SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  5
1. Bioquímica da relação parasito hospedeiro,
Por que o estudo da bioquímica é importante para esta relação (quero responder
sobre a relação entre as espécies) se através dela podemos dizer que existe uma
adaptação entre as espécies e como base nos resultados quais delas estão mais
adaptadas ao molusco A. fulica e poque?
2. adaptações metabólicas metabolismo intermediário
3. e como é a caracterização do perfil bioquímico dos moluscos não infectados
(proteína, carboidratos, lipídeos) e como é competição com o hospedeiro para
alimentação dos parasitos
As necessidades nutricionais dos parasitos são dependentes da disponibilidade de
substâncias encontradas no seu habitat que variam desde substâncias nutricionais
universais, como carboidratos, aminoácidos, vitaminas e minerais, até necessidades
específicas de bases purinas, nucleosídeos, ácidos graxos, esteróis e porfirinas. Os
helmintos, especialmente aqueles com ausência de trato digestório, são capazes de
incorporar, por transporte ativo e processos de endocitose, macromoléculas, como
proteínaspara utilizaçãocomofonte de componentes constitucionais,como aminoácidos,
monossacarídeos, nucleotídeos ou lipídeos (Köhler e Voigt, 1988).
A produção de malato em helmintos apresenta função análoga à da fermentação de
lactato, ou seja, manutenção do equilíbrio redox através da ação de desidrogenases e
produção de dois mols de ATP para cada mol de glicose catabolisado (Köhler e Voigt,
1988). Entretanto, sua fase larvária apresenta atividade in vivo aeróbia dependente de
oxigênio que se difunde pelos tecidos de seu hospedeiro intermediário. Portanto, o
metabolismo energético de cestóides varia de acordo com a oferta de oxigênio de seu
habitat(Köhlere Voigt,1988; Del Arenal et al., 2001). A cadeia transportadora de elétrons
detectada em cisticercos de T. crassiceps é semelhante à cadeia encontrada em seus
hospedeiros mamíferos, demonstrando presença de citocromos bc1, c e aa3; enquanto
este tipo de respiração é ausente em parasitos adultos (Del Arenal et al., 2001).
Ainda não se sabe ao certo porque fases larvais de helmintos apresentam maiores
capacidadesde oxidaçãodoque suas respectivasfasesadultas.Tese de Doutorado Marina
Clare Vinaud 9 Provavelmente, isto ocorre pelo tamanho corporal diminuído nas fases
larvaisque facilitariaadifusãode oxigênio pelos tecidos do parasito adicionado ao maior
aporte de oxigênio fornecido pelo hospedeiro.
Ainda não se sabe como os helmintos realizam a biosíntese de aminoácidos e proteínas,
aparentemente ocorre uma retirada destes elementos do meio de acordo com a
biodisponibilidade oferecidapelohospedeiro. Esses aminoácidos podem ser utilizados na
síntese de proteínas, neurotransmissores e neurohormônios (Kohler & Voigt 1988). Os
processos de catabolismo de proteínas também não estão claros em helmintos,
admitindo-se a produção e excreção de amônia como produto final e não uréia, como
ocorre na maioriadosvertebrados(Köhlere Voigt,1988).Não foi encontrada na literatura
a descrição do ciclo da uréia em cestóides. Porém, em mamíferos (Fig 5), ocorre o
catabolismode aminoácidosdentroe foradamitocôndria,gerandofumaratoe uréiacomo
produtos finais, que serão excretados (Lehninger et al., 2005).
A maioriadoshelmintosé incapazde sintetizar lipídios (ácidos graxos de cadeias longas e
esteróis),sendo, portanto, dependentes de sua absorção a partir do meio. Ácidos graxos
absorvidos de fontes exógenas são rapidamente incorporados nas reservas de
triacilglicerol e fosfolipídeos, encontrados principalmente na membrana cística e
tegumento de cestódeos (Köhler e Voigt, 1988).
Em helmintos, ainda não foi relatada a presença de vias metabólicas ou enzimas
pertencentes à β-oxidação de Acetil-CoA como fonte de energia alternativa. Porém, em
vertebrados, os corpos cetônicos, acetoacetato e β-hidroxibutirato, são formados como
resultado da oxidação de Acetil-CoA (Fig 8) em situações de acúmulo deste último
(anaerobiose, baixa tensão de oxigênio ou bloqueio do ciclo do ácido cítrico). Essas
reações ocorrem na matriz mitocondrial e não no citoplasma, porém estes corpos
cetônicos podem se acumular no meio extracelular gerando cetose e acidose, sendo
consequentemente excretados (Lehninger et al., 2005).
Segundo Lehninger et al. (2006), a oxidação de ácidos graxos, nos vertebrados, gera
acetil-CoA, que participa do ciclo do ácido cítrico e/ ou é convertida á corpos
cetônicos como acetona, acetoacetato e β- hidroxibutirato (figura 5); o acetoacetato
e β-hidroxibutirato vão para outros tecidos para serem convertidos a acetil-CoA.
Em invertebrados, o succinato (Figs 6 e 7) é um ácido orgânico excretado como produto
final dociclo do ácido cítrico que também pode ser utilizado via succinato desidrogenase
na cadeia transportadora de elétrons na fase do complexo II a cadeia respiratória,
indicandoque suaconcentraçãoestádiretamente relacionadaaos processos respiratórios
aeróbios (Lehninger et al., 2005).
