferir conhecimento
                          Transmitir visão de futuro
                          Estimular a colaboração
                          Silenciar rumores
                          Motivar a equipe
Fonte: BRUSAMOLIN, 2008
O caso do Banco Mundial

 • Quando gráficos, relatórios,
   números não convencem
 • História de um garoto na Zambia
   convenceu


  Fonte: DENNING, S. O poder das narrativas nas organizações .
  CampusI, 2006.
Os Macacos e as Bananas
Casos: Narrativas em Gestão do
        Conhecimento
Wheaton Brasil Vidros




• Os contadores de histórias da Wheaton
• Memória viva transmitida através de
  histórias
Ibict

• Metodologia para melhoria da cultura de
  aprendizagem da organização
• Construção da memória organizacional
• Apoio a gestores
• Workshops de Narrativas
Levantamento
                                                                   inicial




aplicada na pesquisa do Ibict
                                Preparação                     Análise dos dados
                                                                do levantamento

Esquema da Metodologia
                                                              Definição das
                                                       necessidades de intervenção




                                                                Treinamento para
                                                                    gestores


                                Intervenção       Coleta de          Workshop          Apoio a
                                                  narrativas        de narrativas      gestores


                                                Disponibilização                    Análises de
                                                  do banco de                        discurso
                                                   narrativas




                                               Levantamento                 Análise
                                   Análise    pós intervenção              dos dados
Gestão de Mudanças
Aprendizagem
Organizacional e Mudança
 Enfrentam Dificuldades
      Persistentes
... Não há coisa mais difícil para cuidar, nem mais
   duvidosa a conseguir, nem mais perigosa de
   manejar, do que tornar-se o líder na introdução
   de mudanças. Aquele que inova tem por
   inimigos todos aqueles que obtinham vantagens
   na ordem existente, e encontra fraco apoio
   daqueles que se beneficiarão da nova
   (MAQUIAVEL, 1513).
O Modelo Lewin-Schein

              Motivar
Descongelar   Combater impedimentos

              Introdução novo processo
              Treinamento
  Mudar       Gerenciamento
              Combate a resistências


              Estabelecimento do novo
Recongelar    processo como norma
Descongelar
• Motivar para a mudança
 - Dor
 - Melhoria real
 - Líder carismático
• Impedimentos
  - Cultura
 - Reação à mudança
Mudar
• Objetivo bem definido
• Comunicação
• Planejar
  - Liderança
  - Pessoas certas
  - Montagem da equipe
  - Recursos
• Gerencimento dos stakeholders
• Planejar contra resistência à mudança
Recongelar



• Institucionalizar Mudança

• Superar a resistência residual
Ciclo Positivo de Mudança
                                                           3. Realismo esperançoso
                                                                 (esperança)
             2. Pessimismo Informado
                     (dúvida)
                                                                       4. Otimismo Informado
Pessimismo




                                                                             (confiança)



                                                                                          5. Encerramento
             1. Otimismo mal informado                                                       (satisfação)
                      (certeza)

                    Fonte: Conner, Daryl, Managing at the Speed of Change, Random House (1992).   tempo
Ciclo Negativo de Mudança
Ativa
                                                    raiva

                                                                                                          aceitação
                                                                           barganha
  Resposta Emocional




                                                                                             teste
                                         negação

                       imobilização                                      depressão
Passiva
                            Fonte: Conner, Daryl, Managing at the Speed of Change, Random House (1992).       tempo
Criando uma Organização
 Susceptível à Mudança
A narrativa é como um remédio

                                        • História certa
                                        • Na hora certa
                                        • Na dose certa


Fonte: PESESCHKIAN, N. O mercador e o papagaio. 2ª. Ed., 1999
Efeitos Terapêuticos


                  • Relativizar norma existente
                  • Modificar norma existente
                  • Estabilizar norma existente




Fonte: PESESCHKIAN, N. O mercador e o papagaio. 2ª. Ed., 1999
Narrativas
Descongelar       negativas
                para relativizar

                  Narrativas
                  positivas
  Mudar        para estimular a
                     ação


