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Prazer em conhecer
Muito prazer. Eu sou Adriana Magalhães, do blog Atravessar Fronteiras. Posso dizer que
sou uma viajante nata. Desde criança, tenho prazer de conhecer novos lugares, ter novas
experiências, vivenciar novos costumes, curtir novas paisagens e escutar falas
diferentes. Viajo muito e relato todas as experiências no meu blog Atravessar Fronteiras.
Mas, dentre todas essas dezenas de viagens, um lugar fisgou o meu coração. Desde que
pisei meu pé pela primeira vez em Bariloche, na patagônia Argentina, eu soube que
tinha me apaixonado. Daquela primeira vez em 2003 até agora, 2016, já estive NOVE
vezes em Bariloche. Pode acreditar, não estou mentindo. Já fui nas quatro estações do
ano, conheço quase todas as nuances de Bariloche.
Tanta experiência em Bariloche me levou a escrever vários posts sobre o lugar no blog
Atravessar Fronteiras. E nesses posts, recebi centenas de perguntas de pessoas
interessadas em também conhecer um lugar tão maravilhoso. Foram tantas as
perguntas, algumas bem parecidas, que resolvi compilar tudo num lugar só. E surgiu
esse e-book: “Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível”. Aqui você vai
ter suas dúvidas respondidas:
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 2
• Qual é a melhor época para ver a
neve?
• Qual roupa devo levar?
• Melhor ficar hospedado no centro ou
na beira do lago?
• Quantos dias devo ficar em
Bariloche?
• Como trocar dinheiro em Bariloche?
• Vale a pena ir no verão?
• Devo alugar carro ou contratar
passeios?
Será que você também tem essas dúvidas? Então
está no lugar certo. Continue aqui e boa leitura!
Passo 1 – Eu vou ver a
neve?
Já começo este e-book respondendo à pergunta que mais recebo sobre Bariloche. Eu vou
ver a neve? As pessoas me dizem: “vou em maio, vou em agosto, vou em dezembro, mas
quero ver a neve!”
Gente, vamos com calma. Bariloche fica na Patagônia argentina. Fica no hemisfério sul,
assim como o Brasil. Ou seja, as estações do ano em Bariloche coincidem com as nossas.
O inverno vai de junho a setembro, assim como acontece no Brasil. Mas mesmo que o
inverno comece oficialmente em 20 de junho, essa época ainda não é garantia para a
neve. As estações de esqui em Bariloche costumam abrir em meados de julho, a última
semana de julho é mais garantia de neve pesada.
Por exemplo, agora em 2016, chegamos em 18 de julho em Bariloche, já pegamos tudo
nevado nas montanhas e ainda pegamos nevascas fortes na cidade no dia 22 de julho.
Mas as pessoas que foram um pouco antes, na primeira semana de julho, tiveram que
penar e fazer muita “dança da neve” para ver um pouquinho de neve.
Partimos do pressuposto que o tempo é imprevisível. Mas uma coisa é quase sempre
certa: final de julho, o mês de agosto inteiro e o início de setembro é o período ideal
para ter neve a ponto de estações de esqui abrirem. Mas provavelmente a partir de maio
já haverá neve nas montanhas, suficiente para você matar sua vontade de fazer guerra
de bola de neve ou fazer um boneco de neve. E em novembro você pode ter a sorte de
presenciar uma nevezinha, já aconteceu comigo, apesar de ser improvável.
Como são apenas probabilidades, eu sempre costumo verificar as webcams localizadas
na montanha e no centro de Bariloche. Assim dá para ver o tanto de neve que acumulou
nos últimos dias. Faça isso também nos dias anteriores à sua viagem.
Sugiro o site:
Agora se você for em outro período do ano e quiser MESMO ver a neve, mesmo que de
longe, sugiro um passeio ao Cerro Tronador, a montanha mais alta da região. Na
verdade, o Tronador é um vulcão, de altura de 3.554m, exatamente na divisa entre Chile
e Argentina. Fica a 80 km de Bariloche, o passeio até lá dura o dia inteiro e é lindo. A
neve é eterna em cima do Tronador, e, muitas vezes, pegamos neve na base dele.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 3
Passo 2 – O que devo
vestir em Bariloche?
Uma dúvida que angustia os brasileiros que vão para Bariloche é: o que vestir? Eu
entendo essa dúvida, principalmente porque vivemos num país tropical e a grande
maioria dos brasileiros não tem noção do que é pegar tanto frio. Por isso, sempre
procuro responder bem direitinho a essa questão, e, tenho certeza, você vai se
tranquilizar.
Para decidir qual roupa levar (ou alugar), você tem que saber em que estação irá.
Se você for no inverno, e for a época de neve, você deve usar força máxima. Para brincar
na neve, não adianta colocar calça comprida ou a bota que você usa aqui no Brasil. Se
você for passar o dia numa estação de esqui, mesmo que não vá esquiar, vai querer
escorregar, rolar, fazer boneco de neve, etc. Então eu digo: providencie roupas, luvas e
sapatos especiais. Eles TÊM QUE SER IMPERMEÁVEIS.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 4
Caso contrário, a brincadeira acaba em meia hora, quando você está congelando porque
está todo molhado. Nem adianta colocar meia calça por baixo da calça jeans, acaba tudo
ficando molhado. Não adianta colocar duas meias embaixo da sua bota: se o sapato não
for impermeável, a água vai entrar. E a diversão acaba aí. Para as crianças é ainda pior,
que vão ficar com péssimas lembranças da neve.