4. Discutir um trecho em que quando as espécies exóticas colonizam um ambiente
antes isento de sua presença não existem predadores para esta espécies bem
como os parasitos podem infectar estas espécies, no nosso caso as quatro
espécies descritas em Achatina (Aelurostrongylus, Angiostrongylus, Rhabditis
sp., Strongyluris sp).
5. Relatar porque os moluscos se infectaram com os nemaoides e quais os
conteúdos foram alterados nas infecções e porque isto ocorreu, além disso,
descrever a proporção parasitária de infecção para os exemplares de A. fulica
6. Entre as espécies de parasitos encontradas quais foram mais prejudiciais ao
molusco tentar relacionar a ação parasitaria de cada espécies sobre a dano ao
molusco
7. Fazer uma correlação da bioquímica dos três nematoides e sua ação parasitária
sobre o molusco. Explicar interação os motivos das possíveis alterações
(proteínasnativasourecombinantes)
Histologia: As metodologiasde pesquisaestãocadavezmaissofisticadase refinadas.A
contribuiçãodabiologiacelulare daanálise ultraestrutural de parasitosatravésde
técnicasde microscopiatemsidofundamentalparaa localizaçãode antígenosnasdiversas
fasesdociclo biológicoe noentendimentodosmecanismosde interaçãohospedeiro-
parasito(KNOXetal.,2001).
A determinaçãodaseqüênciade nucleotídeose daproteínacodificada,comsubseqüente
expressão emcélulasprocariotase eucariotas,sãoagoraprocedimentosbásicosda
biologiaparasitária(KNOXetal.,2001).
Estesprojetosvêmabrindograndespossibilidadesde avançosnacompreensãodos
mecanismosde patogenicidadeparasitáriae de seusvetores, assimcomoparaa
identificaçãode alvosespecíficosparanovosmedicamentose vacinas,oque temlevadoa
um enorme investimentoembiotecnologia
Estesestudosmostrarama complexidade dainteraçãohospedeiroparasito,principalmente
no que se refere aresistênciaouà susceptibilidadedoshospedeirosàsinfecções
O metabolismo é definido como a transformação química de qualquer molécula, que
ocorre em células ou organismos. Algumas dessas reações químicas envolvem a
liberação ou armazenamento de energia, o que chamamos de metabolismo
energético. Essas reações químicas corporais irão determinar o que acontece com os
nutrientes absorvidos a partir dos alimentos ingeridos. Assim o metabolismo
energético envolve a utilização de substratos energéticos (a partir de fontes
endógenas ou exógenas), síntese (anabolismo – requer gasto energético para que
ocorra) e degradação (catabolismo – envolve quebra de moléculas grandes e 14 mais
complexas em moléculas menores e mais simples e resultam usualmente em
liberação de energia) de componentes estruturais e funcionais e também a
eliminação de resíduos gerados a partir destas reações.
Metabolismoenergético e respiratório de helmintos A produção de ácidos orgânicos por
helmintos foi relatada pela primeira vez em 1850 e desde então as principais vias do
metabolismoenergéticovemsendoestudadasmaisdetalhadamente.Essesestudosforam
feitos,principalmente,utilizandoenzimaspurificadasousemi-purificadas e o catabolismo
de carboidratosfoi bastante explorado. Durante esses estudos, ficou claro que as formas
adultasdoshelmintosdependiamde carboidratosnaformade glicose ou glicogênio como
fonte energéticae nãoencontraramevidenciasdocatabolismo de aminoácidos e lipídeos
(Barret2009). Braeckman etal.(2009) relataramque o nematoide Caenorhabditis elegans
pode usar lipídiose aminoácidoscomofontesde energia.A formade produção energética
dos helmintossegue oprincípiodosdemaisorganismos vivos que utilizam um sistema de
reaçõesde oxi-reduçãoparasintetizarATP.Essasíntese de ATP pode vir da degradação de
substratos por enzimas, onde parte da energia livre dessa degradação é conservada e
transferida para a formação do ATP ou de uma cadeia transportadora de elétrons
associada à fosforilação do ADP, em que, um gradiente eletroquímico de prótons serve
como uma força termodinâmica intermediária que conduz essa fosforilação do ADP para
formar o ATP. Entretanto, comparando esses sistemas ao de animais superiores, os
helmintos apresentam um maior número de estratégias metabólicas para formar ATP,
conseguindo desempenhar essas ações em ambientes de aerobiose e/ou anaerobiose
(Kohler 1985). Já foi mostrado que a função global das mitocôndrias é sintetizar ATP
atravésda utilizaçãode compostosorgânicoscomodoadores de elétrons. Porém existem
mitocôndrias, de diferentes organismos eucariotos, que fazem essa produção utilizando
diferentesvias.Dentre elastemosumaviaemque o oxigênioé oaceptorfinal de elétrons,
entãotemosuma viaaeróbiade produçãode energia;compostosorgânicosouinorgânicos
que não sejamo oxigêniotambémpodemservircomoacpetoresfinaisde elétrons, diante
de uma anaerobiose, caracterizando uma respiração anaeróbia. Uma forma de produzir
energia, bem peculiar, encontrada em um molusco aquático chamado de Geukensia
demissa, é a utilização de compostos inorgânicos como doadores de elétrons. Em
helmintosforamrelatadosapenasautilizaçãode compostos orgânicos como doadores de
elétrons em aerobiose ou anaerobiose (Tielens et al. 2002).

