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Facultade de Letras Universidade de Lisboa 
Mestrado em Estudos Românicos 
Seminário: Metodologia do trabalho acadêmico 
Thomas Samuel Kuhn 
A Estrutura das Revoluções Científicas 
Estudante: BOUTCHICH Sanaa 
Lisboa 
Curso académico: 2014/2015
Plano de trablho 
I- Introdução. 
II- O desenvolvimento científico. 
III- Conceito de paradigma 
IV- A noção de Ciência Normal. 
V- Anomalias e Crise científica. 
VI- Conceitos de “ciência extraordinária” e “revolução 
científica”. 
VII- Conlusão.
I- Introdução: 
Publicado em 1962, A estrutura das revoluções científicas do físico Thomas 
Samuel Kuhn (1922-1996), constituiu uma revolução, não só no campo da história e 
filosofía das ciências, mas também na metodologia de pesquisa das ciências 
humanas e sociais. Com a primeira frase do primeiro capítulo – Um papel para a 
história” deste livro, Kuhn aduz uma reflexão que representa um preâmbulo para 
toda a obra: “se a história fosse vista como um repositório para algo mais do que anedotas e 
cronologias, poderia produzir uma transformação decisiva na imagem de ciência que atualmente 
nos domina".1 
Baseandose na idéia de que a ciência é uma constelação de fatos, teorias e métodos 
contidos nos textos, Kuhn reinicia o debate sobre a evolução do conhecimento 
científico e chega à conclusão de que a teoria nas ciência não deve ser considerada 
como uma "estruturas estáticas", visto que existem "processos destrutivos" e 
"episódios extraórdianrios" que revolucionam a tradição científica. "Newton", 
"Copérnico", "Lavoisier", "Einstein", Maxwell, constituem uns desses episódios da 
revolução científica. 
Para explicar a sua tese, Kuhn cunhou uma série de conceitos que começou a 
empregar já do segundo capítulo: O caminho para a ciência Normal. Referimo-nos, 
sobretudo, a conceitos como “paradigma”, “ciência normal”, "ciência 
extraordinária", etc.2. 
II- O desenvolvimento científico: 
Para desenvolver a sua tese, o cientista americano propõe uma abordagem 
historicista, que descreve uma estrutura de evolução científica, com base em cinco 
fases fundamentais que mostram que a ciência evolui e progride não por acumulação 
de conhecimentos, mas por movimentos de transformação revolucionária/ 
destrutiva e construtiva ao mesmo tempo: 
1 - Thomas Samuel Kuhn, La Structure des révolutions scientifiques, Trad. de l’américain par 
L Meyer, Paris, Flammarion, 1983, p.1. « L'histoire, si l’on consentait à la considérer 
comme autre chose que le reliquaire de l'anecdote ou la chronique, pourrait être l -origine 
d'une transformation décisive dans l'image de la science qui aujourd’hui nous possède", 
2 Ibid.p. 29.
1- Estabelecimento de um paradigma, 
2- Ciência normal 
3- Acumilação de anomalías e Crise; 
4- Ciência extraordinária e revolução científica; 
5- Estabelecimento de um novo paradigma. 
Esta abordagem supõe que a história da ciência será governada não por um 
progresso linear sem emenda, mas por uma evolução revolucionária, o que implica 
necessariamente um câmbio de paradigmas. A mudança científica é, portanto, de 
natureza subversionista; primeiro porque a ciência progride não por simples 
acumulação de conhecimentos e, segundo, porque as revoluções científicas são 
momentos de desenvolvimento nos cuais um velho paradigma é substituído por 
outro diferente e incompatível com ele. 
III- Conceito de paradigma: 
Já no início, o autor define os paradigmas como “realizações científicas 
universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções 
modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciencia”3. Mas páginas depois, 
elucida essa definição para considerar o paradigma como o conjunto das convenções 
que a comunidade científica julga indiscutivelmente válidas e operacionais para a 
pesquisa. Pois, trata-se de valores comuns, ou seja, métodos, regras e generalizações 
utilizados conjuntamente pelos cientistas para realizar os seus trabalhos de 
investigação científica. Kuhn sustenta que os paradigmas mudam ao longo do 
tempo; sofrem modificações que lhes dão a possibilidade de resolver um maior 
número de “enigmas”. Não obstante, há toda uma dinâmica de rupturas e quebras 
que explicam o progresso científico, não já a base de acumulações, mas de 
transformações revolucionárias4. 
