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Hegemonia Audiovisual e Ficção Televisiva 
                 Hegemonia Audiovisual e Fic 
                                            ç 




Aprendemos... 
Ø10%  do que lemos 
Ø20%  do que ouvimos 
Ø30%   do que vemos 
Ø50%  do que vemos e ouvimos 
Ø70%  do que discutimos com outras pessoas 
Ø80%  do que experimentamos 
Ø95%  do que ensinamos a outras pessoas 

       William Glasser in Seven Ways of Knowing 




              Criado por Alex Sandro C. Sant’Ana – Dezembro/2006
Os Exerc ícios do Ver:
Os Exerc cios do Ver: 
         í 
n  Jesús   Martín­Barbero  é  espanhol, 
                  n Jes ú    Mart n 
                                  í  ­ 
                    residente desde 1963 na Colômbia, 
                    e  um  dos  maiores  teóricos   te 
                                                      ó 
                    contemporâneos da comunicação e 
                    contemporâneos da comunica         ç 
                    da cultura na América Latina. Uniu­ 
                    da cultura na Am  rica Latina. Uniu 
                                         é 
Martín­Barbero 
                    se,  neste  livro,  ao  psicólogo  e 
                                              psic ó 
                    professor  colombiano  Germán  Rey 
                                              Germ  á 
                    para análise de um fenômeno social 
                    para an  á 
                    e  cultural  de  crescente  importância 
                    também  no  Brasil:  o  poder  da 
                    tamb  é 
                    televisão  sobre  o  imaginário  das 
                                            imagin 
                                                  á 
    Rey
                    pessoas. 
A  obra  de  Martín­Barbero  é  conhecida  por  realizar 
                    Mart n 
                         í  ­ 
n 
n
     deslocamentos  e  rupturas .  Deslocamentos  dos  lugares 
                           rupturas 
     tradicionais  de  onde  são  feitas  as  perguntas.  Rupturas 
     com  as  respostas  reducionistas  e  maniqueístas  “à  direita 
                                           manique   í 
     e  à  esquerda”.  O  resultado  pode  ser  sintetizado  num 
           esquerda  ” 
     trabalho  de  construção  teórico­metodológica  conhecido 
                    constru  ç  te  rico  metodol 
                                   ó  ­           ó 
     como  mapa  noturno ,  uma  cartografia  para  explorar  as 
                    noturno 
     mediaç ões  que  é  um  marco  a  partir  do  qual  se  podem 
     media  ç 
     estudar  as  novas  complexidades  nas  relações  entre 
                                                    rela 
                                                        ç 
     comunicação, cultura e política.
     comunica  ão, cultura e pol tica. 
               ç                 í 
n  Proposta  do  autor:  Seguir  e  explorar  as 
n
 mediações  que  se  dão  entre  as  ll  gicas  de 
                                         ó
 media ç                                 ó 
 produ ç ão  e as  ll  gicas de recep ç ão , entre as 
                     ó gicas de recep  ão 
 produ ç             ó                ç 
 matrizes culturais e os formatos industriais .
                             formatos industriais   . 
n  Seus  estudos  dos  últimos  anos  é  um  notável 
                       ú                     not 
                                                á 
n
  esforço  no  sentido  de  oferecer  pistas  para 
  esfor 
       ç 
  elucidar  “entre­ver”  (como  diz  ele)  cada  vez 
            “ 
             entre  ver 
                  ­ 
  mais as relações entre meios e mediaç ões .
  mais as rela ç                     media  ões 
                                            ç  . 
n  Nele   reaparece  a  centralidade  ocupada 
n
  pela  mediação  da  cultura  popular, 
            media   ç 
  verdadeira marca registrada do autor. E a 
  novidade  fica  por  conta  da  análise  do 
                                          an á 
  meio  televisão  como  mediaç ão  “tecno­ 
                                 media  ç      “ 
                                                tecno 
  ll  gica”  e  cultural,  pela  qual  a  televisão  é 
    ó gica 
    ó 
  tratada  através  das  hibridações  entre 
              atrav  é           hibrida ç 
  tecnicidade e visualidade.
                      visualidade   . 
n  Nos  marcos  dessas  duas  categorias  a  televisão 
n
  torna­se  experiência  comunicativa  e  cultural  nos 
  torna ­ 
  processos  de  “des­construção”  e  “re­construção” 
                     “  ­ 
                      des  constru  ão 
                                   ç        “  ­ 
                                             re  constru  ão 
                                                          ç 
  das  identidades  coletivas,  lugar  onde  se  trava  a 
  estratégica  batalha  cultural  do  nosso  tempo. 
  estrat é 
  Desse  referencial  teórico  desenvolvido  ao  longo 
                         te ó 
  dos  capítulos  I  e  II  resulta,  no  capítulo  III,  uma 
       cap  í                             cap í 
  pesquisa empírica na forma de um notável estudo 
  pesquisa emp rica na forma de um not 
                   í                             á 
  de caso da ficção televisiva na Colômbia.
             da fic  ão televisiva na Colômbia. 
                    ç 
n  Fazer  avançar  metodologicamente  a  pesquisa 
          avan ç 
n
  das  mediaç ões  (até  agora  referida  como 
         media  ç      (at 
  sinônimo  de  pesquisa  de  recep ç ão )  é  fazer  do 
                                 recep  ão 
                                         ç 
  cotidiano  mediatizado  o  seu  ll  cus  preferencial  de 
                                    ó
                                    ó 
  estudo,  porém  mais  ampliado,  tal  como  aqui 
            por 
               é 
  sugerimos,  por  meio  da  incorporação  das  noções 
                              incorpora  ç         no 
                                                     ç 
  de  tecnicidade  e  de  visualidade  como  novos 
  “lugares metodológicos”.
  “ 
   lugares metodol  gicos  . 
                   ó      ” 
n Por   meio  da  noção  de 
                        no 
                          ç 
n
 tecnicidade  é  possível  entender 
                  poss 
                      í 
 a técnica como constitutiva, como 
 a t 
    é 
 dimensão imanente de uma visão 
 antropológica de comunicação.
 antropol  gica de comunica  ão. 
         ó                   ç 
n  Na  técnica  há  novos  modos  de  perceber,  ver, 
       t 
        é       h 
n
  ouvir,  ler,  aprender  novas  linguagens,  novas 
  formas  de  expressão,  de  textualidade  e 
  escritura.      Haveria    uma      espécie    de 
                                      esp 
                                         é 
  intermedialidade          como        experiência 
  comunicativa,  ou  seja,  de  muitas  interfaces 
  comunicativa 
  entre  os  diferentes  meios  e  destes  nos 
  diferentes  espaços  comunicativos  do  consumo 
               espa ç 
  e criação.
  e cria  ão. 
        ç 
n  A técnica, portanto, está recolocando o lugar 
n A t  cnica, portanto, est 
      é 
 da  imagem  tanto  na  ciência  (imagem  não 
 mais como obstáculo, mas parte de um novo 
 mais como obst á 
 modo  de  conhecer  e  de  construir  o 
 conhecimento) como na prática cotidiana.
 conhecimento) como na pr  tica cotidiana. 
                            á 
Encaminha  para  que  se  pesquise  a  partir  do 
n 
n
     reconhecimento  da  presença  central  da  cultura  oral 
                            presen ç 
     como  oralidade  secund ária,  formada  por  aquelas 
                         secund  ria 
                                 á 
     complexas  relações  que  hoje  se  produzem  na 
                   rela 
                       ç 
     América  Latina  entre  a  oralidade  que  perdura  como 
     Am  é 
     experiência  cultural  primária  das  maiorias  e  a 
                              prim 
                                  á 
     visualidade  tecnológica,  tecidas  e  organizadas  pelas 
                  tecnol ó 
     gramáticas  tecnoperceptivas  do  rádio, cinema,  vídeo, 
     gram  á                            r 
                                         á              v í 
     música, computador.
     m  sica, computador. 
       ú 
I  trodu  ão
 ntrodu ç ão 
 n      ç 
n  Desde o princípio, a imagem foi ao 
n Desde o princ í 
  mesmo  tempo  meio  de  expressão, 
  de  comunicação  e  também  de 
       comunica 
               ç        tamb  é 
  adivinhação  e  iniciação,  de 
  adivinha 
          ç         inicia ç 
  encantamento e cura.
  encantamento e cura. 
n  O livro  trata  dos  avatares 
n
  culturais,      políticos    e 
                  pol 
                     í 
  narrativos  do  audiovisual, 
  especialmente da televisão.
  especialmente da televisão. 
Primeiro Movimento 
n  A hegemonia  audiovisual  está 
                               est 
n
  des­localizando  o  ofício  (e  a 
  des ­                of í 
  autoridade),  dos  intelectuais  e 
  introduzindo,  no  mundo  da 
  cultura  ocidental,  um  acre 
  sabor        de       decadência 
  incoercível, produzida pela des­ 
  incoerc í                    des 
  ordem  de  que  sofrem  as 
  autoridades e as hierarquias.
  autoridades e as hierarquias. 
n  Na   América  Latina,  a 
         Am é 
n
  hegemonia audiovisual  des­ 
                           des 
  cobre, põe a descoberto, as 
  cobre 
  contradições     de     uma 
  contradi ç 
  modernidade  outra,  à  qual 
  têm  acesso  e  da  qual  se 
  apropriam as maiorias, sem 
  deixar  a  cultura  oral, 
  mesclando­a      com       as 
  mesclando   ­ 
  imagísticas  da  visualidade 
  imag í 
  eletrônica.
  eletrônica. 
Segundo Movimento 
n  Mais que uma enfermidade 
n
 da  política,  a  mídia  de 
       pol 
          í        m í 
 massa  televisiva  indica  a 
 direção  da  crise  da 
 dire 
     ç 
 representação      e      as 
 representa  ç 
 transformações  que  está 
 transforma  ç           est 
 atravessando  a  identidade 
 da mídia.
 da m dia. 
