O documento discute programas e atividades para jovens em bibliotecas públicas, incluindo oficinas de quadrinhos, RPG, e eventos literários. Ele também descreve parcerias com projetos voltados para artes e preparação para vestibulares. O objetivo é engajar jovens através de atividades culturais e literárias.

1. Juventude na Rede
Algumas ações desenvolvidas para
este público

2. A Coordenadoria do Sistema de Bibliotecas vem ao longo desses anos passando
por transformações na estrutura e apresentação de suas unidades no sentido de
incorporar novos significados, acompanhando as inovações tecnológicas e sociais,
focando mais as ações, trabalhando a inclusão, e ambientação dos espaços. Porém,
temos lacunas que se relacionam a públicos ainda não contemplados
adequadamente
Nós do setor de programação participamos desse avanço propondo atividades que
além de ilustrar a importância de olharmos mais atentamente para o conteúdo dos
livros, não somente do acervo de nossas bibliotecas, mas também os de todos os
lugares (da escola, livrarias, bancas e particulares), valorizando a criatividade, a
subjetividade existentes na arte. Além disso, essas atividades apontam caminhos
favoráveis aos mais relutantes em perceber que a leitura e literatura são partes
necessárias tanto no aprendizado e desenvoltura do idioma, como a compreensão
de sensações humanas. Percebemos que podemos realizar dentro das bibliotecas a
integração com a comunidade local e através dela e com ela elaborarmos em cada
espaço trabalhos que agregarão os diferentes públicos.

3. Com o intuito de democratizar as ações nas unidades, que têm uma melhor
compreensão da comunidade do entorno, todo final de ano nos reunimos com as
diferentes regiões para discutirmos sobre a programação que será disponibilizada
para o público ao longo do ano. Apresentamos as propostas e recebemos
posteriormente as atividades que são de interesse da cada unidade/região.

4. Desenvolvemos alguns experimentos pensando no tempo de duração dessas
atividades. Iniciamos com Histórias em Quadrinhos e RPG de duas modalidades,
o de mesa e o live action. Formatamos o primeiro (HQ) num período de quatro
meses e com encontros periódicos da equipe (oficineiros, representantes das
unidades participantes e representante da CSMB) para ajustar pendências, arestas
e também para organizar o encontro em que todos os envolvidos participam e têm
seus trabalhos apresentados e distribuídos. Esse momento é de grande significado,
pois aponta o êxito no esforço empregado neste processo, inclusive pelos alunos
que aprendem as técnicas básicas de desenho, argumentação e no segundo
momento preparam cada um uma história que fará parte do fanzine da turma,
portanto, eles se tornam autores de seus próprios textos / desenhos (outra forma de
expressar) / história. O nome deste projeto é Fanzines nas Zonas de Sampa –
oficinas de Histórias em Quadrinhos.

5. Esse projeto é levado desta forma há 4 anos e a cada ano pensamos (através das
reuniões da equipe) em como melhorá-lo. Então trouxemos num momento o RPG
para integrar, fazendo o jogo a partir das histórias de alguns alunos; criamos o blog
do projeto para que desta forma todos pudessem fazer seus comentários, os
professores postarem trabalhos dos alunos. Pensamos no blog como ferramenta
agregadora, as unidades possuem um espaço de telecentro que como parceiros
permitem que os alunos do projeto com o professor acessem o blog e cheguem a
outros sítios de interesse na área. Nesse projeto iniciado em 2005 contávamos com
3 unidades e hoje formamos equipe com 14 bibliotecas entre as quais 3 são
temáticas, são elas: Biblioteca Belmonte - Cultura Popular, que em 2008 a História
em Quadrinhos conversa com a Xilogravura e apresenta excelentes resultados; a
Roberto Santos - Cinema e a Viriato Corrêa - Literatura Fantástica, sendo que
nesta última estamos trabalhando a ilustração e literatura.