Seja no centro de Bariloche, seja na Av. Pioneros, seja no caminho para o Cerro Catedral,
ou nas próprias estações de esqui, em cada lugar para onde você olhe em Bariloche tem
lojas de aluguel de roupa de neve, na época do inverno.
Geralmente, essas lojas alugam por peça, ou seja, calça, casaco, luva, bota, macacão. Mas
também alugam o “equipo completo”, quando você precisa de tudo. Você pode alugar por
diária e também pela semana ou vários dias, garimpando um desconto que eles sempre
dão quando aluga por um certo tempo. Lembre-se que alugar roupa demanda um bom
tempo na loja, pelo menos meia hora (se a família for grande, pode durar uma hora) e
você não vai querer passar por isso todo dia, né? Então alugue uma vez só, pegue o
desconto e pronto.
É superimportante alugar também a bota. Já vi gente andando de bota de salto na
montanha nevada (!!!). Bota de couro que não seja impermeável não resolve nada se
você for brincar na neve. Ela também deixa passar água. Investir em meias e luvas boas
também é legal, mesmo se for só para alugar. Quando as extremidades ficam congeladas,
a diversão acaba, lembre-se disso.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 5
Luvas = guantes
Calça = pantalón
Bota = é bota
mesmo!
Casaco = campera
Macacão = enterito
Meia = media
Cachecol = bufanda
Gorro = é gorro
mesmo
óculos de sol =
anteojos de sol
Agora, para andar na cidade, não precisa de roupa de neve. Imagina ir jantar num
restaurante legal com aquelas roupas alugadas? É bom ter um casaco próprio para esses
momentos, e colocar por baixo da calça uma meia-calça (ou calça térmica), uma camisa
segunda pele embaixo de tudo, gorro, cachecol e luva. Isso porque as temperaturas
baixíssimas do inverno (que podem chegar perfeitamente a 15 graus negativos) ficam
somadas ao vento cortante que vem do Lago Nahuel Huapi.
Prepare-se bem com antecedência! Nas lojas de departamento no Brasil, como Renner,
C&A e Zara, há algumas boas opções para comprar casacos, geralmente de maio a julho.
E lá mesmo, em Bariloche e Villa, há várias lojas onde você pode se abastecer dos
melhores casacos para aguentar o frio. Mas da última vez em que estive lá (julho de
2016) os preços estavam muito altos, mais caros do que no Brasil, então sugiro que você
já chegue em Bariloche com seu casaco comprado. Além do mais, o aeroporto de
Bariloche não tem nenhuma loja de roupa, ou seja, se você não estiver paramentado, vai
chegar congelando.
Lembre-se de ter um casaco mais leve, tipo polar, para colocar por baixo do casacão
quando o frio apertar. Leve botas baixas e sapatos fechados, nem coloque rasteira e
sandália na mala, só vai ocupar espaço.
Nas demais estações, sempre é importante levar um casaco bom para lá (não precisa ser
força total, mas um casaco bom), mesmo no verão, no caso de bater uma frente fria.
Dê uma olhada nesse vídeo para ver como é Bariloche nas quatro estações do ano
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 6
Passo 3 – Ficar no centro
ou na beira do lago?
Os turistas que pretendem ir a Bariloche sempre têm essa dúvida. A menos que você vá
de pacote fechado (daí você não tem tanta liberdade para escolher o hotel) é uma coisa a
se considerar: fico no centro e aproveito a facilidade de andar por lojinhas e
restaurantes? Ou fico na Av. Bustillo, na beira do lago, mais distante mas muito mais
charmosa?
O ponto de referência do centro de Bariloche é o Centro Cívico, uma praça com
características arquitetônicas emprestadas de regiões montanhosas da Europa. Nessa
praça ficam sequóias gigantescas e edifícios governamentais como os correios, a polícia
local, o museu da Patagônia (que é excelente e vale a visita) e a prefeitura. Ficam
espalhados pela praça diversos cães São Bernardo e seus donos que cobram para você
tirar foto com eles. É o ponto turístico mais comum do centro de Bariloche.
A partir do Centro Cívico seguem as principais ruas de Bariloche, como a Calle Mitre,
onde ficam as principais lojas e restaurantes.
Agora, se algum endereço de Bariloche está escrito “Av. Bustillo”, você já não está no
centro. A Avenida Bustillo sai do centro de Bariloche e margeia o Lago Nahuel Huapi por
25 km até o icônico Hotel Llao Llao. É na Av. Bustillo que ficam os hotéis mais
agradáveis, chiques e confortáveis de Bariloche, as famosas cabanas e bungalows. Nessa
avenida também há muitos restaurantes, mas é preciso carro (ou transporte público)
para acessá-los. A numeração da Avenida Bustillo varia de acordo com a distância do
centro de Bariloche. Assim, um endereço na Av. Bustillo, 4000 fica a 4 mil metros, ou 4
km do centro e assim por diante.
A Avenida de los Pioneros segue o mesmo sentido da Bustillo, mas não margeia o lago.
Ela segue beirando as montanhas. Também tem muitos hotéis, mas não são tão
charmosos quantos os da Bustillo. Ao final da Pioneros, há o entroncamento para a
estrada para o Cerro Catedral, a estação de esqui de Bariloche.
Bom, a decisão de onde se hospedar continua ficando com você e suas prioridades né?
