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Mesoamérica
Mesoamérica
Antes de prosseguir se faz necessário conhecer um pouco da visão de mundo dos pré-colombianos:
As pedras verdes
O Jaguar
O pássaro Quetzal
A história registrada nos códices
A Pedra do Sol
O relevo e as hipóteses da ocupação da região.
“Piedra de la Ijada”
A “Ijada”, do latim “Ilia” (Flanco) ou “Pedra do Flanco” é uma pedra
semipreciosa com alta resistência, maior do que o aço, usada em algumas
civilizações em machados, facas e armas. Eram chamadas de Jade as pedras
ornamentais trazidas para a Europa da China e da Mesoamérica. Somente
em 1863 verificou-se que o termo “Jade" estava sendo aplicado a dois
minerais diferentes.
De brilho translúcido, é composta de Jadeite e Nefrite, variando a cor desde
tonalidades muita claras a um verde escuro-azulado, passando pelo verde
esmeralda conhecido como "Jade Imperial".
Antes da descoberta do Novo Mundo, havia minas de Jade apenas na China e
Rússia. Atualmente, além deste dois locais, existem apenas nove outros, na
Mesoamérica, Nova Zelândia, Colômbia e Canadá.
Existem abundantes descrições do Jade nos códices mesoamericanos como
símbolo de geração de vida.
Sua cor simbolizava a vegetação, as águas e o mito do surgimento do milho.
Na China, há 2.000 anos, era conhecida como YU ou YU CHI - "coisa bem
preciosa" - era o esperma do “Dragão Celestial” que participou da criação do
mundo. Pedaços de Jade em ideogramas e estatuetas representavam o sol, céu,
terra e o cosmos.
Em pó era usada no tratamento de enfermidades renais. Faixas pequenas de
Jade usadas como amuleto asseguravam a imortalidade e protegia contra
relâmpagos.
Os egípcios, chineses e mesoamericanos colocavam esta pedra na boca dos
mortos.
Na mesoamérica as recém casadas recebiam Jade de presente para garantir a
concepção.
O Jaguar
O Jaguar é um predador eficiente e feroz adaptado a selva e a água.
Para Olmecas e Maias tornou-se símbolo de autoridade e coragem
entrando na composição dos nomes dos governantes como "Garra de
Jaguar", "Pássaro Jaguar", "Lua do Jaguar"...
A fenda na cabeça foi retratada em várias esculturas como
característica ligada ao deus Jaguar.
Símbolo sagrado e profano, integrado na mitologia como guardião dos
vivos e dos mortos, que influenciou a religião e mitologia das culturas
mesoamericanas posteriores.
Códice Mixteca Tonindeye / Nuttall
O códice do século XIV é composto de 94 lâminas de 24,3 X 18,4 cm em
couro de veado, raspado e alisado, com 11,41m. Descreve a história de um
rei Mixteca Oito Veado "Garra de Jaguar”, que viveu de 1.063 a 1.115 dC,
seu meio irmão mais velho, Doze Terremoto e do rei Tolteca Quatro Jaguar
“Face da Noite”. Na cultura Mixteca ao nascer se recebia o nome do dia e
com o tempo a pessoa escolhia outro nome para agregar ao seu.
No verso está a genealogia de vários povos. Encontra-se hoje no Museu
Britânico.
Clique na Máscara Mixteca em ouro: Link para o Mural Mixteco 8 Veado Garra de Jaguar, em Tijuana
Escrita Mixteca
Tradução da Lâmina 75
No ao 1099, no dia Três Macaco, um nobre oferece um colar de
turquesa e Jade ao rei Oito Veado "Garra de Jaguar”.
Três dias depois, no dia Seis Jaguar, o rei Tolteca Quatro Jaguar
“Face da Noite” (à esquerda) e o rei Mixteca Oito Veado "Garra de
Jaguar” (à direita) estão jogando bola na cidade de Jade apostando
jóias de ouro. Três dias depois, no dia Nove Terremoto, iniciam uma
expedição marítima: o rei Quatro Jaguar “Face da Noite” (na
esquerda) e o Rei Oito Veado "Garra de Jaguar” (ao centro) com
seu meio irmão Doze Terremoto (à direita).
