Nutrição Infantil e Adolescente: Conceitos Iniciais
1. Sejam bem-vindos!
2022.1
CURSO DE NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA
LINK DA AULA as 19h :
https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_NjhiNDRiYzctYmVhMy00NzZiLTgzZTEtMjNmNGZjNzRmN2Fk%40thread.v2/0?context=
%7b%22Tid%22%3a%222a65aa9e-25cb-48ee-859b-72697cc8055c%22%2c%22Oid%22%3a%22d3b8d383-
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3. • Nutricionista – UFPE.
• Mestre em Nutrição.
• Doutora em Nutrição.
• Docente da UNIFG, UNISÃOMIGUEL,UNIVERSO,
UNINASSAU, UNIFAVIP.
4. • Nutricionista do Centro Esportivo Santos Dumont
• Nutricionista Clínica- Hospital
• Docente Pós Graduação Nutrição Materno
Infantil do CCE-CURSOS
5. • Coordenadora da Pós -Graduação de Gestão e Qualidade
em Serviços de Alimentação CCE-CURSOS
• Nutricionista Especialista em serviços de Consultorias no
setor de alimentação e foods services
8. Nossa EMENTA
Estudo do estado nutricional de crianças e adolescentes, identificando
aspectos da avaliação e diagnóstico nutricional, bem como planejamento
dietético e condutas nutricionais, com base na gastronomia sustentável e
na educação alimentar e nutricional, visando a prevenção, manutenção e
recuperação de saúde.
9. Competências que vamos
DESENVOLVER
• Realizar avaliação e diagnóstico nutricional de crianças e adolescentes.
• Realizar planejamento dietético de crianças e adolescentes.
• Desenvolver receitas culinárias elaboradas a partir da culinária sustentável,
aplicada as situações clínicas específicas deste ciclo de vida.
• Propor atividades de educação alimentar e nutricional para crianças em
idade pré-escolar, escolar e adolescentes.
12. Nosso
CRONOGRAMA
SEGUNDA TEORIA PRÁTICA
1 21.02 INTRODUÇÃO A DISCIPLINA
2 28.02 Feriado
3 7.03 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS > 2 anos
EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL USANDO AS CURVAS DE
REFERÊNCIA
4 14.03
CORREÇÃO DO EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
USANDO AS CURVAS DE REFERÊNCIA
5 21.03
RECOMENDAÇÕES E NECESSIDADES NUTRICIONAIS DE
CRIANÇAS EXERCÍCIO DE CÁLCULO DAS NECESSIDADES
6 28.03
CORREÇÃO DO EXERCÍCIO
CASOS CLÍNICOS
Avaliação e Diagnóstico antropométrico em crianças maiores de 2
anos de idade – laboratório UNIFG
7 04.04
Avaliação e cuidados nutricionais na paralisia cerebral e
Síndrome de Down, TEA E TDAH
Planejamento dietoterápico na TEA
8 11.04
Dietoterapia e Educação Alimentar e Nutricional na
Desnutrição e anemias
Planejamento dietoterápico na desnutrição e Anemia Ferropriva
9 18.04
Dietoterapia e Educação Alimentar e Nutricional nas Doenças
Diarreicas e constipação
Planejamento dietoterápico nas Doenças Diarreicas e constipação
10 25.04 N1
11 02.05
Dietoterapia e Educação Alimentar e Nutricional em
obesidade e diabetes Planejamento dietoterápico diabetes
12 09.05 2 chamada da N1
13 16.05
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E NECESSIDADES ENERGÉTICAS
DE ADOLESCENTES
EXERCÍCIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL USANDO AS CURVAS DE
REFERÊNCIA
14 23.05
CORREÇÃO DO EXERCÍCIO
CASOS CLÍNICOS
Avaliação e Diagnóstico antropométrico em adolescente –
laboratório UNIFG
15 30.05
Manejo nutricional nos transtornos alimentares – anorexia,
bulimia, Transtorno Compulsão Alimentar
16 06.06 AULA PRÁTICA NO LABORATÓRIO DE GASTRONOMIA
Gastronomia aplicada às diferentes patologias na infância e
adolescência
17
13.06 Projeto de Educação nutricional para crianças e adolescentes
18 20.06 N2
19 27.06 2 CHAMADA N2
15. NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
RN- MENOR DE 28 DIAS
LACTENTES – 28 DIAS A 24 MESES
PRÉ-ESCOLAR – 2 A 6 ANOS
ESCOLAR – 7 A 10 ANOS
ADOLESCENTE – 10 A 19 ANOS
18. CRESCIMENTO
INFANTIL :
ALTURA
A velocidade de crescimento pós natal :
Elevada até os 2 anos de vida com declínio gradativo
e pronunciado até os cinco anos de idade.
