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Curso de Extensão em Análises Qualitativas
Análise de Conteúdo &
Análise Fenomenológica
24, 25 e 26 de janeiro de 2011.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição
Pesquisa Qualitativa?
Pesquisa?
Qualidade?
• Pesquisa: um esforço cuidadoso para
a descoberta de novas informações ou
relações nos conhecimentos existentes.
– Essa busca pode ter contornos diferentes:
• Modelo hipotético-dedutivo.
• Modelo indutivo
Quantidade x Qualidade
• Hipóteses a priori
• Definição operacional de
variáveis
• Medição objetiva
• Quantificação dos resultados
• Poder de generalização
• A priori: Questões ou focos
amplos
• Definição à medida em que
o estudo se desenvolve
• Dados descritivos
• Compreensão dos
fenômenos
• Estimativas e debates em
relação aos resultados
Pesquisa Qualitativa
“Atividade situada que localiza o observador no mundo.
Consiste em um arranjo de práticas interpretativas e materiais que torna o mundo
visível.
“Tais práticas (...) transformam o mundo em uma série de representações, incluindo
diários de campo, entrevistas, conversas, fotografias, gravações... E neste nível a
pesquisa qualitativa é uma abordagem naturalista e interpretativa do mundo. Isso
significa dizer que os pesquisadores qualitativos estudam as coisas em seus arranjos
naturais, e buscam fazer sentido de, ou interpretar fenômenos em relação aos
significados que as pessoas trazem a eles.
(Denzin & Lincoln, 2000; p.3)
Aspectos metodológicos comuns das pesquisas qualitativas
• Perspectiva do todo da pesquisa
• Importância do enquadre do participante
• Natureza flexível do delineamento
• Volume e riqueza de dados
• Abordagens distintivas de análise e interpretacão
• O tipo de resultados que derivam
Tópicos em história da Pesquisa Qualitativa
• Por que é importante revisar isso?
– Não há forma única de como fazê-la
– A escolha depende
1) das crenças do pesquisador acerca do mundo social e do
que pode ser conhecido disso (ontologia),
2) da natureza do conhecimento e de como ele pode ser
adquirido (epistemologia),
3) os propósitos da pesquisa, as características dos
participantes, a audiência, os patrocinadores, o
posicionamento e contexto dos pesquisadores, etc.
– Como a qualidade pode ser assegurada em
pesquisas qualitativas?
• Coerência entre o ponto inicial filosófico e o método
adotado (Morse et al., 2001)
ou
• A associação de métodos com diferentes
posicionamentos teóricos podem ter algo a acrescentar
(Seale, 1999)
Unanimidade:
• Um entendimento dos fundamentos contribui para uma
melhor prática
• É importante estar ao par dos debates filosóficos e de seus
desenvolvimentos metodológicos para garantir a qualidade dos
achados
Instâncias Ontológicas e
Epistemológicas
(embates “filosóficos”)
Aspectos históricos
(narrativa cronológica de fatos)
Instâncias Ontológicas e
Epistemológicas
(embates “filosóficos”)
Aspectos históricos
(narrativa cronológica de fatos)
Instâncias ontológicas
• A natureza do mundo e o que podemos
saber disso/ como isso deve ser construído
– A realidade humana existe independentemente de
nossas interpretações?
– Existe uma realidade humana comum,
compartilhada ou apenas realidades múltiplas que
dependem de contexto?
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generalizáveis?
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• Realismo
• Há uma realidade externa independente de crenças e
entendimentos
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• Materialismo
• A realidade externa é inerente às coisas
materiais/físicas.
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• Idealismo
• Não há realidade externa independente de nossas
crenças
A realidade só é conhecida pela mente humana e sentidos
socialmente construídos
Instâncias ontológicas
• Realismo crítico:
• Há uma realidade externa independente de crenças e
entendimentos
– Mas esta realidade só é conhecida através da mente humana e
dos sentidos socialmente construídos
• Idealismo “sutil”
A realidade só é conhecida pela mente humana e sentidos
socialmente construídos
- Os sentidos são compartilhados e existe uma “mente coletiva”
ou “objetiva”
• Relativismo
A realidade só é conhecida pela mente humana e sentidos
socialmente construídos
– Não há uma realidade compartilhada, apenas séries de
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estudo do fenômeno social, pois o comportamento
humano é governado por regularidades (leis)
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• Mundo e pesquisador se afetam um ao outro
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pesquisador, dificultando a neutralidade (mas o
pesquisador pode declarar-se transparente de suas
assunções)
• O mundo social é mediado pelos significados e pela
agência humana - o pesquisador está preocupado em
explorar o mundo social usando o seu entendimento e o
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focal/ tec projetivas, pesquisa narrativa, enquetes..)