Mas pelo menos agora você tem elementos para tomar essa decisão. A minha opinião? Já
fiquei no centro e já fiquei em cabanas na Av. Bustillo. E não me arrependo de nenhuma
vez. Como eu falei, depende da sua prioridade na hora. A praticidade do centro ou o
charme da Bustillo? Você decide.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 7
Passo 4 – Alugar carro?
Andar de excursão?
Muitas pessoas ficam na dúvida e receosas se alugam um carro em Bariloche,
principalmente no inverno e a possibilidade (real) de dirigir na neve.
No meu caso, eu prefiro ter a liberdade de conhecer as coisas do meu jeito, no meu
ritmo, por isso sempre alugo um carro em Bariloche. No centro, há centenas de opções
de agências de aluguel de carro (alquiler de auto), mas sei que a maioria das pessoas
prefere o conforto de uma excursão, onde não é preciso se preocupar com nada, a não
ser obedecer ao horário de saída de manhã.
Para fazer os passeios por conta própria, existem várias locadoras de carro em
Bariloche. Se for em alta temporada, é bom já alugar antes de ir, pesquise preços neste
site.
Se for alugar um carro no inverno você deve ficar ligado. Quando há gelo na pista, o
carro simplesmente desliza e não responde a nenhum comando. Os donos das locadoras
te ensinam a colocar correntes no carro, mas eu fico insegura e nem sei quando devo
colocar. Se estiver com medo, deixe o carro em casa e não dirija. Confira o vídeo da
última nevasca que pegamos em julho.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 8
Se você prefere ir por agências, também existem várias opções no centro de Bariloche.
Aqui você pode ver uma lista completa de agências de todos os tipos.
Eu recomendo a Mirador Patagônico, cujo dono, o Jorge é um cara superlegal e oferece
bons preços e o diferencial da conversa boa.
Você também pode conversar com a Sabrina Poinho, do Bariloche para Brasileiros. Ela
trabalha com agência de turismo e organiza uns passeios bem legais. Aqui tem vídeo de
um passeio de caminhada noturna na neve que fiz pela agência dela e que foi
sensacional.
Se você optar por transporte público, existem duas empresas de transporte urbano em
Bariloche. Eles não aceitam dinheiro nos ônibus, tem que ter um cartão que pode ser
adquirido em alguns kioscos (lojinhas de conveniência espalhadas pela cidade) e nos
escritórios das empresas. As tarifas variam de $6 a $15 pesos, dependendo da distância.
No site oficial da cidade há informações sobre todas a linhas de ônibus.
Aqui também você consegue ver essas informações.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 9
Passo 5 – Quantos dias
ficar?
Essa é uma pergunta que sempre depende muito da época do ano e das suas
prioridades. Mas digo que, se você gosta de esquiar e for no inverno, vai querer esquiar
mais de um dia, reserve pelo menos uma semana para Bariloche, para poder curtir
alguns dias de estação de esqui.
Se você não curte esquiar tanto assim, eu recomendaria cinco dias em Bariloche no
inverno. Se puder ficar mais tempo, tipo duas semanas, eu sugiro que passe uma semana
em Bariloche e na outra fique hospedado nas cidades próximas a Bariloche, tão e até
mais interessantes. Sugiro a minha queridinha Villa la Angostura (a 80 km de Bariloche
e que também tem estação de esqui) e a charmosa San Martin de Los Andes (a 190 km
de Bariloche, também com estação de esqui). Essas cidades merecem muito mais do que
o bate-e-volta sugerido pelas agências de turismo.
Se você for em outras épocas fora do inverno, é possível até mesmo fazer mais passeios
do que no inverno. Isso porque, com a temperatura mais amena, é mais fácil curtir o dia
e todas as possibilidades de passeios ao ar livre em Bariloche.
Por todas essas nuances, te digo para não passar menos do que 5 dias em Bariloche. A
viagem é muito longa (voo até Buenos Aires e depois outro voo para Bariloche) e não
vale a pena. Além disso, se você passar menos de 5 dias, vai ficar com gostinho de “quero
mais”.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 10
Passo 6 – Que moeda
usar?
Em Bariloche, o real e o dólar são moedas aceitas em quase todos os estabelecimentos.
Com essa facilidade, às vezes é até melhor levar reais para trocar. E muitas vezes, nem
precisa ir nas casas de câmbio de Bariloche.
Você tem que observar se o câmbio nas casas de câmbio oficiais estão melhores do que
nas lojas. Se nas lojas ou nos restaurantes o câmbio estiver melhor, use real para pagar e
pegue o troco em pesos. Aí você fica com pesos para usar em camelôs e outros lugares
que não aceitem reais.
Agora em julho de 2016, um real valia uns 3,5 pesos. E um dólar valia uns 14 pesos. Ou
seja, é sempre legal levar dólares e reais para trocar. Um conselho? Não troque real por
peso no Brasil, a conversão de moedas é terrível.
Atenção: em Bariloche, você vai encontrar várias pessoas na rua dizendo que fazem
câmbio. Fuja deles. Você não tem nenhuma garantia de que as notas sejam verdadeiras.
E é sempre perigoso alimentar esse comércio ilegal.
Na Argentina, com os problemas históricos na economia, eles valorizam muito o
dinheiro vivo (en efectivo). Eles dão descontos muito bons quando você paga em
dinheiro, às vezes até mais do que 10%. Juntando a taxa de IOF que você não irá pagar
por não utilizar um cartão de crédito, dá para fazer uma bela economia pagando em
efectivo.
