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Alergia a Produtos de Látex
Natural
Walter Spinardi Junior
Novembro/2001
Alergia a Produtos de
Látex Natural
Walter Spinardi Junior
Novembro/2001
Sumário
Introdução
Reações Cutâneas Adversas ao Látex
Natural
Alternativas para Redução do Potencial
Alergênico
Regulamentações
Situação Brasil
Tendências de Mercado
Conclusões
Introdução
FDA (EUA) período 1988 – 1997:
Reportados mais de 2500 casos de
reações adversas
Relatadas 28 mortes por reações alérgicas
ao uso de produtos médicos contendo
látex natural
68% dos casos relacionados com luvas
Introdução
Látex Natural
Mistura complexa de partículas de borracha de forma
esférica de poli cis-isopreno dispersas em um meio
aquoso.
Excelente balanço de características físicas (tensão,
alongamento e resistência ao rasgo)
Introdução
Látex Natural
Colheita
Beneficiamento
Coagulação e produção de borracha sólida
Centrifugação e produção de látex natural
Introdução
Consumo Mundial de Látex e Borracha Natural
* Monthly Rubber Statistical Bulletins – IRSG (January – June 2000)
Ano Consumo Mundial
Látex Natural
(‘000 ton.)
Mercado Mundial
Borracha Natural
(‘000 ton.)
Participação
Látex
Natural
(%)198
0
268 3760 7.1
198
5
347 4350 8.0
199
0
590 5270 11.2
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652 5680 11.5
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5
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6
800 6140 13.0
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8
746 6580 12.1
199
9
858 6700 12.8
Introdução
Látex Natural
Usado em mais de 40 000 tipos de produtos e em
diversos tipos de aplicações
Artigos de Imersão
Elásticos
Espumas
Adesivos
Outros
Introdução
Artigos de Imersão
Correspondem a cerca de 55%
do consumo mundial de látex
natural
Luvas
Preservativos
Balões
Outros
Introdução
Artigos de Imersão
Processo de Fabricação
Formulação do composto de látex
Formação de filme
Imersão direta do molde
• Preservativos
Coagulação
• Luvas, Balões
Introdução
Artigos de Imersão
Considerados os principais focos de reações
alérgicas principalmente luvas de látex natural
Causas
Aumento de consumo de luvas devido ao aumento da
Incidência de casos de infecções tipo hepatite B (HBV),
hepatite C (HCV), e AIDS (HIV):
• Comunicado “Universal Precautions” - Centers for
Disease Control and Prevention (CDCP) in 1987
• Bloodborne Pathogens Standards - OSHA in 1992
Diminuição na qualidade do produto devido a
modificações no processo de fabricação (lixiviação)
Introdução
Consumo de Luvas (EUA)
0
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1987 1990 1992 1995 1996
Consumo Luvas
(Bilhões)
Reações Cutâneas Adversas
ao Látex Natural
Tipos
Reação de Irritação ou Dermatite de Contato Irritante
Reações Alérgicas
Dermatite de Contato Alérgica
(Hipersensibilidade Retardada Tipo IV)
Alergia a proteínas de Látex Natural
(Hipersensibilidade Imediata Tipo I)
Irritação
Descrição
Reação não alérgica
Inflamação ou irritação da pele em decorrência do
contato com uma substância irritante
Reduz as propriedades de barreira da pele,
permitindo a penetração de substâncias químicas ou
de proteínas de látex natural
Irritação
Causas
Presença de ingredientes químicos usados na
fabricação do produto
Baixa eficiência no processo de extração de
resíduos (lixiviação) do produto durante a sua
fabricação
Presença no produto de um agente lubrificante na
forma de pó (talco ou amido de milho) que
absorvem a umidade da pele tirando assim a sua
proteção natural e tornando-a vulnerável a irritação
Uso excessivo de detergentes para assepsia das
mãos, ressecando a pele e tornando-a susceptível a
Irritação
Estatísticas
No caso de luvas cirúgicas ou de procedimento, a
dermatite de contato irritante é a reação adversa mais
freqüente
Em 1996, Wilkinson*
avaliou 44 pacientes que tinham
reações quando em contato com luvas:
75% das reações dermatite de contato irritante
20% urticária de contato
8% dermatite de contato alérgica
* S.M. Wilkinson, The Jadassohn Centenary Congress, European Society of Contact Dermatitis/
American Contact Dermatitis Society, London, abstr 111 (Outubro 1996)
Irritação
Sintomas
Eritema ou Vermelhidão
Coceira
Erupções cutâneas (exposição repetida ou
contato prolongado)
Irritação
Sintomas
Reações ocorrem minutos ou horas após
exposição
Sintomas ou sinais clínicos são definidos e
limitados a área de contato do produto com a
pele
Reações Alérgicas ao Látex
Natural
Reação Alérgica
Originada da presença de anticorpos específicos
presentes no organismo chamados IgE
(imunoglobina E)
As células mast são ativadas pelos IgE
específicos liberando substâncias mediadoras
entre elas a histamina
Histamina causa os sintomas alérgicos
(vermelhidão, inchaço, etc...)
Reações Alérgicas ao Látex
Natural
Primeiro relato de reação alérgica ao
látex natural:
1979 (Nutter)
Primeira Documentação:
1939 (Alemanha)
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Descrição
Reação alérgica a substâncias químicas específicas,
conhecidas como sensibilizantes de contato
Agentes Sensibilizantes: mecanismo de ação e efeitos
diferentes das substâncias irritantes
Somente indivíduos geneticamente programados a
responder a estes sensibilizantes irão ter estas
reações
Exposição repetitiva torna o indivíduo cada vez mais
sensível até atingir um grau crítico a partir da qual a
reação se manifestará
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Agentes Sensibilizantes
Ingredientes químicos usados no
processo de fabricação
Aceleradores de vulcanização
Antioxidantes, colorantes, preservantes,
resinas e plastificantes EXEMPLOS
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Aceleradores de Vulcanização
Tiurams
Tiazóis
Carbamatos
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Principais Aceleradores de Vulcanização
Categoria
 
