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Universidade Paulista – UNIP

ARISTÓTELES

Maio de 2013
Barueri
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................3
BIOGRAFIA.........................................................................................................4
METAFÍSICA.......................................................................................................6
RELIGIÃO E ARTE..............................................................................................8
A PSICOLOGIA...................................................................................................9
A COSMOLOGIA...............................................................................................11
FILOSOFIA DE ARISTÓTELES........................................................................12
AMBITO DE JUSTIÇA.......................................................................................13
A EQUIDADE.....................................................................................................14
JUSTIÇA............................................................................................................15
PENSAMENTO POLÍTICO ARISTOTÉLICO.....................................................16
ESCRAVIDÃO...................................................................................................18
TIPOS DE GOVERNO.......................................................................................19
CONCLUSÃO....................................................................................................20
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................21

2
INTRODUÇÃO

Neste trabalho serão abordados alguns prismas analíticos das teorias
aristotélicas, contemplando os mais diversos temas que Aristóteles defende em
suas escrituras.
Previamente, será abordada sua biografia, com o intuito de expor sua
vida laboral enquanto pessoa e filósofo. Posteriormente serão analisadas as
suas teorias, analises estas, que possuirão caráter interpretativo, conceitual e
conclusivo. Com o intuito de mostrar a relevância de tal conhecimento e
primordialmente a importância do filósofo na vida humana.

3
BIOGRAFIA DE ARISTÓTELES
Notável filósofo grego, Aristóteles (384 - 322 a.C.), nasceu em Estágira, colônia
de origem jônica encravada no reino da Macedônia. Filho de Nicômaco, médico
do rei Amintas, gozou de circunstâncias favoráveis para seus estudos.
Em 367 a.C., aos seus 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em
Atenas, na qual permanecerá por 20 anos, inicialmente como discípulo, depois
como
professor,
até
a
morte
do
mestre
em
347
a.C.
O fato mesmo de ser filho de médico poderá ter dado a Aristóteles o gosto
pelos conhecimentos experimentais e da natureza, ao mesmo tempo que teve
sucesso
como
metafísico.
Depois da primeira estadia em Atenas, ausentou-se por 12 anos, com uma
permanência inicial na Ásia menor, onde se dirigiu, ainda solteiro, para uma
comunidade de platônicos estabelecida em Assos (Trôade). Ali reinava então
sobre Assos e Atarneo, o tirano Hérmias, um eunuco, em cuja corte passou
três anos. Casou então Aristóteles com Pítias, irmã de Hérmias. Morto este
pelos persas, retirou-se Aristóteles para Mitilene. Depois do falecimento de
Pítias, se casará com Hérpilis, da qual nascerá Nicômaco, a quem dedicará
posteriormente o livro Ética a Nicômaco.
Entrementes, importantes transformações estavam a ocorrer no mundo
helênica,
que
então
se
unificou.
Felipe II (rei da Macedônia de 356 a 336 a.C.) desenvolveu o país e criou um
exército poderoso. Sucessivamente foi anexando as cidades gregas,
aproveitando as velhas discórdias, derrotando finalmente Atenas e Tebas, em
Queronéia (338 a.C.). Reuniu as cidades gregas em uma liga, sob sua direção,
no Congresso de Corinto (337 a.C.), pregando sempre a guerra contra o então
grande Império Persa, que já há mais de um século ocupava as cidades gregas
da
Ásia
Menor.
Ofereceu-se também uma nova oportunidade a Aristóteles, que foi chamado
em 343 ou 342 para a corte do rei Felipe II, em Pela, como educador de seu
filho Alexandre (356-323 a.C.). Mas ficou nesta função somente dois anos,
depois dos quais aconteceu o totalmente inesperado, - o assassinato do rei
Felipe
II.
Foi assim que já cedo o jovem Alexandre deveu assumir o trono, em 336 a.C.,
com apenas 20 anos. Atravessando o Bósforo, partiu em 334 a.C. para a
conquista do império persa. Foi de um sucesso espetacular, vencendo a Dario,
na Batalha de Granico. Completou sua façanha, indo até a Índia. Estabeleceu
sua capital em Babilônia. No Egito fundou a Alexandria, que logo passou à ser
um grande centro de cultura. Estava mudada a estrutura política do então
mundo conhecido, o que não demoraria a ter repercussão na filosofia.
Sem função na Macedônia, voltou Aristóteles para Atenas, pelo ano 335 a. C.,
com
Teofrasto,
outro
homem
notável
pelo
saber.
Auxiliado sempre por Alexandre que o prestigiava, Aristóteles fundou o Liceu
(cerca de 334 a.C.) no ginásio do templo de Apolo Liceu (Liceu é referência ao
local do templo). Onde criou escola própria no ginásio Apolo Liceu.
Em pouco mais de dez anos de atividade, fez Aristóteles de sua escola um

4
centro de adiantados estudos, em que os mestres se distribuiam por
especialidades, inclusive em ciências positivas.
Falecido Alexandre prematuramete em 323 a.C., com apenas 13 anos de
reinado, recrudeceu o sentimento antimacedônico em Atenas, com
Demóstenes ativando o partido nacionalista, a situação se tornou difícil para
Aristóteles.
Além disto, sua filosofia de idéias objetivas não poderia escapar à reação do
sacerdote Eurimedote, que o acusava de impiedade. Teve, então, Aristóteles
de optar por retirar-se de Atenas, deixando o Liceu sob a direção de Teofrasto.
Oculto em uma sua propriedade em Cálcis, de Eubea, ali morreu já no ano
seguinte aos 62 anos. Mas o Liceu teve continuidade, como também a
Academia
de
Platão
Uma notícia diz que Aristóteles, o mais ilustre dos discípulos de Platão, "tinha a
voz débil, pernas delgadas e olhos pequenos; que vestia sempre com esmero,
levava anéis e cortava a barba".

5
METAFÍSICA

No conjunto de obras denominado Metafísica, Aristóteles buscou investigar o
“ser enquanto ser”. Significa que buscou compreender o que tornava as coisas
o que elas são. Nesse sentido, as características das coisas apenas nos
mostram como as coisas estão, mas não definem ou determinam o que elas
são. É preciso investigar as condições que fazem as coisas existirem, aquilo
que determina “o que” elas são e aquilo que determina “como” são.
Em sua metafísica, Aristóteles fala acerca dos primeiros princípios. Os
primeiros princípios dizem respeito aos princípios lógicos, a saber: o princípio
de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. O princípio de
identidade é autoevidente e determina que uma proposição é sempre igual a
ela. Disto pode-se afirmar que A=A. O princípio da não contradição afirma que
uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e verdadeira. Não se
pode propor que um triângulo possui e não possui três lados, por exemplo. O
princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição é verdadeira ou é
falsa, e não há uma terceira opção viável. Tais princípios, deste modo,
garantem as condições que asseguram a realidade das coisas.
Além dos princípios, de acordo com Aristóteles, existem quatro causas
fundamentais que também são condições necessárias para que as coisas
existam. As causas são: material, formal, eficiente e final. A causa material é a
matéria da qual é feita a essência das coisas. A causa formal diz respeito à
forma da essência. A causa eficiente é aquela que explica como a matéria
recebeu determinada forma. A causa final é aquela que determina a finalidade
das
coisas
existirem
e
serem
como
são.
Para compreender a conceituação das causas, pode-se pensar numa pedra
que rola a montanha. A causa material é o minério da pedra, a causa formal é a
inclinação da montanha, a causa eficiente é o empurrão feito na pedra e a
causa final é a vontade da pedra de atingir o nível mais baixo. Assim, os
primeiros princípios e as quatro causas são as condições básicas para que as
coisas
existam
e
possam
ser
conhecidas.
Disto, Aristóteles investiga sobre “o que” as coisas são. Nesse ponto, visa
superar a ideia de seus antecessores, principalmente Platão, que afirmava que
a essência das coisas está num mundo inteligível. Para Aristóteles, a essência
das coisas está nas próprias coisas e não separada num mundo das formas e
ideias perfeitas, isto é, a essência está na substância. A substância, para ele, é
a fusão da matéria com a forma. Uma escultura de madeira, por exemplo, é a
fusão da madeira (matéria) com o projeto do artesão (forma).
A partir dessa concepção, era ainda necessário que Aristóteles desse conta do
problema do movimento, pois a substância possui a matéria – que está em
constante movimento (transformação) – e a forma (que é imóvel). Para superar
tal problema, ele usa a ideia de potência e ato. As substâncias possuem
potencial para aquilo que ocorre com elas. Pode-se dizer que a gasolina, por
exemplo, é inflamável. Significa afirmar que ela possui potencial para pegar
fogo, porém é preciso pelo menos uma faísca para que a potência se torne
realidade,
ato.
Com isto, a metafísica de Aristóteles visa mostrar que o Estar em movimento
possui mais importância do que o Ser imóvel de Platão.

