O documento descreve o modelo de autoavaliação de bibliotecas escolares, focando-se nos indicadores de promoção da leitura e impacto na literacia dos alunos. A avaliação envolve questionários, observações, análise de trabalhos de alunos e estatísticas de uso da biblioteca para avaliar o progresso dos alunos e o impacto das atividades de promoção da leitura. Os resultados serão usados para melhorar os pontos fracos identificados e aumentar o apoio à leitura e literacia.
Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BEs
4ª tarefa
1. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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“Estimular o prazer de ler é pois a pedra de toque do esforço pedagógico que procure
desenvolver a literacia. E é também o ponto fulcral da actividade da biblioteca escolar”
Isabel Alçada, Leitura, Literacia e Bibliotecas Escolares – texto on-line
Os indicadores:
B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola (processo)
Disponibilizar uma colecção variada e adequada aos gostos, interesses e necessidades
dos utilizadores; identificar novos públicos e adequar a colecção às suas necessidades; promover
acções formativas que ajudem a desenvolver as competências de leitura; desenvolver acções
relacionadas com o PNL; incentivar a leitura informativa, articulando com os departamentos
curriculares no desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem ou em projectos e
acções que incentivem a leitura; desenvolver actividades de promoção da leitura (clubes de
leitura, fóruns, blogs, encontros com escritores, feira do livro); organizar e difundir recursos
documentais, são alguns dos factores críticos de sucesso deste indicador. Pretende-se avaliar o
processo através de várias evidências, nomeadamente: estatísticas de requisição e uso de
recursos relacionados com a leitura; estatísticas de utilização informal da BE; estatísticas de
utilização da BE para actividades de leitura programada/articulada com outros docentes; registos
de actividades/projectos e os questionários aos docentes (QD2) e aos alunos (QA2).
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito
da leitura e da literacia (impacto)
Conhecer o benefício do trabalho nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da
leitura e da literacia que possa traduzir-se numa mudança de conhecimento, competências,
atitudes, valores e níveis de sucesso é um dos objectivos deste indicador.
Os factores críticos de sucesso concretizam-se através: da utilização pelos alunos do livro
e da BE para ler de forma recreativa, para se informar ou para realizar trabalhos escolares; da
manifestação de progressos dos alunos nas competências de leitura; do desenvolvimento de
trabalhos onde os alunos interagem com equipamentos e ambientes informacionais variados,
manifestando progressos nas suas competências de leitura e da literacia; da participação dos
alunos em diferentes actividades associadas à promoção da leitura. Para a avaliação destes
impactos devemos recorrer, entre outras, às seguintes evidências: estatísticas de utilização da Be
em actividades de leitura; estatísticas de requisição domiciliária; observação da utilização da BE
(O2, O4); trabalhos realizados pelos alunos; análise diacrónica das avaliações dos alunos;
questionários aos docentes (QD2) e aos alunos (QA2).
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2. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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Plano de Avaliação
B. LEITURA E LITERACIA
B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola
B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da
leitura e da literacia
Problema/Diagnóstico
A BE tem criado condições para o desenvolvimento nos alunos de competências e de
hábitos de leitura e de trabalho, no âmbito da consulta, tratamento e produção da informação e os
alunos usam com muita frequência a biblioteca para ler de forma recreativa, para se informar ou
para realizar trabalhos escolares. A BE sempre favoreceu a existência de ambientes de leitura
ricos e diversificados, fornecendo livros ou outros recursos às salas de aula ou outros espaços de
lazer ou de trabalho e aprendizagem, promovendo uma gestão integrada de todos os recursos.
Este espaço é muito rentabilizado pelos docentes no âmbito das suas actividades lectivas. A
adesão dos destinatários às actividades propostas tem sido um sucesso, originando não só mais e
melhores leitores como também um debate, partilha e troca de ideias acerca dos livros lidos.
Pontos fortes actuais Pontos fracos a desenvolver
B.1 A BE disponibiliza uma colecção variada, A BE necessita de reforço de fundo
actualizada e adequada aos gostos e
documental face às solicitações dos
Trabalho da BE interesses de informação dos utilizadores.
utilizadores.
ao serviço da A BE divulga os seus recursos e actividades
promoção da através de suporte escrito, cartazes
A página WEB da BE não está
leitura informativos, folhetos.
funcional
A BE produz materiais informativos e/ou
lúdicos de apoio à leitura.
Promover mais a leitura através da
Cooperação com os Departamentos na área Internet e das plataformas LMS
da promoção do livro e da leitura.