Produto Químico
 
Carbamatos
 
Dibutilditiocarbamato de Zinco (ZDBC ou ZDC)
Dietilditiocarbamato de Zinco (ZDEC
Dibenzilditiocarbamato de Zinco (ZDC)
Dimetilditiocarbamato de Zinco (ZDMC ou ZM)
 
Tiazois
 
N-ciclohexilbenzotiazol sulfenamida (CBS)
2- mercaptobenzotiazol (MBT)
Bis(2,2’-benzotiazollil) disulfeto (MBTS)
Sal de Zinco 2- mercaptobenzotiazol (ZMBT)
 
Tiurams
 
Dipentametilenotiuram disulfeto (PTD)
Tetrametiltiuram disulfeto (TMTD)
Tetrametiltiuram monosulfeto (TMTM)
Tetraetiltiuram disulfeto (TETD)
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Causa
Contato direto com uma substância
alergênica
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Estatísticas
Estima-se que 80% dos casos de alergia
relacionados ao uso de luvas sejam do tipo
Dermatite de contato alérgica (Tipo IV)
Casos de reações aos Aceleradores de
Vulcanização:
72% referem-se ao tipo Tiuram
25% para os carbamatos
3% para os tiazois
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Sintomas
Iniciais
Eritemas
Coceira
Formação de minúsculas bolhas
Crônicos
Rachaduras na pele
Feridas
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Sintomas
Sintomas podem aparecer além da região em
contato com o produto
Reações ocorrem de 6 a 48 horas após
exposição
Dermatite de Contato Alérgica
(Tipo IV)
Diagnose
“Patch Testing”
Consiste na aplicação de substâncias
possivelmente alergênicas na pele normal
utilizando-se compressas colocadas
geralmente nos braços e mantidas por 24 ou
até mesmo 48 h no local e é feito um
monitoramento de possíveis reações
cutâneas
ASTM D6355 98 “Standard Test Method for
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Descrição
Tipo de alergia caracterizado por provocar uma
resposta do sistema imunológico
Originada das proteínas presentes no látex
natural
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Proteínas no Látex Natural
1 a 2% na composição do látex natural
Total de 240 tipos diferentes de proteínas
Pelo menos 57 foram identificadas como sendo
alergênicas
Proteínas alergênicas: faixa de peso molecular de
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Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Proteínas Alergênicas no Látex Natural
Designação do
Alergênico
 
