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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura e interpretação de textos.
COMPREENSAO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a
identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis
estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão
inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que
compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e
as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre
produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.
Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica,
palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito
de signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e
conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado
sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido
figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim,
estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e
significado.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa
tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem
muitas significações).
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como,
por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ...
Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua
significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.
Como Ler e Entender Bem um Texto
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de
reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o
primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo
abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita,
cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual,
favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A
preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações
que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras
formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se
não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode
ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência
bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui
são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc.
que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o
conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto.
Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada
como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto
transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que
aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases,
certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase
anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a
resposta será mais consciente e segura.
2. Gêneros e tipos de texto.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Basicamente existem três tipos de texto:
Texto narrativo;
Texto descritivo;
Texto dissertativo.
Cada um desses textos possui características próprias de construção.
DESCRIÇÃO
Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática,
sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são
importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.
O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de
recursos linguísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso
existe uma grande quantidade de adjetivos no texto.
Há duas descrições:
Descrição denotativa
Descrição conotativa.
DESCRIÇÃO DENOTATIVA
Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou
outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as
palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário.
Exemplo: Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste
pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da
construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos
várias formas de relevo e vegetação.
No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem
da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de
distribuição de alimentos a CEAGEPE.
DESCRIÇÃO CONOTATIVA
Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência.
Exemplo: João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso
que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto.
Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de
nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.
NARRAÇÃO
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo
episódios,
acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica,
enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto
narrativo.
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de
perguntas:
Quem participa nos acontecimentos? (personagens);
O que acontece? (enredo);
Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).
Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos:
O quê? - Fato narrado;
Quem? – personagem principal e o anti-herói;
Como? – o modo que os fatos aconteceram;
Quando? – o tempo dos acontecimentos;
Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento;
Por quê? – a razão, motivo do fato;
Por isso: - a consequência dos fatos.
No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento
principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens.
Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo.
A seguir um exemplo de texto narrativo:
Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá
entrara na vida de Santa Fé.
Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho
puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião
que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos
trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto
musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal.
(Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo)
A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos
discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.
Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem.
Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa.
Exemplo:
Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma
tristeza no seu olhar e perguntei:
- Compadre por que tanta tristeza?
Ele me respondeu:
- Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste.
Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos
encontramos. Terá sido o destino?
Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É
o foco narrativo de 3ª pessoa.
Exemplo:
O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos
finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma
penalidade máxima.
O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor
batedor do time.
Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não
teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida.
Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o
centro do campo e encerrou a partida.
FORMAS DE DISCURSO
Discurso direto;
Discurso indireto;
Discurso indireto livre.
DISCURSO DIRETO
É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
- Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;
- Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula.
Exemplo:
O juiz disse:
- O réu é inocente.
DISCURSO INDIRETO
É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou
leu de outra pessoa.
No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se,
como, etc.
Exemplo:
O juiz disse que o réu era inocente.
DISCURSO INDIRETO LIVRE
É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-
se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas.
Exemplo:
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante.
Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela
estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos).
3. Ortografia: divisão silábica; acentuação gráfica; emprego do sinal
indicativo da crase.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
A Acentuação Gráfica tem como pré-requisito o conhecimento da pronúncia dos
vocábulos em que fica claro a presença do acento tônico.
Desse modo, podemos aplicar, de início, uma regra geral que já facilita o emprego do
acento gráfico.
REGRA GERAL: Acentuam-se graficamente aqueles vocábulos que sem acento
poderiam ser lidos ou então interpretados de outra forma.
Exemplos: secretária/secretaria - ambrósia/ambrosia - sábia/sabia/sabiá
DICAS PARA UMA CONSULTA RÁPIDA
Se você tem alguma dúvida sobre a acentuação gráfica de uma palavra, siga as
seguintes etapas:
1. Pronuncie a palavra bem devagar, procurando sentir onde se localiza o seu acento
tônico, isto é, a sua sílaba mais forte.
2. Se a sílaba tônica estiver na última sílaba da palavra, esta será considerada uma
palavra OXÍTONA;
exemplos: caPUZ, uruBU, aMOR, etc.
3. Já se a sílaba tônica cair na penúltima sílaba, a palavra será PAROXÍTONA; exemplos:
CAsa, cerTEza, GAlo, coRAgem, etc.
4. Por fim, estando a sílaba tônica na antepenúltima sílaba da palavra, esta se
denominará
PROPAROXÍTONA; exemplos: arquiPÉlago, reLÂMpago, CÔNcavo, etc.
5. Classificada a palavra quanto à posição de sua sílaba tônica, procure então nas
regras abaixo se ela deverá receber um acento gráfico ou não, para a sua correta
representação.
REGRAS BÁSICAS
Devem ser acentuados os MONOSSÍLABOS (palavras de uma só sílaba) TÔNICOS
terminados em "a", "e", "o", seguidos ou não de s: pá, pé, nó, pás, pés, nós, etc.
Observação: Os monossílabos tônicos terminados em "z", assim como todas as outras
palavras da língua portuguesa terminadas com essa mesma letra, não são acentuados: luz, giz,
dez... (compare os seguintes parônimos: nós/noz, pás/paz, vês/vez).
Também os monossílabos tônicos, terminados em "i" e "u", não recebem acento
gráfico: pai, vai, boi, mau, pau, etc.
OXÍTONAS
Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e
também com as terminações "em" e "ens".
Exemplos: cajá, café, jiló, bebê, robô, armazém, alguém, reféns, etc.
Observações:
1. As formas verbais terminadas em "a", "e" e "o", seguidas dos pronomes la(s) ou lo(s)
devem ser acentuadas.
Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-ia, etc.
2. Não se acentuam as oxítonas terminadas em:
_ az, ez, iz, oz - capaz, tenaz, talvez, altivez, juiz, raiz, feroz...
_ i(s) - Anhembi, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-las...;
_ u(s) - caju, pitu, zebu, Caxambu, Bauru, Iguaçu, Bangu, compus...;
_ or - ator, diretor, detetor, condor, impor, compor, compositor...;
_ im - ruim, capim, assim, aipim, folhetim, boletim, espadachim...;
PAROXÍTONAS
Não são acentuadas as paroxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s;
e também as finalizada
com "em" e "ens".
Exemplos: cama, seda, flecha, rede, sede, pote, ovo, coco, bolo, garagem, ferrugem,
idem, item, nuvens, imagens, viagens, etc.
São acentuadas as paroxítonas terminadas em:
_ r / x / n / l (Dica: Lembre-se das consoantes da palavra RouXiNoL)
Exemplos: mártir, fêmur, fácil, útil, elétron, tórax, córtex, etc.
Observação: Entretanto, palavras como PÓLEN, HÍFEN, quando no plural (POLENS,
HIFENS), não recebem acento gráfico, porque nesta forma elas são regidas pela regra anterior.
A palavra HÍFEN possui ainda um outro plural que no caso é acentuado por ser proparoxítono:
HÍFENES.
_ i / is
Exemplos: júri, cáqui (cor), lápis, miosótis, íris, tênis, cútis, etc.
Observação: Os prefixos paroxítonos, mesmo terminados em "i" ou "r", não são
acentuados.
PROPAROXÍTONAS
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
Exemplos: lâmpada, côncavo, lêvedo, pássaro, relâmpago, máscara, árabe, gótico,
límpido, louvaríamos, devêssemos, pêndulo, fôlego, recôndito, cândido, etc.
CRASE
O uso da crase
A crase indica a fusão da preposição a com artigo a: João voltou à (a preposição
+ a artigo) cidade natal. / Os documentos foram apresentados às (a prep. + asart.) autoridades.
Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina:Vou a pé. / Andou a cavalo. Existe
uma única exceção, explicada mais adiante.
Regras práticas
Primeira - Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo
masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase; do contrário, não. Nos
exemplos já citados: João voltou ao país natal. / Os documentos foram apresentados aos
juízes. Outros exemplos: Atentas às modificações, as moças... (Atentos aos processos, os
moços...) / Junto à parede (junto ao muro).
No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o a ou as por para. Se o certo
for para a, use a crase: Foi à França (foi para a França). / Irão à Colômbia (irão para a
Colômbia). / Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase). Pode-se igualmente usar a
forma voltar de: se o de se transformar emda, há crase, inexistente se o de não se
alterar: Retornou à Argentina (voltou da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma).
Segunda - A combinação de outras preposições com a (para a, na, da, pela e com a,
principalmente) indica se o a ou as deve levar crase. Não é necessário que a frase alternativa
tenha o mesmo sentido da original nem que a regência seja correta. Exemplos: Emprestou o
livro à amiga (para a amiga). / Chegou à Espanha (da Espanha). / As visitas virão às 6 horas
(pelas 6 horas). / Estava às portas da morte (nas portas). / À saída (na saída). / À falta de (na
falta de, com a falta de).
Usa-se a crase ainda
1 - Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e
derivados): Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. / Referiu-se àqueles
livros. / Não deu importância àquilo.
2 - Nas indicações de horas, desde que determinadas: Chegou às 8 horas, às 10 horas,
à 1 hora. Zero e meia incluem-se na regra: O aumento entra em vigor à zero hora. / Veio à
meia-noite em ponto. A indeterminação afasta a crase: Irá a uma hora qualquer.
3 - Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas como às pressas, às vezes, à
risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê
de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de: Saiu às pressas. / Vive à
custa do pai. / Estava à espera do irmão. / Sua tristeza aumentava à medida que os amigos
partiam. / Serviu o filé à moda da casa.
4 - Nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição
lingüística o exija, como à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à
mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à queima-roupa, à fome (matar à fome): Morto à
bala, à faca, à navalha. / Escrito à tinta, à mão, à máquina. / Pagamento à vista. / Produto à
venda. / Andava à toa. Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de
substituir apor ao.
5 - Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos
por ao ou aos: Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis o rapaz ao qual você se
referiu). / Fez alusão às pesquisas às quais nos dedicamos (fez alusão aos trabalhos aos
quais...). / É uma situação semelhante à que enfrentamos ontem (é um problema semelhante
ao que...).
Não se usa a crase antes de
1 - Palavra masculina: andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas a esmo, cheirar a
suor, viajar a cavalo, vestir-se a caráter. Exceção. Existe a crase quando se pode subentender
uma palavra feminina, especialmente moda emaneira, ou qualquer outra que determine um
nome de empresa ou coisa: Salto à Luís XV (à moda de Luís XV). / Estilo à Machado de Assis (à
maneira de). / Referiu-se à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata) Gustavo Barroso. /
Vou à (editora) Melhoramentos. / Fez alusão à (revista) Projeto.
2 - Nome de cidade: Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano. Exceção. Há crase
quando se atribui uma qualidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. / Referiu-se à bela
Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século 19.
3 - Verbo: Passou a ver. / Começou a fazer. / Pôs-se a falar.
4 - Substantivos repetidos: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta.
5 - Ela, esta e essa: Pediram a ela que saísse. / Cheguei a esta conclusão. / Dedicou o
livro a essa moça.
6 - Outros pronomes que não admitem artigo, como ninguém, alguém, toda, cada,
tudo, você, alguma, qual, etc.
7 - Formas de tratamento: Escreverei a Vossa Excelência. / Recomendamos a Vossa
Senhoria... / Pediram a Vossa Majestade...
8 - Uma: Foi a uma festa. Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo) e no caso
em que uma designa hora (Sairá à uma hora).
9 - Palavra feminina tomada em sentido genérico: Não damos ouvidos a reclamações. /
Em respeito a morte em família, faltou ao serviço. Repare: Em respeito a falecimento, e
não ao falecimento. / Não me refiro a mulheres, mas a meninas.
Alguns casos são fáceis de identificar: se couber o indefinido uma antes da palavra
feminina, não existirá crase. Assim: A pena pode ir de (uma)advertência a (uma) multa. / Igreja
reage a (uma) ofensa de candidato em Guarulhos. / As reportagens não estão necessariamente
ligadas a (uma)agenda. / Fraude leva a (uma) sonegação recorde. / Empresa atribui goteira
a(uma) falha no sistema de refrigeração. / Partido se rende a (uma) política de alianças.
Havendo determinação, porém, a crase é indispensável: Morte de bebês leva à
punição (ao castigo) de médico. / Superintendente admite ter cedido à pressão(ao desejo) dos
superiores.
10 - Substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo: Pegaram-se a
dentadas. / Agrediram-se a bofetadas. / Progrediram a duras penas.
11 - Nomes de mulheres célebres: Ele a comparou a Ana Néri. / Preferia Ingrid
Bergman a Greta Garbo.
12 - Dona e madame: Deu o dinheiro a dona Maria . / Já se acostumou a madame
Angélica. Exceção. Há crase se o dona ou o madame estiverem particularizados: Referia-se à
Dona Flor dos dois maridos.
13 - Numerais considerados de forma indeterminada: O número de mortos chegou a
dez. / Nasceu a 8 de janeiro. / Fez uma visita a cinco empresas.
14 - Distância, desde que não determinada: A polícia ficou a distância. / O navio estava
a distância. Quando se define a distância, existe crase: O navio estava à distância de 500
metros do cais. / A polícia ficou à distância de seis metros dos manifestantes.
15 - Terra, quando a palavra significa terra firme: O navio estava chegando a terra. / O
marinheiro foi a terra. (Não há artigo com outras preposições: Viajou por terrra. / Esteve em
terra.) Nos demais significados da palavra, usa-se a crase: Voltou à terra natal. / Os
astronautas regressaram à Terra.
16 - Casa, considerada como o lugar onde se mora: Voltou a casa. / Chegou cedo a
casa. (Veio de casa, voltou para casa, sem artigo.) Se a palavra estiver determinada, existe
crase: Voltou à casa dos pais. / Iremos à Casa da Moeda. / Fez uma visita à Casa Branca.
Uso facultativo
1 - Antes do possessivo: Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia. / Não fez menção a
nossa empresa (ou à nossa empresa). Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a este tipo
de oração.
2 - Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a
pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não.
3 - Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém,
escreva até a, sem crase.
4. Estrutura e formação de palavras.
5. Classes de palavras, flexão e emprego.
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
As palavras podem ser de dois tipos quanto à sua flexão: variáveis ou invariáveis.
Palavra variável é aquela que pode alterar a sua forma.
Palavra invariável é aquela que tem forma fixa.
Dentre as formas variáveis e invariáveis, existem dez classes gramaticais:
Substantivos - Classe de palavras variáveis com que designamos ou nomeamos os
seres em geral.
Artigos - Classe de palavras que acompanham os substantivos, determinando-os.
Adjetivos - Classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O
adjetivo é
essencialmente um modificador do substantivo.
Pronomes - Classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também
de substituir a sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar
determinando-lhe a extensão do significado.
Numerais - Classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exacta de
pessoas ou coisas, ou o lugar que elas ocupam numa série.
Verbos - Classe de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um
acontecimento representado no tempo. Indicam acção, facto, estado ou fenómeno. Toda
palavra que se pode conjugar.
Advérbios - Classe de palavras invariáveis indicadoras de circunstâncias diversas; é
fundamentalmente um modificador do verbo.
Preposições - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a
segunda à primeira palavra.
Conjunções - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas
orações.
Interjeições - Classe de palavras invariáveis que exprimem o estado emotivo.
Interjeição é uma espécie de grito com que traduzimos de modo vivo as nossas emoções.
PALAVRAS VARIÁVEIS
Palavras variáveis são as que, conforme o próprio nome indica, aceitam ser
flexionadas, aceitam modificação sem perder o sentido.
- Perdoem-me a redundância mas, só para ficar mais fácil lembrar...... As variáveis,
variam.
Como assim, variam? - você pergunta .
-Eu respondo - Aceitam flexionar, aceitam modificação de tempo, aceitam
aumentativo, diminutivo, plural, etc.
Veja como é fácil. Se deparamos com uma palavra e queremos saber se ela é variável
ou não, basta tentar
flexionar sua formação, coloque-a no diminutivo, mude seu tempo para o passado
(Pretérito) ou futuro, passe-a
para o plural, etc. e se ela aceitar, então é variável. Ela pode sofrer modificação.
