O que é? Fórmula e
para que era usada?
Sumário
01
Introdução
O desastre envolvendo
o uso da Talidomida
03
A Tragédia
Origem e descoberta
da Talidomida
02
História
As consequências da
tragédia e o uso atualmente
04
Conclusão
Exercício de vestibular
resolvido
05
Exercício
Introdução
A talidomida é um fármaco que passou a ser
comercializado bastante na Europa , nas década de
50 e 60, como sedativo para aliviar náuseas em
mulheres grávidas.
Ele era feito na forma de sua mistura racêmica ,ou seja, a molécula
desse composto é assimétrica, pois possui um carbono quiral (carbono
com os quatro ligantes diferentes entre si). Isso significa que a
talidomida possui dois isômeros espaciais ou estereoisômeros, que são
mais bem chamados de enantiômeros, visto que são a imagem
especular um do outro:
1950
1957
1960
Alemanha desenvolve
uma droga destinada a
controlar a ansiedade,
tensão e náuseas.
A droga passa a ser
comercializada em 146
países.
Descobertos os efeitos teratogênicos
provocados pela droga quando
consumida por gestantes: durante os 3
primeiros meses de gestação interfere na
formação do feto, provocando a
Focomelia (aproximação/encurtamento
dos membros junto ao tronco, tornando-
os semelhantes aos de focas).
Dr. Jacobo Sheskin, médico
israelense, descobre efeitos
benéficos da droga no
tratamento da hanseníase.
Com isso, volta a ser
comercializada
1965
A droga é retirada de
circulação em todos os
países, à exceção do Brasil.
Têm início processos
indenizatórios em diversos
países.
1961
1961
Somente com a altíssima taxa de
mortalidade dos nascidos e sequelas
permanentes, finalmente ocorre seu
corte do mercado, por meio da sua
distribuidora BDCL.
1957
Devido as campanhas da época, patrocinadas
pela empresa mãe, o medicamento cresceu e
ganhou fama através de seu sedativo, que
prometia de ser inofensivo a gestantes,
inofensivo e seguro.
1959
Acatado por muitos países e sem qualquer estudo
mínimo, muitos efeitos negativos foram sentidos
pela população, e neste ano, vão nascer as
primeiras crianças com teratogenia, decorrentes
do uso da talidomida por gestantes
1962
Um ano após ser
lançado no Brasil, mais
de 300 crianças
brasileiras já haviam
sofrido os efeitos
teratogênicos da
talidomida. Estima-se
que mais de 10 mil
pessoas tenham sido
vítimas do
medicamento ao redor
do mundo.
O Direito das Vítimas
A tragédia foi seguida por batalhas judiciais das famílias das
vítimas contra o laboratório responsável pela fabricação do
remédio. Aqui no Brasil, o governo federal, responsável pela saúde
da população, também foi processado. O Estado de São Paulo
reconheceu, por lei sancionada em 1978, o direito das vítimas. E o
governo federal fez o mesmo em 1982, quase 20 anos depois do
nascimento das primeiras crianças.
A regulamentação total da questão farmacêutica, ocorreu somente
na década de 1990 e, em 2003, a talidomida passou a ter uso
controlado no País. Hoje, a droga só pode ser usada para tratar
Hanseníase, Lúpus e HIV, por ser um bom aliado no controle dessas
doenças. Mas, afirma a acadêmica, somente se for receitada por
um médico e, mesmo assim, é proibida para mulheres
em idade fértil.
Regulamentou o registro, produção,
fabricação, comercio, prescrição e
dispensação dos produtos à base de
Talidomida
1964
Descobriu-se benefícios
da Talidomida no
tratamento de diversos
problemas de saúde
1994
É proibido o uso da
Talidomida para
mulheres em idade
fértil
1982
Governo brasileiro sancionou
a uma lei que concede
pensão vitalícia para os
afetados pela Talidomida
1997
Farmacovigilância
Identificação, avaliação, compreensão e prevenção de
efeitos adversos ou qualquer possível problema
relacionado a medicamentos
As instituições passaram a se preocupar não apenas com a
produção e comercialização dos medicamentos, mas sim
com o seu destino:
OS PACIENTES
A talidomida é um sedativo leve e foi muito utilizado no tratamento de náuseas,
comuns no início da gravidez. Quando foi lançada, era considerada segura para o
uso de grávidas, sendo administrada como uma mistura racêmica composta pelos
seus dois enantiômeros (R e S). Entretanto, não se sabia, na época, que o
enantiômero S leva à malformação congênita, afetando principalmente o
desenvolvimento normal dos braços e pernas do bebê.
Essa malformação congênita ocorre porque esses enantiômeros:
a) reagem entre si.
b) não podem ser separados.
c) não estão presentes em partes iguais.
e) são estruturas com diferentes grupos funcionais.
ENEM 2014
d) interagem de maneira distinta com o organismo.
A respeito dos enantiômeros dextrogiro e levogiro, é possível afirmar:
Não reagem entre si.
Podem ser separados opticamente.
Podem estar presentes em partes iguais, 50 % do dextrogiro e 50% do
levogiro (mistura racêmica).
Interagem de maneira distinta com o organismo.
São estruturas que apresentam os mesmos grupos funcionais