SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  35
LUIZ AGNER




PALESTRA




A leitura e suas práticas

Programa Avançado de Cultura Contemporânea - PACC
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
2013
A leitura
   A leitura não é
    uma invariável
    sociológica, sem
    historicidade.

   Homens e
    mulheres não
    leram sempre da
    mesma forma.
A leitura
   Diversos modelos
    governaram suas
    práticas.

   Revoluções
    modificaram seus
    gestos e hábitos.
A leitura
   A leitura é uma prática social
    encarnada em gestos, espaços e
    hábitos.
   É preciso identificar as
    modalidades concretas de leitura,
    as comunidades de leitores, as
    tradições de leitura, as maneiras
    de ler.
Formas materiais
   A pedra
   A tabuleta
   O papiro
   O pergaminho
   O códice
   O livro
   O jornal
   O computador
   O tablet
Onde tudo começou
   Chegada à Mesopotâmia
    por volta de 3300 a.C, a
    Suméria é a mais antiga
    civilização.

   No sul da Mesopotâmia,
    entre os rios Tigre e
    Eufrates (área que hoje
    corresponde ao sul do
    Iraque) floresceram        Suméria
    cidades-Estado.
Invenção: os sumérios

           A invenção da escrita produziu
            uma revolução intelectual.
           Tabuletas eram de argila
            (material abundante) e os
            estiletes, de junco.
           Nas cidades-Estado, havia
            necessidade de registros dos
            impostos recolhidos e do
            alimento armazenado.
           Acádios, assírios, babilônios,
            caldeus, persas e hiitas foram
            invasores que disseminaram a
            civilização mesopotâmica para
            além do Crescente Fértil.
Antiguidade clássica
   A escrita a serviço da cultura oral.
   Contribuir para a produção de
    som.
   A escrita inventada para conservar
    o texto e trazê-los à memória.
   A leitura em voz alta é a mais
    difundida nesta época.
   Derivava da arte da oratória,
    ligada à práxis teatral.
Filologia alexandrina
Filologia alexandrina
   Destinada à conservação de
    volumina (rolos) de todos os
    tempos e de todo o mundo
    conhecido.

   Impõe o conceito de que uma obra
    só existe se for escrita; obra é um
    texto escrito.
A leitura em Roma
A leitura em Roma
   Prática exclusivas das classes
    elevadas.
   Livros gregos chegam como
    despojos de guerra.
   Formam-se bibliotecas particulares,
    com jardins – espaço para viver.
   Livros para comediógrafos; uso
    profissional; interpretação de
    presságios para pontífices.
A leitura em Roma
   O mundo greco-romano torna vasta
    a circulação da cultura escrita.
   Cartazes, libelos, propectos, fichas,
    calendários, cartas, documentação
    civil e militar.
   Criação de
    bibliotecas
    públicas
   Demanda por
    novos livros.
A leitura em Roma
   Os livros e a leitura
    tinham o seu lugar
    na vida opulenta
    dos nobres.
   Ex: o abastado
    comerciante
    Trimalquião, da
    obra Satyricon de
    Petronius.
A leitura em Roma
   Surgimento do códex.
   Vai substituir o volumen (rolo) a
    partir do séc. II d.C.
   Forma preferida dos textos cristãos.
       O rolo: usa o papiro, importado do Egito e
        associado à servidão.
       O códex é um livro com páginas, a um custo
        menor, com aproveitamento de ambos os
        lados.
       Usa o pergaminho, produto animal mais
        prático e mais disseminado.
Códex




Códex
O Codex Sinaiticus, escrito em grego arcaico é uma das 50 cópias das escrituras
encomendadas pelo Imperador romano Constantino, depois que ele se converteu ao
cristianismo. Constantino, que reinou entre 306 e 337, ficou conhecido por acabar com a
perseguição aos cristãos e fundar a cidade de Constantinopla.
Idade Média
   Passagem da leitura em voz alta
    para a leitura silenciosa ou
    murmurada.
   O códex seccionava o texto,
    convidando a releituras, confrontos
    e à leitura meditada.
   No texto, surge a separação das
    palavras, uso de notações gráficas.
Nova era da leitura
   Final séc. XI a séc. XIV.
   Renascem as cidades, as escolas.
   A alfabetização se desenvolve.
   Usos do livro se diversificam.
   Para além da compreensão literal do
    texto (littera).
   Necessário compreender a doutrina
    (sententia), em profundidade.
   Leitura escolástica, universitária.
Nova era da leitura
   O livro agora nasce como
    instrumento do trabalho intelectual.
   Imensa multiplicação de textos e
    demanda por saberes.
   De uma leitura total e concentrada
    de poucos livros, passa-se a uma
    leitura de fragmentos de muitos
    livros – a leitura escolástica.
Nova era da leitura
   Surgem técnicas auxiliares à leitura:
    títulos, rubricas, sinais de
    parágrafos, separação entre textos
    e comentários, sumários, índices,
    listas de termos...