Veja um exemplo prático, repare na palavra:
PROTESTO - eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural e obterei a palavra
(protestos), ou coloco-a no tempo passado e tenho (protestou). Quando isso é possível,
dizemos que a palavra é da família das VARIÁVEIS, ela aceita flexionar sua formação.
Temos aqui, SEIS classes que são do grupo das variáveis:
1- Substantivo - Palavra que dá nome aos seres em geral.
Casa, sapato, carro, mesa...
Casarão,casebre, sapatos, sapatinho, carros, carrinho, mesas..
-Os substantivos aceitam flexão, portanto são variáveis.-
2- Artigo - Palavra que acompanha o substantivo determinando-o:
Uma casa, os sapatos, o carro, uma mesa umas casas, o sapato, os carros, umas
mesas...
Os artigos podem sofrer modificação e são usados no plural ou singular, portanto,
também pertencem ao grupo das variáveis.
3- Adjetivo - palavra que expressa a qualidade ou característica do substantivo:
Casa bonita, sapato grande, carro novo, mesa pequena...
casas bonitas, sapatos grandes, carros novos, mesas pequenas...
*Atenção com os numerais.
4- Numeral - palavra que quando flexionada pode indicar:
quantidade: Aqui trabalham três ajudantes.
ordem: Passei na USP em terceiro lugar.
múltiplo: Aquela casa tem o triplo do tamanho da minha.
fração: Um terço dos deputados votou contra o projeto.
5- Pronome - Palavra que acompanha ou substitui o substantivo, para indicar a pessoa
do discurso: Nossa casa, meu sapato, o carro dele, sua mesa...
Nossas casas, meus sapatos, o carro deles, suas mesas...
6- Verbo - Palavra que indica ação:
IR: irei, irá, iria, etc...
CASAR: casarei, casaremos, casarão
GOSTAR: gostou, gostei, gostará, gostaria, etc...
PALAVRAS INVARIÁVEIS
É claro que você já matou a "charada". Se as palavras variáveis são aquelas que podem
ser flexionadas, então, as invariáveis são as que não aceitam nenhuma forma de variação.
Veja esse exemplo de palavra do grupo invariável.
Tentaremos flexionar a palavra: QUANDO
Eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural? obtendo a palavra (quandos)?.
ISSO NÃO EXISTE.
Transporta-la para o tempo passado(quandou)? Para o futuro(quandará)? Para o
diminutivo(quandinho)?
Aumentativo(quandão)? Nãããooo. Se é impossível flexionar, dizemos que a palavra é
da família das INVARIÁVEIS, ela NÃO aceita flexionar sua formação.
Portanto veja e grave o grupo das invariáveis.
1- Advérbio - Palavra que modifica o sentido:
Do verbo: Suas palavras nos sensibilizaram profundamente.
Do Adjetivo: Ela estava maravilhosamente bela.
Do próprio advérbio: Você sabe muito bem minha opinião.
2- Preposição - Palavra que liga dois termos entre si:
Falou sobre suas viagens.
Lutarei contra todos.
3- Conjunção - palavra que liga:
Termos: Brigavam como cão e gato.
Orações: Vibramos com a divulgação do resultado.
4- Interjeição - palavra que exprime sentimento ou emoção:
Oba! Hoje é feriado nacional!
*Lembre-se disso:
Preposição, interjeição, conjunção e advérbio pertencem a classe das palavras
invariáveis, pois, não podem sofrer flexão alguma.
2 - Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a
pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não.
3 - Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém,
escreva até a, sem crase.
 a cargo de
6. Sintaxe da oração e do período.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Sujeito e Predicado
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos
essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração
diz algo.
Por Exemplo:
A
s praias
estão cada vez mais
poluídas.
S
ujeito
Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o
sujeito.
Por Exemplo:
A
s praias
estão cada vez mais
poluídas.
Predicado
Posição do Sujeito na Oração
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado.
Por Exemplo:
As
crianças
brincavam
despreocupadas.
Suj
eito
Predicado
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.
Brincavam
despreocupadas
as
crianças.
Predicado
Suj
eito
Sujeito no Meio do Predicado:
Despreo
cupadas,
as
crianças
bri
ncavam.
Predicad
o
Su
jeito
Pr
edicado
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado.
Existem ainda asorações sem sujeito.
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da
concordância verbal. Pode ser:
a) Simples
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo.
Por Exemplo:
A rua estava deserta.
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o
sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um
substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
Os meninos estão gripados.
Todos cantaram durante o passeio.
b) Composto
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.
Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.
c) Implícito
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser
identificado.
Por Exemplo:
Dispensamos todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito é simples e determinado, pois o sujeito nós é indicado pela
desinência verbal - mos.
2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem
pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes
de indeterminar o sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo
identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por Exemplo:
Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do
sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos
intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa
do singular.
Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades
quanto à classificação do sujeito.
Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.
Sujeito
Aprovaram-se os novos candidatos.
Sujeito
b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)
Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética,
concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
O novo candidato foi aprovado.
Sujeito
Os novos candidatos foram aprovados.
Sujeito
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas
construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
c) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Por Exemplo:
Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos
explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal.
Observe a estrutura destas orações:
S
ujeito
Predicado
- Havia formigas na casa.
-
Nevou muito este ano em
Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e
absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem
centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa
ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por Exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por Exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia
de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o
acompanha. (É uma hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou
então irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
PREDICADO
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo
ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em
termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja
alguns exemplos:
As
mulheres
compraram
roupas novas
Predicado
Duran
te o ano,
muit
os alunos
desistem
do curso.
Predic
ado
Predicado
A natureza é bela.
Predicado
SINTAXE DO PERÍODO
1. Orações subordinadas substantivas
São aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo.
Os meninos observaram que você chegou. (a sua chegada)
Subjetiva: exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
É necessário que você volte.
Conta-se que havia antigamente um rei...
Convém que lutemos.
b) Objetiva direta: exerce a função de objeto direto da oração principal.
Eu desejava que você voltasse.
O professor deseja que seus alunos sejam bem sucedidos nos exames.
Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo principal.
Não gostaram de que você viesse.
Ansiávamos por que ele terminasse a perigosa aventura.
d) Predicativa: exerce a função de predicativo.
A verdade é que ninguém se omitiu.
Os meus votos são que triunfes.
e) Completiva nominal: desempenha a função de complemento nominal.
Não tínhamos dúvida de que o resultado seria bom .
Carlos fez referência a que eu o acompanhasse.
f) Apositiva: desempenha a função de aposto em relação a um nome.
Só nos disseram uma coisa: que nos afastássemos.
Aquele grande sonho, que o filho volte, continua a acalentar as esperanças da mãe.
2. Orações subordinadas adjetivas
São aquelas que desempenham função sintática própria do adjetivo.
Na cidade há indústrias que poluem . (poluidoras)
a) Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada
por pronome relativo e não vem entre vírgulas.
Serão recebidos os alunos que passarem na prova.
Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica
uma propriedade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere.
Inicia-se por pronome relativo e vem entre vírgulas.
Os homens, que são racionais, não agem só por instinto.
3. Orações subordinadas adverbiais
São aquelas que desempenham função sintática própria do advérbio.
O aluno foi bem na prova porque estava calmo. (devido à sua calma)
a) Causal: indica a causa que provocou a ocorrência relatada na oração principal.
A moça atrai a atenção de todos porque é muito bonita.
b) Consecutiva: indica a conseqüência que proveio da ocorrência relatada na oração
principal.
A moça é tão bonita, que atrai a atenção de todos.
c) Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração
principal.
Se você correr demais, ficará cansado.
d) Comparativa: estabelece uma comparação com o fato expresso na oração principal.
Lutou como luta um bravo.
e) Concessiva: concede um argumento contrário ao evento relatado na oração principal.
O time venceu embora tenha jogado mal.
f) Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o
da oração principal.
Tudo ocorreu conforme os jornalistas previram .
g) Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal.
Estudou para que fosse aprovado.
h) Temporal: indica o tempo em que se realiza o evento relatado na oração principal.
Chegou ao local, quando davam dez horas.
i) Proporcional: estabelece uma relação de proporcionalidade com o verbo principal.
Aprendemos à medida que o tempo passa.
4. Orações coordenadas
São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.
Chegou ao local // e vistoriou as obras.
As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se
coordenadas sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam.
Presenciei o fato, mas ainda não acredito.
or. c. assindética or. c. sindética
As coordenadas assindéticas não se subclassificam.
As coordenadas sindéticas subdividem-se em cinco tipos:
a) Aditiva: estabelece uma relação de soma.
Entrou e saiu logo.
b) Adversativa: estabelece uma relação de contradição.
Trouxe muitas sugestões, mas nenhuma foi aceita.
c) Alternativa: estabelece uma relação de alternância.
à Aceite a proposta ou procure outra solução.
d) Conclusiva: estabelece relação de conclusão.
à Penso, portanto existo.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
OS DOIS VÃO PARA O PLURAL
· Subst + Subst (ex: couves-flores)
· Subst + Adj (ex: amores-perfeitos)
· Adj + Subst (ex: bons-dias)
· Numeral + Subst (exs: segundas-feiras, primeiros-ministros)
SÓ O PRIMEIRO PARA O PLURAL
· Com preposição (ex: pés-de-moleque)
· O segundo é finalidade ou semelhança (exs: sofás-cama, peixes-boi)
SÓ O SEGUNDO PARA O PLURAL
· Verbo + Subst (ex: guarda-roupas)
· Invariável/Prefixo + Variável (exs: sempre-vivas, ex-chefes)
· Repetidos (ex: reco-recos) *Exceção: corres-corres
NENHUM
· Verbo + Advérbio (ex: bota-fora)
· Verbo + Subst Plural (ex: saca-rolha)
Obs: mangas-rosa, meios-fios, os leva-e-traz
FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS
SÓ O ÚLTIMO PARA O PLURAL
· Adj + Adj (ex: verde-claros) *Exceção: surdos-mudos
· Invariável + Adj (ex: mal-educados)
NENHUM
· Adj + Subst (exs: verde-oliva, amarelo-limão)
· Cor + de + Subst (ex: cor-de-rosa)
· Azul-celeste, azul-marinho
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
VARIAM EM NÚMERO
· Numerais (exs: milhão, bilhão)
VARIAM GÊNERO
· Cardinais: um, dois e > Duzentos
· “Ambos” substituindo “os dois”
VARIAM EM NÚMERO E GÊNERO
· Ordinais (exs: primeiro, segundo)
NENHUM
· Multilicativos (ex: triplo, dobro)
7. Concordância nominal e verbal.
CONCORDÂNICA NOMINAL
Regra geral: concorda com o mais próximo ou vai para plural
SINGULAR OU PLURAL
· Sujeito composto, de mesmo gênero, singular e posposto = depois (ex: lindo/lindos
rosto e corpo)
MASCULINO PLURAL OU MAIS PRÓXIMO
· Sujeito composto, de gêneros diferentes, singular e pospostos (ex: linda/lindos boca e
braço)
· Sujeito composto, de gêneros diferentes, plural e posposto (ex: linda/lindos boca e
braços)
· Sujeito composto, de gêneros diferentes, números diferentes e posposto (ex:
linda/lindos pernas e ombro)
MAIS PRÓXIMO OU PLURAL
· Sujeito composto, ligado por “ou” (ex: traga faca ou colher prateada/prateadas)
· Sujeito composto por ordinais (exs: a primeira e a segunda fila/filas, primeira e segunda
série/séries)
VARIAM EM GÊNERO E NÚMERO
· Sujeito composto por “mesmo”, “próprio”, “só” (sozinho), “anexo”, “incluso”, “junto”,
“nenhum”, “dado”, visto”
MAIS PRÓXIMO
· Sujeito composto por sinônimos (ex: gratidão e reconhecimento profundo)
VÁRIAS FORMAS
· Sujeito composto, com artigo
Ex: As línguas inglesas e francesas
A língua inglesa e francesa
A língua inglesa e a francesa
VARIAM
· O mais...possível, só, obrigado
INVARIÁVEIS
· Advérbios de modo (exs: menos, em anexo, meio, muito, bastante, caro, somente)
· Alerta (ex: os soldados estavam alerta), menos (quantidade), a sós, em mão
Obs: um e outro assuntos / uma e outra parede sujas
a cerveja é boa / cerveja é bom
estou quite / estamos quites
bastantes pessoas falaram bastante bem de você
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra geral: sujeito composto anteposto = plural (ex: paulo e elias foram) / posposto =
singular ou plural (ex: foi/foram paulo e elias)
SINGULAR
· Sujeito composto por “nem um nem outro”, “um ou outro”, “é muito”, “é pouco”, “é
mais de”, “é menos de”, “é tanto” = quantidade, “mais de um” (ex: mais de um faz), “um dos que”,
“algum de”, “uma parte de”
· Sujeito composto por coletivo (ex: uma porção de homens viu o que aconteceu)
· Sujeito composto, ligado por “com” = companhia / “ou” = exclusão/sinomia (exs: paulo
ou eugênio vai, paulo com eugênio vai)
Obs: verbo antes = mais próximo
3ª
PESSOA DO SINGULAR
· Sujeito composto por “quem” / “qual” (exs: qual de vóis é?, sou eu quem diz)
· Verbo + índice de indeterminação do sujeito “se” (precisa-se de motoristas)
Obs: pregam-se botões
· Verbos impessoais = haver/fazer/estar/ir - tempo/existir/temperatura (exs: faz/há três
dias que ele saiu, fazia dez horas, fazia dez graus)
Obs: Locuções verbais = transmissão de impessoalidade (ex: vai haver)
hão de existirem / hão de fazer = ênfase (ex:vão haver muitas pessoas)
existir/acontecer = pessoais (ex: existem muito motivos)
o sofrimento, as desilusões, as traições da vida, nada/tudo faz (“resuminadora”)
MAIS PRÓXIMO OU PLURAL
· Sujeito composto posposto (ex: foi/foram Paulo e João)
· Sujeito composto por “não só... mas também”, “não só... como”, “bem como” (exs: não
só eu, mas meus filhos, estou/estamos com gripe. luiz, bem como seus irmãos, foi/foram a missa)
· Sujeito composto por “tanto... como”, “tanto...quanto” (exs: tanto o marido como a
mulher mentiram, tanto você quanto seus amigos estão certos)
ANTECEDENTE DO SUJEITO
· Sujeito composto por “que” (ex: fui eu que resolvi)
PLURAL
· Sujeito composto anteposto (ex: paulo e joão foram)
· Ligados por “como” (ex: o jovem como o idoso são sensíveis)
· Sujeito composto por “quantos de” (ex: quantos de nós serão aceitos)
· Pronomes pessoais diferentes: a 1a
. prevalece sobre a 2a
. e 3a
. e a 2a
. sobre a 3a
(exs: eu,
tu e ele somos / tu e ela sois)
· Sujeito ligado por “com” = cooperação / “ou” = inclusão, antomímia, retificação (ex: a
viúva com os filhos saíram)
Obs: já não se fazem mais casas como antigamente
SINGULAR OU PLURAL
· Sujeito composto por “um e outro” (um e outro ficou/ficaram)
· Sujeito composto por “a maioria”, “a maior parte de” / “grande parte de” / “alguns de”
/ “um grande número de” / “muitos de” + nome no plural (ex: a maior parte dos alunos
fiajou/viajaram)
· Sujeito composto por “um dos que” (ex: sou um dos que foi/foram)
· Sujeito composto por “cerca de”, “mais de”: concorda com o numeral (exs: mais de um
morreu, cerca de vinte escaparam)
· Sujeito composto por porcentagem ou fração (exs: vinte porcento
sobreviveu/sobreviveram, um terço foi)
· “Tudo”, “isso”, “aquilo”, “o que” + verbo ser + nome plural (ex: tudo é/são flores)
Obs: o filho é as alegrias dos pais (ser humano) / o problema são as dívidas (coisa)
os Estados Unidos são uma potência (com artigo) / Estados Unidos é uma potência
Os Luzíadas imortalizaram Camões
hajam vistos os perigos / haja visto a incidência
elas mesmas se corrigiram
raiva, ódio, inveja, tudo é reprovável (palavra “resuminadora”)
hoje são 14 de abril / hoje é dia 14 de junho / são 10 horas / são 10km até lá
entre mim e você
fomos à cantina e voltamos da cantina / acredito nas pessoas e gosto das pessoas
eles propôs o acordo, mas ela discordou do acordo
a escola em que estudei / a pessoa a quem obedeço / a mulher de quem nunca esqueço
a cidade em que morava / a praia a que iremos / o filme de que mais gostei / a empresa
em que trabalho
deram três horas no relógio / o relógio deu dez horas
faltam poucas horas para acabar
é proibido entrada / é proibida a entrada
DICAS IMPORTANTES
"obrigado" e "eu mesmo"
"Eu mesma fiz essa bolsa." Está correta essa construção? Sim, desde que esteja sendo
observado o sexo de quem fala.