Trinta e oito dias depois, no dia Oito Águia, do ano 1.100, cruzam
por um campo de grama.
Treze dias depois, no dia Oito Coelho, cruzam por um vulcão
fumegando.
O nome Quetzal é derivado da palavra náuatle quetzalli, “pena de cauda grande e
brilhante”, também conhecido como “serpente emplumada”, de plumagem verde-
esmeralda com reflexos dourados. As penas da cabeça e das asas são semelhantes
às da ave-do-paraíso e sua cauda longa ondula enquanto voa. O Quetzal vive nos
ramos mais baixos das árvores das florestas tropicais do México e da Guatemala,
em altitudes que vão de 1000 a 3000 metros. Foi escolhido na Guatemala como
símbolo de liberdade e sua imagem aparece na moeda do país, denominada
"quetzal".
Pertence a uma família de pássaros chamados trogões, a qual tem um
representante no Brasil, o sucuruá.
Foi considerado um pássaro sagrado pelas antigas civilizações mesoamericanas.
Suas penas eram usadas em rituais onde o pássaro não era sacrificado. É uma ave
tranqüila, que pode ficar horas pousada à espera de um inseto que passe ou de
uma fruta que caia. Seu canto é um assobio ondulante que fica cada vez mais
agudo e cessa repentinamente. Juntos, o macho e a fêmea constroem o ninho,
geralmente escondido na toca de uma árvore. A incubação é feita por turnos.
Quando o macho entra no ninho para cumprir seu turno, ele gira e senta-se de
maneira que as penas da cauda fiquem para fora da toca.
A Pedra do Sol
Conhecida impropriamente como Calendário Azteca tem 3,6 metros de
diâmetro e pesa 24,5 toneladas. Foi esculpido sob ordens do sexto imperador
Azteca, Axayacatl, no ano Treze Bambu (Treze Ácatl), correspondente a
1479 d.C, ano em que ficou pronta.
A Pedra do Sol contém uma cosmologia baseada nos dados da civilização
Maia, através do qual pode-se montar um “calendário” completo que
abrange o tempo de existência do mundo atual, na concepção Maia, de
5.125,36 anos. São informações de dois calendários: um solar de 365 dias
(calendário Haab) e um venusiano de 260 dias (calendário tzolk'in). Esses
calendários foram montados a partir das observações astronômicas, no
observatório conhecido hoje como “El Caracol”, através das aberturas na
cúpula voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, Sírio e Lua.
A contagem dos anos tem um formato diferente do nosso.
1 dia - kin
20 dias - uinal
360 dias – tun = 18 - uinal
7.200 dias - katun = 360 - uinal = 20 - tun
144.000 dias – baktun = 7.200 - uinal = 20 – katun = 400 tun
No calendário de longa contagem (5.125,36 anos), a data em que a Apollo
11 pousou na Lua é representada como 12.17.15.17.0 (20/0769). Lendo-se
da esquerda para a direita, o primeiro número significa o número de
baktuns desde o início do Grande Ciclo. Neste caso, existiram 12 baktuns,
(144.000 x 12 dias). O segundo número está relacionado ao número de
katuns que se passaram e continua à direita com o número de tuns, uinals e
kins.
Os Maias registraram que há cinco eras do mundo, cada uma equivalente
ao tempo total da precessão do eixo da terra, ou seja, 26.000 anos
conhecidos por Platão, na Grécia antiga, como o Grande Ano. Platão
associou este ciclo ao da respiração humana em um dia ou 18 respirações
por minuto. Em 24 horas teremos o número de 25.920 respirações ou
aproximadamente 26.000 respirações.
A tradução da contagem do calendário Maia é conhecida devido aos
estudos do antropólogo inglês, Sir Eric Thompson, com base na data da
Inquisição Espanhola registrada nos calendários Gregoriano e Maia de
longa duração e dados astronômicos registrados no códice Desdém. Assim,
calculou-se que a quinta Era Maia, ou Quinto Sol em que vivemos, iniciou-
se em 13 de agosto de 3.114 a.C.
