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RESULTADOS DE PCCU-PREVENTIVO
                OU
            PAPANICOLAU

CONHECIMENTOS BÁSICOS EM ENFERMAGEM
PAPANICOLAU OU PREVENTIVO DO COLO UTERINO-PCCU

1-Definição:

       É o exame que previne o câncer de colo uterino.
Deve ser feito em todas as mulheres com vida sexualmente ativa, por pelo menos uma vez ao ano.
       Se o resultado do exame der negativado por três anos consecutivos, a mulher pode realizá-lo
de 3 em 3 anos. É fundamentado na coleta de material do colo uterino para exame em laboratório.
       É um exame simples e barato, e eficaz, oferecido pelas unidades básicas de saúde dos
municípios – O ministério da saúde dá sa diretizes para o funcionamento do Programa de PCCU, e
está inserido no Programa da Saúde da mulher.
       Foi fundamentado pelo Dr. George Papanicolau em 1940. Este exame pode detectar doenças
que surgem no colo do útero antes do desenvolvimento do câncer. O exame não consiste tão
somente em diagnosticar a patologia, mas serve inicialmente para detectar o risco de uma mulher
vir a ser acometida de câncer.(C.A de colo uterino).


2- Grupos que irão fazer o exame:
       As mulheres que estão (ou que tenham sido em algum momento) sexualmente ativas e que
tenham colo de útero devem submeter-se ao exame, todo ano.
       A realização de vezes do exame será orientada depois pelo profissional médico, de acordo
com os resultados.


3- Fatores de risco para desenvolver o câncer de colo de útero:
       Mas precoce que for a atividade sexual, número aumentado de parceiros sexuais,
multiparidade (vários filhos tidos), antecedentes de doença sexualmente transmissível(DST) e a
ausência de higiene pessoal.
       Deve ser feito, pelo menos, uma semana anterior a menstruação.
Deve-se orientar a paciente/cliente a não realizar duchas vaginais, colocação de cremes vaginais e
relações sexuais três dias antes do exame.
       O exame ginecológico realizado pelo profissional que pode ser médico, bioquímico,
biomédico, farmacêutico, e profissionais de enfermagem, consiste do exame e palpação das mamas
e depois o exame de Papanicolau.


4- Procedimento para a realização:
           1. Explica-se a paciente/cliente;
           2. Realiza-se o exame das mamas;
3. Faz-se exame externo da vulva e após se introduz um instrumento por nome de
                espéculo pelo canal vaginal para que se possa visualiza-lo e ao colo do útero (parte
                final do útero, e procede-se a coleta células para exame microscópico).




5- Resultado:
       O resultado deve ser interpretado pelo médico que deve informar à paciente. O Papanicolau
também determina algumas condições de saúde do corpo como nível hormonal, doenças da vagina e
do colo do útero.




5.1- Resultado: Inflamação:


Comentários Técnicos: Função da inflamação- ativar , estimular o sistema imunilógico, quando
ocorre invasão por determinados elementos nocivos-bactérias , vírus e outros. Porém temos uma
importante função da inflamação que é atuar na cicatrização. A cicatrização só ocorre quando há
resposta inflamatória nolocal da lesão , e essa resposta que se dá pela produção de nova pele do
local afetado , que fará a cobertura do local machucado.
       Temos a inflamação por meios naturais que ocorre quando há relação sexual e o atrito do
pênis na vagina durante arelação sexual causa micro-lesões, microfissuras, para cicatrizá-los ocorre
ainflamação. A outroa causa é a produção de progesterona que ocorre na 2ª fase do ciclo menstrual ,
deixando a mucosa vaginal fina e delicada , que juntamente com outros mecanismos de regulação
da flora vaginal , vai resultar em inflamação local, esses caos não se trata pois são considerados
fisiológicos.


Metaplasia escamosa: (classe I)-Negativo
Comentários técnicos: A metaplasia escamosa do colo uterino quer dizer que é a substituição
fisiológica do epitélio colunar evertido na ectocérvix por um epitélio escamoso recém-formado de
células subcolunares de reserva. A essa substituição fisiológica do epitélio colunar 1 evertido por um
epitélio escamoso recém-formado chamamos de metaplasia escamosa.
        O meio vaginal é ácido quando a mulher está em idade fértil, também durante a gravidez.
        As células são repetidamente aniquiladas pela acidez vaginal no epitélio colunar em uma
área de ectrópio2, e elas são supridas por um epitélio metaplásico recém-formado. A irritação do
epitélio colunar em meio vaginal ácido vai aparecer o surgimento de células subcolunares de
reserva . As células subcolunares desenvolvem-se em grande quantidae, e procede a hiperplasia de
células de reserva e com o tempo vão formar o epitélio escamoso metaplásico.


Metaplasia escamosa atípica: (classe II)-suspeito
        Este termo células escamosas atípicas apareceu em 1988, através do Sistema de Bethesda,
com a finalidade de facilitar o diagnóstico das alterações celulares que não se enquadram às
características de processo reativo ou às características de neoplasia.


Displasias:


1) classe III - Displasia leve; NIC I, SIL de baixo, Grau (LSIL)-Atípico células escamosas:
        Em geral a conduta é expectante, com eventual cauterização ou retirada da lesão, com
controle citológico a cada 3 a 6 meses.


2)classe III- Displasia Moderada; NIC II; SIL de alto; Grau (HSIL) lesão intraepitelial
escamosa de baixo grau:
        A conduta poderá de acordo com a avaliação médica pode ser a retirada de parte do colo em
cirurgia chamada de Conização com biópsia ou então, a realização da cauterização com colposcopia
ou conização por CAF, com controle citológico a cada 3 a 6 meses.


3) classe III - Displasia acentuada; NIC III; SIL de alto grau; Grau (HSIL)-Carcinoma in situ-
lesão intraepitelial escamosa de alto grau:
        A conduta em geral é a Conização com biópsia ou cauterização profunda ou conização por
CAF, com controle citológico a cada 3 ou 6 meses; na dependência de cada caso, principalmente
com relação à biópsia, a conduta médica poderá ter variáveis.