              Narrativas neutras
Re-congelar    para estabilizar
Histórias para relativizar


     • Espelho
     • Mediação
     • Mudança de perspectiva
Histórias para Estimular a Ação
     Narrativa                Paralelo organizacional
Era uma vez ...       A organização operando da mesma
                      forma por algum tempo
Então, um dia ...     Forças internas ou externas obrigando a
                      mudança
Por causa disso ...   Mudanças de visão, produtos, pessoas,
                      localização para responder aos desafios
O climax ...          Planos da organização, comunicados e
                      implementações parara implementar a
                      mudança
A resolução ...       Revisões periódicas feitas para
                      contabilizar o sucesso que está sendo
A moral da            alcançado
                      Lições aprendidas pela organização
narrativa...
Histórias para Estabilizar

   • Modelo a ser seguido
   • Transmissão de cultura
   • Transmissão da tradição
Oficina de Narrativas
Passos para a preparação de uma
            narrativa
 1 - Selecione uma história
 2 - Teste a história
 3 - Visualize a Cena
 4 - Narre a história do ponto de vista de alguém da cena
 5 - Estabeleça a verdade central da história
 6 - Planeje suas primeiras palavras
 7 - Planeje Como a história termina
 8 - Pesquise os fatos
 9 - Elimine detalhes desnecessários
 10 - Adicione descrições que tragam vida à história
1 - Selecione uma história
• Histórias testadas e aprovadas
 são histórias que você ouviu sendo narradas com
 sucesso em algum lugar
• Criando novas histórias a partir de
  existentes
 cuidado para não ofender pessoas com histórias
 sexistas, racistas, preconceituosas
• Menor é melhor
 seja breve. Se a história for longa, divida-a em
 várias narrativas curtas.
• Histórias reais produzem melhores
  resultados
•   Livros infantis são boas fontes
•   Uma boa história é aquela que você gosta
•   Não decore
•   Esteja sempre procurando por novas
    histórias
Fontes de Histórias dos Gerentes
•   Experiências vividas
•   Conversas com amigos de outras organizações
•   Histórias da organização
•   Lendas organizacionais
•   Fábulas populares
•   Livros, revistas ou jornais
•   Televisão: novelas, filmes, telejornais
•   Sites na Internet
•   E-mail
•   Inventadas

                                Fonte: BRUSAMOLIN, 2008
Prática Passo 1
      Seleção da História




• Leia a história Moisés e o êxodo
• (2 minutos)
2 - Teste a História



• Narre a história para alguém (ou
  mesmo, alguma coisa)
• Não se preocupe se faltou algum
  detalhe.
Prática Passo 2
        Teste da História


• Leia novamente a história de Moisés
  e o êxodo
• Visualize a história na sua mente,
  como se fosse um filme
• (1 minuto)
• Voluntário parar testar a história?
• Faltou algum detalhe importante?
• Faltou algum detalhe secundário?
Prática com
 outra história


• Agora, leia a outra história e teste
  com o colega ao lado
• Inverter os papéis (quem ouviu
  agora conta a sua história)
• (2 min + 2 min)
3 - Visualize a cena com
sentimentos e preocupações atuais
 • A história deve ser adaptada ao contexto dos
   ouvintes
 • Centre a história em um indivíduo ou
   organização
 • O protagonista deve ser um estereótipo da
   organização
 • A história deve ser inteligível pelos ouvintes
 • A história deve se relacionar com situações
   reais dos ouvintes
Passo 3 – Prática
           A História com sentimentos
             e preocupações atuais

• Veja-se a si mesmo no êxodo com Moisés.
  Ninguém pode vê-lo, mas você pode ver tudo.
  Você pode também, sentir o que eles estão
  sentindo, saber o que eles estão pensando.
  Moisés está saindo do Egito. Você está
  acompanhando toda a movimentação.
  Responda as perguntas a seguir e não se
  preocupe com veracidade. Nesse ponto, não
  importa o que você não sabe sobre o fato
  histórico. Pense sobre o que pode ter sido
  verdade
Você no êxodo com Moisés...
•   Dê uma olhada na multidão e diga o que você vê
•   Que pessoas estão por lá? Descreva cada uma
•   Descreva os sons que você ouve
•   O que o seu olfato sente?
•   Que relacionamentos cada pessoa deixou pra trás?
•   Descreva vários sentimentos, atitudes de humores (seja
    realista, são pessoas normais)
•   Que memórias influenciam os pensamentos dessas pessoas?
•   Como as diferentes personalidades reagem à situação, e uma
    com a outra?
•   Descreva o sofrimento dos animais durante a viagem
•   Descreva a cena no Egito, com as habitações vazias
•   Como as pessoas reagem às ordens de Moisés?
•   (2 minutos)
Prática Passo 3
       A História com sentimentos
         e preocupações atuais