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Modelo das ciências naturais, assim como a física, astronomia, química...
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Atomicista
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- A intuição é a forma de conhecimento superior
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• Tradição na sociologia e na
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Os primórdios da pesquisa qualitativa
• 1855
– Frédéric Le Play, Les ouvriers européns
• Viagens pela Europa coletando dados sobre as famílias
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• Dados de observação direta da realidade
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• 1851-1862
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• 1932
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• 1908-1909
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Os primórdios da pesquisa qualitativa
• 1910-1940 - sociologia
– Universidade de Chicago - Depto. de Sociologia
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peasant in Europe and America
– Estudos de grupos étnicos nos EUA - ênfase na
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– Clareza metodológica?
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• 1940
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constroem a ordem social e fazem sentido
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Os primórdios da pesquisa qualitativa
• 1950-60 - “fase modernista” (Denzin & Lincoln)
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qualitativos - rigor na coleta e na análise
• Contraponto ao positivismo:
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• Feminismo, pesquisas de raça
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raça, gênero e classe, e depois ver o que emerge
• Pesquisação
– Pesquisa como um trabalho colaborativo pesquisador-
pesquisado e os achados alimentam os ambientes onde são
gerados
Pesquisa qualitativa na Psicologia
• Apenas nos anos 1980-90 que a pesquisa qualitativa
começou a ser largamente aceita na prática da
pesquisa britânica (Nicholson, 1991; Richardson,
1996).
• Depois disso, “explosão” na psicologia social e
cognitiva
• Abordagens etnometodológicas, análise de discurso
e grounded theory
• Uso também em área aplicadas como psicologia
clínica e educacional
• Contribuição da pesquisa de mercado (grupo focal,
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Curso Qualitativa Análise Pesquisa

  • 1. Curso de Extensão em Análises Qualitativas Análise de Conteúdo & Análise Fenomenológica 24, 25 e 26 de janeiro de 2011. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Psicologia Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição
  • 3. • Pesquisa: um esforço cuidadoso para a descoberta de novas informações ou relações nos conhecimentos existentes. – Essa busca pode ter contornos diferentes: • Modelo hipotético-dedutivo. • Modelo indutivo
  • 4. Quantidade x Qualidade • Hipóteses a priori • Definição operacional de variáveis • Medição objetiva • Quantificação dos resultados • Poder de generalização • A priori: Questões ou focos amplos • Definição à medida em que o estudo se desenvolve • Dados descritivos • Compreensão dos fenômenos • Estimativas e debates em relação aos resultados
  • 5. Pesquisa Qualitativa “Atividade situada que localiza o observador no mundo. Consiste em um arranjo de práticas interpretativas e materiais que torna o mundo visível. “Tais práticas (...) transformam o mundo em uma série de representações, incluindo diários de campo, entrevistas, conversas, fotografias, gravações... E neste nível a pesquisa qualitativa é uma abordagem naturalista e interpretativa do mundo. Isso significa dizer que os pesquisadores qualitativos estudam as coisas em seus arranjos naturais, e buscam fazer sentido de, ou interpretar fenômenos em relação aos significados que as pessoas trazem a eles. (Denzin & Lincoln, 2000; p.3)
  • 6. Aspectos metodológicos comuns das pesquisas qualitativas • Perspectiva do todo da pesquisa • Importância do enquadre do participante • Natureza flexível do delineamento • Volume e riqueza de dados • Abordagens distintivas de análise e interpretacão • O tipo de resultados que derivam
  • 7. Tópicos em história da Pesquisa Qualitativa • Por que é importante revisar isso? – Não há forma única de como fazê-la – A escolha depende 1) das crenças do pesquisador acerca do mundo social e do que pode ser conhecido disso (ontologia), 2) da natureza do conhecimento e de como ele pode ser adquirido (epistemologia), 3) os propósitos da pesquisa, as características dos participantes, a audiência, os patrocinadores, o posicionamento e contexto dos pesquisadores, etc.