   No séc. XIII, nascem a biblioteca
    destinada à leitura e o sistema
    bibliotecário (localização de livros).
Nova era da leitura
   Os livros da aristocracia
    transcendem a simples leitura.
   São ornamento, sinais de cortesia,
    de riqueza, de fausto, de vida
    refinada.
   Ostentam opulência.
   Evocam o esplendor do príncipe de
    sua corte.
   Breviários, livros de horas, bíblias.
Contra-Reforma
   A partir do Séc. XVI
   Inquisição: os leitores devem temer
    a censura da Igreja e dos Estados.
   Obstáculos à difusão de idéias
    consideradas perigosas a soberanos
    absolutos e à Igreja.
   Inquisidores recolhem depoimentos
    de leitores sobre obras que leram,
    como chegaram até elas, e como as
    compreenderam.
Contra-Reforma
   Foi criado o Índice de Livros
    Proibidos (Index Librorum
    Prohibitorum), em 1564, elaborada
    pelo Tribunal do Santo Ofício.
   Toda obra deveria passar pela
    análise do Tribunal.
   A Igreja censurava obras artísticas,
    cientificas, filosóficas e teologias.
   Cientista com obras reprovadas -
    Galileu Galilei.
Contra-Reforma
Contra-Reforma
A imprensa

             •Johannes Gutenberg -
             A invenção do tipo
             mecânico móvel iniciou a
             revolução da imprensa.

             • Evento mais importante
             do período Moderno.

             • Papel fundamental no
             desenvolvimento da
             Renascença, Reforma e na
             Revolução Científica e
             lançou as bases materiais
             para a economia baseada
             no conhecimento.
A imprensa
   Séc. XV: transformação técnica

   Tipos móveis e a prensa mecânica:
   Abreviam o tempo de fabricação.
   Circulação de textos numa escala
    antes impossível.
   Permitem a reprodução idêntica de
    grande número de exemplares.
A imprensa




 Um exemplar da Bíblia de Gutenberg
  na Biblioteca do Congresso em 
 Washington D.C
A imprensa
   Até o séc. XVI, o livro não é
    transformado pela nova técnica.
   O livro impresso imita o livro
    manuscrito: paginação, escrita, e
    aparência.
   Acabado com a intervenção de
    várias mãos: o iluminista
    (miniaturas e capitulares), o
    corretor/emendator (pontuação e
    títulos).
3 revoluções na leitura

1. Modeloescolástico da escrita
 substitui o modelo monástico.
        instrumento de trabalho intelectual versus
         função de conservação/memória
2. Leitura
       citadina substitui a leitura
 comunitária camponesa (séc. XVIII).
        Leitura negligente e desenvolta versus
         leitura reverente e patriarcal.
3. Transmissão      eletrônica de textos.
        Ler na tela redefine o contexto e a
         materialidade das obras.
O texto eletrônico
   Arquiteturas lógicas quebram o elo
    físico entre o objeto e o texto
    impresso.
   Cruzamento das duas lógicas dos
    suportes precedentes (o volumen, o
    códex) indica relação inédita e
    original.
   Anula papéis sociais: une tarefas da
    escrita, edição e distribuição.
O texto eletrônico
   Simultaneidade: produção, distribuição e
    leitura.
   Desestabiliza conceitos jurídicos de
    copyright, categorias estéticas, de
    originalidade e noções biblioteconômicas.
   Suspende coerções: o leitor vira co-autor.
   Toda a relação com o escrito está
    subvertida.
   Disponibilidade universal de textos.
O texto eletrônico




Redes sociais de leitura
Surge o leitor imersivo
                  Leitor virtual
                  Hipertexto
                  Hipermídia
                  Ciberespaço
                  Interage

                  Internauta
                  navegador
                  Usuário




                  (SANTAELLA,
                  Lucia)
Bibliografia

Contenu connexe

Tendances

Incentivo a leitura
Incentivo a leituraIncentivo a leitura
Incentivo a leituraFabianeM
 
A importância do ato de ler
A importância do ato de lerA importância do ato de ler
A importância do ato de lersusiesirius
 
A escrita como produção de textos
A escrita como produção de textosA escrita como produção de textos
A escrita como produção de textosAna Paula
 
Didática geral tendências pedagógicas
Didática geral   tendências pedagógicasDidática geral   tendências pedagógicas
Didática geral tendências pedagógicasFernanda Câmara
 