Após os 5 anos a velocidade do crescimento é
praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até o início
do estirão da adolescência (o que ocorre em torno
dos 11 anos de idade nas meninas e dos 13 anos nos
meninos).
A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao
longo dos anos e os diferentes órgãos, tecidos e
partes do corpo não crescem com a mesma
velocidade.
19. CRESCIMENTO
INFANTIL
PESO
Ganho diário – 30g/dia (1º meses)
•4/5ºmês vida –dobra peso nascimento
•12 meses –triplica peso nascimento
•5 anos –dobra peso de 12 meses
•12 anos –triplica peso 12 meses
•Adolescente – aumenta peso e
estatura 1º nas meninas, principalmente
antes menarca.
20. Avaliação do Crescimento
Medida que melhor define a saúde
e o estado nutricional da criança
Distúrbios na
saúde e
nutrição
crescimento
infantil
Afetam
21. DESENVOLVIMENTO
Significa o aperfeiçoamento gradual e
diferencial das várias funções dos
órgãos.
É a capacidade do indivíduo adquirir de
forma harmônica habilidades cada vez
mais complexas e especializadas.
22. O DESENVOLVIMENTO É CONTÍNUO E INTEGRA OS SEGUINTES
DOMÍNIOS:
Físico—Este domínio refere-se à forma como as crianças usam o seu
corpo. Engloba marcos tais como: ficar sentado, engatinhar e andar.
Engloba também correr, arremessar e apanhar.
Cognitivo— Este domínio relaciona-se com a forma como as crianças
aprendem algo novo e resolvem problemas. Engloba a forma como as
crianças exploram o seu ambiente para entenderem as coisas - seja
observando o mundo à sua volta, inserindo objetos na boca ou
deixando algum objeto cair para observar a queda.
Linguístico— Este domínio trata de como as crianças expressam as
suas necessidades e partilham o que pensam, assim como entendem o
que lhes é dito. Alguns exemplos são a emissão de sons, dizer "mamã"
enquanto apontam para alguma coisa para beber quando têm sede,
falar para que outros entendam o que dizem.
Socioemocional—Este domínio tem a ver com a forma como as
crianças interagem entre si e mostram emoções. Sorrir quando alguém
olha para elas, dar abraços e beijos, apontar para algo de interesse,
chorar quando um dos pais, vai embora
23. FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
• Fatores intrínsecos: genéticos, endócrinos,
metabólicos, congênitos, podem estar
correlacionados;
• Fatores extrínsecos: condições ambientais,
sociais, econômicas, culturais, afetivas
(condições da vida intrauterina, alimentação,
condições e cuidados gerais de saúde,
educação, cultura, afetividade e carinho,
valores, atividades físicas, brincadeiras, lazer,
estímulos, atividades culturais, entre outros)
.
24. IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO
As crianças precisam de nutrição e cuidados de saúde
adequados para que alcancem um crescimento e
desenvolvimento apropriados.
A infecção e a doença podem levar a uma ingestão
alimentar e absorção de nutrientes precária;
A desnutrição pode também aumentar a
susceptibilidade da criança à doença.
25. PRIMEIRA INFÂNCIA DE 1 A 6 ANOS
Bebê: De 1 a 2 anos
Pré-Escolar: De 2 a 6 anos
Este período, que se estende do momento que a criança atinge a
locomoção em pé até entrar na escola, é caracterizado por atividades e
descobertas intensas.
