A identidade docente no projeto pedagógico do curso de pedagogia da universid...
Ensino da Língua Portuguesa e Matemática no Ciclo I
1. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
ORIENTAÇÕES
CURRICULARES DO ESTADO DE SÃO PAULO
LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
CICLO I
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2. Governo do Estado de São Paulo
Governador
José Serra
Vice-Governador
Alberto Goldman
Secretária da Educação
Maria Helena Guimarães de Castro
Secretária-Adjunta
Iara Gloria Areias Prado
Chefe de Gabinete
Fernando Padula
Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE
Presidente
Fábio Bonini Simões de Lima
Diretora de Projetos Especiais
Claudia Rosenberg Aratangy
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3. Apresentação
Este documento pretende contribuir no processo para a melhoria na quali-
dade do Sistema de Ensino, principalmente no tocante às metas estabelecidas por
esta Secretaria em agosto de 2007. Visa retomar a principal finalidade da escola:
a aprendizagem dos alunos.
Não saímos do zero. Nosso ponto de partida, fruto de uma relação de cola-
boração mútua, foram as Orientações Gerais para o Ensino de Língua Portuguesa
no Ciclo I, publicadas em agosto de 2005 pela Secretaria Municipal de Educação
de São Paulo (SME) no Diário Oficial da Cidade. Aqui, junto com a equipe do
Círculo de Leitura e Escrita – órgão da Diretoria de Orientação Técnica da SME
– revisamos, aprimoramos estas orientações, explicitando o que se espera que os
alunos tenham aprendido ao fim de cada série em relação à leitura e à escrita,
dando orientações sobre como ensinar e incluindo um quadro sobre como as
aprendizagens podem ser continuamente avaliadas.
Embora sua publicação tenha importância em si mesma, este documento
não deve ser analisado isoladamente. Faz parte de um conjunto de ações desen-
cadeadas em 2007 pela Secretaria Estadual da Educação (SEE) e que terão conti-
nuidade ao longo dos próximos anos:
• a implantação do Programa Ler e Escrever Prioridade na Escola, em
parceria com a SME, que inclui a formação de professores coordenadores,
diretores, supervisores de ensino e assistentes técnico-pedagógicos;
• a implantação do Programa Bolsa Formação Escola Pública Universi-
dade na Alfabetização, que coloca um aluno-pesquisador em cada sala
de aula de 1ª série para apoiar o professor regente na alfabetização dos
alunos, ao mesmo tempo em que convida as Instituições de Ensino Supe-
rior a aprimorarem a formação inicial dos professores;
• a elaboração de guias de planejamento e materiais didáticos para os pro-
fessores, que serão adequados a partir do material publicado pela SME em
2006 e 2007;
• a revisão do sistema de avaliação da aprendizagem dos alunos (Saresp).
Além de estar articulado com essas ações, este documento também visa
subsidiar e dar referências para:
• a elaboração dos planejamentos de ensino de Língua Portuguesa (Leitura,
Produção de Texto e Comunicação Oral) nas quatro primeiras séries do
Ensino Fundamental;
• a escolha de materiais didáticos adequados;
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4. • a construção de indicadores de avaliação para as diferentes séries do Ciclo I;
• o acompanhamento e o apoio da formação continuada nas escolas nas
Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo, coordenados pela equipe técnica;
• o planejamento do trabalho de formação dos assistentes técnico-pedagógi-
cos nas Diretorias de Ensino e da equipe central de formadores, na CENP.
• o acompanhamento, pelos dirigentes, do trabalho pedagógico realizado
em suas Diretorias de Ensino.
Priorizamos a formação de leitores e escritores, pois saber ler e escrever não
só é condição indispensável para que os estudantes adquiram os conhecimentos
de todas as áreas, mas também – e principalmente – para terem acesso à cultura
letrada e à plena participação social. Os conteúdos matemáticos também foram
contemplados neste documento já que são de igual relevância na formação dos
alunos. Estas diretrizes balizarão, nos próximos anos, a política de formação de
professores, o acompanhamento sistemático do trabalho pedagógico da Rede e
a sua avaliação.
Esperamos que este documento possa fomentar muitos debates e reflexões
e que, ao colocá-lo em prática, possamos alcançar o objetivo de tornar todos os
nossos alunos leitores e escritores competentes.
Vale ressaltar também que, embora as expectativas de aprendizagem das
demais áreas de conhecimento não sejam explicitadas aqui, elas deverão ser pu-
blicadas futuramente e, por hora, seus conteúdos serão abordados nos projetos e
seqüências didáticas presentes nos diferentes materiais para alunos e professores
que serão distribuídos a partir do ano que vem.
Maria Helena Guimarães de Castro
Secretária da Educação do Estado de São Paulo
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5. Sumário
7 O ensino da Língua Portuguesa
nas séries iniciais
7 Introdução
7 Modelo de Ensino e Aprendizagem
7 Concepção de alfabetização
9 Língua Portuguesa (Leitura, Escrita e Comunicação Oral)
Expectativas de Aprendizagem
9 Objetivos gerais do ensino da Língua Portuguesa (Leitura, Escrita e Comunicação
Oral) no Ciclo I
9 Expectativas de aprendizagem
12 Orientações Didáticas para o Ensino
da Língua Portuguesa
(Leitura, Escrita e Comunicação Oral)
12 1. Práticas de Linguagem Oral
12 2. Práticas de Leitura
13 3. Análise e reflexão sobre a língua
14 4. Práticas de produção de texto
16 Quadro de avaliação das aprendizagens
22 Bibliografia
23 Matemática
Expectativas de Aprendizagem
23 Aprender e ensinar Matemática
24 Objetivos gerais do ensino da Matemática no Ciclo I
25 Expectativas de aprendizagem
28 Orientações didáticas para o ensino da Matemática
29 Atividades de cálculo:
30 Geometria
30 Medidas
31 Tratamento da informação
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7. Língua Portuguesa
O ensino da Língua Portuguesa
nas séries iniciais
Introdução aprender o que não sabe. Neste modelo, o tra-
balho pedagógico promove a articulação entre
a ação do aprendiz, a especificidade de cada con-
Este documento se organiza em torno teúdo a ser aprendido e a intervenção didática.
de um objetivo central: subsidiar todos os en-
volvidos no processo de ensino da Língua Por-
tuguesa (Leitura, Escrita e Comunicação Oral) Concepção de alfabetização
para sistematizar os conteúdos de ensino mais
relevantes a serem garantidos ao longo das
quatro séries do Ciclo I do Ensino Fundamental. O objetivo maior – possibilitar que to-
dos os nossos alunos se tornem leitores e
Outro propósito importante deste docu-
escritores competentes – nos compromete
mento é contribuir para a reflexão e discussão
com a construção de uma escola inclusiva, que
dos professores com a indicação do que os
promove a aprendizagem dos alunos das ca-
alunos deverão aprender, progressivamente,
madas mais pobres da população. A condição
durante as quatro séries do Ciclo I.
socioeconômica não pode mais ser encarada
A definição do que os alunos precisam pela escola pública como um obstáculo in-
aprender a cada série, por sua vez, possibilita transponível que, assim, perversamente, repro-
estabelecer com mais clareza e intencionalida- duz a desigualdade.
de o que deverá ser ensinado.