Tipo de Proteína do látex
Natural
Hev b1 Fator de alongamento da borracha
Hev b2 B-1, 3-Gluconase
Hev b3 Feniltransferase
Hev b4 Componente Microhelix
Hev b5 Proteína acídica
Hev b6.01 Proheveina
Hev b6.02 Heveina
Hev b6.03 Pro-heveina C
Hev b7 Patatina
Hev b8 Proflina
Hev b9 Enolase
Hev b10 Mn dismutase superoxido
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Tipos de Proteínas Alergênicas
Proteína ligada ao látex natural
Proteína solúvel em água
Proteína adsorvida pelo lubrificante contido
no produto final
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Causas
Contato com as proteínas
Contato com os lubrificantes do
produto
Contato com os lubrificantes do
produto dispersos no ambiente
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Estatísticas
Estima-se que 1% da população mundial e
10% dos trabalhadores da área médica
sejam sensíveis as proteínas do látex natural
35 a 60% dos pacientes com Spina Bifida são
sensíveis a proteínas do látex natural
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Reatividade Cruzada
Alergia a proteína de látex natural está
associada com reações alérgicas a frutas:
Banana, Kiwi, Abacate, Castanhas
Indivíduos com histórico de reações alérgicas
a estes tipos de frutas são propensos a terem
reações alérgicas a proteína do látex natural
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Sintomas
Urticária
Angioderma
Conjuntivite
Rinite
Asma
Formigamento
Anafilaxia
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Sintomas
Sinais e sintomas podem se manifestar em
uma região localizada ou de maneira
generalizada.
Podem ocorrer após tempo de exposição ao
produto que pode variar de segundos a 1
hora após exposição
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Diagnose
Teste de Puntura
Consiste na aplicação na pele de uma amostra de
extrato de látex natural padrão ou do extrato do
produto em questão
Métodos Imunológicos (RAST ou ELISA)
Teste sorológico realizado a partir de uma amostra
de sangue do paciente. Avalia-se a presença de
anticorpos IgE específicos das proteínas do látex
Alergia a Proteínas do Látex
Natural (Tipo I)
Métodos Quantitativos
Usados para quantificar as proteínas
presentes nos artigos de látex natural
ASTM D 6499-00=== É QUANTITATIVO?????
“The Immunological Measurement of Antigenic Protein
in Natural Rubber and its Products”
ASTM D 5712-99
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Rubber and Its Products Using the Modified Lowry
Method”
Alternativas de redução do
Potencial Alergênico
Tratamentos do látex natural
Tratamentos no proceso de fabricação
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Revestimento polimérico
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Redução de até 90% da quantidade total de
proteínas submetendo-se o látex a uma
dupla centrifugação
Extração de proteínas através da adição
de enzimas
Adição de enzimas do tipo Protease, que
reagem com as proteínas do látex formando
amino ácidos. Posteriormente é feita a
extração destes amino ácidos usando-se um
surfactante
Tratamentos no Processo de
Fabricação
Lixiviação
Redução da quantidade total de
proteínas e de resíduos químicos
Melhoria das Propriedades
Físicas
Lixiviação com pós-vulcanização
é mais eficiente
Adoção de lixiviação pós-
processo
Tratamentos no Processo de
Fabricação
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Usado na produção de luvas “powder free”
Reduz a aderência na superfície da luva
Reduz o conteúdo de proteínas do látex
natural
Métodos Alternativos de
Vulcanização
Vulcanização por Radiação
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Revestimento Polimérico
Trata-se da aplicação no produto de uma
camada de uma substância polimérica (ex.:
Poliuretano) na forma de látex formando uma
barreira física
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(Tipo I e Tipo IV)
Materiais Alternativos
Materiais sintéticos vem sendo usados na
fabricação de luvas e preservativos
Luvas: Látex nitrílico, cloropreno e poliuretano
Preservativos: poliuretano
Materiais Alternativos
Comparação de propriedades entre materiais poliméricos
Material Resistênc
ia a
Tração
 