• Conte a sua nova versão da história
  de Moisés ao companheiro do lado
• Inverta os papéis (quem ouviu
  conta)

           (2min + 2 min)
• Você está começando a dar vida à
  história, porque a está tornando
  relevante à sua cultura.
• Ainda há muita coisa a aperfeiçoar.
4 - Conte a história do ponto de
          vista de alguém na cena

• No passo anterior, você tentou contar a
  história do seu ponto de vista
• Agora, você vai ouvi-la de alguém que
  estava lá
• Este passo vai ajudá-lo a entender melhor
  a história
• Faça com que os ouvintes se identifiquem
  com o protagonista
Passo 4 - Exercício
• Imagine que você é alguém ou alguma
  coisa na história. Possivelmente Moisés,
  Arão ou Deus. Ou mesmo um animal.
  Como eles vêem tudo que está
  acontecendo? Pode algum objeto ter uma
  opinião?
• Escolha um ponto de vista
• Conte ao seu par
• Ouça a história de seu par

      (2 min preparação + 2 min + 2 min)
• Alguém ouviu uma boa história???
• O grupo gostaria de ouví-la.
5 - Estabeleça a verdade
               central da história
• Quando se ouve uma narrativa sem razão
  aparente, ela é esquecida rapidamente
• Dois erros a serem evitados: história sem tema
  e história com muitas lições
• Deixe a sua verdade implícita na história
• Responda às seguintes perguntas: que verdade
  eu quero comunicar aos meus ouvintes?
  Porque eu devo narrar esta história? Porque é
  importante? A resposta a essas questões se
  torna o tema.
Passo 5 - Exercício


• Veja a sua história
• Que temas que podem ser
  ensinados com essa história, dentro
  do contexto do seu ambiente de
  trabalho? (Reflexão)
• (1 minuto)
• Espaço para voluntários narrarem
  e explicarem como o tema da sua
  história pode ser aplicado no seu
  ambiente de trabalho
• Grupos a, b, c, d (2 minutos cada)
O Submarino de Guerra
     da Wheaton

• Como a empresa superou a crise
  energética dos anos 60
6 - Planeje suas primeiras
              palavras

• Quando você assumir uma posição
  na frente do grupo, é o momento que
  terá a atenção dele
• São poucos segundos que devem ser
  aproveitados
• Planeje uma introdução que desperte
  a curiosidade e mantenha a atenção
Exemplos de
  inícios inadequados
• O nome da minha história é...
• Era uma vez...
• Eu ouvi essa história há alguns
  anos...
• Estou muito feliz em estar com vocês
  ...
• E agora, vou contar uma história...
Alguns exemplos
     de bons inícios
• Você sabia que Jesus tirou férias?
• Ouve um tempo em que eu tenho
  certeza que você saberia quem eu
  era
• Totó era um cachorro. Quando ele
  andava pela rua, todos os outros
  cães saíam rapidamente do
  caminho
Exemplo Passo 6
    Primeiras Palavras


“Na 2ª metade dos anos 60,
  houve uma grande crise
  energética no Brasil...”
7 – Planeje Como a
  história termina


• Se o final não for bem planejado, os
  ouvintes podem ficar desapontados
• Qual é a forma de comunicar às
  pessoas que a história está completa?
Maus exempos

•   E essa é a história
•   Fim
•   E esse é o final
•   E então, acabou
•   E eles viveram felizes para
    sempre
Bons Exemplos


• Deus, meu Deus, o que deveria eu ter
  feito?
• E então ele comeu ambos pedaços de
  carne, balançando seu rabo quebrado.
Dicas de
Como finalizar

• Diminuir um pouco o tom de voz
• Diminuir o passo
• Pronunciar cada palavra distintamente
• Após a última palavra, fica quieto por
  alguns segundos
• Dar um passo para trás
• Cuidado com narrativas de final feliz
Exemplo Passo 7
     Final da História



“No final, o equipamento
enviado ao Brasil foi pago com
a receita dessas vendas.”
8 - Pesquise os Fatos