1 - denominado também de epitélio glandular. É composto por uma única camada de células altas com núcleos de
  coloração escura, próxima à membrana basal.
2 - É a presença de epitélio colunar endocervical evertido na ectocérvix.
5.2- Lactobacilus sp e cocus:


       São piogênicos. Tem como sintomatologia: corrimentos profusos, purulentos e de moderado
odor. Descrevem-se em aeróbios ou anaeróbios. O grupo anaeróbio deve ter certo cuidado quando
o corrimento for fétido com teste do KOH positivo e exame bacteriológico compatível com flora
cocoide gram-positiva ou negativa.
              De acordo com Gerstner et al (1981) “ao estudarem 38 meninas pré-puberais sem
sinais ou sintomas de vaginite, isolaram uma média de 5,3 % de espécies de bactérias por paciente,
sendo que 2,9 % eram aeróbios e destes a espécie encontrada foi Staphylococcus epidermidis”.
       Porém o estafilococos e estreptococos são também em geral são encontrados em vaginas
normais do que naquelas com determinado processo inflamatório. Muito raramente os cocos
aeróbios são causa de leucorréia, faz-se exceção a Neisseria gonorrhoeae.
Para termos uma certeza mais profunda é necessário a realização de bacterioscopia, naquelas
pacientes/clientes que o exame citológico determinar a presença de flora cocoide e a
paciente/cliente ter história clínica de leucorréia, para que seja afastada a patologia de gonorréia.
        Existe também o problema que em geral os meios de cultura para anaeróbios, usados em
geral não são satisfatórios, quando nos referimos ao índice de positividade. Sendo assim a presença
de leucorreia fétida bolhosa, o teste do KOH                   sendo positivo 3, com exames citológico e
bacterioscópico com diagnóstico para cocos, e exame à fresco determinando negatividade para
trichomonas e gardnerella, O médico pode realizar terapia a este paciente/cliente para cocos
anaeróbios. Pois com todo esse aparato de exames o resultado é confiável.


Flora Bacteriana comumente achada em mulheres normais:
I. Microorganismos Comumente Isolados
    1. Stafilococcus epidermidis
    2. Streptococcus fecalis
    3. Lactobacillus sp 4
    4. Corynebacterium sp
    5. E. Coli 5
    6. Bacteroides fragilis
    7. Fusobacterium sp
    8. Veillonella sp
    9. Peptococcus sp
    10. Peptostreptococcus sp
    11. microorganismos anaeróbios
Microorganismos Ocasionalmente Isolados
    1. Stafilococcus aureus 6
    2. Streptococcus sp (Grupo B - b hemolítico)
    3. Clostridium perfringens
    4. Proteus sp 7
    5. Klebsiella sp 8
Microorganismos Potencialmente Patógenos
    1. Pseudomonas

3 - Cocos gran+ e bacilos gran+ , significa que existe alguma bactérias , que não são comum à flora vaginal.
4 Lactobacillus sp, Cocos, Outros Bacilos- São considerados achados normais, pois fazem parte da flora da vagina e
   não caracterizam infecções que necessitem tratamento. M.S.
5- - E. Coli presente é comum em mulheres, devido à proximidade do ânus com a vulva.
6 - Staphylococcus, e Streptococcus também são piogénicos.
7
8 -É uma espécie de bactéria gram-positiva, em forma de bastonete.
2. Streptococcus pneumoniae
    3. Listeria monocitogênica




Câncer do colo do útero


        Células Cervicais Anormais: são células do revestimento do colo do útero com alteração do
aspecto.         Este processo recebe o nome de displasia cervical. Se a anormlidade for mais grave ,
maior será a possibilidade de desenvolvimento de câncer do colo de úter. Em sua maioria o
desenvolvimento do câncer do colo de útero, ocorre a partir de células cervicais anormais.
        Estas células cervicais anormais podem ter diferentes causas como : uma infecção ou
inflamação mas são geralmente ocasionada por determinados tipos de papilomavírus humanos
(HPV) . Têm-se mais de 30 tipos de HPV que infectam a área genital, e recebem a denominação de
HPV genitais. Podem fazer calguns tipos de HPV com células alteradas progressivamente se
transformem em câncer. Existem também tipos de HPV que causam verrugas genitais e outras
mudanças não-cancerosas, principalmente no colo do útero.
        Todas as classificações de HPV genital determinam resultados anormais no exame de
Papanicolau, dai a importância dos exames ginecológicos, os resultados dopapanicolau podem
decidir quais os exames ou terapias complementares pelos profissionais de saúde.
Caso os resultados de um Papanicolau diagnosticar células cervicais anormais, em geral o
profissional médico pede testes adicionais, tais como a repetição do Papanicolau, exame do DNA do
HPV, colposcopia e possível biópsia..
        A biópsia anormal pode ser descrita como uma NIC, neoplasia intra-epitelial 9 cervical., a
neoplasia é um crescimento anormal de células,(“ferida” no colo do útero)
.10 NIC, diagnóstico de NIC 3, por exemplo, significa que existem células cervicais gravemente
anormais em toda a espessura do revestimento do colo do útero. As anormalidades consideradas
leves, o médico em geral solicita um monitoramento próximo. Por conseguinte, se as anormalidades
forem mais graves, deverá ser feita a remoção dessas células, a fim de prevenir o desenvolvimento
de um câncer do colo de útero futuro .Os métodos mais usados para o tratamento de células
cervicais anormais são :
    1. A Criocirurgia ( congelamento que destrói células cervicais anormais);
    2. LEEP ( sigla em inglês para cirurgia de alta-frequência, a remoção de células cervicais
        anormais por intermédio de um fio em circuito em alta temperatura)

9 Intra-epitelial se refere à camada de células que forma a superfície do colo do útero.
10 -Ao lado de um número de 1 a 3, informa o quanto da espessura do revestimento do colo do útero contém células
   anormais.
3. Cirurgia convencional. Se as células anormais voltarem pode haver repetição da terapia.
        As células cervicais anormais também podem ser as primeiras consequências de uma
infecção pelo HPV.
        No caso do câncer do colo do útero, o órgão que sofre alterações no seu epitélio original é o
útero, em uma parte específica – o colo, que fica em contato com a vagina (BRASIL, 1997).




HPV: É a sigla em inglês para papiloma vírus humano, são vírus da família Papilomaviridae
capazes de provocar lesões de pele ou mucosa, a maior parte das lesões têm crescimento limitado e
habitualmente diminuem e desaparecem espontaneamente.


