O índice de preços de alimentos da FAO atingiu o maior nível desde fevereiro de 2020 em agosto, impulsionado pelo aumento nos preços do açúcar e óleos vegetais. Os preços dos cereais também subiram modestamente, enquanto os valores das carnes e laticínios permaneceram estáveis. A forte demanda da China e preocupações com a produção agrícola nos EUA elevaram os preços de commodities como sorgo, cevada e milho.
Relatorio diario cogo inteligencia em agronegocio 15 10-2020
Relatorio diario cogo inteligencia em agronegocio 03 09-2020
1. Report Diário: impactos do Covid-19 no agronegócio
Alimentos: preços globais sobem em agosto e
atingem maior patamar desde o início da pandemia
Overview 03/09/2020
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ÍNDICE
ALIMENTOS: EVOLUÇÃO DOS PREÇOS GLOBAIS EM AGOSTO/2020
➔ O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 96,1 pontos em agosto, com
alta de 1,8 ponto (2,0%) ante julho, o maior nível desde fevereiro de 2020.
➔ O resultado mensal foi impulsionado pelo aumento nos subíndices de açúcar e
óleos vegetais, além de cereais, que subiram modestamente, enquanto os valores
para carnes e laticínios se mantiveram estáveis, próximos aos níveis de julho.
➔ O subíndice de preços dos Cereais subiu 1,9% em agosto ante julho e 7,0% acima
do verificado em agosto de 2019.
➔ Entre os principais cereais, os preços internacionais sorgo, cevada, milho e arroz
foram os que mais subiram.
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ALIMENTOS: EVOLUÇÃO DOS PREÇOS GLOBAIS EM AGOSTO/2020
➔ Os preços do sorgo aumentaram significativamente pelo 2º mês consecutivo, 8,7%
a mais que em julho e 33,4% acima do nível de agosto de 2019, principalmente
devido à forte demanda de importação da China.
➔ O mesmo ocorreu com os preços da cevada, que subiram 3,2% na comparação
mensal, refletindo ritmo mais rápido nas exportações da Argentina para a China.
➔ As preocupações com a produção agrícola nos Estados Unidos após os recentes
danos às safras em Iowa, elevaram os preços do milho em 2,2% em agosto.
➔ Os preços internacionais do arroz também subiram, após dois meses de quedas
sucessivas, sustentados por disponibilidades sazonalmente restritas e aumento da
demanda da África.
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ALIMENTOS: EVOLUÇÃO DOS PREÇOS GLOBAIS EM AGOSTO/2020
➔ No mercado de trigo, os preços de exportação aumentaram, embora mais devagar,
uma vez que as perspectivas de menor produção na Europa e o aumento do
interesse de compra começaram a elevar os preços no final do mês.
➔ O subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 98,7 pontos em
agosto, alta de 5,9% ante julho, o nível mais alto desde janeiro deste ano.
➔ Os valores de óleo de palma mais firmes e preços mais elevados da soja, semente
de girassol e óleo de canola contribuíram para o resultado.
➔ O aumento dos preços internacionais do óleo de palma reflete a desaceleração da
produção nos principais países produtores que, combinada com a firme demanda
global de importação, deve resultar em níveis de estoque reduzidos.
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ALIMENTOS: EVOLUÇÃO DOS PREÇOS GLOBAIS EM AGOSTO/2020
➔ Enquanto isso, os valores do óleo de soja continuaram a aumentar em meio a uma
absorção melhor do que o previsto pela indústria de biodiesel dos Estados Unidos.
➔ O subíndice de preços de Lácteos teve uma média de 102 pontos em agosto e
permaneceu quase inalterado em relação a julho e até 1,7 ponto (1,7%) acima em
relação ao mesmo mês do ano anterior.
➔ Em relação ao subíndice de Carnes, não houve praticamente alteração em relação
ao valor de julho, com queda de 8,2% em agosto ante o mesmo mês de 2019.
➔ No mês de agosto, as cotações da carne bovina e da carne de aves caíram, devido
ao menor ritmo de importação, apesar da redução no abate de bovinos e no
processamento nas principais regiões produtoras.
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ÍNDICE
ALIMENTOS: EVOLUÇÃO DOS PREÇOS GLOBAIS EM AGOSTO/2020
➔ Os preços da carne suína subiram após quatro meses de quedas consecutivas,
impulsionados pelas importações da China.
➔ O subíndice de preços do Açúcar registrou alta de 6,7% em agosto em comparação
com julho e 6,4% acima do registrado em agosto de 2019.
➔ O último aumento mês a mês refletiu a perspectiva de uma redução na produção
devido às condições meteorológicas desfavoráveis na União Europeia (UE), bem
como na Tailândia, o segundo maior exportador de açúcar do mundo.
➔ A forte demanda de importação de açúcar pela China, impulsionada pelo aumento
do consumo interno, deu suporte adicional aos preços, mas as expectativas de
safra abundante de açúcar na Índia contiveram a extensão do aumento de preço.