Conforto Elasticidade Resistênc
ia a
Rasgo
Custo
Borracha
Natural
 
++ ++ ++ ++ Baixo
Borracha
Nitrílica
 
+ + + -- Médio
Cloropreno
 
+ + ++ + Médio
Poliuretano
 
++ + -- -- Alto
PVC
 
+ + -- -- Baixo
Regulamentações
FDA
1991:
Identificação nas embalagens sobre
possíveis reações alérgicas
1997:
Exigência de testes de comprovação
da vida útil do produto
1998:
Proibição do termo “Hipoalergênico”
Low protein: máximo 50 µg/g
Regulamentações
ASTM
Luvas cirúrgicas (ASTM D 3577)
Limite de 200 µg /dm2
para proteínas
solúveis
Limites de quantidade residual de
lubrificante
Regulamentações
Europa
1999: Incorporação na norma referente a
luvas médicas EN455 (European Glove
Standard) métodos de medições de
proteínas solúveis (ensaio do tipo Lowry)
Alemanha: propõe limite de 10 a 30 µg /g
para proteínas solúveis e a não utilização
de luvas com lubrificante
Inglaterra: recomendação de limite de
proteínas solúveis a serem considerados
Regulamentações
ISO
Luvas:
Inclusão da medição de proteínas solúveis (ISO
122343-2), baseando-se num teste similar ao
considerado pela ASTM e norma européia
(método Lowry)
Preservativos:
Draft recomendando-se aos fabricantes
monitoramento do teor de proteínas (ISO 4074)
Regulamentações
Malásia
1998: Criação de um programa para redução
do potencial alergênico
Certificação dos fabricantes de acordo com um
sistema chamado de “Standard Malaysian Glove”
Objetivo: melhoria da qualidade das luvas
• Redução de proteínas
• Eliminação do uso de lubrificantes
• Redução da incidência de furos
• Melhoria nas propriedades físicas do produto
Regulamentações
Brasil
2001:
Revisão das Normas de Luvas (Grupo
CB-32)
Inclusão de testes de proteínas baseando-
se na norma ASTM
Regulamentações
Estudos Clínicos auxiliam na fixação de limites de
tolerância para os fabricantes de produtos de
baixo teor de proteína e potencial alergênico
Estudo* com pessoas sensibilizadas ao látex
natural em contato com determinadas
quantidades de proteínas
Nível de até 400 µg /g:
em 60% delas não ocorreram reações alérgicas
Nível de até 100 µg /g
não foram observadas reações alérgicas em 100% dos
pacientes testados
*Esap Yip, Turjanmaa,K., NG, K.P. e Mok, K.L., “Residual Extractable Proteins and Allergenicity of Natural Rubber
Products”, Int. Confer. on Latex Protein Allergy:The Latest Position, Paris,1995
Situação Brasil
Baixa procura luvas “powder free” e sintéticas
Relato de casos:
Hospital dos Servidores do Estado
Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina USP
Instituto Fernandes Figueira, RJ
Faculdade Medicina Univ. Federal Fluminense, RJ
213 indivíduos
17 pessoas (7,98%) sensibilidade imediata ao látex
Universidade Federal da Bahia
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
56 profissionais
Tendências de Mercado
Luvas médicas:
Migração para o uso de produtos sem a
presença de lubrificante (“powder free”)
Aumento de interesse/mercado por luvas de
material sintético
Preservativos
Produtos de material sintético
Conclusões
Medidas por parte das
autoridades governamentais e
dos fabricantes
Adequação das normas existentes
Adoção de programas de melhoria de
qualidade nos produtos comercializados
Melhoria da eficiência de lixiviação
Monitoração periódica da quantidade de
Conclusões
É preciso afirmar que pessoas
diagnosticadas como sensibilizadas ao
látex devem ser recomendadas a evitar o
uso de produtos que a base de látex
natural e aconselhadas a utilizarem
produtos de material sintético
REDUCTION WASHING
Ansell has improved on the "on-machine" leaching process by installing
post-machine leaching.
During the drying and curing process some of the material in
the latex matrix is forced to the outer surfaces of the glove.
Post-oven washing will dissolve the soluble materials from the outside of
the glove, (inside of the stripped glove) but not from the glove surface
against the former.
Ansell has for many years been aware of the potential
allergenic effects of residual chemicals in gloves and has been carrying
out a "post- machine" leaching and washing operation.
Here gloves are tumbled in a "washer" with three separate lots of near
boiling water for 30 minutes each, ie, the gloves are in contact with near
boiling water for a total of 1.5 hours.
This process reduces the water soluble extractables and calcium nitrate
extractables from approximately TWE 1.0 % to 0.2 % Calcium Nitrate
0.09 % to 0.04 % An important aspect of this process is that the water
In 1995, Ansell acquired the Perry Glove
Division from Smith & Nephew. In order to
significantly decrease the protein levels of the
Perry Gloves, post-oven leaching tanks were
extended on Perry' six manufacturing lines at a
cost of nearly one million dollars. Subsequent
allergen testing of Perry gloves clearly
demonstrates the success of our line extensions
in reducing the protein allergen content.

