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Clínica Psicanalítica:
                manejo e subjetivações na contemporaneidade




                                              Tema:
                Adolescência e transgressão: o supereu imperativo

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                                             sintoma
                                                             Alexandre Simões
ALEXANDRE
   SIMÕES
 ® Todos os
  direitos de
                                         Coordenação
     autor
 reservados.
Em nosso último encontro, ao tratarmos do
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                 reapropriar-se de sua
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Transgressões não seriam
uma linha tênue entre o apagar-se
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Na clínica psicanalítica, as questões
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   especialmente na adolescência?
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Supereu                em Freud e Lacan
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O Supereu em Freud:
   O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a
 partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância
              psíquica que          delimita,
O Supereu em Freud:
   O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a
 partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância
              psíquica que          delimita,
                                    proíbe,
O Supereu em Freud:
   O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a
 partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância
              psíquica que          delimita,
                                    proíbe,
                                    inibe,
O Supereu em Freud:
   O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a
 partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância
              psíquica que          delimita,
                                    proíbe,
                                    inibe,
                                    interdita,
O Supereu em Freud:
   O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a
 partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância
              psíquica que          delimita,
                                    proíbe,
                                    inibe,
                                    interdita,
                                    tolhe
O Supereu em Freud:
   O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a
 partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância
              psíquica que           delimita,
                                     proíbe,
                                     inibe,
                                     interdita,
                                     tolhe

                             a pulsão.
Temos aqui o lugar, no sujeito, que vai interditar o
              acesso ao gozo sexual




          Inclusive, há consequências decorrentes,
        tanto da tentativa de se adequar fielmente a
         esta proibição (a auto-cobrança neurótica),
             quanto das expectativas de burlá-la
                    (sentimento de culpa).
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     O Supereu em Freud:
   ampara-se na introjeção da autoridade das figuras
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     Freud ressalta que o Supereu se
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          FARÁS!
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         figura obscena e feroz
         figura obscena e feroz
         figura obscena e feroz
Trata-se de uma lei tão
exagerada que, no limite, ela é a
     sua própria negação
Bem ao final do Seminário 18 (De um discurso que não fosse semblante, de
                                 1971):



                          “Qual é a essência do supereu?
                            (...) Qual é a prescrição do
                              supereu? Ele se origina
                          precisamente nesse Pai original
                          mais do que mítico, nesse apelo
                          como tal ao gozo puro, isto é, à
                          não castração. Com efeito, que
                            diz esse pai no declínio do
                          Édipo? Ele diz o que o supereu
                          diz. (...) O que o supereu diz é:
                                       Goza!”     (p. 166)
Daí, temos o Supereu como uma catapulta:




  GOZA !
Percebe-se uma tendência, em Freud,
  em localizar o Supereu como uma
   instância interditora desse gozo,
 enquanto que para Lacan ele seria
   uma instância que proferiria um
          comando ao gozo
Teríamos, assim, duas perspectivas
            distintas?
Não se trata, necessariamente, de duas teorias distintas (e
           até mesmo opostas) sobre o Supereu




                  Lacan depura a formulação freudiana do
                 Supereu, levando-a ao puro imperativo que
                    impede o acesso do sujeito ao gozo
                                  fálico
Como?

Quanto mais se avança em direção ao
extremo do gozo do Outro - que poria
    em risco o sujeito - menos se
       usufruiu do gozo fálico.
Como?

  um gozo que consome           o
sujeito, tal qual uma vela é consumida
            pela chama
Onde estarão os‘Farás!’ entre
            nós, hoje?
Onde estarão os    ‘Farás!’ entre
            nós, hoje?
 “Tenha uma vida sexual intensa
         e prazerosa”
Onde estarão os ‘Farás!’ entre
            nós, hoje?



          “Seja bem-sucedido e famoso”
Onde estarão os  ‘Farás!’ entre
            nós, hoje?




 “Seja feliz.”
Onde estarão os  ‘Farás!’ entre
            nós, hoje?




       “Tenha um corpo belo e saudável”
Onde estarão os       ‘Farás!’ entre
            nós, hoje?
 “Tenha uma vida sexual intensa
         e prazerosa”

                “Seja bem-sucedido e famoso”

 “Seja feliz”

         “Tenha um corpo belo e saudável”
Transgressões não seriam
uma linha tênue entre o apagar-se
       e o apresentar-se ?
Prosseguiremos com o tema:

21/05: Adolescência e transgressão: a devastação do sintoma




                          Até lá!
                 Acesso a este conteúdo:
               www.alexandresimoes.com.br


                                                          ALEXANDRE
                                                            SIMÕES
                                                       ® Todos os direitos
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Adolescência e transgressão: o supereu imperativo