HPV e o câncer do colo do útero: Mais de 200 tipos diferentes de HPV. São determinados em
baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Porém os de alto risco são relacionados a tumores
malignos.
        Os vírus de alto risco, que tem probabilidade de lesões persistentes, estão associados a
lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Os HPV de tipo 6 e 11, tem a
maioria dos achados nas verrugas genitais, também chamados condilomas genitais, e papilomas
laríngeos, não oferecerem risco algum de incidir para malignidade, porém são observados em
pequena proporção nos tumores malignos. Os HPV são contraídos por mulheres sexualmente ativas
que podem se contaminar por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas., sendo
em geral evoluindo para infecções transitória, espontaneamente                são combatidas pelo sistema
imunológico, observado principalmente nas mulheres mais jovens, tal fato.
        Os papilomas vírus podem ser diagnosticados pelas                verrugas genitais observadas   no
orifício retal,, na vulva no órgão genital masculinos ou em outra área da pele podem ser
diagnosticadas pelos exames ginecológico, urológico(homens) e dermatológico . O diagnóstico
subclínico das lesões iniciais do câncer do colo do útero, causadas pelos papilomavírus, é feito pelo
exame citopatológico ( Papanicolau ou PCCU), sendo confirmado por meio de exames laboratoriais
de diagnóstico molecular, tais como teste de captura híbrida e o PCR.
        Os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas não terá em geral como consequência
a má formação do feto, e por isso não impede o parto pela genitália feminina. O tipo de parto
(normal ou cesariana) será determinada pelo médico.
        Em relação ao fato do parceiro ter mantido relação sexual com uma mulher contaminada
pelo papilomavírus pode implicar ou não em transmissão da infecção. Recomenda-se consulta no
urologista que será capaz - por meio de peniscopia, ou do teste de biologia molecular 11 identificar a

11 -Exame de material colhido do órgão genital masculino para pesquisar a presença do DNA do HPV.
presença de infecção por papilomavírus, ou não.
A terapia para acabar com a infecção pelo papilomavírus em geral por ser assintomática ou
inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas : lesões exofíticas ou
verrugas e subclínicas sem lesão aparente.
O tratamento podem ser : tópico, com laser, cirúrgico. Só o médico, pode recomendar a conduta de
acordo com o caso.
.
Vaginose Bacteriana
Vaginite (corrimento vaginal): irritantes e frequente problemas que afeta a saúde da mulher é o
corrimento vaginal, o corrimento anormal pode ou não ter cheiro desagradável. Podendo haver
também prurido ou ardor na genitália ou frequência de urinar., sendo uma das causas que mais
levam a paciente/cliente a consulta ao ginecologista. Caracteriza-se por uma irritação vaginal ou um
Os corrimentos podem ser causados por:
    1. infecções vaginais;
    2. infecções cervicais ou do colo do útero;
    3. doenças sexualmente transmissíveis- DSTs
        O diagnóstico é realizado pelo médico ginecologista por meio da anamnese, exame
ginecológico e em geralpor exames de papanicolau ou exames de laboratórios.


Os corrimentos mais comuns são:
    1. Candidíase;12
    2. Tricomoníase;
    3. Vaginose bacteriana;
    4. Candidíase ou monilíase vaginal.
O corrimento é espesso tipo nata de leite e geralmente é acompanhado de prurido ou irritação
intensa.


Candidíase: causada pelo fungo candida albicans, que propaga-se em áresa úmidas e quentes, pode
também ser encontrada em pacientes que façam uso de tetraciclina, cefalosporina, e penicilina, e
alguns outros antibióticos isso ocorre porque essses antibióticos alteram os protetores naturais da
vagina, o corrimento é irritante e pode ter partículas brancas. Pode ainda haver infecção por candida
em determinadas condições clínicas : mulheres grávidas, diabetes mellitus, fazendo uso de
anticontraceptivos orais e esteróides. É uma infecção fúngica e causa: inflamação do epitélio ,
produzindo prurido,irritação e avermelhada e descarga (secreção) branca semelhante ao queijo

12 Candida ou Monília é um fungo e a candidíase é, portanto, uma micose.
aderida ao epitélio. Não é aconselhável usar roupas justas e calcinhas de naylon.
       A candida surge quando a resistência do organismo diminui ou quando a resistência vaginal
está diminuída.
Alguns fatores são causadores desta micose:
   1. antibióticos;
   2. gravidez;
   3. diabetes;
   4. infecções;
   5. deficiência imunológica;
   6. medicamentos como anticoncepcionais e corticóides;
   7. O parceiro sexual pode aparecer com pequenas manchas vermelhas no órgão genital.
O diagnóstico pode ser clínico, através de exames de laboratório e o papanicolau.
       A terapia é a base de antimicóticos, é importante que se trate as causas da candidiase para
evitar as recidivas. Podendo ser usados os cremes de miconazol, nistatina e clotrimazol, aplicados
por sete noites consecutivas, ou por mais tempo se for crônico, mas quem vai determinar é o
profissional médico.


Vaginose por Trichomonas vaginalis(Tricomoníase): Causada por um protozoário flagelado.


       Corrimento adquirido por meio de relação sexual ou de contatos íntimos com secreção de
uma pessoa afetada.
       O diagnostico pode ser clínico e por exames microscópicos feitos no próprio consultório
médico, exames de laboratório ou pelo Papanicolau.
       O tratamento é feito com Metronidazol 2 g, VO, dose única, ou Tinidazol 2 g, VO, dose
única; ou Secnidazol 2 g, VO, dose única; ou Metronidazol 250 mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias.
Gestantes: Somente após o primeiro trimestre, usando o mesmo esquema citado acima. Nutrizes:
Metronidazol Gel a 0,75%, 1 aplicador vaginal (5g), 1 vez ao dia, por 7 dias; ou Metronidazol 2g,
VO, dose única (suspender o aleitamento por 24 horas). Parceiros: Tratar sempre, ao mesmo tempo
que a paciente, e com o mesmo medicamento e dose.
. O tratamento é orientado pelo médico. As naúseas e vômitos, além de ondas de calor podem
aparecer se o indivíduo usar o medicamento com bebida alcólica. A relação sexual deve ser com
preservativo durante o tratamento. As mulheres gestantes devem ser tratadas pois pode ocorrer parto
prematuro.
Vaginose Bacteriana - Gardnerella vaginalis