É fato que, atualmente, as famílias que
compõem a comunidade escolar da rede públi-
Modelo de Ensino e Aprendizagem ca, em sua maioria, não tiveram acesso à cultu-
ra escrita. Isso não apenas torna mais complexa
a tarefa da escola de ensinar seus filhos a ler e
A concepção de aprendizagem que em- escrever, como também faz dela um dos pou-
basa este documento pressupõe que o conhe- cos espaços sociais em que se pode intervir na
cimento não é concebido como uma cópia do busca da eqüidade para promover a igualdade
real e assimilado pela relação direta do sujeito de direitos de cidadania. E saber ler e escrever
com os objetos de conhecimento, mas produ- é um direito fundamental do cidadão.
to de uma atividade mental por parte de quem A escola precisa criar o ambiente e pro-
aprende, que organiza e integra informações e por situações de práticas sociais de uso da es-
novos conhecimentos aos já existentes, cons- crita aos quais os alunos não têm acesso para
truindo relações entre eles. que possam interagir intensamente com textos
O modelo de ensino relacionado a essa dos mais variados gêneros, identificar e refletir
concepção de aprendizagem é o da resolução sobre os seus diferentes usos sociais, produzir
de problemas, que compreende situações em textos e, assim, construir as capacidades que
que o aluno, no esforço de realizar a tarefa lhes permitam participar das situações sociais
proposta, precisa pôr em jogo o que sabe para pautadas pela cultura escrita.
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8. Orientações Curriculares
Ler e escrever não se resume a juntar le- ta devem ser ensinados e sistematizados. Não
tras, nem a decifrar códigos: a língua não é um basta colocar os alunos diante dos textos para
código – é um complexo sistema que represen- que conheçam o sistema de escrita alfabético
ta uma identidade cultural. É preciso saber ler e seu funcionamento ou para que aprendam a
e escrever para interagir com essa cultura com linguagem escrita. É preciso planejar uma di-
autonomia, inclusive para modificá-la, do lugar versidade de situações em que possam, em di-
de quem enuncia e não apenas consome. ferentes momentos, centrar seus esforços ora
Ao eleger o que e como ensinar é funda- na aprendizagem do sistema, ora na aprendi-
mental levar em consideração esses fatos, não zagem da linguagem que se usa para escrever.
mais para justificar fracassos, mas para criar O desenvolvimento da competência de
as condições necessárias para garantir a con- ler e escrever não é um processo que se en-
quista e a consolidação da aprendizagem da cerra quando o aluno domina o sistema de
leitura e da escrita de todos os nossos alunos. escrita, mas se prolonga por toda a vida, com
Assim, este documento parte do pres- a crescente possibilidade de participação nas
suposto de que a alfabetização é a aprendiza- práticas que envolvem a língua escrita e que
gem do sistema de escrita e da linguagem se traduz na sua competência de ler e produ-
escrita em seus diversos usos sociais porque zir textos dos mais variados gêneros. Quanto
consideramos imprescindível a aprendizagem mais acesso à cultura escrita, mais possibilida-
simultânea dessas duas dimensões. des de construção de conhecimentos sobre a
A língua é um sistema discursivo que se língua. Isto explica o fato de as crianças com
organiza no uso e para o uso, escrito e falado, menos acesso a essa cultura serem aquelas
sempre de maneira contextualizada. No en- que mais fracassam no início da escolaridade
tanto, uma condição básica para ler e escrever e, como já dissemos, as que mais necessitam
com autonomia é a apropriação do sistema de uma escola que ofereça práticas sociais de
de escrita que envolve, da parte dos alunos, leitura e escrita.
aprendizagens muito específicas. Entre elas o A seguir apresentamos os objetivos ge-
conhecimento do alfabeto, a forma gráfica rais, as expectativas de aprendizagem e orien-
das letras, seus nomes e seu valor sonoro. tações didáticas para o ensino da Língua Portu-
Tanto os saberes sobre o sistema de es- guesa e da Matemática no Ciclo I, e um quadro
crita como aqueles sobre a linguagem escri- de avaliação das aprendizagens.
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9. Língua Portuguesa
Língua Portuguesa (Leitura, Escrita e Comunicação Oral)
Expectativas de Aprendizagem
Objetivos gerais do ensino da Lín- • apreciar textos literários
gua Portuguesa (Leitura, Escrita e (OD1 2.1; 2.2; 2.4);
Comunicação Oral) no Ciclo I • recontar histórias conhecidas, recupe-
rando algumas características da lingua-
gem do texto lido pelo professor;
O ensino da Língua Portuguesa nas qua-
tro primeiras séries da escolaridade deve ga- • ler, com ajuda do professor, diferentes
rantir que, no decorrer do Ciclo I, os alunos se gêneros (textos narrativos literários, tex-
tornem capazes de: tos instrucionais, textos de divulgação
científica e notícias), apoiando-se em
• integrar uma comunidade de leitores,
compartilhando diferentes práticas cul- conhecimentos sobre o tema do texto,
turais de leitura e escrita; as características de seu portador, do gê-
nero e do sistema de escrita;
• adequar seu discurso às diferentes situa-
ções de comunicação oral, considerando • ler, por si mesmo, textos conhecidos,
o contexto e os interlocutores; tais como parlendas, adivinhas, poemas,
• ler diferentes textos, adequando a moda- canções, trava-línguas, além de placas
lidade de leitura a diferentes propósitos e de identificação, listas, manchetes de
às características dos diversos gêneros; jornal, legendas, quadrinhos e rótulos;
• escrever diferentes textos, selecionando os • compreender o funcionamento alfabéti-
gêneros adequados a diferentes situações co do sistema de escrita, ainda que es-
comunicativas, intenções e interlocutores. creva com erros ortográficos (ausência
de marcas de nasalização, hipo e hiper-
segmentação, entre outros);
Expectativas de aprendizagem
• escrever alfabeticamente2 textos que
conhece de memória (o texto falado e
Ao final da 1ª série do Ciclo I, o alu- não a sua forma escrita), tais como: par-
no deverá ser capaz de: lendas, adivinhas, poemas, canções, tra-
va-línguas, entre outros;
• participar de situações de intercâmbio • reescrever – ditando para o professor
oral, ouvindo com atenção e formulan- ou colegas e, quando possível, de pró-
do perguntas sobre o tema tratado; prio punho – histórias conhecidas, con-
• planejar sua fala, adequando-a a dife- siderando as idéias principais do texto
rentes interlocutores em situações co- fonte e algumas características da lin-
municativas do cotidiano; guagem escrita;
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OD – Orientações Didáticas – apresentadas a seguir.