• Se for uma história registrada em livro,
  leia-o
• Se for uma história pessoal, converse
  com outras pessoas que vivenciaram o
  evento, para coletar mais informações
• Se for uma fábula popular, pesquise
  pelos costumes da época da história
Exemplo passo 8
      Pesquisa dos Fatos

Embarcações da classe Liberty Ship
A classe Liberty Ship foi a maior classe de navios
  construídos no Mundo. Foram lançados ao mar 2.710
  navios com 135 m cada.
Eram lentos (11 nós), mas tiveram uma participação
  vital e determinante para a vitória dos aliados na 2ª
  Guerra Mundial.
Capacitado para transportar 9.000t de carga, por
  exemplo 2.840 jipes e 440 tanques (da época 1941-
  1945)
9 - Elimine detalhes
      desnecessários

• Procure por pequenos detalhes que sejam
  desnecessários na transmissão da
  mensagem
• Centre a história em um indivíduo ou
  organização
• Tome cuidado com detalhes emocionais
10 - Adicione descrições que
       tragam vida à história


• Estimule os cinco sentidos da
  audiência
• Descreva elementos de visão, tato,
  olfato, paladar, e audição
• Tais elementos inserem o ouvinte
  dentro do contexto da narrativa
Exemplo Passo 10
Detalhes que acrescentam vida
• o Sr. Peter vislumbrou
  embarcações ancoradas com
  formato de “baleias”
• Rapidamente o Sr. Peter voltou a
  conversar com o Sr. Frank Wheaton
• “Podemos conhecê-los?” -
  Perguntou o Sr. Peter. “Sim...”, foi
  a resposta.
O Silêncio Profundo


• O silêncio profundo é um estado quase
  hipnótico
• Significa que as pessoas estão “vivenciando” a
  história
• Essa vivência influenciará a tomada de
  decisão das mesmas
Tarefa Passo 10
• (opcional)
• Elabore uma história de no mínimo 2
  minutos para uma das seguintes frases:
  – Eu apresentei minha sugestão de melhoria
  – Ele foi o responsável pela mudança
  – Fábio conseguiu melhores resultados
  – Naquele dia, adquiri uma nova habilidade
  – Conhecimento gera valor
  – Estou pronto para mudar
Perguntas?

Valério Brusamolin – brusamolin@yahoo.com
Walter Santalucia – walter.santalucia@wheatonbrasil.com.br
Carlos Donizetti de Oliveira – c.donizetti@uol.com.br
Alda Luba – aldaluba@terra.com.br
Bibliografia

• BRUSAMOLIN, V. Narrativas de histórias: um estudo preliminar na gestão
  de projetos de tecnologia da informação. Ciência da Informação. Vol. 37,
  n. 1, 2008.
• LIPMAN, Doug. Improving your storytelling. Little Rock, Arkansas, USA,
  August House Publishers, Inc, 1999.
• WALSH, J. The Art of Storytelling. Moody Publishers, Chicado, 2003
• LUFTMAN, Jerry; BULLEN, Christine V.; LIAO, Donald; NASH, Elby;
  NEUMANN, Carl. Managing the Information Technology Resource:
  Leadership in the Information Age. Chapter 10. Ed. Prentice Hall, 2002.
• PESESCHKIAN, N. O mercador e o papagaio: histórias orientais como
  ferramentas em psicoterapia. Papirus, 2ª. Ed. 1999.
• HARER, J. B.; WHITE, L. N. Using stories to manage libraries: adaptating
  the springboard story from the private sector for managing library services.
  Technical Services Quarterly, vol. 25(1) 2007.

