2. O 4º Mandamento dá origem ao segundo grupo de
sacramentos que tem a ver com a relação com os
outros.
Deus quis que, depois de O honrarmos, honrássemos
os nossos pais a quem devemos a nossa vida e quem
nos transmitiu o conhecimento de Deus.
3. ANTEPASSADOS
AVÓS
PAIS
FILHOS
PROFESSORES
PATRÕES
CHEFES
O respeito ao 4º mandamento, para além dos frutos
espirituais, faz-nos alcançar a paz social e a concórdia.
A sua não observância traz danos às comunidades e às
pessoas individualmente.
4. Pelo casamento, a família é ordenada
para o bem dos seus elementos, a
procriação e a educação dos filhos.
A família é constituída por membros
iguais em dignidade, responsa-
bilidades, direitos e deveres.
5. A família cristã, a chamada “Igreja doméstica", é uma
comunidade de fé, esperança e caridade com um papel
muito importante na Igreja.
É um reflexo da comunhão existente entre o Pai o Filho
e o Espírito Santo. Também a sua atividade procriadora
é a continuação da obra criadora do Pai.
A família cristã é evangelizadora e missionária e as
relações entre os seus membros estabelecem laços de
intimidade, afetos e respeito mútuo entre si.
6. A família é a célula da sociedade e da autoridade.
As relações dentro dela constituem a
liberdade, segurança e fraternidade na sociedade.
É na família que os jovens poderão aprender os
valores morais, tais como honrar a Deus e usar
corretamente a liberdade.
A família também deve ensinar os membros a
cuidar dos jovens e dos mais velhos, dos
pobres, doentes e deficientes.
7. Nos nossos irmãos vemos os filhos de nossos pais e
nos nossos primos vemos os descendentes dos
nossos avós.
Nos batizados, vemos os filhos de nossa mãe a
Igreja e em cada pessoa humana, um filho de Deus.
O próximo não é só um "indivíduo" da
sociedade, mas "alguém" que merece o nosso
respeito.
8. DEVERES DOS FILHOS:
Principais deveres enunciados pelo preceito
divino:
Respeito pelos pais: É o reconhecimento
para com aqueles que pelo Dom da vida, por
seu trabalho e amor, nos puseram no
mundo permitindo que crescêssemos em
estatura, sabedoria e graça.
9. Manifesta-se pela docilidade e obediência.
Responsabilidade para com os pais: Os
filhos adultos devem dar ajuda material e
moral na velhice, na doença, na solidão e na
angústia.
O respeito filial também diz respeito aos
que nos deram o Dom da fé, a graça do
batismo e a vida na Igreja, podendo ser os
pais, avós, tios, catequistas, etc.
10. DEVERES DOS PAIS:
Um dos mais importantes é o de educadores dos
filhos. É quase impossível substituí-los nessa
função.
Os pais devem reconhecer os filhos como filhos
de Deus e respeitá-los.
Devem dar testemunho através da criação de um
lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a
fidelidade e o serviço sem interesses sejam a
regra primordial. O lar é o local certo para a
educação das virtudes.
11. Outra responsabilidade dos pais é dar bom
exemplo aos filhos, reconhecendo diante deles
os seus próprios defeitos, para melhor os guiar e
corrigir.
Os pais, pelo matrimónio, recebem a missão de
evangelizar os seus filhos e isso deve ser feito
desde tenra idade.
Na educação para a fé os pais devem ser
auxiliados pela paróquia que é o lugar ideal para
a catequese, tanto dos filhos quanto dos pais.
12. Os pais têm a obrigação de prover as
necessidades físicas, educacionais e espirituais
dos filhos enquanto pequenos.
Na fase de crescimento o respeito e a dedicação
servem para educá-los no uso correto da razão e
da liberdade.
Quando adultos os filhos devem ter a liberdade
de escolher uma profissão e um estado de vida.
Os pais podem dar a esse respeito conselhos e
opiniões.
13.
14. O Antigo Testamento afirma que Deus é fonte de toda
verdade. A sua Palavra é verdade. A sua Lei é verdade.
Só em Jesus Cristo a verdade se manifestou
plenamente. "Cheio de graça e verdade", Ele é a "luz
do mundo” (Jo 8,12).
O verdadeiro discípulo de Jesus "permanece na sua
palavra" para conhecer a "verdade que liberta"
(Jo 8,32) e santifica.
Jesus ensinou-nos o amor incondicional à verdade:
"Seja o vosso ‘sim’, sim e o vosso ‘não’, não”.
(Mt 5,37)
15. A verdade deve estar presente no nosso falar,
pensar e agir pois assim, resguardamo-nos da
duplicidade, simulação e hipocrisia.
Devemos ser verdadeiros naquilo que fazemos ou
dizemos.
Não haveria possibilidade de convivência se não
houvesse verdade entre as pessoas.
A verdade ensina-nos aquilo que deve ser expresso
e aquilo que deve ser guardado. Isso implica a
honestidade e a discrição.
16. "Um inimigo pode causar-nos um terrível mal
(matar, ferir gravemente, espalhar falsos boatos,
roubar, etc.), mas um amigo pode destruir-nos por
completo".
Daí a importância de manifestar a verdade para
com as outras pessoas.
O nosso amigo, quanto mais íntimo é melhor nos
conhece, sabe das nossas fraquezas e das nossas
limitações, melhor sabe como nos atingir.