6
Aristóteles oferece uma classificação dos primeiros filósofos gregos de acordo
com a estrutura de seu sistema das quatro causas. Para ele, a investigação
filosófica é acima de tudo uma investigação sobre as causas das coisas, das
quais há quatro diferentes tipos:
A causa material; a causa eficiente; a causa formal e a causa final
Vejamos, a partir de um exemplo grosseiro, o que ele tinha em mente: quando
Alfredo prepara um risoto, as causas materiais do risoto são os ingredientes
que ele utiliza para prepará-lo, a causa eficiente é ele mesmo, o cozinheiro, a
causa formal é a receita e a satisfação dos clientes do restaurante é a causa
final. Aristóteles acreditava que um entendimento científico do universo exigia
uma investigação sobre a operação no mundo das causas de cada um desses
tipos.
Os primeiros filósofos, que viviam na área costeira da Grécia, na Ásia Menor,
concentram-se na causa material: eles buscavam os ingredientes fundamentais
do mundo em que vivemos. Tales e os que o sucederam propuseram a
seguinte questão: Em que nível fundamental, seria o mundo feito de água, ar,
fogo, terra ou de uma combinação de todas essas causas? (Met. A3, 983b20984a 17). Aristóteles pensava que mesmo se tivéssemos uma resposta para
esta questão isso claramente não bastaria para satisfazer nossa curiosidade
científica. Os ingredientes de um prato não se misturam por si sós, é
necessário haver um agente que opere sobre eles, cortando, misturando,
mexendo, aquecendo etc. Alguns desses primeiros filósofos, conta Aristóteles,
percebiam o problema e ofereceram conjecturas a respeito dos agentes de
mudança e desenvolvimento no mundo. Algumas vezes seria um dos próprios
ingredientes – o fogo talvez a sugestão mais promissora, dada sua condição de
menos tórpido dos elementos. Com maior freqüência, no entanto, seria algum
agente, ou um par de agente, ao mesmo tempo mais abstratos e imaginativos,
como o Amor, o Desejo, a Ira ou o Bem e o Mal.
O fato é que a distinção entre religião, ciência e filosofia não era então tão
nítida quando veio a ser em séculos posteriores. As obras de Aristóteles e de
seu mestre Platão forneceram um modelo de filosofia para qualquer é época, e
até hoje qualquer um que faça uso do titulo de filósofo alega ser um de seus
herdeiros. Escritores de publicações de filosofia do século XX podem ser
observado utilizando as mesmas técnicas de análise conceitual, e com
freqüência repetindo ou refutando os mesmo argumentos teóricos, exatamente
como se apresentam nos escritos de Platão e Aristóteles. Mas naqueles
escritos há muito mais que não seria atualmente considerado discussão
filosófica. A partir do século VI, elementos de religião, ciência e filosofia
fermentaram juntos em um único caldo de cultura. Do nosso ponto de vista
temporal, filósofos, cientistas e pensadores podem todos recordar esses
primeiros pensadores como seus antepassados intelectuais.

7
RELIGIÃO E ARTE
Com Aristóteles afirma-se o teísmo do ato puro. No entanto, este Deus, pelo
seu efetivo isolamento do mundo, que ele não conhece, não cria, não governa,
não está em condições de se tornar objeto de religião, mais do que as
transcendentes idéias platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso.
Também Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo,
não exclui uma espécie de politeísmo, e admite, ao lado do Ato Puro e a ele
subordinado, os deuses astrais, isto é, admite que os corpos celestes são
animados por espíritos racionais. Entretanto, esses seres divinos não parecem
e não podem ter função religiosa e sem física.
Não obstante esta concepção filosófica da divindade, Aristóteles admite a
religião positiva do povo, até sem correção alguma. Explica e justifica a religião
positiva, tradicional, mítica, como obra política para moralizar o povo, e como
fruto da tendência humana para as representações antropomórficas; e não diz
que ela teria um fundamento racional na verdade filosófica da existência da
divindade, a que o homem se teria facilmente elevado através do espetáculo da
ordem celeste.
Aristóteles como Platão considera a arte como imitação, de conformidade com
o fundamental realismo grego. Não, porém, imitação de uma imitação, como é
o fenômeno, o sensível, platônicos; e sim imitação direta da própria idéia, do
inteligível imanente no sensível, imitação da forma imanente na matéria. Na
arte, esse inteligível, universal é encarnado, concretizado num sensível, num
particular e, destarte, tornando intuitivo, graças ao artista. Por isso, Aristóteles
considera a arte a poesia de Homero que tem por conteúdo o universal, o
imutável, ainda que encarnado fantasticamente num particular, como superior à
história e mais filosófica do que a história de Heródoto que tem como objeto o
particular, o mutável, seja embora real. O objeto da arte não é o que aconteceu
uma vez como é o caso da história , mas o que por natureza deve, necessária
e universalmente, acontecer. Deste seu conteúdo inteligível, universal,
depende a eficácia espiritual pedagógica, purificadora da arte.
Se bem que a arte seja imitação da realidade no seu elemento essencial, a
forma, o inteligível, este inteligível recebe como que uma nova vida através da
fantasia criadora do artista, isto precisamente porque o inteligível, o universal,
deve ser encarnado, concretizado pelo artista num sensível, num particular. As
leis da obra de arte serão, portanto, além de imitação do universal
verossimilhança e necessidade coerência interior dos elementos da
representação artística, íntimo sentimento do conteúdo, evidência e vivacidade
de expressão. A arte é, pois, produção mediante a imitação; e a diferença entre
as várias artes é estabelecida com base no objeto ou no instrumento de tal
imitação.

8
PSICOLOGIA
Objeto geral da psicologia aristotélica é o mundo animado, isto é, vivente, que
tem por princípio a alma e se distingue essencialmente do mundo inorgânico,
pois, o ser vivo diversamente do ser inorgânico possui internamente o princípio
da sua atividade, que é precisamente a alma, forma do corpo. A característica
essencial e diferencial da vida e da planta, que tem por princípio a alma
vegetativa, é a nutrição e a reprodução. A característica da vida animal, que
tem por princípio a alma sensitiva, é precisamente a sensibilidade e a
locomoção. Enfim, a característica da vida do homem, que tem por princípio a
alma racional, é o pensamento. Todas estas três almas são objeto da
psicologia aristotélica. Aqui nos limitamos à psicologia racional, que tem por
objeto específico o homem, visto que a alma racional cumpre no homem
também as funções da vida sensitiva e vegetativa; e, em geral, o princípio
superior cumpre as funções do princípio inferior. De sorte que, segundo
Aristóteles diversamente de Platão todo ser vivo tem uma só alma, ainda que
haja nele funções diversas faculdades diversas porquanto se dão atos
diversos. E assim, conforme Aristóteles, diversamente de Platão, o corpo
humano não é obstáculo, mas instrumento da alma racional, que é a forma do
corpo.
O homem é uma unidade substancial de alma e de corpo, em que a primeira
cumpre as funções de forma em relação à matéria, que é constituída pelo
segundo. O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o
pensamento,
pelo
que
ela
é
espírito.
Mas a alma humana desempenha também as funções da alma sensitiva e
vegetativa, sendo superior a estas. Assim, a alma humana, sendo embora uma
e única, tem várias faculdades, funções, porquanto se manifesta efetivamente
com
atos
diversos.
As faculdades fundamentais do espírito humano são duas: teorética e prática,
cognoscitiva e operativa, contemplativa e ativa. Cada uma destas, pois, se
desdobra em dois graus, sensitivo e intelectivo, se se tiver presente que o
homem é um animal racional, quer dizer, não é um espírito puro, mas um
espírito
que
anima
um
corpo
animal.
O conhecimento sensível, a sensação, pressupões um fato físico, a saber, a
ação do objeto sensível sobre o órgão que sente, imediata ou à distância,
através do movimento de um meio. Mas o fato físico transforma-se num fato
psíquico, isto é, na sensação propriamente dita, em virtude da específica
faculdade e atividade sensitivas da alma. O sentido recebe as qualidades
materiais sem a matéria delas, como a cera recebe a impressão do selo sem a
sua matéria. A sensação embora limitada é objetiva, sempre verdadeira com
respeito ao próprio objeto; a falsidade, ou a possibilidade da falsidade, começa
com a síntese, com o juízo. O sensível próprio é percebido por um só sentido,
isto é, as sensações específicas são percebidas, respectivamente, pelos vários
sentidos; o sensível comum, as qualidades gerais das coisas tamanho, figura,
repouso, movimento, etc. são percebidas por mais sentidos. O senso comum é
uma faculdade interna, tendo a função de coordenar, unificar as várias