É bom salientar que a maior cédula de peso argentino existente até julho de 2016 era de
100 pesos, algo perto de 25 reais. Ou seja, você já imaginou a montanha de dinheiro que
você vai ter que guardar e carregar ao trocar 100 dólares, por exemplo? Pelo menos
QUINZE notas de 100 pesos. É muita coisa, né?
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 11
Passo 7 – E quando não
tem neve?
Eu já sei que a maioria das pessoas escolhe Bariloche para ver e aproveitar a neve.
Entendo se esse for o seu propósito, afinal, é muito mais prático e barato aproveitar a
neve num país vizinho do que ir para Estados Unidos ou Europa. Mas aqui você vai saber
que Bariloche é um destino ótimo também nas outras estações. E te digo uma coisa: no
verão, Bariloche é ainda mais procurada do que no inverno. Pode acreditar!
Isso mesmo, a altíssima temporada do verão ocorre em janeiro, quando as temperaturas
chegam a 30 graus e as diversas praias ficam lotadas. Eu já fui algumas vezes no verão e
confirmo que é uma época maravilhosa também. Os argentinos e chilenos aproveitam as
praias do lago Nahuel Huapi como nós aproveitamos as nossas praias no Brasil, levando
isopor com comidas e bebidas, sentando em cangas e tomando sol. Alugam caiaques,
stand-up paddle e curtem as águas geladas do lago.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 12
Além disso, é uma época ótima para fazer trekking nas maravilhosas montanhas, fazer
rafting nos rios ali perto, andar a cavalo, velejar no Nahuel Huapi ou pedalar. Coisas que
não podem ser feitas no inverno.
Mas fique ligado: mesmo no verão, estamos falando de patagônia. Então, sempre leve
um casaco bom, porque você pode pegar uma frente fria. Uma vez, passei o período do
Natal em Bariloche e peguei 5 graus a semana toda. Ou seja, sua mala tem que ter roupa
de praia, botas e casacos. Tudo junto e misturado. Além disso, à noite a temperatura
sempre cai, podendo chegar fácil aos 15 ou 10 graus no verão.
Outra coisa que me agrada muito no verão é que o dia termina só lá para as 10h da noite.
Podemos aproveitar o sol por muito mais tempo.
Confira aqui as médias de temperatura e chuva de Bariloche.
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 13
É o fim?
Não, chegamos somente no começo. Esses são apenas os sete passos para PLANEJAR sua
viagem a Bariloche. Aqui, você viu que a neve não está presente todos os meses do ano, e
se você realmente quiser aproveitar a neve, vai ter que se planejar. Neste e-book você
percebeu também que as roupas são parte superimportante para sua viagem dar certo.
Outro ponto importante que você descobriu com essas dicas é onde se hospedar: no
centro de Bariloche ou na beira do lago? Dirigir em Bariloche ou contratar passeios?
Essa foi outra questão abordada neste e-book. Por fim, quantos dias passar em
Bariloche? Levar dinheiro? Aproveitar o verão? Suas dúvidas iniciais já foram
respondidas neste e-book, eu espero.
E agora, o que vem?
Espero que com esses sete passos de planejamento, sua viagem já comece a sair do
papel. Te falei que já estive em Bariloche nove vezes, né? Pois no final do ano de 2015,
quando eu “só” tinha ido OITO vezes, compilei todo meu conhecimento sobre Bariloche
no Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura. Villa la Angostura é uma cidadezinha
supercharmosa a 80 km de Bariloche que também vale muito conhecer a fundo.
Nesse guia, eu dou várias dicas, que vão além do planejamento que você viu aqui.
No Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura, há informações sobre:
• As estações de esqui Cerro Catedral (em Bariloche) e Cerro Bayo (em Villa la
Angostura) .
• Onde se hospedar e onde comer nas duas cidades, com dicas de estabelecimentos que
realmente conheço.
• Outros passeios como o Circuito Chico, Cerro Tronador, Colonia
Suiza, San Martin de Los Andes, Rota dos 7 Lagos.
• Passeio de barco e de veleiro pelo lago Nahuel Huapi.
• Vinho, chocolate, carne e cervejas artesanais nas duas cidades.
• Pedalando, cavalgando e fazendo trekking em Villa la Angostura.
• Bariloche e Villa la Angostura no verão
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 14
O Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura tem duas versões, a impressa e a
versão digital. Você pode ver todas as informações em na página do Guia de Bariloche
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 15
Agradecida!
Espero ter correspondido às suas dúvidas com esse e-book. Se ainda restaram
questionamentos, você está convidadíssimo a me enviar e-mail com suas dúvidas. Terei
o maior prazer em responder no que eu puder. adriana@atravessarfronteiras.com.br
É uma alegria mostrar essa cidade adorável a pessoas que querem aproveitar o mundo
como você!
Bariloche: 7 passos para preparar uma
viagem inesquecível 16
A jornalista Adriana Magalhães viaja muito, desde o século passado, quando não tinha
um tostão. Afinal de contas, falta de dinheiro nunca foi motivo para não viajar. Com o
tempo, o dinheiro foi entrando, as viagens foram sendo mais numerosas, e ela resolveu
compartilhar suas experiências no blog Atravessar Fronteiras. O projeto começou em
2009 como um diário de bordo, em que contava suas experiências, além de responder às
dúvidas de parentes e amigos.