6. Projeto Fanzines nas Zonas de Sampa –
Oficinas de Histórias em Quadrinhos

7. Biblioteca Roberto Santos
Biblioteca José Paulo Paes

8. Encontros
dos
participantes
/ reuniões da
equipe

10. Em 2008 criamos o blog
www.hqzineszonas.sp.gov.br
Acesso pelo endereço
www.bibliotecas.sp.gov.br

11. O RPG vem sendo a atividade que apresenta uma outra possibilidade de criação e
compreensão, porque na modalidade Live Action, o participante desenvolve um
personagem, atribui-lhe figurinos interagindo com os demais personagens da
história que é sempre conduzida por um Narrador. Não é teatro, e trabalha a
capacidade de reflexão sobre comportamento e a concentração para não distanciar-
se da história e personagem. Já o de mesa, tendo um Mestre como orientador, o
participante deverá conter-se ali sentado observando as chances de ganhar o jogo
mantendo-se sempre muito atento.
Em ambos, porém a possibilidade de trabalhar textos literários é bem interessante,
como pudemos verificar em várias bibliotecas que receberam a atividade e no
evento realizado na Biblioteca Viriato Corrêa – temática em Literatura Fantástica,
chamado “Longa Jornada Noite Adentro”, que além de exibição de filmes, palestras
e contação de hitórias, reserva um momento (que vira a noite) com o jogo de RPG.

12. Já em sua terceira edição, os eventos trouxeram temas como: Live Steampunk “O
Magnífico nos céus do amanhã”; depois tivemos o jogo criando serial Killers
inspirados no universo de Edgar Allan Poe; e o que inaugurou a proposta, o Live
“Vampiros”, em que os orientadores produziram um ambiente que remetia todos os
participantes à Londres
Quando finaliza o jogo, todos falam das experiências e propõem as novas edições,
além conhecerem trechos e personagens das obras, e biografia dos autores
trabalhados apresentados pelo narrador/ Mestre. Essa atividade nas três edições foi
realizada pelo grupo Confraria das Idéias, nascido a partir de atividades realizadas
na Biblioteca Narbal Fontes e posteriormente mais amadurecido, tem projeto
selecionado pelo VAI por dois anos.

13. Biblioteca Cora Coralina

14. RPG de mesa

15. Março / 2009 – Biblioteca Temática Viriato Correia
Fantástica Jornada Noite Adentro – “Vampiros”

16. Junho/ 2009 – Biblioteca Paulo Duarte
Viaj&ação – “Faroeste”
Junho/ 2009 – Biblioteca Paulo Duarte

17. Viaj&ação – “Um drink em Las Vegas”
Viaj&ação – “Piratas”
Julho/ 2009 – Biblioteca Érico Veríssimo
Julho/ 2009 – Biblioteca Cora Coralina

18. Viaj&ação – “Sci-Fi -Viagem no Tempo”
Julho/ 2009 – Biblioteca Vicente Paulo Guimarães

19. Agosto / 2009 – Biblioteca Temática Viriato Correia
Fantástica Jornada Noite Adentro – “Edgar Allan Poe”

20. Dos coletivos selecionados pelo VAI, temos a felicidade de contar com algumas
parcerias na Alceu Amoroso Lima – temática em poesia, como: Coletivo Poesia
Maloqueirista, Graffitti Poético, Encantadeiras e Elo da Corrente, e mais
recentemente o grupo Eléia Leu que foi proposta por um grupo de jovens poetas e
cujos participantes também são jovens.
Das parcerias com projetos da Secretaria temos também o Vocacional que realiza
projetos de: Dança Vocacional, Música Vocacional e Teatro Vocacional, cujo
objetivo é incentivar a experimentação e a ação cultural em todos os bairros da
cidade. São projetos de formação continuada que atendem interessados com mais
de 14 anos, que buscam os caminhos da arte para expressar e refletir. São realizados
em algumas bibliotecas da rede.

21. O projeto A Hora e a Vez do Vestibular da Secretaria de Cultura, iniciado em
2008 pela Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas, é uma oportunidade
ímpar de aprofundar a compreensão e debater os gêneros e estilos literários dos
nove títulos exigidos pelos vestibulares das principais universidades públicas. São
realizados nove encontros com professores de literatura dos principais cursinhos,
que em 2009 por meio de parceria com Centro Cultural Ruth Cardoso trouxe a
palestra inaugural com professores da Universidade de São Paulo, especialistas da
área de literatura, com a proposta de aprestar um panorama geral e refletir sobre os
diversos aspectos da literatura e da experiência literária. Este ano teremos somente
em algumas regiões a palestra inaugural abrindo as conversas sobre as obras.
Esse projeto oportuniza que mais jovens tenham contato com as obras,
lhes dando melhor condição para concorrer a uma vaga nas principais universidades
da cidade.

22. Nestas ações os jovens comunicam-se e criam comunidades,
porque é o que lhes interessa e o que viabiliza a sua leitura das
coisas presentes na literatura como transmissora de conhecimento
para melhorar o relacionamento consigo e com o outro,
valorizando conceitos como comprometimento e papel social.