Se é um homem quem fala, então este deve dizer "eu mesmo"; se é mulher, "eu mesma".
Você, referindo-se a uma mulher, deve dizer "você mesma", "ela mesma".
No plural e havendo pelo menos um homem, deve-se dizer "nós mesmos"; havendo só
mulheres, "nós mesmas".
A concordância deve ser observada também nas fórmulas de agradecimento. O homem diz
"obrigado"; a mulher, "obrigada".
"obrigado" e "eu mesmo"
"é proibido" "é proibida"
"É proibido a entrada" ou "É proibida a entrada"?
Se não existe um artigo ou uma preposição antes de "entrada", se não há nenhum
determinante, o particípio passado dos verbos "proibir" deve ficar no masculino. Mas, se houver
algum determinante, o verbo deve, então, concordar com a palavra "entrada". Veja as formas
corretas:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Não é permitido entrada.
Não é permitida a entrada.
"meio" ou "meia"?
"Ela está meio cansada" ou "ela está meia cansada"?
As bancas que organizam os CONCURSOS mais importantes do Brasil reconhecem "meio"
como advérbio, ou seja, como palavra invariável. Portanto o correto é "Ela está meio cansada"
O verbo "fazer"
"faz dez anos que eu morava lá" ou "fazia dez anos que eu morava lá"?
Faz vinte anos que estive aqui.
O verbo "fazer", quando indica tempo, não tem sujeito. Tal não ocorre com o verbo "passar".
Pode-se e deve-se dizer: "Passaram dez anos". De fato, os anos passam. Mas não é aceita a
construção "Fazem dez anos".
Nas locuções verbais em que o verbo "fazer" é associado a outro na indicação de tempo, o
verbo auxiliar também não varia: " Já deve fazer vinte anos que ela foi embora ". Está fora de
cogitação escrever "Já devem fazer vinte anos ...". Nesses casos o verbo "fazer" vem sempre no
singular.
Por fim, em qualquer tempo que seja usado, o verbo "fazer", quando indica tempo
transcorrido, não deve ser flexionado:
Faz dez anos
Faz vinte dias
Faz duas horas
Já fazia dois meses
Fez cinco meses
O verbo "haver"
"haviam vários trabalhadores" ou "havia vários trabalhadores"?
Estive aqui há dez anos.
O "há" presente na oração é o verbo "haver" e pode ser trocado por outro verbo: "Estive
aqui faz dez anos".
Quando se diz "Há muitas pessoas na sala", conjuga-se o verbo "haver" na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo. Note que não foi feita a concordância do verbo "haver" com a
palavra "pessoas". Não se poderia dizer "Hão pessoas".
O verbo "haver", quando usado com o sentido de "existir", fica no singular. O verbo "existir",
sim, flexiona-se normalmente:"Existem muitas pessoas na sala".
A confusão tende a aumentar quando o verbo "haver" é usado no passado ou no futuro. Em
certo trecho, a versão feita pelo conjunto "Os incríveis" da canção "Era um garoto que como eu
amava os Beatles e os Rolling Stones" diz:
Não era belo, mas mesmo assim havia mil garotas a fim....
Nessa canção o verbo "haver" foi empregado com o sentido de "existir". Logo, está correta a
versão com o verbo no passado e no singular.
No Brasil, diz-se "cabe dez", "sobrou 30", "falta 30". Geralmente não se faz concordância.
Mas, quando não é necessário fazer, erra-se. "Houveram muitos acidentes naquela rodovia". Essa
construção está equivocada. As construções abaixo estão corretas:
Houve muitos acidentes naquela rodovia.
Haverá muitos acidentes naquela rodovia.
Houve muitos acidentes naquela rodovia.
Há vários trabalhadores filiados a essa associação.
Havia muitos trabalhadores filiados a essa associação.
Houve muitos trabalhadores filiados a essa associação.
Vale repetir: "O verbo "haver", quando empregado com o sentido de existir, ocorrer,
acontecer, fica no singular, independentemente do tempo verbal.
O verbo "ser"
"sua vida sou eu" ou "sua vida é eu"?
Independentemente da ordem da frase, faz-se a concordância do verbo "ser" com a pessoa:
Eu sou tua viagem.
Tua viagem sou eu.
Eu sou tua tatuagem.
Tua tatuagem sou eu. Portanto o correto é "sua vida sou eu"
"Precisando, telefone."
Você já deve ter ouvido falar em "oração reduzida". Observe as estruturas abaixo:
Quando você fizer tal coisa
Ao fazer tal coisa
No primeiro caso o verbo "fazer" está no futuro do subjuntivo.
No segundo, eliminamos a conjunção "quando" e não conjugamos o verbo "fazer", deixando-
o no infinitivo. Em suma, reduzimos a oração. Ela tem o mesmo valor que a outra, mas está numa
forma comprimida.
Veja outro exemplo:
Precisando, telefone.
A frase acima possui duas orações. A primeira, "precisando", pode ser desdobrada, isto é,
descomprimida:
Se precisar, telefone.
Quando precisar, telefone.
Passamos a usar as conjunções "se" ou "quando" e a oração deixa de ser reduzida.
Quando usamos verbos no gerúndio ( falando, bebendo, partindo), no infinitivo ( falar,
beber, partir ) ou no particípio ( falado, bebido, partido ), não se usam conjunções, como se e
quando, elementos que introduzem a oração. Esta seria iniciada diretamente pelo verbo.
Onde, aonde
"esqueça aonde estou" ou "esqueça onde estou"
A palavra "onde" indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em
que a idéia de lugar, metaforicamente que seja, não esteja presente.
Onde você mora?
Onde você foi morar?
Onde está você?
Já o Aonde, conforme a norma culta, deve seu usado sempre que houver a preposição "a"
indicando movimento: ir a / dirigir-se a / levar a / chegar a .
8. Regência nominal e verbal.
O verbo "chegar"
Regência, em gramática, é o conjunto de relações que existem entre as palavras. Por
exemplo: quem gosta gosta de alguém. O verbo "gostar" rege a preposição "de". Embora
aprendamos a regência naturalmente, no dia-a-dia, a gramática muitas vezes estabelece formas
diferentes das que utilizamos na linguagem cotidiana. Costumamos, por exemplo, dizer que
chegamos em algum lugar, quando a norma culta indica que chegamos a algum lugar.
Padrão culto
A caravana chegou hoje a Manaus.
A caravana chegou hoje a Brasília.
A caravana chegou hoje ao Brasil.
A caravana chegou hoje à Bahia
O particípio
"entregue" ou "entregado"
Você lembra o que é particípio? São formas como "falado", "beijado", "bebido",
"esquecido".... Há verbos, muitos verbos, que têm dois particípios. Na hora de escolherem entre um
e outro, as pessoas comumente ficam em dúvida. Dois exemplos: o verbo "salvar" tem dois
particípios, "salvo" e "salvado". O verbo "entregar" também: "entregado" e "entregue".
O "Nossa Língua Portuguesa" foi às ruas perguntar qual a forma correta :
"Eu havia entregado o pacote" ou "Eu havia entregue o pacote"?
Eu havia entregado o pacote". Este é o que as gramáticas chamam de particípio longo,
regular, que termina em "-ado" ou "-ido" . O particípio longo é usado quando o verbo auxiliar é "ter"
ou "haver". Os particípios curtos, irregulares, como "salvo" e "entregue", são usados quando o verbo
auxiliar é "ser" ou "estar". Portanto:
Particípio longo
Eu havia entregado o pacote.
O árbitro tinha expulsado o jogador.
Ele foi condecorado por ter salvado a moça.
Particípio curto
O pacote foi entregue.
O jogador foi expulso.
A moça foi salva, e isso lhe valeu uma condecoração.
Gerúndio
O gerúndio é uma das formas nominais do verbo. Por que "formas nominais"? Porque, nessas
formas, o verbo pode em certas situações atuar como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
O gerúndio, aquela forma que termina em "-ndo" (falando, bebendo, partindo, correndo
etc), pode ser usado com valor de adjetivo.
Por exemplo:
água fervendo
(água que ferve)
O gerúndio é usado basicamente para transmitir a idéia de processo, de algo em curso, de
algo que dura. O brasileiro exagera no uso do gerúndio, talvez por influência da língua inglesa. Aliás,
está na moda uma construção nada elegante: "O senhor poderia estar enviando um fax para nós
amanhã". Por que não dizer "O senhor pode enviar um fax para nós amanhã" ? Há exagero nessa
combinação do gerúndio a dois verbos; trata-se de um cacoete esquisito. Em Portugal não se ouve
esse tipo de construção. O mesmo o gerúndio não é tão corrente como aqui. Lá, em vez de "Estou
correndo", diz-se "Estou a correr".
Você viu na letra da canção os versos "Como se fosse o sol / Desvirginando a madrugada".
Em Portugal seria "Como se fosse o sol / A desvirginar a madrugada". O gerúndio sugere processo de
execução: o sol durante o processo de desvirginar. Isso acontece também com os outros verbos no
gerúndio usados
9. Colocação pronominal.
Colocação Pronominal
Este é o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos(me, te, se, o, a, lhe,
nos, vos,
os, as, lhes) em relação ao verbo. Eles podem ser colocados de três maneiras
diferentes, de acordo com as seguintes regras:
Próclise
Próclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a
próclise,
obrigatoriamente, quando houver palavras atrativas. São elas:
Outros usos da próclise:
01) Em frases exclamativas e/ou optativas (que exprimem desejo):
Ex. Quantas injúrias se cometeram naquele caso!
Deus te abençoe, meu amigo!
02) Em frases com preposição em + verbo no gerúndio:
Ex. Em se tratando de gastronomia, a Itália é ótima.
03) Em frases com preposição + infinitivo flexionado:
Ex. Ao nos posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns inimigos.
Ao se referirem a mim, fizeram-no com respeito.
04) Havendo duas palavras atrativas, tanto o pronome poderá ficar após as duas
palavras,
quanto entre elas.
Ex. Se me não ama mais, diga-me.
Se não me ama mais, diga-me.
Mesóclise
Mesóclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos no meio do verbo. Usa-se a
mesóclise, quando houver verbo no Futuro do Presenteou no Futuro do Pretérito, sem que
haja palavra atrativa alguma, apesar de, mesmo sem palavra atrativa, a próclise ser
aceitável. O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo e as terminações ei, ás,
á, em os, eis, ão, para o Futuro do Presente, e as terminações ia, ias, ia, íamos, íeis, iam,
para o Futuro do Pretérito. Por exemplo, o verbo queixar-se ficará conjugado da seguinte
maneira:
Para se conjugar qualquer outro verbo pronominal, basta-lhe trocar o infinitivo. Por
exemplo, retira-se queixar e coloca-se zangar, arrepender, suicidar, mantendo os mesmos
pronomes e desinências:
zangar-me-ei, zangar-te-ás...
Lembre-se de que, quando o verbo for transitivo direto terminado em R, Sou Ze à
frente surgir o pronome O ou A, OS, AS, as terminações desaparecerão. Por exemplo Vou
cantar a música = Vou
cantá-la. O mesmo ocorrerá, na formação da mesóclise: Cantarei a música = Cantá-
la-ei.
Os verbos dizer, trazer e fazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro do
Pretérito, perdendo as letras z e, ficando, por exemplo, direi, dirás, traria, faríamos. Na
formação da mesóclise, ocorre o mesmo: Direi a verdade = Di-la-ei; Farão o trabalho = Fá-
lo-ão; Traríamos as apostilas = Trá-las-íamos.
Ênclise
Ênclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. Usa-se a
ênclise, principalmente nos seguintes casos:
01) Quando o verbo iniciar a oração.
Ex. Trouxe-me as propostas já assinadas.
Arrependi-me do que fiz a ela.
02) Com o verbo no imperativo afirmativo.
Ex. Por favor, traga-me as propostas já assinadas.
Arrependa-se, pecador!!
Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase e não estiver conjugado no Futuro do
Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar Próclise, quanto
Ênclise. Por exemplo: Eu me queixei de você ou Eu queixei-me de você. Os alunos se
esforçaram ou Os alunos esforçaram-se.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 28
10. Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, conotação
e denotação, figuras de sintaxe, de pensamento e de linguagem.
Homonímia e Polissemia
É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados
diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.
As homônimas podem ser:
Homógrafas heterofônicas (ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita e diferentes na
pronúncia.
Exemplos:
gosto (substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar)
conserto (substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)
Homófonas heterográficas (ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia e diferentes
na escrita.
Exemplos:
cela (substantivo) - sela (verbo)
cessão (substantivo) - sessão (substantivo)
cerrar (verbo) - serrar (verbo)
Homófonas homográficas (ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúncia e
na escrita.
Exemplos:
cura (verbo) - cura (substantivo)
verão (verbo) - verão ( substantivo)
cedo (verbo ) - cedo (advérbio)
Curiosidades:
cesta = utensílio de vime, etc.
sexta = ordinal referente a seis.
cheque = papel com ordem de pagamento.
xeque = lance no jogo de xadrez, ex-soberano da ex-Pérsia (atual Irã), perigo.
cocho = vasilha, recipiente onde se colocam alimentos ou água, para animais.
coxo = que manca de uma perna.
concerto = harmonia, acordo, espetáculo.
conserto = ato de consertar, remendar.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 29
coser = costurar.
cozer = cozinhar.
empoçar = formar poça.
empossar = dar posse a.
intercessão = ato de interceder.
interseção = ponto onde duas linhas se cruzam.
ruço = pardacento, cimento; alourado.
russo = relativo à Rússia.
tacha = pequeno prego, tacho grande.
taxa = imposto, juros.
tachar = censurar.
taxar = regular, determinar a taxa.
Polissemia
É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.
Exemplos:
Ele ocupa um alto posto na empresa.
Abasteci meu carro no posto da esquina.
Os convites eram de graça.
Os fiéis agradecem a graça recebida.
Semântica
A semântica estuda o significado das palavras.
Conhecer o significado das palavras é importante, pois só assim o
falante ou escritor será capaz de selecionar a palavra certa para construir a
sua mensagem.
Por esta razão, é importante conhecer fatos lingüísticos
como:sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, polissemia,den
otação, conotação, figuras e vícios de linguagem.
SINONÍMIA (sinônimos): palavras que possuem significados iguais
ou semelhantes.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 30
ANTONÍMIA (antônimos): palavras que possuem significados
diferentes.
PALAVRAS HOMÔNIMAS: são iguais no som e/ou na escrita, mas
possuem significados diferentes. Dividem-se em: homônimas
perfeitas, homônimas homógrafas, homônimas homófonas.
- HOMÔNIMAS PERFEITAS
São palavras que possuem a mesma pronúncia, a mesma grafia, porém
as classes gramaticais são diferentes. Exemplos:
- Caminho (substantivo) – Caminho (verbo caminhar)
- O caminho para a minha casa é muito movimentado.
- Eu caminho todos os dias.
- Cedo (Advérbio) – Cedo (verbo ceder)
- Eu cedo livros para a biblioteca.
- Levantou cedo para estudar.
- HOMÔNIMAS HOMÓGRAFAS
São palavras que possuem a mesma grafia, porém a pronúncia é diferente.
- Colher (substantivo) – Colher (verbo colher)
- Eu comprei uma colher de prata.
- Chamei minha vizinha para colher frutas na horta da fazenda.
- Começo (substantivo) – Começo (verbo)
- O começo do filme foi muito legal.
- Eu começo a entender este livro.