O tempo passou, o projeto foi crescendo, os posts ficaram mais informativos mas não
menos pessoais. O interessante para ela é colocar a sua própria visão nas matérias,
mostrar mesmo como cada lugar causou impacto em sua vida, e não apenas rechear os
posts com dados que podem ser encontrados em qualquer lugar.
Você também é apaixonado por viagens? Então faça uma visita ao blog!

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  • 2. Prazer em conhecer Muito prazer. Eu sou Adriana Magalhães, do blog Atravessar Fronteiras. Posso dizer que sou uma viajante nata. Desde criança, tenho prazer de conhecer novos lugares, ter novas experiências, vivenciar novos costumes, curtir novas paisagens e escutar falas diferentes. Viajo muito e relato todas as experiências no meu blog Atravessar Fronteiras. Mas, dentre todas essas dezenas de viagens, um lugar fisgou o meu coração. Desde que pisei meu pé pela primeira vez em Bariloche, na patagônia Argentina, eu soube que tinha me apaixonado. Daquela primeira vez em 2003 até agora, 2016, já estive NOVE vezes em Bariloche. Pode acreditar, não estou mentindo. Já fui nas quatro estações do ano, conheço quase todas as nuances de Bariloche. Tanta experiência em Bariloche me levou a escrever vários posts sobre o lugar no blog Atravessar Fronteiras. E nesses posts, recebi centenas de perguntas de pessoas interessadas em também conhecer um lugar tão maravilhoso. Foram tantas as perguntas, algumas bem parecidas, que resolvi compilar tudo num lugar só. E surgiu esse e-book: “Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível”. Aqui você vai ter suas dúvidas respondidas: Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 2 • Qual é a melhor época para ver a neve? • Qual roupa devo levar? • Melhor ficar hospedado no centro ou na beira do lago? • Quantos dias devo ficar em Bariloche? • Como trocar dinheiro em Bariloche? • Vale a pena ir no verão? • Devo alugar carro ou contratar passeios? Será que você também tem essas dúvidas? Então está no lugar certo. Continue aqui e boa leitura!
  • 3. Passo 1 – Eu vou ver a neve? Já começo este e-book respondendo à pergunta que mais recebo sobre Bariloche. Eu vou ver a neve? As pessoas me dizem: “vou em maio, vou em agosto, vou em dezembro, mas quero ver a neve!” Gente, vamos com calma. Bariloche fica na Patagônia argentina. Fica no hemisfério sul, assim como o Brasil. Ou seja, as estações do ano em Bariloche coincidem com as nossas. O inverno vai de junho a setembro, assim como acontece no Brasil. Mas mesmo que o inverno comece oficialmente em 20 de junho, essa época ainda não é garantia para a neve. As estações de esqui em Bariloche costumam abrir em meados de julho, a última semana de julho é mais garantia de neve pesada. Por exemplo, agora em 2016, chegamos em 18 de julho em Bariloche, já pegamos tudo nevado nas montanhas e ainda pegamos nevascas fortes na cidade no dia 22 de julho. Mas as pessoas que foram um pouco antes, na primeira semana de julho, tiveram que penar e fazer muita “dança da neve” para ver um pouquinho de neve. Partimos do pressuposto que o tempo é imprevisível. Mas uma coisa é quase sempre certa: final de julho, o mês de agosto inteiro e o início de setembro é o período ideal para ter neve a ponto de estações de esqui abrirem. Mas provavelmente a partir de maio já haverá neve nas montanhas, suficiente para você matar sua vontade de fazer guerra de bola de neve ou fazer um boneco de neve. E em novembro você pode ter a sorte de presenciar uma nevezinha, já aconteceu comigo, apesar de ser improvável. Como são apenas probabilidades, eu sempre costumo verificar as webcams localizadas na montanha e no centro de Bariloche. Assim dá para ver o tanto de neve que acumulou nos últimos dias. Faça isso também nos dias anteriores à sua viagem. Sugiro o site: Agora se você for em outro período do ano e quiser MESMO ver a neve, mesmo que de longe, sugiro um passeio ao Cerro Tronador, a montanha mais alta da região. Na verdade, o Tronador é um vulcão, de altura de 3.554m, exatamente na divisa entre Chile e Argentina. Fica a 80 km de Bariloche, o passeio até lá dura o dia inteiro e é lindo. A neve é eterna em cima do Tronador, e, muitas vezes, pegamos neve na base dele. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 3
  • 4. Passo 2 – O que devo vestir em Bariloche? Uma dúvida que angustia os brasileiros que vão para Bariloche é: o que vestir? Eu entendo essa dúvida, principalmente porque vivemos num país tropical e a grande maioria dos brasileiros não tem noção do que é pegar tanto frio. Por isso, sempre procuro responder bem direitinho a essa questão, e, tenho certeza, você vai se tranquilizar. Para decidir qual roupa levar (ou alugar), você tem que saber em que estação irá. Se você for no inverno, e for a época de neve, você deve usar força máxima. Para brincar na neve, não adianta colocar calça comprida ou a bota que você usa aqui no Brasil. Se você for passar o dia numa estação de esqui, mesmo que não vá esquiar, vai querer escorregar, rolar, fazer boneco de neve, etc. Então eu digo: providencie roupas, luvas e sapatos especiais. Eles TÊM QUE SER IMPERMEÁVEIS. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 4 Caso contrário, a brincadeira acaba em meia hora, quando você está congelando porque está todo molhado. Nem adianta colocar meia calça por baixo da calça jeans, acaba tudo ficando molhado. Não adianta colocar duas meias embaixo da sua bota: se o sapato não for impermeável, a água vai entrar. E a diversão acaba aí. Para as crianças é ainda pior, que vão ficar com péssimas lembranças da neve.