2
Ainda que com erros de ortografia.
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10. Orientações Curriculares
• produzir textos de autoria (bilhetes, car- Ao final da 3ª série do Ciclo I,
tas, instrucionais), ditando para o pro- o aluno, deverá ser capaz de:
fessor ou colegas e, quando possível, de
próprio punho (OD 4.3; 4.4; 4.8; 4.9);
• participar de situações de intercâmbio
• revisar textos coletivamente com a ajuda
oral que requeiram: ouvir com atenção,
do professor (OD 4.7).
intervir sem sair do assunto tratado, for-
mular e responder perguntas justifican-
Ao final da 2ª série do Ciclo I, do suas respostas, explicar e compre-
o aluno deverá ser capaz de: ender explicações, manifestar e acolher
opiniões, fazer colocações considerando
as falas anteriores;
• participar de situações de intercâmbio • apreciar textos literários
oral, ouvindo com atenção, formular e (OD 2.1; 2.2; 2.4);
responder perguntas, explicar e compre-
ender explicações, manifestar opiniões • selecionar, em parceria, textos em dife-
sobre o assunto tratado; rentes fontes para busca de informações
(OD 2.7);
• apreciar textos literários
(OD 2.1; 2.2; 2.4); • localizar, em parceria, informações nos
textos, apoiando-se em títulos, subtítu-
• ler, por si mesmo, diferentes gêneros
los, imagens, negritos, e selecionar as
(textos narrativos literários, textos instru-
que são relevantes, utilizando procedi-
cionais, textos de divulgação científica e
mentos de estudo como: copiar a infor-
notícias), apoiando-se em conhecimen-
tos sobre o tema do texto, as caracte- mação que interessa, grifar, fazer ano-
rísticas de seu portador, do gênero e do tações (em enciclopédias, informações
sistema de escrita; veiculadas pela internet e revistas);
• ler, com ajuda do professor, textos para • ajustar a modalidade de leitura ao propó-
estudar os temas tratados nas diferen- sito e ao gênero (OD 2.3; 2.6; 2.7; 2.8);
tes áreas de conhecimento (enciclopé- • reescrever e/ou produzir textos de auto-
dias, informações veiculadas pela inter- ria, com apoio do professor, utilizando
net e revistas); procedimentos de escritor: planejar o
• reescrever, de próprio punho, histórias que vai escrever considerando a inten-
conhecidas, considerando as idéias prin- cionalidade, o interlocutor, o portador e
cipais do texto fonte e algumas caracte- as características do gênero; fazer rascu-
rísticas da linguagem escrita; nhos; reler o que está escrevendo, tan-
to para controlar a progressão temática
• produzir textos de autoria de próprio pu-
quanto para melhorar outros aspectos
nho (OD 4.3; 4.4; 4.8; 4.9), utilizando
– discursivos ou notacionais – do texto;
recursos da linguagem escrita;
• revisar textos (próprios e de outros), co-
• revisar textos coletivamente com a ajuda
letivamente, com a ajuda do professor
do professor ou em parceria com cole-
ou em parceria com colegas, do ponto
gas (OD 4.7).
de vista da coerência e da coesão, consi-
derando o leitor;
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11. Língua Portuguesa
• revisar – coletivamente, com ajuda do durante a leitura (pedir ajuda aos cole-
professor – textos (próprios e de outros), gas e ao professor, reler o trecho que
do ponto de vista ortográfico. provoca dificuldades, continuar a leitu-
ra com intenção de que o próprio texto
permita resolver as dúvidas ou consultar
Ao final da 4ª série do Ciclo I,
outras fontes);
o aluno deverá ser capaz de:
• reescrever e/ou produzir textos de auto-
ria utilizando procedimentos de escritor:
• participar de situações de intercâmbio planejar o que vai escrever consideran-
oral que requeiram: ouvir com atenção, do a intencionalidade, o interlocutor, o
intervir sem sair do assunto tratado, for- portador e as características do gênero;
mular e responder perguntas, justificando fazer rascunhos; reler o que está escre-
suas respostas, explicar e compreender
vendo, tanto para controlar a progressão
explicações, manifestar e acolher opini-
temática quanto para melhorar outros
ões, argumentar e contra-argumentar;
aspectos – discursivos ou notacionais
• planejar e participar de situações de uso – do texto;
da linguagem oral, sabendo utilizar al-
guns procedimentos de escrita para or- • revisar textos (próprios e de outros), em
ganizar sua exposição (OD 1.3); parceria com os colegas, assumindo o
ponto de vista do leitor com intenção
• apreciar textos literários
de evitar repetições desnecessárias (por
(OD 2.1; 2.2; 2.4);
meio de substituição ou uso de recursos
• selecionar os textos de acordo com os da pontuação); evitar ambigüidades, ar-
propósitos de sua leitura, sabendo an- ticular partes do texto, garantir concor-
tecipar a natureza de seu conteúdo e dância verbal e nominal;
utilizando a modalidade de leitura mais
adequada (OD 2.3; 2.6; 2.7; 2.8); • revisar textos (próprios e de outros), do
ponto de vista ortográfico.
• utilizar recursos para compreender ou
superar dificuldades de compreensão
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12. Orientações Curriculares
Orientações Didáticas para o Ensino
da Língua Portuguesa
(Leitura, Escrita e Comunicação Oral)
1. Práticas de Linguagem Oral tura possam ser concretizadas é necessário
que se planeje e organize situações didáti-
cas tais como:
Para que as expectativas de aprendiza-
2.1. Leitura diária, para os alunos, de contos,
gem dos alunos em relação às práticas de lendas, mitos e livros de história em ca-
linguagem oral possam ser concretizadas, é pítulos de forma a repertoriá-los ao mes-
necessário que se planeje e organize situações mo tempo em que se familiarizam com
didáticas, tais como: a linguagem que se usa para escrever,
1.1. Rodas de conversa em que os alunos pos- condição para que possam produzir seus
sam escutar e narrar fatos conhecidos ou próprios textos.
relatar experiências e acontecimentos do 2.2. Rodas de leitores em que os alunos pos-
cotidiano. Nessas situações é necessário sam compartilhar opiniões sobre os livros
garantir que os alunos possam expressar e textos lidos (favoráveis ou desfavorá-
sensações, sentimentos e necessidades. veis) e indicá-los (ou não) aos colegas.
