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ROMANTISMO
CONTEXTO HISTÓRICO E RELAÇÕES COM O
ILUMINISMO
 O iluminismo foi o celeiro de ideias que influenciou o romantismo,
com suas propostas de governo democrático eleito pelo povo,
igualdade, justiça, direitos humanos e liberdade;
 No jogo discursivo, a leitura deixou de ser um privilégio das
classes abastadas;
 Há um aprofundamento em um dos ideais do racionalismo
Iluminista:
 Todos devem ter contato com a cultura para tornarem-se sujeitos
livres e sensíveis, convictos de suas posições políticas e
participantes ativos de seus meios sociais.
O Romantismo divide-se em:
1ª Geração
2ª Geração
3ª Geração
Contexto Histórico Brasileiro
 O Romantismo ocorre no Brasil nos 50 anos que
antecedem a publicação de Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1880) e O Mulato (1881);
 Tem início em 1836 com a publicação do livro “Suspiros
poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães;
1ª Geração Romântica
 Ocorre em uma fase posterior à Independência do país
(1822), ou seja, trata-se de uma fase de afirmação da
Nacionalidade brasileira;
 Esta, portanto, é a época em que há a Construção de
uma Identidade Nacional para o país;
 Esse processo fez com que os autores da época
buscassem símbolos que representassem a brasilidade e
que fosse independente das influências do colonizador
(Portugal);
 Essa “perseguição ao passado histórico” vai levar ao
encontro do índio como símbolo pátrio anterior aos
períodos pré-colonial e colonial;
 Além desse, a natureza brasileira vai tomar formas
grandiloquentes e será exaltada de forma a assimilar o
país a um lugar exótico, uma espécie de paraíso
perdido;
 O indianismo (que trata das exaltação do elemento indígena como
símbolo pátrio) assimilará características muito próprias dos
cavaleiros medievais ao índio brasileiro, por serem estes seres
dotados de honra e coragem, contribuindo assim para a afirmação
das origens nobres do povo brasileiro;
 Ele se apoia na teoria do bom selvagem elaborada pelo filósofo
iluminista Jean-Jacques Rousseau, que afirma que “o homem no
seu estado natural é bom, a sociedade que o corrompe”. Portanto,
o selvagem brasileiro será um ser inocente, puro e incorruptível;
 A construção de “nação desenvolvida”, porém, ocorrerá
de maneira utópica, visto que o Brasil do século XIX era
constituído basicamente de três classes sociais: os
grandes proprietários de terras, homens livres e
escravos, sendo grande parte da população analfabeta
(somente cerca de 20% eram alfabetizados);
 Grande parte dos intelectuais escreverá para um público
pertencente a aristocracia, estudantes e mulheres que tinham
como passatempo a leitura;
 Ainda, vale ressaltar que os valores dos quais os indígenas foram
dotados não correspondiam à sua realidade, mas era necessário
que ocorresse sua caracterização dessa maneira para ressaltar um
símbolo pátrio digno de elevar a literatura brasileira ao patamar e
qualidade das europeias, que poderiam ser comparadas sem
desdém.
Principais autores e obras
 Dois nomes de grande destaque dessa geração foram
Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. Esse último,
porém, recebeu mais destaque devido à forma com que
abordou aspectos relativos ao indianismo, amor e
patriotismo;
 A maior importância de Gonçalves de Magalhães foi
introduzir o movimento no país. Porém, em sua obra
Suspiros Poéticos e Saudades, o que mais ficou marcado
com traços românticos foi o prefácio da obra, pois o
autor não conseguiu “sentir o espirito romântico” em
seus textos, o que acontece de forma mais evidentes em
Dias;
 Gonçalves Dias abordará temáticas relacionadas à lírica amorosa ,
como no poema Se se morre de amor, ao indianismo, como em I-
Juca Pirama e Canção do Tamoio e Religiosa, como em Te deum;
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais
flores,
Nossos bosques têm mais
vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem
primores,
Que tais não encontro eu
cá;
Em cismar –sozinho, à
noite–
Mais prazer eu encontro
lá;
Minha terra tem
palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu
morra,
Sem que eu volte para
lá;
Sem que disfrute os
primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as
palmeiras,
 Esse poema foi escrito enquanto Gonçalves estava em Coimbra
devido aos seus estudos. Trata-se, portanto, de um exílio
voluntário;
 O Brasil da Canção do Exílio é a pátria do eu lírico, o modo
particular como ele a sente, em seus nostálgico exílio.
