O documento discute brevemente a história do pensamento filosófico grego, mencionando os sofistas, Sócrates, Platão, Epicuro e o pirronismo. Aborda conceitos como dualismo, retórica, prazer e ceticismo nessas diferentes escolas de pensamento.
2. Sofistas:
Na história do pensamento grego houve uma fase muito particular que foi
extremamente importante, mas de duração relativamente curta: o período
dos sofistas.
Esse período compreendeu os
séculos IV e V a.C. e envolveu
poucos, porém grandes
intelectuais, pensadores
e cientistas,
dentre eles: Demócrito,
Protágoras, Górgias e Hipías.
3. Os sofistas sistematizaram e transmitiram uma série de
conhecimentos estudados até os dias de hoje, dominavam técnicas
avançadas de discurso e atraiam muitos aprendizes. Eles não
ensinavam em um determinado local, eram conferencistas itinerantes,
viajando constantemente. Os sofistas ensinavam por meio de uma
designação geral de filosofia que compreendia uma série de
conhecimentos não abordados pela escola regular, como:
física, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em
si.
Antes de mais nada, os
sofistas se preocupavam
em manejar
minuciosamente as
técnicas de discurso, a
tal ponto que o interlocutor
se convencesse
rapidamente daquilo que
estavam discursando. Para
eles não interessava se o
que estavam falando era
verdadeiro, pois o
essencial era conquistar a
4. Contrapondo-se à maiêutica de
Sócrates, a retórica dos sofistas não se
propunha a levar o interlocutor a
questionar-se sobre a verdade dos
fatos, dos princípios éticos ou dos
sentimentos, ao contrário, a retórica
busca inculcar no ouvinte ideologias
que sejam aproveitáveis para
manipulação do povo.
Entre as maiores divergências entre o pensamento dos sofistas e o de
Sócrates destaca-se o fato de os sofistas cobrarem por suas lições
preços bastante elevados, enquanto Sócrates lecionava muito mais por
paixão do que por uma compensação financeira. Porém cabe ressaltar
que naquela época os sofistas eram os únicos capazes de desenvolver
uma cultura geral aprofundada e ao mesmo tempo formar oradores
eficazes.
5. A filosofia de vida dos sofistas adotava uma visão de mundo
extremamente egoísta e utilitária diante dos problemas da atividade
prática, por isso foi que Sócrates se levantou fortemente contra
esta doutrina. Em resumo, os sofistas eram considerados mestres
da oratória, que cobravam um alto preço dos cidadãos para
aplicação e ensino de suas habilidades de discurso, que para os
gregos eram fundamentais para a política. Os sofistas defendiam
que a verdade surgia por meio do consenso entre os homens.
6. Dualismo Platônico:
Durante muito tempo os filósofos
ocidentais explicaram o ser humano
como composto de duas partes
diferentes e separadas: o corpo
(material) e a alma (espiritual e
consciente). Chamamos de dualismo
psicofísico essa dupla realidade da
consciência separada do corpo.
Segundo Platão, antes de se encarnar, a
alma teria vivido no mundo das ideias,
onde tudo conheceu por simples
intuição, ou seja, por conhecimento
intelectual direto e imediato, sem
precisar usar os sentidos. Quando a
alma se une ao corpo, ela se degrada por
se tornar prisioneira dele. Passa então a
se compor de duas partes:
Alma superior (a alma intelectiva)
Alma inferior e irracional (a alma do
7. Esta, por sua vez, divide-se em
duas partes:
A alma irascível, impulsiva,
sede de coragem, localizada no
peito;
A alma concupiscível, centrada
no ventre e sede do desejo intenso
de bens ou gozos materiais,
inclusive o apetite sexual.
Escravizada pelo sensível, a alma
inferior conduz á opinião e,
consequentemente, ao erro,
perturbando o conhecimento
verdadeiro. O corpo é também
ocasião de corrupção e decadência
moral, caso a alma superior não
saiba controlar as paixões e os
desejos.
8. Portanto, todo esforço humano
consiste no domínio da alma superior
sobre a inferior.
Não deixa de parecer contraditória
essa desvalorização do corpo, se
sabemos o quanto os gregos
apreciavam os exercícios físicos, os
esportes, além de cultuar a beleza do
corpo. Não por acaso, a Grécia foi o
berço das Olímpiadas, durante as
quais até as guerras cessavam e seus
artistas esculpiam corpos perfeitos,
simétricos e belos.
No entanto, o aforismo “corpo são em
mente sã” apenas confirma a
superioridade do espírito: na posse de
saúde perfeita, a alma se desprende
dos sentidos para melhor se
concentrar na contemplação das
ideias. Caso contrario, a fraqueza física
torna-se empecilho maior á vida
intelectual. Nesse contexto, fica claro
que a felicidade para Platão é de
natureza racional e moral, e depende
9. Epicurismo:
Os gregos antigos estavam habituados a
fazer uma série de especulações místicas e
filosóficas a respeito da morte. No campo
supersticioso, a vontade dos deuses e os
caprichos do destino permeavam
explicações para o fim da vida. Na filosofia,
discutia-se a ligação da alma com o corpo e
ensinavam-se maneiras de se lidar com o
medo da morte. Sócrates (470-399 a.C.),
diante da preocupação acerca do tema,
ensinava que “filosofar é aprender a
morrer”. Mas, no fim do século IV a.C., eis
que uma escola inovadora abria suas
portas ou, melhor dizendo, seus jardins, em
Atenas. O mestre, Epicuro (341-270 a.C.),
não só considerava sem sentido as
angústias em relação à morte, como ria do
destino e pregava que o sentido da vida era
o prazer. Nascia o epicurismo.