A Era Maia está relacionada a Precessão dos Equinócios, nome que se dá ao
movimento de translação do eixo da Terra que, como um pião, gira sobre si
mesma enquanto seu eixo desloca-se traçando um círculo no espaço.
Essa inclinação é responsável pelas eras astronômicas, estações do ano,
solstícios e equinócios e dura 2.240 anos em cada signo do zodíaco
demorando 26.000 anos para completar um ciclo, ou seja, passar por todos
os signos do zodíaco. A precessão não tem efeito importante sobre as
estações, pois o eixo da Terra se mantém sua inclinação de 23,5
durante o evento. A primavera sempre se inicia em setembro no hemisfério
sul, e em março no hemisfério norte nos calendários baseados no equinócio,
como o calendário Gregoriano.
Durante os 26.000 anos da Precessão a única mudança são as estrelas visíveis
no céu durante a noite em diferentes épocas do ano.
Atualmente Órion é uma constelação visível em dezembro, e Escorpião em
junho. Passados 13.000 anos, ou seja, meia precessão, as estrelas visíveis até
agora passam a ser vistas no hemisfério oposto.
No circulo central temos Tonatiuh, Deus do Sol, com a máscara de fogo, símbolo
de rei dos planetas regente do universo
.
O sinal “ome ácatl” que tem sobre a fronte, se refere ao princípio da contagem dos anos ou “xiuhmolpilli”, ou
seja, o sol do primeiro dia do ciclo de 52 anos depois da noite em que inicia o fogo novo.Seu pêlo dourado e as rugas indicam sua idade avançadaA língua para fora, como faca de obsidiana, indica a necessidade de alimento, do sangue e corações dos
humanos em sacrifício.
As jóias de Jade e turquesa adornam o deus Tonatiuh porque os Aztecas
chamavam ao sol Xiuhpiltontli, “o menino turquesa”, “o resplandecente”, “o
menino precioso”, “o águia que ascende”. A gargantilha de seis contas é
considerada também símbolo do princípio do ciclo sagrado.
07
Em ambos os lados, as figuras das mãos com garras de águia, segurando
corações humanos, significam os sacrifícios oferecidos para que o sol se
mantivesse em movimento. Em cada mão um olho e uma sobrancelha indicam
que nada pode ocultar-se desta deidade.
08 Jaguar
A primeira das quatro eras representa por Ocelotonatiuh, deus do jaguar.
Durante ela, viveram os gigantes que haviam sido criados pelos deuses, os
quais finalmente foram atacados e devorados pelos jacarés.
09 Vento
A segunda época é representada pela cabeça de crocodilo, Ehecatl, o deus do
ar. Durante essa época a raça humana foi destruída por fortes ventos e
furacões, e os homens se transformaram em macacos.
10 Fogo
A terceira época é representada pela cabeça de Tlaloc, deus do fogo celeste e
das chuvas. Nesta época, tudo se destruiu pela chuva de lava e fogo e os
homens se converteram em aves para sobreviver a catástrofe.
11 Água
Na quarta época, representada pela cabeça de Chalchiuhtlicue, deusa da água,
esposa de Tlaloc, a destruição se deu por fortes e tormentosas chuvas e nela os
homens se converteram em peixes para não sucumbirem afogados.
O terceiro círculo contém os simbolos dos 20 dias
O circulo de placas com cinco incrustações em flor simbolizam os dias,
em uma combinação de cinco em cinco.
As pontas de flecha apontam em todas as direções, representam os raios
solares espalhando-se e difundindo-se no universo.As figuras ovais - gotas - são o sangue humano oferecido ao deus sol.
As figuras com quadrados concêntricos representam as penas da águia
estilizadas, adornando o deus do sol.
Na parte inferior as duas cabeças simbolizam a luta quotidiana dos
deuses pela supremacia na terra e nos céus, entre a noite e o dia, o mal e
o bem. Xiuhtecutli (deus da noite) e Quetzalcoatl, personificado como
Tonatiuh (o sol - deus do dia) tem suas línguas se tocando representando
a continuidade do do tempo
Clique na cascavel para DUAS explicações de como funciona o calendário, com base na Pedra do Sol
O México
O México é cortado pelo Trópico de Câncer, apresentando uma
grande variação climática que varia do tropical ao temperado, devido
à influência de sua geografia. A região costeira possui duas
penínsulas: a Baixa Califórnia, no Pacífico, e do Yucatan ao sul do
Golfo do México, no Atlântico.
