1. O que é segurança e saúde
no trabalho?
Segurança e Saúde no Trabalho - SST é um conjunto de
normas e procedimentos legalmente exigidos às empresas
e funcionários visando prevenir doenças ocupacionais,
acidentes de trabalho e proteger a integridade física do
trabalhador.
Existem, no Brasil, profissionais específicos responsáveis
por garantir que as normas sobre saúde e segurança do
trabalho sejam devidamente aplicadas nas organizações.
2. No âmbito do Ministério da Economia, é a
Coordenação-Geral de Segurança e Saúde no
Trabalho – CGSST, vinculada à Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, a responsável pela gestão no
Brasil das atividades relacionadas à segurança e
saúde no trabalho no âmbito do Poder Executivo.
No entanto, outros órgãos e instituições também
atuam na matéria, embora não possuam a atribuição
de editar NRs. Como exemplo, pode-se citar a Justiça
do Trabalho, a qual lidera o Programa Nacional de
Prevenção de Acidentes de Trabalho (Trabalho
Seguro).
3. As empresas entendem a importância de atuar
em prol da segurança e da saúde de seus
colaboradores. No âmbito do conjunto de
requisitos que precisam ser implementados, é
possível citar ações como a criação de políticas
de SST, organização, planejamento e avaliações
periódicas dos colaboradores.
4. Qual a importância da saúde
e segurança no trabalho?
As ações que promovem saúde e segurança no trabalho
criam ambientes seguros e saudáveis oferecem condições
adequadas aos trabalhadores o que contribui para o aumento
da produtividade.
5. Para auxiliar as indústrias do país a promoverem um
ambiente de trabalho seguro e saudável com
proteção e integridade a seus funcionários, o
Serviço Social da Indústria (SESI) oferece diversos
serviços às empresas, como diagnósticos,
programas e laudos, assessorias e consultorias
especializadas, cursos, capacitações / treinamentos,
serviços de higiene ocupacional, atendimento
médico ocupacional.
6. Uma das principais entregas do SESI dentro deste
escopo é o SESI Viva+ que tem por objetivo consolidar
em um único ambiente os dados de saúde e segurança,
fornecendo ferramentas para mapear e gerir o estilo de
vida do trabalhador da indústria brasileira, possibilitando
a geração de informações qualificadas e estruturadas,
além de viabilizar o desenvolvimento de estudos
epidemiológicos para apoiar as indústrias na redução de
riscos legais e ocupacionais, contribuindo com a redução
de custos com saúde e afastamentos e na prevenção de
acidentes.
7. Qual a relação entre
segurança e saúde no
trabalho?
Programas de Segurança e Saúde no Trabalho nas
organizações contribui para a manutenção da saúde do
trabalhador e capacidade de dar sua contribuição social
no trabalho, na comunidade e na família. Ações de SST
também potencializam os resultados, reduzindo
afastamentos de longo prazo e contribuindo para
manutenção da capacidade laboral do trabalhador.
Dessa forma, a Saúde e Segurança no Trabalho pode ser
entendida também como fator crítico de produtividade e
competitividade na indústria brasileira.
8. Também é importante destacar que as empresas, ao
atuarem proativamente para a promoção de segurança e
saúde no trabalho vinculam-se ao bem-estar dos seus
trabalhadores, atuando de acordo com as modernas
atitudes de responsabilidade social corporativa.
Trata-se de práticas que aliam interesses e benefícios não
só para os colaboradores, como para as empresas.
Em sentido oposto, a ocorrência de acidentes de trabalho
acarreta danos sociais imediatos. O mais importante é o
comprometimento da saúde e integridade física do
trabalhador.
9. Mas também deve-se mencionar o impacto nos seus
dependentes , e custos para a sociedade, tanto no
sistema de saúde como na Previdência, além do próprio
absenteísmo e aumento de custos da empresa com a
seguridade (FAP, ações regressivas, por exemplo).