Visita ao museu
Visita  ao museuVisita  ao museu
Visita ao museuisarfl
 
PNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escola
PNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escolaPNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escola
PNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escolaElieneDias
 
Literatura Infantil Slides
Literatura Infantil   SlidesLiteratura Infantil   Slides
Literatura Infantil Slidesestercotrim
 
Linguagem oral e escrita
Linguagem oral e escrita Linguagem oral e escrita
Linguagem oral e escrita Luiza Souza
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoMagda Marques
 
Planejamento e Avaliação
Planejamento e AvaliaçãoPlanejamento e Avaliação
Planejamento e AvaliaçãoJOAO AURELIANO
 
A importância da leitura no desenvolvimento da criança
A importância da leitura no desenvolvimento da criançaA importância da leitura no desenvolvimento da criança
A importância da leitura no desenvolvimento da criançaFelipe Melo
 
CURSO 1 - Ciências no Ensino Fundamental
CURSO 1 - Ciências no Ensino FundamentalCURSO 1 - Ciências no Ensino Fundamental
CURSO 1 - Ciências no Ensino FundamentalSANTINA CÉLIA BORDINI
 
Pedagogia de projetos fundamentos e implicações
Pedagogia de projetos   fundamentos e implicaçõesPedagogia de projetos   fundamentos e implicações
Pedagogia de projetos fundamentos e implicaçõesFernandes Meira
 

Tendances (20)

ProduçãO Textual
ProduçãO TextualProduçãO Textual
ProduçãO Textual
 
Incentivo a leitura
Incentivo a leituraIncentivo a leitura
Incentivo a leitura
 
A importância do ato de ler
A importância do ato de lerA importância do ato de ler
A importância do ato de ler
 
Pedagogia de projetos
Pedagogia de projetosPedagogia de projetos
Pedagogia de projetos
 
A escrita como produção de textos
A escrita como produção de textosA escrita como produção de textos
A escrita como produção de textos
 
Didática geral tendências pedagógicas
Didática geral   tendências pedagógicasDidática geral   tendências pedagógicas
Didática geral tendências pedagógicas
 
Visita ao museu
Visita  ao museuVisita  ao museu
Visita ao museu
 
INCENTIVO A LEITURA
INCENTIVO A LEITURAINCENTIVO A LEITURA
INCENTIVO A LEITURA
 
PNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escola
PNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escolaPNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escola
PNAIC - Porque ensinar gêneros textuais na escola
 
Educação 5.0 e Metodologias Ativas e Inovadoras
Educação 5.0 e Metodologias Ativas e InovadorasEducação 5.0 e Metodologias Ativas e Inovadoras
Educação 5.0 e Metodologias Ativas e Inovadoras
 
Literatura Infantil Slides
Literatura Infantil   SlidesLiteratura Infantil   Slides
Literatura Infantil Slides
 
Linguagem oral e escrita
Linguagem oral e escrita Linguagem oral e escrita
Linguagem oral e escrita
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógico
 
Planejamento e Avaliação
Planejamento e AvaliaçãoPlanejamento e Avaliação
Planejamento e Avaliação
 
A importância da leitura no desenvolvimento da criança
A importância da leitura no desenvolvimento da criançaA importância da leitura no desenvolvimento da criança
A importância da leitura no desenvolvimento da criança
 
Projeto jornal escolar
Projeto jornal escolarProjeto jornal escolar
Projeto jornal escolar
 
CURSO 1 - Ciências no Ensino Fundamental
CURSO 1 - Ciências no Ensino FundamentalCURSO 1 - Ciências no Ensino Fundamental
CURSO 1 - Ciências no Ensino Fundamental
 
Importância da Leitura
Importância da LeituraImportância da Leitura
Importância da Leitura
 
Pedagogia de projetos fundamentos e implicações
Pedagogia de projetos   fundamentos e implicaçõesPedagogia de projetos   fundamentos e implicações
Pedagogia de projetos fundamentos e implicações
 
Gêneros textuais
Gêneros textuaisGêneros textuais
Gêneros textuais
 

En vedette

A importância da leitura lucia
A importância da leitura   luciaA importância da leitura   lucia
A importância da leitura lucialuciarq
 
A importância do ato de ler
A importância do ato de lerA importância do ato de ler
A importância do ato de lerRoberto Gomes
 
Power point, leitura é...
Power point, leitura é...Power point, leitura é...
Power point, leitura é...Fan Santos
 
Como fazer um trabalho de pesquisa
Como fazer um trabalho de pesquisaComo fazer um trabalho de pesquisa
Como fazer um trabalho de pesquisaSamira Antunes
 
Trabalhos dos alunos do 4º ano de avis andante
Trabalhos dos alunos do 4º ano de avis   andanteTrabalhos dos alunos do 4º ano de avis   andante
Trabalhos dos alunos do 4º ano de avis andanteMaria Antónia Oliveira
 