       í 
n  E isso  por  causa  das  rupturas 
n
  vividas  pelo  espaço  audiovisual 
                  espa 
                      ç 
  em  seus  ofícios  e  alianças,  em 
             of 
               í        alian 
                             ç 
  suas estruturas de propriedade e 
  gestão, e nas reconfigurações do 
                  reconfigura ç 
  discurso televisivo.
  discurso televisivo. 
n  Porém, pelo adensamento das mediações da 
n Por  m, pelo adensamento das media 
      é                             ç 
 sensibilidade e da teatralidade da política, ao 
 sensibilidade e da teatralidade da pol   í 
 mesmo  tempo  espaço  de  simulação  e  de 
                   espa ç       simula ç 
 reconhecimento  social,  do  fazer  socialmente 
 visível  tanto  a  corrupção  como  sua 
 vis í                  corrup 
                              ç 
 fiscalização  e  denúncia,  tanto  os  dolorosos 
 fiscaliza 
          ç       den 
                     ú 
 avatares da guerra.
            da guerra. 
Terceiro Movimento 
   n  O  das  narrações  televisivas 
               narra 
                    ç 
   n
     que  encarnam  a  inextricável 
                          inextric 
                                  á 
     conexão  das  memórias  e  dos 
                    mem   ó 
     imaginários,      a     geografia 
     imagin á 
     sentimental  que,  a  partir  do 
     bolero  e  do  tango,  se 
     reencantou  na  radionovela, no 
                      radionovela 
     melodrama  cinematográfico  e, 
                  cinematogr  á 
     finalmente na telenovela
     finalmente na telenovela 
n  Com tudo que aí  circula de experiência 
n Com tudo que a 
 do  mercado  em  renovar  o  desgaste 
 narrativo  –  juntando  o  contar  contos 
 com  o  saber  fazer  contas  ­,  porém 
                                    ­  por é 
 também com as lutas dos povos do sul 
 tamb é 
 para  passar  a  contar  nas  decisões, 
 que  os  afetam,  isto  é,  pelo  direito  de 
                         é 
 contar        suas         histórias        e 
                            hist 
                                ó 
 descobrir/recriar  nelas  –  nos  relatos 
 que  as  fazem  local  e  mundialmente 
 reconhecíveis – sua identidade plural.
 reconhec  í       sua identidade plural. 
n  O  estouro  das  fronteiras  espaciais  e 
n
  temporais  que  eles  introduzem  no  campo 
  cultural,  des­localiza  os  saberes, 
               des 
                  ­ 
  deslegitimando as fronteiras entre razão e 
  imaginação, saber e informação, natureza 
  imagina  ão, saber e informa 
            ç                   ç 
  e  artifício,  ciência  e  arte,  saber 
       artif 
            í 
  especializado e experiência profana.
  especializado e experiência profana. 
Que relaç ões os professores e 
 Que rela 
         ç 
alunos estão estabelecendo com 
        as tecnologias?
        as tecnologias? 
n  Se j á não se escreve, nem se lê como 
n Se j 
 antes,  é  porque  tampouco  se  pode 
 ver, nem expressar como antes.
 ver, nem expressar como antes. 
Experiência Audiovisual e Des ­Ordem 
                           Des ­ 
               Cultural 




Clique aqui e faça o download do curta­metragem 
      “Compre­me: Eu, Vontade de Morrer”
n  Confundindo      iletrado  com 
n
 inculto,  as  elites  ilustradas, 
 desde  o  século  XVIII,  ao 
              s 
               é 
 tempo  que  afirmavam  o  povo 
 na  política,  o  negavam  na 
      pol 
         í 
 cultura, fazendo da incultura o 
 traço       intrínseco       que 
 tra 
    ç        intr 
                 í 
 configurava  a  identidade  dos 
 setores  populares  e  o  insulto 
 com  que  tapavam  sua 
 interessada  incapacidade  de 
 aceitar  que,  nesses  setores, 
 pudesse  haver  experiências  e 
 matrizes de outra cultura.
 matrizes de outra cultura. 
n  A  televisão  tem  muito  menos 
n
  de  instrumento  de  ócio  de 
                          ó 
  diversão  do  que  de  cenário 
                           cen á 
  cotidiano  das  mais  secretas 
  perversões  do  social  e 
  também  da  constituição  de 
  tamb  é        constitui ç 
  imaginários  coletivos,  a  partir 
  imagin  á 
  dos  quais  as  pessoas  se 
  reconhecem e representam o 
  que  têm  direito  de  esperar  e 
  desejar.
  desejar. 
Os  autores  lançam  então  a 
                         lan 
                            ç 
n 
n
     seguinte  questão:  Que  política  pol 
                                           í 
     educativa  seria  cabível  em  um 
                            cab 
                               í 
     contexto  em  que  a  mídia  nos 
                                  m  í 
     idiotiza,  nos  poupa  de  pensar  e 
     nos  rouba  a  solidão?  Os  mesmos 
     em  seguida  afirmam  que  é  a 
     televisão  em  si  mesma,  e  não 
     algum  tipo  de  programa,  que 
     reflete  e  reforça  a  incultura  e  a 
                  refor 
                       ç 
     estupidez  das  maiorias.  Com  o 
     argumento  de  que  “para  ver 
                                  “ 
     televisão  não  se  necessita 
     aprender”,  a  escola  –  que  nos 
     aprender   ” 
     ensina  a  ler  –  não  teria  nada  a 
     fazer aqui.
     fazer aqui. 
Nenhuma  possibilidade,  nem  necessidade, 
n 
n
     de  formar  uma  visão  crítica  que  distinga 
                                cr 
                                  í 
     entre       informação      independente     e 
                 informa 
                        ç 
     informação  submissa  ao  poder  econômico 
     informa  ç 
     e político, entre os programas que buscam 
     e pol í 
     se conectar com as contradições, as dores 
     se conectar com as contradi       ç 
     e  as  esperanças  de  nossos  países  e 
              esperan  ç                  pa 
                                            í 
     aqueles  que  nos  oferecem  evasão  e 
     consolo,  entre  cópias  baratas  do  que  é 
                        c ó 
     imperante  e  trabalhos  que  fazem 
     experiência  com  as  linguagens,  entre  o 
     esteticismo  formalista  que  explora  as 
     tecnologias  de  maneira  exibicionista  e  a 
     investigação estética que incorpora o vídeo 
     investiga  ão est  tica que incorpora o v 
               ç        é                      í 
     e  o  computador  à  construção  de  nossas 
                             constru  ç 
     memórias  e  à  imaginação  de  nossos 
     mem   ó               imagina  ç 
     futuros.
     futuros. 
n  Inserida na experiência global, 
n
 a  experiência  cultural  latino­ 
                           latino 
 americana deste fim de século 
 americana deste fim de s   é 
 não  pode  ser  pensada  fora 
 das      novas        estruturas 
 comunicativas  da  sociedade, 
 uma  vez  que  elas  configuram 
 boa  parte  de  suas  apostas  e 
 de seus pesadelos.
 de seus pesadelos. 
Os autores se referem  à  hegemonia 
n 
n
     da razão comunicacional que, diante 
     do  consenso  dialogal,  do  qual  se 
     nutra,  segundo  Habermas,  a  “razão 
                       Habermas  “ 
     comunicativa”,  se  acha  carregada 
     comunicativa  ” 
     de  opacidade  discursiva  e  de 
     ambigüidade  política,  introduzida 
     ambig  ü         pol 
                         í 
     pela  mediação  tecnológica  e 
              media ç        tecnol 
                                   ó 
     mercantil,  cujos  dispositivos  –  a 
     fragmentação  que  desloca  e 
     fragmenta  ç 
     descentra,  o  fluxo  que  globaliza  e 
     comprime,       a      conexão,    que 
     desmaterializa e hibrida  –  agenciam 
     o devir mercado da sociedade.
     o devir mercado da sociedade. 
n  A fascinação  tecnológica  produz 
     fascina  ç      tecnol ó 
n
  densos         e       desconcertantes 
  paradoxos:  a  convivência  da 
  opulência  comunicacional  com 
  debilidade  do  público,  a  maior 
                      p ú 
  disponibilidade  de  informação  com 
                         informa ç 
  a  deterioração  palpável  da 
       deteriora  ç        palp 
                               á 
  educação  formal,  a  explosão 
  educa  ç 
  contínua  de  imagens  com  o 
  cont 
      í 
  empobrecimento  da  experiência,  a 
  multiplicação infinita dos signos em 
  multiplica ç 
  uma  sociedade  que  padece  do 
  maior déficit simbólico.
  maior d  ficit simb  lico. 
           é           ó 
n  A  convergência  entre  sociedade  de 
n
  mercado  e  racionalidade  tecnológica 
                                   tecnol 
                                         ó 
  dissocia  a  sociedade  em  “sociedades 
                                  “ 
  paralelas”:  a  dos  conectados  à  infinita 
  paralelas ” 
  oferta de bens e saberes, a dos  inforricos 
  e  a  dos  excluídos  tanto  dos  bens  mais 
             exclu 
                  í 
  elementares  como  da  informação  exigida 
                           informa ç 
  para poder decidir como cidadãos.
  para poder decidir como cidadãos. 
n  É  impossível  saber  o  que  a  televisão  faz 
      imposs 
            í 
n
   com  as  pessoas,  se  desconhecermos  as 
   demandas  sociais  e  culturais  que  as 
   pessoas fazem à televisão. 
n  Se  a  televisão  atrai  é  porque  a  rua 
n
   expulsa,  é  dos  medos  que  vivem  as 
   mídias.
   m dias. 