  • 5. Seja no centro de Bariloche, seja na Av. Pioneros, seja no caminho para o Cerro Catedral, ou nas próprias estações de esqui, em cada lugar para onde você olhe em Bariloche tem lojas de aluguel de roupa de neve, na época do inverno. Geralmente, essas lojas alugam por peça, ou seja, calça, casaco, luva, bota, macacão. Mas também alugam o “equipo completo”, quando você precisa de tudo. Você pode alugar por diária e também pela semana ou vários dias, garimpando um desconto que eles sempre dão quando aluga por um certo tempo. Lembre-se que alugar roupa demanda um bom tempo na loja, pelo menos meia hora (se a família for grande, pode durar uma hora) e você não vai querer passar por isso todo dia, né? Então alugue uma vez só, pegue o desconto e pronto. É superimportante alugar também a bota. Já vi gente andando de bota de salto na montanha nevada (!!!). Bota de couro que não seja impermeável não resolve nada se você for brincar na neve. Ela também deixa passar água. Investir em meias e luvas boas também é legal, mesmo se for só para alugar. Quando as extremidades ficam congeladas, a diversão acaba, lembre-se disso. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 5 Luvas = guantes Calça = pantalón Bota = é bota mesmo! Casaco = campera Macacão = enterito Meia = media Cachecol = bufanda Gorro = é gorro mesmo óculos de sol = anteojos de sol
  • 6. Agora, para andar na cidade, não precisa de roupa de neve. Imagina ir jantar num restaurante legal com aquelas roupas alugadas? É bom ter um casaco próprio para esses momentos, e colocar por baixo da calça uma meia-calça (ou calça térmica), uma camisa segunda pele embaixo de tudo, gorro, cachecol e luva. Isso porque as temperaturas baixíssimas do inverno (que podem chegar perfeitamente a 15 graus negativos) ficam somadas ao vento cortante que vem do Lago Nahuel Huapi. Prepare-se bem com antecedência! Nas lojas de departamento no Brasil, como Renner, C&A e Zara, há algumas boas opções para comprar casacos, geralmente de maio a julho. E lá mesmo, em Bariloche e Villa, há várias lojas onde você pode se abastecer dos melhores casacos para aguentar o frio. Mas da última vez em que estive lá (julho de 2016) os preços estavam muito altos, mais caros do que no Brasil, então sugiro que você já chegue em Bariloche com seu casaco comprado. Além do mais, o aeroporto de Bariloche não tem nenhuma loja de roupa, ou seja, se você não estiver paramentado, vai chegar congelando. Lembre-se de ter um casaco mais leve, tipo polar, para colocar por baixo do casacão quando o frio apertar. Leve botas baixas e sapatos fechados, nem coloque rasteira e sandália na mala, só vai ocupar espaço. Nas demais estações, sempre é importante levar um casaco bom para lá (não precisa ser força total, mas um casaco bom), mesmo no verão, no caso de bater uma frente fria. Dê uma olhada nesse vídeo para ver como é Bariloche nas quatro estações do ano Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 6
  • 7. Passo 3 – Ficar no centro ou na beira do lago? Os turistas que pretendem ir a Bariloche sempre têm essa dúvida. A menos que você vá de pacote fechado (daí você não tem tanta liberdade para escolher o hotel) é uma coisa a se considerar: fico no centro e aproveito a facilidade de andar por lojinhas e restaurantes? Ou fico na Av. Bustillo, na beira do lago, mais distante mas muito mais charmosa? O ponto de referência do centro de Bariloche é o Centro Cívico, uma praça com características arquitetônicas emprestadas de regiões montanhosas da Europa. Nessa praça ficam sequóias gigantescas e edifícios governamentais como os correios, a polícia local, o museu da Patagônia (que é excelente e vale a visita) e a prefeitura. Ficam espalhados pela praça diversos cães São Bernardo e seus donos que cobram para você tirar foto com eles. É o ponto turístico mais comum do centro de Bariloche. A partir do Centro Cívico seguem as principais ruas de Bariloche, como a Calle Mitre, onde ficam as principais lojas e restaurantes. Agora, se algum endereço de Bariloche está escrito “Av. Bustillo”, você já não está no centro. A Avenida Bustillo sai do centro de Bariloche e margeia o Lago Nahuel Huapi por 25 km até o icônico Hotel Llao Llao. É na Av. Bustillo que ficam os hotéis mais agradáveis, chiques e confortáveis de Bariloche, as famosas cabanas e bungalows. Nessa avenida também há muitos restaurantes, mas é preciso carro (ou transporte público) para acessá-los. A numeração da Avenida Bustillo varia de acordo com a distância do centro de Bariloche. Assim, um endereço na Av. Bustillo, 4000 fica a 4 mil metros, ou 4 km do centro e assim por diante. A Avenida de los Pioneros segue o mesmo sentido da Bustillo, mas não margeia o lago. Ela segue beirando as montanhas. Também tem muitos hotéis, mas não são tão charmosos quantos os da Bustillo. Ao final da Pioneros, há o entroncamento para a estrada para o Cerro Catedral, a estação de esqui de Bariloche. Bom, a decisão de onde se hospedar continua ficando com você e suas prioridades né? Mas pelo menos agora você tem elementos para tomar essa decisão. A minha opinião? Já fiquei no centro e já fiquei em cabanas na Av. Bustillo. E não me arrependo de nenhuma vez. Como eu falei, depende da sua prioridade na hora. A praticidade do centro ou o charme da Bustillo? Você decide. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 7