A importância da leitura no dia a dia escolar
A importância da leitura no dia a dia escolarA importância da leitura no dia a dia escolar
A importância da leitura no dia a dia escolarclaudineiaramiresmoraes
 
Cinema e literatura na escola
Cinema e literatura na escola Cinema e literatura na escola
Cinema e literatura na escola Ida Maria Marins
 
Compartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freireCompartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freireNoemi da silva
 
Incentivo à leitura e à Escrita
Incentivo à leitura e à EscritaIncentivo à leitura e à Escrita
Incentivo à leitura e à Escrita197569
 
Power Point A Canoa Paulo Freire(Com Animação)
Power Point   A Canoa   Paulo Freire(Com Animação)Power Point   A Canoa   Paulo Freire(Com Animação)
Power Point A Canoa Paulo Freire(Com Animação)Milena Lima
 
Clube de Leitur@s 2014.2015
Clube de Leitur@s 2014.2015Clube de Leitur@s 2014.2015
Clube de Leitur@s 2014.2015Carla Nunes
 
Prova didática rafael
Prova didática rafaelProva didática rafael
Prova didática rafaelHugo Almeida
 
Ana Bela Martins - Novas práticas de leitura
Ana Bela Martins - Novas práticas de leituraAna Bela Martins - Novas práticas de leitura
Ana Bela Martins - Novas práticas de leituracongressoleituradigital
 

En vedette (20)

A importância da leitura lucia
A importância da leitura   luciaA importância da leitura   lucia
A importância da leitura lucia
 
A importância do ato de ler
A importância do ato de lerA importância do ato de ler
A importância do ato de ler
 
Power point, leitura é...
Power point, leitura é...Power point, leitura é...
Power point, leitura é...
 
A Importância da Leitura
A Importância da LeituraA Importância da Leitura
A Importância da Leitura
 
Sumário
SumárioSumário
Sumário
 
Como fazer um trabalho de pesquisa
Como fazer um trabalho de pesquisaComo fazer um trabalho de pesquisa
Como fazer um trabalho de pesquisa
 
Aula reforma e contra-reforma religiosa2
Aula  reforma e contra-reforma religiosa2Aula  reforma e contra-reforma religiosa2
Aula reforma e contra-reforma religiosa2
 
Trabalhos dos alunos do 4º ano de avis andante
Trabalhos dos alunos do 4º ano de avis   andanteTrabalhos dos alunos do 4º ano de avis   andante
Trabalhos dos alunos do 4º ano de avis andante
 
A importância da leitura no dia a dia escolar
A importância da leitura no dia a dia escolarA importância da leitura no dia a dia escolar
A importância da leitura no dia a dia escolar
 
Cinema e literatura na escola
Cinema e literatura na escola Cinema e literatura na escola
Cinema e literatura na escola
 
Webapresentação da ect
Webapresentação da ectWebapresentação da ect
Webapresentação da ect
 
Compartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freireCompartilhando o mundo com paulo freire
Compartilhando o mundo com paulo freire
 
Incentivo à leitura e à Escrita
Incentivo à leitura e à EscritaIncentivo à leitura e à Escrita
Incentivo à leitura e à Escrita
 
Power Point A Canoa Paulo Freire(Com Animação)
Power Point   A Canoa   Paulo Freire(Com Animação)Power Point   A Canoa   Paulo Freire(Com Animação)
Power Point A Canoa Paulo Freire(Com Animação)
 
Clube de Leitur@s 2014.2015
Clube de Leitur@s 2014.2015Clube de Leitur@s 2014.2015
Clube de Leitur@s 2014.2015
 
O que é um livro?
O que é um livro?O que é um livro?
O que é um livro?
 
Pratica livro
Pratica livroPratica livro
Pratica livro
 
Como elaborar uma ata
Como elaborar uma ataComo elaborar uma ata
Como elaborar uma ata
 
Prova didática rafael
Prova didática rafaelProva didática rafael
Prova didática rafael
 
Ana Bela Martins - Novas práticas de leitura
Ana Bela Martins - Novas práticas de leituraAna Bela Martins - Novas práticas de leitura
Ana Bela Martins - Novas práticas de leitura
 

Similaire à A leitura e suas práticas ao longo da história

Ambientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadania
Ambientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadaniaAmbientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadania
Ambientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadaniaRaquel Prado Leite de Sousa
 
Midias na educação, material impresso
Midias na educação, material impressoMidias na educação, material impresso
Midias na educação, material impressoelaniasf
 
Armazenamento e recuperação de informação
Armazenamento e recuperação de informaçãoArmazenamento e recuperação de informação
Armazenamento e recuperação de informaçãoWagner
 