1.2. Saraus literários para que os alunos pos- 2.3. Leitura, pelos alunos, de diferentes gê-
sam narrar ou recontar histórias, decla- neros textuais (em todas as séries do Ci-
mar poesias, parlendas e trava-línguas. clo) para dotá-los de um conhecimento
1.3. Apresentações em que os alunos pos- procedimental sobre a forma e o modo
sam expor oralmente um tema, usando de funcionamento de parte da variedade
suporte escrito, tais como: roteiro para de gêneros que existem fora da escola.
apoiar sua fala, cartazes, transparências Isto é, conhecerem sua forma e saberem
ou slides. quando e como usá-los.
1.4. Participação em debates, palestras e se- 2.4. Montar um acervo de classe com livros
minários. de boa qualidade literária para uso dos
alunos: tanto em sala de aula como
1.5. Conversas em torno de textos que aju- para empréstimo. É a partir deste acer-
dem os alunos a compreender e distin- vo que podem realizar as rodas de lei-
guir características da linguagem oral e tores (ver 2.2).
da linguagem escrita.
2.5. Momentos em que os alunos tenham
que ler histórias – para os colegas ou
2. Práticas de Leitura para outras classes – para que melhorem
seu desempenho neste tipo de leitura,
possam compreender a importância e a
Para que as expectativas de aprendiza- necessidade de se preparar previamente
gem dos alunos em relação às práticas de lei- para ler em voz alta.
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13. Língua Portuguesa
2.6. Atividades em que os alunos consultem é necessário que se planeje e organize situa-
fontes em diferentes suportes (jornal, re- ções didáticas tais como:
vista, enciclopédia, etc.) para aprender a
3.1. Atividades de leitura para alunos que
buscar informações.
não sabem ler convencionalmente, ofe-
2.7. Montar um acervo de classe com jornais, recendo textos conhecidos de memória
revistas, enciclopédias, textos informati- – parlendas, adivinhas, quadrinhas, tra-
vos copiados da internet, que sirvam va-línguas e canções –, em que a tarefa
como fontes de informação, como ma- é descobrir o que está escrito em cada
teriais de estudo e ampliação do conhe- parte, tendo a informação do que trata
cimento, ensinando os alunos a utilizar e o texto (por exemplo: “Esta é a música
manuseá-los. Este acervo deve ser reno- Pirulito que bate-bate...”). Para isso é
vado em função dos projetos desenvol- necessário ajustar o falado ao que está
vidos na classe. escrito, verificando esse ajuste a partir
2.8. Atividades de leitura com diferentes de indícios (valor sonoro, tamanho das
propósitos (para se divertir, se informar palavras, localização da palavra no tex-
sobre um assunto, localizar uma infor- to...).
mação específica, para realizar algo), 3.2. Atividades de escrita em que os alunos
propiciando que os alunos aprendam os com hipóteses não alfabéticas sejam co-
procedimentos adequados aos propósi- locados para escrever textos que sabem
tos e gêneros. de memória (o texto falado, não sua for-
2.9. Atividades em que os alunos, após a lei- ma escrita) como: parlendas, adivinhas,
tura de um texto, comuniquem aos co- quadrinhas, trava–línguas e canções. O
legas o que compreenderam, comparti- objetivo é que os alunos reflitam sobre o
lhem pontos de vista sobre o texto que sistema de escrita, como escrever (quan-
leram, sobre o assunto e façam relação tas e quais letras usar) sem precisar se
com outros textos lidos. ocupar do conteúdo a ser escrito.
2.10. Leitura de textos, com o propósito de ler 3.3. Apresentação do alfabeto completo des-
para estudar, em que os alunos apren- de o início do ano em atividades em que
dam procedimentos como reler para es- os alunos tenham que:
tabelecer relações entre o que está lendo
3.3.1. Recitar o nome de todas as letras, apon-
e o que já foi lido, para resolver uma su-
tando-as na seqüência do alfabeto e
posta contradição ou mesmo para esta-
belecer a relação entre diferentes infor- nomeá-las, quando necessário, em situ-
mações veiculadas pelo texto, utilizando ações de uso.
para isto: anotações, grifos, pequenos 3.3.2. Associar as letras ao próprio nome e aos
resumos, etc. dos colegas.
3.4. Atividades em que os alunos tenham ne-
3. Análise e reflexão sobre a língua cessidade de utilizar a ordem alfabética
em algumas de suas aplicações sociais,
como no uso de agenda telefônica, dicio-
Para que as expectativas de aprendiza- nário, enciclopédias, glossários e guias, e
gem dos alunos em relação à análise e refle- na organização da lista dos nomes dos
xão sobre a língua possam ser concretizadas alunos da sala.
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14. Orientações Curriculares
3.5. Atividades de escrita em duplas em que 3.7.2. revisão de texto – coletiva ou em dupla
os alunos com hipóteses ainda não al- – com foco na pontuação (discutir as
fabéticas façam uso de letras móveis. A decisões que cada um tomou ao pon-
mobilidade desse material potencializa a tuar e por quê);
reflexão sobre a escolha de cada letra. É
3.7.3. observação do uso da pontuação nos
interessante que o professor fomente a
diferentes gêneros (ex: comparar con-
reflexão, solicitando aos alunos que jus-
tos e reportagens) , buscando identifi-
tifiquem suas escolhas para os parceiros.
car suas razões;
3.6. Atividades de reflexão ortográfica para
3.7.4. pontuação de textos: oferecer texto
os alunos que escrevem alfabeticamen-
escrito todo em letra de imprensa mi-
te. Para isso, eleger as correspondências
núscula, sem os brancos que indicam
irregulares e regulares que serão objeto
parágrafo ou travessão, apenas os es-
de reflexão, utilizando-se de diferentes
paços em branco entre palavras, para
estratégias tais como: ditado interativo,
discutirem e decidirem a pontuação.
releitura com focalização, revisão (du-
pla, em grupo ou coletiva).