Todo paradigma serve como um exemplo ou modelo a seguir e sendo um 
"conjunto de práticas que definem uma disciplina científica" serve para: - a-estabelecer o 
que deve ser observado e escrutinado, b - encontrar respostas relacionadas com o objeto de 
3 - ibid. p.11. « [...] les paradigmes, c'est-à-dire les découvertes scientifiques 
universellement reconnues qui, pour un temps, fournissent à une communauté de 
chercheurs des problèmes types et des solutions. » 
4 - Ibid. Chapitre II — La nature de la science normale p .12. “Les révolutions scientifiques 
sont ici considérées comme des épisodes non cumulatifs de développement, dans lesquels 
un paradigme plus ancien est remplacé, en totalité ou en partie, par un nouveau paradigme 
incompatible».
estudo, c - determinar o tipo de perguntas, e como devem se estruturar, d - prescrever o modo 
de interpretação dos resultados da investigação. 
De acordo com Kuhn, o câmbio dum paradigma para outro não corresponde 
meramente a uma transição simples. Trata-se de um processo complexo que ocorre 
devido, não porque o novo paradigma responde melhor às perguntas, mas porque a 
velha teoria está em crise e, portanto, é incapaz de resolver anomalias que ocorrem 
e a comunidade científica abandona-la para optar por outra5. 
IV- A noção de Ciência Normal 
Contrariamente à "pré-ciência" caracterizada pela desordem e desacordo entre os 
cientistas sobre as suas abordagens e metodologias de trabalho, a Ciência Normal é a 
pesquisa baseada num paradigma que é reconhecido e aceitado por toda a 
comunidade científica, durante um período determinado da história. É um período 
no qual a atividade científica dedica-se à resolução de enigmas parciais e específicos. 
A ciência normal, é descrita, assim, como uma atividade de resolução de problemas e 
é regida, sempre, pelas regras dum paradigma. Estes problemas são, ao mesmo 
tempo, de cunho teórico e experimental6. Considera-se que toda falha na resolução 
de um problema é uma falha de cientista e não um fracasso do paradigma. Portanto, 
os problemas que resistem a ser resolvidos são considerados anomalias e Kuhn 
reconhece que todos os paradigmas se confrentam com anomalias. Por esta razão, 
diz que toda ciência normal leva a "carreaga com ela uma via da sua própria mudança"7. 
5 - ibid. pp/21-22 « Quand les spécialistes ne peuvent ignorer plus longtemps des anomalies 
qui minent la tradition établie dans la pratique scientifique, alors commencent les 
investigations extraordinaires qui les conduisent finalement à une nouvelle base pour la 
pratique de la science » / “Quando os membros da profissão não podem mais esquivar-se das 
anomalias que subvertem a tradição existente da prática científica? então começam as 
investigações extraordinárias que finalmente conduzem a profissão a um novo conjunto de 
compromissos, a uma nova base para a prática da ciencia”. 
6 -Ibid. Chapitre II — La nature de la science normale, p. 12. 
7-Ibid. Chapitre V — Anomalie et apparition des découvertes scientifiques, p.99. 
«L’entreprise traditionnelle de la science normale prépare parfaitement la voie de son 
propre changement.. »
V- Anomalias e Crise científica 
Kuhn alega que qualquer tipo de revolução numa determinada sociedade é 
fundamental para a evolução da mesmo. A escolha de novos paradigmas depende de 
uma necessidade de superar as anomalias e responder às enigmas que ficam 
insolúveis por meio das teorias antigas e os métodos científicos vigentes. O cientista 
argumenta, também, que nenhum paradigma pode ser considerado absolutamente 
irrefutável e constantemente verdadeiro. Pois, a existência de anomalias é um facto 
normal que a própria história confirma. O surgimento de novos conhecimentos e a 
descoberta de novos formas de ver o mundo requerem forçosamente uma mudança 
de paradigma e de modo consequente, um câmbio de procedimentos e expectativas. 
As anomalias surgem como "enigmas científicos" que não podem ser resolvidos 
pelo o paradigma atual8. Isso impõe a procura de novas regras e técnicas de 
resolução de problemas; o que conduz à "ciência extraordinária", concebida por 
Kuhn como um período de desconstrução, ou seja, ao mesmo tempo de destruição e 
reconstrução conceituais. 
A crise erige-se, desta forma, como a condição essencial para o nascimento de novas 
ferramentas de pesquisa e, portanto, novas teorias. Todas as crises começam com a 
confusão dum paradigma e a subseqüente afrouxamento das regras da investigação 
normal; e concluem com o surgimento de um novo paradigma e a luta pela sua aceitação. 
A transição dum paradigma para outro é uma reconstrução que altera generalizações 
teóricas, métodos e aplicativos. A superação da crise só poderá se realizar através da 
transição para um novo paradigma que se establece após um período de "Ciência 
extraordinária" imprescindível para que ocorra uma "revolução científica". 
