2. RESENHA
Tipos de Sociedade e Autoridade dentro da Teoria Burocrática da
Administração.
Sobre o livro: Introdução à Teoria Geral da Administração; CHIAVENATO,
Idalberto; Editora Elsevier; 7ª edição – 2004.
O livro Introdução à Teoria Geral da Administração, mostra que conhecer as teorias
da Administração tornou-se algo indispensável para o sucesso dos administradores
e também de qualquer tipo de empresa. Podemos perceber que a obra busca
oferecer uma visão diferente de organização e do seu contexto.
Para entendermos o conteúdo desta resenha, que são os tipos de Sociedade e
Autoridade, é preciso primeiro compreender o conceito de Burocracia. A burocracia
é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, na adequação
dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível
no alcance desses objetivos. A Teoria da Burocracia busca então sanar a fragilidade
e a parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas, mostrando
que ambas são contraditórias, mas não possibilitam uma abordagem global dos
problemas organizacionais.
Max Weber, sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da Burocracia, e inspirador
das demais figuras que se destacaram dentro da Teoria Burocrática. Através de
seus livros, principalmente do “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”
(1958), inspirou a criação do Modelo Burocrático de Organização.
Tentando compreender a burocracia Weber estudou os tipos de sociedade,
verificando que existem três tipos distintos. São elas: a sociedade Tradicional, onde
predominam características patriarcais e patrimonialistas como os clãs, as famílias e
a sociedade medieval; a sociedade Carismática, onde prevalecem características
arbitrárias, personalísticas e místicas, sendo possível citar como exemplo os grupos
revolucionários, partidos políticos e nações em revolução; e a sociedade
Burocrática, onde são acentuadas as normas impessoais e a racionalidade dos
meios e dos objetivos, como nas grandes empresas, nos estados modernos e nos
exércitos.
3. Referente à autoridade podemos afirmar, a partir das ideias de Max Weber, que
cada tipo de sociedade está relacionado com um tipo de autoridade. A autoridade
depende de dois principais critérios, são eles: a legitimidade, que é o motivo que
explica por que um determinado número de pessoas obedece às ordens de alguém;
e também da dominação, que significa a vontade manisfeta do dominador à conduta
para os subordinados, que por sua vez requer um aparato administrativo, que é a
necessidade de pessoal administrativo para executar as ordens e servir como ponto
de ligação entre governo e os governados.
A autoridade se divide em três tipos, sendo elas: a Tradicional, onde o domínio é
patriarcal e não racional, o líder é o senhor que comanda em virtude de seu status
de herdeiro, sua legitimação é determinada por hábitos, usos e costumes, o aparato
administrativo é de forma feudal e patrimonial; a autoridade Carismática, que não é
racional, nem herdada, nem delegável, os subordinados aceitam as ordens se seus
superiores pela influência da personalidade do mesmo, a legitimação provém das
características pessoais carismáticas e o aparato administrativo é inconstante e
instável, escolhido pela lealdade e devoção ao líder e não por suas qualificações
técnicas; a autoridade Burocrática é caracterizada pela racionalidade dos meios e
fins, os subordinados aceitam as ordens que lhe são apresentadas pelo fato de
concordarem com certos preceitos e normas que consideram legítimas, é o tipo de
autoridade técnica, baseada na promulgação, é legitimada pela justiça da lei, e na
regulamentação de normas legais previamente definidas, o aparato administrativo é
a burocracia.
Analisando o assunto desta resenha, podemos concluir que na maioria das
empresas a autoridade predominante é a burocrática, pois é a organização típica da
sociedade moderna democrática, e existe principalmente na estrutura do Estado,
mas não é a única vigente. Empresas familiares como os pequenos comércios, ou a
dominação de um pai sobre o resto da família, são exemplos da autoridade
tradicional. Já as sociedades em períodos revolucionários ou líderes como Getulio
Vargas, Jesus ou até mesmo Hitler são exemplos de autoridade carismática, pois
todos eles ganharam a admiração dentro de sua sociedade.
A leitura da obra, ou só do capitulo 11, referente ao modelo burocrático de
organização, do qual foi resenhado o conteúdo deste trabalho, é de fácil
4. compreensão e recomendável a indivíduos que estudam administração, ou até
mesmo pessoas que trabalham na área e ambicionem conhecimentos mais
aprofundados sobre a TGA- Teoria Geral da Administração, pois mostra que estas
competências são imprescindíveis para alguém que deseja ingressar no mundo
administrativo.
Idalberto Chiavenato (1936), escritor do livro do qual foi resenhado o assunto que
analisei, é reconhecido e prestigiado pela excelência de seus trabalhos em
Administração e em Recursos Humanos. Doutor e Mestre em Administração pela
City University of Los Angeles-CA, EUA, especialista em Administração de
Empresas pela FGV-EAESP, graduado em Filosofia/Pedagogia, com especialização
em Psicologia Educacional pela USP e em Direito pela Universidade Mackenzie, é
um dos autores nacionais mais conhecidos e respeitados na área de Administração
de Empresas e Recursos Humanos. Ele escreveu mais de 30 livros de grande
destaque no mercado, além de uma imensidão de artigos em revistas
especializadas.
Victória Colvara, acadêmica do curso técnico de Administração da Escola Técnica
Guaracy Silveira, Pinheiros, São Paulo. Atividade realizada no decorrer da disciplina
de Gestão Empresarial l pertencente à grade curricular do primeiro módulo.