HOMÔNIMAS HOMÓFONAS
São palavras que possuem a mesma pronúncia , porém a grafia e o sentido
são diferentes.
Serrar – Cerrar
serrar: cortar
cerrar: fechar
Cassar – Caçar
cassar: anular
caçar: procurar (alimento);
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 31
LISTA COM ALGUNS HOMÔNIMOS
Acender: pôr fogo
Ascender: subir
Coser: costurar
Cozer: cozinhar
Cheque: ordem de pagamento
Xeque: lance de jogo de xadrez
Espiar: observar, espionar
Expiar: sofrer castigo
Cessão: ato de ceder
Seção: divisão
Sessão: reunião
PALAVRAS PARÔNIMAS
São palavras parecidas na pronúncia e na grafia, mas com significados
diferentes.
Discriminar – Descriminar
Discriminar: separar, listar
Descriminar: inocentar
Desapercebido – Despercebido
Desapercebido: desprovido, quem não está ciente, quem não tomou
consciência (é derivado do verbo aperceber-se, que significa tomar ciência).
Despercebido: não percebido (é derivado do verbo perceber).
LISTA COM ALGUNS PARÔNIMOS
Absolver: perdoar
Absorver: sorver
Incidente: episódio
Acidente: desastre
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
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Destratar: tratar mal, insultar
Distratar: romper um trato, desfazer
POLISSEMIA
A mesma palavra apresenta significados diferentes que se explicam dentro
de um contexto.
- O menino queimou a mão. (parte do corpo)
- Dei duas demãos de tinta na parede. (camadas)
- Ninguém deve abrir mão de seus direitos. (deixar de lado, desistir)
- A decisão está em suas mãos. (responsabilidade, dependência)
POLISSEMIA E HOMÔNIMOS PERFEITOS
Polissemia: é resultante dos diferentes significados que uma palavra
foi adquirindo através dos tempos.
Homônimos perfeitos: grafia e som iguais, porém as classes
gramaticais são diferentes.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
As palavras podem ser usadas com o seu significado original, real
(denotação) ou com um significado novo, diferente do original (conotação).
- O gato da minha vizinha sempre brinca comigo. (denotação –
animal de estimação)
- Eu acho aquele ator o maior gato. (conotação – bonito)
Quando usamos a linguagem em seu sentido figurado, estamos
fazendo uso das diversas figuras de linguagem que existem
(metáfora, metonímia, prosopopéia, hipérbole, etc).
Certas vezes, o falante desconhece algumas normas gramaticais e
comete alguns erros, em outras ocasiões, ele simplesmente é descuidado e
acaba (ao falar ou escrever) unindo sílabas que formam um som
desagradável ou obsceno.
Todos estes desvios são chamados vícios de linguagem.
Os principais são: barbarismo, solecismo, cacofonia, ambigüidade e
redundância.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 33
BARBARISMO: são desvios na grafia, na pronúncia ou na flexão.
- Pograma (em vez de programa)
- Rúbrica (em vez de tonificar o – bri -, rubrica)
- Etmologia (em vez de etimologia, com – i -)
- Quando eu pôr o vestido. (o certo seria – Quando eu puser o vestido)
O policial interviu. (O certo seria interveio)
Observação: quem abusa das palavras estrangeiras grafando-as
como na língua original, também comete barbarismo.
Abajur: e não “abat-jur”.
Coquetel: e não “cocktail”.
SOLECISMO: Desvio na sintaxe.
Exemplo: “Houveram eleições para representante de turma.”
O certo é “Houve….” (erro de concordância)
- Assisti esse filme no cinema.
O certo é “Assisti a esse…..” (erro de regência)
CACOFONIA: Som desagradável ou obsceno.
- Hilca ganhou um prêmio.
- A boca dela está sangrando.
AMBIGÜIDADE: Duplo sentido.
- O cachorro do seu irmão avançou na minha amiga. (cachorro pode
ser o animal (cão), ou uma qualidade (vagabundo, assanhado) para irmão
REDUNDÂNCIA : é a repetição de idéias.
- Maria subiu lá em cima para ver o balão.
- José inventou novos brinquedos para o filho.
OBS: Não há redundância em “intrometer-se no meio” e “voltar-se
para trás”.
Uma pessoa pode intrometer-se no início, meio ou fim de uma
conversa, assim como alguém pode voltar-se para o lado.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 34
11. Pontuação.
PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos variados e representam as pausas e entonações
da fala. A pontuação dá à escrita maior clareza e simplicidade.
A seguir veremos os principais empregos de alguns sinais de pontuação.
PONTO FINAL
É utilizado na finalização de frases declarativas ou imperativas.
Exemplo:
Lembrei-me de um caso antigo.
Vamos animar a festa.
O ponto final também é utilizado em abreviaturas.
Exemplo:
Sr. (senhor), Sra. (senhora), Srta. (senhorita), pág. (página).
PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)
É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta.
Exemplo:
Quem é você?
Por que ninguém ligou?
Não deve ser usado nas perguntas indiretas.
Exemplo:
Perguntei a você quem estava no quarto.
PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)
É usado no final de frases exclamativas, depois de interjeições ou locuções.
Exemplo:
Ah! Deixa isso aqui.
Nossa! Isso é demais!
Uso da vírgula
Como usar a vírgula? Seu uso está relacionado à respiração?
Não, a vírgula depende da estrutura sintática da oração. A pausa que fazemos na fala
nem sempre corresponde à pausa na escrita.
Exemplo: O diretor de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos declarou que não haverá demissões neste mês.
Não há vírgula na frase acima, por maior que ela seja.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 35
"O diretor de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos" é o
sujeito do verbo "declarar". Foi ele, o diretor, que declarou.
Entre sujeito e verbo não há vírgula.
Na seqüência temos " ...que não haverá demissões neste mês". Trata-se de objeto
direto em forma de oração. Ele complementa o verbo "declarar" —declarou o quê? Que não
haverá demissões.
Mas, às vezes, a vírgula pode decidir o sentido do texto. Assim, como pontuaríamos a
frase abaixo?
Irás voltarás não morrerás
A pontuação depende do sentido que se quer dar:
Irás. Voltarás. Não morrerás.
Irás. Voltarás? Não. Morrerás.
A diferença entre uma e outra oração salta aos olhos, não é?
VÍRGULA
A vírgula é usada nos seguintes casos:
- para separar o nome de localidades das datas.
Recife, 28 de junho de 2005.
- para separar vocativo.
Exemplo:
Meu filho, venha tomar seus remédios.
- para separar aposto.
Exemplo:
Brasil, país do futebol, é um grande centro de formação de jogadores.
- para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além,
por exemplo, além disso, então.
Exemplo:
O nosso sistema precisa de proteção, isto é, de um bom antivírus.
Além disso, precisamos de um bom firewall.
- para separar orações coordenadas assindéticas.
Exemplo:
Ela ganhou um carro, mas não sabe dirigir.
- para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas por e,
ou e nem.
Exemplo:
Cobram muitos impostos, poucas obras são feitas.
- para separar orações adjetivas explicativas.
Exemplo:
A Amazônia, pulmão mundial, está sendo devastada.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 36
- para separar o adjunto adverbial.
Exemplo:
Com a pá, retirou a sujeira.
PONTO E VÍRGULA
O ponto e vírgula indica uma pausa mais longa que a vírgula, porém mais breve que
o ponto final.
Emprega-se o ponto e vírgula nos seguintes casos:
- para itens de uma enumeração.
Exemplo:
As vozes do verbo são:
a. voz ativa;
b. voz passiva;
c. voz reflexiva.
- para aumentar a pausa antes das conjunções adversativas – mas, porém, contudo,
todavia – e substituir a vírgula.
Exemplo:
Deveria entregar o documento hoje; porém só o entregarei amanhã à noite.
DOIS PONTOS
Os dois pontos são empregados nos seguintes casos:
- para iniciar uma enumeração.
Exemplo:
O computador tem a seguinte configuração:
- memória RAM 256 MB;
- HD 40 GB;
- fax-modem;
- placa de rede;
- som.
- antes de uma citação.
Exemplo:
Já diz o ditado: tal pai, tal filho.
Como já diz a música: o poeta não morreu.
- para iniciar a fala de uma pessoa, personagem.
Exemplo:
O repórter disse: - Nossa reportagem volta à cena do crime.
- para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que já foi dito.
Exemplo:
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 37
O Ministério de Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde.
Nota de esclarecimento:
Nossa empresa não envia e-mail a seus clientes. Quaisquer informações devem ser
tratadas em nosso escritório.
RETICÊNCIAS
Indicam uma interrupção ou suspensão na seqüência normal da frase. São usadas
nos seguintes casos:
- para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Exemplo:
Estava digitando quando...
Guiava tranquilamente quando passei pela cidade e...
- para indicar hesitações comuns na língua falada.
Exemplo:
Não vou ficar aqui por que... por que... não quero problemas.
- para indicar movimento ou continuação de um fato.
Exemplo:
E a bola foi entrando...
- para indicar dúvida ou surpresa na fala da pessoa.
Exemplo:
Rodrigo! Você... passou no vestibular!
Antônio... você vai viajar?
ASPAS
São usados nos seguintes casos:
- na representação de nomes de livros e legendas.
Exemplo:
Já li “O Ateneu” de Raul Pompéia.
“Os Lusíadas” de Camões tem grande importância literária.
- nas citações ou transcrições.
Exemplo:
“Tudo começou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar lá
na sede. Já havia mandado um currículo antes, mas eles nunca entraram em contato
comigo. Quando as seleções recomeçaram mandei um currículo novamente”, revelou Cleber.
- destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia.
Exemplo
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 38
Que “belo” exemplo você deu.
Vamos assistir a “show” de mágica.
PARÊNTESES
São usados nos seguintes casos:
- na separação de qualquer indicação de ordem explicativa.
Exemplo:
Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: o verbo (núcleo verbal) e o
predicativo (núcleo nominal).
- na separação de um comentário ou reflexão.
Exemplo:
Os escândalos estão se proliferando (a imagem política do Brasil está manchada) por
todo o país.
- para separar indicações bibliográficas.
Pra que partiu?
Estou sentado sobre a minha mala
No velho bergantim desmantelado...
Quanto tempo, meu Deus, malbaratado
Em tanta inútil, misteriosa escala!
(Mario Quintana, A Rua dos Cata-Ventos, Porto Alegre, 1972)
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 39
12. Redação oficial: estrutura e organização de documentos oficiais
(requerimento, carta, certidão, atestado, declaração, ofício, memorando,
ata de reunião, relatório, etc.); expressões de tratamento.
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
1. ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO
OFICIAL
O que é Redação Oficial
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e
comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder
Executivo.
A redação oficial deve caracterizar-se pela
impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza,
concisão, formalidade e uniformidade.
A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a)
alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que
receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem
comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério,
Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se
comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão
que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou
dos outros Poderes da União.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 40
A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
A necessidade de empregar determinado nível de
linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do
próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de
sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de
caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos
cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que
só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem
adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja
finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade.
As comunicações que partem dos órgãos públicos
federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão
brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma
linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que
um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a
gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua
compreensão dificultada.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre
a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete
de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode
eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua
compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar
apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a
língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem
maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma
para comunicar.
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em
uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 41
de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou
coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a
presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos,
há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da
língua, a finalidade com que a empregamos.
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de
clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da
língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se
observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um
vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É
importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto
na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos
modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo,
por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos
os cidadãos.
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a
simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com
pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto
implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos
contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua
literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um
"padrão oficial de linguagem"; o que há é o uso do padrão culto
nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência
pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa
tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica,
necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de
linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão,
deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 42
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado.
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio
a determinada área, são de difícil entendimento por quem não
esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de
explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da
administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos.
Formalidade e Padronização
As comunicações oficiais devem ser sempre formais,
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão
culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de
tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao
correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para
uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego
dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz
respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto
do qual cuida a comunicação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à
necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a
administração federal é una, é natural que as comunicações que
expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse
padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para
todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda,
da apresentação dos textos.
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes
para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são
indispensáveis para a padronização.
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 43
Concisão e Clareza
A concisão é antes uma qualidade do que uma
característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue
transmitir um máximo de informações com um mínimo de
palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental
que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se
escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto.
É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais
redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.
O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de
empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se
deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento,
isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no
afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar
palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada
acrescentem ao que já foi dito.
Procure perceber certa hierarquia de idéias que existe
em todo texto de alguma complexidade: idéias fundamentais e
idéias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido
daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também idéias
secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto,
nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso,
ser dispensadas.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto
oficial, conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-
se definir como claro aquele texto que possibilita imediata
compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 44
atinja por si só: ela depende estritamente das demais
características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de
interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista
dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a
imprescindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
lingüísticos que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que se
redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de
todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos
obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da
releitura que torna possível sua correção.
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
2. Introdução
A redação das comunicações oficiais deve, antes de
tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais
da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de
cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste
capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros
aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação
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AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 45
oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos
e a identificação do signatário.
2.1. Pronomes de Tratamento
2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de
tratamento tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com
Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes
latinos tue vos, "como tratamento direto da pessoa ou pessoas a
quem se dirigia a palavra", passou-se a empregar, como expediente
lingüístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no
tratamento de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor:
"Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se
dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de
categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os
vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa
senhoria (...); assim usou-se o tratamento ducal de vossa
excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa
reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade."
A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento
indireto já estava em voga também para os ocupantes de certos
cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para
o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso.
É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes de
tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades
civis, militares e eclesiásticas.
2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância
verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa
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gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a
comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É
que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução
como seu núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o substituto";
"Vossa Excelência conhece o assunto".
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos
a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
"Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não
"Vossa ... vosso...").
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se
refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se
nosso interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está
atarefado", "Vossa Senhoria deve estar satisfeito"; se for mulher,
"Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar
satisfeita".
2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento
Como visto, o emprego destes obedece a secular
tradição. São de uso consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito
Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
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Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de
cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministro do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
d) outros: Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas
aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo
respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal
Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo
Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
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No envelope, o endereçamento das comunicações
dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a
seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70.064-900 – Brasília. DF
A Sua Excelência o Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF
Senhor Ministro,
Submeto a Vossa Excelência projeto (...)
Em comunicações oficiais, ESTÁ ABOLIDO O USO DO
TRATAMENTO DIGNÍSSMO (DD), às autoridades arroladas na lista
anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer
cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais
autoridades e para particulares. O vocativo adequado e o
endereçamento que deve constar no envolope são:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no
123
70.123 – Curitiba. PR
Senhor Fulano de Tal,
Escrevo a Vossa Senhoria (...)
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Como se depreende do exemplo acima, FICA DISPENSADO
O EMPREGO DO SUPERLATIVO ILUSTRÍSSIMO para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
Acrescente-se que DOUTOR NÃO É FORMA DE
TRATAMENTO, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em
comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem
concluído curso universitário de doutorado. É costume indevido
designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em
Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor
confere a desejada formalidade às comunicações.
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência,
empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a
reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:
Magnífico Reitor,
Agradeço a Vossa Magnificência por (...)
Os pronomes de tratamento e vocativos para religiosos, de
acordo com a hierarquia eclesiástica, são:
Em comunicações dirigidas ao Papa:
Santíssimo Padre,
Rogo a Vossa Santidade que (...)
Em comunicações aos Cardeais:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
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Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
Rogo a Vossa Eminência ( Reverendíssima ) que (...)
Em comunicações a Arcebispos e Bispos:
Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Arcebispo /
Bispo,
Rogo a Vossa Excelência Reverendíssima que (...)
Em comunicações a Monsenhores, Côneco e superiores
religiosos:
Reverendíssimo Senhor Monsenhor / Cônego / Superior
religioso
Rogo a Vossa ( Senhoria ) Reverendíssima que (...)
Em comunicações a Sarcedotes, Clérigos e Demais religiosos:
Reverendo Sarcedote / Clérigo / Demais religiosos,
Rogo a Vossa Reverência que (...)
