O documento discute a importância das redes humanas e a dificuldade em construí-las e mantê-las. Aponta que seres humanos nascem para interagir em redes complexas e que viver em redes nunca foi fácil devido a preconceitos. Explica que redes desejantes, movidas por sonhos e visões, são mais efetivas do que redes de obrigação.
1. Porque em Redes?
• Vivendo numa cultura voltada para a tarefa as pessoas não notam que estão em
rede. Sempre estiveram. Sempre estivemos.
• A percepção de estarmos em rede vem desde a vida animal. Um pintinho já sai
“autônomo” da casca. Um mamífero precisa interagir, por uns meses para ser
independente. Seres humanos nascem para interagir. Aí é que está o desafio.
• Sem estar em redes não somos humanos. A diferença humana é que temos uma
consciência relacional diferenciada através da capacidade linguística: interagimos
em redes muito mais complexas do que só o que está na nossa frente.
• Viver em redes nunca foi fácil : Pré-conceitos a respeito de redes: “Isso é coisa de
políticos corruptos” ; “Tenho mais o que fazer.” “Cada um que cuide da sua vida e
o resto é com a justiça.” “Trabalho para Ganhar a vida”. “Eu como patrão devo...(
como pai, como patrão, como filho, como empregado, etc.).
• Uma rede que faça sentidos não é uma rede de obrigações e sim de
responsabilidades que têm origem em
desejos, visões, atitudes, posturas, vontades e iniciativas. Quando elas são
compartilhadas ela flui. Quando não, estanca tudo.
• Como saber que estamos ou não em redes? Aprendendo como ela acontece. E o
que pretendemos entrando ou saindo dela.
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2. Uma rede começa pequena para ser grande
• Um grupo de gente empolgada, apaixonada por um sonho , com uma visão em
comum, começa a interagir. Como nas bandas de fundo de garagem, nas
empresas, comunidades, que nascem pequenas, as vezes com um visionário que atrai
outros.
• A interação oferece o “caldo de cultura” no qual florescem diferentes possibilidades.
• Essa Gente empolgada intensifica suas conexões para examinar as diferentes possibilidades
e filtram as mais empolgantes desde diferentes perspectivas.
• As melhores tem mais credibilidade e viram projetos que animam a todos.
• Essa gente em rede é curiosa: compreende no passado, testa ensaia no presente e realiza no
futuro.
• Os mais ensaios mais efetivos são implementados. Os outros não.
• Os resultados e efeitos não surpreendem a rede. Ela construiu seu caminho. E trilhou. Criou
a sua realidade.
• O desafio aparece quando ela começa a crescer: Quando cresce nem sempre a visão que
deu origem permanece acesa. Muitas vezes a organização humana ao crescer se
cristaliza, fica mecânica e burocrática. Perde o sentido de originalidade que a motivou.
• Estar e agir em rede é o melhor dos resultados. E o maior dos poderes.
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Um peixe descobre que está na agua quando lhe tiram dela.
Sente falta de ar. E descobre a água na qual está imerso e o ar
que há na água.
Você pode imaginar como é estar imerso em
Gente?
4. Redes Humanas são Desejantes 1
• Não há como impor a sua criação. Redes
Humanas não redes de proteção, de defesa e
ataque. São redes desejantes: redes de querer
estar em rede. São criadores de comunidades.
Comunidades têm crenças e valores e nelas as
pessoas gostam de estar. Precisam estar.
• As pessoas interagem para construir um futuro ao
qual gostem de pertencer.
• Redes humanas não são para sobreviver. São
para viver. Caso contrário, é amontoado de gente
sem sentido, sem tempo e sem espaço próprio.
5. Redes Humanas são Desejantes
• Redes de defesa e ataque são reativas.
Não são os melhores exemplos de redes
humanas autodeterminadas com visão e
missão; com luz própria .
6. Redes Humanas são Desejantes
• Redes Instrumentais não querem nada além de terminar a
tarefa.
Redes Humanas não são um punhado
de “Recursos Humanos”
7. Redes Humanas são Desejantes
• Redes Desejantes são movidas à sonhos e visões que
insistem em tornarem-se projetos, que insistem em se
realizar.
8. Redes Humanas são Desejantes
• Você não pode treinar pessoas para ficarem em rede. Elas
precisam Desejar. Querer. E tomar a Iniciativa.
9. Em uma sociedade em redes, está todo
mundo no palco:
Conecte-se
A plateia está esvaziando....
Redes Interativas auto gerenciadas:
Século 21 em diante. Redes de
Comunicação conectadas com redes.
10. Porque é Difícil Construir e Sustentar
Redes Humanas Efetivas?
• Somos feitos de duas tendências: a de continuar do modo como estava e a de modificar esse modo para
melhor.
• Inercia e movimento dizia Newton. Eros ( Pulsão de Vida), movimento ativo em busca da realização e
Tanatos: Inércia tendência ao estancamento. “Pulsão de Morte”, dizia Freud.
• Mudar é superar a inércia.
• Herdamos crenças e expectativas que não se sustentam em nossa experiência objetiva e não raro
governam as nossas vidas. Exemplo: Mesmo que a realidade não mostre que está ganhando pessoas em
todo mundo continuam apostando em loterias.