3.6.1. Para as irregulares, promover a discus- 4. Práticas de produção de texto
são entre os alunos sobre a forma cor-
reta de grafar tal palavra, tendo de jus-
tificar suas idéias. Em caso de impasse, Para que as expectativas de aprendiza-
consultar o professor ou o dicionário (de gem dos alunos em relação às práticas de
forma que os alunos, progressivamen- produção de texto possam ser concretizadas
te, adquiram a rapidez necessária para é necessário que se planeje e organize situa-
consultá-lo e encontrar as palavras); es- ções didáticas tais como:
tabelecer com os alunos um combina- 4.1. Atividades em que os diferentes gêneros
do sobre as palavras que não vale mais sejam apresentados aos alunos através
errar (por exemplo, as mais usuais), lis- da leitura pelo professor, tornando-os
tá-las e afixá-las de forma que possam familiares, de modo a reconhecer as
consultá-las, caso tenham dúvida). suas diferentes funções e organizações
3.6.2. Para as regulares: promover a discussão discursivas;
entre alunos sobre a forma de grafar 4.2. Atividades em que o professor assuma
determinada palavra, provocar dúvidas, a posição de escriba para que os alunos
tendo em vista a descoberta do princípio produzam um texto oralmente com des-
gerativo; sistematizar e registrar as des- tino escrito, levando-os a verificar a ade-
cobertas dos alunos em relação às regras quação do escrito do ponto de vista dis-
e usar o dicionário. cursivo, relendo em voz alta, levantando
3.7. Atividades de reflexão sobre o sistema os problemas textuais;
de pontuação a partir das atividades de 4.3. Atividades de escrita ou reescrita em
leitura e análise de como os bons auto- duplas, em que o professor orienta os
res utilizam a pontuação para organizar papéis de cada um: quem dita, quem es-
seus textos: creve e quem revisa, alternadamente;
3.7.1. reescrita – coletiva ou em dupla – com 4.4. Atividades de produção de textos defi-
foco na pontuação (discutir as diferentes nindo o leitor, o propósito e o gênero de
possibilidades); acordo com a situação comunicativa;
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15. Língua Portuguesa
4.5. Atividades de revisão de textos, em mente ou em pequenos grupos –, bus-
que os alunos são chamados a analisar cando identificar problemas discursivos
a produção, do ponto de vista da orto- (coerência, coesão, pontuação, repeti-
grafia das palavras; ções) a serem resolvidos, assumindo o
ponto de vista do leitor;
4.6. Atividades em que os alunos são convi-
dados a analisar textos bem escritos de 4.8. Atividades para ensinar procedimentos
autores consagrados, com a orientação de produção de textos (planejar, redi-
do professor, destacando aspectos in- gir rascunhos, reler, revisar e cuidar da
teressantes no que se refere à escolha apresentação);
de palavras, recursos de substituição, 4.9. Projetos didáticos ou seqüências didáti-
de concordância e pontuação, marcas cas em que os alunos produzam textos
que identificam estilos, reconhecendo as com propósitos sociais e tenham que
qualidades estéticas do texto; revisar distintas versões até considerar o
4.7. Atividades em que os alunos revisem texto bem escrito, cuidando da apresen-
textos (próprios ou de outros) – coletiva- tação final.
Luciana Freixosa
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16. Orientações Curriculares
Quadro de avaliação das coluna de cada quadro estão as expectativas,
aprendizagens na segunda, as atividades que devem fazer
parte do planejamento semanal (conforme já
indicado nas orientações didáticas) e, na últi-
A avaliação deve ser um processo for- ma coluna, estão alguns tópicos que podem
mativo, contínuo, que não necessita de situa- ser observados e indicam se o aluno alcançou
ções distintas das cotidianas. Portanto, o que as expectativas.
aqui se apresenta são alguns critérios para As situações propostas na segunda colu-
que os professores possam melhor analisar e na são praticamente as mesmas ao longo das
avaliar o que se passa na sala de aula, parti- quatro séries. Isso ocorre porque o que deve
cularmente o avanço dos alunos em relação variar é a complexidade do gênero textual
às expectativas de aprendizagem. Na primeira
abordado e o grau de expectativa.
1ª série do Ciclo I
Expectativa — que os alunos sejam
Atividade Observar se o aluno...
capazes de:
Participar de situações de intercâmbio
Consegue esperar sua vez de falar.Permanece
oral, ouvindo com atenção e Roda de curiosidades.3
dentro do assunto da conversa.Elabora
formulando perguntas sobre o tema Roda de biblioteca.4
perguntas referentes aos assuntos tratados.
tratado.
Situações do cotidiano escolar
Planejar sua fala adequando-a a
como ao dirigir-se à professora
diferentes interlocutores em situações Preocupa-se em dar a informação completa.
ou a outros adultos da escola,
comunicativas do cotidiano.
dar recados, fazer solicitações.
Escuta atentamente.Faz comentários sobre a
Leitura pelo professor de trama, os personagens e cenários.Relembra
Apreciar textos literários.
textos literários. trechos.Consegue relacionar as ilustrações com
os trechos da história.
Consegue recontar uma história que ouviu
Recontar histórias conhecidas, mantendo a seqüência, sem esquecer trechos
Roda de biblioteca.Produção
recuperando algumas características da que comprometam o entendimento da história.
oral com destino escrito.
linguagem do texto lido pelo professor. Recupera trechos da história ouvida usando
expressões ou termos do texto escrito.
Ler, com ajuda do professor,
diferentes gêneros (textos narrativos
Tenta ler buscando pistas no próprio texto, nas
literários, textos instrucionais, textos
Leitura compartilhada5 com ilustrações e em informações que tem sobre o
de divulgação científica e notícias)
o professor de textos de tema ou sobre aquele tipo de texto.Arrisca-se
apoiando-se em conhecimentos sobre
diferentes gêneros. a ler e dá palpites que têm pertinência (em
o tema do texto, as características de
relação ao tema, portador ou à ilustração).
seu portador, do gênero e do sistema
de escrita.
Lê buscando pistas no próprio texto, apoiando-
Ler, por si mesmo, textos conhecidos,
se em seus conhecimentos sobre o conteúdo do
tais como parlendas, adivinhas,
texto, sobre as letras, valores sonoros e outros
poemas, canções, trava-línguas, Leitura pelo aluno de
indícios do sistema de escrita e do portador
além de placas de identificação, parlendas, listas, cantigas, etc.
do texto. Localiza palavras ou informações
listas, manchetes de jornal, legendas,
apoiando-se no conhecimento sobre as letras e
quadrinhos e rótulos.
seus valores sonoros.