É uma época de desenvolvimentos físicos e de personalidade marcantes.
O desenvolvimento motor avança uniformemente.
26. PRIMEIRA INFÂNCIA DE 1 A 6 ANOS
• Crianças nessa idade adquirem a linguagem e ampliam os relacionamentos
sociais, ganham autocontrole e domínio, desenvolvem um aumento de
consciência da dependência e da independência.
• Período crítico na vida da criança >> formação de hábitos alimentares
28. PRÉ-ESCOLAR: DE 2 A 6 ANOS
• Diminuição no ritmo de crescimento;
• Decréscimo das necessidades nutricionais e do apetite!
+ Experiências do desenvolvimento: autonomia, marcha, escolha,
fala, coordenação motora....
• Comportamento alimentar bastante variável.
29. PRÉ-ESCOLAR: DE 2 A 6 ANOS
Aspectos importantes:
1. Neofobia: dificuldade em aceitar alimentos novos ou desconhecidos.
1. Picky/ fussy eating: rejeita uma grande variedade de alimentos.
30. O QUE FAZER :
•Continuar oferecendo à criança várias vezes os alimentos recusados, preparados de diversas formas e em
diferentes texturas. A maturidade do paladar da criança irá se desenvolver com o tempo, por isso, não exclua um
alimento da dieta logo na primeira vez que for recusado.
•Sempre que possível envolver a criança no preparo desses alimentos, isso aumenta a chance de ela experimentá-
los.
•Trabalhar com educação alimentar explicando aos pequenos os benefícios do alimento para o organismo.
•Não fazer comentários negativos no momento da refeição (“você nunca come nada” ou “você é muito chato para
comer”). Por outro lado, é importante elogiar quando a criança conseguir experimentar algo novo, ainda que em
pequenas quantidades.
42. OBJETIVOS NUTRICIONAIS
1.Crescimento e desenvolvimento
adequados;
2.Evitar os déficits de nutrientes específicos;
3.Prevenção dos problemas de saúde na
idade adulta.
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2012).
43. Meio da Infância: de 7 a 10 anos
• Frequentemente denominada como “idade
escolar”, este período do desenvolvimento é
aquele no qual a criança é direcionada para longe
do grupo familiar e centrada ao redor do mundo
mais amplo dos relacionamentos com seus pares.
• Há um avanço uniforme no desenvolvimento
físico, mental e social, com ênfase no
desenvolvimento das habilidades e competências.
44. PERÍODO ESCOLAR : 7 a 10 anos
COMPORTAMENTO
• Maior socialização e independência
• Melhor aceitação de preparações alimentares diferentes
e mais sofisticadas;
• Volume gástrico é comparável ao do adulto;
• Maior segurança e maior independência das funções
motoras levam ao aumento da atividade física informal
(uso de skate, patins, bicicleta etc) influenciando na
estimativa do gasto energético;
45. PERÍODO ESCOLAR : 7 a 10 anos
• Fase de transição entre a infância e
adolescência;
• Período de intensa atividade física e ritmo
de crescimento constante;
• Ganho de peso mais acentuado próximo ao
início da adolescência;
• Importante papel da família e da escola na
saúde da criança;
46. PERÍODO ESCOLAR : 7 a 10 anos
A omissão do café da manhã inicia-se na idade
escolar
Velocidade de crescimento se mantém constante
até o início da puberdade.
ganho médio: 2 a 3kg e 5 a 7cm por ano.
47. A criança costuma modificar o seu hábito alimentar por influência do
meio e pela maior capacidade cognitiva e autonomia
48. Alimentação do Escolar
WEFFORT; LAMOUNIER, 2009; PALMA; ESCRIVÃO; OLIVEIRA, 2009; SBP, 2012.
Padrão dietético e da atividade física
Aumento o percentual de gordura corporal
Risco para o desenvolvimento de obesidade
49. PERÍODO ESCOLAR : 7 a 10 anos
Preocupações:
• Risco para o desenvolvimento de
transtornos alimentares;
• Aumento da prevalência de obesidade
nessa faixa etária.