 Utilizando expressões como lá e cá, ele faz antíteses entre a
pátria e o exílio;
 Apresenta-se de modo subjetivo, visto que o exilio é relatado do
ponto de vista do autor, de acordo com os seus sentimentos em
relação à pátria;
 Ao utilizar-se da natureza para descrever o país, o eu lírico o faz
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acolhedor e agradável;

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Romantismo

  • 1. ROMANTISMO CONTEXTO HISTÓRICO E RELAÇÕES COM O ILUMINISMO
  • 2.  O iluminismo foi o celeiro de ideias que influenciou o romantismo, com suas propostas de governo democrático eleito pelo povo, igualdade, justiça, direitos humanos e liberdade;  No jogo discursivo, a leitura deixou de ser um privilégio das classes abastadas;
  • 3.  Há um aprofundamento em um dos ideais do racionalismo Iluminista:  Todos devem ter contato com a cultura para tornarem-se sujeitos livres e sensíveis, convictos de suas posições políticas e participantes ativos de seus meios sociais.
  • 4. O Romantismo divide-se em: 1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração
  • 5. Contexto Histórico Brasileiro  O Romantismo ocorre no Brasil nos 50 anos que antecedem a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880) e O Mulato (1881);  Tem início em 1836 com a publicação do livro “Suspiros poéticos e Saudades” de Gonçalves de Magalhães;
  • 6. 1ª Geração Romântica  Ocorre em uma fase posterior à Independência do país (1822), ou seja, trata-se de uma fase de afirmação da Nacionalidade brasileira;  Esta, portanto, é a época em que há a Construção de uma Identidade Nacional para o país;  Esse processo fez com que os autores da época buscassem símbolos que representassem a brasilidade e que fosse independente das influências do colonizador (Portugal);
  • 7.  Essa “perseguição ao passado histórico” vai levar ao encontro do índio como símbolo pátrio anterior aos períodos pré-colonial e colonial;  Além desse, a natureza brasileira vai tomar formas grandiloquentes e será exaltada de forma a assimilar o país a um lugar exótico, uma espécie de paraíso perdido;
  • 8.  O indianismo (que trata das exaltação do elemento indígena como símbolo pátrio) assimilará características muito próprias dos cavaleiros medievais ao índio brasileiro, por serem estes seres dotados de honra e coragem, contribuindo assim para a afirmação das origens nobres do povo brasileiro;  Ele se apoia na teoria do bom selvagem elaborada pelo filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, que afirma que “o homem no seu estado natural é bom, a sociedade que o corrompe”. Portanto, o selvagem brasileiro será um ser inocente, puro e incorruptível;
  • 9.  A construção de “nação desenvolvida”, porém, ocorrerá de maneira utópica, visto que o Brasil do século XIX era constituído basicamente de três classes sociais: os grandes proprietários de terras, homens livres e escravos, sendo grande parte da população analfabeta (somente cerca de 20% eram alfabetizados);
  • 10.  Grande parte dos intelectuais escreverá para um público pertencente a aristocracia, estudantes e mulheres que tinham como passatempo a leitura;  Ainda, vale ressaltar que os valores dos quais os indígenas foram dotados não correspondiam à sua realidade, mas era necessário que ocorresse sua caracterização dessa maneira para ressaltar um símbolo pátrio digno de elevar a literatura brasileira ao patamar e qualidade das europeias, que poderiam ser comparadas sem desdém.
  • 11. Principais autores e obras  Dois nomes de grande destaque dessa geração foram Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. Esse último, porém, recebeu mais destaque devido à forma com que abordou aspectos relativos ao indianismo, amor e patriotismo;  A maior importância de Gonçalves de Magalhães foi introduzir o movimento no país. Porém, em sua obra Suspiros Poéticos e Saudades, o que mais ficou marcado com traços românticos foi o prefácio da obra, pois o autor não conseguiu “sentir o espirito romântico” em seus textos, o que acontece de forma mais evidentes em Dias;
  • 12.  Gonçalves Dias abordará temáticas relacionadas à lírica amorosa , como no poema Se se morre de amor, ao indianismo, como em I- Juca Pirama e Canção do Tamoio e Religiosa, como em Te deum;
  • 13. Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar –sozinho, à noite– Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que disfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras,
  • 14.  Esse poema foi escrito enquanto Gonçalves estava em Coimbra devido aos seus estudos. Trata-se, portanto, de um exílio voluntário;  O Brasil da Canção do Exílio é a pátria do eu lírico, o modo particular como ele a sente, em seus nostálgico exílio.  Utilizando expressões como lá e cá, ele faz antíteses entre a pátria e o exílio;
  • 15.  Apresenta-se de modo subjetivo, visto que o exilio é relatado do ponto de vista do autor, de acordo com os seus sentimentos em relação à pátria;  Ao utilizar-se da natureza para descrever o país, o eu lírico o faz de maneira grandiloquente, exaltando seus elementos naturais para demonstrar que o Brasil é um país de natureza exuberante, acolhedor e agradável;