2. Para esclarecer dúvidas, transmitir as
informações corretas e encaminhar
adequadamente, é necessário que o Agente
Comunitário de Saúde se capacite sobre os
assuntos que envolvem a comunidade e se
atualize constantemente.
A FORMAÇÃO DOS ACS
4. Um bom começo é discutir e conversar
sobre o próprio corpo e sobre a
sexualidade.
No campo da ação preventiva, a
capacidade de se proteger tem a ver
com esse conhecimento e com a
reflexão sobre nossos desejos, medos,
expectativas, prazeres.
5. As relações sexuais e a própria vivência da
sexualidade são cercadas de muitas
crenças e tabus que podem dificultar o
trabalho de prevenção da AIDS e das outras
doenças transmitidas pelo sexo.
6. É sentindo o jeito de cada morador/a, que
os/as agentes vão dando o tom do
trabalho: tem horas em que é possível
usar do bom humor, noutras você apenas
responde as perguntas, noutras você
pergunta e por aí vai...
O importante é respeitar o tempo e o
limite de cada um/a.
8. PREVENÇÃO SE FAZ COM ESCUTA
CONFIANÇA
Nas conversas informais com os/as
moradores/as, que ocorrem diariamente devido à
enorme procura, o/a ACS deve se preocupar em
escutar a todos/as de forma aberta e sem
julgamentos.
Não se deve esquecer que estas conversas
precisam ser mantidas em sigilo para que o
vínculo de confiança com os/as moradores/as
seja conservado e se fortaleça o diálogo.
9. “O momento de escuta é muito importante. É
fundamental parar um momento para escutar as
pessoas da comunidade, as queixas e as
demandas. Saber escutar e dar uma resposta
que não assuste. A escuta da liderança não é
uma escuta comum nem é uma escuta técnica,
mas uma escuta para encaminhar. Ouvir para
encaminhar, para orientar,para buscar uma
solução com os recursos existentes e não
julgar”.
Grupo Consulta - Salvador
10. COMO DEVE SER UM AGENTE
COMUNITÁRIO DE SAÚDE NA
ABORDAGEM DAS DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS,
11. •Tem que ser acolhedor, incluir todas as pessoas.
•É importante que a pessoa que faça esse trabalho
seja uma pessoa aberta, que esteja preparada para
trabalhar com públicos diversos.
•Ter atenção à ética e ao sigilo.
•É preciso ver a pessoa como um todo e não em
partes.
•É preciso ter sempre esclarecimento, porque, em
vez de ajudar, pode complicar ainda mais com
informações desencontradas
•Se não souber responder, é só dizer que vai
consultar e falar a resposta depois. Quando for o
caso, encaminhar diretamente para o serviço de
saúde.
12. “Eu preciso limitar até onde eu posso
ir, quem sou eu nessa história, qual o
meu compromisso com essas pessoas
e o que elas podem esperar de mim.
Sou mulher, também tenho que
trabalhar, cuidar de mim, dos meus
filhos. Você não tem que resolver,
interferir em todas as situações. Você
vai colocando seus limites.”
Grupo Consulta Rio de Janeiro