     í 
n  Se as novas condições de vida na cidade 
n Se as novas condi ç 
 exigem  a  reinvenção  de  laços  sociais  e 
              reinven ç        la 
                                 ç 
 culturais,  são  as  redes  audiovisuais  que 
 instauram,  a  partir  de  sua  própria  ll  gica, 
                                            ó
                                 pr 
                                   ó        ó 
 as  novas  figuras  dos  intercâmbios 
 urbanos.
 urbanos. 
n  Enquanto a cultura do texto criou espaços 
n Enquanto a cultura do texto criou espa ç 
 de  comunicação  exclusiva  entre  os 
        comunica  ç 
 adultos,  instaurando  uma  marcada 
 segregação  entre  adultos  e  crianças,  a 
 segrega   ç                       crian 
                                        ç 
 televisão  provoca  um  curto­circuito  nos 
                            curto 
                                 ­ 
 filtros      da     autoridade       parental, 
 transformando os modos de circulação da 
 transformando os modos de circula      ç 
 informação no lar.
 informa  ão no lar. 
          ç 
n  Enquanto  o  livro  disfarça  seu  controle 
                       disfar 
                             ç 
n
 através  de  seu  estatuto  de  objeto  cultural 
 atrav 
      é 
 e  da  complexidade  de  seus  temas  e  de 
 seu  vocabulário,  o  controle  da  televisão 
      vocabul  á 
 não admite disfarces, tornando explícita a 
 não admite disfarces, tornando expl      í 
 censura.
 censura. 
n  Que  atenção  estão  prestando  as 
        aten ç 
n
 escolas,  e  inclusive  as  faculdades  de 
 educação,  às  modificações  profundas 
 educa  ç     à  modifica  ç 
 na  percepção  do  espaço  e  do  tempo 
     percep  ç        espa ç 
 vividas  pelos  adolescentes,  inseridos 
 em  processos  vertiginosos  de 
 desterritorialização  da experiência e da 
 desterritorializa 
                  ç 
 identidade,      apegados        a   uma 
 contemporaneidade  cada  dia  mais 
 reduzida  à  atualidade,  e  no  fluxo 
 incessante       e     embriagador      de 
 informações e imagens?
 informa  ões e imagens? 
         ç 
n  Que significam aprender e saber no tempo 
n
 da  sociedade  informacional  e  das  redes 
 que  inserem  instantaneamente  o  local  no 
 global?
 global? 
Que  deslocamentos  cognitivos  e 
n 
n
   institucionais  estão  exigindo  os 
   novos  dispositivos  de  produção  e 
                             produ ç 
   apropriação  do  conhecimento  a 
    apropria  ç 
   partir  da  interface  que  enlaça  as 
                               enla 
                                   ç 
   telas domésticas da televisão com 
    telas dom   é 
   as  laborais  do  computador  e  as 
   ll  dicas dos videogames? 
     ú
     ú 
n  Está  a educação se encarregando 
n Est  a educa     ç 
   dessas indagações?
    dessas indaga  ões? 
                    ç 
n  E, 
     se  não  o  está  fazendo,  como  pode 
                  est 
n
  pretender  ser  hoje  um  verdadeiro  espaço 
                                        espa 
                                            ç 
  social  e  cultural  de  produção  e 
                                 produ ç 
  apropriação de conhecimentos?
  apropria  ão de conhecimentos? 
          ç 
n  O problema  de  fundo  está  no  desafio 
                              est 
n
  proposto        por      um       ecossistema 
  comunicativo  no  qual  o  que  emerge  é 
  outra  cultura,  outro  modo  de  ver  e  de  ler, 
  de aprender e conhecer.
  de aprender e conhecer. 
n  A realidade cotidiana da escola demonstra 
n
 que  a  leitura  e  a  escritura  não  são  uma 
 atividade  criativa  e  prazerosa,  porém, 
                                          por é 
 predominantemente uma tarefa obrigatória 
 predominantemente uma tarefa obrigat         ó 
 e  entediante,  sem  possibilidades  de 
     entediante 
 conexão  com  dimensões­chave  da  vida 
                   dimensões    ­ 
 dos adolescentes.
 dos adolescentes. 
n  Diante  da  cultura  oral,  a  escola  se 
n
  encontra  tão  desprovida  de  modos  de 
  interação, e tão na defensiva, como diante 
  intera 
        ç 
  do audiovisual.
  do audiovisual. 
Pela  maneira  como  se  apega  ao  livro,  a  escola 
n 
n
     desconhece tudo o que de cultura se produz e circula 
     pelo  mundo  da  imagem  e  das  oralidades:  dois 
     mundos  que  vivem,  justamente,  da  hibridação  e  da 
                                           hibrida 
                                                  ç 
     mestiçagem, do revolvimento de memórias territoriais 
     mesti  agem, do revolvimento de mem 
          ç                                 ó 
     com imaginários des­localizados.
     com imagin á    des  localizados 
                         ­           . 
n  Ao reivindicar a presença da cultura oral e da 
n Ao reivindicar a presen ç 
 audiovisual,  não  estamos  desconhecendo, 
 de  modo  algum,  a  vigência  da  cultura 
 letrada, mas desmontando sua pretensão de 
 ser  a  única  cultura  digna  desse  nome  e  o 
         ú 
 eixo cultural de nossa sociedade.
 eixo cultural de nossa sociedade. 
Estamos  diante  de  uma  mudança  nos 
                                      mudan  ç 
n 
n
     protocolos  e  processos  de  leitura,  que 
     não  significa,  nem  pode  significar,  a 
     simples  substituição  de  um  modo  de  ler 
               substitui 
                        ç 
     por  outro,  senão  a  articulação  complexa 
                             articula ç 
     de  um  e  outro,  da  leitura  de  textos  e  da 
     de  hipertextos,  da  dupla  inserção  de  uns 
                                   inser ç 
     em outros, com tudo o que isso implica de 
     continuidades         e       rupturas,        de 
     reconfiguração  da  leitura  como  conjunto 
     reconfigura  ç 
     de  modos  muito  diversos  de  navegar 
     pelos textos.
     pelos textos. 
n  É por  essa  pluralidade  de  escritas  que 
n
  passa,  hoje,  a  construção  de  cidadãos, 
                    constru 
                           ç 
  que  saibam  ler  tanto  jornais  como 
  noticiários  de  televisão,  videogames, 
  notici 
        á 
  videoclipes e hipertextos.
  videoclipes e hipertextos. 
Imagens e Pol ítica 
          Imagens e Pol í 




Apresentação: Impactos das Tecnologias na Sociedade
n  As televisões  públicas  deveriam  encontrar 
                   p ú 
n
  um  equilíbrio  difícil  entre  uma  programação 
      equil í     dif 
                     í                 programa  ç 
  generalista,  isto  é,  orientada  para  a  maioria 
                      é 
  do público, com uma programação que leve 
  do p  blico, com uma programa 
       ú                               ç 
  em  conta  os  direitos  das  minorias,  aquelas 
  que  não  costumam  se  acomodar  às            à 
  descrições das populações­objetivos.
  descri  ões das popula  ões  objetivos. 
         ç                   ç  ­ 
n  Uma       televisão    que 
n
 transmita futebol junto com 
 encenações de  ópera e de 
 encena   ç          ó 
 filmes,  que  não  costumam 
 ser  exibidos  normalmente 
 nas salas comerciais, com 
 eventos  próximos  às 
                pr 
                  ó        à 
 sensibilidades          mais 
 contemporâneas           dos 
 jovens.
 jovens. 
n  Se as  televisões  comerciais  aumentam  as 
n
  possibilidades  de  contraste  cultural,  bem 
  como o acesso à informação ou à recorrência 
                    informa  ç 
  a  modelos  de  vida  diferentes  dos  próprios, 
                                         pr 
                                           ó 
  também       segmentam,       padronizam      e 
  tamb é 
  submetem  as  realidades  a  incisivos 
  processos de redução e banalização.
  processos de redu  ão e banaliza  ão. 
                     ç               ç 
n  Seria de supor que as televisões públicas se 
n Seria de supor que as televisões p ú 
 defrontam  com  o  desafio  de  oferecer  outros 
 âmbitos  de  ficção  e  imaginação,  outras 
                fic 
                   ç       imagina  ç 
 entradas  compreensivas  aos  problemas 
 cotidianos,  outras  maneiras  de  confrontar 
 publicamente  os  temas  concernentes  aos 
 cidadãos.
 cidadãos. 
n  Como afirmou Umberto Eco para a leitura, 
n
 todo  texto  gera  seu  leitor­modelo.  Canais 
                         leitor 
                               ­ 
 e programas criam audiências­modelo que 
 e programas criam audiências      ­ 
 são  muito  mais  do  que  espectadores 
 fortuitos.  Trata­se  de  grupos  ou  de  tribos 
             Trata 
                  ­ 
 identificáveis  tanto  por  suas  preferências 
 identific 
          á 
 midiáticas como por suas decisões vitais.
 midi á       como por suas decisões vitais. 
n  A     renovação         dos      públicos     é 
         renova  ç                  p ú 
n
  acompanhadas            pelas      modificações 
                                     modifica ç 
  cognitivas,  isto  é,  pelas  diferentes  formas 
                     é 
  de  interpretação  e  apropriação  das 
        interpreta  ç          apropria  ç 
  mensagens  televisivas  e  de  sua 
  localização  em  outros  contextos  de  suas 
  localiza ç 
  vidas cotidianas.
  vidas cotidianas. 
n  A empresarialização  produz  uma  gama 
     empresarializa ç 
n
  importante  de  efeitos:  ao  lado  das 
  necessidades  de  adequar  as  propostas 
  comunicativas  às  exigências  do  consumo 
                 à 
  estão  os  processos  de  padronização, 
                               padroniza ç 
  reduzindo as especificidades para circular 
  mais  facilmente  em  circuitos  comerciais 
  que  requerem  produtos  bastante 
  homogêneos  e  que,  além  disso, 
                               al 
                                 é 
  costumam ter uma rápida obsolescência.
  costumam ter uma r  pida obsolescência. 