       É determinada por uma bactéria Gardnerella vaginalis ou por outras bactérias.
       Ocasiona odor desagradável durante a menstruação e nas relações sexuais.
       Não é considerada doença sexualmente transmissível a terapia é a a base de antibióticos
deve ser realizada também ao parceiro sexual.
       O diagnosticado é feito pelo exame clínico, exames de laboratório e papanicolau.
       Pode ser diagnosticado também por um teste químico no próprio consultório médico.
Corrimentos vaginais de outras causas e corrimentos crônicos
Existem outras causas de corrimento:
   1. Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) da menopausa;
   2. Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) do parto e da amamentação;
   3. Vaginite irritante provocada por camisinha, diafragma, espermaticida, creme lubrificante,
       absorvente externo e interno;
   4. Vaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas
       apertadas, jeans, meias calça.
   5. Cervicites - inflamações do colo do útero;
   6. Vulvites - inflamações da parte externa dos genitais ou vulva causados por:
   •   Papel higiênico colorido ou perfumado
   •   Sabonetes perfumados ou cremosos
   •   Shampoos e condicionadores de cabelo
   •   Sabão em pó e amaciantes de roupas
   •   Detergentes
   •   Desodorantes íntimos
   •   Uso do chuveirinho como ducha vaginal
       É importante que a cliente tente observar qual a causa de seu corrimento.




Vaginite por Haemophilus vaginalis : é nomeada de vaginose bacteriana, por causa da ausência
de inflamação no epitélio vaginal. Alguns estudiosos usam o termo bacteriose vaginal, que é o
excesso de bactérias no órgão genital feminino. Há muitas suposições que a vaginose bacteriana
resulte de uma interação complexa de muitas espécies de bactérias. Gardner e Dukes “acreditavam
que a doença fosse causada por G. vaginallis porque observaram que ela estava presente em
mulheres sem essa afecção”.
Estudos recentes indicaram a vaginose bacteriana com complicações da gravidez, levando ao
parto precoce, prematuridade e infecção de líquido amniótico. Porém os efeitos teratogênicos
podem ocorrer e carcinogênicos potenciais, devido o tratamento com o metronidazol limitando o
seu uso durante a gravidez, porém essa terapia pode ser considerada segura para uso no segundo
trimestre de gravidez.




Bacilos de Doderlein:
        O resultado de exame determinando a presença de bacilos de Doderlein (lactobacilos), com
condição normal, não é caso para tratamento, pois ele vive na flora vaginal. A designação dessa
bactéria apesar de um tanto quanto diferente, não deveria assustar ninguém, pois trata-se de um
microorganismo benéfico para a saúde feminina, tanto que constitui a flora bacteriana vaginal
normal.
        Os bacilos de Döderlein se alimentam de glicogênio e fazem aprodução do ácido lático 13 o
que mantém o pH vaginal ácido14 o que irá evirtar a proliferação de bactérias patogênicas.


        É considerada uma condição anormal , quando ocorre o crescimento em grande quantidade
dos bacilos de Doderlein, que podendo aparecer como um corrimento com sintomas parecidos com
a candidíase como um corrimento de odor fétido (odor de peixe estragado). O diagnóstico desse o
tratamento é simples e individual.


Vaginose por Bartolinite:           Pode ser causada por E.Coli, trichomonas, stapylacoccus ,
streptococcus. É uma infecção da grande glândula vestibular. Ocorre eritema, tumefação, e edema, e
desenvolvimento de abcesso da glândula vestibular. Otratamento consiste em drenagem de abcesso
e antibioticoterapia: excisar a glândula de pacientes com bartolinite crônica, os procedimentos de
tratamento é orientado pelo médico.


Cervicite por Clamídia: As manifestações clínicas de tal patologia assemelham-se a da gonorréia
(cervicite e secreção purulenta)Afeta o trato urinário podendo causar : disúria, pode ser ainda
assintomática. Em geral o tramento é antibiótico : eritromicina, doxiciclina, tetraciclina geralmente
por sete dias. As gestantes não são aconselhadas a tomar a tetraciclina pelos seus efeitos na
gravidez. Os resultados do tratamento tardio pode ser: DIP15 e infertilidade.



13 - o mesmo encontrado em sabonetes íntimos.
14 -em torno de 4.
15 - Doença inflamatória pélvica (DIP).
O Fusobacterium sp: é um bacilo gram-negativo, anaeróbio, comensal da flora oral,
gastrointestinal e genital, é o agente causador mais frequentemente na Sindrome de Lemierre
implicado em quase 81% dos casos, embora outras espécies de Fusobacterium ou mesmo outros
gram-negativos possam estar envolvidos. A vagina possui flora bacteriana natural abundante, que
tem uma mistura de microorganismos aeróbios e anaeróbios que podem causar inflamação quando
em crescimento anormal. Pois muitos destes microorganismos são denominados de patógenos, sua
mera presença na flora , necessariamente não pode ser dita infecção.
Entre as bactérias que aparecem em grande quantidade no trato genital feminino temos a
fusobacterium, ocorrendo a vaginose. O não tratamento em mulheres grávidas pode ocasionar o
parto prematuro.(Host et al, 1994). São bacilos anaeróbios podem associar-se as candidas causando
corrimentos amarelos esbranquiçados, de odor pouco, mas resistentes a antibióticos.


Mobiluncus sp: As bactérias deste gênero são bastonetes delgados e curvos, fazem parte da flora
intestinal ,mas podem ser isolados na vagina em casos de vaginose, são gram negativos ou
variáveis, causam corrimento de odor fétido semelhante ao da Garnerella, aderem-se a o epitélio
dando forma de tapete de pêlo. São usados os metronidazol para tratamento, porém alguns podem
ter resistência , o trtamento é feito pelo médico.


Actinomyces sp: Microrganismo cujo filum se desenvolveu em bactérias e fungos são gram
positivos e anaeróbicos ,não são presentes normalmente na flora cérvico vaginal , seu aparecimento
é patológico, se dá em pacientes com DIU.16, o corrimento vaginal em geral é leitoso, amarelo e
fétido, a retirada do dispositivo é a solução juntamente com a antibioticoterapia. A presença de DIP,
muitas vezes é observada nestes tipos de paciente com DIU .


Leptotrix vaginalis: São bacilos longos (assemelham-se a finos pêlos), são determinados como
fungosos filamentos e classificados como trichobactérias (bactérias em formas de filamentos). Essa
espécie é relatada na vagina não indica inflamação, sendo considerada saprófita na vagina.
Associada a Trichomonas vaginalis a fungos e outros agentes em grande quantidade pode ser
considerada patógena.