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Alergia a Látex: Sintomas, Causas e Diagnóstico

  • 1. Alergia a Produtos de Látex Natural Walter Spinardi Junior Novembro/2001
  • 2. Alergia a Produtos de Látex Natural Walter Spinardi Junior Novembro/2001
  • 3. Sumário Introdução Reações Cutâneas Adversas ao Látex Natural Alternativas para Redução do Potencial Alergênico Regulamentações Situação Brasil Tendências de Mercado Conclusões
  • 4. Introdução FDA (EUA) período 1988 – 1997: Reportados mais de 2500 casos de reações adversas Relatadas 28 mortes por reações alérgicas ao uso de produtos médicos contendo látex natural 68% dos casos relacionados com luvas
  • 5. Introdução Látex Natural Mistura complexa de partículas de borracha de forma esférica de poli cis-isopreno dispersas em um meio aquoso. Excelente balanço de características físicas (tensão, alongamento e resistência ao rasgo)
  • 6. Introdução Látex Natural Colheita Beneficiamento Coagulação e produção de borracha sólida Centrifugação e produção de látex natural
  • 7. Introdução Consumo Mundial de Látex e Borracha Natural * Monthly Rubber Statistical Bulletins – IRSG (January – June 2000) Ano Consumo Mundial Látex Natural (‘000 ton.) Mercado Mundial Borracha Natural (‘000 ton.) Participação Látex Natural (%)198 0 268 3760 7.1 198 5 347 4350 8.0 199 0 590 5270 11.2 199 4 652 5680 11.5 199 5 707 5980 11.8 199 6 800 6140 13.0 199 7 804 6500 12.4 199 8 746 6580 12.1 199 9 858 6700 12.8
  • 8. Introdução Látex Natural Usado em mais de 40 000 tipos de produtos e em diversos tipos de aplicações Artigos de Imersão Elásticos Espumas Adesivos Outros
  • 9. Introdução Artigos de Imersão Correspondem a cerca de 55% do consumo mundial de látex natural Luvas Preservativos Balões Outros
  • 10. Introdução Artigos de Imersão Processo de Fabricação Formulação do composto de látex Formação de filme Imersão direta do molde • Preservativos Coagulação • Luvas, Balões
  • 11. Introdução Artigos de Imersão Considerados os principais focos de reações alérgicas principalmente luvas de látex natural Causas Aumento de consumo de luvas devido ao aumento da Incidência de casos de infecções tipo hepatite B (HBV), hepatite C (HCV), e AIDS (HIV): • Comunicado “Universal Precautions” - Centers for Disease Control and Prevention (CDCP) in 1987 • Bloodborne Pathogens Standards - OSHA in 1992 Diminuição na qualidade do produto devido a modificações no processo de fabricação (lixiviação)
  • 12. Introdução Consumo de Luvas (EUA) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1987 1990 1992 1995 1996 Consumo Luvas (Bilhões)
  • 13. Reações Cutâneas Adversas ao Látex Natural Tipos Reação de Irritação ou Dermatite de Contato Irritante Reações Alérgicas Dermatite de Contato Alérgica (Hipersensibilidade Retardada Tipo IV) Alergia a proteínas de Látex Natural (Hipersensibilidade Imediata Tipo I)
  • 14. Irritação Descrição Reação não alérgica Inflamação ou irritação da pele em decorrência do contato com uma substância irritante Reduz as propriedades de barreira da pele, permitindo a penetração de substâncias químicas ou de proteínas de látex natural
  • 15. Irritação Causas Presença de ingredientes químicos usados na fabricação do produto Baixa eficiência no processo de extração de resíduos (lixiviação) do produto durante a sua fabricação Presença no produto de um agente lubrificante na forma de pó (talco ou amido de milho) que absorvem a umidade da pele tirando assim a sua proteção natural e tornando-a vulnerável a irritação Uso excessivo de detergentes para assepsia das mãos, ressecando a pele e tornando-a susceptível a
  • 16. Irritação Estatísticas No caso de luvas cirúgicas ou de procedimento, a dermatite de contato irritante é a reação adversa mais freqüente Em 1996, Wilkinson* avaliou 44 pacientes que tinham reações quando em contato com luvas: 75% das reações dermatite de contato irritante 20% urticária de contato 8% dermatite de contato alérgica * S.M. Wilkinson, The Jadassohn Centenary Congress, European Society of Contact Dermatitis/ American Contact Dermatitis Society, London, abstr 111 (Outubro 1996)
  • 17. Irritação Sintomas Eritema ou Vermelhidão Coceira Erupções cutâneas (exposição repetida ou contato prolongado)