                       á 
n  Os tempos  internos  da  elaboração  midiática 
                              elabora  ç  midi   á 
n
  variam  ao  ingressar  nas  ll  gicas  da  produção 
                                ó
                                ó            produ 
                                                  ç 
  industrial, enquanto suas realizações são mais 
  industrial, enquanto suas realiza   ç 
  permeáveis  à  intersecção  de  gêneros,  à 
  perme  á          intersec 
                            ç 
  experimentação e à espetacularização.
  experimenta   ç       espetaculariza  ão 
                                          ç  . 
A  diversificação  da  produção  da  empresa 
          diversifica 
                     ç          produ ç 
n 
n
     multimidial  (que  integra  recreação,  acesso  ao 
                                  recrea  ç 
     conhecimento,  educação,  informação,  etc.)  gera 
                        educa 
                             ç    informa  ç 
     especialização  ainda  mais  sofisticadas  tantos  dos 
     especializa ç 
     tipos  de  jornalismo  como  de  suas  modalidades 
     narrativas e de integração das mídias.
     narrativas e de integra  ão das m dias. 
                             ç         í 
n  A consolidação  de  um  “nós”  da  sociedade 
     consolida  ç            “  ó 
                              n  s 
n
  civil  diante  das  manifestações  autoritárias, 
                      manifesta ç      autorit 
                                              á 
  venham  de  onde  vierem,  a  formação  de  um 
                                 forma ç 
  espaço  comum  e  de  revelação,  onde  a 
  espa   ç                   revela ç 
  sociedade  civil  se  expresse  em  sua 
  pluralidade,  são  desafios  com  que  hoje  se 
  defrontam as mídias na busca de visibilidade.
  defrontam as m dias na busca de visibilidade. 
                   í 
n  O  que  se  viu  na  histórica  da  televisão  foi 
                        hist 
                            ó 
n
  uma  paulatina  moldabilidade  do  público  a 
                                          p 
                                           ú 
  qual  emerge  das  tensões  entre  o 
  comercial  e  o  cultural,  da  significação  do 
                                  significa  ç 
  massificado  inaugurada  pela  mídia  diante 
                                     m í 
  de uma tradição marcada por experiências 
  de uma tradi  ç 
  mais  elitistas,  das  interações  –  quase 
                          intera  ç 
  sempre  conflituosas  –  entre  as  iniciativas 
  privadas  e  os  limites  regulamentares  dos 
  Estados protetores.
  Estados protetores. 
n  As idéias de uma globalização do político que 
n As id  ias de uma globaliza  ão do pol 
        é                    ç          í 
 “respeite  os  dialetos”,  segundo  Vattimo,  mas 
 “              dialetos ”           Vattimo 
 que,  por  sua  vez,  enfrente  efetivamente  o 
 poder  das  grandes  instâncias  transnacionais 
 – diante das quais têm muito pouco a fazer os 
 Estados nacionais –, faz parte das discussões 
                      – 
 mais candente hoje.
 mais candente hoje. 
n  Diante  da  televisão  não  existem  somente 
n
  telespectadores:  cada  vez  são  mais 
  complexas  as  interações  entre  mídias  e 
                  intera 
                        ç             m í 
  cidadania, entre televisão e política.
  cidadania, entre televisão e pol tica. 
                                  í 
n  Acostumada  aos  silêncios 
n
 e  ao  subterfúgio,  a 
            subterf ú 
 corrupção      tem       uma 
 corrup  ç 
 capacidade  de  mimetismo 
 assombrosa;  com  relativa 
 facilidade  se  adapta  às à 
 exigências  da  informação 
                  informa  ç 
 e  se,  no  passado,  sua 
 força consistia em proteger 
 for 
    ç 
 a  qualquer  preço  a  sua 
               pre ç 
 privacidade,            agora 
 consiste  em  se  acomodar 
 com cinismo à visibilidade.
                 visibilidade. 
n  No  que  concerne  às  indústrias  culturais, 
                        à  ind ú 
n
  digamos,  para  começar,  que  elas  constituem 
                  come 
                      ç 
  hoje  a  mais  complexa  reorganização  da 
                              reorganiza ç 
  hegemonia.
  hegemonia. 
n  As  contradições  latino­americanas  que 
        contradi 
                ç     latino 
                            ­ 
n
  atravessam  e  sustentam  sua  globalizada 
  integração  desembocam  decisivamente 
  integra ç 
  na  pergunta  acerca  do  peso  que  as 
  indústrias  do  audiovisual  estão  tendo 
  ind ú 
  nesses  processos,  jj  que  elas  jogam  no 
                        á 
  terreno estratégico das imagens que de si 
  terreno estrat  é 
  mesmos fazem os povos e com as que se 
  fazem reconhecer pelos demais povos.
  fazem reconhecer pelos demais povos. 
n  Se    há  um  poderoso  movimento  de 
         h 
n
  integração  –  entendida  esta  como 
  integra ç 
  superação  de  barreiras  e  dissolução  de 
  supera  ç                        dissolu ç 
  fronteiras  ­,  este  é  o  que  passa  pelas 
              ­ 
  indústrias  culturais  das  mídias  de  massa  e 
  ind ú                       m 
                               í 
  das tecnologias da informação.
  das tecnologias da informa  ão. 
                                ç 
n  Porém,  por  outro  lado,  são  essas  mesmas 
n Por é 
 indústrias que reforçam e tornam mais densa 
 ind  strias que refor 
     ú                 ç 
 a desigualdade do intercâmbio e as que mais 
 fortemente  aceleram  a  integração  da 
                                   integra 
                                          ç 
 heterogeneidade  cultural  de  seus  povos  à 
 indiferença do mercado.
 indiferen  a do mercado. 
           ç 
n  A crise do cinema, por um lado, e a superação 
n A crise do cinema, por um lado, e a supera ç 
 dos  extremismos  ideológicos,  por  outro,  iam 
                     ideol ó 
 incorporando a televisão, sobretudo através da 
 incorporando a televisão, sobretudo atrav     é 
 telenovela,  muitos  artistas,  escritores,  atores, 
 que  aportam  temáticas  e  estilos  pelos  quais 
               tem  á 
 passam  dimensões­chave  da  vida  e  das 
           dimensões   ­ 
 culturas nacionais e locais.
 culturas nacionais e locais. 
O  melhor  exemplo  da  complexidade  adquirida, 
n 
n
   nesses anos, pela indústria telenovelesca talvez seja 
   nesses anos, pela ind  ú 
   Roque Santeiro: 
n  Média  de  100  capítulos  e  300  min  de  ficção  por 
n M  é              cap 
                       í                          fic 
                                                     ç 
   semana; 
n  Custo  de  uma  novela:  entre  1  milhão  e  1  milhão  e 
n
   meio de dólares. 
   meio de d ó 
n  Cada capítulo: entre $10.000 e $15.000.
n Cada cap tulo: entre $10.000 e $15.000. 
             í 
O  que  torna  especialmente  tenso  o  diálogo  do 
                                                di 
                                                  á 
n 
n
     campo  literário  com  a  televisão  é  a  dificuldade 
              liter 
                   á 
     de captar que o que faz o sucesso dessa mídia 
     de captar que o que faz o sucesso dessa m          í 
     remete  –  mais  além  da  superficialidade  dos 
                         al 
                           é 
     assuntos,  dos  esquematismos  narrativos  e  dos 
     estratagemas  do  mercado  –  às  transformações 
                                      à  transforma    ç 
     tecnoperceptivas  que  permitem  às  massas 
                                              à 
     urbanas  se  apropriar  da  modernidade  sem 
     deixar sua cultura oral, incorporar­se por fora da 
     deixar sua cultura oral, incorporar  ­ 
     escola  à  alfabetização  das  novas  linguagens  e 
                 alfabetiza 
                           ç 
     das novas escritas do ecossistema comunicativo 
     e informacional.
     e informacional. 
n  As maiorias  que  apreciam  a  telenovela 
n
  não mais desfrutam tanto do ato de vê­la, 
  não mais desfrutam tanto do ato de vê      ­ 
  senão  mais  de  contá­la  e  é  nesse  relato 
                     cont  ­ 
                         á 
  que  se  faz  “realidade”  a  confusão  entre 
                “ 
                 realidade 
  narração  e  experiência,  em  que  a 
  narra 
       ç 
  experiência  se  incorpora  ao  relato,  que 
  narra as peripécias da telenovela.
  narra as perip  cias da telenovela. 
                  é 
Concluindo... 
     Concluindo,       Jesús      Martín­ 
                       Jes 
                          ú       Mart n 
                                       í 
n 
n
     Barbero  percorre  o  caminho  das 
     identidades  culturais  e  a  coloca 
     no  plano  do  descentramento. 
                        descentramento 
     Para  Ana  Carolina  Escosteguy, 
                            Escosteguy 
     Martín­Barbero  vê  os  meios  de 
     Mart n 
          í  ­ 
     comunicação  como  lugar  de 
     comunica    ç 
     construção  de  identidades,  além 
     constru  ç                     al 
                                      é 
     de  ser  um  fenômeno  marcado 
     por          modernidades            e 
     descontinuidades  e  de  onde  se 
     origina        uma     idéia      de 
                            id 
                              é 
     mestiçagem.
     mesti  agem. 