No centro do país há o Planalto Mexicano a 2.400m acima do nível do
mar, abrigando algumas depressões que se estendem desde o Vale do
Rio Grande até vale do Rio das Balsas, flanqueado pela Sierra Madre
Oriental e a Sierra Madre Ocidental. Ao sul temos a Sierra Madre do
Sul e a Sierra de Oaxaca.
Varias civilizações surgiram na Mesoamérica, do oceano Atlântico ao
Pacífico e apesar da ascensão e da queda de vários impérios sempre
houve uma continuidade da cultura, principalmente no vale do
México, onde as tecnologias, agricultura e religião dos povos
dominados eram absorvidas e enriquecidos.
Clique na concha de Nautilus, no terceiro olho, para uma linha de tempo
das civilizações mesoamericanas fornecidas pelo Museu do Chile
No Planalto Mexicano existiu um lago salgado sem emissários, o
Texcoco, que formava com pequenos lagos uma bacia de 2.000 km² de
superfície. Deste lago restou apenas alguns km² de pântano salgado,
após um sistema de “drenagem profunda” iniciada em 1967 com
centenas de quilômetros de túneis situados a profundidades variadas,
de 30 a 250 metros conduzindo a água para fora do vale, eliminando
as freqüentes inundações dos povoados. O túnel maior tem 6,5 m de
diâmetro.
O estudo das civilizações pré-colombianas em conjunto é muito
complexo devido aos 4.000 anos de história e as enormes diferenças
ambientais e culturais das civilizações que se sucediam no Vale do
México, na Península de Yucatan no Vale do Rio Oaxaca. Em sua
grande maioria não deixaram registros escritos, restando somente
alguns vestígios de templos, esculturas, e tumbas ainda não estudados
com a profundidade necessária para o conhecimento mais amplo a
respeito desses povos e seu modo de vida.
Em 1920 surgiu a teoria mais importante até então, com a descoberta
na América do norte, de pontas de lanças típicas do paleolítico
asiático. As Pontas de lanças de Folson, como ficaram conhecidas,
atestavam uma relação entre as populações da Sibéria e os primeiros
habitantes da América, formando a hipótese da origem asiática.
Caminhando nesta direção, alguns estudos mostraram que em
algumas glaciações, quando o nível do mar baixava cerca de 50
metros, o estreito de Bering funcionava como uma espécie de ponte
terrestre entre a Sibéria e o Alasca, formando a Beríngia e por ali
teriam passado os primeiros grupos.
Segundo a arqueologia, a primeira passagem desses povos teria
acontecido entre 50 e 40 mil anos atrás, sendo repetido entre 28.000 e
10.000 anos, durante as glaciações.
A conhecida Teoria de Bering ainda hoje é a mais aceita e por este
pensamento a América do Sul teria sido a última a ser ocupada.
No entanto, na década de 60, descobertas feitas no Piauí, no sítio de
São Raimundo Nonato, trouxeram algumas dúvidas sobre as datas da
Teoria de Bering. Foram encontradas cavernas repletas de pinturas
que mostram famílias e um modo de vida social com data de 50.000
anos, atestando que a habitação da América teria acontecido muito
antes do que se afirmava. Esta última teoria não tem sido bem aceita
pelos pesquisadores internacionais, mas outros argumentos são
constantemente apresentados na tentativa de uma explicação para a
ocupação do continente.
Na verdade, o estudo da ocupação do território americano ainda está
no começo e na medida que as peças forem sendo encontradas o
grande quebra-cabeça se completará. Calcula-se, quando da chegada
do europeu na América, a existência de aproximadamente 88 milhões
de habitantes, sendo 05 milhões no Brasil, distribuídos em tribos. Na
Mesoamérica havia cerca de 2.000 línguas diferentes e uma população
distribuída por tribos e impérios. Enfim, grupos sociais nos mais
variados estágios de adaptação e organização social.