Contenu connexe

Tendances

Fundamentos da bioquimica
Fundamentos da bioquimicaFundamentos da bioquimica
Fundamentos da bioquimicaemanuel
 
Treinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicosTreinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicosemanuel
 
Ap. fundamentos bioquímica
Ap. fundamentos bioquímicaAp. fundamentos bioquímica
Ap. fundamentos bioquímicaFernanda Sanches
 
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOSVESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOSIsaquel Silva
 
O mito de evolução química
O mito de evolução químicaO mito de evolução química
O mito de evolução químicaGILMAR CARDOSO
 
Exercicios organelas
Exercicios organelas Exercicios organelas
Exercicios organelas Juliana Pedro
 
Bioquimica i 01 introdução
Bioquimica i 01   introduçãoBioquimica i 01   introdução
Bioquimica i 01 introduçãoJucie Vasconcelos
 
Treinamento citoplasma
Treinamento citoplasmaTreinamento citoplasma
Treinamento citoplasmaemanuel
 
1° S Exercícios Estrutura celular e transportes
1° S            Exercícios  Estrutura celular e transportes1° S            Exercícios  Estrutura celular e transportes
1° S Exercícios Estrutura celular e transportesIonara Urrutia Moura
 
C1 curso b_prof_biologia
C1 curso b_prof_biologiaC1 curso b_prof_biologia
C1 curso b_prof_biologiaEvandro Pereira
 