VI- Conceitos de “ciência extraordinária” e “revolução científica”: 
A história da ciência é marcada por longos períodos de refinamento estável que 
conformam a "Ciência Normal" e são sistematicamente interrompidos por mudanças 
bruscas duma teoria para outra, sem qualquer possibilidade de comunicação entre 
elas. Estas interrupções repentinas represetam, segundo Kuhn, "revoluções científicas". 
Estas revoluções implicam a existência de um ponto de viragem, o seja, um 
"episódio extraódinario" que resolve a crise e oferece novas formas de ver o mundo e 
as suas coisas, novos métodos de análise e novos problemas para se envolver. 
8 - Ibid. chapitre VII — Réponse à la crise, p. 120 « Si une anomalie doit faire naître une 
crise, il faut généralement qu'elle soit plus qu'une simple anomalie ».
O sentimento de insatisfação é, então, um detonante ou activador-chave no 
surgimento de novos paradigmas. A mudança ocorre porque um novo paradigma 
introduz novas maneiras de ver as coisas; fornece novos métodos de análise e 
concentra-se em novos problemas. Este processo de revolução científica implica, então, 
um momento-chave que permite a resolução da crise da ciência normal, manifestada 
na desabilitação do velho paradigma que deixa de ser eficaz antes do aparecimento 
de anomalias. 
VII- Conlusão: 
Conluindo, pode se dizer que o mérito de T. Samuel Kuhn, consiste em 
apresentar uma tese coerente baseada, esencialmente, numa perspectiva historicista, 
que mostra que a ciência evolui não pela acumilação de conhecimento, mas por um 
passo revolucionário, revisionista e subversionista dum paradigma para outro. Esta 
abordagem pressupõe que as investigações científicas são regidas por um processo 
evolutivo que muda a maneira de conceber as coisas e de ver o mundo. 
O paradigma é adotado na ciência normal como um conjunto de modelos, 
metodologias e ferramentas convencionais que não são eternamente irrefutáveis . O 
surgimento de problemas e enigmas insolúveis conduz à crise das teorias vigentes e 
daí nasce, sempre, a necessidade de procurar através da experimentação e da 
"ciência extraordinária" novas teorias que desativam ou desabiltam a antigas, 
propondo perspectivas, instrumentos e ferramentas revolucionários, que terminam 
por impor um novo paradigma, isto é uma nova maneira de conceber o mundo e as 
suas coisas. Este processo pode ser representado mediante o decurso das seguintes 
fases: 
Paradigma 
aceitado 
Ciência 
Normal 
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Revolução 
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A estrutura das revoluçoes cientificas

  • 1. Facultade de Letras Universidade de Lisboa Mestrado em Estudos Românicos Seminário: Metodologia do trabalho acadêmico Thomas Samuel Kuhn A Estrutura das Revoluções Científicas Estudante: BOUTCHICH Sanaa Lisboa Curso académico: 2014/2015
  • 2. Plano de trablho I- Introdução. II- O desenvolvimento científico. III- Conceito de paradigma IV- A noção de Ciência Normal. V- Anomalias e Crise científica. VI- Conceitos de “ciência extraordinária” e “revolução científica”. VII- Conlusão.
  • 3. I- Introdução: Publicado em 1962, A estrutura das revoluções científicas do físico Thomas Samuel Kuhn (1922-1996), constituiu uma revolução, não só no campo da história e filosofía das ciências, mas também na metodologia de pesquisa das ciências humanas e sociais. Com a primeira frase do primeiro capítulo – Um papel para a história” deste livro, Kuhn aduz uma reflexão que representa um preâmbulo para toda a obra: “se a história fosse vista como um repositório para algo mais do que anedotas e cronologias, poderia produzir uma transformação decisiva na imagem de ciência que atualmente nos domina".1 Baseandose na idéia de que a ciência é uma constelação de fatos, teorias e métodos contidos nos textos, Kuhn reinicia o debate sobre a evolução do conhecimento científico e chega à conclusão de que a teoria nas ciência não deve ser considerada como uma "estruturas estáticas", visto que existem "processos destrutivos" e "episódios extraórdianrios" que revolucionam a tradição científica. "Newton", "Copérnico", "Lavoisier", "Einstein", Maxwell, constituem uns desses episódios da revolução científica. Para explicar a sua tese, Kuhn cunhou uma série de conceitos que começou a empregar já do segundo capítulo: O caminho para a ciência Normal. Referimo-nos, sobretudo, a conceitos como “paradigma”, “ciência normal”, "ciência extraordinária", etc.2. II- O desenvolvimento científico: Para desenvolver a sua tese, o cientista americano propõe uma abordagem historicista, que descreve uma estrutura de evolução científica, com base em cinco fases fundamentais que mostram que a ciência evolui e progride não por acumulação de conhecimentos, mas por movimentos de transformação revolucionária/ destrutiva e construtiva ao mesmo tempo: 1 - Thomas Samuel Kuhn, La Structure des révolutions scientifiques, Trad. de l’américain par L Meyer, Paris, Flammarion, 1983, p.1. « L'histoire, si l’on consentait à la considérer comme autre chose que le reliquaire de l'anecdote ou la chronique, pourrait être l -origine d'une transformation décisive dans l'image de la science qui aujourd’hui nous possède", 2 Ibid.p. 29.