17. O discípulo de Cristo "aceita viver na verdade", isto
é, na simplicidade de uma vida conforme o
exemplo do Senhor.
Ao dizermos que estamos em comunhão com Ele
e, pelo contrário, andamos nas trevas, estamos
mentindo descaradamente a Deus e a nós
mesmos.
18. Assim como Cristo proclamou diante de Pilatos que
"veio ao mundo para dar testemunho da
verdade", o cristão não deve temer ou
envergonhar-se de dar testemunho do Senhor (2
Tm 1,8).
O cristão deve manter uma "consciência
irrepreensível, constantemente, diante do
Senhor e dos homens".
Ao fazer parte da Igreja, o cristão deve dar
testemunho do Evangelho e das obrigações que
dele decorrem. Fará isso através de seus atos e
palavras.
19. O martírio é o supremo teste da verdade e implica
dar testemunho que pode, muitas vezes, ir até à
morte.
O mártir é aquele que dá testemunho do Cristo,
morto e ressuscitado, ao qual está unido pela
caridade. Enfrenta a morte num ato de fortaleza.
“Deixai-me ser comido pelas feras. É por elas que
me será concedido chegar até Deus”. (Santo
Inácio).
20. O Falso testemunho e o perjúrio:
Quando se emite publicamente algo contrário à
verdade, diante de um tribunal, é falso testemunho
e quando se está sob juramento, é perjúrio.
Isso pode contribuir para condenar injustamente
um inocente ou inocentar o culpado.
Prejudica o exercício da justiça pronunciada pelos
juízes.
21. Respeito à reputação das pessoas:
É proibida qualquer atitude e palavra que cause um
prejuízo injusto. Torna-se culpado:
De juízo temerário (imprudente): Aquele que,
secretamente, admite como verdadeiro, sem razão
alguma, o defeito moral do próximo.
De maledicência: Aquele que, sem razão válida, revela
às pessoas que não sabem os defeitos do próximo e as
suas faltas.
De calúnia: Aquele que, pela mentira, prejudica a
reputação dos outros e causa falsos juízos a respeito
deles.
22. Maledicência e calúnia:
Mancham a reputação e a honra do próximo. Todos
têm direito à honra do próprio nome, à sua
reputação e ao seu respeito. Logo, a maledicência e
a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade.
Lisonja, bajulação ou complacência:
São muito graves os atos ou palavras que, por
bajulação, confirmem e encorajem o outro em atos
perversos.
Lisonja é uma falta grave quando cúmplice de vícios
ou de pecados graves. Torna-se um pecado
venial, quando só quer ser agradável, evitar um
mal, remediar uma necessidade, obter vantagens
legítimas.
23. A jactância ou fanfarronice:
É uma falta grave contra a verdade.
A ironia:
Porque é depreciar alguém caricaturando, de
modo malévolo, o seu comportamento, também
é uma falta grave contra a verdade.
24. A mentira:
É dizer o que é falso com a intenção de enganar.
Jesus denuncia compara a mentira a uma obra
diabólica: "Vós sois do diabo, vosso pai, [...] nele
não há verdade: quando ele mente, fala do que
lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da
mentira" (Jo 8, 44).
É a ofensa direta à verdade. Mentir é falar ou agir
para induzir um erro. Fere a relação da pessoa com
o seu próximo e com Deus.
25. A mentira torna-se pecado mortal, embora seja um
pecado venial em si, quando fere gravemente as
virtudes da justiça e da caridade.
A sua punição varia de acordo com as
circunstâncias, a intenção do mentiroso e as
consequências sofridas pelas suas vítimas.
A mentira é uma verdadeira violência ao próximo
porque impede-o de obter a capacidade de
conhecer, que é a condição de todo o juízo e
decisão. Mina a confiança entre os homens e
rompe o tecido das relações sociais.
26. Toda a falta contra a justiça e a verdade impõe uma
reparação, mesmo após o perdão.
Não podendo reparar um erro publicamente, deve-
se fazê-lo em segredo; se aquele que sofreu o
prejuízo não puder ser indemnizado, deve dar-se-
lhe satisfação moral, em nome da caridade.
Isso também é válido para as faltas cometidas
contra a reputação dos homens.
27. Devemos ter muito cuidado para saber avaliar as
condições e ver se é pudente ou não revelar a
verdade àquele que a pede. A caridade e o respeito
ditarão a resposta.
Ninguém pode revelar a verdade a quem não tem o
direito de conhecê-la e por isso temos que saber
guardar segredo quando necessário.
Todos temos o dever de manter a justa reserva
acerca dos segredos particulares das pessoas.
28. O sacramento da confissão é inviolável e não pode
ser traído em hipótese alguma pelo sacerdote.
Os segredos profissionais devem ser mantidos sob
total sigilo, salvo casos em que venham a trazer
prejuízo grave àqueles que os confia, àquele que os
recebe ou a terceiros e só evitáveis mediante
divulgação da verdade.
29. Os meios de comunicação social devem estar ao
serviço do bem comum. A sociedade tem direito a
uma informação fundada sobre a verdade, a
liberdade, a justiça e a solidariedade.
Os cidadãos devem exigir que os meios de
comunicação social contribuam para auxiliar na
formação e difusão da reta opinião pública.
A comunicação deve ser verdadeira, justa e livre,
favorecendo a circulação de ideias que aumentam
o conhecimento e o respeito aos outros.