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AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx

  1. SAÚDE MENTAL ENF. VANESSA RIBEIRO
  2. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Objetivos de Aprendizagem: - Saber definir status de saúde - Identificar Marcos históricos importantes - Discutir tendências atuais no tratamento de pessoas com doença mental - Entender e diferencias as redes de atendimentos a pessoas em sofrimento mental. • Objetivo geral: Compreender a atuação da enfermagem na Saúde Mental
  3. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • SAÚDE MENTAL A Organização Mundial da Saúde define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como ausência de doença ou enfermidade. Essa definição enfatiza a saúde como um estado positivo de bem-estar. Não há, porém, uma definição universal de saúde mental. Na maioria dos casos, é uma condição de bem-estar emocional, psicológico e social, evidenciada por relações interpessoais satisfatórias, comportamento e enfrentamento eficazes, autoconceito positivo e estabilidade emocional. (Videbeck. Sheila, 2016)
  4. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • A American Psychiatric Association (APA, 2000) define transtorno mental como “uma síndrome ou um padrão psicológico ou comportamental clinicamente significativo que ocorre em um individuo e que está associado a angustia ou incapacidade, ou ao aumento significativo do risco de morte, de dor, ou ainda a uma importante perda de liberdade”. • O processo de saúde vai muito além do fisiológico, a ideia de bem-estar e mal- estar vai bem além do processo saúde e doença.
  5. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Todo problema de saúde também é mental, ou seja a pessoal não necessariamente precisa nascer com o problema ou transtorno mental ela pode desenvolver no decorrer da sua vida. Como também desenvolver hábitos de vida que ponha a sua saúde menta em risco. • A saúde mental deve ser vista de forma integrada aos demais cuidados em saúde (Atendimento pela atenção básica de saúde)
  6. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • CONTEXTO HISTÓRICO: - Inicialmente, aquilo que se sabe a respeito da saúde mental dos nossos mais antigos antepassados seria que suas hipóteses sobre questões mentais estariam frequentemente caracterizadas como o resultado de crenças de que causas sobrenaturais como possessões demoníacas, maldições, feitiçaria e até mesmo deuses vingativos, estariam por trás dos incomuns sintomas.
  7. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • CONTEXTO HISTÓRICO: No final do século XVIII, a concepção de loucura sofre uma transformação, surgindo um novo campo do saber: a Psiquiatria. Por trás do chamado tratamento moral, a assistência psiquiátrica estruturou-se num regime rígido e disciplinador, muitas vezes indulgente frente às suas práticas obscuras e punitivas, violências veladas de ameaças e privações, tendo, na instituição asilar, o elemento de ordem, o papel de vigiar, julgar e punir.
  8. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • CONTEXTO HISTÓRICO: O fim do século XIX e início do século XX são marcados pela construção de vários hospitais psiquiátricos. É dentro desta fase e já mais próximo de nossos dias, que a loucura começa a ser problematizada. Em 1971, Franco Basaglia iniciou uma mudança radical nas práticas até então utilizadas no Hospital Regional de Trieste, na Itália. Começava um movimento de desativação do manicômio, caracterizado pela prática da alta psiquiátrica, pela ausência de novas internações e pelo questionamento da neutralidade científica que sustentava os valores dominantes na psiquiatria científica, que oprimiam ao invés de libertar os pacientes.
  9. • CONTEXTO HISTÓRICO: No Brasil, o “louco” emerge como “problema social” no século XIX, de maneira semelhante à Europa, como um elemento de desajuste à ordem social vigente, em meio a um contexto de desordem, mendicância e ociosidade. O ano de 1978 marca o início efetivo do movimento social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos no Brasil. Surge neste ano o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), formado por integrantes do movimento sanitário ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
  10. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL  O Movimento passa a denunciar a violência dos manicômios, a mercantilização da loucura, a hegemonia da rede privada de assistência, além de construir, coletivamente, uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas portadoras de transtornos mentais (Brasil, Ministério da Saúde, 2005).  A discussão, ainda atual, da desinstitucionalização se referencia legalmente através da Lei 10.216, conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, de 06 de abril de 2001, que representa um esforço de incorporação do ideário dos direitos humanos nessa área.
  11. POLÍTICA NACIONAL:  A Política Nacional de Saúde Mental propõe que as práticas de saúde mental na atenção básica/saúde da família devam ser substitutivas ao modelo tradicional e não medicalizantes ou produtoras da “psiquiatrização” e “psicologização” do sujeito e de suas necessidades.  Por isso, é necessária a articulação da rede de cuidados, tendo como objetivo a integralidade do sujeito, constituindo um processo de trabalho voltado para as necessidades singulares e sociais e não somente para as demandas. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
  12. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • A Portaria Nº 224/1992, é a primeira normatização do atendimento à saúde mental no SUS. Ela apresenta as Unidades Básicas de Saúde e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como serviços de referencia, substitutivos e não hospitalares de atenção à saúde mental. • A Lei Nº 10.216/2001(Reforma psiquiátrica), - Redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária; - Dispões sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais contra qualquer forma de abuso e exploração. - Criação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico
  13. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo- compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.
  14. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. • Além das ações assistenciais, o Ministério da Saúde também atua ativamente na prevenção de problemas relacionados a saúde mental e dependência química, implementando, por exemplo, iniciativas para prevenção do suicídio, por meio de convênio firmado com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que permitiu a ligação gratuita em todo o país.