16 - Dispositivo intrauterino.
Referências:

Ginecologia, Günther Kern, 2ª edição, Guanabara Koogan, 1978.
Host, E: Goffeng, A.R: Amdersch,- Bactérias vaginais e vaginose em grávidas,1994.
Brunner e Suddart-Tratado de Enfermagem nmédico-cirúrgica-2003.

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Resultados do PCCU ou Papanicolau

  • 1. RESULTADOS DE PCCU-PREVENTIVO OU PAPANICOLAU CONHECIMENTOS BÁSICOS EM ENFERMAGEM
  • 2. PAPANICOLAU OU PREVENTIVO DO COLO UTERINO-PCCU 1-Definição: É o exame que previne o câncer de colo uterino. Deve ser feito em todas as mulheres com vida sexualmente ativa, por pelo menos uma vez ao ano. Se o resultado do exame der negativado por três anos consecutivos, a mulher pode realizá-lo de 3 em 3 anos. É fundamentado na coleta de material do colo uterino para exame em laboratório. É um exame simples e barato, e eficaz, oferecido pelas unidades básicas de saúde dos municípios – O ministério da saúde dá sa diretizes para o funcionamento do Programa de PCCU, e está inserido no Programa da Saúde da mulher. Foi fundamentado pelo Dr. George Papanicolau em 1940. Este exame pode detectar doenças que surgem no colo do útero antes do desenvolvimento do câncer. O exame não consiste tão somente em diagnosticar a patologia, mas serve inicialmente para detectar o risco de uma mulher vir a ser acometida de câncer.(C.A de colo uterino). 2- Grupos que irão fazer o exame: As mulheres que estão (ou que tenham sido em algum momento) sexualmente ativas e que tenham colo de útero devem submeter-se ao exame, todo ano. A realização de vezes do exame será orientada depois pelo profissional médico, de acordo com os resultados. 3- Fatores de risco para desenvolver o câncer de colo de útero: Mas precoce que for a atividade sexual, número aumentado de parceiros sexuais, multiparidade (vários filhos tidos), antecedentes de doença sexualmente transmissível(DST) e a ausência de higiene pessoal. Deve ser feito, pelo menos, uma semana anterior a menstruação. Deve-se orientar a paciente/cliente a não realizar duchas vaginais, colocação de cremes vaginais e relações sexuais três dias antes do exame. O exame ginecológico realizado pelo profissional que pode ser médico, bioquímico, biomédico, farmacêutico, e profissionais de enfermagem, consiste do exame e palpação das mamas e depois o exame de Papanicolau. 4- Procedimento para a realização: 1. Explica-se a paciente/cliente; 2. Realiza-se o exame das mamas;
  • 3. 3. Faz-se exame externo da vulva e após se introduz um instrumento por nome de espéculo pelo canal vaginal para que se possa visualiza-lo e ao colo do útero (parte final do útero, e procede-se a coleta células para exame microscópico). 5- Resultado: O resultado deve ser interpretado pelo médico que deve informar à paciente. O Papanicolau também determina algumas condições de saúde do corpo como nível hormonal, doenças da vagina e do colo do útero. 5.1- Resultado: Inflamação: Comentários Técnicos: Função da inflamação- ativar , estimular o sistema imunilógico, quando ocorre invasão por determinados elementos nocivos-bactérias , vírus e outros. Porém temos uma importante função da inflamação que é atuar na cicatrização. A cicatrização só ocorre quando há resposta inflamatória nolocal da lesão , e essa resposta que se dá pela produção de nova pele do local afetado , que fará a cobertura do local machucado. Temos a inflamação por meios naturais que ocorre quando há relação sexual e o atrito do pênis na vagina durante arelação sexual causa micro-lesões, microfissuras, para cicatrizá-los ocorre ainflamação. A outroa causa é a produção de progesterona que ocorre na 2ª fase do ciclo menstrual , deixando a mucosa vaginal fina e delicada , que juntamente com outros mecanismos de regulação da flora vaginal , vai resultar em inflamação local, esses caos não se trata pois são considerados fisiológicos. Metaplasia escamosa: (classe I)-Negativo Comentários técnicos: A metaplasia escamosa do colo uterino quer dizer que é a substituição
  • 4. fisiológica do epitélio colunar evertido na ectocérvix por um epitélio escamoso recém-formado de células subcolunares de reserva. A essa substituição fisiológica do epitélio colunar 1 evertido por um epitélio escamoso recém-formado chamamos de metaplasia escamosa. O meio vaginal é ácido quando a mulher está em idade fértil, também durante a gravidez. As células são repetidamente aniquiladas pela acidez vaginal no epitélio colunar em uma área de ectrópio2, e elas são supridas por um epitélio metaplásico recém-formado. A irritação do epitélio colunar em meio vaginal ácido vai aparecer o surgimento de células subcolunares de reserva . As células subcolunares desenvolvem-se em grande quantidae, e procede a hiperplasia de células de reserva e com o tempo vão formar o epitélio escamoso metaplásico. Metaplasia escamosa atípica: (classe II)-suspeito Este termo células escamosas atípicas apareceu em 1988, através do Sistema de Bethesda, com a finalidade de facilitar o diagnóstico das alterações celulares que não se enquadram às características de processo reativo ou às características de neoplasia. Displasias: 1) classe III - Displasia leve; NIC I, SIL de baixo, Grau (LSIL)-Atípico células escamosas: Em geral a conduta é expectante, com eventual cauterização ou retirada da lesão, com controle citológico a cada 3 a 6 meses. 2)classe III- Displasia Moderada; NIC II; SIL de alto; Grau (HSIL) lesão intraepitelial escamosa de baixo grau: A conduta poderá de acordo com a avaliação médica pode ser a retirada de parte do colo em cirurgia chamada de Conização com biópsia ou então, a realização da cauterização com colposcopia ou conização por CAF, com controle citológico a cada 3 a 6 meses. 3) classe III - Displasia acentuada; NIC III; SIL de alto grau; Grau (HSIL)-Carcinoma in situ- lesão intraepitelial escamosa de alto grau: A conduta em geral é a Conização com biópsia ou cauterização profunda ou conização por CAF, com controle citológico a cada 3 ou 6 meses; na dependência de cada caso, principalmente com relação à biópsia, a conduta médica poderá ter variáveis. 1 - denominado também de epitélio glandular. É composto por uma única camada de células altas com núcleos de coloração escura, próxima à membrana basal. 2 - É a presença de epitélio colunar endocervical evertido na ectocérvix.