2.2. Fechos para Comunicações
O fecho das comunicações oficiais possui, além da
finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados
pela Portaria no
1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia
quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este
Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes
para todas as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente
da República:
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Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de
hierarquia inferior:
Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações
dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição
próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do
Ministério das Relações Exteriores.
2.3. Identificação do Signatário
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente
da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de
sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura)
Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
(espaço para assinatura)
Nome
Ministro de Estado da Justiça
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a
assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
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Exemplo de Ofício
(297 x 210mm)
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Exemplo de Aviso
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3.4. Memorando
3.4.1. Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser
empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a
serem adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela
simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar
desnecessário aumento do número de comunicações, os
despachos ao memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de
continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de
processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada
de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria
tratada no memorando.
3.4.2. Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo
do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve
ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
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Exemplo de Memorando
(297 x 210mm)
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4. Exposição de Motivos
4.1. Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao
Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato
normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao
Presidente da República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um
Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada
de interministerial.
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Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo
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5. Mensagem
5.1. Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes
dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar
sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo por
ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso
Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas;
apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo
quanto seja de interesse dos poderes públicos e da Nação.
8. Correio Eletrônico
8.1 Definição e finalidade
O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e
celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação
para transmissão de documentos.
8.2. Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é
sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua
estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem
incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos
Atos e Comunicações Oficiais).
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O campo assunto do formulário de correio eletrônico
mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização
documental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado,
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre
seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso
de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
da mensagem pedido de confirmação de recebimento.
8.3 Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a
mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para
que possa ser aceito como documento original, é necessário
existir certificação digital que ateste a identidade do remetente,
na forma estabelecida em lei.
Circular
Circular– a carta, ofício ou outro documento que precisa ser encaminhado a vários
setores é
chamado de circular, que visa à correspondência destinada a vários setores da
organização ao
mesmo tempo. Neste caso, o documento é duplicado e encaminhado às pessoas
responsáveis
pelos setores. Isso representa baixo custo para a empresa e normalmente serve para
instruções gerais, explicação de manuseio de equipamentos e produtos, lucros obtidos
pela organização, alterações na gestão como pagamentos etc. O que a diferencia em sua
redação é a colocação, abaixo, dos destinatários, semelhante ao ofício.
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Exemplo.
Requerimento
Requerimento –é um texto que visa à solicitação de algo. O texto tem início com o
nome do requerente, depois sua qualificação (dados de identificação), que variam segundo
a solicitação (data de nascimento e/ou casamento, carteira de identidade, CPF, local de
nascimento, nome dos pais, profissão, residência, número de matrícula). No fechamento, há
fórmulas como:
Nestes termos,
Pede deferimento.
N. termos,
P. deferimento.
Termos em que pede deferimento.
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Apostila basico concurso parauapebas

  • 1.
  • 2. LÍNGUA PORTUGUESA 1. Leitura e interpretação de textos. COMPREENSAO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Denotação e Conotação Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido. Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc.
  • 3. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. 2. Gêneros e tipos de texto. TIPOLOGIA TEXTUAL Basicamente existem três tipos de texto: Texto narrativo; Texto descritivo; Texto dissertativo. Cada um desses textos possui características próprias de construção. DESCRIÇÃO Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo. O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos linguísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto. Há duas descrições: Descrição denotativa Descrição conotativa. DESCRIÇÃO DENOTATIVA Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário. Exemplo: Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação. No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a CEAGEPE. DESCRIÇÃO CONOTATIVA Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência. Exemplo: João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto. Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.
  • 4. NARRAÇÃO Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos. A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo. O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas: Quem participa nos acontecimentos? (personagens); O que acontece? (enredo); Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos). Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos: O quê? - Fato narrado; Quem? – personagem principal e o anti-herói; Como? – o modo que os fatos aconteceram; Quando? – o tempo dos acontecimentos; Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento; Por quê? – a razão, motivo do fato; Por isso: - a consequência dos fatos. No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens. Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo. A seguir um exemplo de texto narrativo: Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. (Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo) A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo. Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa. Exemplo: Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei: - Compadre por que tanta tristeza? Ele me respondeu: - Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste. Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá sido o destino? Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa. Exemplo: O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima.
  • 5. O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time. Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida. Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida. FORMAS DE DISCURSO Discurso direto; Discurso indireto; Discurso indireto livre. DISCURSO DIRETO É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas características do discurso direto: - Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros; - Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula. Exemplo: O juiz disse: - O réu é inocente. DISCURSO INDIRETO É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. Exemplo: O juiz disse que o réu era inocente. DISCURSO INDIRETO LIVRE É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo- se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas. Exemplo: Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos). 3. Ortografia: divisão silábica; acentuação gráfica; emprego do sinal indicativo da crase. ACENTUAÇÃO GRÁFICA A Acentuação Gráfica tem como pré-requisito o conhecimento da pronúncia dos vocábulos em que fica claro a presença do acento tônico. Desse modo, podemos aplicar, de início, uma regra geral que já facilita o emprego do acento gráfico. REGRA GERAL: Acentuam-se graficamente aqueles vocábulos que sem acento poderiam ser lidos ou então interpretados de outra forma. Exemplos: secretária/secretaria - ambrósia/ambrosia - sábia/sabia/sabiá DICAS PARA UMA CONSULTA RÁPIDA
  • 6. Se você tem alguma dúvida sobre a acentuação gráfica de uma palavra, siga as seguintes etapas: 1. Pronuncie a palavra bem devagar, procurando sentir onde se localiza o seu acento tônico, isto é, a sua sílaba mais forte. 2. Se a sílaba tônica estiver na última sílaba da palavra, esta será considerada uma palavra OXÍTONA; exemplos: caPUZ, uruBU, aMOR, etc. 3. Já se a sílaba tônica cair na penúltima sílaba, a palavra será PAROXÍTONA; exemplos: CAsa, cerTEza, GAlo, coRAgem, etc. 4. Por fim, estando a sílaba tônica na antepenúltima sílaba da palavra, esta se denominará PROPAROXÍTONA; exemplos: arquiPÉlago, reLÂMpago, CÔNcavo, etc. 5. Classificada a palavra quanto à posição de sua sílaba tônica, procure então nas regras abaixo se ela deverá receber um acento gráfico ou não, para a sua correta representação. REGRAS BÁSICAS Devem ser acentuados os MONOSSÍLABOS (palavras de uma só sílaba) TÔNICOS terminados em "a", "e", "o", seguidos ou não de s: pá, pé, nó, pás, pés, nós, etc. Observação: Os monossílabos tônicos terminados em "z", assim como todas as outras palavras da língua portuguesa terminadas com essa mesma letra, não são acentuados: luz, giz, dez... (compare os seguintes parônimos: nós/noz, pás/paz, vês/vez). Também os monossílabos tônicos, terminados em "i" e "u", não recebem acento gráfico: pai, vai, boi, mau, pau, etc. OXÍTONAS Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e também com as terminações "em" e "ens". Exemplos: cajá, café, jiló, bebê, robô, armazém, alguém, reféns, etc. Observações: 1. As formas verbais terminadas em "a", "e" e "o", seguidas dos pronomes la(s) ou lo(s) devem ser acentuadas. Exemplos: encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-ia, etc. 2. Não se acentuam as oxítonas terminadas em: _ az, ez, iz, oz - capaz, tenaz, talvez, altivez, juiz, raiz, feroz... _ i(s) - Anhembi, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-las...; _ u(s) - caju, pitu, zebu, Caxambu, Bauru, Iguaçu, Bangu, compus...; _ or - ator, diretor, detetor, condor, impor, compor, compositor...; _ im - ruim, capim, assim, aipim, folhetim, boletim, espadachim...; PAROXÍTONAS Não são acentuadas as paroxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de s; e também as finalizada com "em" e "ens". Exemplos: cama, seda, flecha, rede, sede, pote, ovo, coco, bolo, garagem, ferrugem, idem, item, nuvens, imagens, viagens, etc. São acentuadas as paroxítonas terminadas em: _ r / x / n / l (Dica: Lembre-se das consoantes da palavra RouXiNoL) Exemplos: mártir, fêmur, fácil, útil, elétron, tórax, córtex, etc.
  • 7. Observação: Entretanto, palavras como PÓLEN, HÍFEN, quando no plural (POLENS, HIFENS), não recebem acento gráfico, porque nesta forma elas são regidas pela regra anterior. A palavra HÍFEN possui ainda um outro plural que no caso é acentuado por ser proparoxítono: HÍFENES. _ i / is Exemplos: júri, cáqui (cor), lápis, miosótis, íris, tênis, cútis, etc. Observação: Os prefixos paroxítonos, mesmo terminados em "i" ou "r", não são acentuados. PROPAROXÍTONAS Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: lâmpada, côncavo, lêvedo, pássaro, relâmpago, máscara, árabe, gótico, límpido, louvaríamos, devêssemos, pêndulo, fôlego, recôndito, cândido, etc. CRASE O uso da crase A crase indica a fusão da preposição a com artigo a: João voltou à (a preposição + a artigo) cidade natal. / Os documentos foram apresentados às (a prep. + asart.) autoridades. Dessa forma, não existe crase antes de palavra masculina:Vou a pé. / Andou a cavalo. Existe uma única exceção, explicada mais adiante. Regras práticas Primeira - Substitua a palavra antes da qual aparece o a ou as por um termo masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou aos, existe crase; do contrário, não. Nos exemplos já citados: João voltou ao país natal. / Os documentos foram apresentados aos juízes. Outros exemplos: Atentas às modificações, as moças... (Atentos aos processos, os moços...) / Junto à parede (junto ao muro). No caso de nome geográfico ou de lugar, substitua o a ou as por para. Se o certo for para a, use a crase: Foi à França (foi para a França). / Irão à Colômbia (irão para a Colômbia). / Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase). Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o de se transformar emda, há crase, inexistente se o de não se alterar: Retornou à Argentina (voltou da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma). Segunda - A combinação de outras preposições com a (para a, na, da, pela e com a, principalmente) indica se o a ou as deve levar crase. Não é necessário que a frase alternativa tenha o mesmo sentido da original nem que a regência seja correta. Exemplos: Emprestou o livro à amiga (para a amiga). / Chegou à Espanha (da Espanha). / As visitas virão às 6 horas (pelas 6 horas). / Estava às portas da morte (nas portas). / À saída (na saída). / À falta de (na falta de, com a falta de). Usa-se a crase ainda 1 - Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados): Cheguei àquele (a + aquele) lugar. / Vou àquelas cidades. / Referiu-se àqueles livros. / Não deu importância àquilo. 2 - Nas indicações de horas, desde que determinadas: Chegou às 8 horas, às 10 horas, à 1 hora. Zero e meia incluem-se na regra: O aumento entra em vigor à zero hora. / Veio à meia-noite em ponto. A indeterminação afasta a crase: Irá a uma hora qualquer. 3 - Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas como às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de: Saiu às pressas. / Vive à custa do pai. / Estava à espera do irmão. / Sua tristeza aumentava à medida que os amigos partiam. / Serviu o filé à moda da casa. 4 - Nas locuções que indicam meio ou instrumento e em outras nas quais a tradição lingüística o exija, como à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à
  • 8. mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à queima-roupa, à fome (matar à fome): Morto à bala, à faca, à navalha. / Escrito à tinta, à mão, à máquina. / Pagamento à vista. / Produto à venda. / Andava à toa. Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de substituir apor ao. 5 - Antes dos relativos que, qual e quais, quando o a ou as puderem ser substituídos por ao ou aos: Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis o rapaz ao qual você se referiu). / Fez alusão às pesquisas às quais nos dedicamos (fez alusão aos trabalhos aos quais...). / É uma situação semelhante à que enfrentamos ontem (é um problema semelhante ao que...). Não se usa a crase antes de 1 - Palavra masculina: andar a pé, pagamento a prazo, caminhadas a esmo, cheirar a suor, viajar a cavalo, vestir-se a caráter. Exceção. Existe a crase quando se pode subentender uma palavra feminina, especialmente moda emaneira, ou qualquer outra que determine um nome de empresa ou coisa: Salto à Luís XV (à moda de Luís XV). / Estilo à Machado de Assis (à maneira de). / Referiu-se à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata) Gustavo Barroso. / Vou à (editora) Melhoramentos. / Fez alusão à (revista) Projeto. 2 - Nome de cidade: Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano. Exceção. Há crase quando se atribui uma qualidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. / Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordomias, à Londres do século 19. 3 - Verbo: Passou a ver. / Começou a fazer. / Pôs-se a falar. 4 - Substantivos repetidos: Cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta. 5 - Ela, esta e essa: Pediram a ela que saísse. / Cheguei a esta conclusão. / Dedicou o livro a essa moça. 6 - Outros pronomes que não admitem artigo, como ninguém, alguém, toda, cada, tudo, você, alguma, qual, etc. 7 - Formas de tratamento: Escreverei a Vossa Excelência. / Recomendamos a Vossa Senhoria... / Pediram a Vossa Majestade... 8 - Uma: Foi a uma festa. Exceções. Na locução à uma (ao mesmo tempo) e no caso em que uma designa hora (Sairá à uma hora). 9 - Palavra feminina tomada em sentido genérico: Não damos ouvidos a reclamações. / Em respeito a morte em família, faltou ao serviço. Repare: Em respeito a falecimento, e não ao falecimento. / Não me refiro a mulheres, mas a meninas. Alguns casos são fáceis de identificar: se couber o indefinido uma antes da palavra feminina, não existirá crase. Assim: A pena pode ir de (uma)advertência a (uma) multa. / Igreja reage a (uma) ofensa de candidato em Guarulhos. / As reportagens não estão necessariamente ligadas a (uma)agenda. / Fraude leva a (uma) sonegação recorde. / Empresa atribui goteira a(uma) falha no sistema de refrigeração. / Partido se rende a (uma) política de alianças. Havendo determinação, porém, a crase é indispensável: Morte de bebês leva à punição (ao castigo) de médico. / Superintendente admite ter cedido à pressão(ao desejo) dos superiores. 10 - Substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo: Pegaram-se a dentadas. / Agrediram-se a bofetadas. / Progrediram a duras penas. 11 - Nomes de mulheres célebres: Ele a comparou a Ana Néri. / Preferia Ingrid Bergman a Greta Garbo. 12 - Dona e madame: Deu o dinheiro a dona Maria . / Já se acostumou a madame Angélica. Exceção. Há crase se o dona ou o madame estiverem particularizados: Referia-se à Dona Flor dos dois maridos. 13 - Numerais considerados de forma indeterminada: O número de mortos chegou a dez. / Nasceu a 8 de janeiro. / Fez uma visita a cinco empresas.
  • 9. 14 - Distância, desde que não determinada: A polícia ficou a distância. / O navio estava a distância. Quando se define a distância, existe crase: O navio estava à distância de 500 metros do cais. / A polícia ficou à distância de seis metros dos manifestantes. 15 - Terra, quando a palavra significa terra firme: O navio estava chegando a terra. / O marinheiro foi a terra. (Não há artigo com outras preposições: Viajou por terrra. / Esteve em terra.) Nos demais significados da palavra, usa-se a crase: Voltou à terra natal. / Os astronautas regressaram à Terra. 16 - Casa, considerada como o lugar onde se mora: Voltou a casa. / Chegou cedo a casa. (Veio de casa, voltou para casa, sem artigo.) Se a palavra estiver determinada, existe crase: Voltou à casa dos pais. / Iremos à Casa da Moeda. / Fez uma visita à Casa Branca. Uso facultativo 1 - Antes do possessivo: Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia. / Não fez menção a nossa empresa (ou à nossa empresa). Na maior parte dos casos, a crase dá clareza a este tipo de oração. 2 - Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não. 3 - Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém, escreva até a, sem crase. 4. Estrutura e formação de palavras. 5. Classes de palavras, flexão e emprego. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS As palavras podem ser de dois tipos quanto à sua flexão: variáveis ou invariáveis. Palavra variável é aquela que pode alterar a sua forma. Palavra invariável é aquela que tem forma fixa. Dentre as formas variáveis e invariáveis, existem dez classes gramaticais: Substantivos - Classe de palavras variáveis com que designamos ou nomeamos os seres em geral. Artigos - Classe de palavras que acompanham os substantivos, determinando-os. Adjetivos - Classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O adjetivo é essencialmente um modificador do substantivo. Pronomes - Classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também de substituir a sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar determinando-lhe a extensão do significado. Numerais - Classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exacta de pessoas ou coisas, ou o lugar que elas ocupam numa série. Verbos - Classe de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. Indicam acção, facto, estado ou fenómeno. Toda palavra que se pode conjugar. Advérbios - Classe de palavras invariáveis indicadoras de circunstâncias diversas; é fundamentalmente um modificador do verbo.