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  • 1. Oficina: Gestão de Mudança nas Organizações com Storytelling Valério Brusamolin – brusamolin@yahoo.com Walter Santalucia – walter.santalucia@wheatonbrasil.com.br Carlos Donizetti de Oliveira – c.donizetti@uol.com.br Alda Luba – aldaluba@terra.com.br
  • 2. Objetivo • Desenvolver competências narrativas em líderes para – Influenciar; – Comunicar; – transmitir conhecimento; e – implementar novas idéias.
  • 3. Sumário 1) Gestão do Conhecimento 2) Narrativas Organizacionais 3) Casos de Narrativas na Gestão 4) Gestão de Mudanças 5) Oficina de Narrativas
  • 5. Perspectivas da GC Segundo Sveiby (2001), • Perspectiva da TI – Equivale a gestão da informação • Perspectiva das Pessoas – Equivale a gestão de pessoal
  • 6. • A chave para “destrancar” o valor do conhecimento são as pessoas (SVEIBY, 2001) .
  • 7. Definição de GC • A gestão do conhecimento é a disciplina que trabalha sistematicamente a informação e o conhecimento visando ao aumento da capacidade de resposta da empresa ao meio ambiente com inovação e competência
  • 8. Modos de Conversão do Conhecimento Para De Tácito Explícito Tácito Socialização Externalização Explícito Internalização Combinação
  • 9. SOCIALIZAÇ EXTERNALIZAÇÃ ÃO 01) Jorge e Maria conversam 02) OJorge anota em sua num evento sobre a maneira agenda eletrônica o com que suas organizações processo que Maria segue fazem gestão de demanda na sua empresa. COMBINAÇÃ O INTERNALIZAÇ 03) Jorge compara suas anotações, ÃO com algumas bibliografias pertinentes 04) Maria lê o texto produzido por Jorge, se esforçando um ao assunto. Acrescenta alguns pouco para compreender os construtos teóricos às suas anotações conceitos teóricos associados e verifica que produziu um texto por Jorge às práticas expostas interessante. Manda então esse texto por ela. por e-mail para Maria.
  • 10. Onde está o Verdadeiro Conhecimento? • Tácito, ou • Explícito?
  • 12. O que é uma narrativa? • Narrativas ou histórias são relatos orais de um ou mais eventos, verdadeiros ou fictícios.
  • 13. Narrativas e Gestão do Conhecimento Conhecimento Conhecimento Tácito em Explícito (Socialização) (Externalização) Conhecimento Conhecimento Conhecimento Tácito Compartilhado Conceitual do (Internalização) (Combinação) Técnica de Conhecimento Conhecimento Narrativas Conhecimento Operacional Sistêmico Explícito Fonte: adaptado de NONAKA, 1997, p. 81
  • 14. Estrutura de uma Narrativa • Quem? (Who?) • O que? (What?) • Quando? (When?) • Onde? (Where?) • Por que? (Why?)
  • 15. Uso de Narrativas na Gestão de Projetos Gerenciar mudanças Exemplificar a cultura organizacional Modificar e controlar comportamentos Resolver problemas e tomar decisões Planejamento estratégico Melhorar a imagem do líder Transferir conhecimento Transmitir visão de futuro Estimular a colaboração Silenciar rumores Motivar a equipe Fonte: BRUSAMOLIN, 2008
  • 16. O caso do Banco Mundial • Quando gráficos, relatórios, números não convencem • História de um garoto na Zambia convenceu Fonte: DENNING, S. O poder das narrativas nas organizações . CampusI, 2006.
  • 17. Os Macacos e as Bananas
  • 18. Casos: Narrativas em Gestão do Conhecimento
  • 19. Wheaton Brasil Vidros • Os contadores de histórias da Wheaton • Memória viva transmitida através de histórias
  • 20. Ibict • Metodologia para melhoria da cultura de aprendizagem da organização • Construção da memória organizacional • Apoio a gestores • Workshops de Narrativas
  • 21. Levantamento inicial aplicada na pesquisa do Ibict Preparação Análise dos dados do levantamento Esquema da Metodologia Definição das necessidades de intervenção Treinamento para gestores Intervenção Coleta de Workshop Apoio a narrativas de narrativas gestores Disponibilização Análises de do banco de discurso narrativas Levantamento Análise Análise pós intervenção dos dados
  • 23. Aprendizagem Organizacional e Mudança Enfrentam Dificuldades Persistentes ... Não há coisa mais difícil para cuidar, nem mais duvidosa a conseguir, nem mais perigosa de manejar, do que tornar-se o líder na introdução de mudanças. Aquele que inova tem por inimigos todos aqueles que obtinham vantagens na ordem existente, e encontra fraco apoio daqueles que se beneficiarão da nova (MAQUIAVEL, 1513).