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto?
 MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto? MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto?
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto?Simone Silva
 
Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"
Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"
Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"Adriana Barreiros
 
Bibliotecas antiguidadeidademédia.final
Bibliotecas antiguidadeidademédia.finalBibliotecas antiguidadeidademédia.final
Bibliotecas antiguidadeidademédia.finalCatia Scoto
 
História do livro final
História do livro   finalHistória do livro   final
História do livro finaljjsf1968
 
História das Bibliotecas
História das BibliotecasHistória das Bibliotecas
História das BibliotecasCarlos Pinheiro
 
História do livro e da biblioteca
História do livro e da bibliotecaHistória do livro e da biblioteca
História do livro e da bibliotecaAna Glenyr
 
Fabulas - La Fontaine.pdf
Fabulas - La Fontaine.pdfFabulas - La Fontaine.pdf
Fabulas - La Fontaine.pdfssuser2db170
 
Mc luhan visao som e furia
Mc luhan visao som e furiaMc luhan visao som e furia
Mc luhan visao som e furiaRonaldo Henn
 
Conceito, evolução e aspectos das bibliotecas
Conceito, evolução e aspectos das bibliotecasConceito, evolução e aspectos das bibliotecas
Conceito, evolução e aspectos das bibliotecasEsteban Arenillas
 
A Cultura do Papel
A Cultura do PapelA Cultura do Papel
A Cultura do PapelSebrae-MG
 

Similaire à A leitura e suas práticas ao longo da história (20)

Ambientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadania
Ambientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadaniaAmbientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadania
Ambientes de leitura enquanto espaço de construção da cidadania
 
Midias na educação, material impresso
Midias na educação, material impressoMidias na educação, material impresso
Midias na educação, material impresso
 
Volume xiii 2005
Volume xiii 2005Volume xiii 2005
Volume xiii 2005
 
O livro e a leitura na sociedade
O livro e a leitura na sociedadeO livro e a leitura na sociedade
O livro e a leitura na sociedade
 
Armazenamento e recuperação de informação
Armazenamento e recuperação de informaçãoArmazenamento e recuperação de informação
Armazenamento e recuperação de informação
 
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto?
 MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto? MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto?
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO - Ora essa! quem inventou o texto?
 
Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"
Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"
Exposição: "O desenvolvimento da informação e os desafios da Biblioteca"
 
Bibliotecas antiguidadeidademédia.final
Bibliotecas antiguidadeidademédia.finalBibliotecas antiguidadeidademédia.final
Bibliotecas antiguidadeidademédia.final
 
História do livro final
História do livro   finalHistória do livro   final
História do livro final
 
História das Bibliotecas
História das BibliotecasHistória das Bibliotecas
História das Bibliotecas
 
Hist Escrita09 Resumida
Hist Escrita09 ResumidaHist Escrita09 Resumida
Hist Escrita09 Resumida
 
História do livro e da biblioteca
História do livro e da bibliotecaHistória do livro e da biblioteca
História do livro e da biblioteca
 
Fabulas - La Fontaine.pdf
Fabulas - La Fontaine.pdfFabulas - La Fontaine.pdf
Fabulas - La Fontaine.pdf
 
Historia Do Livro
Historia Do LivroHistoria Do Livro
Historia Do Livro
 
Mc luhan visao som e furia
Mc luhan visao som e furiaMc luhan visao som e furia
Mc luhan visao som e furia
 
Linha do tempo
Linha do tempoLinha do tempo
Linha do tempo
 
Conceito, evolução e aspectos das bibliotecas
Conceito, evolução e aspectos das bibliotecasConceito, evolução e aspectos das bibliotecas
Conceito, evolução e aspectos das bibliotecas
 
INTRODUÇÃO À LITERATURA
INTRODUÇÃO À LITERATURAINTRODUÇÃO À LITERATURA
INTRODUÇÃO À LITERATURA
 
A Cultura do Papel
A Cultura do PapelA Cultura do Papel
A Cultura do Papel
 
Uma breve história da escrita e da imprensa
Uma breve história da escrita e da imprensaUma breve história da escrita e da imprensa
Uma breve história da escrita e da imprensa
 

Plus de Luiz Agner

Recommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User Experience
Recommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User ExperienceRecommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User Experience
Recommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User ExperienceLuiz Agner
 
Pós Branded Content (1c)
Pós Branded Content (1c)Pós Branded Content (1c)
Pós Branded Content (1c)Luiz Agner
 
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-Rio
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-RioWIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-Rio
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-RioLuiz Agner
 
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MG
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MGWIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MG
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MGLuiz Agner
 