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Mesoamérica: a história e cultura da região pré-colombiana

  • 2. Mesoamérica Antes de prosseguir se faz necessário conhecer um pouco da visão de mundo dos pré-colombianos: As pedras verdes O Jaguar O pássaro Quetzal A história registrada nos códices A Pedra do Sol O relevo e as hipóteses da ocupação da região.
  • 3. “Piedra de la Ijada” A “Ijada”, do latim “Ilia” (Flanco) ou “Pedra do Flanco” é uma pedra semipreciosa com alta resistência, maior do que o aço, usada em algumas civilizações em machados, facas e armas. Eram chamadas de Jade as pedras ornamentais trazidas para a Europa da China e da Mesoamérica. Somente em 1863 verificou-se que o termo “Jade" estava sendo aplicado a dois minerais diferentes. De brilho translúcido, é composta de Jadeite e Nefrite, variando a cor desde tonalidades muita claras a um verde escuro-azulado, passando pelo verde esmeralda conhecido como "Jade Imperial". Antes da descoberta do Novo Mundo, havia minas de Jade apenas na China e Rússia. Atualmente, além deste dois locais, existem apenas nove outros, na Mesoamérica, Nova Zelândia, Colômbia e Canadá. Existem abundantes descrições do Jade nos códices mesoamericanos como símbolo de geração de vida. Sua cor simbolizava a vegetação, as águas e o mito do surgimento do milho. Na China, há 2.000 anos, era conhecida como YU ou YU CHI - "coisa bem preciosa" - era o esperma do “Dragão Celestial” que participou da criação do mundo. Pedaços de Jade em ideogramas e estatuetas representavam o sol, céu, terra e o cosmos. Em pó era usada no tratamento de enfermidades renais. Faixas pequenas de Jade usadas como amuleto asseguravam a imortalidade e protegia contra relâmpagos. Os egípcios, chineses e mesoamericanos colocavam esta pedra na boca dos mortos. Na mesoamérica as recém casadas recebiam Jade de presente para garantir a concepção.
  • 4. O Jaguar O Jaguar é um predador eficiente e feroz adaptado a selva e a água. Para Olmecas e Maias tornou-se símbolo de autoridade e coragem entrando na composição dos nomes dos governantes como "Garra de Jaguar", "Pássaro Jaguar", "Lua do Jaguar"... A fenda na cabeça foi retratada em várias esculturas como característica ligada ao deus Jaguar. Símbolo sagrado e profano, integrado na mitologia como guardião dos vivos e dos mortos, que influenciou a religião e mitologia das culturas mesoamericanas posteriores.
  • 5. Códice Mixteca Tonindeye / Nuttall O códice do século XIV é composto de 94 lâminas de 24,3 X 18,4 cm em couro de veado, raspado e alisado, com 11,41m. Descreve a história de um rei Mixteca Oito Veado "Garra de Jaguar”, que viveu de 1.063 a 1.115 dC, seu meio irmão mais velho, Doze Terremoto e do rei Tolteca Quatro Jaguar “Face da Noite”. Na cultura Mixteca ao nascer se recebia o nome do dia e com o tempo a pessoa escolhia outro nome para agregar ao seu. No verso está a genealogia de vários povos. Encontra-se hoje no Museu Britânico. Clique na Máscara Mixteca em ouro: Link para o Mural Mixteco 8 Veado Garra de Jaguar, em Tijuana Escrita Mixteca
  • 6. Tradução da Lâmina 75 No ao 1099, no dia Três Macaco, um nobre oferece um colar de turquesa e Jade ao rei Oito Veado "Garra de Jaguar”. Três dias depois, no dia Seis Jaguar, o rei Tolteca Quatro Jaguar “Face da Noite” (à esquerda) e o rei Mixteca Oito Veado "Garra de Jaguar” (à direita) estão jogando bola na cidade de Jade apostando jóias de ouro. Três dias depois, no dia Nove Terremoto, iniciam uma expedição marítima: o rei Quatro Jaguar “Face da Noite” (na esquerda) e o Rei Oito Veado "Garra de Jaguar” (ao centro) com seu meio irmão Doze Terremoto (à direita). Trinta e oito dias depois, no dia Oito Águia, do ano 1.100, cruzam por um campo de grama. Treze dias depois, no dia Oito Coelho, cruzam por um vulcão fumegando.