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17. Língua Portuguesa
Compreender o funcionamento
alfabético do sistema de escrita, ainda Escreve segundo a hipótese alfabética de
que escreva com erros ortográficos escrita: considerando o valor sonoro e a
Escrita pelo aluno.
(ausência de marcas de nasalização, quantidade necessária de letras, ainda que
hipo e hipersegmentação, entre cometa erros.
outros).
Escrever alfabeticamente6 textos que
Escrita e leitura do aluno de
conhece de memória (o texto falado
listas, parlendas, canções, Escreve o texto fazendo um autoditado7 e
e não a sua forma escrita) tais como:
poemas, trava-línguas, lendo o que escreveu.
parlendas, adivinhas, poemas, canções,
legendas.
trava-línguas, entre outros.
Reescrever – ditando para o professor Acompanha com interesse as atividades
ou colegas e, quando possível, de de ditado ao professor.Utiliza ou sugere
próprio punho – histórias conhecidas, Produção oral com destino expressões ou palavras diferentes das que
considerando as idéias principais do escrito. usa cotidianamente para compor o texto.
texto fonte e algumas características Dá sugestões sobre o que precisa ser escrito,
da linguagem escrita. preocupando-se em não omitir informações
importantes. Dá sugestões sobre a melhor
Produzir textos de autoria (bilhetes, forma de escrever, buscando alternativas que
Produção de texto pelo aluno.
cartas, instrucionais) – ditando para tornem o texto interessante, claro e belo.
Produção oral com destino
o professor ou colegas e, quando Participa das discussões feitas para buscar
escrito.
possível, de próprio punho. resolver problemas encontrados durante a
produção do texto.Dá idéias para superar tais
Revisar textos coletivamente com ajuda Produção oral com destino problemas ou se posiciona quanto à melhor
do professor. escrito.Revisão coletiva. alternativa entre algumas soluções colegas.
2ª série do Ciclo I
Expectativa — que os alunos sejam
Atividade Observar se o aluno...
capazes de:
Roda de curiosidades.Roda
Participar de situações de intercâmbio de biblioteca.Conversas Utiliza termos ou expressões pertinentes aos
oral, ouvindo com atenção, formular realizadas a partir de leituras assuntos tratados (refere-se, por exemplo, a
e responder perguntas, explicar e compartilhadas – coletivas um ”personagem” ao comentar um livro); faz
compreender explicações, manifestar ou em duplas.Discussões perguntas; expõe suas idéias e opiniões, escuta
opiniões sobre o assunto tratado. relacionadas aos projetos as idéias e opiniões dos outros.
didáticos
Escuta atentamente.Faz comentários sobre a
Leitura pelo professor de
Apreciar textos literários. trama, os personagens e cenários.Relembra
textos literários.
trechos.Compara textos lidos ou ouvidos.
3
Situação em que os alunos, sentados em roda, com a mediação do professor, trazem notícias, objetos ou informações sobre
temas diversificados para conversar a respeito.
4
Situação em que os alunos, num dia estipulado para fazer empréstimo de livros do acervo da classe ou da biblioteca (sala de
leitura) da escola, compartilham impressões e fazem recomendações a respeito dos livros lidos.
5
O professor lê, mas os alunos têm o mesmo texto em mãos para poder acompanhar a leitura.
6
Ainda que com erros de ortografia.
7
O aluno conhece de cor o texto e o “dita” para si mesmo.
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18. Orientações Curriculares
Ler, por si mesmos, diferentes gêneros Consegue ler os textos de divulgação científica
(textos narrativos literários, textos e reapresentar o conteúdo utilizando suas
instrucionais, textos de divulgação Leitura pelo aluno de textos palavras. Localiza nos textos informações
científica e notícias) apoiando-se em de divulgação científica.Leitura que foram previamente solicitadas, grifa
conhecimentos sobre o tema do texto, pelo aluno de textos literários. informações completas, reapresenta
as características de seu portador, do resumidamente algumas informações
gênero e do sistema de escrita. aprendidas a partir da leitura.
Consegue ler com ritmo e entonação,
compreende o que lê, diverte-se ou se entretém
com a leitura.
Ler, com ajuda do professor, textos
para estudar os temas tratados nas Consegue reapresentar o conteúdo utilizando
diferentes áreas de conhecimento Leitura compartilhada. suas palavras.Faz perguntas e colocações
(enciclopédias, informações veiculadas pertinentes.
pela internet e revistas).
Utiliza expressões ou palavras diferentes das
Reescrever, de próprio punho, histórias que usa cotidianamente para compor o texto.
conhecidas, considerando as idéias Utiliza trechos da história usando expressões
Produção de texto pelo aluno.
principais do texto fonte e algumas ou termos do texto escrito.Coloca os principais
características da linguagem escrita. acontecimentos da narrativa na seqüência
original.
Planeja o que vai escrever, respeita as
Produzir textos de autoria de próprio Produção de texto pelo aluno.
características do gênero proposto, preocupa-se
punho utilizando recursos da Produção oral com destino
com seu leitor, escolhe palavras e expressões
linguagem escrita. escrito.
pertencentes à linguagem escrita.
Participa das discussões feitas para resolver
problemas encontrados na revisão de um
Revisar textos coletivamente com a texto.Dá idéias para superar tais problemas
ajuda do professor ou em parceria com Revisão em duplas e coletivas. ou se posiciona quanto à melhor alternativa
colegas. entre algumas soluções apresentadas pelos
colegas.Fica atento aos aspectos ortográficos
trabalhados em classe.
3ª série do Ciclo I
Expectativa — que os alunos sejam
Atividade Observar se o aluno...
capazes de:
Expõe sua opinião sobre o que foi
Participar de situações de intercâmbio lido, complementa informações com
oral que requeiram: ouvir com atenção, Roda de curiosidades.Roda conhecimentos que já possui e ouve os colegas
intervir sem sair do assunto tratado, de biblioteca.Conversas com atenção, tanto nas situações coletivas
formular e responder perguntas realizadas a partir de leituras como nos momentos de trabalho em duplas.
justificando suas respostas, explicar e compartilhadas – coletivas Expõe oralmente conteúdos aprendidos
compreender explicações, manifestar ou em duplas.Discussões durante os projetos utilizando uma linguagem
e acolher opiniões, fazer colocações relacionadas aos projetos. mais formal. Refere-se a falas de seus colegas
considerando as falas anteriores. ou professora para associar às suas próprias
idéias.
Leitura pelo professor.