  • 18. Irritação Sintomas Reações ocorrem minutos ou horas após exposição Sintomas ou sinais clínicos são definidos e limitados a área de contato do produto com a pele
  • 19. Reações Alérgicas ao Látex Natural Reação Alérgica Originada da presença de anticorpos específicos presentes no organismo chamados IgE (imunoglobina E) As células mast são ativadas pelos IgE específicos liberando substâncias mediadoras entre elas a histamina Histamina causa os sintomas alérgicos (vermelhidão, inchaço, etc...)
  • 20. Reações Alérgicas ao Látex Natural Primeiro relato de reação alérgica ao látex natural: 1979 (Nutter) Primeira Documentação: 1939 (Alemanha)
  • 21. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Descrição Reação alérgica a substâncias químicas específicas, conhecidas como sensibilizantes de contato Agentes Sensibilizantes: mecanismo de ação e efeitos diferentes das substâncias irritantes Somente indivíduos geneticamente programados a responder a estes sensibilizantes irão ter estas reações Exposição repetitiva torna o indivíduo cada vez mais sensível até atingir um grau crítico a partir da qual a reação se manifestará
  • 22. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Agentes Sensibilizantes Ingredientes químicos usados no processo de fabricação Aceleradores de vulcanização Antioxidantes, colorantes, preservantes, resinas e plastificantes EXEMPLOS
  • 23. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Aceleradores de Vulcanização Tiurams Tiazóis Carbamatos
  • 24. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Principais Aceleradores de Vulcanização Categoria   Produto Químico   Carbamatos   Dibutilditiocarbamato de Zinco (ZDBC ou ZDC) Dietilditiocarbamato de Zinco (ZDEC Dibenzilditiocarbamato de Zinco (ZDC) Dimetilditiocarbamato de Zinco (ZDMC ou ZM)   Tiazois   N-ciclohexilbenzotiazol sulfenamida (CBS) 2- mercaptobenzotiazol (MBT) Bis(2,2’-benzotiazollil) disulfeto (MBTS) Sal de Zinco 2- mercaptobenzotiazol (ZMBT)   Tiurams   Dipentametilenotiuram disulfeto (PTD) Tetrametiltiuram disulfeto (TMTD) Tetrametiltiuram monosulfeto (TMTM) Tetraetiltiuram disulfeto (TETD)
  • 25. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Causa Contato direto com uma substância alergênica
  • 26. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Estatísticas Estima-se que 80% dos casos de alergia relacionados ao uso de luvas sejam do tipo Dermatite de contato alérgica (Tipo IV) Casos de reações aos Aceleradores de Vulcanização: 72% referem-se ao tipo Tiuram 25% para os carbamatos 3% para os tiazois
  • 27. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Sintomas Iniciais Eritemas Coceira Formação de minúsculas bolhas Crônicos Rachaduras na pele Feridas
  • 28. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Sintomas Sintomas podem aparecer além da região em contato com o produto Reações ocorrem de 6 a 48 horas após exposição
  • 29. Dermatite de Contato Alérgica (Tipo IV) Diagnose “Patch Testing” Consiste na aplicação de substâncias possivelmente alergênicas na pele normal utilizando-se compressas colocadas geralmente nos braços e mantidas por 24 ou até mesmo 48 h no local e é feito um monitoramento de possíveis reações cutâneas ASTM D6355 98 “Standard Test Method for
  • 30. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Descrição Tipo de alergia caracterizado por provocar uma resposta do sistema imunológico Originada das proteínas presentes no látex natural
  • 31. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Proteínas no Látex Natural 1 a 2% na composição do látex natural Total de 240 tipos diferentes de proteínas Pelo menos 57 foram identificadas como sendo alergênicas Proteínas alergênicas: faixa de peso molecular de 2 kD a 30 kD
  • 32. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Proteínas Alergênicas no Látex Natural Designação do Alergênico   Tipo de Proteína do látex Natural Hev b1 Fator de alongamento da borracha Hev b2 B-1, 3-Gluconase Hev b3 Feniltransferase Hev b4 Componente Microhelix Hev b5 Proteína acídica Hev b6.01 Proheveina Hev b6.02 Heveina Hev b6.03 Pro-heveina C Hev b7 Patatina Hev b8 Proflina Hev b9 Enolase Hev b10 Mn dismutase superoxido
  • 33. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Tipos de Proteínas Alergênicas Proteína ligada ao látex natural Proteína solúvel em água Proteína adsorvida pelo lubrificante contido no produto final