  • 7. O nome Quetzal é derivado da palavra náuatle quetzalli, “pena de cauda grande e brilhante”, também conhecido como “serpente emplumada”, de plumagem verde- esmeralda com reflexos dourados. As penas da cabeça e das asas são semelhantes às da ave-do-paraíso e sua cauda longa ondula enquanto voa. O Quetzal vive nos ramos mais baixos das árvores das florestas tropicais do México e da Guatemala, em altitudes que vão de 1000 a 3000 metros. Foi escolhido na Guatemala como símbolo de liberdade e sua imagem aparece na moeda do país, denominada "quetzal". Pertence a uma família de pássaros chamados trogões, a qual tem um representante no Brasil, o sucuruá. Foi considerado um pássaro sagrado pelas antigas civilizações mesoamericanas. Suas penas eram usadas em rituais onde o pássaro não era sacrificado. É uma ave tranqüila, que pode ficar horas pousada à espera de um inseto que passe ou de uma fruta que caia. Seu canto é um assobio ondulante que fica cada vez mais agudo e cessa repentinamente. Juntos, o macho e a fêmea constroem o ninho, geralmente escondido na toca de uma árvore. A incubação é feita por turnos. Quando o macho entra no ninho para cumprir seu turno, ele gira e senta-se de maneira que as penas da cauda fiquem para fora da toca.
  • 8. A Pedra do Sol Conhecida impropriamente como Calendário Azteca tem 3,6 metros de diâmetro e pesa 24,5 toneladas. Foi esculpido sob ordens do sexto imperador Azteca, Axayacatl, no ano Treze Bambu (Treze Ácatl), correspondente a 1479 d.C, ano em que ficou pronta. A Pedra do Sol contém uma cosmologia baseada nos dados da civilização Maia, através do qual pode-se montar um “calendário” completo que abrange o tempo de existência do mundo atual, na concepção Maia, de 5.125,36 anos. São informações de dois calendários: um solar de 365 dias (calendário Haab) e um venusiano de 260 dias (calendário tzolk'in). Esses calendários foram montados a partir das observações astronômicas, no observatório conhecido hoje como “El Caracol”, através das aberturas na cúpula voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, Sírio e Lua. A contagem dos anos tem um formato diferente do nosso. 1 dia - kin 20 dias - uinal 360 dias – tun = 18 - uinal 7.200 dias - katun = 360 - uinal = 20 - tun 144.000 dias – baktun = 7.200 - uinal = 20 – katun = 400 tun
  • 9. No calendário de longa contagem (5.125,36 anos), a data em que a Apollo 11 pousou na Lua é representada como 12.17.15.17.0 (20/0769). Lendo-se da esquerda para a direita, o primeiro número significa o número de baktuns desde o início do Grande Ciclo. Neste caso, existiram 12 baktuns, (144.000 x 12 dias). O segundo número está relacionado ao número de katuns que se passaram e continua à direita com o número de tuns, uinals e kins. Os Maias registraram que há cinco eras do mundo, cada uma equivalente ao tempo total da precessão do eixo da terra, ou seja, 26.000 anos conhecidos por Platão, na Grécia antiga, como o Grande Ano. Platão associou este ciclo ao da respiração humana em um dia ou 18 respirações por minuto. Em 24 horas teremos o número de 25.920 respirações ou aproximadamente 26.000 respirações. A tradução da contagem do calendário Maia é conhecida devido aos estudos do antropólogo inglês, Sir Eric Thompson, com base na data da Inquisição Espanhola registrada nos calendários Gregoriano e Maia de longa duração e dados astronômicos registrados no códice Desdém. Assim, calculou-se que a quinta Era Maia, ou Quinto Sol em que vivemos, iniciou- se em 13 de agosto de 3.114 a.C.