9
sensações isoladas, que a ele confluem, e se tornam, por isso, representações,
percepções.
Acima do conhecimento sensível está o conhecimento inteligível,
especificamente diverso do primeiro. Aristóteles aceita a essencial distinção
platônica entre sensação e pensamento, ainda que rejeite o inatismo platônico,
contrapondo-lhe a concepção do intelecto como tabula rasa, sem idéias inatas.
Objeto do sentido é o particular, o contingente, o mutável, o material. Objeto do
intelecto é o universal, o necessário, o imutável, o imaterial, as essências, as
formas das coisas e os princípios primeiros do ser, o ser absoluto.
Por conseqüência, a alma humana, conhecendo o imaterial, deve ser espiritual
e,
quanto
a
tal,
deve
ser
imperecível.
Analogamente às atividades teoréticas, duas são as atividades práticas da
alma: apetite e vontade. O apetite é a tendência guiada pelo conhecimento
sensível, e é próprio da alma animal. Esse apetite é concebido precisamente
como sendo um movimento finalista, dependente do sentimento, que, por sua
vez depende do conhecimento sensível. A vontade é o impulso, o apetite
guiado pela razão, e é própria da alma racional. Como se vê, segundo
Aristóteles, a atividade fundamental da alma é teorética, cognoscitiva, e dessa
depende a prática, ativa, no grau sensível bem como no grau inteligível.

10
COSMOLOGIA

Uma questão geral da física aristotélica, como filosofia da natureza, é a análise
dos vários tipos de movimento, mudança, que já sabemos ser passagem da
potência ao ato, realização de uma possibilidade. Aristóteles distingue quatro
espécies de movimentos:
Movimento substancial - mudança de forma, nascimento e morte; movimento
qualitativo - mudança de propriedade; movimento quantitativo - acrescimento e
diminuição; movimento espacial - mudança de lugar, condicionando todas as
demais espécies de mudança.
Outra especial e importantíssima questão da física aristotélica é a concernente
ao espaço e ao tempo, em torno dos quais fez ele investigações profundas. O
espaço é definido como sendo o limite do corpo, isto é, o limite imóvel do corpo
"circundante" com respeito ao corpo circundado. O tempo é definido como
sendo o número - isto é, a medida - do movimento segundo a razão, o aspecto,
do "antes" e do "depois". Admitidas as precedentes concepções de espaço e
de tempo - como sendo relações de substâncias, de fenômenos - é evidente
que fora do mundo não há espaço nem tempo: espaço e tempo vazios são
impensáveis.
Uma terceira questão fundamental da filosofia natural de Aristóteles é a
concernente ao teleologismo - finalismo - por ele propugnado com base na
finalidade, que ele descortina em a natureza. "A natureza faz, enquanto
possível, sempre o que é mais belo". Fim de todo devir é o desenvolvimento da
potência ao ato, a realização da forma na matéria.
Quanto às ciências químicas, físicas e especialmente astronômicas, as
doutrinas aristotélicas têm apenas um valor histórico, e são logicamente
separáveis da sua filosofia, que tem um valor teorético. Especialmente célebre
é a sua doutrina astronômica geocêntrica, que prestará a estrutura física à
Divina Comédia de Dante Alighieri.

11
FILOSOFIA DE ARISTÓTELES
Partindo como seu mestre Platão do mesmo meio de filosofia, a
filosofia idealista, Aristóteles não contente mais tarde abandona
método de solução do seu mestre e constrói um sistema único e
original, o cujo as características dessa grande síntese são :
Observação da natureza -porem seu mestre Platão homem
idealista descarta essa experiência logo de cara como fonte de
conhecimento, porem Aristóteles homem que acredita em suas
ideias toma a natureza como ponto de partida , e busca na
realidade, umincentivo mais solido para suas especulações
metafisicas .
Rigor no método -depois de estudar as leis do pensamento o
processo dedutivo e indutivo , Aristóteles aplica-os com muita
habilidade em todas as obras, assim substituindo a linguagem
imaginosa de Platão,, porem criando uma filosofia muito admirável,
Aristóteles foi considerado o auto da metodologia e tecnologia cientifica.
Geralmente no estudo de uma questão para se obter uma respostar
certa de um objeto, Aristóteles as divida em partes cujo élas são:
A)definia-se o objeto ) observa quantos métodos de solução
poderiaaver para se resolver a questão, C) propõe as duvidas D)
indicava a solução E) E por ultimo colocava as sentenças
contrarias ..
Com tudo isso Aristóteles criou um lindo método de filosofia muito
admirado até os dias de hoje, constituiu um verdadeiro e Único
sistema de síntese onde todas as parte se compõem e se
corresponde e se confirmam.

12
ÂMBITO DE JUSTIÇA

- Resumindo, ele relata que tem que existir méritos justos
-Régua da justiça (Régua flexível)= que é medido a distribuição que não gera
excesso(igualdade)
Exemplo= o aluno de direto e a menina da quinta serie (sexto ano).
- Aristóteles estava muito limitado, pois viveu na época de escravidão e não
tinha meios de fazer uma critica profunda de todas as relações sociais
subjacentes. O trabalho assalariado não existia (escravos) não tinham seus
méritos; não alcançou uma compreensão avançada e critica da relação entre
justiça e economia.
É Marx quem conclui o âmago de justiça e de injustiça enquanto proporções no
todo social.
- Para Aristóteles, a justiça é uma manifestação da economia.
- Ele teve que confiná-la apenas aos cidadãos, livres e iguais entre si, e
depende do trabalho escravo, cuja produção de riqueza não entra em conta em
seu cenário sobre o justo.
AGENTES E PACIENTES DA JUSTIÇA
- Para Aristóteles, a justiça é uma ação. O justo e um agir
- Justo é o seu julgamento que determina que seja dado ao credor o que é
devido.
- O justo, não é uma medida contemplativa (meditar, pensar e considerar), mas
concreta, e tal ação, por sua vez, não pode ser acidente, mas sim deliberado.
Não é considerado justo um juiz, que passou a noite virada, bêbado e chega
ao réu, condenando o preso culpado e foi visto que de fato era culpado.

Ainda que levem a resultados que possam ser apreciáveis objetivamente como
justo ou não, por razão acidenta, não constitui u mato justo, exatamente por
carência de animo para tal fim.
*Aristóteles ainda argumenta em cima do agente e o paciente da justiça, se
alguém pode ser injusto consigo mesmo.
NÃO: o injusto e a justiça são com os outros, e não consigo mesmo. (como
Aristóteles relatava não se pode roubara a si próprio)
- A justiça é para o outro e não para si próprio - marcando o caráter político.

13
A EQUIDADE

- Para Aristóteles, a lei é boa, segui-la é fazer concretizar o interesse de todos,
da polis. Não segui-las apenas vão fazer as coisas desandar na organização
política.
- A equidade além de interpretar as leis, também evita que a aplicação da lei
possa em alguns casos prejudicar alguns indivíduos.
Faz um papel de corrigira omissão, estendendo o justo ate as minúcias.
NATURAL= é a que em todo lugar tema mesma força e a não depende dessa
ou aquela opinião
LEGAL= a que na origem pode ser indiferentemente, esta ou a aquela, mas
que uma vez estabelecida, impor-se a todos.