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19. Língua Portuguesa
Escuta atentamente.Faz comentários sobre a
trama, os personagens e cenários.Relembra
Apreciar textos literários. Roda de biblioteca. trechos.Compara textos lidos ou ouvidos.
Busca, por conta própria na sala de leitura ou
na própria classe, textos dos quais goste.
Selecionar, em parceria, textos em
Busca o texto que precisa em portadores
diferentes fontes para busca de
adequados.Utiliza, títulos, subtítulos, sumários
informações Selecionar, em parceria,
ou índices para descartar textos que não
textos em diferentes fontes para busca
interessam aos seus propósitos.
de informações.
Localizar, em parceria, informações Leitura pelo aluno.
nos textos apoiando-se em títulos Atividades relacionadas ao
e subtítulos, imagens, negritos e desenvolvimento de projetos. Copia apenas a informação relevante, grifa os
selecionar as que são relevantes,
pontos principais, faz notas que indicam que
utilizando procedimentos de estudo
compreende as idéias principais do texto/
como: copiar a informação que
parágrafo.
interessa, grifar, fazer anotações (em
enciclopédias, informações veiculadas
pela internet e revistas).
Lê livros ou gibis para se divertir; consulta
enciclopédias e outros portadores de textos de
Ajustar a modalidade de leitura ao
Leitura pelo aluno. divulgação científica quando quer aprender
propósito e ao gênero.
sobre um tema; sabe consultar guias; utiliza o
jornal para informar-se, etc.
Reescrever e/ou produzir textos de
autoria, com apoio do professor,
utilizando procedimentos de
Planeja o que vai escrever perguntando
escritor: planejar o que vai escrever
ao professor ou discutindo com sua dupla
considerando a intencionalidade,
como conseguirão se fazer entender, se os
o interlocutor, o portador e as
Produção de texto pelo aluno. propósitos de seu texto serão atingidos e se a
características do gênero; fazer
linguagem está adequada; faz rascunhos; relê
rascunhos; reler o que está escrevendo,
o que escreve e altera quando não se dá por
tanto para controlar a progressão
satisfeito.
temática quanto para melhorar outros
aspectos – discursivos ou notacionais
– do texto.
Revisar textos (próprios e de outros),
Participa das discussões orientadas pelo profes-
coletivamente, com a ajuda do pro-
sor em torno dos textos propondo melhorias e
fessor ou em parceria com colegas, Revisão coletiva ou em duplas.
justifica suas propostas para remetendo-se ao
do ponto de vista da coerência e da
provável leitor.
coesão, considerando o leitor.
Revisar – coletivamente, com ajuda
Fica atento aos aspectos ortográficos trabalha-
do professor – textos (próprios e de Revisão coletiva.
dos em classe desde a 2ª série.
outros) do ponto de vista ortográfico.
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20. Orientações Curriculares
4ª série do Ciclo I
Expectativa — que os alunos
Atividade Observar se o aluno...
sejam capazes de:
Expõe sua opinião sobre o que foi
lido, complementa informações com
conhecimentos que já possui e ouve os
colegas com atenção, tanto nas situações
Participar de situações de intercâmbio
coletivas como nos momentos de trabalho em
oral que requeiram: ouvir com atenção, Roda de curiosidades.Roda
duplas.Expõe oralmente conteúdos aprendidos
intervir sem sair do assunto tratado, de biblioteca.Conversas
durante os projetos utilizando uma linguagem
formular e responder perguntas realizadas a partir de leituras
mais formal. Fundamenta suas idéias não
justificando suas respostas, explicar e compartilhadas – coletivas
apenas em opiniões pessoais mas também em
compreender explicações, manifestar e ou em duplas.Discussões
informações aprendidas. Refere-se às falas de
acolher opiniões, argumentar e contra- relacionadas aos projetos.
seus colegas ou da professora para associar
argumentar.
às suas próprias idéias.Sabe contrapor suas
idéias às de outros retomando os argumentos
utilizados e rebatendo-os com os seus
próprios.
Planejar e participar de situações de Comunica-se com uma linguagem formal, sem
uso da linguagem oral sabendo utilizar Atividades de comunicação ter de, necessariamente, ler.Organiza slides
alguns procedimentos de escrita para oral. ou cartazes relacionados à sua fala — sem ser
organizar sua exposição. uma repetição dele mas um complemento.
Escuta atentamente.Compara textos lidos
ou ouvidos. Identifica seus autores e gêneros
preferidos, buscando, por conta própria na
Leitura pelo professor.Roda de
Apreciar textos literários. sala de leitura ou na própria classe, textos dos
biblioteca.
quais goste. Faz indicações literárias aos seus
colegas apoiando-se em características da
trama, personagens, autor ou gênero.
Utiliza, títulos, subtítulos, sumários ou índices
Selecionar os textos de acordo com para descartar textos que não interessam aos
os propósitos de sua leitura, sabendo seus propósitos.Faz uma leitura global para
antecipar a natureza de seu conteúdo Leitura pelo aluno. separar o que pode lhe interessar.Sabe dizer
e utilizando a modalidade de leitura porque escolhe ou descarta um texto/portador
mais adequada. apoiando-se em informações do conteúdo do
texto, do seu portador ou do gênero.
Utilizar recursos para compreender ou
superar dificuldades de compreensão
Pede ajuda aos colegas e ao professor, relê o
durante a leitura (pedir ajuda aos
trecho que provoca dificuldades, continua a
colegas e ao professor, reler o trecho
leitura com intenção de que o próprio texto
que provoca dificuldades, continuar a
permita resolver as dúvidas ou consulta outras
leitura com intenção de que o próprio
fontes como dicionário ou glossário.
texto permita resolver as dúvidas ou
consultar outras fontes).
Reescrever e/ou produzir textos de
autoria utilizando procedimentos de
escritor: planejar o que vai escrever
Planeja o que vai escrever, escolhendo o me-
considerando a intencionalidade, o
lhor, propósitos de seu texto serão atingidos e
interlocutor, o portador e as caracte-
Produção de texto pelo aluno. se a linguagem está adequada; faz rascunhos;
rísticas do gênero; fazer rascunhos;
relê o que escreve e altera quando não se dá
reler o que está escrevendo, tanto para
por satisfeito.
controlar a progressão temática quanto
para melhorar outros aspectos – discur-
sivos ou notacionais – do texto.