• Mesmo sabendo que desse jeito não funciona, continuam a fazer mais do mesmo jeito. “Por que é assim”.
• Herdamos crenças e valores e recebemos conhecimentos que nos são passados de forma
institucionalizada sem que possamos construir os nossos próprios modos de saber o que queremos, como
quando, onde, com quem e porque.
• A construção de uma rede humana ativa e efetiva suspende a herança e propõe as partes em interação a
busca ativa e participativa de uma realidade de interesse particular e também coletiva.
• No Inter jogo entre o interesse particular e o coletivo nasce o Dialogo. O dialogismo, como meio de
expressão e impressão das experiências humanas organizadas como modelos de realidade, em cada um e
para cada grupo e comunidade.
• Redes humanas não se criam por falta de conhecimento intelectual e sim por falta de exame da sua
própria comunicação e a dos outros em função do que pretendem.
• Redes humanas não vão adiante quando cristalizam e perdem o sendo de propósito, virando relações
meramente formais, burocráticas e mecânicas.
11. A Pratica da Comunicação em Redes (1)
• Comunicar-se não é só falar. É produzir universos de sentidos.
• Comunicar-se não transmite ideias: Ideias são reflexões a respeito da
Comunicação Real. Ela se sabe como experiência humana direta.
• A comunicação Dialógica não tem uma lógica: tem pelo menos duas ou
mais.
• A comunicação, sendo dialógica, cria diversidades e encanta.
• Sendo só instrumental normatiza. Sendo só burocrática, desencanta.
• A prática da comunicação implica apurado senso de percepção,
capacidade de ouvir atentamente e perguntar precisamente bem como de
expressar-se através dos mais diferentes modos, para ser compreendido.
• Implica em representar de forma qualificada a sua realidade e a dos
outros.
• E de saber qual a relação entre elas e a de outros, além de vocês.
• A prática Relacional apresenta a experiência como oferta a alguém que
queira saber dela. Por gosto. É como compartilhar um bom momento.
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12. A Pratica da Comunicação em Redes 2
• A prática Dialógica não tem começo nem fim. Mas
pode ser evocada por perguntas, gestos, olhares como
se fossem pontuações em um fluxo de eventos.
• A Comunicação Dialógica é fluida; tem
movimento, ritmo, batimentos, melodia, clareza, brilho
e contraste. Ocupa espaço e desliza no tempo.
• Ela se estrutura e se reestrutura ao longo do
espaço/tempo, deixando suas marcas.
• Quando estão em redes, as pessoas sabem delas sem
precisar dar explicação: a realidade está no olhar, no
gesto, na forma de usar a palavra. São as marcas.
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13. Instrumentos da Prática Relacional
• A sua acuidade sensorial: sua capacidade para ver, ouvir e
sentir. E través dela representar a realidade. Sem
ela, pensar e imaginar não tem sentido.
• Seu discernimento Linguístico (Semântico): As diferentes
linguagens, incluindo a verbal, são operadores de
comunicação. Com discernimento linguístico você expande
sua capacidade de expressar-se e de captar impressões, de
analisar e refletir, de planejar e realizar.
• Sua capacidade em imaginar no espaço e tempo. Saber
fluir em diferentes espaço/tempos consigo mesmo e com
os outros.
• Atenção: Desejar (querer) relacionar-se não é instrumento
e sim Motivo (Causa) da Comunicação.
14. O que entra em jogo na pratica
Relacional:
• A acuidade sensorial e linguística expandidas.
• A percepção do todo e das partes em interação.
• A diferenciação de estados e representações
intrapessoais, interpessoais e coletivos.
• A percepção de ritmos e padrões variantes de
espaço/tempo de interação humana.
• A consciência do ritmo e dos movimentos
relacionais humanos no espaço/tempo.
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15. A Competência em Comunicação Humana como um Bem Social
• A competência em Comunicação humana é um valor construído na prática relacional.
• É aprendida, exercitada e expandida em redes com esse fim.
• É uma transação social como outras e vale dinheiro. Saber comunicar-se é um Captial social muito
valioso. Mas não é o dinheiro que ela vale. É muito mais.
• Quem propõe a capacitação em redes humanas é uma pessoa ou grupo de pessoas que se
acha(m) preparado(s) para tanto, tendo demostrado aos pretendentes tal preparo de forma publica
e evidente. Quem aceita são outras pessoas ou grupos que almejam preparar-se e acreditam que
os primeiros tem algo a oferecer. Isso tem valor social e financeiro.
• Alguém que propõe a formação da rede é pago pela iniciativa e pela experiência nisso pelos que
querem fazer parte. Estes, por sua vez, se capacitam, com o tempo, a serem multiplicadores de
rede.
• Ninguém é obrigado a comprar um pacote fechado (uma caixa preta) de propostas de interação.
Redes humanas precisam ser claras e transparentes para serem confiáveis em relação ao que se
propõe:
• Cada um se propõe a pagar pelo que acha que está levando na relação com quem se propõe a
receber pelo que acha que está oferecendo.
• Como multiplicadores de rede você (ou vocês) entram num ambiente no qual concorrem com
outras pessoas e grupos com diferentes histórias, estilos, competências pessoais. Cada uma
delas demonstrando em rede com as outas o que faz e como faz de forma clara, evidente e
compartilhada.
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