  • 34. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Causas Contato com as proteínas Contato com os lubrificantes do produto Contato com os lubrificantes do produto dispersos no ambiente
  • 35. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Estatísticas Estima-se que 1% da população mundial e 10% dos trabalhadores da área médica sejam sensíveis as proteínas do látex natural 35 a 60% dos pacientes com Spina Bifida são sensíveis a proteínas do látex natural
  • 36. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Reatividade Cruzada Alergia a proteína de látex natural está associada com reações alérgicas a frutas: Banana, Kiwi, Abacate, Castanhas Indivíduos com histórico de reações alérgicas a estes tipos de frutas são propensos a terem reações alérgicas a proteína do látex natural
  • 37. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Sintomas Urticária Angioderma Conjuntivite Rinite Asma Formigamento Anafilaxia
  • 38. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Sintomas Sinais e sintomas podem se manifestar em uma região localizada ou de maneira generalizada. Podem ocorrer após tempo de exposição ao produto que pode variar de segundos a 1 hora após exposição
  • 39. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Diagnose Teste de Puntura Consiste na aplicação na pele de uma amostra de extrato de látex natural padrão ou do extrato do produto em questão Métodos Imunológicos (RAST ou ELISA) Teste sorológico realizado a partir de uma amostra de sangue do paciente. Avalia-se a presença de anticorpos IgE específicos das proteínas do látex
  • 40. Alergia a Proteínas do Látex Natural (Tipo I) Métodos Quantitativos Usados para quantificar as proteínas presentes nos artigos de látex natural ASTM D 6499-00=== É QUANTITATIVO????? “The Immunological Measurement of Antigenic Protein in Natural Rubber and its Products” ASTM D 5712-99 “The Analysis of Aqueous Extractable Protein in Natural Rubber and Its Products Using the Modified Lowry Method”
  • 41. Alternativas de redução do Potencial Alergênico Tratamentos do látex natural Tratamentos no proceso de fabricação Métodos alternativos de vulcanização Revestimento polimérico Materiais alternativos
  • 42. Tratamentos no Látex Natural Centrifugação Redução de até 90% da quantidade total de proteínas submetendo-se o látex a uma dupla centrifugação Extração de proteínas através da adição de enzimas Adição de enzimas do tipo Protease, que reagem com as proteínas do látex formando amino ácidos. Posteriormente é feita a extração destes amino ácidos usando-se um surfactante
  • 43. Tratamentos no Processo de Fabricação Lixiviação Redução da quantidade total de proteínas e de resíduos químicos Melhoria das Propriedades Físicas Lixiviação com pós-vulcanização é mais eficiente Adoção de lixiviação pós- processo
  • 44. Tratamentos no Processo de Fabricação Halogenação (Clorinação) Usado na produção de luvas “powder free” Reduz a aderência na superfície da luva Reduz o conteúdo de proteínas do látex natural
  • 45. Métodos Alternativos de Vulcanização Vulcanização por Radiação Vulcanização por Peróxidos
  • 46. Revestimento Polimérico Trata-se da aplicação no produto de uma camada de uma substância polimérica (ex.: Poliuretano) na forma de látex formando uma barreira física Evita o contato com as substâncias alergênicas (Tipo I e Tipo IV)
  • 47. Materiais Alternativos Materiais sintéticos vem sendo usados na fabricação de luvas e preservativos Luvas: Látex nitrílico, cloropreno e poliuretano Preservativos: poliuretano
  • 48. Materiais Alternativos Comparação de propriedades entre materiais poliméricos Material Resistênc ia a Tração   Conforto Elasticidade Resistênc ia a Rasgo Custo Borracha Natural   ++ ++ ++ ++ Baixo Borracha Nitrílica   + + + -- Médio Cloropreno   + + ++ + Médio Poliuretano   ++ + -- -- Alto PVC   + + -- -- Baixo
  • 49. Regulamentações FDA 1991: Identificação nas embalagens sobre possíveis reações alérgicas 1997: Exigência de testes de comprovação da vida útil do produto 1998: Proibição do termo “Hipoalergênico” Low protein: máximo 50 µg/g
  • 50. Regulamentações ASTM Luvas cirúrgicas (ASTM D 3577) Limite de 200 µg /dm2 para proteínas solúveis Limites de quantidade residual de lubrificante