Provas grad. 2012.2-2º dia
Provas   grad. 2012.2-2º diaProvas   grad. 2012.2-2º dia
Provas grad. 2012.2-2º diaMarcelo Miorim
 
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNaBioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNaeducacao f
 
Introdução à bioquímica
Introdução à bioquímicaIntrodução à bioquímica
Introdução à bioquímicaAlessandra Fraga
 
Treinamento de membrana plasmática
Treinamento de membrana plasmáticaTreinamento de membrana plasmática
Treinamento de membrana plasmáticaemanuel
 

Tendances (20)

Fundamentos da bioquimica
Fundamentos da bioquimicaFundamentos da bioquimica
Fundamentos da bioquimica
 
Treinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicosTreinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicos
 
Ap. fundamentos bioquímica
Ap. fundamentos bioquímicaAp. fundamentos bioquímica
Ap. fundamentos bioquímica
 
Biologia Tipo C
Biologia Tipo CBiologia Tipo C
Biologia Tipo C
 
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOSVESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOS
VESTIBULAR UFPE 2014 - PROVA DE BIOLOGIA - TODOS OS TIPOS
 
FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA
FUNDAMENTOS DE  BIOQUIMICAFUNDAMENTOS DE  BIOQUIMICA
FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA
 
O mito de evolução química
O mito de evolução químicaO mito de evolução química
O mito de evolução química
 
Exercícios iniciais
Exercícios   iniciaisExercícios   iniciais
Exercícios iniciais
 
Exercicios organelas
Exercicios organelas Exercicios organelas
Exercicios organelas
 
Bioquimica i 01 introdução
Bioquimica i 01   introduçãoBioquimica i 01   introdução
Bioquimica i 01 introdução
 
T.D CITOLOGIA
T.D CITOLOGIAT.D CITOLOGIA
T.D CITOLOGIA
 
Biologia citologia exercicios
Biologia citologia exerciciosBiologia citologia exercicios
Biologia citologia exercicios
 
2 bioquimica estrutural
2 bioquimica estrutural2 bioquimica estrutural
2 bioquimica estrutural
 
Treinamento citoplasma
Treinamento citoplasmaTreinamento citoplasma
Treinamento citoplasma
 
1° S Exercícios Estrutura celular e transportes
1° S            Exercícios  Estrutura celular e transportes1° S            Exercícios  Estrutura celular e transportes
1° S Exercícios Estrutura celular e transportes
 
C1 curso b_prof_biologia
C1 curso b_prof_biologiaC1 curso b_prof_biologia
C1 curso b_prof_biologia
 
Provas grad. 2012.2-2º dia
Provas   grad. 2012.2-2º diaProvas   grad. 2012.2-2º dia
Provas grad. 2012.2-2º dia
 
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNaBioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
Bioquimica Carboidratos, LipíDeos E ProteíNa
 
Introdução à bioquímica
Introdução à bioquímicaIntrodução à bioquímica
Introdução à bioquímica
 
Treinamento de membrana plasmática
Treinamento de membrana plasmáticaTreinamento de membrana plasmática
Treinamento de membrana plasmática
 

Similaire à Discussão

Organelas citoplasmaticas
Organelas citoplasmaticasOrganelas citoplasmaticas
Organelas citoplasmaticasletyap
 
Exercícios organelas-1s-17
Exercícios  organelas-1s-17Exercícios  organelas-1s-17
Exercícios organelas-1s-17CotucaAmbiental
 
Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01
Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01
Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01Bru Resende
 
Caderno de provas ssa 1 2º dia
Caderno de provas ssa 1   2º diaCaderno de provas ssa 1   2º dia
Caderno de provas ssa 1 2º diaPortal NE10
 
BIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdf
BIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdfBIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdf
BIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdfCecliaArajo15
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Felipe Cavalcante
 
Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)
Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)
Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)Ronaldo Santana
 
Questoes Origem, Evolução e Diversidade Celular
Questoes Origem, Evolução e Diversidade CelularQuestoes Origem, Evolução e Diversidade Celular
Questoes Origem, Evolução e Diversidade CelularFabio Magalhães
 
Apresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdf
Apresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdfApresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdf
Apresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdfMrio38
 