  • 4. 1- Estabelecimento de um paradigma, 2- Ciência normal 3- Acumilação de anomalías e Crise; 4- Ciência extraordinária e revolução científica; 5- Estabelecimento de um novo paradigma. Esta abordagem supõe que a história da ciência será governada não por um progresso linear sem emenda, mas por uma evolução revolucionária, o que implica necessariamente um câmbio de paradigmas. A mudança científica é, portanto, de natureza subversionista; primeiro porque a ciência progride não por simples acumulação de conhecimentos e, segundo, porque as revoluções científicas são momentos de desenvolvimento nos cuais um velho paradigma é substituído por outro diferente e incompatível com ele. III- Conceito de paradigma: Já no início, o autor define os paradigmas como “realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciencia”3. Mas páginas depois, elucida essa definição para considerar o paradigma como o conjunto das convenções que a comunidade científica julga indiscutivelmente válidas e operacionais para a pesquisa. Pois, trata-se de valores comuns, ou seja, métodos, regras e generalizações utilizados conjuntamente pelos cientistas para realizar os seus trabalhos de investigação científica. Kuhn sustenta que os paradigmas mudam ao longo do tempo; sofrem modificações que lhes dão a possibilidade de resolver um maior número de “enigmas”. Não obstante, há toda uma dinâmica de rupturas e quebras que explicam o progresso científico, não já a base de acumulações, mas de transformações revolucionárias4. Todo paradigma serve como um exemplo ou modelo a seguir e sendo um "conjunto de práticas que definem uma disciplina científica" serve para: - a-estabelecer o que deve ser observado e escrutinado, b - encontrar respostas relacionadas com o objeto de 3 - ibid. p.11. « [...] les paradigmes, c'est-à-dire les découvertes scientifiques universellement reconnues qui, pour un temps, fournissent à une communauté de chercheurs des problèmes types et des solutions. » 4 - Ibid. Chapitre II — La nature de la science normale p .12. “Les révolutions scientifiques sont ici considérées comme des épisodes non cumulatifs de développement, dans lesquels un paradigme plus ancien est remplacé, en totalité ou en partie, par un nouveau paradigme incompatible».
  • 5. estudo, c - determinar o tipo de perguntas, e como devem se estruturar, d - prescrever o modo de interpretação dos resultados da investigação. De acordo com Kuhn, o câmbio dum paradigma para outro não corresponde meramente a uma transição simples. Trata-se de um processo complexo que ocorre devido, não porque o novo paradigma responde melhor às perguntas, mas porque a velha teoria está em crise e, portanto, é incapaz de resolver anomalias que ocorrem e a comunidade científica abandona-la para optar por outra5. IV- A noção de Ciência Normal Contrariamente à "pré-ciência" caracterizada pela desordem e desacordo entre os cientistas sobre as suas abordagens e metodologias de trabalho, a Ciência Normal é a pesquisa baseada num paradigma que é reconhecido e aceitado por toda a comunidade científica, durante um período determinado da história. É um período no qual a atividade científica dedica-se à resolução de enigmas parciais e específicos. A ciência normal, é descrita, assim, como uma atividade de resolução de problemas e é regida, sempre, pelas regras dum paradigma. Estes problemas são, ao mesmo tempo, de cunho teórico e experimental6. Considera-se que toda falha na resolução de um problema é uma falha de cientista e não um fracasso do paradigma. Portanto, os problemas que resistem a ser resolvidos são considerados anomalias e Kuhn reconhece que todos os paradigmas se confrentam com anomalias. Por esta razão, diz que toda ciência normal leva a "carreaga com ela uma via da sua própria mudança"7. 5 - ibid. pp/21-22 « Quand les spécialistes ne peuvent ignorer plus longtemps des anomalies qui minent la tradition établie dans la pratique scientifique, alors commencent les investigations extraordinaires qui les conduisent finalement à une nouvelle base pour la pratique de la science » / “Quando os membros da profissão não podem mais esquivar-se das anomalias que subvertem a tradição existente da prática científica? então começam as investigações extraordinárias que finalmente conduzem a profissão a um novo conjunto de compromissos, a uma nova base para a prática da ciencia”. 6 -Ibid. Chapitre II — La nature de la science normale, p. 12. 7-Ibid. Chapitre V — Anomalie et apparition des découvertes scientifiques, p.99. «L’entreprise traditionnelle de la science normale prépare parfaitement la voie de son propre changement.. »