  15. • REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Urgência e emergência: SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e pronto socorro Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) Unidades de Acolhimento (UA) Comunidades Terapêuticas Hospital-Dia ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
  16. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS O Centro de Apoio Psicossocial tem por objetivo oferecer atendimento à população de seu território, realizando acompanhamento clínico e multiprofissional para realizar a reinserção social dos usuários por meio do acesso ao trabalho, lazer, exercício de cidadania.
  17. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • FUNÇÕES DO CAPS: - Atender em regime de atenção diária - Planejar projetos terapêuticos personalizados - Promover a inserção social dos usuários - Dar suporte, supervisão e atenção à saúde mental na rede básica - Regular a Porta de Entrada da rede de assistência em saúde mental - Coordenar com o gestor local a supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas - Manter atualizada a listagem de pacientes da sua região
  18. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • O que o usuário do CAPS tem direito? - Tratamento medicamentoso - Atendimento a grupo de familiares - Orientação - Atendimento psicoterápico - Atividades Comunitárias - Atividades de suporte social - Oficinas culturais - Visitas domiciliares - Desintoxicação ambulatorial
  19. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Publico atendido pelo CAPS: - Pessoas que sofrem de transtornos mentais Graves - Pessoas com problemas relacionados às substancias psicoativas (CAPSad) - Crianças e adolescentes com transtornos mentais (CAPSi)
  20. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Atendimentos pelo CAPS: • CAPS I: Atendimentos a todas as faixas etárias até 15mil habitantes • CAPS II: Atendimentos a todas as faixas etárias até 70mil habitantes • CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimentos a todas as faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas em regiões com pelo menos 70mil habitantes • CAPS III: Atendimentos até 5 vagas de acolhimento noturno e observação em regiões com pelo menos 150mil habitantes • CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento de 8 a 12 vagas acolhimentos noturno e observação, funcionamento 24h em regiões com pelo menos 150mil habitantes
  21. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Principais PATOLOGIAS atendidas pelo CAPS: • TRANSTORNO DE ANSIEDADE: desequilíbrio emocional desproporcional ou exagerado comprometendo a qualidade de vida • TRANSTORNO DO PÂNICO: Sofrimento intenso, ataques súbitos de terror, percepção de perigo e ameaça constante • TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA: Excessiva e incontrolável preocupação, inquietação, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidades, perturbação do sono.
  22. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • TRANSTORNOS ALIMENTARES: Bulimia, anorexia. • DEPRESSÃO: Tristeza, desânimo, desinteresse pela vida, irritabilidade, insônia entre outros. • ESQUIZOFRENIA: Psicose caracterizada por perturbação.
  23. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS (SRT): São moradias ou casas destinadas a cuidar de pacientes com transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência e que não possuam suporte social e laços familiares. Além disso, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) também podem acolher pacientes com transtornos mentais que estejam em situação de vulnerabilidade pessoal e social, como, por exemplo, moradores de rua.
  24. • Unidades de Acolhimento (UA)  Oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24h/dia, em ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório. O tempo de permanência nessas unidades é de até seis meses.  As Unidades de Acolhimento são divididas em:  Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): destinada às pessoas maiores de 18 (dezoito) anos, de ambos os sexos;  Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI): destinada às crianças e aos adolescentes, entre 10 (dez) e 18 (dezoito) anos incompletos, de ambos os sexos.  As UA contam com equipe qualificada e funcionam exatamente como uma casa, onde o usuário é acolhido e abrigado enquanto seu tratamento e projeto de vida acontecem nos diversos outros pontos da RAPS. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
  25. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Comunidades Terapêuticas São serviços destinados a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial transitório para pacientes, com necessidades clínicas estáveis, decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
  26. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • Hospital-Dia É a assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período máximo de 12 horas.
  27. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • POLITICA NACIONAL DE SAUDE MENTAL A reabilitação psicossocial é compreendida como um conjunto de ações que buscam o fortalecimento, a inclusão e o exercício de direitos de cidadania de pacientes e familiares, mediante a criação e o desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do território nos campos do trabalho, habitação, educação, cultura, segurança e direitos humanos.
  28. • MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL: • Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. Essa proposta visa integrar os profissionais da equipe de saúde da família com profissionais especialistas de forma que os primeiros tenham um suporte para a discussão de casos e intervenções terapêuticas. O matriciamento visa transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referências e contrarreferências, protocolos e centros de regulação, por meio de ações mais horizontais que integrem os componentes e seus saberes nos diferentes níveis de assistência (CHIAVERINI, 2011). Hoje, a principal estratégia desenvolvida para apoio matricial é a equipe de Nasf (núcleo de apoio à saúde da família). Entre os instrumentos do processo do matriciamento estão: elaboração de PTS, interconsulta, consulta conjunta, visita domiciliar conjunta, grupos, educação permanente, abordagem familiar, entre outros. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
  29. ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL • ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL Nesse contexto, a enfermagem se viu responsável por uma assistência inovadora e promissora em suas práticas através do surgimento de novos espaços de trabalho nos CAPS e nas demais RAPS. Com essa nova realidade a enfermagem participa de atividades grupos de estudos; reuniões de famílias e de equipe; visitas domiciliares e passeios; e escuta, acolhe e estabelece vínculos com o paciente.
  30. OBRIGADA!
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