  • 10. A Era Maia está relacionada a Precessão dos Equinócios, nome que se dá ao movimento de translação do eixo da Terra que, como um pião, gira sobre si mesma enquanto seu eixo desloca-se traçando um círculo no espaço. Essa inclinação é responsável pelas eras astronômicas, estações do ano, solstícios e equinócios e dura 2.240 anos em cada signo do zodíaco demorando 26.000 anos para completar um ciclo, ou seja, passar por todos os signos do zodíaco. A precessão não tem efeito importante sobre as estações, pois o eixo da Terra se mantém sua inclinação de 23,5 durante o evento. A primavera sempre se inicia em setembro no hemisfério sul, e em março no hemisfério norte nos calendários baseados no equinócio, como o calendário Gregoriano. Durante os 26.000 anos da Precessão a única mudança são as estrelas visíveis no céu durante a noite em diferentes épocas do ano. Atualmente Órion é uma constelação visível em dezembro, e Escorpião em junho. Passados 13.000 anos, ou seja, meia precessão, as estrelas visíveis até agora passam a ser vistas no hemisfério oposto.
  • 11.
  • 12. No circulo central temos Tonatiuh, Deus do Sol, com a máscara de fogo, símbolo de rei dos planetas regente do universo . O sinal “ome ácatl” que tem sobre a fronte, se refere ao princípio da contagem dos anos ou “xiuhmolpilli”, ou seja, o sol do primeiro dia do ciclo de 52 anos depois da noite em que inicia o fogo novo.Seu pêlo dourado e as rugas indicam sua idade avançadaA língua para fora, como faca de obsidiana, indica a necessidade de alimento, do sangue e corações dos humanos em sacrifício. As jóias de Jade e turquesa adornam o deus Tonatiuh porque os Aztecas chamavam ao sol Xiuhpiltontli, “o menino turquesa”, “o resplandecente”, “o menino precioso”, “o águia que ascende”. A gargantilha de seis contas é considerada também símbolo do princípio do ciclo sagrado.
  • 13. 07 Em ambos os lados, as figuras das mãos com garras de águia, segurando corações humanos, significam os sacrifícios oferecidos para que o sol se mantivesse em movimento. Em cada mão um olho e uma sobrancelha indicam que nada pode ocultar-se desta deidade. 08 Jaguar A primeira das quatro eras representa por Ocelotonatiuh, deus do jaguar. Durante ela, viveram os gigantes que haviam sido criados pelos deuses, os quais finalmente foram atacados e devorados pelos jacarés. 09 Vento A segunda época é representada pela cabeça de crocodilo, Ehecatl, o deus do ar. Durante essa época a raça humana foi destruída por fortes ventos e furacões, e os homens se transformaram em macacos. 10 Fogo A terceira época é representada pela cabeça de Tlaloc, deus do fogo celeste e das chuvas. Nesta época, tudo se destruiu pela chuva de lava e fogo e os homens se converteram em aves para sobreviver a catástrofe. 11 Água Na quarta época, representada pela cabeça de Chalchiuhtlicue, deusa da água, esposa de Tlaloc, a destruição se deu por fortes e tormentosas chuvas e nela os homens se converteram em peixes para não sucumbirem afogados.
  • 14. O terceiro círculo contém os simbolos dos 20 dias
  • 15. O circulo de placas com cinco incrustações em flor simbolizam os dias, em uma combinação de cinco em cinco. As pontas de flecha apontam em todas as direções, representam os raios solares espalhando-se e difundindo-se no universo.As figuras ovais - gotas - são o sangue humano oferecido ao deus sol. As figuras com quadrados concêntricos representam as penas da águia estilizadas, adornando o deus do sol.