           ç 
A  leitura  de  Martín­Barbero,  que  parte  da  obra  'Dos 
                     Mart n  Barbero 
                         í  ­ 
n 
n
     meios  às  mediações',  por  exemplo,  é  povoada  de 
              à  media  ç 
     questões  que  se  desencontram  durante  o  percurso 
     teórico do autor.  É difícil traçar um roteiro que indique 
     te 
       ó                    dif cil tra 
                               í       ç 
     com  precisão  o  que  Martín­Barbero  entende  por 
                                   Mart n 
                                         í  ­ 
     identidades na  América­Latina, mas  é  indiscutível sua 
                      Am  rica  Latina 
                           é  ­                 indiscut 
                                                        í 
     contribuição  com  conceitos  como  o  de  mediações, 
     contribui ç                                    media  ç 
     embora  não  haja  uma  reflexão  maior  a  partir  daí  por 
                                                         da 
     parte do autor.
     parte do autor. 
Escosteguy e  Jacks  Insistem que o pensamento 
n 
n
     de  Martín­Barbero,  mesmo  que  ainda  em 
          Mart n  Barbero 
               í  ­ 
     andamento,  configura  uma  proposta  teórico­ 
                                                te  rico 
                                                  ó 
     metodológica  fundada  no  deslocamento  do 
     metodol  ó 
     estudo  dos  meios  em  si  mesmos  ou  por  si 
     mesmos  para  sua  inserção  na  cultura. 
                                inser 
                                     ç 
     Entretanto,  essa  quot;outraquot;  percepção  da  cultura, 
                                  percep 
                                        ç 
     pelo menos na obra  “Dos meios  às mediações” 
                             “            à 
                                           s media  ões 
                                                  ç 
     (1997),  reivindica  a  observação  de  dimensões 
                             observa ç 
     do conflito social.
     do conflito social. 
REFERÊNCIAS 

MARTÍN­BARBERO, Jésus; REY, Germán. Os exercícios do ver: Hegemonia audiovisual e ficção televisiva. 2. 
ed. São Paulo: SENAC, 2004. 

ICOD  –  RED_IBEROAMERICANA_DE_COMUNICACION_DIGITAL.  Entrevistas:  Jesús  Martín  Barbero 
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GOOGLE               –          Pesquisa           de         Imagens.           Disponível                 em: 
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ESCOSTEGUY,  Ana  Carolina  D.;  JACKS,  Nilda  A.  Objeções  à  associação  entre  estudos  culturais  e 
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REFERÊNCIAS 

Kibe       Loco.      A     LENTE     DA     VERDADE         (DESDOBRAMENTOS).            Disponível      em: 
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Mediação audiovisual e ficção televisiva

  • 1. Hegemonia Audiovisual e Ficção Televisiva  Hegemonia Audiovisual e Fic  ç  Aprendemos...  Ø10%  do que lemos  Ø20%  do que ouvimos  Ø30%   do que vemos  Ø50%  do que vemos e ouvimos  Ø70%  do que discutimos com outras pessoas  Ø80%  do que experimentamos  Ø95%  do que ensinamos a outras pessoas  William Glasser in Seven Ways of Knowing  Criado por Alex Sandro C. Sant’Ana – Dezembro/2006
  • 3. n  Jesús  Martín­Barbero  é  espanhol,  n Jes ú  Mart n  í  ­  residente desde 1963 na Colômbia,  e  um  dos  maiores  teóricos  te  ó  contemporâneos da comunicação e  contemporâneos da comunica  ç  da cultura na América Latina. Uniu­  da cultura na Am  rica Latina. Uniu  é  Martín­Barbero  se,  neste  livro,  ao  psicólogo  e  psic ó  professor  colombiano  Germán  Rey  Germ  á  para análise de um fenômeno social  para an  á  e  cultural  de  crescente  importância  também  no  Brasil:  o  poder  da  tamb  é  televisão  sobre  o  imaginário  das  imagin  á  Rey pessoas. 
  • 4. A  obra  de  Martín­Barbero  é  conhecida  por  realizar  Mart n  í  ­  n  n deslocamentos  e  rupturas .  Deslocamentos  dos  lugares  rupturas  tradicionais  de  onde  são  feitas  as  perguntas.  Rupturas  com  as  respostas  reducionistas  e  maniqueístas  “à  direita  manique  í  e  à  esquerda”.  O  resultado  pode  ser  sintetizado  num  esquerda  ”  trabalho  de  construção  teórico­metodológica  conhecido  constru  ç  te  rico  metodol  ó  ­  ó  como  mapa  noturno ,  uma  cartografia  para  explorar  as  noturno  mediaç ões  que  é  um  marco  a  partir  do  qual  se  podem  media  ç  estudar  as  novas  complexidades  nas  relações  entre  rela  ç  comunicação, cultura e política. comunica  ão, cultura e pol tica.  ç  í 
  • 5. n  Proposta  do  autor:  Seguir  e  explorar  as  n mediações  que  se  dão  entre  as  ll  gicas  de  ó media ç  ó  produ ç ão  e as  ll  gicas de recep ç ão , entre as  ó gicas de recep  ão  produ ç  ó  ç  matrizes culturais e os formatos industriais . formatos industriais  . 
  • 6. n  Seus  estudos  dos  últimos  anos  é  um  notável  ú  not  á  n esforço  no  sentido  de  oferecer  pistas  para  esfor  ç  elucidar  “entre­ver”  (como  diz  ele)  cada  vez  “  entre  ver  ­  mais as relações entre meios e mediaç ões . mais as rela ç  media  ões  ç  . 
  • 7. n  Nele  reaparece  a  centralidade  ocupada  n pela  mediação  da  cultura  popular,  media  ç  verdadeira marca registrada do autor. E a  novidade  fica  por  conta  da  análise  do  an á  meio  televisão  como  mediaç ão  “tecno­  media  ç  “  tecno  ll  gica”  e  cultural,  pela  qual  a  televisão  é  ó gica  ó  tratada  através  das  hibridações  entre  atrav  é  hibrida ç  tecnicidade e visualidade. visualidade  . 
  • 8. n  Nos  marcos  dessas  duas  categorias  a  televisão  n torna­se  experiência  comunicativa  e  cultural  nos  torna ­  processos  de  “des­construção”  e  “re­construção”  “  ­  des  constru  ão  ç  “  ­  re  constru  ão  ç  das  identidades  coletivas,  lugar  onde  se  trava  a  estratégica  batalha  cultural  do  nosso  tempo.  estrat é  Desse  referencial  teórico  desenvolvido  ao  longo  te ó  dos  capítulos  I  e  II  resulta,  no  capítulo  III,  uma  cap  í  cap í  pesquisa empírica na forma de um notável estudo  pesquisa emp rica na forma de um not  í  á  de caso da ficção televisiva na Colômbia. da fic  ão televisiva na Colômbia.  ç 
  • 9. n  Fazer  avançar  metodologicamente  a  pesquisa  avan ç  n das  mediaç ões  (até  agora  referida  como  media  ç  (at  sinônimo  de  pesquisa  de  recep ç ão )  é  fazer  do  recep  ão  ç  cotidiano  mediatizado  o  seu  ll  cus  preferencial  de  ó ó  estudo,  porém  mais  ampliado,  tal  como  aqui  por  é  sugerimos,  por  meio  da  incorporação  das  noções  incorpora  ç  no  ç  de  tecnicidade  e  de  visualidade  como  novos  “lugares metodológicos”. “  lugares metodol  gicos  .  ó  ” 
  • 10. n Por  meio  da  noção  de  no  ç  n tecnicidade  é  possível  entender  poss  í  a técnica como constitutiva, como  a t  é  dimensão imanente de uma visão  antropológica de comunicação. antropol  gica de comunica  ão.  ó  ç 
  • 11. n  Na  técnica  há  novos  modos  de  perceber,  ver,  t  é  h  n ouvir,  ler,  aprender  novas  linguagens,  novas  formas  de  expressão,  de  textualidade  e  escritura.  Haveria  uma  espécie  de  esp  é  intermedialidade  como  experiência  comunicativa,  ou  seja,  de  muitas  interfaces  comunicativa  entre  os  diferentes  meios  e  destes  nos  diferentes  espaços  comunicativos  do  consumo  espa ç  e criação. e cria  ão.  ç 
  • 12. n  A técnica, portanto, está recolocando o lugar  n A t  cnica, portanto, est  é  da  imagem  tanto  na  ciência  (imagem  não  mais como obstáculo, mas parte de um novo  mais como obst á  modo  de  conhecer  e  de  construir  o  conhecimento) como na prática cotidiana. conhecimento) como na pr  tica cotidiana.  á 
  • 13. Encaminha  para  que  se  pesquise  a  partir  do  n  n reconhecimento  da  presença  central  da  cultura  oral  presen ç  como  oralidade  secund ária,  formada  por  aquelas  secund  ria  á  complexas  relações  que  hoje  se  produzem  na  rela  ç  América  Latina  entre  a  oralidade  que  perdura  como  Am  é  experiência  cultural  primária  das  maiorias  e  a  prim  á  visualidade  tecnológica,  tecidas  e  organizadas  pelas  tecnol ó  gramáticas  tecnoperceptivas  do  rádio, cinema,  vídeo,  gram  á  r  á  v í  música, computador. m  sica, computador.  ú 
  • 14. I  trodu  ão ntrodu ç ão  n ç 
  • 15. n  Desde o princípio, a imagem foi ao  n Desde o princ í  mesmo  tempo  meio  de  expressão,  de  comunicação  e  também  de  comunica  ç  tamb  é  adivinhação  e  iniciação,  de  adivinha  ç  inicia ç  encantamento e cura. encantamento e cura. 
  • 16. n  O livro  trata  dos  avatares  n culturais,  políticos  e  pol  í  narrativos  do  audiovisual,  especialmente da televisão. especialmente da televisão. 
  • 17. Primeiro Movimento  n  A hegemonia  audiovisual  está  est  n des­localizando  o  ofício  (e  a  des ­  of í  autoridade),  dos  intelectuais  e  introduzindo,  no  mundo  da  cultura  ocidental,  um  acre  sabor  de  decadência  incoercível, produzida pela des­  incoerc í  des  ordem  de  que  sofrem  as  autoridades e as hierarquias. autoridades e as hierarquias. 
