O documento discute diversos aspectos relacionados à sexualidade segundo a doutrina espírita, incluindo a diferença entre sexo e amor, os excessos e abusos, o papel da mulher, a homossexualidade e o bom uso do tempo.
O impulso sexual e suas manifestações segundo a Doutrina Espírita
1. O impulso sexual
Do espírito para a matéria, da matéria para o espírito, vice e versa
ou não necessariamente nesta ordem.
2. Em busca do(a) parceiro(a) ideal
• Teoria do GENE EGOÍSTA
• O impulso sexual animal
3. 686. É lei da Natureza a reprodução dos seres
vivos?
“Evidentemente. Sem a reprodução, o mundo
corporal pereceria.”
Livro dos Espíritos
4. Energia sexual
“O instinto sexual é força poderosa de atração, unindo os corpos
físicos, reencontrando as almas, para resgates de débitos, dirigindo
os homens para conquistas e objetivos da Lei Suprema: O AMOR, A
FELICIDADE E A HARMONIA. (...). Não podemos confundir sexo e
amor, pois, enquanto o sexo é força instintiva e inconsciente, o
amor é energia consciente e espontânea.
O homem em experiências afetivas, costuma confundir energia
instintiva sexual como sendo "AMOR", que tem promovido quase
todas as uniões de homens e mulheres na terra.
Observamos, constantemente, muitos lares desfeitos, porque só
tinha energia instintiva sexual e nenhum "AMOR".
Visão Espírita da Sexualidade – Encontro de Estudos Espíritas de
Uberaba
5. O que é viver bem praticando o sexo para o
Espiritismo?
“É amar. Quando o indivíduo ama o fenômeno
sexual é um complemente natural dessa comunhão
em que se busca essa plenitude.”
Divaldo Pereira Franco
6. Excessos e abusos
•O que interessa são os lucros a serem
arrecadados, ao invés de cultivarmos os valores
morais sublimes que ainda não conseguimos
enxergar.
•A relação sexual entre a maioria dos homens e
mulheres terrestres, aproxima-se demasiadamente
das manifestações dessa natureza entre os
irracionais, sem nenhuma obediência às Leis
Divinas.
7. Neste plano de baixas vibrações onde
predomina ainda a semi-brutalidade, muitas
inteligências admiráveis preferem demorarem-
se em baixas correntes evolutivas.
Visão Espírita da Sexualidade – Encontro de
Estudos Espíritas de Uberaba
8. Amor livre
A Doutrina Espírita condena o amor livre?
O Espiritismo não se situa como um tribunal. Apenas
nos informa quanto às conseqüências de nossos atos e
nos ensina que o amor nunca é livre, porqüanto é
impossível exercitá-lo em plenitude sem cogitar da
felicidade e do bem estar do ser amado.
O que é então, o amor livre?
Apenas libertinagem sexual, em que se confunde amar
com transar, nos domínios da inconseqüência.
9. Sexo e casamento
Não se deve buscar o sexo antes do casamento?
Na atual conjuntura, pretender que os jovens
esperem pelo casamento para exercitar o
sexo, seria o mesmo que tapar o sol com a peneira.
Mas deveriam colocá-lo no lugar certo: depois do
amor. Não exercitá-lo antes da certeza de que há
entre os parceiros uma ligação afetiva legítima.
10. Isso não fica complicado quando a disposição é apenas de
um dos parceiros? A moça, por exemplo, cujo namorado
insiste em transar?
Se tal orientação não serve para o parceiro, o parceiro não
serve para ela.
Tal comportamento pode parecer fácil na teoria. Na prática
não é assim, porqüanto há um estímulo, quase uma indução
à promiscuidade.
É um problema de consciência, um caminho a seguir. Nunca
foi fácil remar contra a correnteza. Jesus dizia que tudo é
possível àquele que cre. Se estivermos convictos de que esse
é o caminho, chegaremos lá.
11. Bom uso do tempo
E quando o jovem não consegue passar sem o sexo
Promíscuo?
Experimente ocupar seu tempo em atividades
produtivas, relacionadas com estudo, realização
profissional, atividade religiosa, exercício do Bem.
Pensamento vazio é forja do demônio —diz o velho
ditado. Saem dela as brasas mais ardentes do
desejo sexual.
Não pise na bola – Richard Simonetti
12. Quando o Espiritismo entende o sexo como uma
obsessão?
“Quando ele apresenta determinados
distúrbios, quando o indivíduo perde o equilibrio
de si mesmo, quando faz patologias, quando
começa a ficar fixado apenas na sua função a
deserviço das outras finalidades da vida.”
Divaldo Pereira Franco
13. A união sexual entre criaturas que já atingiram
grandes elevações é muito diferente, traduz a
permuta sublime de energias
perispirituais, simbolizando o alimento Divino
para a inteligência e para o coração e, força
criadora não somente de filhos carnais, mas
também de obras e realizações generosas da
alma para a vida eterna. Lembra-nos ANDRÉ
LUIZ, que se refere ao objetivo Santo da
Criação e não apenas ao trabalho procriador.
Visão Espírita da Sexualidade – Encontro de
Estudos Espíritas de Uberaba
14. Papel da mulher
“Mesmo em seus magníficos derivados, o amor é
sem-pre um esforço para a beleza. Nem sequer o amor
sexual, o do homem e da mulher, deixa, por mais
material que pareça, de poder aureolar-se de ideal e
poesia, de perder todo o caráter vulgar, se, de mistura
com ele, houver um sentimento de estética e um
pensamento superior. E isto depende principalmente da
mulher. Aquela que ama, sente e vê coisas que o
homem não pode conhecer, possui em seu coração
inexauríveis reservas de amor, uma espécie de intuição
que pode dar idéia do Amor Eterno.”
O problema do ser, do destino e da dor – Léon Dennis
15. Homossexualidade
Como situar o homossexual?
Um Espírito que ao reencarnar não conseguiu
conciliar a morfologia com a psicologia. Sente-se
mulher num corpo masculino, ou homem num
corpo feminino. Daí o impulso de relacionar-se
afetivamente com parceiros do mesmo sexo.
16. Por que isso acontece?
Geralmente é problema expiatório. São Espíritos que se
comprometeram em determinados desajustes em vidas
anteriores.
Sempre envolve pagamento de débitos?
Nem sempre. Há Espíritos evoluídos que, em face das tarefas
que se propõem a realizar, optam por essa inversão.
Canalizam suas forças genésicas para realizações na Arte, na
Ciência, na Filosofia, na Religião, impondo-se uma solidão
afetiva, já que, em face de suas conquistas
espirituais, jamais cogitariam em ligar-se a parceiros do
mesmo sexo. Não poderíamos nem mesmo situá--los como
homossexuais. porqüanto cultivam rígida abstinência sexual.
Não pise na bola – Richard Simonetti