14
JUSTIÇA
UNIVERSAL: Um homem honesto é honesto se também for justo. Quer dizer
que
ele
tem
que
ser
honesto
com
todos
(universal).
PARTICULAR:
I. DISTRIBUTIVA
II. CORRETIVA
III. RECIPROCIDADE (CASO ESPECIAL)
I. DISTRIBITIVA: É analisada pelo mérito. Rendendo variar de acordo do seu
mérito.
- Um professor que aplica uma prova de cinco questões, valendo 2 pontos.
Esse professor está sendo justo na distribuição de méritos.
- Um professor aplicando uma prova de direito para uma menina da quinta
serie (sexto ano) e para um aluno de direito do terceiro semestre. A menina
tirou seis e o aluno de direito tirou oito. Perante a nota o aluno foi melhor, mas
não houve uma distributiva justa.

II. CORRETIVA: Visa à correção das transações entre os indivíduos, que pode
ocorrer de modo voluntario. Nessa forma de justiça surge a necessidade da
intervenção de uma terceira pessoa que deve decidir sobre as relações mútuas
e o eventual descobrimento de acordos ou clausulas contratuais descobrimento
de acordos ou clausulas contratuais surge a necessidade de juiz.
Justiça Comutativa= que preside de contratos
Justiça Reparativa= que visa reprimir a injustiça

III. RECIPROCIDADE: Um depende do outro.
- É necessário um crescimento na economia para haver um crescimento no
pais, para isso tem que haver colaboração.

15
O PENSAMENTO POLITICO ARISTOTELICO
Dois tipos de bens: OS PARTILHÁVEIS E OS PARTICIPAIS

OS PARTILHAVEIS: quando é uma quantidade que pode ser dividida e
distribuída (a riqueza é um bem partilhável)
OS PARTICIPAIS: quando é uma quantidade indivisível, que não pode ser
dividida nem distribuída, podendo apenas ser participado (o poder político).
*Existem, pois, dois tipos de justiça na cidade:
Distributiva: referente aos bens econômicos e a Participativa, referente ao
poder político.
A cidade justa saberá distingui-los e realizar ambos

A justiça distributiva consiste em dar a cada um o que é devido e sua função é
dar desigualmente aos desiguais para torná-los iguais
Exemplo: que a polis esteja atravessando um período de fome em
decorrência para secas ou enchentes e adquira alimentos para distribuí-los a
todos. Para ser justa, a cidade não poderá reparti-los de modo igual para todos.
De fato, aos que são pobres, deve doá-los, mas aos ricos, deve vendê-los, de
modo a conseguir fundos para aquisição de novos alimentos. Se doar a todos
ou vender a todos, será injustiça. Também será injusto se abrir a todos as
mesmas quantidades de alimentos, pois Dara quantidades iguais para famílias
desiguais, uma mais numerosa que a outras.
- a função ou finalidade da justiça distributiva sendo a de igualar os desiguais,
dando-lhes desigualmente os bens, implica ricos e pobres pés muito grandes
vigara a injustiça por não da a todos o que lhes é de devido como seres
humanos.
- a cidade injusta, portanto, impede que uma parte dos cidadãos tenha
assegurado o direito á vida boa.

DUAS IDÉIAS POLÍTICAS:
-REGIME POLITICO – NÃO POLITICO
-TRANSFORMAÇÃO DE UM REGIME POLITICA EM OUTA

- Um regim só é política se for instituído por um corpo de leis publicamente
reconhecidas e sob as quais todos vivem, governantes e súditos regime no

16
qual os governantes estão submetidos as leis.Quando a lei coincide com a
vontade pessoal e arbitraria do governantes, não há política, mas despotismo e
tirania. Quando não já lei de espécie alguma, não há política, mas anarquia.
- A presença ou ausência da lei conduz á ideia de regime políticas legitimas e
ilegítimas:
LEGITIMO: alem do legal, é justo (as leis são feitas segundo a justiça).
ILEGITIMO: quando a lei é injusta (ilegal) quando possui lei nenhuma.
- O regime político se transforma em decorrência de mudanças econômicas –
aumento do numero de ricos e diminuição do numero de pobres, diminuição
dos ricos e aumentos dos pobres. De resultados de guerras – conquistas de
novos territórios e populações, submissão a vencedores que conquistam a
cidade.
A POLÍTICA
- O critério de justiça não é valido de forma dividida individual e sim pela
resposta social que é refletida naquela sociedade (polis).
Não existe pessoa justa se a sociedade é injusta.
Esse pensamento indica que o individuo possui responsabilidade social que é
representado por sua participação no ¨agora¨com fim de discutir questões da
sociedade e dos cidadãos.

¨ZOOM POLIKOM¨:
-Que é a compreensão social também parte da sociedade por define o homem
como zoom polikon (animal político) de modo que sempre depende do outro
desde o nascimento.
- Para Aristóteles ser social é natural do homem, não é escolha.

17
A ESCRAVIDÃO
Pensa que possa haver entre o senhor e o escravo relações de amizade, mas
considera a escravidão natural, e, portanto, em tal tema, não conseguiu romper
os limites do próprio mundo de modo de produção escravagista em que vive.

18
OS TIPOS DE GOVERNO
Aristóteles reconhece três tipos de estafo ou organização da polis:
O que caracteriza a democracia é que todos os cidadãos participam do poder e
tem os mesmo direitos. A aristocracia reduz-se á participação e o direito de
uma minoria. E a monarquia, a uma só. Aristóteles defende um governo misto
composto por oligarcas e democratas.
Para Aristóteles, competência do poço ou cidadãos em conjunto é melhor do
que a do melhor homem possível. Além disso, um número maior de pessoas é
menos corruptível do que pouco ou só um.
Com relação ao poder, Aristóteles apresenta três definições: o poder de pai
sobre o filho, o senhor sobre o escravo, do governo sobre o governo. Elas se
distinguem entre si com base no tipo de interesse: o paterno, no interesse do
filho, o político, no interesse comum de governantes. Aristóteles justifica a
escravidão por considerar que há homens e poucos escravos por natureza.

19
CONLUSÃO

Ante o exposto, conclui-se preambularmente, que Aristóteles foi um
talentoso filósofo do séc. IV a.C., discípulo de Platão, que iniciou seus estudos
em Atenas. Todavia, mesmo sendo discípulo de Platão, Aristóteles possuía
correntes distintas de raciocínio, elaborando suas teorias com ideias, muitas
vezes controversas, às de seu professor.
Após o início de seus estudos, Aristóteles tornou-se um filósofo de
grande reconhecimento, tendo como o mais famoso de seus discípulos, o Rei
Alexandre. Contudo, sua sabedoria e o reconhecimento de seu trabalho não se
deram por seus ensinamentos, mas sim, por suas ideias diferenciadas, pela
época em que viveu. Haja vista que as teorias vislumbradas por Aristóteles são
analisadas e executadas ainda hoje no séc. XXI.
Aristóteles foi o percursor de alguns temas de grande relevância no
mundo científico como no ramo da metafísica, investigando o “ser enquanto
ser”, teorizou temas no ramo da religião e da arte, da cosmologia, da psicologia
e principalmente no ramo da política e do estudo da justiça. Temas estes, que
o difere dos filósofos da época, o que lhe traz ainda mais importância para a
humanidade e questionamentos, pelo fato de coincidentemente o homem do
séc. IV, possuir as mesmas dúvidas que hoje, tanto nos rodeia.
Assim, entende-se que é primordial o estudo da vida de Aristóteles
para o desenvolvimento intelectual do homem nos diversos ramos que ele
teorizou e principalmente disseminar suas ideias pela vida acadêmica, pois o
mesmo encontra-se presente no desenvolvimento das diversas áreas de
estudos nos dias de hoje e tem de se aceitar, que de fato, há uma negligência
por parte dos estudantes no que tange os estudos de filósofos renomados, que
pertenceram a uma época distinta à nossa, presumindo-se que a divergência
temporal torna tais teorias inexequíveis.