  • 24. O Modelo Lewin-Schein Motivar Descongelar Combater impedimentos Introdução novo processo Treinamento Mudar Gerenciamento Combate a resistências Estabelecimento do novo Recongelar processo como norma
  • 25. Descongelar • Motivar para a mudança - Dor - Melhoria real - Líder carismático • Impedimentos - Cultura - Reação à mudança
  • 26. Mudar • Objetivo bem definido • Comunicação • Planejar - Liderança - Pessoas certas - Montagem da equipe - Recursos • Gerencimento dos stakeholders • Planejar contra resistência à mudança
  • 27. Recongelar • Institucionalizar Mudança • Superar a resistência residual
  • 28. Ciclo Positivo de Mudança 3. Realismo esperançoso (esperança) 2. Pessimismo Informado (dúvida) 4. Otimismo Informado Pessimismo (confiança) 5. Encerramento 1. Otimismo mal informado (satisfação) (certeza) Fonte: Conner, Daryl, Managing at the Speed of Change, Random House (1992). tempo
  • 29. Ciclo Negativo de Mudança Ativa raiva aceitação barganha Resposta Emocional teste negação imobilização depressão Passiva Fonte: Conner, Daryl, Managing at the Speed of Change, Random House (1992). tempo
  • 30. Criando uma Organização Susceptível à Mudança
  • 31. A narrativa é como um remédio • História certa • Na hora certa • Na dose certa Fonte: PESESCHKIAN, N. O mercador e o papagaio. 2ª. Ed., 1999
  • 32. Efeitos Terapêuticos • Relativizar norma existente • Modificar norma existente • Estabilizar norma existente Fonte: PESESCHKIAN, N. O mercador e o papagaio. 2ª. Ed., 1999
  • 33. Narrativas Descongelar negativas para relativizar Narrativas positivas Mudar para estimular a ação Narrativas neutras Re-congelar para estabilizar
  • 34. Histórias para relativizar • Espelho • Mediação • Mudança de perspectiva
  • 35. Histórias para Estimular a Ação Narrativa Paralelo organizacional Era uma vez ... A organização operando da mesma forma por algum tempo Então, um dia ... Forças internas ou externas obrigando a mudança Por causa disso ... Mudanças de visão, produtos, pessoas, localização para responder aos desafios O climax ... Planos da organização, comunicados e implementações parara implementar a mudança A resolução ... Revisões periódicas feitas para contabilizar o sucesso que está sendo A moral da alcançado Lições aprendidas pela organização narrativa...
  • 36. Histórias para Estabilizar • Modelo a ser seguido • Transmissão de cultura • Transmissão da tradição
  • 38. Passos para a preparação de uma narrativa 1 - Selecione uma história 2 - Teste a história 3 - Visualize a Cena 4 - Narre a história do ponto de vista de alguém da cena 5 - Estabeleça a verdade central da história 6 - Planeje suas primeiras palavras 7 - Planeje Como a história termina 8 - Pesquise os fatos 9 - Elimine detalhes desnecessários 10 - Adicione descrições que tragam vida à história
  • 39. 1 - Selecione uma história • Histórias testadas e aprovadas são histórias que você ouviu sendo narradas com sucesso em algum lugar • Criando novas histórias a partir de existentes cuidado para não ofender pessoas com histórias sexistas, racistas, preconceituosas • Menor é melhor seja breve. Se a história for longa, divida-a em várias narrativas curtas. • Histórias reais produzem melhores resultados
  • 40. Livros infantis são boas fontes • Uma boa história é aquela que você gosta • Não decore • Esteja sempre procurando por novas histórias
  • 41. Fontes de Histórias dos Gerentes • Experiências vividas • Conversas com amigos de outras organizações • Histórias da organização • Lendas organizacionais • Fábulas populares • Livros, revistas ou jornais • Televisão: novelas, filmes, telejornais • Sites na Internet • E-mail • Inventadas Fonte: BRUSAMOLIN, 2008
  • 42. Prática Passo 1 Seleção da História • Leia a história Moisés e o êxodo • (2 minutos)
  • 43. 2 - Teste a História • Narre a história para alguém (ou mesmo, alguma coisa) • Não se preocupe se faltou algum detalhe.
  • 44. Prática Passo 2 Teste da História • Leia novamente a história de Moisés e o êxodo • Visualize a história na sua mente, como se fosse um filme • (1 minuto)
  • 45. • Voluntário parar testar a história?