Marketing digital como instrumento de controle
Marketing digital como instrumento de controleMarketing digital como instrumento de controle
Marketing digital como instrumento de controleLuiz Agner
 
Arquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemas
Arquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemasArquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemas
Arquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemasLuiz Agner
 
Lei de Proteção aos Dados (LGPD)
Lei de Proteção aos Dados (LGPD)Lei de Proteção aos Dados (LGPD)
Lei de Proteção aos Dados (LGPD)Luiz Agner
 
Marco Civil da Internet no Brasil
Marco Civil da Internet no BrasilMarco Civil da Internet no Brasil
Marco Civil da Internet no BrasilLuiz Agner
 
Vigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura Digital
Vigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura DigitalVigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura Digital
Vigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura DigitalLuiz Agner
 
Diagrama de Navegação e Vocabulário Visual de Garrett
Diagrama de Navegação e Vocabulário Visual de GarrettDiagrama de Navegação e Vocabulário Visual de Garrett
Diagrama de Navegação e Vocabulário Visual de GarrettLuiz Agner
 
Bridge e Análise da Tarefa em equipe
Bridge e Análise da Tarefa em equipeBridge e Análise da Tarefa em equipe
Bridge e Análise da Tarefa em equipeLuiz Agner
 
Marketing - Revisão de Conceitos
Marketing - Revisão de ConceitosMarketing - Revisão de Conceitos
Marketing - Revisão de ConceitosLuiz Agner
 
Cultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. CastellsCultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. CastellsLuiz Agner
 
Bridge e Group Task Analysis - Arquitetura de Informação
Bridge e Group Task Analysis - Arquitetura de InformaçãoBridge e Group Task Analysis - Arquitetura de Informação
Bridge e Group Task Analysis - Arquitetura de InformaçãoLuiz Agner
 
Avaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi Selection
Avaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi SelectionAvaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi Selection
Avaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi SelectionLuiz Agner
 
Arquitetura de Informação: Projeto TIM
Arquitetura de Informação: Projeto TIMArquitetura de Informação: Projeto TIM
Arquitetura de Informação: Projeto TIMLuiz Agner
 
Arquitetura de Informação: Projeto Imaginarium
Arquitetura de Informação: Projeto ImaginariumArquitetura de Informação: Projeto Imaginarium
Arquitetura de Informação: Projeto ImaginariumLuiz Agner
 
Arquitetura da Informação Pervasiva - Semana Acadêmica FACHA
Arquitetura da Informação Pervasiva  - Semana Acadêmica FACHAArquitetura da Informação Pervasiva  - Semana Acadêmica FACHA
Arquitetura da Informação Pervasiva - Semana Acadêmica FACHALuiz Agner
 
Arquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJArquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJLuiz Agner
 
Arquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJArquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJLuiz Agner
 

Plus de Luiz Agner (20)

Recommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User Experience
Recommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User ExperienceRecommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User Experience
Recommendation Systems and Machine Learning: Mapping the User Experience
 
Pós Branded Content (1c)
Pós Branded Content (1c)Pós Branded Content (1c)
Pós Branded Content (1c)
 
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-Rio
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-RioWIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-Rio
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - MeetUp PUC-Rio
 
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MG
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MGWIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MG
WIAD - World Information Architecture Day 2019 - Belo Horizonte, MG
 
Marketing digital como instrumento de controle
Marketing digital como instrumento de controleMarketing digital como instrumento de controle
Marketing digital como instrumento de controle
 
Arquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemas
Arquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemasArquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemas
Arquitetura de Informação na era dos espaços mistos e ecossistemas
 
Lei de Proteção aos Dados (LGPD)
Lei de Proteção aos Dados (LGPD)Lei de Proteção aos Dados (LGPD)
Lei de Proteção aos Dados (LGPD)
 
Marco Civil da Internet no Brasil
Marco Civil da Internet no BrasilMarco Civil da Internet no Brasil
Marco Civil da Internet no Brasil
 
Vigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura Digital
Vigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura DigitalVigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura Digital
Vigilância Ampliada: Poder e Controle na Cultura Digital
 
Diagrama de Navegação e Vocabulário Visual de Garrett
Diagrama de Navegação e Vocabulário Visual de GarrettDiagrama de Navegação e Vocabulário Visual de Garrett
Diagrama de Navegação e Vocabulário Visual de Garrett
 
Bridge e Análise da Tarefa em equipe
Bridge e Análise da Tarefa em equipeBridge e Análise da Tarefa em equipe
Bridge e Análise da Tarefa em equipe
 
Marketing - Revisão de Conceitos
Marketing - Revisão de ConceitosMarketing - Revisão de Conceitos
Marketing - Revisão de Conceitos
 
Cultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. CastellsCultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. Castells
 
Bridge e Group Task Analysis - Arquitetura de Informação
Bridge e Group Task Analysis - Arquitetura de InformaçãoBridge e Group Task Analysis - Arquitetura de Informação
Bridge e Group Task Analysis - Arquitetura de Informação
 
Avaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi Selection
Avaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi SelectionAvaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi Selection
Avaliação dos apps Coral Visualizer e Polenghi Selection
 
Arquitetura de Informação: Projeto TIM
Arquitetura de Informação: Projeto TIMArquitetura de Informação: Projeto TIM
Arquitetura de Informação: Projeto TIM
 
Arquitetura de Informação: Projeto Imaginarium
Arquitetura de Informação: Projeto ImaginariumArquitetura de Informação: Projeto Imaginarium
Arquitetura de Informação: Projeto Imaginarium
 
Arquitetura da Informação Pervasiva - Semana Acadêmica FACHA
Arquitetura da Informação Pervasiva  - Semana Acadêmica FACHAArquitetura da Informação Pervasiva  - Semana Acadêmica FACHA
Arquitetura da Informação Pervasiva - Semana Acadêmica FACHA
 
Arquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJArquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJ
 
Arquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJArquitetura de Informação - DETRAN RJ
Arquitetura de Informação - DETRAN RJ
 

Dernier

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...LizanSantos1
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Dernier (20)

XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
Intolerância religiosa. Trata-se de uma apresentação sobre o respeito a diver...
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 

