O documento discute a perda de igarapés na área urbana de Bom Jardim devido ao crescimento desordenado. Ele propõe medidas como reflorestamento, aterro sanitário e conscientização pública para preservar os recursos hídricos remanescentes e melhorar a qualidade ambiental. Também destaca a alta densidade populacional na área urbana e a necessidade de políticas públicas ambientais para conciliar desenvolvimento e preservação.
Desaparecimento de igarapés na área urbana de Bom Jardim
1. Igarapés que já desapareceram na área urbana de Bom
Jardim By: Adilson Moatta
Igarapé Abetel (curso cortado)
Finado Igarapé do Abetel. Por longos anos, era água corrente e servia de banho nos
finais de semana para muitas pessoas no município como lazer. Mataram suas nascentes
e seus cursos construindo estradas e ruas – a chegada nociva do progresso sem conciliar
meio ambiente nem natureza – ou melhor, sem planejamento nem desenvolvimento
sustentável. Éste é apenas um dos defuntos hídricos de nosso ecossistema local.
Medidas Corretivas ao Problema Ambiental do Município
de Bom Jardim
* Reflorestamento nas imediações dos igarapés.
* Fazer aterro sanitário no lixão e procurar lugares estratégicos e
distante dos igarapés e lagos para depositar os futuros lixos.
* Conscientizar e proibir a população de jogar lixos nas imediações
ou braços dos igarapés e rios.
* Dragagem (drenagem) e recanalização do leito do rio Pindaré e
Carú para que eles não venham a desaparecer.
Crescimento
desordenado e não
acompanhamento dos
órgãos oficiais como
Secretaria de Meio
Ambiente,
infraestrutura e
saneamento básico na
política pública local.
2. * Reciclagem.
Lembrando que na zona urbana, que corresponde a 1,7% da área
territorial do município é onde se concentra 35,2 % da população total que
corresponde a 12.126 habitantes (IBGE /2000). A densidade demográfica
de todo município é de 5,2 habitantes/km². Em 2010, segundo o IBGE, o
número de habitantes é de 39.049 habitantes. Se focalizarmos a densidade
demográfica só na zona urbana, vamos encontrar um número totalmente
diferente: 107 Hab. / KM². Essas informações são de alta importância, pois
nos permitem perceber que existe um alto aglomerado de pessoa por km²
na área urbana merecendo por isso uma atenção especial à questão
ambiental (da referida área, sem excluir a zona rural).
Todos e cada um de nós estamos diretamente ligados ao meio
ambiente, e dependemos desse meio para sobreviver; é nesse meio onde
moram os seres vivos dos quais também fazemos parte e dependemos; E
está situada à escola e aqueles que a frequentam.
Só a escola poderá não resolver os problemas detectados no meio
ambiente bonjardinense, mas é o caminho viável para acelerar as ações do
poder público com políticas ambientais voltadas para a preservação. É
possível conciliar desenvolvimento e meio ambiente. A questão da
preservação não é só uma iniciativa do poder público. E, não se deve,
porém, excluir a participação de comunidade do processo de preservar. A
comunidade deve ser transformada em parceira essencial do poder público
na promoção da ação educativa e na formação de consciência da sociedade
em favor da preservação ambiental para as presentes e futuras gerações.
“É necessário dentro desse grande país, com uma grande biodiversidade
que temos, construir uma nação com grande consciência ecológica. Já que
somos considerados por todos como o “pulmão do mundo”. E darmos
exemplo e lição, e não sermos vistos como “bárbaros devastadores daquilo
que é de todos inclusive das
futuras gerações”.
Por Adão Alves, 2007
Pela ausência de infraestrutura em urbanismo, veja uma das
inundações em uma das ruas de Bom Jardim em junho de 2006.
Saneamento básico é o conjunto de medidas, visando preservar ou
modificar as condições do ambiente com a finalidade de prevenir
doenças e promover saúde. Investir em saneamento, principalmente
no tratamento de esgotos, diminui a incidência de doenças e
internações hospitalares e evita o comprometimento dos recursos
hídricos do município.
3. MAPA AMBIENTAL DE BOM JARDIM
O Mapa Ambiental do município de Bom Jardim visto anteriormente
compreende a circunferência hidrográfica do município onde, no inverno,
Autores: Adilson Motta e Sancler (pintor), 2004
4. se verifica sua integração “arterial” - especialmente no período do inverno.
Um fato verificado, quando na elaboração do presente mapa é que, o
mesmo expressa as “artérias” os igarapés e lagos do município, os quais
afluem ao rio Pindaré.
Outro fato verificado é a existência de grande quantidade de lixos e
lixões nas imediações ou adjacência desses igarapés – que, com seu
chorume e poluentes contaminam os ecossistemas desses mananciais.
Contaminando também, os lençóis freáticos que são reservatórios naturais
de água potável que servem e servirão de consumo à população atual, e as
gerações futuras.
Igarapé do Abetel, antes e atualmente (2013).
Igarapé do Betel – Recebe alta carga de contaminações e dejetos do lixão
mostrado abaixo - que fica em terreno declive, propício para as águas das
chuvas durante o inverno. Além do mais, no referido lixão (onde até mesmo
lixo hospitalar é jogado sem o mínimo de critério ou incineração) – muitas
crianças, jovens e adultos caminham por dentre os resíduos encontrados.
Foto tirada por: Natana, 2009.
Não é só o Meio Ambiente que é injustiçado, por muitos anos, os moradores desta casa e outros
que se localizam a menos de 100 metros sofreram (-em) os riscos do impacto das doenças que
podem ser causadas pelo lixo.
Apesar da palavra de ORDEM do atual século ser: “Meio Ambiente & Preservação Ambiental”,
em junho de 2009, a “matança” injustificada de muitas árvores no município, ao longo da BR
316, em pleno centro da cidade gerou muita polêmica, discussão e insatisfação. Nas rádios
locais foram o objeto de uma semana de especulação e debate e pelos recantos informais da
cidade. Frente a situação, o nome de Bom Jardim até chegou a mudar! Muitos chamaram de
“A Cidade do Pau Pelado” outros: “A Cidade da Cara pelada”. Sem respostas para o ato,
muitos se perguntavam: “Será que a AVENIDA agora vai sair?
5. Tudo se deu diante de uma ação administrativa que não conscientizava nem informava seus
atos, como se o povo não existisse, nem houvesse satisfação social a dar. Depois de tanta
polêmica e juntando o “caldo derramado”, a administração resolveu plantar mudas de palmeiras
ao longo de toda BR 316, na extensão do perímetro urbano.
Logo nos três meses de governo, a
administração Beto/Lidiane Rocha
cumpriram o que prometiam em
palanque: Retirar o lixão do
inadequado local onde se
encontrava, como mostra as fotos ao
lado.