  • 46. • Faltou algum detalhe importante? • Faltou algum detalhe secundário?
  • 47. Prática com outra história • Agora, leia a outra história e teste com o colega ao lado • Inverter os papéis (quem ouviu agora conta a sua história) • (2 min + 2 min)
  • 48. 3 - Visualize a cena com sentimentos e preocupações atuais • A história deve ser adaptada ao contexto dos ouvintes • Centre a história em um indivíduo ou organização • O protagonista deve ser um estereótipo da organização • A história deve ser inteligível pelos ouvintes • A história deve se relacionar com situações reais dos ouvintes
  • 49. Passo 3 – Prática A História com sentimentos e preocupações atuais • Veja-se a si mesmo no êxodo com Moisés. Ninguém pode vê-lo, mas você pode ver tudo. Você pode também, sentir o que eles estão sentindo, saber o que eles estão pensando. Moisés está saindo do Egito. Você está acompanhando toda a movimentação. Responda as perguntas a seguir e não se preocupe com veracidade. Nesse ponto, não importa o que você não sabe sobre o fato histórico. Pense sobre o que pode ter sido verdade
  • 50. Você no êxodo com Moisés... • Dê uma olhada na multidão e diga o que você vê • Que pessoas estão por lá? Descreva cada uma • Descreva os sons que você ouve • O que o seu olfato sente? • Que relacionamentos cada pessoa deixou pra trás? • Descreva vários sentimentos, atitudes de humores (seja realista, são pessoas normais) • Que memórias influenciam os pensamentos dessas pessoas? • Como as diferentes personalidades reagem à situação, e uma com a outra? • Descreva o sofrimento dos animais durante a viagem • Descreva a cena no Egito, com as habitações vazias • Como as pessoas reagem às ordens de Moisés? • (2 minutos)
  • 51. Prática Passo 3 A História com sentimentos e preocupações atuais • Conte a sua nova versão da história de Moisés ao companheiro do lado • Inverta os papéis (quem ouviu conta) (2min + 2 min)
  • 52. • Você está começando a dar vida à história, porque a está tornando relevante à sua cultura. • Ainda há muita coisa a aperfeiçoar.
  • 53. 4 - Conte a história do ponto de vista de alguém na cena • No passo anterior, você tentou contar a história do seu ponto de vista • Agora, você vai ouvi-la de alguém que estava lá • Este passo vai ajudá-lo a entender melhor a história • Faça com que os ouvintes se identifiquem com o protagonista
  • 54. Passo 4 - Exercício • Imagine que você é alguém ou alguma coisa na história. Possivelmente Moisés, Arão ou Deus. Ou mesmo um animal. Como eles vêem tudo que está acontecendo? Pode algum objeto ter uma opinião? • Escolha um ponto de vista • Conte ao seu par • Ouça a história de seu par (2 min preparação + 2 min + 2 min)
  • 55. • Alguém ouviu uma boa história??? • O grupo gostaria de ouví-la.
  • 56. 5 - Estabeleça a verdade central da história • Quando se ouve uma narrativa sem razão aparente, ela é esquecida rapidamente • Dois erros a serem evitados: história sem tema e história com muitas lições • Deixe a sua verdade implícita na história • Responda às seguintes perguntas: que verdade eu quero comunicar aos meus ouvintes? Porque eu devo narrar esta história? Porque é importante? A resposta a essas questões se torna o tema.
  • 57. Passo 5 - Exercício • Veja a sua história • Que temas que podem ser ensinados com essa história, dentro do contexto do seu ambiente de trabalho? (Reflexão) • (1 minuto)
  • 58. • Espaço para voluntários narrarem e explicarem como o tema da sua história pode ser aplicado no seu ambiente de trabalho • Grupos a, b, c, d (2 minutos cada)
  • 59. O Submarino de Guerra da Wheaton • Como a empresa superou a crise energética dos anos 60
  • 60. 6 - Planeje suas primeiras palavras • Quando você assumir uma posição na frente do grupo, é o momento que terá a atenção dele • São poucos segundos que devem ser aproveitados • Planeje uma introdução que desperte a curiosidade e mantenha a atenção
  • 61. Exemplos de inícios inadequados • O nome da minha história é... • Era uma vez... • Eu ouvi essa história há alguns anos... • Estou muito feliz em estar com vocês ... • E agora, vou contar uma história...