  • 5. 5.2- Lactobacilus sp e cocus: São piogênicos. Tem como sintomatologia: corrimentos profusos, purulentos e de moderado odor. Descrevem-se em aeróbios ou anaeróbios. O grupo anaeróbio deve ter certo cuidado quando o corrimento for fétido com teste do KOH positivo e exame bacteriológico compatível com flora cocoide gram-positiva ou negativa. De acordo com Gerstner et al (1981) “ao estudarem 38 meninas pré-puberais sem sinais ou sintomas de vaginite, isolaram uma média de 5,3 % de espécies de bactérias por paciente, sendo que 2,9 % eram aeróbios e destes a espécie encontrada foi Staphylococcus epidermidis”. Porém o estafilococos e estreptococos são também em geral são encontrados em vaginas normais do que naquelas com determinado processo inflamatório. Muito raramente os cocos aeróbios são causa de leucorréia, faz-se exceção a Neisseria gonorrhoeae.
  • 6. Para termos uma certeza mais profunda é necessário a realização de bacterioscopia, naquelas pacientes/clientes que o exame citológico determinar a presença de flora cocoide e a paciente/cliente ter história clínica de leucorréia, para que seja afastada a patologia de gonorréia. Existe também o problema que em geral os meios de cultura para anaeróbios, usados em geral não são satisfatórios, quando nos referimos ao índice de positividade. Sendo assim a presença de leucorreia fétida bolhosa, o teste do KOH sendo positivo 3, com exames citológico e bacterioscópico com diagnóstico para cocos, e exame à fresco determinando negatividade para trichomonas e gardnerella, O médico pode realizar terapia a este paciente/cliente para cocos anaeróbios. Pois com todo esse aparato de exames o resultado é confiável. Flora Bacteriana comumente achada em mulheres normais: I. Microorganismos Comumente Isolados 1. Stafilococcus epidermidis 2. Streptococcus fecalis 3. Lactobacillus sp 4 4. Corynebacterium sp 5. E. Coli 5 6. Bacteroides fragilis 7. Fusobacterium sp 8. Veillonella sp 9. Peptococcus sp 10. Peptostreptococcus sp 11. microorganismos anaeróbios Microorganismos Ocasionalmente Isolados 1. Stafilococcus aureus 6 2. Streptococcus sp (Grupo B - b hemolítico) 3. Clostridium perfringens 4. Proteus sp 7 5. Klebsiella sp 8 Microorganismos Potencialmente Patógenos 1. Pseudomonas 3 - Cocos gran+ e bacilos gran+ , significa que existe alguma bactérias , que não são comum à flora vaginal. 4 Lactobacillus sp, Cocos, Outros Bacilos- São considerados achados normais, pois fazem parte da flora da vagina e não caracterizam infecções que necessitem tratamento. M.S. 5- - E. Coli presente é comum em mulheres, devido à proximidade do ânus com a vulva. 6 - Staphylococcus, e Streptococcus também são piogénicos. 7 8 -É uma espécie de bactéria gram-positiva, em forma de bastonete.
  • 7. 2. Streptococcus pneumoniae 3. Listeria monocitogênica Câncer do colo do útero Células Cervicais Anormais: são células do revestimento do colo do útero com alteração do aspecto. Este processo recebe o nome de displasia cervical. Se a anormlidade for mais grave , maior será a possibilidade de desenvolvimento de câncer do colo de úter. Em sua maioria o desenvolvimento do câncer do colo de útero, ocorre a partir de células cervicais anormais. Estas células cervicais anormais podem ter diferentes causas como : uma infecção ou inflamação mas são geralmente ocasionada por determinados tipos de papilomavírus humanos (HPV) . Têm-se mais de 30 tipos de HPV que infectam a área genital, e recebem a denominação de HPV genitais. Podem fazer calguns tipos de HPV com células alteradas progressivamente se transformem em câncer. Existem também tipos de HPV que causam verrugas genitais e outras mudanças não-cancerosas, principalmente no colo do útero. Todas as classificações de HPV genital determinam resultados anormais no exame de Papanicolau, dai a importância dos exames ginecológicos, os resultados dopapanicolau podem decidir quais os exames ou terapias complementares pelos profissionais de saúde. Caso os resultados de um Papanicolau diagnosticar células cervicais anormais, em geral o profissional médico pede testes adicionais, tais como a repetição do Papanicolau, exame do DNA do HPV, colposcopia e possível biópsia.. A biópsia anormal pode ser descrita como uma NIC, neoplasia intra-epitelial 9 cervical., a neoplasia é um crescimento anormal de células,(“ferida” no colo do útero) .10 NIC, diagnóstico de NIC 3, por exemplo, significa que existem células cervicais gravemente anormais em toda a espessura do revestimento do colo do útero. As anormalidades consideradas leves, o médico em geral solicita um monitoramento próximo. Por conseguinte, se as anormalidades forem mais graves, deverá ser feita a remoção dessas células, a fim de prevenir o desenvolvimento de um câncer do colo de útero futuro .Os métodos mais usados para o tratamento de células cervicais anormais são : 1. A Criocirurgia ( congelamento que destrói células cervicais anormais); 2. LEEP ( sigla em inglês para cirurgia de alta-frequência, a remoção de células cervicais anormais por intermédio de um fio em circuito em alta temperatura) 9 Intra-epitelial se refere à camada de células que forma a superfície do colo do útero. 10 -Ao lado de um número de 1 a 3, informa o quanto da espessura do revestimento do colo do útero contém células anormais.