  • 18. n  Na  América  Latina,  a  Am é  n hegemonia audiovisual  des­  des  cobre, põe a descoberto, as  cobre  contradições  de  uma  contradi ç  modernidade  outra,  à  qual  têm  acesso  e  da  qual  se  apropriam as maiorias, sem  deixar  a  cultura  oral,  mesclando­a  com  as  mesclando  ­  imagísticas  da  visualidade  imag í  eletrônica. eletrônica. 
  • 19. Segundo Movimento  n  Mais que uma enfermidade  n da  política,  a  mídia  de  pol  í  m í  massa  televisiva  indica  a  direção  da  crise  da  dire  ç  representação  e  as  representa  ç  transformações  que  está  transforma  ç  est  atravessando  a  identidade  da mídia. da m dia.  í 
  • 20. n  E isso  por  causa  das  rupturas  n vividas  pelo  espaço  audiovisual  espa  ç  em  seus  ofícios  e  alianças,  em  of  í  alian  ç  suas estruturas de propriedade e  gestão, e nas reconfigurações do  reconfigura ç  discurso televisivo. discurso televisivo. 
  • 21. n  Porém, pelo adensamento das mediações da  n Por  m, pelo adensamento das media  é  ç  sensibilidade e da teatralidade da política, ao  sensibilidade e da teatralidade da pol  í  mesmo  tempo  espaço  de  simulação  e  de  espa ç  simula ç  reconhecimento  social,  do  fazer  socialmente  visível  tanto  a  corrupção  como  sua  vis í  corrup  ç  fiscalização  e  denúncia,  tanto  os  dolorosos  fiscaliza  ç  den  ú  avatares da guerra. da guerra. 
  • 22. Terceiro Movimento  n  O  das  narrações  televisivas  narra  ç  n que  encarnam  a  inextricável  inextric  á  conexão  das  memórias  e  dos  mem  ó  imaginários,  a  geografia  imagin á  sentimental  que,  a  partir  do  bolero  e  do  tango,  se  reencantou  na  radionovela, no  radionovela  melodrama  cinematográfico  e,  cinematogr  á  finalmente na telenovela finalmente na telenovela 
  • 23. n  Com tudo que aí  circula de experiência  n Com tudo que a  do  mercado  em  renovar  o  desgaste  narrativo  –  juntando  o  contar  contos  com  o  saber  fazer  contas  ­,  porém  ­  por é  também com as lutas dos povos do sul  tamb é  para  passar  a  contar  nas  decisões,  que  os  afetam,  isto  é,  pelo  direito  de  é  contar  suas  histórias  e  hist  ó  descobrir/recriar  nelas  –  nos  relatos  que  as  fazem  local  e  mundialmente  reconhecíveis – sua identidade plural. reconhec  í  sua identidade plural. 
  • 24. n  O  estouro  das  fronteiras  espaciais  e  n temporais  que  eles  introduzem  no  campo  cultural,  des­localiza  os  saberes,  des  ­  deslegitimando as fronteiras entre razão e  imaginação, saber e informação, natureza  imagina  ão, saber e informa  ç  ç  e  artifício,  ciência  e  arte,  saber  artif  í  especializado e experiência profana. especializado e experiência profana. 
  • 25. Que relaç ões os professores e  Que rela  ç  alunos estão estabelecendo com  as tecnologias? as tecnologias? 
  • 26. n  Se j á não se escreve, nem se lê como  n Se j  antes,  é  porque  tampouco  se  pode  ver, nem expressar como antes. ver, nem expressar como antes. 
  • 27. Experiência Audiovisual e Des ­Ordem  Des ­  Cultural  Clique aqui e faça o download do curta­metragem  “Compre­me: Eu, Vontade de Morrer”
  • 28. n  Confundindo  iletrado  com  n inculto,  as  elites  ilustradas,  desde  o  século  XVIII,  ao  s  é  tempo  que  afirmavam  o  povo  na  política,  o  negavam  na  pol  í  cultura, fazendo da incultura o  traço  intrínseco  que  tra  ç  intr  í  configurava  a  identidade  dos  setores  populares  e  o  insulto  com  que  tapavam  sua  interessada  incapacidade  de  aceitar  que,  nesses  setores,  pudesse  haver  experiências  e  matrizes de outra cultura. matrizes de outra cultura. 
  • 29. n  A  televisão  tem  muito  menos  n de  instrumento  de  ócio  de  ó  diversão  do  que  de  cenário  cen á  cotidiano  das  mais  secretas  perversões  do  social  e  também  da  constituição  de  tamb  é  constitui ç  imaginários  coletivos,  a  partir  imagin  á  dos  quais  as  pessoas  se  reconhecem e representam o  que  têm  direito  de  esperar  e  desejar. desejar. 
  • 30. Os  autores  lançam  então  a  lan  ç  n  n seguinte  questão:  Que  política  pol  í  educativa  seria  cabível  em  um  cab  í  contexto  em  que  a  mídia  nos  m  í  idiotiza,  nos  poupa  de  pensar  e  nos  rouba  a  solidão?  Os  mesmos  em  seguida  afirmam  que  é  a  televisão  em  si  mesma,  e  não  algum  tipo  de  programa,  que  reflete  e  reforça  a  incultura  e  a  refor  ç  estupidez  das  maiorias.  Com  o  argumento  de  que  “para  ver  “  televisão  não  se  necessita  aprender”,  a  escola  –  que  nos  aprender  ”  ensina  a  ler  –  não  teria  nada  a  fazer aqui. fazer aqui. 
  • 31. Nenhuma  possibilidade,  nem  necessidade,  n  n de  formar  uma  visão  crítica  que  distinga  cr  í  entre  informação  independente  e  informa  ç  informação  submissa  ao  poder  econômico  informa  ç  e político, entre os programas que buscam  e pol í  se conectar com as contradições, as dores  se conectar com as contradi  ç  e  as  esperanças  de  nossos  países  e  esperan  ç  pa  í  aqueles  que  nos  oferecem  evasão  e  consolo,  entre  cópias  baratas  do  que  é  c ó  imperante  e  trabalhos  que  fazem  experiência  com  as  linguagens,  entre  o  esteticismo  formalista  que  explora  as  tecnologias  de  maneira  exibicionista  e  a  investigação estética que incorpora o vídeo  investiga  ão est  tica que incorpora o v  ç  é  í  e  o  computador  à  construção  de  nossas  constru  ç  memórias  e  à  imaginação  de  nossos  mem  ó  imagina  ç  futuros. futuros. 
  • 32. n  Inserida na experiência global,  n a  experiência  cultural  latino­  latino  americana deste fim de século  americana deste fim de s  é  não  pode  ser  pensada  fora  das  novas  estruturas  comunicativas  da  sociedade,  uma  vez  que  elas  configuram  boa  parte  de  suas  apostas  e  de seus pesadelos. de seus pesadelos. 
  • 33. Os autores se referem  à  hegemonia  n  n da razão comunicacional que, diante  do  consenso  dialogal,  do  qual  se  nutra,  segundo  Habermas,  a  “razão  Habermas  “  comunicativa”,  se  acha  carregada  comunicativa  ”  de  opacidade  discursiva  e  de  ambigüidade  política,  introduzida  ambig  ü  pol  í  pela  mediação  tecnológica  e  media ç  tecnol  ó  mercantil,  cujos  dispositivos  –  a  fragmentação  que  desloca  e  fragmenta  ç  descentra,  o  fluxo  que  globaliza  e  comprime,  a  conexão,  que  desmaterializa e hibrida  –  agenciam  o devir mercado da sociedade. o devir mercado da sociedade. 
  • 34. n  A fascinação  tecnológica  produz  fascina  ç  tecnol ó  n densos  e  desconcertantes  paradoxos:  a  convivência  da  opulência  comunicacional  com  debilidade  do  público,  a  maior  p ú  disponibilidade  de  informação  com  informa ç  a  deterioração  palpável  da  deteriora  ç  palp  á  educação  formal,  a  explosão  educa  ç  contínua  de  imagens  com  o  cont  í  empobrecimento  da  experiência,  a  multiplicação infinita dos signos em  multiplica ç  uma  sociedade  que  padece  do  maior déficit simbólico. maior d  ficit simb  lico.  é  ó 
  • 35. n  A  convergência  entre  sociedade  de  n mercado  e  racionalidade  tecnológica  tecnol  ó  dissocia  a  sociedade  em  “sociedades  “  paralelas”:  a  dos  conectados  à  infinita  paralelas ”  oferta de bens e saberes, a dos  inforricos  e  a  dos  excluídos  tanto  dos  bens  mais  exclu  í  elementares  como  da  informação  exigida  informa ç  para poder decidir como cidadãos. para poder decidir como cidadãos. 
  • 36. n  É  impossível  saber  o  que  a  televisão  faz  imposs  í  n com  as  pessoas,  se  desconhecermos  as  demandas  sociais  e  culturais  que  as  pessoas fazem à televisão.  n  Se  a  televisão  atrai  é  porque  a  rua  n expulsa,  é  dos  medos  que  vivem  as  mídias. m dias.  í 
  • 37. n  Se as novas condições de vida na cidade  n Se as novas condi ç  exigem  a  reinvenção  de  laços  sociais  e  reinven ç  la  ç  culturais,  são  as  redes  audiovisuais  que  instauram,  a  partir  de  sua  própria  ll  gica,  ó pr  ó  ó  as  novas  figuras  dos  intercâmbios  urbanos. urbanos. 