20
BIBLIOGRAFIA

http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/ciencia_explicacao.html
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=ESPAÇO+E+TEMPO+ARISTOTELES&esrc=s&frm=
1&source=web&cd=6&ved=0CFYQFjAF&url=http%3A%2F%2Fposgrad.fae.ufmg.br%2Fposgrad
%2Fviienpec%2Fpdfs%2F981.pdf&ei=y32dUbCFMIbe8AT3yoEw&usg=AFQjCNHDyWZxW1PLXg
HleRV-Kv3pws5ZdQ&sig2=X-nbnhAIyern-hV0Wsazyw
http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/biografia.html
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/liceu/aristoteles.htm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles2.htm

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Aristóteles

  • 1. Universidade Paulista – UNIP ARISTÓTELES Maio de 2013 Barueri
  • 2. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.....................................................................................................3 BIOGRAFIA.........................................................................................................4 METAFÍSICA.......................................................................................................6 RELIGIÃO E ARTE..............................................................................................8 A PSICOLOGIA...................................................................................................9 A COSMOLOGIA...............................................................................................11 FILOSOFIA DE ARISTÓTELES........................................................................12 AMBITO DE JUSTIÇA.......................................................................................13 A EQUIDADE.....................................................................................................14 JUSTIÇA............................................................................................................15 PENSAMENTO POLÍTICO ARISTOTÉLICO.....................................................16 ESCRAVIDÃO...................................................................................................18 TIPOS DE GOVERNO.......................................................................................19 CONCLUSÃO....................................................................................................20 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................21 2
  • 3. INTRODUÇÃO Neste trabalho serão abordados alguns prismas analíticos das teorias aristotélicas, contemplando os mais diversos temas que Aristóteles defende em suas escrituras. Previamente, será abordada sua biografia, com o intuito de expor sua vida laboral enquanto pessoa e filósofo. Posteriormente serão analisadas as suas teorias, analises estas, que possuirão caráter interpretativo, conceitual e conclusivo. Com o intuito de mostrar a relevância de tal conhecimento e primordialmente a importância do filósofo na vida humana. 3
  • 4. BIOGRAFIA DE ARISTÓTELES Notável filósofo grego, Aristóteles (384 - 322 a.C.), nasceu em Estágira, colônia de origem jônica encravada no reino da Macedônia. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas, gozou de circunstâncias favoráveis para seus estudos. Em 367 a.C., aos seus 17 anos, foi enviado para a Academia de Platão em Atenas, na qual permanecerá por 20 anos, inicialmente como discípulo, depois como professor, até a morte do mestre em 347 a.C. O fato mesmo de ser filho de médico poderá ter dado a Aristóteles o gosto pelos conhecimentos experimentais e da natureza, ao mesmo tempo que teve sucesso como metafísico. Depois da primeira estadia em Atenas, ausentou-se por 12 anos, com uma permanência inicial na Ásia menor, onde se dirigiu, ainda solteiro, para uma comunidade de platônicos estabelecida em Assos (Trôade). Ali reinava então sobre Assos e Atarneo, o tirano Hérmias, um eunuco, em cuja corte passou três anos. Casou então Aristóteles com Pítias, irmã de Hérmias. Morto este pelos persas, retirou-se Aristóteles para Mitilene. Depois do falecimento de Pítias, se casará com Hérpilis, da qual nascerá Nicômaco, a quem dedicará posteriormente o livro Ética a Nicômaco. Entrementes, importantes transformações estavam a ocorrer no mundo helênica, que então se unificou. Felipe II (rei da Macedônia de 356 a 336 a.C.) desenvolveu o país e criou um exército poderoso. Sucessivamente foi anexando as cidades gregas, aproveitando as velhas discórdias, derrotando finalmente Atenas e Tebas, em Queronéia (338 a.C.). Reuniu as cidades gregas em uma liga, sob sua direção, no Congresso de Corinto (337 a.C.), pregando sempre a guerra contra o então grande Império Persa, que já há mais de um século ocupava as cidades gregas da Ásia Menor. Ofereceu-se também uma nova oportunidade a Aristóteles, que foi chamado em 343 ou 342 para a corte do rei Felipe II, em Pela, como educador de seu filho Alexandre (356-323 a.C.). Mas ficou nesta função somente dois anos, depois dos quais aconteceu o totalmente inesperado, - o assassinato do rei Felipe II. Foi assim que já cedo o jovem Alexandre deveu assumir o trono, em 336 a.C., com apenas 20 anos. Atravessando o Bósforo, partiu em 334 a.C. para a conquista do império persa. Foi de um sucesso espetacular, vencendo a Dario, na Batalha de Granico. Completou sua façanha, indo até a Índia. Estabeleceu sua capital em Babilônia. No Egito fundou a Alexandria, que logo passou à ser um grande centro de cultura. Estava mudada a estrutura política do então mundo conhecido, o que não demoraria a ter repercussão na filosofia. Sem função na Macedônia, voltou Aristóteles para Atenas, pelo ano 335 a. C., com Teofrasto, outro homem notável pelo saber. Auxiliado sempre por Alexandre que o prestigiava, Aristóteles fundou o Liceu (cerca de 334 a.C.) no ginásio do templo de Apolo Liceu (Liceu é referência ao local do templo). Onde criou escola própria no ginásio Apolo Liceu. Em pouco mais de dez anos de atividade, fez Aristóteles de sua escola um 4
  • 5. centro de adiantados estudos, em que os mestres se distribuiam por especialidades, inclusive em ciências positivas. Falecido Alexandre prematuramete em 323 a.C., com apenas 13 anos de reinado, recrudeceu o sentimento antimacedônico em Atenas, com Demóstenes ativando o partido nacionalista, a situação se tornou difícil para Aristóteles. Além disto, sua filosofia de idéias objetivas não poderia escapar à reação do sacerdote Eurimedote, que o acusava de impiedade. Teve, então, Aristóteles de optar por retirar-se de Atenas, deixando o Liceu sob a direção de Teofrasto. Oculto em uma sua propriedade em Cálcis, de Eubea, ali morreu já no ano seguinte aos 62 anos. Mas o Liceu teve continuidade, como também a Academia de Platão Uma notícia diz que Aristóteles, o mais ilustre dos discípulos de Platão, "tinha a voz débil, pernas delgadas e olhos pequenos; que vestia sempre com esmero, levava anéis e cortava a barba". 5
  • 6. METAFÍSICA No conjunto de obras denominado Metafísica, Aristóteles buscou investigar o “ser enquanto ser”. Significa que buscou compreender o que tornava as coisas o que elas são. Nesse sentido, as características das coisas apenas nos mostram como as coisas estão, mas não definem ou determinam o que elas são. É preciso investigar as condições que fazem as coisas existirem, aquilo que determina “o que” elas são e aquilo que determina “como” são. Em sua metafísica, Aristóteles fala acerca dos primeiros princípios. Os primeiros princípios dizem respeito aos princípios lógicos, a saber: o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. O princípio de identidade é autoevidente e determina que uma proposição é sempre igual a ela. Disto pode-se afirmar que A=A. O princípio da não contradição afirma que uma proposição não pode, ao mesmo tempo, ser falsa e verdadeira. Não se pode propor que um triângulo possui e não possui três lados, por exemplo. O princípio do terceiro excluído afirma que ou uma proposição é verdadeira ou é falsa, e não há uma terceira opção viável. Tais princípios, deste modo, garantem as condições que asseguram a realidade das coisas. Além dos princípios, de acordo com Aristóteles, existem quatro causas fundamentais que também são condições necessárias para que as coisas existam. As causas são: material, formal, eficiente e final. A causa material é a matéria da qual é feita a essência das coisas. A causa formal diz respeito à forma da essência. A causa eficiente é aquela que explica