  • 62. Alguns exemplos de bons inícios • Você sabia que Jesus tirou férias? • Ouve um tempo em que eu tenho certeza que você saberia quem eu era • Totó era um cachorro. Quando ele andava pela rua, todos os outros cães saíam rapidamente do caminho
  • 63. Exemplo Passo 6 Primeiras Palavras “Na 2ª metade dos anos 60, houve uma grande crise energética no Brasil...”
  • 64. 7 – Planeje Como a história termina • Se o final não for bem planejado, os ouvintes podem ficar desapontados • Qual é a forma de comunicar às pessoas que a história está completa?
  • 65. Maus exempos • E essa é a história • Fim • E esse é o final • E então, acabou • E eles viveram felizes para sempre
  • 66. Bons Exemplos • Deus, meu Deus, o que deveria eu ter feito? • E então ele comeu ambos pedaços de carne, balançando seu rabo quebrado.
  • 67. Dicas de Como finalizar • Diminuir um pouco o tom de voz • Diminuir o passo • Pronunciar cada palavra distintamente • Após a última palavra, fica quieto por alguns segundos • Dar um passo para trás • Cuidado com narrativas de final feliz
  • 68. Exemplo Passo 7 Final da História “No final, o equipamento enviado ao Brasil foi pago com a receita dessas vendas.”
  • 69. 8 - Pesquise os Fatos • Se for uma história registrada em livro, leia-o • Se for uma história pessoal, converse com outras pessoas que vivenciaram o evento, para coletar mais informações • Se for uma fábula popular, pesquise pelos costumes da época da história
  • 70. Exemplo passo 8 Pesquisa dos Fatos Embarcações da classe Liberty Ship A classe Liberty Ship foi a maior classe de navios construídos no Mundo. Foram lançados ao mar 2.710 navios com 135 m cada. Eram lentos (11 nós), mas tiveram uma participação vital e determinante para a vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial. Capacitado para transportar 9.000t de carga, por exemplo 2.840 jipes e 440 tanques (da época 1941- 1945)
  • 71. 9 - Elimine detalhes desnecessários • Procure por pequenos detalhes que sejam desnecessários na transmissão da mensagem • Centre a história em um indivíduo ou organização • Tome cuidado com detalhes emocionais
  • 72. 10 - Adicione descrições que tragam vida à história • Estimule os cinco sentidos da audiência • Descreva elementos de visão, tato, olfato, paladar, e audição • Tais elementos inserem o ouvinte dentro do contexto da narrativa
  • 73. Exemplo Passo 10 Detalhes que acrescentam vida • o Sr. Peter vislumbrou embarcações ancoradas com formato de “baleias” • Rapidamente o Sr. Peter voltou a conversar com o Sr. Frank Wheaton • “Podemos conhecê-los?” - Perguntou o Sr. Peter. “Sim...”, foi a resposta.
  • 74. O Silêncio Profundo • O silêncio profundo é um estado quase hipnótico • Significa que as pessoas estão “vivenciando” a história • Essa vivência influenciará a tomada de decisão das mesmas
  • 75. Tarefa Passo 10 • (opcional) • Elabore uma história de no mínimo 2 minutos para uma das seguintes frases: – Eu apresentei minha sugestão de melhoria – Ele foi o responsável pela mudança – Fábio conseguiu melhores resultados – Naquele dia, adquiri uma nova habilidade – Conhecimento gera valor – Estou pronto para mudar
  • 76. Perguntas? Valério Brusamolin – brusamolin@yahoo.com Walter Santalucia – walter.santalucia@wheatonbrasil.com.br Carlos Donizetti de Oliveira – c.donizetti@uol.com.br Alda Luba – aldaluba@terra.com.br
  • 77. Bibliografia • BRUSAMOLIN, V. Narrativas de histórias: um estudo preliminar na gestão de projetos de tecnologia da informação. Ciência da Informação. Vol. 37, n. 1, 2008. • LIPMAN, Doug. Improving your storytelling. Little Rock, Arkansas, USA, August House Publishers, Inc, 1999. • WALSH, J. The Art of Storytelling. Moody Publishers, Chicado, 2003 • LUFTMAN, Jerry; BULLEN, Christine V.; LIAO, Donald; NASH, Elby; NEUMANN, Carl. Managing the Information Technology Resource: Leadership in the Information Age. Chapter 10. Ed. Prentice Hall, 2002. • PESESCHKIAN, N. O mercador e o papagaio: histórias orientais como ferramentas em psicoterapia. Papirus, 2ª. Ed. 1999. • HARER, J. B.; WHITE, L. N. Using stories to manage libraries: adaptating the springboard story from the private sector for managing library services. Technical Services Quarterly, vol. 25(1) 2007.