2. Introdução.
A Escola será obrigada a acertar o passo pelo
computador, quer isso represente um avanço, quer um
retrocesso; ou , alternativamente, sofrer a concorrência
desvantajosa de outros tipos de instituição escolar.
• .
3. 3) Educação é cara e os investimentos
feitos só são reembolsados a muito longo
prazo, se é que o são alguma vez. Para
quem tem que governar por curto espaço
de tempo, a Educação é uma pura fonte de
despesas, deste modo, os investimentos
em tecnologias que possibilitam uma
contorno significativo ao imediatismo
político.
4. Desenvolvimento
4) Não é preciso ser um tecnocrata
convicto para saber que a política
deseja todo o tempo reduzir as
despesas com a Educação
5.
5) Nos anos 1980 os céticos quanto
ao uso do computador, notadamente
nas escolas públicas, possivelmente
eram predominantes. Eles se
opunham à presença dessa máquina
nas escolas, especialmente as da
rede pública, sob a alegação de que
haviam outras carências - como a
merenda - que deveriam ser
resolvidas antes.
6.
6 ) Decerto que a opinião pública
influencia a Educação, mas apenas
nos aspectos mais aparentes. É que
nenhum país, por mais democrático
que seja, é governado pela massa.
Moldando esta, existe uma elite que
também tem crenças irracionais.
E, condicionando tudo, está a
inexorável economia.
7.
7) Desta forma, a Escola vê-se
transformada num vasto parque de
estacionamento para os jovens ou, se
preferem, numa creche para
adolescentes. Estando estes
desmotivados para a aprendizagem, na
convícção da inutilidade desta e à falta
de uma pressão social e familiar , só
suportam a Escola na medida em que
esta possa não os aborreça demasiado.
8.
8)Onde entra o computador em tudo
isto ? Na realidade, o computador
parecer ser o elemento que faltava
para animar as aulas e manter
ocupados os irrequietos adolescentes.
Ainda com a esperança de lhes
ensinar coisas quando eles estão
fixos diante do ecrã, interessados por
aquele aparelho novo.
9. 9) O professor é que precisa de estar atento às
diversas propostas para utilização do
computador. Eventualmente, criticar ou rejeitar
aquelas que pareçam contraproducentes, Será
bom insistir no fato de que é o professor o eixo
da Educação, é o professor que pode avaliar a
forma como trabalhar com uma turma, o ritmo a
impor, as revisões a fazer, os meios auxiliares a
recorrer. O computador é um destes meios e
não o centro do processo. Mas, se o professor
desconhece a máquina, corre o risco de oscilar
entre uma admiração beata e uma rejeição
irracional.
10. 10) Conclusão
Em síntese, espero ter mostrado que a generalização do
computador vem forçar a uma mudança de programas e do
novos modos para a educação, que este mudança necessita
de uma discussão cautelosa para que não venha a ser
nociva. Que, por detrás da generalização do computador
estão forças de índole muito diversa, mesmo forças
destrutivas. Que o grande antídoto para as possíveis
perversões, está em os professores se tornarem familiares
com o computador.
“
Para terminar, deixo aqui uma reflexão de Fritz Perls sobre a
criatividade.
Seja como você é. De maneira que possa ver quem és. Quem és e como és.
Deixa por um momento o que deves fazer e descubra o que realmente fazes. Arrisque
um pouco, se puderes. Sinta seus próprios sentimentos. Diga suas próprias palavras.
Pense seus próprios pensamentos. Seja seu próprio ser. Descubra. Deixe que o plano
pra você surja de dentro de você.”
~ Fritz Perls