  • 6. V- Anomalias e Crise científica Kuhn alega que qualquer tipo de revolução numa determinada sociedade é fundamental para a evolução da mesmo. A escolha de novos paradigmas depende de uma necessidade de superar as anomalias e responder às enigmas que ficam insolúveis por meio das teorias antigas e os métodos científicos vigentes. O cientista argumenta, também, que nenhum paradigma pode ser considerado absolutamente irrefutável e constantemente verdadeiro. Pois, a existência de anomalias é um facto normal que a própria história confirma. O surgimento de novos conhecimentos e a descoberta de novos formas de ver o mundo requerem forçosamente uma mudança de paradigma e de modo consequente, um câmbio de procedimentos e expectativas. As anomalias surgem como "enigmas científicos" que não podem ser resolvidos pelo o paradigma atual8. Isso impõe a procura de novas regras e técnicas de resolução de problemas; o que conduz à "ciência extraordinária", concebida por Kuhn como um período de desconstrução, ou seja, ao mesmo tempo de destruição e reconstrução conceituais. A crise erige-se, desta forma, como a condição essencial para o nascimento de novas ferramentas de pesquisa e, portanto, novas teorias. Todas as crises começam com a confusão dum paradigma e a subseqüente afrouxamento das regras da investigação normal; e concluem com o surgimento de um novo paradigma e a luta pela sua aceitação. A transição dum paradigma para outro é uma reconstrução que altera generalizações teóricas, métodos e aplicativos. A superação da crise só poderá se realizar através da transição para um novo paradigma que se establece após um período de "Ciência extraordinária" imprescindível para que ocorra uma "revolução científica". VI- Conceitos de “ciência extraordinária” e “revolução científica”: A história da ciência é marcada por longos períodos de refinamento estável que conformam a "Ciência Normal" e são sistematicamente interrompidos por mudanças bruscas duma teoria para outra, sem qualquer possibilidade de comunicação entre elas. Estas interrupções repentinas represetam, segundo Kuhn, "revoluções científicas". Estas revoluções implicam a existência de um ponto de viragem, o seja, um "episódio extraódinario" que resolve a crise e oferece novas formas de ver o mundo e as suas coisas, novos métodos de análise e novos problemas para se envolver. 8 - Ibid. chapitre VII — Réponse à la crise, p. 120 « Si une anomalie doit faire naître une crise, il faut généralement qu'elle soit plus qu'une simple anomalie ».
  • 7. O sentimento de insatisfação é, então, um detonante ou activador-chave no surgimento de novos paradigmas. A mudança ocorre porque um novo paradigma introduz novas maneiras de ver as coisas; fornece novos métodos de análise e concentra-se em novos problemas. Este processo de revolução científica implica, então, um momento-chave que permite a resolução da crise da ciência normal, manifestada na desabilitação do velho paradigma que deixa de ser eficaz antes do aparecimento de anomalias. VII- Conlusão: Conluindo, pode se dizer que o mérito de T. Samuel Kuhn, consiste em apresentar uma tese coerente baseada, esencialmente, numa perspectiva historicista, que mostra que a ciência evolui não pela acumilação de conhecimento, mas por um passo revolucionário, revisionista e subversionista dum paradigma para outro. Esta abordagem pressupõe que as investigações científicas são regidas por um processo evolutivo que muda a maneira de conceber as coisas e de ver o mundo. O paradigma é adotado na ciência normal como um conjunto de modelos, metodologias e ferramentas convencionais que não são eternamente irrefutáveis . O surgimento de problemas e enigmas insolúveis conduz à crise das teorias vigentes e daí nasce, sempre, a necessidade de procurar através da experimentação e da "ciência extraordinária" novas teorias que desativam ou desabiltam a antigas, propondo perspectivas, instrumentos e ferramentas revolucionários, que terminam por impor um novo paradigma, isto é uma nova maneira de conceber o mundo e as suas coisas. Este processo pode ser representado mediante o decurso das seguintes fases: Paradigma aceitado Ciência Normal Surgimento de anomalias Revolução científica Novo paradigma Ciência extraordinria