10. Saúde e segurança do
trabalho no Brasil
Conforme disposto na CLT sobre saúde e segurança
do trabalho no brasil, as empresas têm a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do
trabalho e de instruir os empregados sobre as
precauções para evitar acidentes. Aos empregados,
também cabe observar os requisitos das normas de
segurança. Assim, todos têm parcela de
responsabilidade na prevenção. Ações preventivas em
saúde e segurança do trabalho aumentam a
produtividade
11. Caso as medidas de eliminação ou mitigação riscos
ocupacionais de agentes insalubres químicos, físicos e
biológicos ou de agentes periculosos, por exemplo, não
sejam suficientes para adequar o ambiente aos níveis de
segurança previstos na legislação, as empresas deverão
pagar os empregados expostos à condição de risco o
adicional de insalubridade ou de periculosidade
respectivo.
São consideradas atividades perigosas aquelas em que
o trabalhador tem contato com fatores de riscos de
acidentes tais como inflamáveis, explosivos, energia
elétrica, radiação ionizante ou exposição a roubos e
outras violências físicas.
12. Já atividades insalubres são as que expõem os
empregados a agentes nocivos à saúde acima dos
limites de tolerância, fixados em razão da natureza e
da intensidade do agente e do tempo de exposição
aos seus efeitos. Entre eles podem ser citados ruído,
calor, frio, umidade, radiações ionizantes e não
ionizantes, agentes químicos e agentes biológicos.
13. Os constantes investimentos da indústria em segurança
e saúde no trabalho reduzem, ao longo dos anos, o
número de acidentes e as doenças ocupacionais. Diante
desse cenário, o SESI auxilia empresas a identificar as
ameaças, a implementar uma gestão de segurança e
saúde do trabalho e a atender às 36 normas reguladoras
definidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência
Social e os requisitos legais do Ministério da Previdência
e Saúde.
14. O que é classificação de
riscos ocupacionais?
As empresas são classificadas quanto ao risco das
atividades econômicas que desempenham. O nível do risco
das suas atividades são proporcionais às características de
produção de bens e serviços de cada ramo de atividade
econômica.
Conhecer os fatores de riscos no trabalho que são mais
comuns é o primeiro passo para garantir ambientes mais
seguros.
Os colaboradores de cada ramo econômico estão
diariamente expostos a riscos que podem ser de caráter
físico, químico, biológico, ergonômico e de acidente.
15. Os riscos ocupacionais devem ser devidamente
gerenciados por meio da identificação, classificação,
priorização, prevenção e controle dos perigos. Esses
perigos estão associados, por exemplo a fontes
geradoras de ruídos, vibrações, aerodispersóides,
calor, levantamento de peso, queda por diferença de
nível, queimaduras, dentre várias outras
possibilidades.
16. Pensando nisso, a partir de 2021, entra em vigor a
revisão das Normas Regulamentadoras, em
especial, a nova NR 01 que incorporou o
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO).
Para ajudar as empresas, a CNI e o SESI
elaboraram um documento de orientação. GRO é
uma prática reconhecida internacionalmente e
está alinhada com a ABNT NBR ISO 31000
(Gestão de riscos — Princípios e diretrizes), bem
como com a ISO 45001 (Sistemas de Gestão para
Saúde e Segurança Ocupacional).
17. Qual a importância da
proteção coletiva e individual?
Por meio do inventário de riscos ocupacionais previsto na
nova NR 01 é possível descobrir quais locais de trabalho
exigem o uso de equipamentos de proteção. A elaboração
do inventário é fundamental para que os riscos
ocupacionais sejam corretamente avaliados e controlados.
Os equipamentos de segurança são itens indispensáveis
e devem ser usados corretamente pelo trabalhador, com a
devida orientação da empresa para prevenir doenças e
acidentes no local de trabalho.
18. A implementação de proteção é dividida seguindo
essa ordem de prioridade: Equipamentos de
Proteção Coletiva (EPC), Medidas de Controle
Administrativas ou Organizacionais e
Equipamentos de Proteção Individual (EPI),
ambos com o objetivo de proteger o trabalhador
dos riscos ambientais.
Eles são implementados e sugeridos por
profissionais da segurança no trabalho.
Os EPC’s são utilizados no ambiente de
desenvolvimento de atividades para proteger
todos os funcionários de algum risco inerentes aos
processos, ou seja, risco que o conjunto está
exposto.
19. Sinalização, sensores de presença, sistema de
ventilação e exaustão, sistema de iluminação de
emergência, entre outros, são exemplos de
medidas coletivas tomadas para diminuição algum
risco de um grupo de funcionários de uma
empresa.
