2. DEFINIÇÃO
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área
hospitalar destinada a clientes em estado crítico, que
necessitam de cuidados altamente complexos e
controles estritos, com centralização de esforços e
coordenação de atividades.
3. OBJETIVO
CONFORME O MS:
Segundo a Portaria n.466 do Ministério da Saúde, os
serviços de tratamento intensivo têm o objetivo de
prestar atendimento a clientes graves e de risco que
exijam assistência médica e de enfermagem
ininterruptas, equipamentos e recursos humanos
especializados, definindo a UTI como o local que reúne
um conjunto de elementos destinados a este propósito.
5. De acordo com a Faixa Etária
Neonatal - destinado ao atendimento de pacientes com
idade de 0 a 28 dias.
Pediátrico - destinado ao atendimento de pacientes com
idade de 29 dias a 18 anos incompletos.
Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com
idade acima de 14 anos.
Obs. : Pacientes na faixa etária de 14 a 18 anos
incompletos podem ser atendidos nos Serviços de
Tratamento Intensivo Adulto ou Pediátrico, de acordo com
o manual de rotinas do Serviço.
7. Denomina-se UTI Especializada aquela destinada ao
atendimento de pacientes em uma especialidade médica ou
selecionados por grupos de patologias, podendo
compreender:
Cardiológica
Coronariana
Neurológica
Respiratória
Trauma
Queimados
8. PLANTA FÍSICA
Toda UTI deve ocupar área física própria, de acesso restrito, possuir
acesso fácil às unidades correlacionadas (Centro Cirúrgico,
Emergência, Unidade Semi-intensiva).
Quanto ao ambiente, as UTIs devem possuir no mínimo:
1. Área coletiva de tratamento com boxers;
2. Quarto de isolamento; posto de enfermagem;
3. Área de prescrição médica;
4. Sala de utilidades;
5. Copa;
6. Rouparia;
7. Sala de preparo de materiais e de equipamentos;
8. Depósito de equipamentos e de material de limpeza;
9. Banheiro para clientes;
10. Área administrativa;
11. Sala de estar para a equipe.
9. DIVISÃO DA UTI
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área
comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista;
A área comum proporciona observação contínua do
paciente, é indicada a separação dos leitos por divisórias
laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos
pacientes;
As unidades com leitos dispostos em quartos fechados,
devem ser dotados de painéis de vidro para facilitar a
observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é
necessário uma central de monitorização no posto de
enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa
e frequência cardíaca.
10. SEUS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Materiais e equipamentos são utilizados na UTI
ambos devem ser dimensionados e selecionados de
acordo com o tipo de assistência prestada.
Uma dessas e a existência de carro de emergência
com monitor e desfibrilador, gerador de marca passo,
ventilador mecânico, monitor de beira de leito bomba
de infusão, entre outros.
12. EQUIPE E PROFISSIONAIS
A UTI deve dispor, no mínimo, da seguinte equipe básica:
Médico com título de especialista em Medicina Intensiva
divididos em:
1. Médico diarista 2. Médico plantonista
Enfermeiro Administrativo;
Enfermeiro assistencial;
Técnico de enfermagem;
Fisioterapeuta;
Secretária;
Auxiliar de serviços.
13. ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM
Enfermeiro
Especialização em UTI – Especialista em atendimento de
pacientes de alta complexidade.
Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de
enfermagem, como a higienização, controle das
medicações e prescrições, tendo papel assistencial
fundamental.
14. ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM
Prestar assistência segura, humanizada e individualizada
aos clientes;
Preparar clientes para consultas e exames, orientando-os
sobre as condições de realização dos mesmos;
Prepara e administrar medicações por via oral, tópica,
intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa e
retal s médicas ou de enfermagem;
Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos
clientes;
15. Executar atividades de limpeza, desinfecção,
esterilização de materiais e equipamentos, bem como
seu armazenamento;
Realizar atividades na promoção de campanhas do
aleitamento materno bem como a coleta no domicílio;
Propor a aquisição de novos instrumentos para a
reposição daqueles que estão avariados;
Auxiliar na preparação do corpo após o óbito entre
outras.
16. CRITÉRIOS PARA INTERNAÇÃO E ALTA
Enfermeiro da Clínica de Origem
Passar o caso por telefone à enfermeira da UTI e confirmar o horário para
transferência;
Providenciar o transporte de suporte avançado para o paciente;
Acompanhar o transporte do paciente até a unidade e passar o caso e
possíveis intercorrências do transporte.
Equipe de Enfermagem da Clínica de Origem
Acomodar adequadamente o paciente na maca ou isolete de transporte;
Auxiliar o médico e enfermeiro no transporte;
Ajudar a transferir o paciente para o leito na UTI;
Passar o caso para a equipe de enfermagem da UTI;
Entregar o prontuário completo, medicamentos e pertences.
17. EQUIPE MÉDICA INTENSIVA
Ceder a vaga na unidade e confirmar horário com
enfermeiro da unidade;
Checar o respirador mecânico;
Enfermeiro da UTI deve estar presente Obrigatoriamente
no momento da admissão e fazer a avaliação do
paciente com o preenchimento do impresso de avaliação
admissional do paciente na unidade (impresso de
histórico e exame físico);
18. Verificar junto ao funcionário da clínica de origem, se a
documentação de internação do paciente está completa:
prescrição médica do dia e folha de controle de
enfermagem, medicações e os pertences do paciente;
Identificar (se houver) pertences e entregar para a família
se estiver presente, ou obrigatoriamente no próximo
horário de visitas - anotar no livro de ocorrências;
Realizar anotação de admissão no livro de ocorrências
e/ou admissão, onde deverão constar: data, horário,
número do prontuário, nome completo, clínica de origem,
diagnóstico e número do leito;
19. EQUIPE DE ENFERMAGEM INTENSIVA
Montar a unidade, receber o paciente e transferir da maca
para o leito em segurança;
Promover oxigenação adequada, monitorização, manutenção
de acessos e infusões, proteção para evitar perda de tubos,
sondas e drenos, checar drenos de tórax e sonda vesical
quanto à permeabilidade (se aberto ou fechado);
Observar nível de consciência, sinais vitais, presença de
próteses, talas, próteses, integridade da pele;
20. Identificar grau de dependência (deficiência visual,
mobilidade, comunicação).
Proceder a rotina de controles e medicações conforme
prescrições médicas e de enfermagem, priorizar as
atividades conforme gravidade do paciente;
Anotar todas as observações no prontuário devidamente
assinado e carimbado;
Orientar o paciente e os familiares sobre rotinas do
setor: visitas, pertences, informações, lista de materiais
de higiene.