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21. Língua Portuguesa
Revisar textos (próprios e de outros),
em parceria com os colegas, assu-
mindo o ponto de vista do leitor com Participa das discussões em torno dos textos,
intenção de evitar repetições desne- propondo mudanças e justifica suas propostas
cessárias (por meio de substituição ou remetendo-se ao provável leitor. Propõe substi-
uso de recursos da pontuação); evitar tuição de palavras repetidas; identifica proble-
ambigüidades, articular partes do mas de concordância e procura solucioná-los.
texto, garantir concordância verbal e
nominal.
Revisar textos (próprios e de outros) do Fica atento aos aspectos ortográficos trabalha-
Revisão de textos.
ponto de vista ortográfico. dos em classe desde a 2ª série.
Mario Donizeti Domingos
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22. Orientações Curriculares
Bibliografia LERNER, D. É possível ler na escola? In: LERNER,
D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e
o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.
PCN: Língua Portuguesa, vol. 4. Brasília: MEC/
SEF, 1997. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.
Orientações gerais para o ensino de Língua
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Portuguesa e Matemática no Ciclo I. São Paulo:
Profa – Programa de Formação de Professores SME/DOT, 2006.
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TEBEROSKY, A. (org). Contextos de alfabetiza-
BUENOS AIRES (Cidade). Secretaría de Educa- ção inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004.
ción. Actualización curricular: E.G.B Primer Ci-
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Aires: 1996. ______. Reflexões sobre o ensino da leitura e
da escrita. Campinas: Editora da Universida-
de Estadual de Campinas; Petrópolis: Vozes,
FERREIRO, E. Alfabetização, letramento e cons-
1993.
trução de unidades lingüísticas: Seminário In-
ternacional de Leitura e Escrita – Letra e Vida.
Promovido pela Secretaria da Educação do Es-
WEISZ, T. O diálogo entre o ensino e a aprendi-
tado de São Paulo.
zagem. São Paulo: Ática, 2000.
KLEIMAN, A. B. Texto e leitor. Campinas: Pon-
tes/Unicamp, 1989.
22
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23. Matemática
Matemática
Expectativas de Aprendizagem
Este documento foi elaborado, como já colo- É preciso considerar os obstáculos en-
cado, a partir das Orientações Gerais para o volvidos na construção dos conceitos mate-
Ensino de Língua Portuguesa e de Matemá- máticos para que se possa compreender como
tica publicadas pela Secretaria Municipal de acontece sua aprendizagem pelos alunos.
Educação de São Paulo, com a intenção de
subsidiar o ensino dos conteúdos mais rele- Sabemos que os obstáculos não estão
vantes a serem garantidos ao longo das qua- presentes somente na complexidade dos con-
tro séries do Ciclo I do Ensino Fundamental. teúdos, são determinados também pelas ca-
racterísticas cognitivas, sociais e culturais de
Outro propósito importante deste docu- quem aprende.
mento é, com a indicação do que os alunos
deverão, progressivamente, aprender durante A contextualização dos conhecimen-
as quatro séries, provocar a reflexão e a dis- tos ajuda os alunos a torná-los mais significati-
cussão entre os professores. vos estabelecendo relações com suas vivências
cotidianas, atribuindo-lhes sentido. Porém, é
preciso também promover a sua descontextu-
Aprender e ensinar Matemática alização, garantindo que possam observar re-
gularidades, buscar generalizar e transferir tais
conhecimentos a outros contextos, pois um
Ao pensar os processos de ensino e de
aprendizagem é preciso considerar três vari- conhecimento só se torna pleno quando puder
áveis fundamentais e as necessárias relações ser aplicado em situações diferentes daquelas
que se estabelecem entre elas: aluno, profes- que lhe deram origem.
sor e conhecimento matemático. O estabelecimento de conexões é fun-
Na perspectiva aqui adotada, caberá ao damental para que os alunos compreendam
professor ser o mediador entre o conhecimento os conteúdos matemáticos e contribui para
matemático e o aluno e para isso ele precisará: o desenvolvimento da capacidade de resol-
ver problemas.
• pautar-se pela concepção do conheci-
mento matemático como ciência viva, Se, nas relações entre professor, aluno
aberta à incorporação de novos conhe- e o conhecimento matemático o professor é
cimentos; um mediador, organizador e consultor, cabe
• conhecer os conceitos e procedimentos ao aluno o papel de agente da construção
que se pretende ensinar; do conhecimento.
• conhecer os procedimentos da didática Essa concepção se contrapõe à idéia de
da Matemática, que transforma o co- que o que cabe ao professor é transmitir os
nhecimento matemático formalizado conteúdos por meio de explicações, exem-
em conhecimento escolar que pode ser plos e demonstrações seguidas de exercícios
compreendido pelo aluno. de fixação.
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24. Orientações Curriculares
Por outro lado, acentua a idéia de que o • Observar aspectos quantitativos e quali-
aluno é agente da construção de seu conhe- tativos presentes em diferentes situações
cimento quando, numa situação de resolução e estabelecer relações entre eles, utili-
de problemas, ele é estimulado a estabelecer zando conhecimentos relacionados aos
conexões entre os conhecimentos já construí- números, às operações, às medidas, ao
dos e os que precisa aprender. espaço e às formas, ao tratamento das
informações.
Também é importante observar que
acontece aprendizagem na interação entre alu- • Resolver situações-problema a partir da
nos. A cooperação entre pares, na busca de so- interpretação de enunciados orais e es-
luções, o esforço em explicitar o pensamento e critos, desenvolvendo procedimentos
compreender o do outro, favorecem a reestru- para planejar, executar e checar soluções
turação e ampliação do próprio pensamento. (formular hipóteses, fazer tentativas ou
simulações), para comunicar resultados
e compará-los com outros, validando ou
Objetivos gerais do ensino da não os procedimentos e as soluções en-
Matemática no Ciclo I contradas.
• Comunicar-se matematicamente apre-
sentando resultados precisos, argumen-
O ensino da Matemática nas quatro tar sobre suas hipóteses, fazendo uso
primeiras séries da escolaridade deve garantir da linguagem oral e de representações
que, no decorrer do Ciclo I, os alunos se tor- matemáticas e estabelecendo relações
nem capazes de: entre elas.
• Compreender que os conhecimentos • Sentir-se seguro para construir conheci-
matemáticos são meios para entender mentos matemáticos, incentivando sem-
a realidade. pre os alunos na busca de soluções.
• Utilizar os conhecimentos matemáti- • Interagir com seus pares de forma coo-
cos para investigar e responder a ques- perativa na busca de soluções para situa-
tões elaboradas a partir de sua própria ções-problema, respeitando seus modos
curiosidade. de pensar e aprendendo com eles.
Luciana Freixosa
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