  • 8. Passo 4 – Alugar carro? Andar de excursão? Muitas pessoas ficam na dúvida e receosas se alugam um carro em Bariloche, principalmente no inverno e a possibilidade (real) de dirigir na neve. No meu caso, eu prefiro ter a liberdade de conhecer as coisas do meu jeito, no meu ritmo, por isso sempre alugo um carro em Bariloche. No centro, há centenas de opções de agências de aluguel de carro (alquiler de auto), mas sei que a maioria das pessoas prefere o conforto de uma excursão, onde não é preciso se preocupar com nada, a não ser obedecer ao horário de saída de manhã. Para fazer os passeios por conta própria, existem várias locadoras de carro em Bariloche. Se for em alta temporada, é bom já alugar antes de ir, pesquise preços neste site. Se for alugar um carro no inverno você deve ficar ligado. Quando há gelo na pista, o carro simplesmente desliza e não responde a nenhum comando. Os donos das locadoras te ensinam a colocar correntes no carro, mas eu fico insegura e nem sei quando devo colocar. Se estiver com medo, deixe o carro em casa e não dirija. Confira o vídeo da última nevasca que pegamos em julho. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 8
  • 9. Se você prefere ir por agências, também existem várias opções no centro de Bariloche. Aqui você pode ver uma lista completa de agências de todos os tipos. Eu recomendo a Mirador Patagônico, cujo dono, o Jorge é um cara superlegal e oferece bons preços e o diferencial da conversa boa. Você também pode conversar com a Sabrina Poinho, do Bariloche para Brasileiros. Ela trabalha com agência de turismo e organiza uns passeios bem legais. Aqui tem vídeo de um passeio de caminhada noturna na neve que fiz pela agência dela e que foi sensacional. Se você optar por transporte público, existem duas empresas de transporte urbano em Bariloche. Eles não aceitam dinheiro nos ônibus, tem que ter um cartão que pode ser adquirido em alguns kioscos (lojinhas de conveniência espalhadas pela cidade) e nos escritórios das empresas. As tarifas variam de $6 a $15 pesos, dependendo da distância. No site oficial da cidade há informações sobre todas a linhas de ônibus. Aqui também você consegue ver essas informações. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 9
  • 10. Passo 5 – Quantos dias ficar? Essa é uma pergunta que sempre depende muito da época do ano e das suas prioridades. Mas digo que, se você gosta de esquiar e for no inverno, vai querer esquiar mais de um dia, reserve pelo menos uma semana para Bariloche, para poder curtir alguns dias de estação de esqui. Se você não curte esquiar tanto assim, eu recomendaria cinco dias em Bariloche no inverno. Se puder ficar mais tempo, tipo duas semanas, eu sugiro que passe uma semana em Bariloche e na outra fique hospedado nas cidades próximas a Bariloche, tão e até mais interessantes. Sugiro a minha queridinha Villa la Angostura (a 80 km de Bariloche e que também tem estação de esqui) e a charmosa San Martin de Los Andes (a 190 km de Bariloche, também com estação de esqui). Essas cidades merecem muito mais do que o bate-e-volta sugerido pelas agências de turismo. Se você for em outras épocas fora do inverno, é possível até mesmo fazer mais passeios do que no inverno. Isso porque, com a temperatura mais amena, é mais fácil curtir o dia e todas as possibilidades de passeios ao ar livre em Bariloche. Por todas essas nuances, te digo para não passar menos do que 5 dias em Bariloche. A viagem é muito longa (voo até Buenos Aires e depois outro voo para Bariloche) e não vale a pena. Além disso, se você passar menos de 5 dias, vai ficar com gostinho de “quero mais”. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 10
  • 11. Passo 6 – Que moeda usar? Em Bariloche, o real e o dólar são moedas aceitas em quase todos os estabelecimentos. Com essa facilidade, às vezes é até melhor levar reais para trocar. E muitas vezes, nem precisa ir nas casas de câmbio de Bariloche. Você tem que observar se o câmbio nas casas de câmbio oficiais estão melhores do que nas lojas. Se nas lojas ou nos restaurantes o câmbio estiver melhor, use real para pagar e pegue o troco em pesos. Aí você fica com pesos para usar em camelôs e outros lugares que não aceitem reais. Agora em julho de 2016, um real valia uns 3,5 pesos. E um dólar valia uns 14 pesos. Ou seja, é sempre legal levar dólares e reais para trocar. Um conselho? Não troque real por peso no Brasil, a conversão de moedas é terrível. Atenção: em Bariloche, você vai encontrar várias pessoas na rua dizendo que fazem câmbio. Fuja deles. Você não tem nenhuma garantia de que as notas sejam verdadeiras. E é sempre perigoso alimentar esse comércio ilegal. Na Argentina, com os problemas históricos na economia, eles valorizam muito o dinheiro vivo (en efectivo). Eles dão descontos muito bons quando você paga em dinheiro, às vezes até mais do que 10%. Juntando a taxa de IOF que você não irá pagar por não utilizar um cartão de crédito, dá para fazer uma bela economia pagando em efectivo. É bom salientar que a maior cédula de peso argentino existente até julho de 2016 era de 100 pesos, algo perto de 25 reais. Ou seja, você já imaginou a montanha de dinheiro que você vai ter que guardar e carregar ao trocar 100 dólares, por exemplo? Pelo menos QUINZE notas de 100 pesos. É muita coisa, né? Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 11