  • 8. – Como a qualidade pode ser assegurada em pesquisas qualitativas? • Coerência entre o ponto inicial filosófico e o método adotado (Morse et al., 2001) ou • A associação de métodos com diferentes posicionamentos teóricos podem ter algo a acrescentar (Seale, 1999) Unanimidade: • Um entendimento dos fundamentos contribui para uma melhor prática • É importante estar ao par dos debates filosóficos e de seus desenvolvimentos metodológicos para garantir a qualidade dos achados
  • 9. Instâncias Ontológicas e Epistemológicas (embates “filosóficos”) Aspectos históricos (narrativa cronológica de fatos)
  • 10. Instâncias Ontológicas e Epistemológicas (embates “filosóficos”) Aspectos históricos (narrativa cronológica de fatos)
  • 11. Instâncias ontológicas • A natureza do mundo e o que podemos saber disso/ como isso deve ser construído – A realidade humana existe independentemente de nossas interpretações? – Existe uma realidade humana comum, compartilhada ou apenas realidades múltiplas que dependem de contexto? – Comportamento social é governado por “leis” generalizáveis?
  • 12. Instâncias ontológicas • Realismo • Há uma realidade externa independente de crenças e entendimentos O mundo X A interpretação desse mundo • Materialismo • A realidade externa é inerente às coisas materiais/físicas. Crenças, valores e experiências são epifenômenos • Idealismo • Não há realidade externa independente de nossas crenças A realidade só é conhecida pela mente humana e sentidos socialmente construídos
  • 13. Instâncias ontológicas • Realismo crítico: • Há uma realidade externa independente de crenças e entendimentos – Mas esta realidade só é conhecida através da mente humana e dos sentidos socialmente construídos • Idealismo “sutil” A realidade só é conhecida pela mente humana e sentidos socialmente construídos - Os sentidos são compartilhados e existe uma “mente coletiva” ou “objetiva” • Relativismo A realidade só é conhecida pela mente humana e sentidos socialmente construídos – Não há uma realidade compartilhada, apenas séries de construções sociais alternativas
  • 14. Instâncias epistemológicas • Como é possível conhecermos o mundo? • A relação entre pesquisador e pesquisado (independente? inter-relacionada? “neutralidade empática”?) • Fatos & Valores • Ciências Naturais & Ciências Sociais
  • 15. Instâncias epistemológicas • Positivismo • O mundo é independente e inafetado pelo pesquisador • Fatos e valores são distintos (pesquisa neutra) • Métodos das ciências naturais são apropriados para o estudo do fenômeno social, pois o comportamento humano é governado por regularidades (leis) • Interpretativismo • Mundo e pesquisador se afetam um ao outro • Achados são influenciados pela perspectiva e valores do pesquisador, dificultando a neutralidade (mas o pesquisador pode declarar-se transparente de suas assunções) • O mundo social é mediado pelos significados e pela agência humana - o pesquisador está preocupado em explorar o mundo social usando o seu entendimento e o do participante.
  • 16. Pragmatismo na pesquisa social • Contexto • Diversidade de perspectivas onto e epistemológicas na tradição qualitativa • Paradigma positivista na pesquisa qualitativa • Perspectiva da “Caixa de Ferramentas” do cientista social • Pesquisa multimétodos ou transdisciplinar • Crítica ao “purismo” das origens epistemológicas • Uso de multimétodos apenas dentro de um mesmo paradigma? • Ex. Pesquisa clínica: Uso de métodos com diferentes entendimentos da realidade é apropriado?
  • 17. Tendências • Paradigmas quali e quanti: Q-free methodology – O debate entre qualidades e quantidades é divisivo e contraproducente para a ciência – Enfatiza-se o conhecimento e o uso de ambas metodologias de pesquisa
  • 18. – Mixed methods research: integra abordagens quali e quanti: 1) Fundamentos filosóficos (compreensão teórica que embasa o trabalho) 2) Assunções metodológicas (condições formais e princípios que guiam a investigação científica) 3) Métodos de pesquisa (procedimentos concretos para a coleta, análise e interpretação dos dados) (obs. Partic. Fenom exp,/entrevistas nao diretivas, grupo focal/ tec projetivas, pesquisa narrativa, enquetes..)
