“A Virgem Velada” é uma das obras mais
impressionantes que alguém pode ver na
vida.
O escultor foi o artista italiano do século
XIX, Giovanni Strazza.
Veja-a a seguir e atente para o
extraordinário efeito de transparência.
Pense no grau de dificuldade para modelar um
véu sobre um rosto num material que está entre
os mais duros do planeta, o mármore (mineral de
dureza 3 – escala de Friedrich Mohs).
Outro problema é que a escultura em mármore
não tem adição. É uma escultura 100% feita por
subtração. Por isso, dizem que, para esculpir uma
figura em mármore, o escultor pega o bloco e
“simplesmente tira dele tudo que não é a
imagem”.
Já se sente pasmo? Espere até
descobrir que não é só essa.
Existem outras grandes
esculturas que criaram a
impressão de belíssimos véus
de mármore!
Mas, deixando um pouco de lado os
“véus”, examine, com muita
atenção, a próxima escultura, e
pense no nível de dificuldade de
esculpir (desbastar, desbastar e
desbastar) todo o bloco de mármore
até chegar a tudo aquilo — sem
quebrar!
Este que você viu é um monumento ao pai do príncipe Raimondo,
Antonio de Sangro (1685-1757).
O nome italiano do monumento —Disinganno — é muitas vezes
traduzido como “decepção”. Depois de 1757, passou a ter o nome de
“A Liberdade do Feitiço”.
A obra foi esculpida por Franschesko Kvirolo. É a mais famosa de suas
obras, pela habilidade demonstrada em fazer a rede. Ela é toda feita
em uma única peça de mármore e pedra-pome. Kvirolo foi o único
mestre napolitano que aceitou o desafio de esculpi-la. Outros grandes
escultores “amarelaram”, acreditando que a rede iria se quebrar em
pedaços durante o trabalho.