A leitura e suas práticas ao longo da história

  • 1. LUIZ AGNER PALESTRA A leitura e suas práticas Programa Avançado de Cultura Contemporânea - PACC Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ 2013
  • 2. A leitura  A leitura não é uma invariável sociológica, sem historicidade.  Homens e mulheres não leram sempre da mesma forma.
  • 3. A leitura  Diversos modelos governaram suas práticas.  Revoluções modificaram seus gestos e hábitos.
  • 4. A leitura  A leitura é uma prática social encarnada em gestos, espaços e hábitos.  É preciso identificar as modalidades concretas de leitura, as comunidades de leitores, as tradições de leitura, as maneiras de ler.
  • 5. Formas materiais  A pedra  A tabuleta  O papiro  O pergaminho  O códice  O livro  O jornal  O computador  O tablet
  • 6. Onde tudo começou  Chegada à Mesopotâmia por volta de 3300 a.C, a Suméria é a mais antiga civilização.  No sul da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates (área que hoje corresponde ao sul do Iraque) floresceram Suméria cidades-Estado.
  • 7. Invenção: os sumérios  A invenção da escrita produziu uma revolução intelectual.  Tabuletas eram de argila (material abundante) e os estiletes, de junco.  Nas cidades-Estado, havia necessidade de registros dos impostos recolhidos e do alimento armazenado.  Acádios, assírios, babilônios, caldeus, persas e hiitas foram invasores que disseminaram a civilização mesopotâmica para além do Crescente Fértil.
  • 8. Antiguidade clássica  A escrita a serviço da cultura oral.  Contribuir para a produção de som.  A escrita inventada para conservar o texto e trazê-los à memória.  A leitura em voz alta é a mais difundida nesta época.  Derivava da arte da oratória, ligada à práxis teatral.
  • 10. Filologia alexandrina  Destinada à conservação de volumina (rolos) de todos os tempos e de todo o mundo conhecido.  Impõe o conceito de que uma obra só existe se for escrita; obra é um texto escrito.
  • 11. A leitura em Roma
  • 12. A leitura em Roma  Prática exclusivas das classes elevadas.  Livros gregos chegam como despojos de guerra.  Formam-se bibliotecas particulares, com jardins – espaço para viver.  Livros para comediógrafos; uso profissional; interpretação de presságios para pontífices.
  • 13. A leitura em Roma  O mundo greco-romano torna vasta a circulação da cultura escrita.  Cartazes, libelos, propectos, fichas, calendários, cartas, documentação civil e militar.  Criação de bibliotecas públicas  Demanda por novos livros.
  • 14. A leitura em Roma  Os livros e a leitura tinham o seu lugar na vida opulenta dos nobres.  Ex: o abastado comerciante Trimalquião, da obra Satyricon de Petronius.
  • 15. A leitura em Roma  Surgimento do códex.  Vai substituir o volumen (rolo) a partir do séc. II d.C.  Forma preferida dos textos cristãos.  O rolo: usa o papiro, importado do Egito e associado à servidão.  O códex é um livro com páginas, a um custo menor, com aproveitamento de ambos os lados.  Usa o pergaminho, produto animal mais prático e mais disseminado.
  • 16. Códex Códex O Codex Sinaiticus, escrito em grego arcaico é uma das 50 cópias das escrituras encomendadas pelo Imperador romano Constantino, depois que ele se converteu ao cristianismo. Constantino, que reinou entre 306 e 337, ficou conhecido por acabar com a perseguição aos cristãos e fundar a cidade de Constantinopla.
  • 17. Idade Média  Passagem da leitura em voz alta para a leitura silenciosa ou murmurada.  O códex seccionava o texto, convidando a releituras, confrontos e à leitura meditada.  No texto, surge a separação das palavras, uso de notações gráficas.
  • 18. Nova era da leitura  Final séc. XI a séc. XIV.  Renascem as cidades, as escolas.  A alfabetização se desenvolve.  Usos do livro se diversificam.  Para além da compreensão literal do texto (littera).  Necessário compreender a doutrina (sententia), em profundidade.  Leitura escolástica, universitária.
  • 19. Nova era da leitura  O livro agora nasce como instrumento do trabalho intelectual.  Imensa multiplicação de textos e demanda por saberes.  De uma leitura total e concentrada de poucos livros, passa-se a uma leitura de fragmentos de muitos livros – a leitura escolástica.
  • 20. Nova era da leitura  Surgem técnicas auxiliares à leitura: títulos, rubricas, sinais de parágrafos, separação entre textos e comentários, sumários, índices, listas de termos...  No séc. XIII, nascem a biblioteca destinada à leitura e o sistema bibliotecário (localização de livros).
  • 21. Nova era da leitura  Os livros da aristocracia transcendem a simples leitura.  São ornamento, sinais de cortesia, de riqueza, de fausto, de vida refinada.  Ostentam opulência.  Evocam o esplendor do príncipe de sua corte.  Breviários, livros de horas, bíblias.
  • 22. Contra-Reforma  A partir do Séc. XVI  Inquisição: os leitores devem temer a censura da Igreja e dos Estados.  Obstáculos à difusão de idéias consideradas perigosas a soberanos absolutos e à Igreja.  Inquisidores recolhem depoimentos de leitores sobre obras que leram, como chegaram até elas, e como as compreenderam.
  • 23. Contra-Reforma  Foi criado o Índice de Livros Proibidos (Index Librorum Prohibitorum), em 1564, elaborada pelo Tribunal do Santo Ofício.  Toda obra deveria passar pela análise do Tribunal.  A Igreja censurava obras artísticas, cientificas, filosóficas e teologias.  Cientista com obras reprovadas - Galileu Galilei.
  • 26. A imprensa •Johannes Gutenberg - A invenção do tipo mecânico móvel iniciou a revolução da imprensa. • Evento mais importante do período Moderno. • Papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a economia baseada no conhecimento.
  • 27. A imprensa  Séc. XV: transformação técnica  Tipos móveis e a prensa mecânica:  Abreviam o tempo de fabricação.  Circulação de textos numa escala antes impossível.  Permitem a reprodução idêntica de grande número de exemplares.
  • 28. A imprensa Um exemplar da Bíblia de Gutenberg  na Biblioteca do Congresso em  Washington D.C
  • 29. A imprensa  Até o séc. XVI, o livro não é transformado pela nova técnica.  O livro impresso imita o livro manuscrito: paginação, escrita, e aparência.  Acabado com a intervenção de várias mãos: o iluminista (miniaturas e capitulares), o corretor/emendator (pontuação e títulos).
  • 30. 3 revoluções na leitura 1. Modeloescolástico da escrita substitui o modelo monástico.  instrumento de trabalho intelectual versus função de conservação/memória 2. Leitura citadina substitui a leitura comunitária camponesa (séc. XVIII).  Leitura negligente e desenvolta versus leitura reverente e patriarcal. 3. Transmissão eletrônica de textos.  Ler na tela redefine o contexto e a materialidade das obras.
  • 31. O texto eletrônico  Arquiteturas lógicas quebram o elo físico entre o objeto e o texto impresso.  Cruzamento das duas lógicas dos suportes precedentes (o volumen, o códex) indica relação inédita e original.  Anula papéis sociais: une tarefas da escrita, edição e distribuição.
  • 32. O texto eletrônico  Simultaneidade: produção, distribuição e leitura.  Desestabiliza conceitos jurídicos de copyright, categorias estéticas, de originalidade e noções biblioteconômicas.  Suspende coerções: o leitor vira co-autor.  Toda a relação com o escrito está subvertida.  Disponibilidade universal de textos.
  • 33. O texto eletrônico Redes sociais de leitura
  • 34. Surge o leitor imersivo Leitor virtual Hipertexto Hipermídia Ciberespaço Interage Internauta navegador Usuário (SANTAELLA, Lucia)