  • 38. n  Enquanto a cultura do texto criou espaços  n Enquanto a cultura do texto criou espa ç  de  comunicação  exclusiva  entre  os  comunica  ç  adultos,  instaurando  uma  marcada  segregação  entre  adultos  e  crianças,  a  segrega  ç  crian  ç  televisão  provoca  um  curto­circuito  nos  curto  ­  filtros  da  autoridade  parental,  transformando os modos de circulação da  transformando os modos de circula  ç  informação no lar. informa  ão no lar.  ç 
  • 39. n  Enquanto  o  livro  disfarça  seu  controle  disfar  ç  n através  de  seu  estatuto  de  objeto  cultural  atrav  é  e  da  complexidade  de  seus  temas  e  de  seu  vocabulário,  o  controle  da  televisão  vocabul  á  não admite disfarces, tornando explícita a  não admite disfarces, tornando expl  í  censura. censura. 
  • 40. n  Que  atenção  estão  prestando  as  aten ç  n escolas,  e  inclusive  as  faculdades  de  educação,  às  modificações  profundas  educa  ç  à  modifica  ç  na  percepção  do  espaço  e  do  tempo  percep  ç  espa ç  vividas  pelos  adolescentes,  inseridos  em  processos  vertiginosos  de  desterritorialização  da experiência e da  desterritorializa  ç  identidade,  apegados  a  uma  contemporaneidade  cada  dia  mais  reduzida  à  atualidade,  e  no  fluxo  incessante  e  embriagador  de  informações e imagens? informa  ões e imagens?  ç 
  • 41. n  Que significam aprender e saber no tempo  n da  sociedade  informacional  e  das  redes  que  inserem  instantaneamente  o  local  no  global? global? 
  • 42. Que  deslocamentos  cognitivos  e  n  n institucionais  estão  exigindo  os  novos  dispositivos  de  produção  e  produ ç  apropriação  do  conhecimento  a  apropria  ç  partir  da  interface  que  enlaça  as  enla  ç  telas domésticas da televisão com  telas dom  é  as  laborais  do  computador  e  as  ll  dicas dos videogames?  ú ú  n  Está  a educação se encarregando  n Est  a educa  ç  dessas indagações? dessas indaga  ões?  ç 
  • 43. n  E,  se  não  o  está  fazendo,  como  pode  est  n pretender  ser  hoje  um  verdadeiro  espaço  espa  ç  social  e  cultural  de  produção  e  produ ç  apropriação de conhecimentos? apropria  ão de conhecimentos?  ç 
  • 44. n  O problema  de  fundo  está  no  desafio  est  n proposto  por  um  ecossistema  comunicativo  no  qual  o  que  emerge  é  outra  cultura,  outro  modo  de  ver  e  de  ler,  de aprender e conhecer. de aprender e conhecer. 
  • 45. n  A realidade cotidiana da escola demonstra  n que  a  leitura  e  a  escritura  não  são  uma  atividade  criativa  e  prazerosa,  porém,  por é  predominantemente uma tarefa obrigatória  predominantemente uma tarefa obrigat  ó  e  entediante,  sem  possibilidades  de  entediante  conexão  com  dimensões­chave  da  vida  dimensões  ­  dos adolescentes. dos adolescentes. 
  • 46.
  • 47. n  Diante  da  cultura  oral,  a  escola  se  n encontra  tão  desprovida  de  modos  de  interação, e tão na defensiva, como diante  intera  ç  do audiovisual. do audiovisual. 
  • 48. Pela  maneira  como  se  apega  ao  livro,  a  escola  n  n desconhece tudo o que de cultura se produz e circula  pelo  mundo  da  imagem  e  das  oralidades:  dois  mundos  que  vivem,  justamente,  da  hibridação  e  da  hibrida  ç  mestiçagem, do revolvimento de memórias territoriais  mesti  agem, do revolvimento de mem  ç  ó  com imaginários des­localizados. com imagin á  des  localizados  ­  . 
  • 49. n  Ao reivindicar a presença da cultura oral e da  n Ao reivindicar a presen ç  audiovisual,  não  estamos  desconhecendo,  de  modo  algum,  a  vigência  da  cultura  letrada, mas desmontando sua pretensão de  ser  a  única  cultura  digna  desse  nome  e  o  ú  eixo cultural de nossa sociedade. eixo cultural de nossa sociedade. 
  • 50. Estamos  diante  de  uma  mudança  nos  mudan  ç  n  n protocolos  e  processos  de  leitura,  que  não  significa,  nem  pode  significar,  a  simples  substituição  de  um  modo  de  ler  substitui  ç  por  outro,  senão  a  articulação  complexa  articula ç  de  um  e  outro,  da  leitura  de  textos  e  da  de  hipertextos,  da  dupla  inserção  de  uns  inser ç  em outros, com tudo o que isso implica de  continuidades  e  rupturas,  de  reconfiguração  da  leitura  como  conjunto  reconfigura  ç  de  modos  muito  diversos  de  navegar  pelos textos. pelos textos. 
  • 51. n  É por  essa  pluralidade  de  escritas  que  n passa,  hoje,  a  construção  de  cidadãos,  constru  ç  que  saibam  ler  tanto  jornais  como  noticiários  de  televisão,  videogames,  notici  á  videoclipes e hipertextos. videoclipes e hipertextos. 
  • 52. Imagens e Pol ítica  Imagens e Pol í  Apresentação: Impactos das Tecnologias na Sociedade
  • 53. n  As televisões  públicas  deveriam  encontrar  p ú  n um  equilíbrio  difícil  entre  uma  programação  equil í  dif  í  programa  ç  generalista,  isto  é,  orientada  para  a  maioria  é  do público, com uma programação que leve  do p  blico, com uma programa  ú  ç  em  conta  os  direitos  das  minorias,  aquelas  que  não  costumam  se  acomodar  às  à  descrições das populações­objetivos. descri  ões das popula  ões  objetivos.  ç  ç  ­ 
  • 54. n  Uma  televisão  que  n transmita futebol junto com  encenações de  ópera e de  encena  ç  ó  filmes,  que  não  costumam  ser  exibidos  normalmente  nas salas comerciais, com  eventos  próximos  às  pr  ó  à  sensibilidades  mais  contemporâneas  dos  jovens. jovens. 
  • 55. n  Se as  televisões  comerciais  aumentam  as  n possibilidades  de  contraste  cultural,  bem  como o acesso à informação ou à recorrência  informa  ç  a  modelos  de  vida  diferentes  dos  próprios,  pr  ó  também  segmentam,  padronizam  e  tamb é  submetem  as  realidades  a  incisivos  processos de redução e banalização. processos de redu  ão e banaliza  ão.  ç  ç 
  • 56. n  Seria de supor que as televisões públicas se  n Seria de supor que as televisões p ú  defrontam  com  o  desafio  de  oferecer  outros  âmbitos  de  ficção  e  imaginação,  outras  fic  ç  imagina  ç  entradas  compreensivas  aos  problemas  cotidianos,  outras  maneiras  de  confrontar  publicamente  os  temas  concernentes  aos  cidadãos. cidadãos. 
  • 57. n  Como afirmou Umberto Eco para a leitura,  n todo  texto  gera  seu  leitor­modelo.  Canais  leitor  ­  e programas criam audiências­modelo que  e programas criam audiências  ­  são  muito  mais  do  que  espectadores  fortuitos.  Trata­se  de  grupos  ou  de  tribos  Trata  ­  identificáveis  tanto  por  suas  preferências  identific  á  midiáticas como por suas decisões vitais. midi á  como por suas decisões vitais. 
  • 58. n  A  renovação  dos  públicos  é  renova  ç  p ú  n acompanhadas  pelas  modificações  modifica ç  cognitivas,  isto  é,  pelas  diferentes  formas  é  de  interpretação  e  apropriação  das  interpreta  ç  apropria  ç  mensagens  televisivas  e  de  sua  localização  em  outros  contextos  de  suas  localiza ç  vidas cotidianas. vidas cotidianas. 
  • 59. n  A empresarialização  produz  uma  gama  empresarializa ç  n importante  de  efeitos:  ao  lado  das  necessidades  de  adequar  as  propostas  comunicativas  às  exigências  do  consumo  à  estão  os  processos  de  padronização,  padroniza ç  reduzindo as especificidades para circular  mais  facilmente  em  circuitos  comerciais  que  requerem  produtos  bastante  homogêneos  e  que,  além  disso,  al  é  costumam ter uma rápida obsolescência. costumam ter uma r  pida obsolescência.  á 
  • 60. n  Os tempos  internos  da  elaboração  midiática  elabora  ç  midi  á  n variam  ao  ingressar  nas  ll  gicas  da  produção  ó ó  produ  ç  industrial, enquanto suas realizações são mais  industrial, enquanto suas realiza  ç  permeáveis  à  intersecção  de  gêneros,  à  perme  á  intersec  ç  experimentação e à espetacularização. experimenta  ç  espetaculariza  ão  ç  . 
  • 61. A  diversificação  da  produção  da  empresa  diversifica  ç  produ ç  n  n multimidial  (que  integra  recreação,  acesso  ao  recrea  ç  conhecimento,  educação,  informação,  etc.)  gera  educa  ç  informa  ç  especialização  ainda  mais  sofisticadas  tantos  dos  especializa ç  tipos  de  jornalismo  como  de  suas  modalidades  narrativas e de integração das mídias. narrativas e de integra  ão das m dias.  ç  í 
  • 62. n  A consolidação  de  um  “nós”  da  sociedade  consolida  ç  “  ó  n  s  n civil  diante  das  manifestações  autoritárias,  manifesta ç  autorit  á  venham  de  onde  vierem,  a  formação  de  um  forma ç  espaço  comum  e  de  revelação,  onde  a  espa  ç  revela ç  sociedade  civil  se  expresse  em  sua  pluralidade,  são  desafios  com  que  hoje  se  defrontam as mídias na busca de visibilidade. defrontam as m dias na busca de visibilidade.  í 
  • 63. n  O  que  se  viu  na  histórica  da  televisão  foi  hist  ó  n uma  paulatina  moldabilidade  do  público  a  p  ú  qual  emerge  das  tensões  entre  o  comercial  e  o  cultural,  da  significação  do  significa  ç  massificado  inaugurada  pela  mídia  diante  m í  de uma tradição marcada por experiências  de uma tradi  ç  mais  elitistas,  das  interações  –  quase  intera  ç  sempre  conflituosas  –  entre  as  iniciativas  privadas  e  os  limites  regulamentares  dos  Estados protetores. Estados protetores. 