como a matéria recebeu determinada forma. A causa final é aquela que determina a finalidade das coisas existirem e serem como são. Para compreender a conceituação das causas, pode-se pensar numa pedra que rola a montanha. A causa material é o minério da pedra, a causa formal é a inclinação da montanha, a causa eficiente é o empurrão feito na pedra e a causa final é a vontade da pedra de atingir o nível mais baixo. Assim, os primeiros princípios e as quatro causas são as condições básicas para que as coisas existam e possam ser conhecidas. Disto, Aristóteles investiga sobre “o que” as coisas são. Nesse ponto, visa superar a ideia de seus antecessores, principalmente Platão, que afirmava que a essência das coisas está num mundo inteligível. Para Aristóteles, a essência das coisas está nas próprias coisas e não separada num mundo das formas e ideias perfeitas, isto é, a essência está na substância. A substância, para ele, é a fusão da matéria com a forma. Uma escultura de madeira, por exemplo, é a fusão da madeira (matéria) com o projeto do artesão (forma). A partir dessa concepção, era ainda necessário que Aristóteles desse conta do problema do movimento, pois a substância possui a matéria – que está em constante movimento (transformação) – e a forma (que é imóvel). Para superar tal problema, ele usa a ideia de potência e ato. As substâncias possuem potencial para aquilo que ocorre com elas. Pode-se dizer que a gasolina, por exemplo, é inflamável. Significa afirmar que ela possui potencial para pegar fogo, porém é preciso pelo menos uma faísca para que a potência se torne realidade, ato. Com isto, a metafísica de Aristóteles visa mostrar que o Estar em movimento possui mais importância do que o Ser imóvel de Platão. 6
  • 7. Aristóteles oferece uma classificação dos primeiros filósofos gregos de acordo com a estrutura de seu sistema das quatro causas. Para ele, a investigação filosófica é acima de tudo uma investigação sobre as causas das coisas, das quais há quatro diferentes tipos: A causa material; a causa eficiente; a causa formal e a causa final Vejamos, a partir de um exemplo grosseiro, o que ele tinha em mente: quando Alfredo prepara um risoto, as causas materiais do risoto são os ingredientes que ele utiliza para prepará-lo, a causa eficiente é ele mesmo, o cozinheiro, a causa formal é a receita e a satisfação dos clientes do restaurante é a causa final. Aristóteles acreditava que um entendimento científico do universo exigia uma investigação sobre a operação no mundo das causas de cada um desses tipos. Os primeiros filósofos, que viviam na área costeira da Grécia, na Ásia Menor, concentram-se na causa material: eles buscavam os ingredientes fundamentais do mundo em que vivemos. Tales e os que o sucederam propuseram a seguinte questão: Em que nível fundamental, seria o mundo feito de água, ar, fogo, terra ou de uma combinação de todas essas causas? (Met. A3, 983b20984a 17). Aristóteles pensava que mesmo se tivéssemos uma resposta para esta questão isso claramente não bastaria para satisfazer nossa curiosidade científica. Os ingredientes de um prato não se misturam por si sós, é necessário haver um agente que opere sobre eles, cortando, misturando, mexendo, aquecendo etc. Alguns desses primeiros filósofos, conta Aristóteles, percebiam o problema e ofereceram conjecturas a respeito dos agentes de mudança e desenvolvimento no mundo. Algumas vezes seria um dos próprios ingredientes – o fogo talvez a sugestão mais promissora, dada sua condição de menos tórpido dos elementos. Com maior freqüência, no entanto, seria algum agente, ou um par de agente, ao mesmo tempo mais abstratos e imaginativos, como o Amor, o Desejo, a Ira ou o Bem e o Mal. O fato é que a distinção entre religião, ciência e filosofia não era então tão nítida quando veio a ser em séculos posteriores. As obras de Aristóteles e de seu mestre Platão forneceram um modelo de filosofia para qualquer é época, e até hoje qualquer um que faça uso do titulo de filósofo alega ser um de seus herdeiros. Escritores de publicações de filosofia do século XX podem ser observado utilizando as mesmas técnicas de análise conceitual, e com freqüência repetindo ou refutando os mesmo argumentos teóricos, exatamente como se apresentam nos escritos de Platão e Aristóteles. Mas naqueles escritos há muito mais que não seria atualmente considerado discussão filosófica. A partir do século VI, elementos de religião, ciência e filosofia fermentaram juntos em um único caldo de cultura. Do nosso ponto de vista temporal, filósofos, cientistas e pensadores podem todos recordar esses primeiros pensadores como seus antepassados intelectuais. 7
  • 8. RELIGIÃO E ARTE Com Aristóteles afirma-se o teísmo do ato puro. No entanto, este Deus, pelo seu efetivo isolamento do mundo, que ele não conhece, não cria, não governa, não está em condições de se tornar objeto de religião, mais do que as transcendentes idéias platônicas. E não fica nenhum outro objeto religioso. Também Aristóteles, como Platão, se exclui filosoficamente o antropomorfismo, não exclui uma espécie de politeísmo, e admite, ao lado do Ato Puro e a ele subordinado, os deuses astrais, isto é, admite que os corpos celestes são animados por espíritos racionais. Entretanto, esses seres divinos não parecem e não podem ter função religiosa e sem física. Não obstante esta concepção filosófica da divindade, Aristóteles admite a religião positiva do povo, até sem correção alguma. Explica e justifica a religião positiva, tradicional, mítica, como obra política para moralizar o povo, e como fruto da tendência humana para as representações antropomórficas; e não diz que ela teria um fundamento racional na verdade filosófica da existência da divindade, a que o homem se teria facilmente elevado através do espetáculo da ordem celeste. Aristóteles como Platão considera a arte como imitação, de conformidade com o fundamental realismo grego. Não, porém, imitação de uma imitação, como é o fenômeno, o sensível, platônicos; e sim imitação direta da própria idéia, do inteligível imanente no sensível, imitação da forma imanente na matéria. Na arte, esse inteligível, universal é encarnado, concretizado num sensível, num particular e, destarte, tornando intuitivo, graças ao artista. Por isso, Aristóteles considera a arte a poesia de Homero que tem por conteúdo o universal, o imutável, ainda que encarnado fantasticamente num particular, como superior à história e mais filosófica do que a história de Heródoto que tem como objeto o particular, o mutável, seja embora real. O objeto da arte não é o que aconteceu uma vez como é o caso da história , mas o que por natureza deve, necessária e universalmente, acontecer. Deste seu conteúdo inteligível, universal, depende a eficácia espiritual pedagógica, purificadora da arte. Se bem que a arte seja imitação da realidade no seu elemento essencial, a forma, o inteligível, este inteligível recebe como que uma nova vida através da fantasia criadora do artista, isto precisamente porque o inteligível, o universal, deve ser encarnado, concretizado pelo artista num sensível, num particular. As leis da obra de arte serão, portanto, além de imitação do universal verossimilhança e necessidade coerência interior dos elementos da representação artística, íntimo sentimento do conteúdo, evidência e vivacidade de expressão. A arte é, pois, produção mediante a imitação; e a diferença entre as várias artes é estabelecida com base no objeto ou no instrumento de tal imitação. 8