Apostila 1
Apostila 1Apostila 1
Apostila 1dcpalma
 
Biologia celular 2016 aula3 4-5 - modificada
Biologia celular 2016   aula3 4-5 - modificadaBiologia celular 2016   aula3 4-5 - modificada
Biologia celular 2016 aula3 4-5 - modificadaFábio Abdalla
 

Similaire à Discussão (20)

Revista biologia
Revista biologiaRevista biologia
Revista biologia
 
1S_ Questoes ac nucleicos
1S_ Questoes ac nucleicos  1S_ Questoes ac nucleicos
1S_ Questoes ac nucleicos
 
Organelas citoplasmaticas
Organelas citoplasmaticasOrganelas citoplasmaticas
Organelas citoplasmaticas
 
Exercícios organelas-1s-17
Exercícios  organelas-1s-17Exercícios  organelas-1s-17
Exercícios organelas-1s-17
 
Discursivo.14
Discursivo.14Discursivo.14
Discursivo.14
 
Questoes para 1 s sem resposta
Questoes para 1 s  sem respostaQuestoes para 1 s  sem resposta
Questoes para 1 s sem resposta
 
Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01
Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01
Bioquimicacarboidratoslipdeoseprotenas 100320060818-phpapp01
 
metabolismo vegetal
metabolismo vegetalmetabolismo vegetal
metabolismo vegetal
 
Bio específica 2012
Bio específica 2012Bio específica 2012
Bio específica 2012
 
Caderno de provas ssa 1 2º dia
Caderno de provas ssa 1   2º diaCaderno de provas ssa 1   2º dia
Caderno de provas ssa 1 2º dia
 
Catálise Assimétrica Heterogênea
Catálise Assimétrica HeterogêneaCatálise Assimétrica Heterogênea
Catálise Assimétrica Heterogênea
 
1S - 4° bim Exercícios
1S - 4° bim Exercícios 1S - 4° bim Exercícios
1S - 4° bim Exercícios
 
BIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdf
BIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdfBIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdf
BIO_AP_Microbiologia_Reino Monera.pdf
 
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6Livro de bioquímica cap. 4 - 6
Livro de bioquímica cap. 4 - 6
 
Aula Sobre Citologia
Aula Sobre CitologiaAula Sobre Citologia
Aula Sobre Citologia
 
Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)
Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)
Aula Biologia: Citologia II (organelas citoplasmáticas)
 
Questoes Origem, Evolução e Diversidade Celular
Questoes Origem, Evolução e Diversidade CelularQuestoes Origem, Evolução e Diversidade Celular
Questoes Origem, Evolução e Diversidade Celular
 
Apresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdf
Apresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdfApresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdf
Apresentação BIOLOGIA - 3ªT LIC-TeSP_2324.pdf
 
Apostila 1
Apostila 1Apostila 1
Apostila 1
 
Biologia celular 2016 aula3 4-5 - modificada
Biologia celular 2016   aula3 4-5 - modificadaBiologia celular 2016   aula3 4-5 - modificada
Biologia celular 2016 aula3 4-5 - modificada
 