  • 10. Preposições - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a segunda à primeira palavra. Conjunções - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas orações. Interjeições - Classe de palavras invariáveis que exprimem o estado emotivo. Interjeição é uma espécie de grito com que traduzimos de modo vivo as nossas emoções. PALAVRAS VARIÁVEIS Palavras variáveis são as que, conforme o próprio nome indica, aceitam ser flexionadas, aceitam modificação sem perder o sentido. - Perdoem-me a redundância mas, só para ficar mais fácil lembrar...... As variáveis, variam. Como assim, variam? - você pergunta . -Eu respondo - Aceitam flexionar, aceitam modificação de tempo, aceitam aumentativo, diminutivo, plural, etc. Veja como é fácil. Se deparamos com uma palavra e queremos saber se ela é variável ou não, basta tentar flexionar sua formação, coloque-a no diminutivo, mude seu tempo para o passado (Pretérito) ou futuro, passe-a para o plural, etc. e se ela aceitar, então é variável. Ela pode sofrer modificação. Veja um exemplo prático, repare na palavra: PROTESTO - eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural e obterei a palavra (protestos), ou coloco-a no tempo passado e tenho (protestou). Quando isso é possível, dizemos que a palavra é da família das VARIÁVEIS, ela aceita flexionar sua formação. Temos aqui, SEIS classes que são do grupo das variáveis: 1- Substantivo - Palavra que dá nome aos seres em geral. Casa, sapato, carro, mesa... Casarão,casebre, sapatos, sapatinho, carros, carrinho, mesas.. -Os substantivos aceitam flexão, portanto são variáveis.- 2- Artigo - Palavra que acompanha o substantivo determinando-o: Uma casa, os sapatos, o carro, uma mesa umas casas, o sapato, os carros, umas mesas... Os artigos podem sofrer modificação e são usados no plural ou singular, portanto, também pertencem ao grupo das variáveis. 3- Adjetivo - palavra que expressa a qualidade ou característica do substantivo: Casa bonita, sapato grande, carro novo, mesa pequena... casas bonitas, sapatos grandes, carros novos, mesas pequenas... *Atenção com os numerais. 4- Numeral - palavra que quando flexionada pode indicar: quantidade: Aqui trabalham três ajudantes. ordem: Passei na USP em terceiro lugar. múltiplo: Aquela casa tem o triplo do tamanho da minha.
  • 11. fração: Um terço dos deputados votou contra o projeto. 5- Pronome - Palavra que acompanha ou substitui o substantivo, para indicar a pessoa do discurso: Nossa casa, meu sapato, o carro dele, sua mesa... Nossas casas, meus sapatos, o carro deles, suas mesas... 6- Verbo - Palavra que indica ação: IR: irei, irá, iria, etc... CASAR: casarei, casaremos, casarão GOSTAR: gostou, gostei, gostará, gostaria, etc... PALAVRAS INVARIÁVEIS É claro que você já matou a "charada". Se as palavras variáveis são aquelas que podem ser flexionadas, então, as invariáveis são as que não aceitam nenhuma forma de variação. Veja esse exemplo de palavra do grupo invariável. Tentaremos flexionar a palavra: QUANDO Eu posso modificar sua flexão passando-a para o plural? obtendo a palavra (quandos)?. ISSO NÃO EXISTE. Transporta-la para o tempo passado(quandou)? Para o futuro(quandará)? Para o diminutivo(quandinho)? Aumentativo(quandão)? Nãããooo. Se é impossível flexionar, dizemos que a palavra é da família das INVARIÁVEIS, ela NÃO aceita flexionar sua formação. Portanto veja e grave o grupo das invariáveis. 1- Advérbio - Palavra que modifica o sentido: Do verbo: Suas palavras nos sensibilizaram profundamente. Do Adjetivo: Ela estava maravilhosamente bela. Do próprio advérbio: Você sabe muito bem minha opinião. 2- Preposição - Palavra que liga dois termos entre si: Falou sobre suas viagens. Lutarei contra todos. 3- Conjunção - palavra que liga: Termos: Brigavam como cão e gato. Orações: Vibramos com a divulgação do resultado. 4- Interjeição - palavra que exprime sentimento ou emoção: Oba! Hoje é feriado nacional! *Lembre-se disso: Preposição, interjeição, conjunção e advérbio pertencem a classe das palavras invariáveis, pois, não podem sofrer flexão alguma. 2 - Antes de nomes de mulheres: Declarou-se a Joana (ou à Joana). Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso contrário, não. 3 - Com até: Foi até a porta (ou até à). / Até a volta (ou até à). No Estado, porém, escreva até a, sem crase.  a cargo de
  • 12. 6. Sintaxe da oração e do período. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Sujeito e Predicado Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo. Por Exemplo: A s praias estão cada vez mais poluídas. S ujeito Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito. Por Exemplo: A s praias estão cada vez mais poluídas. Predicado Posição do Sujeito na Oração Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. Por Exemplo: As crianças brincavam despreocupadas. Suj eito Predicado Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. Brincavam despreocupadas as crianças. Predicado Suj eito Sujeito no Meio do Predicado: Despreo cupadas, as crianças bri ncavam. Predicad o Su jeito Pr edicado CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda asorações sem sujeito.
  • 13. 1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser: a) Simples Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. Por Exemplo: A rua estava deserta. Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva. Por Exemplo: Os meninos estão gripados. Todos cantaram durante o passeio. b) Composto Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo. Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. c) Implícito Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado. Por Exemplo: Dispensamos todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é simples e determinado, pois o sujeito nós é indicado pela desinência verbal - mos. 2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração: a) Com verbo na 3ª pessoa do plural: O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração): Por Exemplo: Procuraram você por todos os lugares. Estão pedindo seu documento na entrada da festa. b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se: O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) Entendendo a Partícula Se As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito. Veja: a) Aprovou-se o novo candidato. Sujeito
  • 14. Aprovaram-se os novos candidatos. Sujeito b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado) No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica: O novo candidato foi aprovado. Sujeito Os novos candidatos foram aprovados. Sujeito No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular. c) Com o verbo no infinitivo impessoal: Por Exemplo: Era penoso estudar todo aquele conteúdo. É triste assistir a estas cenas tão trágicas. Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado. Por Exemplo: Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras. Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto. 3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações: S ujeito Predicado - Havia formigas na casa. - Nevou muito este ano em Nova Iorque. É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com: a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc. Por Exemplo: Choveu muito no inverno passado. Amanheceu antes do horário previsto. Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Por Exemplo:
  • 15. Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) Já amanheci cansado. (eu=sujeito) b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos: Ser: É noite. (Período do dia) Eram duas horas da manhã. (Hora) Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas) Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias. Estar: Está tarde. (Tempo) Está muito quente.(Temperatura) Fazer: Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) Fez 39° C ontem. (Temperatura) Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir) PREDICADO Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos: As mulheres compraram roupas novas Predicado Duran te o ano, muit os alunos desistem do curso. Predic ado Predicado A natureza é bela. Predicado
  • 16. SINTAXE DO PERÍODO 1. Orações subordinadas substantivas São aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo. Os meninos observaram que você chegou. (a sua chegada) Subjetiva: exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. É necessário que você volte. Conta-se que havia antigamente um rei... Convém que lutemos. b) Objetiva direta: exerce a função de objeto direto da oração principal. Eu desejava que você voltasse. O professor deseja que seus alunos sejam bem sucedidos nos exames. Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo principal. Não gostaram de que você viesse. Ansiávamos por que ele terminasse a perigosa aventura. d) Predicativa: exerce a função de predicativo. A verdade é que ninguém se omitiu. Os meus votos são que triunfes. e) Completiva nominal: desempenha a função de complemento nominal. Não tínhamos dúvida de que o resultado seria bom . Carlos fez referência a que eu o acompanhasse. f) Apositiva: desempenha a função de aposto em relação a um nome. Só nos disseram uma coisa: que nos afastássemos. Aquele grande sonho, que o filho volte, continua a acalentar as esperanças da mãe. 2. Orações subordinadas adjetivas São aquelas que desempenham função sintática própria do adjetivo. Na cidade há indústrias que poluem . (poluidoras) a) Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por pronome relativo e não vem entre vírgulas. Serão recebidos os alunos que passarem na prova. Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por pronome relativo e vem entre vírgulas. Os homens, que são racionais, não agem só por instinto. 3. Orações subordinadas adverbiais São aquelas que desempenham função sintática própria do advérbio. O aluno foi bem na prova porque estava calmo. (devido à sua calma) a) Causal: indica a causa que provocou a ocorrência relatada na oração principal. A moça atrai a atenção de todos porque é muito bonita. b) Consecutiva: indica a conseqüência que proveio da ocorrência relatada na oração principal. A moça é tão bonita, que atrai a atenção de todos.
  • 17. c) Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração principal. Se você correr demais, ficará cansado. d) Comparativa: estabelece uma comparação com o fato expresso na oração principal. Lutou como luta um bravo. e) Concessiva: concede um argumento contrário ao evento relatado na oração principal. O time venceu embora tenha jogado mal. f) Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o da oração principal. Tudo ocorreu conforme os jornalistas previram . g) Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal. Estudou para que fosse aprovado. h) Temporal: indica o tempo em que se realiza o evento relatado na oração principal. Chegou ao local, quando davam dez horas. i) Proporcional: estabelece uma relação de proporcionalidade com o verbo principal. Aprendemos à medida que o tempo passa. 4. Orações coordenadas São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração. Chegou ao local // e vistoriou as obras. As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se coordenadas sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam. Presenciei o fato, mas ainda não acredito. or. c. assindética or. c. sindética As coordenadas assindéticas não se subclassificam. As coordenadas sindéticas subdividem-se em cinco tipos: a) Aditiva: estabelece uma relação de soma. Entrou e saiu logo. b) Adversativa: estabelece uma relação de contradição. Trouxe muitas sugestões, mas nenhuma foi aceita. c) Alternativa: estabelece uma relação de alternância. à Aceite a proposta ou procure outra solução. d) Conclusiva: estabelece relação de conclusão. à Penso, portanto existo. FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS OS DOIS VÃO PARA O PLURAL · Subst + Subst (ex: couves-flores) · Subst + Adj (ex: amores-perfeitos) · Adj + Subst (ex: bons-dias) · Numeral + Subst (exs: segundas-feiras, primeiros-ministros) SÓ O PRIMEIRO PARA O PLURAL · Com preposição (ex: pés-de-moleque) · O segundo é finalidade ou semelhança (exs: sofás-cama, peixes-boi)
  • 18. SÓ O SEGUNDO PARA O PLURAL · Verbo + Subst (ex: guarda-roupas) · Invariável/Prefixo + Variável (exs: sempre-vivas, ex-chefes) · Repetidos (ex: reco-recos) *Exceção: corres-corres NENHUM · Verbo + Advérbio (ex: bota-fora) · Verbo + Subst Plural (ex: saca-rolha) Obs: mangas-rosa, meios-fios, os leva-e-traz FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS SÓ O ÚLTIMO PARA O PLURAL · Adj + Adj (ex: verde-claros) *Exceção: surdos-mudos · Invariável + Adj (ex: mal-educados) NENHUM · Adj + Subst (exs: verde-oliva, amarelo-limão) · Cor + de + Subst (ex: cor-de-rosa) · Azul-celeste, azul-marinho
  • 19. FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS VARIAM EM NÚMERO · Numerais (exs: milhão, bilhão) VARIAM GÊNERO · Cardinais: um, dois e > Duzentos · “Ambos” substituindo “os dois” VARIAM EM NÚMERO E GÊNERO · Ordinais (exs: primeiro, segundo) NENHUM · Multilicativos (ex: triplo, dobro) 7. Concordância nominal e verbal. CONCORDÂNICA NOMINAL Regra geral: concorda com o mais próximo ou vai para plural SINGULAR OU PLURAL · Sujeito composto, de mesmo gênero, singular e posposto = depois (ex: lindo/lindos rosto e corpo) MASCULINO PLURAL OU MAIS PRÓXIMO · Sujeito composto, de gêneros diferentes, singular e pospostos (ex: linda/lindos boca e braço) · Sujeito composto, de gêneros diferentes, plural e posposto (ex: linda/lindos boca e braços) · Sujeito composto, de gêneros diferentes, números diferentes e posposto (ex: linda/lindos pernas e ombro) MAIS PRÓXIMO OU PLURAL · Sujeito composto, ligado por “ou” (ex: traga faca ou colher prateada/prateadas) · Sujeito composto por ordinais (exs: a primeira e a segunda fila/filas, primeira e segunda série/séries) VARIAM EM GÊNERO E NÚMERO · Sujeito composto por “mesmo”, “próprio”, “só” (sozinho), “anexo”, “incluso”, “junto”, “nenhum”, “dado”, visto” MAIS PRÓXIMO · Sujeito composto por sinônimos (ex: gratidão e reconhecimento profundo) VÁRIAS FORMAS · Sujeito composto, com artigo Ex: As línguas inglesas e francesas
  • 20. A língua inglesa e francesa A língua inglesa e a francesa VARIAM · O mais...possível, só, obrigado INVARIÁVEIS · Advérbios de modo (exs: menos, em anexo, meio, muito, bastante, caro, somente) · Alerta (ex: os soldados estavam alerta), menos (quantidade), a sós, em mão Obs: um e outro assuntos / uma e outra parede sujas a cerveja é boa / cerveja é bom estou quite / estamos quites bastantes pessoas falaram bastante bem de você CONCORDÂNCIA VERBAL Regra geral: sujeito composto anteposto = plural (ex: paulo e elias foram) / posposto = singular ou plural (ex: foi/foram paulo e elias) SINGULAR · Sujeito composto por “nem um nem outro”, “um ou outro”, “é muito”, “é pouco”, “é mais de”, “é menos de”, “é tanto” = quantidade, “mais de um” (ex: mais de um faz), “um dos que”, “algum de”, “uma parte de” · Sujeito composto por coletivo (ex: uma porção de homens viu o que aconteceu) · Sujeito composto, ligado por “com” = companhia / “ou” = exclusão/sinomia (exs: paulo ou eugênio vai, paulo com eugênio vai) Obs: verbo antes = mais próximo 3ª PESSOA DO SINGULAR · Sujeito composto por “quem” / “qual” (exs: qual de vóis é?, sou eu quem diz) · Verbo + índice de indeterminação do sujeito “se” (precisa-se de motoristas) Obs: pregam-se botões · Verbos impessoais = haver/fazer/estar/ir - tempo/existir/temperatura (exs: faz/há três dias que ele saiu, fazia dez horas, fazia dez graus) Obs: Locuções verbais = transmissão de impessoalidade (ex: vai haver) hão de existirem / hão de fazer = ênfase (ex:vão haver muitas pessoas) existir/acontecer = pessoais (ex: existem muito motivos) o sofrimento, as desilusões, as traições da vida, nada/tudo faz (“resuminadora”) MAIS PRÓXIMO OU PLURAL · Sujeito composto posposto (ex: foi/foram Paulo e João) · Sujeito composto por “não só... mas também”, “não só... como”, “bem como” (exs: não só eu, mas meus filhos, estou/estamos com gripe. luiz, bem como seus irmãos, foi/foram a missa) · Sujeito composto por “tanto... como”, “tanto...quanto” (exs: tanto o marido como a mulher mentiram, tanto você quanto seus amigos estão certos) ANTECEDENTE DO SUJEITO · Sujeito composto por “que” (ex: fui eu que resolvi)