50.
51. Atividade Física – Duração e frequência
- Escolher uma atividade física de preferência,
que auxilie no aumento do gasto energético;
- Frequência: 3 a 5 x/semana (após
diariamente).
- Duração: inicial de 30 min. e ir progredindo
para 45, 50 e 60 min.
Referências:
-I Diretriz de Prevenção da aterosclerose na Infância e na Adolescência. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2005.
-Center for Disease Control and Prevention (CDC) – disponível em http://www.cdc.gov/healthyyouth/physicalactivity/facts.htm.
-CDC. The Association Between School-Based Physical Activity, Including Physical Education, and Academic Performance. Atlanta, GA: U.S.
Department of Health and Human Services; 2010.
Pré-escolar e Escolar
52. Atividade física conforme o desenvolvimento motor
Idade
(anos)
Atividade
0 a 1 Pegar objetos, sentar, rolar, engatinhar, levantar, andar e brincar na água a
partir de 6 meses
2 a 6 Recreação, arremessar a um alvo, pegar ou chutar bola, pular, explorar o
meio ambiente, pedalar, correr, saltar obstáculos e degraus, subir/descer
escadas, mergulhar
7 a 12 Escolas de esportes, natação, ginástica olímpica, dança, basquetebol, futebol,
voleibol, entre outros (não competitivos)
13 a 18 Esportes competitivos
Referências:
-I Diretriz de Prevenção da aterosclerose na Infância e na Adolescência. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2005.
-Center for Disease Control and Prevention (CDC) – disponível em http://www.cdc.gov/healthyyouth/physicalactivity/facts.htm.
-CDC. The Association Between School-Based Physical Activity, Including Physical Education, and Academic Performance. Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services;
2010.
55. Fim da Infância: de 10 a 19 anos
Pré-púbere: De 10 a 13 anos
Adolescência: De 13 a aproximadamente 19 anos
O período mudanças rápidas conhecido como adolescência, é considerado como
uma fase de transição que se inicia no começo da puberdade e se estende ao
ponto da entrada no mundo adulto.
A maturidade biológica e da personalidade é acompanhada de agitação física e
emocional e ocorre também a redefinição do autoconceito.
56. Alimentação na Adolescência (10 a 19 anos)
Puberdade Estirão de crescimento
Fatores psicológicos
Socioeconômicos e culturais
Hábitos alimentares
SBP, 2012.
57. ADOLESCÊNCIA
• 10-19 anos completos (OMS)
• Busca da identidade, independência
• Rebeldia e dificuldade em aceitar conselhos adultos.
• Tendência grupal
• Evolução sexualidade
• Vivência temporal singular
• Flutuação de humor
58. ADOLESCÊNCIA
NUTRIÇÃO
• Necessidades proteico-calóricas
aumentadas –ESTIRÃO.
• Idade cronológica não define estágio
puberal.
• Diferenças entre meninos e meninas.
COMPORTAMENTOS
• Padrão nutricional X modismos
(grupo)
• Influência das propagandas
• Risco para Transtornos Alimentares
• Cel , Tv x Inatividade física
X
59. Alimentação na Adolescência
Adolescente >> risco nutricional
• Estilo de vida;
• Alto consumo de energia e gordura;
• Consumo excessivo de lanches;
• Baixa qualidade da dieta:
• Reduzido consumo de frutas e verduras;
• Reduzido consumo de alimentos básicos;
• Reduzido consumo de leite e derivados.
Deficiências de
micronutrientes
Sobrepeso/
obesidade
Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012.
60. PAPEL DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Propiciar ambiente saudável por
meio de práticas nutritivas e da
oferta de alimentos variados e
saudáveis”.
61. PAPEL DOS PROFISSIONAIS NA EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
A escola é um ambiente propício para ações de promoção da
alimentação adequada e saudável, sendo um importante
espaço de aprendizagem, socialização e interação do individuo
com a sociedade.
As atividades de educação nutricional devem estar presentes
no currículo escolar dentro das discussões de sala de aula e nas
atividades pedagógicas, desde a creche até o ensino médio.