  • 8. 3. Cirurgia convencional. Se as células anormais voltarem pode haver repetição da terapia. As células cervicais anormais também podem ser as primeiras consequências de uma infecção pelo HPV. No caso do câncer do colo do útero, o órgão que sofre alterações no seu epitélio original é o útero, em uma parte específica – o colo, que fica em contato com a vagina (BRASIL, 1997). HPV: É a sigla em inglês para papiloma vírus humano, são vírus da família Papilomaviridae capazes de provocar lesões de pele ou mucosa, a maior parte das lesões têm crescimento limitado e habitualmente diminuem e desaparecem espontaneamente. HPV e o câncer do colo do útero: Mais de 200 tipos diferentes de HPV. São determinados em baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Porém os de alto risco são relacionados a tumores malignos. Os vírus de alto risco, que tem probabilidade de lesões persistentes, estão associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Os HPV de tipo 6 e 11, tem a maioria dos achados nas verrugas genitais, também chamados condilomas genitais, e papilomas laríngeos, não oferecerem risco algum de incidir para malignidade, porém são observados em pequena proporção nos tumores malignos. Os HPV são contraídos por mulheres sexualmente ativas que podem se contaminar por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas., sendo em geral evoluindo para infecções transitória, espontaneamente são combatidas pelo sistema imunológico, observado principalmente nas mulheres mais jovens, tal fato. Os papilomas vírus podem ser diagnosticados pelas verrugas genitais observadas no orifício retal,, na vulva no órgão genital masculinos ou em outra área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames ginecológico, urológico(homens) e dermatológico . O diagnóstico subclínico das lesões iniciais do câncer do colo do útero, causadas pelos papilomavírus, é feito pelo exame citopatológico ( Papanicolau ou PCCU), sendo confirmado por meio de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, tais como teste de captura híbrida e o PCR. Os riscos da infecção por HPV em mulheres grávidas não terá em geral como consequência a má formação do feto, e por isso não impede o parto pela genitália feminina. O tipo de parto (normal ou cesariana) será determinada pelo médico. Em relação ao fato do parceiro ter mantido relação sexual com uma mulher contaminada pelo papilomavírus pode implicar ou não em transmissão da infecção. Recomenda-se consulta no urologista que será capaz - por meio de peniscopia, ou do teste de biologia molecular 11 identificar a 11 -Exame de material colhido do órgão genital masculino para pesquisar a presença do DNA do HPV.
  • 9. presença de infecção por papilomavírus, ou não. A terapia para acabar com a infecção pelo papilomavírus em geral por ser assintomática ou inaparente e de caráter transitório. As formas de apresentação são clínicas : lesões exofíticas ou verrugas e subclínicas sem lesão aparente. O tratamento podem ser : tópico, com laser, cirúrgico. Só o médico, pode recomendar a conduta de acordo com o caso. . Vaginose Bacteriana Vaginite (corrimento vaginal): irritantes e frequente problemas que afeta a saúde da mulher é o corrimento vaginal, o corrimento anormal pode ou não ter cheiro desagradável. Podendo haver também prurido ou ardor na genitália ou frequência de urinar., sendo uma das causas que mais levam a paciente/cliente a consulta ao ginecologista. Caracteriza-se por uma irritação vaginal ou um Os corrimentos podem ser causados por: 1. infecções vaginais; 2. infecções cervicais ou do colo do útero; 3. doenças sexualmente transmissíveis- DSTs O diagnóstico é realizado pelo médico ginecologista por meio da anamnese, exame ginecológico e em geralpor exames de papanicolau ou exames de laboratórios. Os corrimentos mais comuns são: 1. Candidíase;12 2. Tricomoníase; 3. Vaginose bacteriana; 4. Candidíase ou monilíase vaginal. O corrimento é espesso tipo nata de leite e geralmente é acompanhado de prurido ou irritação intensa. Candidíase: causada pelo fungo candida albicans, que propaga-se em áresa úmidas e quentes, pode também ser encontrada em pacientes que façam uso de tetraciclina, cefalosporina, e penicilina, e alguns outros antibióticos isso ocorre porque essses antibióticos alteram os protetores naturais da vagina, o corrimento é irritante e pode ter partículas brancas. Pode ainda haver infecção por candida em determinadas condições clínicas : mulheres grávidas, diabetes mellitus, fazendo uso de anticontraceptivos orais e esteróides. É uma infecção fúngica e causa: inflamação do epitélio , produzindo prurido,irritação e avermelhada e descarga (secreção) branca semelhante ao queijo 12 Candida ou Monília é um fungo e a candidíase é, portanto, uma micose.
  • 10. aderida ao epitélio. Não é aconselhável usar roupas justas e calcinhas de naylon. A candida surge quando a resistência do organismo diminui ou quando a resistência vaginal está diminuída. Alguns fatores são causadores desta micose: 1. antibióticos; 2. gravidez; 3. diabetes; 4. infecções; 5. deficiência imunológica; 6. medicamentos como anticoncepcionais e corticóides; 7. O parceiro sexual pode aparecer com pequenas manchas vermelhas no órgão genital. O diagnóstico pode ser clínico, através de exames de laboratório e o papanicolau. A terapia é a base de antimicóticos, é importante que se trate as causas da candidiase para evitar as recidivas. Podendo ser usados os cremes de miconazol, nistatina e clotrimazol, aplicados por sete noites consecutivas, ou por mais tempo se for crônico, mas quem vai determinar é o profissional médico. Vaginose por Trichomonas vaginalis(Tricomoníase): Causada por um protozoário flagelado. Corrimento adquirido por meio de relação sexual ou de contatos íntimos com secreção de uma pessoa afetada. O diagnostico pode ser clínico e por exames microscópicos feitos no próprio consultório médico, exames de laboratório ou pelo Papanicolau. O tratamento é feito com Metronidazol 2 g, VO, dose única, ou Tinidazol 2 g, VO, dose única; ou Secnidazol 2 g, VO, dose única; ou Metronidazol 250 mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias. Gestantes: Somente após o primeiro trimestre, usando o mesmo esquema citado acima. Nutrizes: Metronidazol Gel a 0,75%, 1 aplicador vaginal (5g), 1 vez ao dia, por 7 dias; ou Metronidazol 2g, VO, dose única (suspender o aleitamento por 24 horas). Parceiros: Tratar sempre, ao mesmo tempo que a paciente, e com o mesmo medicamento e dose. . O tratamento é orientado pelo médico. As naúseas e vômitos, além de ondas de calor podem aparecer se o indivíduo usar o medicamento com bebida alcólica. A relação sexual deve ser com preservativo durante o tratamento. As mulheres gestantes devem ser tratadas pois pode ocorrer parto prematuro.