  • 21. PLURAL · Sujeito composto anteposto (ex: paulo e joão foram) · Ligados por “como” (ex: o jovem como o idoso são sensíveis) · Sujeito composto por “quantos de” (ex: quantos de nós serão aceitos) · Pronomes pessoais diferentes: a 1a . prevalece sobre a 2a . e 3a . e a 2a . sobre a 3a (exs: eu, tu e ele somos / tu e ela sois) · Sujeito ligado por “com” = cooperação / “ou” = inclusão, antomímia, retificação (ex: a viúva com os filhos saíram) Obs: já não se fazem mais casas como antigamente SINGULAR OU PLURAL · Sujeito composto por “um e outro” (um e outro ficou/ficaram) · Sujeito composto por “a maioria”, “a maior parte de” / “grande parte de” / “alguns de” / “um grande número de” / “muitos de” + nome no plural (ex: a maior parte dos alunos fiajou/viajaram) · Sujeito composto por “um dos que” (ex: sou um dos que foi/foram) · Sujeito composto por “cerca de”, “mais de”: concorda com o numeral (exs: mais de um morreu, cerca de vinte escaparam) · Sujeito composto por porcentagem ou fração (exs: vinte porcento sobreviveu/sobreviveram, um terço foi) · “Tudo”, “isso”, “aquilo”, “o que” + verbo ser + nome plural (ex: tudo é/são flores) Obs: o filho é as alegrias dos pais (ser humano) / o problema são as dívidas (coisa) os Estados Unidos são uma potência (com artigo) / Estados Unidos é uma potência Os Luzíadas imortalizaram Camões hajam vistos os perigos / haja visto a incidência elas mesmas se corrigiram raiva, ódio, inveja, tudo é reprovável (palavra “resuminadora”) hoje são 14 de abril / hoje é dia 14 de junho / são 10 horas / são 10km até lá entre mim e você fomos à cantina e voltamos da cantina / acredito nas pessoas e gosto das pessoas eles propôs o acordo, mas ela discordou do acordo a escola em que estudei / a pessoa a quem obedeço / a mulher de quem nunca esqueço a cidade em que morava / a praia a que iremos / o filme de que mais gostei / a empresa em que trabalho deram três horas no relógio / o relógio deu dez horas faltam poucas horas para acabar é proibido entrada / é proibida a entrada
  • 22. DICAS IMPORTANTES "obrigado" e "eu mesmo" "Eu mesma fiz essa bolsa." Está correta essa construção? Sim, desde que esteja sendo observado o sexo de quem fala. Se é um homem quem fala, então este deve dizer "eu mesmo"; se é mulher, "eu mesma". Você, referindo-se a uma mulher, deve dizer "você mesma", "ela mesma". No plural e havendo pelo menos um homem, deve-se dizer "nós mesmos"; havendo só mulheres, "nós mesmas". A concordância deve ser observada também nas fórmulas de agradecimento. O homem diz "obrigado"; a mulher, "obrigada". "obrigado" e "eu mesmo" "é proibido" "é proibida" "É proibido a entrada" ou "É proibida a entrada"? Se não existe um artigo ou uma preposição antes de "entrada", se não há nenhum determinante, o particípio passado dos verbos "proibir" deve ficar no masculino. Mas, se houver algum determinante, o verbo deve, então, concordar com a palavra "entrada". Veja as formas corretas: É proibido entrada. É proibida a entrada. Não é permitido entrada. Não é permitida a entrada. "meio" ou "meia"? "Ela está meio cansada" ou "ela está meia cansada"? As bancas que organizam os CONCURSOS mais importantes do Brasil reconhecem "meio" como advérbio, ou seja, como palavra invariável. Portanto o correto é "Ela está meio cansada" O verbo "fazer" "faz dez anos que eu morava lá" ou "fazia dez anos que eu morava lá"? Faz vinte anos que estive aqui. O verbo "fazer", quando indica tempo, não tem sujeito. Tal não ocorre com o verbo "passar". Pode-se e deve-se dizer: "Passaram dez anos". De fato, os anos passam. Mas não é aceita a construção "Fazem dez anos". Nas locuções verbais em que o verbo "fazer" é associado a outro na indicação de tempo, o verbo auxiliar também não varia: " Já deve fazer vinte anos que ela foi embora ". Está fora de cogitação escrever "Já devem fazer vinte anos ...". Nesses casos o verbo "fazer" vem sempre no singular. Por fim, em qualquer tempo que seja usado, o verbo "fazer", quando indica tempo transcorrido, não deve ser flexionado: Faz dez anos Faz vinte dias Faz duas horas Já fazia dois meses Fez cinco meses
  • 23. O verbo "haver" "haviam vários trabalhadores" ou "havia vários trabalhadores"? Estive aqui há dez anos. O "há" presente na oração é o verbo "haver" e pode ser trocado por outro verbo: "Estive aqui faz dez anos". Quando se diz "Há muitas pessoas na sala", conjuga-se o verbo "haver" na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. Note que não foi feita a concordância do verbo "haver" com a palavra "pessoas". Não se poderia dizer "Hão pessoas". O verbo "haver", quando usado com o sentido de "existir", fica no singular. O verbo "existir", sim, flexiona-se normalmente:"Existem muitas pessoas na sala". A confusão tende a aumentar quando o verbo "haver" é usado no passado ou no futuro. Em certo trecho, a versão feita pelo conjunto "Os incríveis" da canção "Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones" diz: Não era belo, mas mesmo assim havia mil garotas a fim.... Nessa canção o verbo "haver" foi empregado com o sentido de "existir". Logo, está correta a versão com o verbo no passado e no singular. No Brasil, diz-se "cabe dez", "sobrou 30", "falta 30". Geralmente não se faz concordância. Mas, quando não é necessário fazer, erra-se. "Houveram muitos acidentes naquela rodovia". Essa construção está equivocada. As construções abaixo estão corretas: Houve muitos acidentes naquela rodovia. Haverá muitos acidentes naquela rodovia. Houve muitos acidentes naquela rodovia. Há vários trabalhadores filiados a essa associação. Havia muitos trabalhadores filiados a essa associação. Houve muitos trabalhadores filiados a essa associação. Vale repetir: "O verbo "haver", quando empregado com o sentido de existir, ocorrer, acontecer, fica no singular, independentemente do tempo verbal. O verbo "ser" "sua vida sou eu" ou "sua vida é eu"? Independentemente da ordem da frase, faz-se a concordância do verbo "ser" com a pessoa: Eu sou tua viagem. Tua viagem sou eu. Eu sou tua tatuagem. Tua tatuagem sou eu. Portanto o correto é "sua vida sou eu" "Precisando, telefone." Você já deve ter ouvido falar em "oração reduzida". Observe as estruturas abaixo: Quando você fizer tal coisa Ao fazer tal coisa No primeiro caso o verbo "fazer" está no futuro do subjuntivo. No segundo, eliminamos a conjunção "quando" e não conjugamos o verbo "fazer", deixando- o no infinitivo. Em suma, reduzimos a oração. Ela tem o mesmo valor que a outra, mas está numa forma comprimida. Veja outro exemplo: Precisando, telefone.
  • 24. A frase acima possui duas orações. A primeira, "precisando", pode ser desdobrada, isto é, descomprimida: Se precisar, telefone. Quando precisar, telefone. Passamos a usar as conjunções "se" ou "quando" e a oração deixa de ser reduzida. Quando usamos verbos no gerúndio ( falando, bebendo, partindo), no infinitivo ( falar, beber, partir ) ou no particípio ( falado, bebido, partido ), não se usam conjunções, como se e quando, elementos que introduzem a oração. Esta seria iniciada diretamente pelo verbo. Onde, aonde "esqueça aonde estou" ou "esqueça onde estou" A palavra "onde" indica lugar, lugar físico e, portanto, não deve ser usada em situações em que a idéia de lugar, metaforicamente que seja, não esteja presente. Onde você mora? Onde você foi morar? Onde está você? Já o Aonde, conforme a norma culta, deve seu usado sempre que houver a preposição "a" indicando movimento: ir a / dirigir-se a / levar a / chegar a . 8. Regência nominal e verbal. O verbo "chegar" Regência, em gramática, é o conjunto de relações que existem entre as palavras. Por exemplo: quem gosta gosta de alguém. O verbo "gostar" rege a preposição "de". Embora aprendamos a regência naturalmente, no dia-a-dia, a gramática muitas vezes estabelece formas diferentes das que utilizamos na linguagem cotidiana. Costumamos, por exemplo, dizer que chegamos em algum lugar, quando a norma culta indica que chegamos a algum lugar. Padrão culto A caravana chegou hoje a Manaus. A caravana chegou hoje a Brasília. A caravana chegou hoje ao Brasil. A caravana chegou hoje à Bahia O particípio "entregue" ou "entregado" Você lembra o que é particípio? São formas como "falado", "beijado", "bebido", "esquecido".... Há verbos, muitos verbos, que têm dois particípios. Na hora de escolherem entre um e outro, as pessoas comumente ficam em dúvida. Dois exemplos: o verbo "salvar" tem dois particípios, "salvo" e "salvado". O verbo "entregar" também: "entregado" e "entregue". O "Nossa Língua Portuguesa" foi às ruas perguntar qual a forma correta : "Eu havia entregado o pacote" ou "Eu havia entregue o pacote"? Eu havia entregado o pacote". Este é o que as gramáticas chamam de particípio longo, regular, que termina em "-ado" ou "-ido" . O particípio longo é usado quando o verbo auxiliar é "ter"
  • 25. ou "haver". Os particípios curtos, irregulares, como "salvo" e "entregue", são usados quando o verbo auxiliar é "ser" ou "estar". Portanto: Particípio longo Eu havia entregado o pacote. O árbitro tinha expulsado o jogador. Ele foi condecorado por ter salvado a moça. Particípio curto O pacote foi entregue. O jogador foi expulso. A moça foi salva, e isso lhe valeu uma condecoração. Gerúndio O gerúndio é uma das formas nominais do verbo. Por que "formas nominais"? Porque, nessas formas, o verbo pode em certas situações atuar como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). O gerúndio, aquela forma que termina em "-ndo" (falando, bebendo, partindo, correndo etc), pode ser usado com valor de adjetivo. Por exemplo: água fervendo (água que ferve) O gerúndio é usado basicamente para transmitir a idéia de processo, de algo em curso, de algo que dura. O brasileiro exagera no uso do gerúndio, talvez por influência da língua inglesa. Aliás, está na moda uma construção nada elegante: "O senhor poderia estar enviando um fax para nós amanhã". Por que não dizer "O senhor pode enviar um fax para nós amanhã" ? Há exagero nessa combinação do gerúndio a dois verbos; trata-se de um cacoete esquisito. Em Portugal não se ouve esse tipo de construção. O mesmo o gerúndio não é tão corrente como aqui. Lá, em vez de "Estou correndo", diz-se "Estou a correr". Você viu na letra da canção os versos "Como se fosse o sol / Desvirginando a madrugada". Em Portugal seria "Como se fosse o sol / A desvirginar a madrugada". O gerúndio sugere processo de execução: o sol durante o processo de desvirginar. Isso acontece também com os outros verbos no gerúndio usados 9. Colocação pronominal. Colocação Pronominal Este é o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos(me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo. Eles podem ser colocados de três maneiras diferentes, de acordo com as seguintes regras: Próclise Próclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a próclise, obrigatoriamente, quando houver palavras atrativas. São elas:
  • 26. Outros usos da próclise: 01) Em frases exclamativas e/ou optativas (que exprimem desejo): Ex. Quantas injúrias se cometeram naquele caso! Deus te abençoe, meu amigo! 02) Em frases com preposição em + verbo no gerúndio: Ex. Em se tratando de gastronomia, a Itália é ótima. 03) Em frases com preposição + infinitivo flexionado: Ex. Ao nos posicionarmos a favor dela, ganhamos alguns inimigos. Ao se referirem a mim, fizeram-no com respeito. 04) Havendo duas palavras atrativas, tanto o pronome poderá ficar após as duas palavras, quanto entre elas. Ex. Se me não ama mais, diga-me. Se não me ama mais, diga-me. Mesóclise Mesóclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos no meio do verbo. Usa-se a mesóclise, quando houver verbo no Futuro do Presenteou no Futuro do Pretérito, sem que haja palavra atrativa alguma, apesar de, mesmo sem palavra atrativa, a próclise ser aceitável. O pronome oblíquo átono será colocado entre o infinitivo e as terminações ei, ás, á, em os, eis, ão, para o Futuro do Presente, e as terminações ia, ias, ia, íamos, íeis, iam, para o Futuro do Pretérito. Por exemplo, o verbo queixar-se ficará conjugado da seguinte maneira: Para se conjugar qualquer outro verbo pronominal, basta-lhe trocar o infinitivo. Por exemplo, retira-se queixar e coloca-se zangar, arrepender, suicidar, mantendo os mesmos pronomes e desinências: zangar-me-ei, zangar-te-ás... Lembre-se de que, quando o verbo for transitivo direto terminado em R, Sou Ze à frente surgir o pronome O ou A, OS, AS, as terminações desaparecerão. Por exemplo Vou cantar a música = Vou cantá-la. O mesmo ocorrerá, na formação da mesóclise: Cantarei a música = Cantá- la-ei. Os verbos dizer, trazer e fazer são conjugados no Futuro do Presente e no Futuro do Pretérito, perdendo as letras z e, ficando, por exemplo, direi, dirás, traria, faríamos. Na formação da mesóclise, ocorre o mesmo: Direi a verdade = Di-la-ei; Farão o trabalho = Fá- lo-ão; Traríamos as apostilas = Trá-las-íamos.
  • 27. Ênclise Ênclise é a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo. Usa-se a ênclise, principalmente nos seguintes casos: 01) Quando o verbo iniciar a oração. Ex. Trouxe-me as propostas já assinadas. Arrependi-me do que fiz a ela. 02) Com o verbo no imperativo afirmativo. Ex. Por favor, traga-me as propostas já assinadas. Arrependa-se, pecador!! Obs.: Se o verbo não estiver no início da frase e não estiver conjugado no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito, no Brasil, tanto poderemos usar Próclise, quanto Ênclise. Por exemplo: Eu me queixei de você ou Eu queixei-me de você. Os alunos se esforçaram ou Os alunos esforçaram-se.
  • 28. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 28 10. Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia, conotação e denotação, figuras de sintaxe, de pensamento e de linguagem. Homonímia e Polissemia É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS. As homônimas podem ser: Homógrafas heterofônicas (ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar) conserto (substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar) Homófonas heterográficas (ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) cessão (substantivo) - sessão (substantivo) cerrar (verbo) - serrar (verbo) Homófonas homográficas (ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) verão (verbo) - verão ( substantivo) cedo (verbo ) - cedo (advérbio) Curiosidades: cesta = utensílio de vime, etc. sexta = ordinal referente a seis. cheque = papel com ordem de pagamento. xeque = lance no jogo de xadrez, ex-soberano da ex-Pérsia (atual Irã), perigo. cocho = vasilha, recipiente onde se colocam alimentos ou água, para animais. coxo = que manca de uma perna. concerto = harmonia, acordo, espetáculo. conserto = ato de consertar, remendar.