  • 9. PSICOLOGIA Objeto geral da psicologia aristotélica é o mundo animado, isto é, vivente, que tem por princípio a alma e se distingue essencialmente do mundo inorgânico, pois, o ser vivo diversamente do ser inorgânico possui internamente o princípio da sua atividade, que é precisamente a alma, forma do corpo. A característica essencial e diferencial da vida e da planta, que tem por princípio a alma vegetativa, é a nutrição e a reprodução. A característica da vida animal, que tem por princípio a alma sensitiva, é precisamente a sensibilidade e a locomoção. Enfim, a característica da vida do homem, que tem por princípio a alma racional, é o pensamento. Todas estas três almas são objeto da psicologia aristotélica. Aqui nos limitamos à psicologia racional, que tem por objeto específico o homem, visto que a alma racional cumpre no homem também as funções da vida sensitiva e vegetativa; e, em geral, o princípio superior cumpre as funções do princípio inferior. De sorte que, segundo Aristóteles diversamente de Platão todo ser vivo tem uma só alma, ainda que haja nele funções diversas faculdades diversas porquanto se dão atos diversos. E assim, conforme Aristóteles, diversamente de Platão, o corpo humano não é obstáculo, mas instrumento da alma racional, que é a forma do corpo. O homem é uma unidade substancial de alma e de corpo, em que a primeira cumpre as funções de forma em relação à matéria, que é constituída pelo segundo. O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito. Mas a alma humana desempenha também as funções da alma sensitiva e vegetativa, sendo superior a estas. Assim, a alma humana, sendo embora uma e única, tem várias faculdades, funções, porquanto se manifesta efetivamente com atos diversos. As faculdades fundamentais do espírito humano são duas: teorética e prática, cognoscitiva e operativa, contemplativa e ativa. Cada uma destas, pois, se desdobra em dois graus, sensitivo e intelectivo, se se tiver presente que o homem é um animal racional, quer dizer, não é um espírito puro, mas um espírito que anima um corpo animal. O conhecimento sensível, a sensação, pressupões um fato físico, a saber, a ação do objeto sensível sobre o órgão que sente, imediata ou à distância, através do movimento de um meio. Mas o fato físico transforma-se num fato psíquico, isto é, na sensação propriamente dita, em virtude da específica faculdade e atividade sensitivas da alma. O sentido recebe as qualidades materiais sem a matéria delas, como a cera recebe a impressão do selo sem a sua matéria. A sensação embora limitada é objetiva, sempre verdadeira com respeito ao próprio objeto; a falsidade, ou a possibilidade da falsidade, começa com a síntese, com o juízo. O sensível próprio é percebido por um só sentido, isto é, as sensações específicas são percebidas, respectivamente, pelos vários sentidos; o sensível comum, as qualidades gerais das coisas tamanho, figura, repouso, movimento, etc. são percebidas por mais sentidos. O senso comum é uma faculdade interna, tendo a função de coordenar, unificar as várias 9
  • 10. sensações isoladas, que a ele confluem, e se tornam, por isso, representações, percepções. Acima do conhecimento sensível está o conhecimento inteligível, especificamente diverso do primeiro. Aristóteles aceita a essencial distinção platônica entre sensação e pensamento, ainda que rejeite o inatismo platônico, contrapondo-lhe a concepção do intelecto como tabula rasa, sem idéias inatas. Objeto do sentido é o particular, o contingente, o mutável, o material. Objeto do intelecto é o universal, o necessário, o imutável, o imaterial, as essências, as formas das coisas e os princípios primeiros do ser, o ser absoluto. Por conseqüência, a alma humana, conhecendo o imaterial, deve ser espiritual e, quanto a tal, deve ser imperecível. Analogamente às atividades teoréticas, duas são as atividades práticas da alma: apetite e vontade. O apetite é a tendência guiada pelo conhecimento sensível, e é próprio da alma animal. Esse apetite é concebido precisamente como sendo um movimento finalista, dependente do sentimento, que, por sua vez depende do conhecimento sensível. A vontade é o impulso, o apetite guiado pela razão, e é própria da alma racional. Como se vê, segundo Aristóteles, a atividade fundamental da alma é teorética, cognoscitiva, e dessa depende a prática, ativa, no grau sensível bem como no grau inteligível. 10
  • 11. COSMOLOGIA Uma questão geral da física aristotélica, como filosofia da natureza, é a análise dos vários tipos de movimento, mudança, que já sabemos ser passagem da potência ao ato, realização de uma possibilidade. Aristóteles distingue quatro espécies de movimentos: Movimento substancial - mudança de forma, nascimento e morte; movimento qualitativo - mudança de propriedade; movimento quantitativo - acrescimento e diminuição; movimento espacial - mudança de lugar, condicionando todas as demais espécies de mudança. Outra especial e importantíssima questão da física aristotélica é a concernente ao espaço e ao tempo, em torno dos quais fez ele investigações profundas. O espaço é definido como sendo o limite do corpo, isto é, o limite imóvel do corpo "circundante" com respeito ao corpo circundado. O tempo é definido como sendo o número - isto é, a medida - do movimento segundo a razão, o aspecto, do "antes" e do "depois". Admitidas as precedentes concepções de espaço e de tempo - como sendo relações de substâncias, de fenômenos - é evidente que fora do mundo não há espaço nem tempo: espaço e tempo vazios são impensáveis. Uma terceira questão fundamental da filosofia natural de Aristóteles é a concernente ao teleologismo - finalismo - por ele propugnado com base na finalidade, que ele descortina em a natureza. "A natureza faz, enquanto possível, sempre o que é mais belo". Fim de todo devir é o desenvolvimento da potência ao ato, a realização da forma na matéria. Quanto às ciências químicas, físicas e especialmente astronômicas, as doutrinas aristotélicas têm apenas um valor histórico, e são logicamente separáveis da sua filosofia, que tem um valor teorético. Especialmente célebre é a sua doutrina astronômica geocêntrica, que prestará a estrutura física à Divina Comédia de Dante Alighieri. 11
  • 12. FILOSOFIA DE ARISTÓTELES Partindo como seu mestre Platão do mesmo meio de filosofia, a filosofia idealista, Aristóteles não contente mais tarde abandona método de solução do seu mestre e constrói um sistema único e original, o cujo as características dessa grande síntese são : Observação da natureza -porem seu mestre Platão homem idealista descarta essa experiência logo de cara como fonte de conhecimento, porem Aristóteles homem que acredita em suas ideias toma a natureza como ponto de partida , e busca na realidade, umincentivo mais solido para suas especulações metafisicas . Rigor no método -depois de estudar as leis do pensamento o processo dedutivo e indutivo , Aristóteles aplica-os com muita habilidade em todas as obras, assim substituindo a linguagem imaginosa de Platão,, porem criando uma filosofia muito admirável, Aristóteles foi considerado o auto da metodologia e tecnologia cientifica. Geralmente no estudo de uma questão para se obter uma respostar certa de um objeto, Aristóteles as divida em partes cujo élas são: A)definia-se o objeto ) observa quantos métodos de solução poderiaaver para se resolver a questão, C) propõe as duvidas D) indicava a solução E) E por ultimo colocava as sentenças contrarias .. Com tudo isso Aristóteles criou um lindo método de filosofia muito admirado até os dias de hoje, constituiu um verdadeiro e Único sistema de síntese onde todas as parte se compõem e se corresponde e se confirmam. 12
  • 13. ÂMBITO DE JUSTIÇA - Resumindo, ele relata que tem que existir méritos justos -Régua da justiça (Régua flexível)= que é medido a distribuição que não gera excesso(igualdade) Exemplo= o aluno de direto e a menina da quinta serie (sexto ano). - Aristóteles estava muito limitado, pois viveu na época de escravidão e não tinha meios de fazer uma critica profunda de todas as relações sociais subjacentes. O trabalho assalariado não existia (escravos) não tinham seus méritos; não alcançou uma compreensão avançada e critica da relação entre justiça e economia. É Marx quem conclui o âmago de justiça e de injustiça enquanto proporções no todo social. - Para Aristóteles, a justiça é uma manifestação da economia. - Ele teve que confiná-la apenas aos cidadãos, livres e iguais entre si, e depende do trabalho escravo, cuja produção de riqueza não entra em conta em seu cenário sobre o justo. AGENTES E PACIENTES DA JUSTIÇA - Para Aristóteles, a justiça é uma ação. O justo e um agir - Justo é o seu julgamento que determina que seja dado ao credor o que é devido. - O justo, não é uma medida contemplativa (meditar, pensar e considerar), mas concreta, e tal ação, por sua vez, não pode ser acidente, mas sim deliberado. Não é considerado justo um juiz, que passou a noite virada, bêbado e chega ao réu, condenando o preso culpado e foi visto que de fato era culpado. Ainda que levem a resultados que possam ser apreciáveis objetivamente como justo ou não, por razão acidenta, não constitui u mato justo, exatamente por carência de animo para tal fim. *Aristóteles ainda argumenta em cima do agente e o paciente da justiça, se alguém pode ser injusto consigo mesmo. NÃO: o injusto e a justiça são com os outros, e não consigo mesmo. (como Aristóteles relatava não se pode roubara a si próprio) - A justiça é para o outro e não para si próprio - marcando o caráter político. 13