  • 51. Regulamentações Europa 1999: Incorporação na norma referente a luvas médicas EN455 (European Glove Standard) métodos de medições de proteínas solúveis (ensaio do tipo Lowry) Alemanha: propõe limite de 10 a 30 µg /g para proteínas solúveis e a não utilização de luvas com lubrificante Inglaterra: recomendação de limite de proteínas solúveis a serem considerados
  • 52. Regulamentações ISO Luvas: Inclusão da medição de proteínas solúveis (ISO 122343-2), baseando-se num teste similar ao considerado pela ASTM e norma européia (método Lowry) Preservativos: Draft recomendando-se aos fabricantes monitoramento do teor de proteínas (ISO 4074)
  • 53. Regulamentações Malásia 1998: Criação de um programa para redução do potencial alergênico Certificação dos fabricantes de acordo com um sistema chamado de “Standard Malaysian Glove” Objetivo: melhoria da qualidade das luvas • Redução de proteínas • Eliminação do uso de lubrificantes • Redução da incidência de furos • Melhoria nas propriedades físicas do produto
  • 54. Regulamentações Brasil 2001: Revisão das Normas de Luvas (Grupo CB-32) Inclusão de testes de proteínas baseando- se na norma ASTM
  • 55. Regulamentações Estudos Clínicos auxiliam na fixação de limites de tolerância para os fabricantes de produtos de baixo teor de proteína e potencial alergênico Estudo* com pessoas sensibilizadas ao látex natural em contato com determinadas quantidades de proteínas Nível de até 400 µg /g: em 60% delas não ocorreram reações alérgicas Nível de até 100 µg /g não foram observadas reações alérgicas em 100% dos pacientes testados *Esap Yip, Turjanmaa,K., NG, K.P. e Mok, K.L., “Residual Extractable Proteins and Allergenicity of Natural Rubber Products”, Int. Confer. on Latex Protein Allergy:The Latest Position, Paris,1995
  • 56. Situação Brasil Baixa procura luvas “powder free” e sintéticas Relato de casos: Hospital dos Servidores do Estado Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina USP Instituto Fernandes Figueira, RJ Faculdade Medicina Univ. Federal Fluminense, RJ 213 indivíduos 17 pessoas (7,98%) sensibilidade imediata ao látex Universidade Federal da Bahia Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre 56 profissionais
  • 57. Tendências de Mercado Luvas médicas: Migração para o uso de produtos sem a presença de lubrificante (“powder free”) Aumento de interesse/mercado por luvas de material sintético Preservativos Produtos de material sintético
  • 58. Conclusões Medidas por parte das autoridades governamentais e dos fabricantes Adequação das normas existentes Adoção de programas de melhoria de qualidade nos produtos comercializados Melhoria da eficiência de lixiviação Monitoração periódica da quantidade de
  • 59. Conclusões É preciso afirmar que pessoas diagnosticadas como sensibilizadas ao látex devem ser recomendadas a evitar o uso de produtos que a base de látex natural e aconselhadas a utilizarem produtos de material sintético
  • 60.
  • 61.
  • 62. REDUCTION WASHING Ansell has improved on the "on-machine" leaching process by installing post-machine leaching. During the drying and curing process some of the material in the latex matrix is forced to the outer surfaces of the glove. Post-oven washing will dissolve the soluble materials from the outside of the glove, (inside of the stripped glove) but not from the glove surface against the former. Ansell has for many years been aware of the potential allergenic effects of residual chemicals in gloves and has been carrying out a "post- machine" leaching and washing operation. Here gloves are tumbled in a "washer" with three separate lots of near boiling water for 30 minutes each, ie, the gloves are in contact with near boiling water for a total of 1.5 hours. This process reduces the water soluble extractables and calcium nitrate extractables from approximately TWE 1.0 % to 0.2 % Calcium Nitrate 0.09 % to 0.04 % An important aspect of this process is that the water
  • 63. In 1995, Ansell acquired the Perry Glove Division from Smith & Nephew. In order to significantly decrease the protein levels of the Perry Gloves, post-oven leaching tanks were extended on Perry' six manufacturing lines at a cost of nearly one million dollars. Subsequent allergen testing of Perry gloves clearly demonstrates the success of our line extensions in reducing the protein allergen content.