  • 1. Clínica Psicanalítica: manejo e subjetivações na contemporaneidade Tema: Adolescência e transgressão: o supereu imperativo Servindo de introdução ao próximo tema: Adolescência e transgressão: a devastação do sintoma Alexandre Simões ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de Coordenação autor reservados.
  • 2. Em nosso último encontro, ao tratarmos do tema das atuações recorrentes entre os pacientes, chegamos a nos perguntar se elas não possibilitariam ao sujeito um chamado: reapropriar-se de sua condição desejante
  • 3. Transgressões não seriam uma linha tênue entre o apagar-se e o apresentar-se ?
  • 4. Na clínica psicanalítica, as questões relativas à Lei, seu cumprimento e transgressão findam por nos remeter ao conceito de
  • 5. não teríamos um Supereu implacável especialmente na adolescência?
  • 6. A um primeiro olhar, as definições do Supereu em Freud e Lacan parecem ser bem distantes uma da outra
  • 7. O Supereu em Freud: O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância psíquica que delimita,
  • 8. O Supereu em Freud: O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância psíquica que delimita, proíbe,
  • 9. O Supereu em Freud: O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância psíquica que delimita, proíbe, inibe,
  • 10. O Supereu em Freud: O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância psíquica que delimita, proíbe, inibe, interdita,
  • 11. O Supereu em Freud: O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância psíquica que delimita, proíbe, inibe, interdita, tolhe
  • 12. O Supereu em Freud: O Supereu (nitidamente demarcado no percurso freudiano a partir de 1923, no Eu e o isso) é apresentado como uma instância psíquica que delimita, proíbe, inibe, interdita, tolhe a pulsão.
  • 13. Temos aqui o lugar, no sujeito, que vai interditar o acesso ao gozo sexual Inclusive, há consequências decorrentes, tanto da tentativa de se adequar fielmente a esta proibição (a auto-cobrança neurótica), quanto das expectativas de burlá-la (sentimento de culpa).
  • 14. O Supereu em Freud: tematizado como herdeiro do Complexo de Édipo O Supereu em Freud: ampara-se na introjeção da autoridade das figuras parentais, especialmente da figura do pai
  • 15. O Supereu em Freud: Esta instância reguladora surge na experiência clínica da Psicanálise com uma marca: a extrema crueldade
  • 16. O Supereu em Freud: Freud nota aqui uma exigência desmedida, a ponto de sugerir a sua falta de conexão com a realidade
  • 17. O Supereu em Freud: Freud ressalta que o Supereu se manifesta por intermédio de uma ordem:
  • 18. O Supereu em Freud: FARÁS!
  • 19. O supereu em Lacan: figura obscena e feroz figura obscena e feroz figura obscena e feroz
  • 20. Trata-se de uma lei tão exagerada que, no limite, ela é a sua própria negação
  • 21. Bem ao final do Seminário 18 (De um discurso que não fosse semblante, de 1971): “Qual é a essência do supereu? (...) Qual é a prescrição do supereu? Ele se origina precisamente nesse Pai original mais do que mítico, nesse apelo como tal ao gozo puro, isto é, à não castração. Com efeito, que diz esse pai no declínio do Édipo? Ele diz o que o supereu diz. (...) O que o supereu diz é: Goza!” (p. 166)
  • 22. Daí, temos o Supereu como uma catapulta: GOZA !
  • 23. Percebe-se uma tendência, em Freud, em localizar o Supereu como uma instância interditora desse gozo, enquanto que para Lacan ele seria uma instância que proferiria um comando ao gozo
  • 24. Teríamos, assim, duas perspectivas distintas?
  • 25. Não se trata, necessariamente, de duas teorias distintas (e até mesmo opostas) sobre o Supereu Lacan depura a formulação freudiana do Supereu, levando-a ao puro imperativo que impede o acesso do sujeito ao gozo fálico
  • 26. Como? Quanto mais se avança em direção ao extremo do gozo do Outro - que poria em risco o sujeito - menos se usufruiu do gozo fálico.
  • 27. Como? um gozo que consome o sujeito, tal qual uma vela é consumida pela chama
  • 28. Onde estarão os‘Farás!’ entre nós, hoje?
  • 29. Onde estarão os ‘Farás!’ entre nós, hoje? “Tenha uma vida sexual intensa e prazerosa”
  • 30. Onde estarão os ‘Farás!’ entre nós, hoje? “Seja bem-sucedido e famoso”
  • 31. Onde estarão os ‘Farás!’ entre nós, hoje? “Seja feliz.”
  • 32. Onde estarão os ‘Farás!’ entre nós, hoje? “Tenha um corpo belo e saudável”
  • 33. Onde estarão os ‘Farás!’ entre nós, hoje? “Tenha uma vida sexual intensa e prazerosa” “Seja bem-sucedido e famoso” “Seja feliz” “Tenha um corpo belo e saudável”
  • 34. Transgressões não seriam uma linha tênue entre o apagar-se e o apresentar-se ?
  • 35. Prosseguiremos com o tema: 21/05: Adolescência e transgressão: a devastação do sintoma Até lá! Acesso a este conteúdo: www.alexandresimoes.com.br ALEXANDRE SIMÕES ® Todos os direitos de autor reservados.