  • 29. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 29 coser = costurar. cozer = cozinhar. empoçar = formar poça. empossar = dar posse a. intercessão = ato de interceder. interseção = ponto onde duas linhas se cruzam. ruço = pardacento, cimento; alourado. russo = relativo à Rússia. tacha = pequeno prego, tacho grande. taxa = imposto, juros. tachar = censurar. taxar = regular, determinar a taxa. Polissemia É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. Abasteci meu carro no posto da esquina. Os convites eram de graça. Os fiéis agradecem a graça recebida. Semântica A semântica estuda o significado das palavras. Conhecer o significado das palavras é importante, pois só assim o falante ou escritor será capaz de selecionar a palavra certa para construir a sua mensagem. Por esta razão, é importante conhecer fatos lingüísticos como:sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, polissemia,den otação, conotação, figuras e vícios de linguagem. SINONÍMIA (sinônimos): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
  • 30. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 30 ANTONÍMIA (antônimos): palavras que possuem significados diferentes. PALAVRAS HOMÔNIMAS: são iguais no som e/ou na escrita, mas possuem significados diferentes. Dividem-se em: homônimas perfeitas, homônimas homógrafas, homônimas homófonas. - HOMÔNIMAS PERFEITAS São palavras que possuem a mesma pronúncia, a mesma grafia, porém as classes gramaticais são diferentes. Exemplos: - Caminho (substantivo) – Caminho (verbo caminhar) - O caminho para a minha casa é muito movimentado. - Eu caminho todos os dias. - Cedo (Advérbio) – Cedo (verbo ceder) - Eu cedo livros para a biblioteca. - Levantou cedo para estudar. - HOMÔNIMAS HOMÓGRAFAS São palavras que possuem a mesma grafia, porém a pronúncia é diferente. - Colher (substantivo) – Colher (verbo colher) - Eu comprei uma colher de prata. - Chamei minha vizinha para colher frutas na horta da fazenda. - Começo (substantivo) – Começo (verbo) - O começo do filme foi muito legal. - Eu começo a entender este livro. HOMÔNIMAS HOMÓFONAS São palavras que possuem a mesma pronúncia , porém a grafia e o sentido são diferentes. Serrar – Cerrar serrar: cortar cerrar: fechar Cassar – Caçar cassar: anular caçar: procurar (alimento);
  • 31. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 31 LISTA COM ALGUNS HOMÔNIMOS Acender: pôr fogo Ascender: subir Coser: costurar Cozer: cozinhar Cheque: ordem de pagamento Xeque: lance de jogo de xadrez Espiar: observar, espionar Expiar: sofrer castigo Cessão: ato de ceder Seção: divisão Sessão: reunião PALAVRAS PARÔNIMAS São palavras parecidas na pronúncia e na grafia, mas com significados diferentes. Discriminar – Descriminar Discriminar: separar, listar Descriminar: inocentar Desapercebido – Despercebido Desapercebido: desprovido, quem não está ciente, quem não tomou consciência (é derivado do verbo aperceber-se, que significa tomar ciência). Despercebido: não percebido (é derivado do verbo perceber). LISTA COM ALGUNS PARÔNIMOS Absolver: perdoar Absorver: sorver Incidente: episódio Acidente: desastre Ratificar: confirmar Retificar: corrigir
  • 32. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 32 Destratar: tratar mal, insultar Distratar: romper um trato, desfazer POLISSEMIA A mesma palavra apresenta significados diferentes que se explicam dentro de um contexto. - O menino queimou a mão. (parte do corpo) - Dei duas demãos de tinta na parede. (camadas) - Ninguém deve abrir mão de seus direitos. (deixar de lado, desistir) - A decisão está em suas mãos. (responsabilidade, dependência) POLISSEMIA E HOMÔNIMOS PERFEITOS Polissemia: é resultante dos diferentes significados que uma palavra foi adquirindo através dos tempos. Homônimos perfeitos: grafia e som iguais, porém as classes gramaticais são diferentes. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO As palavras podem ser usadas com o seu significado original, real (denotação) ou com um significado novo, diferente do original (conotação). - O gato da minha vizinha sempre brinca comigo. (denotação – animal de estimação) - Eu acho aquele ator o maior gato. (conotação – bonito) Quando usamos a linguagem em seu sentido figurado, estamos fazendo uso das diversas figuras de linguagem que existem (metáfora, metonímia, prosopopéia, hipérbole, etc). Certas vezes, o falante desconhece algumas normas gramaticais e comete alguns erros, em outras ocasiões, ele simplesmente é descuidado e acaba (ao falar ou escrever) unindo sílabas que formam um som desagradável ou obsceno. Todos estes desvios são chamados vícios de linguagem. Os principais são: barbarismo, solecismo, cacofonia, ambigüidade e redundância.
  • 33. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 33 BARBARISMO: são desvios na grafia, na pronúncia ou na flexão. - Pograma (em vez de programa) - Rúbrica (em vez de tonificar o – bri -, rubrica) - Etmologia (em vez de etimologia, com – i -) - Quando eu pôr o vestido. (o certo seria – Quando eu puser o vestido) O policial interviu. (O certo seria interveio) Observação: quem abusa das palavras estrangeiras grafando-as como na língua original, também comete barbarismo. Abajur: e não “abat-jur”. Coquetel: e não “cocktail”. SOLECISMO: Desvio na sintaxe. Exemplo: “Houveram eleições para representante de turma.” O certo é “Houve….” (erro de concordância) - Assisti esse filme no cinema. O certo é “Assisti a esse…..” (erro de regência) CACOFONIA: Som desagradável ou obsceno. - Hilca ganhou um prêmio. - A boca dela está sangrando. AMBIGÜIDADE: Duplo sentido. - O cachorro do seu irmão avançou na minha amiga. (cachorro pode ser o animal (cão), ou uma qualidade (vagabundo, assanhado) para irmão REDUNDÂNCIA : é a repetição de idéias. - Maria subiu lá em cima para ver o balão. - José inventou novos brinquedos para o filho. OBS: Não há redundância em “intrometer-se no meio” e “voltar-se para trás”. Uma pessoa pode intrometer-se no início, meio ou fim de uma conversa, assim como alguém pode voltar-se para o lado.
  • 34. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 34 11. Pontuação. PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são recursos variados e representam as pausas e entonações da fala. A pontuação dá à escrita maior clareza e simplicidade. A seguir veremos os principais empregos de alguns sinais de pontuação. PONTO FINAL É utilizado na finalização de frases declarativas ou imperativas. Exemplo: Lembrei-me de um caso antigo. Vamos animar a festa. O ponto final também é utilizado em abreviaturas. Exemplo: Sr. (senhor), Sra. (senhora), Srta. (senhorita), pág. (página). PONTO DE INTERROGAÇÃO (?) É utilizado no fim de uma palavra, oração ou frase, indicando uma pergunta direta. Exemplo: Quem é você? Por que ninguém ligou? Não deve ser usado nas perguntas indiretas. Exemplo: Perguntei a você quem estava no quarto. PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!) É usado no final de frases exclamativas, depois de interjeições ou locuções. Exemplo: Ah! Deixa isso aqui. Nossa! Isso é demais! Uso da vírgula Como usar a vírgula? Seu uso está relacionado à respiração? Não, a vírgula depende da estrutura sintática da oração. A pausa que fazemos na fala nem sempre corresponde à pausa na escrita. Exemplo: O diretor de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos declarou que não haverá demissões neste mês. Não há vírgula na frase acima, por maior que ela seja.
  • 35. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 35 "O diretor de Recursos Humanos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos" é o sujeito do verbo "declarar". Foi ele, o diretor, que declarou. Entre sujeito e verbo não há vírgula. Na seqüência temos " ...que não haverá demissões neste mês". Trata-se de objeto direto em forma de oração. Ele complementa o verbo "declarar" —declarou o quê? Que não haverá demissões. Mas, às vezes, a vírgula pode decidir o sentido do texto. Assim, como pontuaríamos a frase abaixo? Irás voltarás não morrerás A pontuação depende do sentido que se quer dar: Irás. Voltarás. Não morrerás. Irás. Voltarás? Não. Morrerás. A diferença entre uma e outra oração salta aos olhos, não é? VÍRGULA A vírgula é usada nos seguintes casos: - para separar o nome de localidades das datas. Recife, 28 de junho de 2005. - para separar vocativo. Exemplo: Meu filho, venha tomar seus remédios. - para separar aposto. Exemplo: Brasil, país do futebol, é um grande centro de formação de jogadores. - para separar expressões explicativas ou retificativas, tais como: isto é, aliás, além, por exemplo, além disso, então. Exemplo: O nosso sistema precisa de proteção, isto é, de um bom antivírus. Além disso, precisamos de um bom firewall. - para separar orações coordenadas assindéticas. Exemplo: Ela ganhou um carro, mas não sabe dirigir. - para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas por e, ou e nem. Exemplo: Cobram muitos impostos, poucas obras são feitas. - para separar orações adjetivas explicativas. Exemplo: A Amazônia, pulmão mundial, está sendo devastada.
  • 36. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 36 - para separar o adjunto adverbial. Exemplo: Com a pá, retirou a sujeira. PONTO E VÍRGULA O ponto e vírgula indica uma pausa mais longa que a vírgula, porém mais breve que o ponto final. Emprega-se o ponto e vírgula nos seguintes casos: - para itens de uma enumeração. Exemplo: As vozes do verbo são: a. voz ativa; b. voz passiva; c. voz reflexiva. - para aumentar a pausa antes das conjunções adversativas – mas, porém, contudo, todavia – e substituir a vírgula. Exemplo: Deveria entregar o documento hoje; porém só o entregarei amanhã à noite. DOIS PONTOS Os dois pontos são empregados nos seguintes casos: - para iniciar uma enumeração. Exemplo: O computador tem a seguinte configuração: - memória RAM 256 MB; - HD 40 GB; - fax-modem; - placa de rede; - som. - antes de uma citação. Exemplo: Já diz o ditado: tal pai, tal filho. Como já diz a música: o poeta não morreu. - para iniciar a fala de uma pessoa, personagem. Exemplo: O repórter disse: - Nossa reportagem volta à cena do crime. - para indicar esclarecimento, um resultado ou resumo do que já foi dito. Exemplo:
  • 37. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 37 O Ministério de Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde. Nota de esclarecimento: Nossa empresa não envia e-mail a seus clientes. Quaisquer informações devem ser tratadas em nosso escritório. RETICÊNCIAS Indicam uma interrupção ou suspensão na seqüência normal da frase. São usadas nos seguintes casos: - para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Exemplo: Estava digitando quando... Guiava tranquilamente quando passei pela cidade e... - para indicar hesitações comuns na língua falada. Exemplo: Não vou ficar aqui por que... por que... não quero problemas. - para indicar movimento ou continuação de um fato. Exemplo: E a bola foi entrando... - para indicar dúvida ou surpresa na fala da pessoa. Exemplo: Rodrigo! Você... passou no vestibular! Antônio... você vai viajar? ASPAS São usados nos seguintes casos: - na representação de nomes de livros e legendas. Exemplo: Já li “O Ateneu” de Raul Pompéia. “Os Lusíadas” de Camões tem grande importância literária. - nas citações ou transcrições. Exemplo: “Tudo começou com um telefonema da empresa, convidando-me para trabalhar lá na sede. Já havia mandado um currículo antes, mas eles nunca entraram em contato comigo. Quando as seleções recomeçaram mandei um currículo novamente”, revelou Cleber. - destacar palavras que representem estrangeirismo, vulgarismo, ironia. Exemplo
  • 38. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 38 Que “belo” exemplo você deu. Vamos assistir a “show” de mágica. PARÊNTESES São usados nos seguintes casos: - na separação de qualquer indicação de ordem explicativa. Exemplo: Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois núcleos: o verbo (núcleo verbal) e o predicativo (núcleo nominal). - na separação de um comentário ou reflexão. Exemplo: Os escândalos estão se proliferando (a imagem política do Brasil está manchada) por todo o país. - para separar indicações bibliográficas. Pra que partiu? Estou sentado sobre a minha mala No velho bergantim desmantelado... Quanto tempo, meu Deus, malbaratado Em tanta inútil, misteriosa escala! (Mario Quintana, A Rua dos Cata-Ventos, Porto Alegre, 1972)
  • 39. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 39 12. Redação oficial: estrutura e organização de documentos oficiais (requerimento, carta, certidão, atestado, declaração, ofício, memorando, ata de reunião, relatório, etc.); expressões de tratamento. AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS 1. ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL O que é Redação Oficial Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. A Impessoalidade A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da União.
  • 40. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 40 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada. Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão
  • 41. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 41 de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos. Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária. Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem"; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.
  • 42. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 42 A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. Formalidade e Padronização As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização.
  • 43. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 43 Concisão e Clareza A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias. O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. Procure perceber certa hierarquia de idéias que existe em todo texto de alguma complexidade: idéias fundamentais e idéias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também idéias secundárias que não acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode- se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se
  • 44. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 44 atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam. É pela correta observação dessas características que se redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS 2. Introdução A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação
  • 45. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 45 oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos fechos e a identificação do signatário. 2.1. Pronomes de Tratamento 2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tue vos, "como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra", passou-se a empregar, como expediente lingüístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior. Prossegue o autor: "Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade." A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos às autoridades civis, militares e eclesiásticas. 2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa
  • 46. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 46 gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece o assunto". Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso..."). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado", "Vossa Senhoria deve estar satisfeito"; se for mulher, "Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar satisfeita". 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento Como visto, o emprego destes obedece a secular tradição. São de uso consagrado: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores;
  • 47. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 47 Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; d) outros: Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador,
  • 48. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 48 No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70.165-900 – Brasília. DF Senhor Ministro, Submeto a Vossa Excelência projeto (...) Em comunicações oficiais, ESTÁ ABOLIDO O USO DO TRATAMENTO DIGNÍSSMO (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado e o endereçamento que deve constar no envolope são: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 70.123 – Curitiba. PR Senhor Fulano de Tal, Escrevo a Vossa Senhoria (...)
  • 49. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 49 Como se depreende do exemplo acima, FICA DISPENSADO O EMPREGO DO SUPERLATIVO ILUSTRÍSSIMO para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Acrescente-se que DOUTOR NÃO É FORMA DE TRATAMENTO, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume indevido designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações. Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo: Magnífico Reitor, Agradeço a Vossa Magnificência por (...) Os pronomes de tratamento e vocativos para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Em comunicações dirigidas ao Papa: Santíssimo Padre, Rogo a Vossa Santidade que (...) Em comunicações aos Cardeais: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
  • 50. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 50 Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, Rogo a Vossa Eminência ( Reverendíssima ) que (...) Em comunicações a Arcebispos e Bispos: Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Arcebispo / Bispo, Rogo a Vossa Excelência Reverendíssima que (...) Em comunicações a Monsenhores, Côneco e superiores religiosos: Reverendíssimo Senhor Monsenhor / Cônego / Superior religioso Rogo a Vossa ( Senhoria ) Reverendíssima que (...) Em comunicações a Sarcedotes, Clérigos e Demais religiosos: Reverendo Sarcedote / Clérigo / Demais religiosos, Rogo a Vossa Reverência que (...) 2.2. Fechos para Comunicações O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
  • 51. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 51 Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. 2.3. Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte: (espaço para assinatura) Nome Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (espaço para assinatura) Nome Ministro de Estado da Justiça Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.
  • 52. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 52 Exemplo de Ofício (297 x 210mm)
  • 53. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 53
  • 54. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 54 Exemplo de Aviso
  • 55. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 55 3.4. Memorando 3.4.1. Definição e Finalidade O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando. 3.4.2. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
  • 56. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 56 Exemplo de Memorando (297 x 210mm)
  • 57. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 57 4. Exposição de Motivos 4.1. Definição e Finalidade Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para: a) informá-lo de determinado assunto; b) propor alguma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.
  • 58. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 58 Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo
  • 59. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 59 5. Mensagem 5.1. Definição e Finalidade É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da Nação. 8. Correio Eletrônico 8.1 Definição e finalidade O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. 8.2. Forma e Estrutura Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais).
  • 60. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 60 O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento. 8.3 Valor documental Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. Circular Circular– a carta, ofício ou outro documento que precisa ser encaminhado a vários setores é chamado de circular, que visa à correspondência destinada a vários setores da organização ao mesmo tempo. Neste caso, o documento é duplicado e encaminhado às pessoas responsáveis pelos setores. Isso representa baixo custo para a empresa e normalmente serve para instruções gerais, explicação de manuseio de equipamentos e produtos, lucros obtidos pela organização, alterações na gestão como pagamentos etc. O que a diferencia em sua redação é a colocação, abaixo, dos destinatários, semelhante ao ofício.
  • 61. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 61 Exemplo. Requerimento Requerimento –é um texto que visa à solicitação de algo. O texto tem início com o nome do requerente, depois sua qualificação (dados de identificação), que variam segundo a solicitação (data de nascimento e/ou casamento, carteira de identidade, CPF, local de nascimento, nome dos pais, profissão, residência, número de matrícula). No fechamento, há fórmulas como: Nestes termos, Pede deferimento. N. termos, P. deferimento. Termos em que pede deferimento.
  • 62. AUXILIAR ADMINISTRATIVO – CONHECIMENTOS BÁSICOS – PREFEITURA DE PARAUAPEBAS AÇÃO CURSOS – FORMAÇÃO PROFISSIONAL 62