  • 14. A EQUIDADE - Para Aristóteles, a lei é boa, segui-la é fazer concretizar o interesse de todos, da polis. Não segui-las apenas vão fazer as coisas desandar na organização política. - A equidade além de interpretar as leis, também evita que a aplicação da lei possa em alguns casos prejudicar alguns indivíduos. Faz um papel de corrigira omissão, estendendo o justo ate as minúcias. NATURAL= é a que em todo lugar tema mesma força e a não depende dessa ou aquela opinião LEGAL= a que na origem pode ser indiferentemente, esta ou a aquela, mas que uma vez estabelecida, impor-se a todos. 14
  • 15. JUSTIÇA UNIVERSAL: Um homem honesto é honesto se também for justo. Quer dizer que ele tem que ser honesto com todos (universal). PARTICULAR: I. DISTRIBUTIVA II. CORRETIVA III. RECIPROCIDADE (CASO ESPECIAL) I. DISTRIBITIVA: É analisada pelo mérito. Rendendo variar de acordo do seu mérito. - Um professor que aplica uma prova de cinco questões, valendo 2 pontos. Esse professor está sendo justo na distribuição de méritos. - Um professor aplicando uma prova de direito para uma menina da quinta serie (sexto ano) e para um aluno de direito do terceiro semestre. A menina tirou seis e o aluno de direito tirou oito. Perante a nota o aluno foi melhor, mas não houve uma distributiva justa. II. CORRETIVA: Visa à correção das transações entre os indivíduos, que pode ocorrer de modo voluntario. Nessa forma de justiça surge a necessidade da intervenção de uma terceira pessoa que deve decidir sobre as relações mútuas e o eventual descobrimento de acordos ou clausulas contratuais descobrimento de acordos ou clausulas contratuais surge a necessidade de juiz. Justiça Comutativa= que preside de contratos Justiça Reparativa= que visa reprimir a injustiça III. RECIPROCIDADE: Um depende do outro. - É necessário um crescimento na economia para haver um crescimento no pais, para isso tem que haver colaboração. 15
  • 16. O PENSAMENTO POLITICO ARISTOTELICO Dois tipos de bens: OS PARTILHÁVEIS E OS PARTICIPAIS OS PARTILHAVEIS: quando é uma quantidade que pode ser dividida e distribuída (a riqueza é um bem partilhável) OS PARTICIPAIS: quando é uma quantidade indivisível, que não pode ser dividida nem distribuída, podendo apenas ser participado (o poder político). *Existem, pois, dois tipos de justiça na cidade: Distributiva: referente aos bens econômicos e a Participativa, referente ao poder político. A cidade justa saberá distingui-los e realizar ambos A justiça distributiva consiste em dar a cada um o que é devido e sua função é dar desigualmente aos desiguais para torná-los iguais Exemplo: que a polis esteja atravessando um período de fome em decorrência para secas ou enchentes e adquira alimentos para distribuí-los a todos. Para ser justa, a cidade não poderá reparti-los de modo igual para todos. De fato, aos que são pobres, deve doá-los, mas aos ricos, deve vendê-los, de modo a conseguir fundos para aquisição de novos alimentos. Se doar a todos ou vender a todos, será injustiça. Também será injusto se abrir a todos as mesmas quantidades de alimentos, pois Dara quantidades iguais para famílias desiguais, uma mais numerosa que a outras. - a função ou finalidade da justiça distributiva sendo a de igualar os desiguais, dando-lhes desigualmente os bens, implica ricos e pobres pés muito grandes vigara a injustiça por não da a todos o que lhes é de devido como seres humanos. - a cidade injusta, portanto, impede que uma parte dos cidadãos tenha assegurado o direito á vida boa. DUAS IDÉIAS POLÍTICAS: -REGIME POLITICO – NÃO POLITICO -TRANSFORMAÇÃO DE UM REGIME POLITICA EM OUTA - Um regim só é política se for instituído por um corpo de leis publicamente reconhecidas e sob as quais todos vivem, governantes e súditos regime no 16
  • 17. qual os governantes estão submetidos as leis.Quando a lei coincide com a vontade pessoal e arbitraria do governantes, não há política, mas despotismo e tirania. Quando não já lei de espécie alguma, não há política, mas anarquia. - A presença ou ausência da lei conduz á ideia de regime políticas legitimas e ilegítimas: LEGITIMO: alem do legal, é justo (as leis são feitas segundo a justiça). ILEGITIMO: quando a lei é injusta (ilegal) quando possui lei nenhuma. - O regime político se transforma em decorrência de mudanças econômicas – aumento do numero de ricos e diminuição do numero de pobres, diminuição dos ricos e aumentos dos pobres. De resultados de guerras – conquistas de novos territórios e populações, submissão a vencedores que conquistam a cidade. A POLÍTICA - O critério de justiça não é valido de forma dividida individual e sim pela resposta social que é refletida naquela sociedade (polis). Não existe pessoa justa se a sociedade é injusta. Esse pensamento indica que o individuo possui responsabilidade social que é representado por sua participação no ¨agora¨com fim de discutir questões da sociedade e dos cidadãos. ¨ZOOM POLIKOM¨: -Que é a compreensão social também parte da sociedade por define o homem como zoom polikon (animal político) de modo que sempre depende do outro desde o nascimento. - Para Aristóteles ser social é natural do homem, não é escolha. 17
  • 18. A ESCRAVIDÃO Pensa que possa haver entre o senhor e o escravo relações de amizade, mas considera a escravidão natural, e, portanto, em tal tema, não conseguiu romper os limites do próprio mundo de modo de produção escravagista em que vive. 18
  • 19. OS TIPOS DE GOVERNO Aristóteles reconhece três tipos de estafo ou organização da polis: O que caracteriza a democracia é que todos os cidadãos participam do poder e tem os mesmo direitos. A aristocracia reduz-se á participação e o direito de uma minoria. E a monarquia, a uma só. Aristóteles defende um governo misto composto por oligarcas e democratas. Para Aristóteles, competência do poço ou cidadãos em conjunto é melhor do que a do melhor homem possível. Além disso, um número maior de pessoas é menos corruptível do que pouco ou só um. Com relação ao poder, Aristóteles apresenta três definições: o poder de pai sobre o filho, o senhor sobre o escravo, do governo sobre o governo. Elas se distinguem entre si com base no tipo de interesse: o paterno, no interesse do filho, o político, no interesse comum de governantes. Aristóteles justifica a escravidão por considerar que há homens e poucos escravos por natureza. 19
  • 20. CONLUSÃO Ante o exposto, conclui-se preambularmente, que Aristóteles foi um talentoso filósofo do séc. IV a.C., discípulo de Platão, que iniciou seus estudos em Atenas. Todavia, mesmo sendo discípulo de Platão, Aristóteles possuía correntes distintas de raciocínio, elaborando suas teorias com ideias, muitas vezes controversas, às de seu professor. Após o início de seus estudos, Aristóteles tornou-se um filósofo de grande reconhecimento, tendo como o mais famoso de seus discípulos, o Rei Alexandre. Contudo, sua sabedoria e o reconhecimento de seu trabalho não se deram por seus ensinamentos, mas sim, por suas ideias diferenciadas, pela época em que viveu. Haja vista que as teorias vislumbradas por Aristóteles são analisadas e executadas ainda hoje no séc. XXI. Aristóteles foi o percursor de alguns temas de grande relevância no mundo científico como no ramo da metafísica, investigando o “ser enquanto ser”, teorizou temas no ramo da religião e da arte, da cosmologia, da psicologia e principalmente no ramo da política e do estudo da justiça. Temas estes, que o difere dos filósofos da época, o que lhe traz ainda mais importância para a humanidade e questionamentos, pelo fato de coincidentemente o homem do séc. IV, possuir as mesmas dúvidas que hoje, tanto nos rodeia. Assim, entende-se que é primordial o estudo da vida de Aristóteles para o desenvolvimento intelectual do homem nos diversos ramos que ele teorizou e principalmente disseminar suas ideias pela vida acadêmica, pois o mesmo encontra-se presente no desenvolvimento das diversas áreas de estudos nos dias de hoje e tem de se aceitar, que de fato, há uma negligência por parte dos estudantes no que tange os estudos de filósofos renomados, que pertenceram a uma época distinta à nossa, presumindo-se que a divergência temporal torna tais teorias inexequíveis. 20