A BE apoia activamente a implementação de A BE não tem feito uma acção
projectos de promoção de leitura. contínua de promoção de contactos
A BE desenvolve, de forma sistemática, dos leitores com escritores
actividades no âmbito da promoção da leitura:
sessões de leitura, fóruns, concursos, A BE conhece as linhas de orientação
sinalização de efemérides sobre o Dia Mundial
do livro, Dia Internacional das Bibliotecas definidas pelo Plano Nacional de
Escolares, Semana da Leitura, entre outras Leitura, mas deveria desenvolver mais
actividades que associam diferentes formas de
leitura, de escrita ou de comunicação com o acções e articular mais actividades
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3. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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objectivo de promover o gosto pela leitura. com os docentes, no sentido de
A BE incentiva a leitura informativa, promover a leitura.
associando-se e articulando com os
departamentos no desenvolvimento das Utilizar mais a WEB e outras fontes de
actividades de ensino/ aprendizagem ou a
informação na prospecção e
projectos e actividades que incentivem a
leitura informativa. identificação de materiais do interesse
A BE promove eventos culturais que das crianças, dos jovens e dos
aproximam os alunos dos livros ou de outros adultos.
materiais/ ambientes e incentivem o gosto pela
leitura.
Criar mais grupos ou comunidades de
O empréstimo domiciliário é incentivado, leitores para partilhar gostos e leituras.
através de uma acção sistemática da BE de
promoção de obras literárias ou de divulgação,
Consolidar o trabalho articulado com
da realização de exposições, de debates ou
da criação de grupos de leitura. departamentos, docentes e a abertura
A BE organiza e difunde recursos a projectos externos.
documentais que, associando-se a diferentes
temáticas ou projectos, suportam a acção Reforçar a formação dos elementos da
educativa e garantem a transversalidade e o
equipa nas áreas da literatura infantil e
desenvolvimento de competências associadas
à leitura. juvenil e da sociologia da leitura.
A BE apoia os alunos nas suas escolhas e
Alargar o horário de abertura da BE
divulgação que melhor se adequam aos seus
gostos.
A BE promove a articulação da leitura com os
diferentes domínios curriculares, com os
docentes, com a Biblioteca Pública ou com
outras instituições.
Percursos de leitura e de escrita – Espaço de
divulgação e de partilha de experiências:
contacto com textos de tipologias diversas;
leitura individual e colectiva de textos próprios
e de autores seleccionados pelos
intervenientes ;leitura de imagens; produção
de textos, debates, conversas formais e
informais sobre as actividades/experiências
como leitor e/ou escritor, audição de textos,
visualização de filmes e de documentários,
investigação na Internet (consulta de sites no
âmbito da temática deste projecto);
A BE está informada relativamente às linhas
de orientação e actividades propostas pelo
PNL.
B.3 Os alunos usam a biblioteca para ler de forma Promover de uma forma mais
recreativa, para se informar ou para realizar
sistemática o diálogo com os
Impacto do trabalhos escolares.
docentes, no sentido de garantir um
trabalho da BE Os alunos, de acordo com o seu nível de
nas atitudes e escolaridade, manifestam progressos nas esforço conjunto, para que o
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4. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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competências competências de leitura, lendo mais e com desenvolvimento de competências de
dos alunos, no maior profundidade.
leitura e literacias seja adequadamente
âmbito da A BE cria condições para o desenvolvimento inserido nos diferentes currículos e
leitura e da nos alunos de competências e de hábitos de
leitura e de trabalho, no âmbito da consulta, actividades.
literacia
tratamento e produção da informação.
Encorajar a participação dos alunos
Os alunos desenvolvem trabalhos onde
interagem com equipamentos e ambientes em actividades livres no âmbito da
informacionais variados, manifestando leitura: clubes de leitura, fóruns de
progressos nas suas competências no âmbito
da leitura e das literacias. discussão, jornais, blogs, outros.
Os alunos participam activamente em
diferentes actividades associadas à promoção
da leitura ( fóruns de discussão, jornais,
sugestões de leitura ,sessões de leitura em
voz alta, ateliers de leitura expressiva,
apresentação de leituras pelos alunos,
questionários, etc.).
A BE promove o desenvolvimento progressivo
da autonomia dos alunos e proporciona
condições para o desenvolvimento de
competências de leitura e de escrita.
A utilização da BE é rentabilizada pelos
docentes em actividades de ensino e apoio à
leitura.
Muitos docentes aproveitam o espaço da BE
para sessões de leitura em voz alta,
apresentação oral de livros, resolução de
fichas de leitura.
Articulação de actividades de leitura entre a
BE e a BM
Tipo de avaliação de medida:
Dados quantitativos relativos ao funcionamento da BE; avaliação qualitativa; consultas a
docentes, alunos e outros elementos; observação e análise de recursos e de actividades; análise
de documentação.
Métodos e Instrumentos:
- Dados obtidos nos registos de presença e de requisições, de utilização dos recursos
informáticos, audiovisuais, material impresso e na base de dados do quiosque multimédia.