  • 16. Na parte inferior as duas cabeças simbolizam a luta quotidiana dos deuses pela supremacia na terra e nos céus, entre a noite e o dia, o mal e o bem. Xiuhtecutli (deus da noite) e Quetzalcoatl, personificado como Tonatiuh (o sol - deus do dia) tem suas línguas se tocando representando a continuidade do do tempo
  • 17. Clique na cascavel para DUAS explicações de como funciona o calendário, com base na Pedra do Sol
  • 18. O México O México é cortado pelo Trópico de Câncer, apresentando uma grande variação climática que varia do tropical ao temperado, devido à influência de sua geografia. A região costeira possui duas penínsulas: a Baixa Califórnia, no Pacífico, e do Yucatan ao sul do Golfo do México, no Atlântico. No centro do país há o Planalto Mexicano a 2.400m acima do nível do mar, abrigando algumas depressões que se estendem desde o Vale do Rio Grande até vale do Rio das Balsas, flanqueado pela Sierra Madre Oriental e a Sierra Madre Ocidental. Ao sul temos a Sierra Madre do Sul e a Sierra de Oaxaca. Varias civilizações surgiram na Mesoamérica, do oceano Atlântico ao Pacífico e apesar da ascensão e da queda de vários impérios sempre houve uma continuidade da cultura, principalmente no vale do México, onde as tecnologias, agricultura e religião dos povos dominados eram absorvidas e enriquecidos. Clique na concha de Nautilus, no terceiro olho, para uma linha de tempo das civilizações mesoamericanas fornecidas pelo Museu do Chile
  • 19. No Planalto Mexicano existiu um lago salgado sem emissários, o Texcoco, que formava com pequenos lagos uma bacia de 2.000 km² de superfície. Deste lago restou apenas alguns km² de pântano salgado, após um sistema de “drenagem profunda” iniciada em 1967 com centenas de quilômetros de túneis situados a profundidades variadas, de 30 a 250 metros conduzindo a água para fora do vale, eliminando as freqüentes inundações dos povoados. O túnel maior tem 6,5 m de diâmetro. O estudo das civilizações pré-colombianas em conjunto é muito complexo devido aos 4.000 anos de história e as enormes diferenças ambientais e culturais das civilizações que se sucediam no Vale do México, na Península de Yucatan no Vale do Rio Oaxaca. Em sua grande maioria não deixaram registros escritos, restando somente alguns vestígios de templos, esculturas, e tumbas ainda não estudados com a profundidade necessária para o conhecimento mais amplo a respeito desses povos e seu modo de vida.
  • 20. Em 1920 surgiu a teoria mais importante até então, com a descoberta na América do norte, de pontas de lanças típicas do paleolítico asiático. As Pontas de lanças de Folson, como ficaram conhecidas, atestavam uma relação entre as populações da Sibéria e os primeiros habitantes da América, formando a hipótese da origem asiática. Caminhando nesta direção, alguns estudos mostraram que em algumas glaciações, quando o nível do mar baixava cerca de 50 metros, o estreito de Bering funcionava como uma espécie de ponte terrestre entre a Sibéria e o Alasca, formando a Beríngia e por ali teriam passado os primeiros grupos. Segundo a arqueologia, a primeira passagem desses povos teria acontecido entre 50 e 40 mil anos atrás, sendo repetido entre 28.000 e 10.000 anos, durante as glaciações. A conhecida Teoria de Bering ainda hoje é a mais aceita e por este pensamento a América do Sul teria sido a última a ser ocupada.
  • 21. No entanto, na década de 60, descobertas feitas no Piauí, no sítio de São Raimundo Nonato, trouxeram algumas dúvidas sobre as datas da Teoria de Bering. Foram encontradas cavernas repletas de pinturas que mostram famílias e um modo de vida social com data de 50.000 anos, atestando que a habitação da América teria acontecido muito antes do que se afirmava. Esta última teoria não tem sido bem aceita pelos pesquisadores internacionais, mas outros argumentos são constantemente apresentados na tentativa de uma explicação para a ocupação do continente. Na verdade, o estudo da ocupação do território americano ainda está no começo e na medida que as peças forem sendo encontradas o grande quebra-cabeça se completará. Calcula-se, quando da chegada do europeu na América, a existência de aproximadamente 88 milhões de habitantes, sendo 05 milhões no Brasil, distribuídos em tribos. Na Mesoamérica havia cerca de 2.000 línguas diferentes e uma população distribuída por tribos e impérios. Enfim, grupos sociais nos mais variados estágios de adaptação e organização social.