  • 64. n  As idéias de uma globalização do político que  n As id  ias de uma globaliza  ão do pol  é  ç  í  “respeite  os  dialetos”,  segundo  Vattimo,  mas  “  dialetos ”  Vattimo  que,  por  sua  vez,  enfrente  efetivamente  o  poder  das  grandes  instâncias  transnacionais  – diante das quais têm muito pouco a fazer os  Estados nacionais –, faz parte das discussões  –  mais candente hoje. mais candente hoje. 
  • 65. n  Diante  da  televisão  não  existem  somente  n telespectadores:  cada  vez  são  mais  complexas  as  interações  entre  mídias  e  intera  ç  m í  cidadania, entre televisão e política. cidadania, entre televisão e pol tica.  í 
  • 66. n  Acostumada  aos  silêncios  n e  ao  subterfúgio,  a  subterf ú  corrupção  tem  uma  corrup  ç  capacidade  de  mimetismo  assombrosa;  com  relativa  facilidade  se  adapta  às à  exigências  da  informação  informa  ç  e  se,  no  passado,  sua  força consistia em proteger  for  ç  a  qualquer  preço  a  sua  pre ç  privacidade,  agora  consiste  em  se  acomodar  com cinismo à visibilidade. visibilidade. 
  • 67. n  No  que  concerne  às  indústrias  culturais,  à  ind ú  n digamos,  para  começar,  que  elas  constituem  come  ç  hoje  a  mais  complexa  reorganização  da  reorganiza ç  hegemonia. hegemonia. 
  • 68. n  As  contradições  latino­americanas  que  contradi  ç  latino  ­  n atravessam  e  sustentam  sua  globalizada  integração  desembocam  decisivamente  integra ç  na  pergunta  acerca  do  peso  que  as  indústrias  do  audiovisual  estão  tendo  ind ú  nesses  processos,  jj  que  elas  jogam  no  á  terreno estratégico das imagens que de si  terreno estrat  é  mesmos fazem os povos e com as que se  fazem reconhecer pelos demais povos. fazem reconhecer pelos demais povos. 
  • 69. n  Se  há  um  poderoso  movimento  de  h  n integração  –  entendida  esta  como  integra ç  superação  de  barreiras  e  dissolução  de  supera  ç  dissolu ç  fronteiras  ­,  este  é  o  que  passa  pelas  ­  indústrias  culturais  das  mídias  de  massa  e  ind ú  m  í  das tecnologias da informação. das tecnologias da informa  ão.  ç 
  • 70. n  Porém,  por  outro  lado,  são  essas  mesmas  n Por é  indústrias que reforçam e tornam mais densa  ind  strias que refor  ú  ç  a desigualdade do intercâmbio e as que mais  fortemente  aceleram  a  integração  da  integra  ç  heterogeneidade  cultural  de  seus  povos  à  indiferença do mercado. indiferen  a do mercado.  ç 
  • 71. n  A crise do cinema, por um lado, e a superação  n A crise do cinema, por um lado, e a supera ç  dos  extremismos  ideológicos,  por  outro,  iam  ideol ó  incorporando a televisão, sobretudo através da  incorporando a televisão, sobretudo atrav  é  telenovela,  muitos  artistas,  escritores,  atores,  que  aportam  temáticas  e  estilos  pelos  quais  tem  á  passam  dimensões­chave  da  vida  e  das  dimensões  ­  culturas nacionais e locais. culturas nacionais e locais. 
  • 72. O  melhor  exemplo  da  complexidade  adquirida,  n  n nesses anos, pela indústria telenovelesca talvez seja  nesses anos, pela ind  ú  Roque Santeiro:  n  Média  de  100  capítulos  e  300  min  de  ficção  por  n M  é  cap  í  fic  ç  semana;  n  Custo  de  uma  novela:  entre  1  milhão  e  1  milhão  e  n meio de dólares.  meio de d ó  n  Cada capítulo: entre $10.000 e $15.000. n Cada cap tulo: entre $10.000 e $15.000.  í 
  • 73. O  que  torna  especialmente  tenso  o  diálogo  do  di  á  n  n campo  literário  com  a  televisão  é  a  dificuldade  liter  á  de captar que o que faz o sucesso dessa mídia  de captar que o que faz o sucesso dessa m  í  remete  –  mais  além  da  superficialidade  dos  al  é  assuntos,  dos  esquematismos  narrativos  e  dos  estratagemas  do  mercado  –  às  transformações  à  transforma  ç  tecnoperceptivas  que  permitem  às  massas  à  urbanas  se  apropriar  da  modernidade  sem  deixar sua cultura oral, incorporar­se por fora da  deixar sua cultura oral, incorporar  ­  escola  à  alfabetização  das  novas  linguagens  e  alfabetiza  ç  das novas escritas do ecossistema comunicativo  e informacional. e informacional. 
  • 74. n  As maiorias  que  apreciam  a  telenovela  n não mais desfrutam tanto do ato de vê­la,  não mais desfrutam tanto do ato de vê  ­  senão  mais  de  contá­la  e  é  nesse  relato  cont  ­  á  que  se  faz  “realidade”  a  confusão  entre  “  realidade  narração  e  experiência,  em  que  a  narra  ç  experiência  se  incorpora  ao  relato,  que  narra as peripécias da telenovela. narra as perip  cias da telenovela.  é 
  • 75. Concluindo...  Concluindo,  Jesús  Martín­  Jes  ú  Mart n  í  n  n Barbero  percorre  o  caminho  das  identidades  culturais  e  a  coloca  no  plano  do  descentramento.  descentramento  Para  Ana  Carolina  Escosteguy,  Escosteguy  Martín­Barbero  vê  os  meios  de  Mart n  í  ­  comunicação  como  lugar  de  comunica  ç  construção  de  identidades,  além  constru  ç  al  é  de  ser  um  fenômeno  marcado  por  modernidades  e  descontinuidades  e  de  onde  se  origina  uma  idéia  de  id  é  mestiçagem. mesti  agem.  ç 
  • 76. A  leitura  de  Martín­Barbero,  que  parte  da  obra  'Dos  Mart n  Barbero  í  ­  n  n meios  às  mediações',  por  exemplo,  é  povoada  de  à  media  ç  questões  que  se  desencontram  durante  o  percurso  teórico do autor.  É difícil traçar um roteiro que indique  te  ó  dif cil tra  í  ç  com  precisão  o  que  Martín­Barbero  entende  por  Mart n  í  ­  identidades na  América­Latina, mas  é  indiscutível sua  Am  rica  Latina  é  ­  indiscut  í  contribuição  com  conceitos  como  o  de  mediações,  contribui ç  media  ç  embora  não  haja  uma  reflexão  maior  a  partir  daí  por  da  parte do autor. parte do autor. 
  • 77. Escosteguy e  Jacks  Insistem que o pensamento  n  n de  Martín­Barbero,  mesmo  que  ainda  em  Mart n  Barbero  í  ­  andamento,  configura  uma  proposta  teórico­  te  rico  ó  metodológica  fundada  no  deslocamento  do  metodol  ó  estudo  dos  meios  em  si  mesmos  ou  por  si  mesmos  para  sua  inserção  na  cultura.  inser  ç  Entretanto,  essa  quot;outraquot;  percepção  da  cultura,  percep  ç  pelo menos na obra  “Dos meios  às mediações”  “  à  s media  ões  ç  (1997),  reivindica  a  observação  de  dimensões  observa ç  do conflito social. do conflito social. 
  • 78. REFERÊNCIAS  MARTÍN­BARBERO, Jésus; REY, Germán. Os exercícios do ver: Hegemonia audiovisual e ficção televisiva. 2.  ed. São Paulo: SENAC, 2004.  ICOD  –  RED_IBEROAMERICANA_DE_COMUNICACION_DIGITAL.  Entrevistas:  Jesús  Martín  Barbero  (Espanha). Disponível em: <http://www.icod.ubi.pt/pt/pt_mediateca_barbero.html>. Acesso em: 2 dez. 2006.  GOOGLE  –  Pesquisa  de  Imagens.  Disponível  em:  <http://images.google.com.br/imghp?sourceid=navclient&ie=UTF­8>. Acesso em: 2 dez. 2006.  ESCOSTEGUY,  Ana  Carolina  D.;  JACKS,  Nilda  A.  Objeções  à  associação  entre  estudos  culturais  e  folkcomunicação.  Disponível  em:  <  http://www.versoereverso.unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=10>.  Acesso  em: 2 dez. 2006.  MORTARI,  Elisangela  Machado.  Ordenando  os  Estudos  Culturais.  Disponível  em:  <  http://www.eco.ufrj.br/semiosfera/anteriores/semiosfera03/resenha/txtresen2.htm>. Acesso em: 2 dez. 2006.
  • 79. REFERÊNCIAS  Kibe  Loco.  A  LENTE  DA  VERDADE  (DESDOBRAMENTOS).  Disponível  em:  <http://kibeloco.blogspot.com/2004_12_05_kibeloco_archive.html>. Acesso em: 2 dez. 2006.  PIREX.  Compre­me:  eu,  vontade  de  morrer.  Disponível  em:  <http://www.pirex.com.br/compre­me­eu­vontade­  de­morrer/>. Acesso em: 2 dez. 2006.