Enquanto o nome de registro, Francisco Buarque de Hollanda, foi reduzindo-se com o tempo, a importância no cenário cultural brasileiro tomou o caminho inverso e consagrou a alcunha artística "Chico Buarque" como um dos maiores representantes da música, dramaturgia e da literatura brasileira. A trajetória do artista de 71 anos virou o documentário “Chico — Artista brasileiro”, pelas mãos do diretor Miguel Faria Jr. O documentário abriu o Festival do Rio de 2015, em uma sessão, lotada, para convidados no Cine Odeon. O filme, que conta os bastidores da vida do cantor, seja em sua intimidade, seja em curiosidades, principalmente sobre suas composições, tem depoimentos de Chico, familiares e colegas de profissão. Ao longo da carreira, Chico lançou cerca de 80 discos, entre projetos solo e parcerias com grandes nomes da música popular brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Jobim, entre outros. Como coautor, produziu cinco longa metragens, além de cinco peças teatrais e oito livros escritos, tudo isso retratado no documentário. A expectativa é de sucesso já que, além da popularidade do cantor, o diretor Miguel Farias Jr. é famoso por outra produção biográfica e musical, "Vinicius" (2005), sobre o também cantor e compositor Vinicius de Moraes. Também lançado no Festival do Rio, à época, até hoje, Vinicius é o maior documentário brasileiro em telespectadores no cinema, visto por 272 mil pessoas, somente em salas.