Uma vez realizados, os efeitos são válidos para
várias pessoas por um determinado tempo,
geralmente longos períodos, com necessidade de
manutenção preventiva até que seja necessária a
manutenção corretiva ou implementação de novas
medidas.
20. Os EPIs são utensílios disponibilizados
individualmente para cada funcionário da
empresa.
O colaborador, uma vez e capacitação, fica
responsável pelo correto o uso, higienização,
manutenção e solicitações de troca ou reparos dos
equipamentos.
Utilizar estes equipamentos se faz necessário
quando não é possível tomar medidas que
permitem eliminar completamente os riscos do
ambiente em que a atividade desempenhada está
envolvida. Alguns exemplos de EPI são: capacete
de segurança, protetor auricular, coletes, luvas de
segurança, braçadeiras, calçados de segurança
etc.
21. Garantir a saúde dos colaboradores é um grande
desafio das empresas. Nesse sentido, as práticas
de saúde ocupacional são de extrema importância.
Além de lidar com a gestão dos exames
ocupacionais, a gestão integrada em saúde se faz
necessária para garantir a prevenção de doenças
e agravos.
22. A promoção e preservação da saúde do
trabalhador é um fator-chave para o sucesso de
uma empresa. Quando o trabalhador atua em um
ambiente seguro e saudável, com condições
adequadas, seu desempenho cresce e, com ele,
os resultados do negócio. Além de aumentar a
produtividade e fortalecer a imagem da empresa,
diminui o presenteísmo, o absenteísmo e evitam-
se doenças e acidentes do trabalho.
23. O que é Segurança e Saúde
no Trabalho 4.0?
A tecnologia vem sendo propulsora de
transformações no modo como nos relacionamos,
compramos, aprendemos e trabalhamos. De maneira
rápida, realizamos transações financeiras,
consultamos a situação do trânsito, conhecemos
hábitos, costumes, cultura de outros países e tantos
outros benefícios. Nesta mesma vertente, a saúde e
segurança do trabalhador embarca na era digital.
24. Estudo publicado pela Deloitte Center for Health
Solutions, 2019, destaca que o futuro da saúde
será guiado pela transformação digital,
possibilitada pela geração de dados interoperáveis
e pela criação de plataformas abertas e seguras.
Dessa forma, tem-se três categorias de negócios,
arquétipos no futuro ambiente da saúde: Bem
estar + cuidados; Dados + plataforma e
capacitações para o cuidado.
25. Os dados interoperáveis irão empoderar os
consumidores mais engajados para sustentar o
bem estar, tornando o tratamento necessário
somente em casos em que o cuidado preventivo
falhar. Cinco tarefas que os players deste
ecossistema irão executar em favor dos
consumidores: monitoramento, suporte, avaliação,
recomendação e tratamento.
26. Neste contexto, surgem novos serviços ofertados
no contexto de saúde digital, entre eles: coach de
saúde, telemedicina, concierge de saúde, coach
financeiro que aborda custos totais dos
tratamentos para auxiliar na decisão de que
tratamento a seguir, recomendações de médicos e
agendamento com disponibilidade em tempo,
recebimento de recomendação de dietas baseada
no valor nutricional e compra da refeição on-line.
27. A consultoria Digital Authority Parners em 2019,
especializada em implantação de sistemas de
transformação digital apresenta tendências para o
setor de saúde: Big Data, tratamento com realidade
virtual, saúde preditiva, inteligência artificial,
dispositivos de saúde vestíveis (wearables).
Na mesma direção, surgem novas soluções de
segurança para os trabalhadores da indústria. Dados
de saúde, afastamentos, incidentes são utilizados para
prevenir o risco de acidente de trabalho.
Cruzamento de dados são transformados em
dashboards, propiciando tomadas de decisão com foco
na segurança do trabalho com impacto na redução de
custos.
28. Nesta transformação digital da saúde e segurança,
o SESI, por meio dos Centros de Inovação SESI,
vem desenvolvendo soluções, tais como:
plataforma digital de gestão dos custos com a
saúde e segurança, sistema integrado de gestão
em ergonomia, simulação de realidade virtual que
contribui para redução do afastamento por
transtornos mentais, aplicativo de
autoconhecimento para promover a saúde
emocional nas pessoas e nas empresas, solução
que identifica os fatores psicossociais na Análise
Ergonômica do Trabalho (AET), entre outras.