- Questionários aos docentes (QD2) e aos alunos (QA2)
- Grelhas de observação (O3, O4)
- Fichas de leitura e outros trabalhos dos alunos.
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5. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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- Plano de actividades da BE
- Relatórios de actividades
- Plataforma de requisição de recursos e gestão de projectos: http://gato.ccems.pt
- Contactos entre a coordenadora da BE e os utilizadores.
- Estatísticas de empréstimo
- Registos de requisições pelos Professores, alunos e AAE
- Caixa para sugestões
- Newsletter e Jornal da escola
- Folheto“7 Sugestões de leitura mensais”
- Materiais produzidos para dinamização, difusão, marketing e promoção da colecção e dos
serviços da BE.
Intervenientes:
Director da escola; Conselho Geral; professora bibliotecária e respectiva equipa;
professores dos diferentes departamentos , alunos; Directores de Turma; Conselho Pedagógico.
Calendarização
1º Período 2º Período 3º Período
Setembro e Outubro Janeiro Abril
Diagnóstico; escolha do - recolha de evidências - aplicação dos questionários
domínio a avaliar a professores e alunos
- aplicação dos questionários a
Novembro professores e alunos - aplicação das grelhas de
observação.
- apresentação do MAABE ao - aplicação das grelhas de
CP observação. - recolha de evidências
Dezembro – análise de dados estatísticos Maio/Junho
relativos ao 2º período e
- recolha de evidências divulgação à escola - análise e tratamento de
todos os dados
– análise de dados estatísticos Janeiro a Março
relativos ao 1º período e Junho
divulgação à escola - recolha de evidências
Elaboração do relatório de
- aplicação das grelhas de auto-avaliação
observação.
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6. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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Julho
Apresentação do relatório no
CP
Elaboração de um plano de
acção
Planificação da recolha e tratamento de dados:
No final de cada período lectivo, procede-se ao tratamento e análise dos dados obtidos no
quiosque multimédia (registo de presenças; recursos utilizados; período de utilização; ocupação
das zonas funcionais) e as actividades realizadas e a realizar.
O questionário QD2 do MAABE será aplicado a cerca de 20% do número total de
docentes, dos diferentes departamentos, abrangendo a diversidade de docentes da escola. O
questionário QA2 será aplicado a 10% do número total de alunos, abrangendo o 3º ciclo,
Secundário, Cursos Profissionais, EFA’s, alunos com necessidades educativas.
Será pedido ao DT que nos auxilie na tarefa da aplicação dos questionários, pedindo-lhe
que os distribua aos alunos. No caso de algumas turmas, será um elemento da equipa a aplicar o
questionário, durante uma das aulas do DT.
As grelhas de observação O4 e O3 serão utilizadas para registo individual ou relativo às
competências globalmente demonstradas por determinados grupo de anos de escolaridade
diferentes. Em alguns casos será pedida a colaboração dos professores que acompanham a
turma na realização da actividade.
Análise e comunicação da informação
Tal como tem sido feito nos anos anteriores, o resultado dos dados obtidos no quiosque
multimédia (registo de presenças; recursos utilizados; período de utilização; ocupação das zonas
funcionais, etc.) e as actividades realizadas e a realizar é apresentado e analisado, no final de
cada período lectivo, em Conselho Pedagógico e divulgado em toda a escola através de um
folheto e cartazes que são afixados.
Os elementos recolhidos (evidências) são sujeitos a uma análise e apreciação por parte da
professora bibliotecária e respectiva equipa que, depois, elaborarão o relatório tendo por
referência os referenciais apontados no MAABE. O relatório será entregue e discutido pelos
órgãos de administração e gestão (conselho geral, director, conselho pedagógico), mas também
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7. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES
- O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I) -
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pelos departamentos curriculares e demais estruturas de coordenação educativa e de supervisão
pedagógica e, naturalmente, à equipa.
O resumo dos resultados da auto-avaliação da BE será integrado no relatório de
autoavaliação da Escola/agrupamento, divulgado na BE, nomeadamente na área da plataforma
Moodle, e referenciado na entrevista com a Inspecção-Geral de Educação.
Limitações, recursos
Tal como foi dito, “a avaliação deve ser entendida como uma actividade regular que faz
parte do dia-a-dia do funcionamento da biblioteca e da escola, integrando as práticas e rotinas da
BE e da escola e evitando que possa representar uma excessiva carga de trabalho, embora
consuma necessariamente algum tempo adicional.” Sem dúvida que o tempo é um factor
limitativo, pois algumas das actividades de avaliação previstas exigem bastante trabalho e retiram
muito tempo ao exercício de outras funções do professor bibliotecário. Por outro lado, a escassez
de recursos humanos na BE e a participação pouco activa de alguns dos principais intervenientes
é também uma limitação.
Bibliografia
Texto da sessão
Rede de Bibliotecas Escolares, Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, 12 de
Novembro de 2009
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