  • 12. Passo 7 – E quando não tem neve? Eu já sei que a maioria das pessoas escolhe Bariloche para ver e aproveitar a neve. Entendo se esse for o seu propósito, afinal, é muito mais prático e barato aproveitar a neve num país vizinho do que ir para Estados Unidos ou Europa. Mas aqui você vai saber que Bariloche é um destino ótimo também nas outras estações. E te digo uma coisa: no verão, Bariloche é ainda mais procurada do que no inverno. Pode acreditar! Isso mesmo, a altíssima temporada do verão ocorre em janeiro, quando as temperaturas chegam a 30 graus e as diversas praias ficam lotadas. Eu já fui algumas vezes no verão e confirmo que é uma época maravilhosa também. Os argentinos e chilenos aproveitam as praias do lago Nahuel Huapi como nós aproveitamos as nossas praias no Brasil, levando isopor com comidas e bebidas, sentando em cangas e tomando sol. Alugam caiaques, stand-up paddle e curtem as águas geladas do lago. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 12
  • 13. Além disso, é uma época ótima para fazer trekking nas maravilhosas montanhas, fazer rafting nos rios ali perto, andar a cavalo, velejar no Nahuel Huapi ou pedalar. Coisas que não podem ser feitas no inverno. Mas fique ligado: mesmo no verão, estamos falando de patagônia. Então, sempre leve um casaco bom, porque você pode pegar uma frente fria. Uma vez, passei o período do Natal em Bariloche e peguei 5 graus a semana toda. Ou seja, sua mala tem que ter roupa de praia, botas e casacos. Tudo junto e misturado. Além disso, à noite a temperatura sempre cai, podendo chegar fácil aos 15 ou 10 graus no verão. Outra coisa que me agrada muito no verão é que o dia termina só lá para as 10h da noite. Podemos aproveitar o sol por muito mais tempo. Confira aqui as médias de temperatura e chuva de Bariloche. Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 13
  • 14. É o fim? Não, chegamos somente no começo. Esses são apenas os sete passos para PLANEJAR sua viagem a Bariloche. Aqui, você viu que a neve não está presente todos os meses do ano, e se você realmente quiser aproveitar a neve, vai ter que se planejar. Neste e-book você percebeu também que as roupas são parte superimportante para sua viagem dar certo. Outro ponto importante que você descobriu com essas dicas é onde se hospedar: no centro de Bariloche ou na beira do lago? Dirigir em Bariloche ou contratar passeios? Essa foi outra questão abordada neste e-book. Por fim, quantos dias passar em Bariloche? Levar dinheiro? Aproveitar o verão? Suas dúvidas iniciais já foram respondidas neste e-book, eu espero. E agora, o que vem? Espero que com esses sete passos de planejamento, sua viagem já comece a sair do papel. Te falei que já estive em Bariloche nove vezes, né? Pois no final do ano de 2015, quando eu “só” tinha ido OITO vezes, compilei todo meu conhecimento sobre Bariloche no Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura. Villa la Angostura é uma cidadezinha supercharmosa a 80 km de Bariloche que também vale muito conhecer a fundo. Nesse guia, eu dou várias dicas, que vão além do planejamento que você viu aqui. No Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura, há informações sobre: • As estações de esqui Cerro Catedral (em Bariloche) e Cerro Bayo (em Villa la Angostura) . • Onde se hospedar e onde comer nas duas cidades, com dicas de estabelecimentos que realmente conheço. • Outros passeios como o Circuito Chico, Cerro Tronador, Colonia Suiza, San Martin de Los Andes, Rota dos 7 Lagos. • Passeio de barco e de veleiro pelo lago Nahuel Huapi. • Vinho, chocolate, carne e cervejas artesanais nas duas cidades. • Pedalando, cavalgando e fazendo trekking em Villa la Angostura. • Bariloche e Villa la Angostura no verão Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 14
  • 15. O Guia Essencial de Bariloche e Villa la Angostura tem duas versões, a impressa e a versão digital. Você pode ver todas as informações em na página do Guia de Bariloche Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 15
  • 16. Agradecida! Espero ter correspondido às suas dúvidas com esse e-book. Se ainda restaram questionamentos, você está convidadíssimo a me enviar e-mail com suas dúvidas. Terei o maior prazer em responder no que eu puder. adriana@atravessarfronteiras.com.br É uma alegria mostrar essa cidade adorável a pessoas que querem aproveitar o mundo como você! Bariloche: 7 passos para preparar uma viagem inesquecível 16 A jornalista Adriana Magalhães viaja muito, desde o século passado, quando não tinha um tostão. Afinal de contas, falta de dinheiro nunca foi motivo para não viajar. Com o tempo, o dinheiro foi entrando, as viagens foram sendo mais numerosas, e ela resolveu compartilhar suas experiências no blog Atravessar Fronteiras. O projeto começou em 2009 como um diário de bordo, em que contava suas experiências, além de responder às dúvidas de parentes e amigos. O tempo passou, o projeto foi crescendo, os posts ficaram mais informativos mas não menos pessoais. O interessante para ela é colocar a sua própria visão nas matérias, mostrar mesmo como cada lugar causou impacto em sua vida, e não apenas rechear os posts com dados que podem ser encontrados em qualquer lugar. Você também é apaixonado por viagens? Então faça uma visita ao blog!