  • 19. Matrizes cientificistas Matrizes românticas/pós rom. Modelo das ciências naturais, assim como a física, astronomia, química... Nomotética Quantificadora - Interesse estético, apaixonado, contemplativo Atomicista Mecanicista Funcionalista Organicista Vitalista naturista Histroicismo idiográfico Estruturalismo Ambientalistas Nativistas Interacionistas - O sujeito é o objeto do conhecimento - A intuição é a forma de conhecimento superior - médoto hermenêutico Bergson - Entrar no universo simbólico alheio Spranger Pós-românticos: metodologia rigorosa para demarcar a verdade: método da linguística Emissor -> MSG -> Receptor (código - regras) “o positivismo das ciências humanas” - índole cientificista A ocupação do espaço psicológico - Leis gerais - Caráter preditivo - Lógica experimental: construção de hipóteses formais, dedução exata das consequências, cálculo e mensuração Física, química... - análise para identificar elementos mínimos constitutivos - ser humano = máquina complexa - busca relações de causalidade: A --> B Psicofísica - Noção de causalidade funcional: sugere análise para identificar e respeitar sistemas funcionais.
  • 20. Instâncias Ontológicas e Epistemológicas (embates “filosóficos”) Aspectos históricos (narrativa cronológica de fatos)
  • 21. História da Pesquisa Qualitativa • Tradição na sociologia e na antropologia • ~40 anos nas demais “ciências sociais”
  • 22. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1855 – Frédéric Le Play, Les ouvriers européns • Viagens pela Europa coletando dados sobre as famílias de trabalhadores. • Dados de observação direta da realidade • Série de monografias de famílias típicas da classe trabalhadora, identificadas entre pessoas que exerciam determinadas ocupações. • Estudo comparativo destas monografias
  • 23. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1851-1862 – Henry Mayhew, London labour and London poor (4 vol.) – Uso de histórias de vida e entrevistas – Condições de pobreza dos trabalhadores e desempregados de Londres
  • 24. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1932 – Sidney e Beatrice Webb, Methods of Social Investigation – Descrição de técnica de investigação social: descrição e análise das instituições, “sem uma teoria a priori”. – Uso de entrevistas, documentos e observações pessoais
  • 25. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1908-1909 – Pittsburgh Survey - Russell Sage Foundation – Pioneiro em acoplar dados quali e quanti na análise de problemas sociais – Descrições detalhadas, entrevistas e fotos da época
  • 26. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1910-1940 - sociologia – Universidade de Chicago - Depto. de Sociologia – Thomas, W. & Znaniecki, F. (1927). The polish peasant in Europe and America – Estudos de grupos étnicos nos EUA - ênfase na vida urbana, pela primeira vez estudados etnograficamente – Clareza metodológica?
  • 27. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1910-1940 - antropologia – Bronislaw Malinowski – Técnicas de campo • Coral gardens and their magic (1935) • Sexual life of savages (1929)
  • 28. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1940 – Harold Garfinkel, UCLA: etnometodologia – Estudo de como, na prática, as pessoas constroem a ordem social e fazem sentido do seu mundo social.
  • 29. Os primórdios da pesquisa qualitativa • 1950-60 - “fase modernista” (Denzin & Lincoln) – Predominância do paradigma positivista – Pesquisa qualitativa é “frouxa”, não-científica – Tentativa de formalização dos métodos qualitativos - rigor na coleta e na análise • Contraponto ao positivismo: – Quão possível é controlar variáveis com seres humanos? – Validade ecológica? – A ênfase no teste de hipóteses nega entendimentos alternativos?
  • 30. “Situar” o pesquisador • Pós-modernismo e desconstrucionismo – Crítica aos conceitos de objetividade, realidade e significado – O pesquisador não pode captar o mundo social de outro – Não há significados fixos a serem capturados • Feminismo, pesquisas de raça – Análise dos conceitos primariamente pelos conceitos de raça, gênero e classe, e depois ver o que emerge • Pesquisação – Pesquisa como um trabalho colaborativo pesquisador- pesquisado e os achados alimentam os ambientes onde são gerados
  • 31. Pesquisa qualitativa na Psicologia • Apenas nos anos 1980-90 que a pesquisa qualitativa começou a ser largamente aceita na prática da pesquisa britânica (Nicholson, 1991; Richardson, 1996). • Depois disso, “explosão” na psicologia social e cognitiva • Abordagens etnometodológicas, análise de discurso e grounded theory • Uso também em área aplicadas como psicologia clínica e educacional • Contribuição da pesquisa de mercado (grupo focal, técnicas projetivas)
  • 32. • Pesquisa qualitativa é “manufatura”?
  • 33. Era da Quantidade & Era da Qualidade • Exploração do ambiente • Preocupação com o “ambiente”
  • 34. Por que Análise de Conteúdo e Análise Fenomenológica?