10. Comecemos pelo não temor
aos deuses. Epicuro não era
ateu, como foi acusado por
alguns. Ele acreditava na
existência dos deuses, mas
sustentava que estes eram
indiferentes aos humanos.
Serenos, as deidades
habitariam um plano
perfeito, não nutrindo
nenhum interesse pelas
coisas que acontecem aqui
embaixo. Assim, é inútil
temê-los ou se preocupar
com castigos. Ter medo do
destino é igualmente
desnecessário.
11. agora, ao tema da morte. Para
os epicuristas, simplesmente
não faz sentido se preocupar
com ela. Quando um ser humano
existe, a morte não existe para
ele. Quando ela existe, ele é que
não existe mais. Assim, nós
nunca nos encontramos com
nossa morte – nossa existência
nunca se dá ao mesmo tempo da
existência dela. Logo, ocupemos
nossas mentes com a vida e
desfrutemos dela. E qual é o
maior bem que podemos
usufruir? O prazer. Ah, o prazer!
12. cinismo:
O Cinismo foi
uma escola filosófica grega
criada por Antístenes,
seguidor de Sócrates,
aproximadamente no ano
400 a.C., mas seu nome de
maior destaque foi
Diógenes de sínope. Estes
filósofos menosprezavam
os pactos sociais,
defendiam o
desprendimento dos bens
materiais e a existência
nômade que levavam.
13. A origem dessa expressão é um
tanto controvertida, pois alguns
pesquisadores creem que ela
provém do Ginásio Cinosarge,
espaço no qual Antístenes teria
edificado sua Escola, enquanto
outros afirmam que ela deriva da
palavra grega kŷőn, kynós, que
significa ‘cachorro’, alusão
à vida destes animais, que seria
igual à pregada pelos cínicos. Aliás,
o símbolo deste grupo era
justamente a imagem de um cão. De
qualquer forma, porém, ela se
origina do grego Kynismós,
passando pelo latim cynismu, e
assim chegando até nossos dias.
Hoje, através de desvios de
significado, este termo se refere
àqueles desprovidos de vergonha e
de qualquer sentimento de
generosidade em relação à dor do
outro. Mas não por acaso, pois os
cínicos desejavam se desprender de
todo tipo de preocupação, inclusive
14. Diógenes radicalizou as
propostas de Antístenes, e as
exemplificou em sua própria
vida, com severidade e
persistência tais que sua forma
de agir atravessou os séculos,
impressionando os estudiosos
da Filosofia. Ele ousou quebrar a
visão clássica do grego,
substituindo-a por uma imagem
que logo se tornou modelar para
a primeira etapa do helenismo e
mesmo para o período do
Império. Ele procurava
um homem que vivesse de
acordo com seu eu essencial,
sem se preocupar com nenhuma
convenção social, em harmonia
com sua verdadeira forma de ser
– somente esta pessoa estaria
apta a alcançar a felicidade.
15. Pirronismo:
Toma o seu nome de Pirro
de Élis, um céptico que
viveu cerca 360 a 270 a.C.,
embora a relação entre a
filosofia da escola e essa
figura histórica seja pouco
clara.
O pirronismo tornou-se
influente há alguns séculos
desde o surgimento da
moderna visão científica do
mundo.
16. “Nada pode ser conhecido, nem
mesmo isto”.
Os cépticos pirrónicos negam
assentimento a proposições não
imediatamente evidentes e
permanecem num estado de inquirição
perpétua. Por exemplo, pirrónicos
afirmam que uma falta de provas não
constitui prova do oposto, e que essa
falta de crença é profundamente
diferente de uma descrença ativa. Ao
invés de descrer em Deus, poderes
psíquicos etc., baseados na falta de
evidências de tais coisas, pirrónicos
reconhecem que não podemos estar
certos de que evidências novas não
possam aparecer no futuro, de modo
que eles mantém-se abertos em sua
pesquisa. Também questionam o saber
estabelecido, e veem o dogmatismo
como uma doença da mente.”
17. conhecimento cientifico:
conhecimento científico Surgiu da
necessidade do ser humano querer
saber como as coisas funcionam ao
invés de apenas aceitá-las
passivamente. Com este tipo de
conhecimento o homem começou a
entender o porquê de vários
fenômenos naturais e com isso vir a
intervir cada vez mais nos
acontecimento ao nosso redor. Este
conhecimento se bem usado é muito
útil para humanidade, porém se usado
incorretamente pode vir a gerar
enormes catástrofes para o ser
humano e tudo mais ao seu redor.
18. conhecimento lógico:
Raciocínio lógico é um
processo de estruturação do
pensamento de acordo com as
normas da lógica que permite
chegar a uma
determinada conclusão ou
resolver um problema.
19. Frequentemente, o raciocínio
lógico é usado para fazer
inferências, sendo que começa
com uma afirmação ou
proposição inicial, seguido de
uma afirmação intermediária e
uma conclusão. Assim, ele
também é uma ferramenta
analítica e sequencial para
justificar, analisar, argumentar ou
confirmar alguns raciocínios. É
fundamentado em dados que
podem ser comprovados, e por
isso é preciso e exato.
É possível resolver problemas
usando o raciocínio lógico. No
entanto, ele não pode ser
ensinado diretamente, mas pode
ser desenvolvido através da
resolução de exercícios lógicos
que contribuem para a evolução
de algumas habilidades mentais.