  • 11. Vaginose Bacteriana - Gardnerella vaginalis É determinada por uma bactéria Gardnerella vaginalis ou por outras bactérias. Ocasiona odor desagradável durante a menstruação e nas relações sexuais. Não é considerada doença sexualmente transmissível a terapia é a a base de antibióticos deve ser realizada também ao parceiro sexual. O diagnosticado é feito pelo exame clínico, exames de laboratório e papanicolau. Pode ser diagnosticado também por um teste químico no próprio consultório médico. Corrimentos vaginais de outras causas e corrimentos crônicos Existem outras causas de corrimento: 1. Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) da menopausa; 2. Vaginite atrófica ( por falta de hormônio ) do parto e da amamentação; 3. Vaginite irritante provocada por camisinha, diafragma, espermaticida, creme lubrificante, absorvente externo e interno; 4. Vaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas apertadas, jeans, meias calça. 5. Cervicites - inflamações do colo do útero; 6. Vulvites - inflamações da parte externa dos genitais ou vulva causados por: • Papel higiênico colorido ou perfumado • Sabonetes perfumados ou cremosos • Shampoos e condicionadores de cabelo • Sabão em pó e amaciantes de roupas • Detergentes • Desodorantes íntimos • Uso do chuveirinho como ducha vaginal É importante que a cliente tente observar qual a causa de seu corrimento. Vaginite por Haemophilus vaginalis : é nomeada de vaginose bacteriana, por causa da ausência de inflamação no epitélio vaginal. Alguns estudiosos usam o termo bacteriose vaginal, que é o excesso de bactérias no órgão genital feminino. Há muitas suposições que a vaginose bacteriana resulte de uma interação complexa de muitas espécies de bactérias. Gardner e Dukes “acreditavam que a doença fosse causada por G. vaginallis porque observaram que ela estava presente em mulheres sem essa afecção”.
  • 12. Estudos recentes indicaram a vaginose bacteriana com complicações da gravidez, levando ao parto precoce, prematuridade e infecção de líquido amniótico. Porém os efeitos teratogênicos podem ocorrer e carcinogênicos potenciais, devido o tratamento com o metronidazol limitando o seu uso durante a gravidez, porém essa terapia pode ser considerada segura para uso no segundo trimestre de gravidez. Bacilos de Doderlein: O resultado de exame determinando a presença de bacilos de Doderlein (lactobacilos), com condição normal, não é caso para tratamento, pois ele vive na flora vaginal. A designação dessa bactéria apesar de um tanto quanto diferente, não deveria assustar ninguém, pois trata-se de um microorganismo benéfico para a saúde feminina, tanto que constitui a flora bacteriana vaginal normal. Os bacilos de Döderlein se alimentam de glicogênio e fazem aprodução do ácido lático 13 o que mantém o pH vaginal ácido14 o que irá evirtar a proliferação de bactérias patogênicas. É considerada uma condição anormal , quando ocorre o crescimento em grande quantidade dos bacilos de Doderlein, que podendo aparecer como um corrimento com sintomas parecidos com a candidíase como um corrimento de odor fétido (odor de peixe estragado). O diagnóstico desse o tratamento é simples e individual. Vaginose por Bartolinite: Pode ser causada por E.Coli, trichomonas, stapylacoccus , streptococcus. É uma infecção da grande glândula vestibular. Ocorre eritema, tumefação, e edema, e desenvolvimento de abcesso da glândula vestibular. Otratamento consiste em drenagem de abcesso e antibioticoterapia: excisar a glândula de pacientes com bartolinite crônica, os procedimentos de tratamento é orientado pelo médico. Cervicite por Clamídia: As manifestações clínicas de tal patologia assemelham-se a da gonorréia (cervicite e secreção purulenta)Afeta o trato urinário podendo causar : disúria, pode ser ainda assintomática. Em geral o tramento é antibiótico : eritromicina, doxiciclina, tetraciclina geralmente por sete dias. As gestantes não são aconselhadas a tomar a tetraciclina pelos seus efeitos na gravidez. Os resultados do tratamento tardio pode ser: DIP15 e infertilidade. 13 - o mesmo encontrado em sabonetes íntimos. 14 -em torno de 4. 15 - Doença inflamatória pélvica (DIP).
  • 13. O Fusobacterium sp: é um bacilo gram-negativo, anaeróbio, comensal da flora oral, gastrointestinal e genital, é o agente causador mais frequentemente na Sindrome de Lemierre implicado em quase 81% dos casos, embora outras espécies de Fusobacterium ou mesmo outros gram-negativos possam estar envolvidos. A vagina possui flora bacteriana natural abundante, que tem uma mistura de microorganismos aeróbios e anaeróbios que podem causar inflamação quando em crescimento anormal. Pois muitos destes microorganismos são denominados de patógenos, sua mera presença na flora , necessariamente não pode ser dita infecção. Entre as bactérias que aparecem em grande quantidade no trato genital feminino temos a fusobacterium, ocorrendo a vaginose. O não tratamento em mulheres grávidas pode ocasionar o parto prematuro.(Host et al, 1994). São bacilos anaeróbios podem associar-se as candidas causando corrimentos amarelos esbranquiçados, de odor pouco, mas resistentes a antibióticos. Mobiluncus sp: As bactérias deste gênero são bastonetes delgados e curvos, fazem parte da flora intestinal ,mas podem ser isolados na vagina em casos de vaginose, são gram negativos ou variáveis, causam corrimento de odor fétido semelhante ao da Garnerella, aderem-se a o epitélio dando forma de tapete de pêlo. São usados os metronidazol para tratamento, porém alguns podem ter resistência , o trtamento é feito pelo médico. Actinomyces sp: Microrganismo cujo filum se desenvolveu em bactérias e fungos são gram positivos e anaeróbicos ,não são presentes normalmente na flora cérvico vaginal , seu aparecimento é patológico, se dá em pacientes com DIU.16, o corrimento vaginal em geral é leitoso, amarelo e fétido, a retirada do dispositivo é a solução juntamente com a antibioticoterapia. A presença de DIP, muitas vezes é observada nestes tipos de paciente com DIU . Leptotrix vaginalis: São bacilos longos (assemelham-se a finos pêlos), são determinados como fungosos filamentos e classificados como trichobactérias (bactérias em formas de filamentos). Essa espécie é relatada na vagina não indica inflamação, sendo considerada saprófita na vagina. Associada a Trichomonas vaginalis a fungos e outros agentes em grande quantidade pode ser considerada patógena. 16 - Dispositivo intrauterino.
  • 14. Referências: Ginecologia, Günther Kern, 2ª edição, Guanabara Koogan, 1978. Host, E: Goffeng, A.R: Amdersch,- Bactérias vaginais e vaginose em grávidas,1994. Brunner e Suddart-Tratado de Enfermagem nmédico-cirúrgica-2003.