Discussão

  • 1. 1. Bioquímica da relação parasito hospedeiro, Por que o estudo da bioquímica é importante para esta relação (quero responder sobre a relação entre as espécies) se através dela podemos dizer que existe uma adaptação entre as espécies e como base nos resultados quais delas estão mais adaptadas ao molusco A. fulica e poque? 2. adaptações metabólicas metabolismo intermediário 3. e como é a caracterização do perfil bioquímico dos moluscos não infectados (proteína, carboidratos, lipídeos) e como é competição com o hospedeiro para alimentação dos parasitos As necessidades nutricionais dos parasitos são dependentes da disponibilidade de substâncias encontradas no seu habitat que variam desde substâncias nutricionais universais, como carboidratos, aminoácidos, vitaminas e minerais, até necessidades específicas de bases purinas, nucleosídeos, ácidos graxos, esteróis e porfirinas. Os helmintos, especialmente aqueles com ausência de trato digestório, são capazes de incorporar, por transporte ativo e processos de endocitose, macromoléculas, como proteínaspara utilizaçãocomofonte de componentes constitucionais,como aminoácidos, monossacarídeos, nucleotídeos ou lipídeos (Köhler e Voigt, 1988). A produção de malato em helmintos apresenta função análoga à da fermentação de lactato, ou seja, manutenção do equilíbrio redox através da ação de desidrogenases e produção de dois mols de ATP para cada mol de glicose catabolisado (Köhler e Voigt, 1988). Entretanto, sua fase larvária apresenta atividade in vivo aeróbia dependente de oxigênio que se difunde pelos tecidos de seu hospedeiro intermediário. Portanto, o metabolismo energético de cestóides varia de acordo com a oferta de oxigênio de seu habitat(Köhlere Voigt,1988; Del Arenal et al., 2001). A cadeia transportadora de elétrons detectada em cisticercos de T. crassiceps é semelhante à cadeia encontrada em seus hospedeiros mamíferos, demonstrando presença de citocromos bc1, c e aa3; enquanto este tipo de respiração é ausente em parasitos adultos (Del Arenal et al., 2001). Ainda não se sabe ao certo porque fases larvais de helmintos apresentam maiores capacidadesde oxidaçãodoque suas respectivasfasesadultas.Tese de Doutorado Marina Clare Vinaud 9 Provavelmente, isto ocorre pelo tamanho corporal diminuído nas fases
  • 2. larvaisque facilitariaadifusãode oxigênio pelos tecidos do parasito adicionado ao maior aporte de oxigênio fornecido pelo hospedeiro. Ainda não se sabe como os helmintos realizam a biosíntese de aminoácidos e proteínas, aparentemente ocorre uma retirada destes elementos do meio de acordo com a biodisponibilidade oferecidapelohospedeiro. Esses aminoácidos podem ser utilizados na síntese de proteínas, neurotransmissores e neurohormônios (Kohler & Voigt 1988). Os processos de catabolismo de proteínas também não estão claros em helmintos, admitindo-se a produção e excreção de amônia como produto final e não uréia, como ocorre na maioriadosvertebrados(Köhlere Voigt,1988).Não foi encontrada na literatura a descrição do ciclo da uréia em cestóides. Porém, em mamíferos (Fig 5), ocorre o catabolismode aminoácidosdentroe foradamitocôndria,gerandofumaratoe uréiacomo produtos finais, que serão excretados (Lehninger et al., 2005). A maioriadoshelmintosé incapazde sintetizar lipídios (ácidos graxos de cadeias longas e esteróis),sendo, portanto, dependentes de sua absorção a partir do meio. Ácidos graxos absorvidos de fontes exógenas são rapidamente incorporados nas reservas de triacilglicerol e fosfolipídeos, encontrados principalmente na membrana cística e tegumento de cestódeos (Köhler e Voigt, 1988). Em helmintos, ainda não foi relatada a presença de vias metabólicas ou enzimas pertencentes à β-oxidação de Acetil-CoA como fonte de energia alternativa. Porém, em vertebrados, os corpos cetônicos, acetoacetato e β-hidroxibutirato, são formados como resultado da oxidação de Acetil-CoA (Fig 8) em situações de acúmulo deste último (anaerobiose, baixa tensão de oxigênio ou bloqueio do ciclo do ácido cítrico). Essas reações ocorrem na matriz mitocondrial e não no citoplasma, porém estes corpos cetônicos podem se acumular no meio extracelular gerando cetose e acidose, sendo consequentemente excretados (Lehninger et al., 2005). Segundo Lehninger et al. (2006), a oxidação de ácidos graxos, nos vertebrados, gera acetil-CoA, que participa do ciclo do ácido cítrico e/ ou é convertida á corpos cetônicos como acetona, acetoacetato e β- hidroxibutirato (figura 5); o acetoacetato e β-hidroxibutirato vão para outros tecidos para serem convertidos a acetil-CoA. Em invertebrados, o succinato (Figs 6 e 7) é um ácido orgânico excretado como produto final dociclo do ácido cítrico que também pode ser utilizado via succinato desidrogenase na cadeia transportadora de elétrons na fase do complexo II a cadeia respiratória,
  • 3. indicandoque suaconcentraçãoestádiretamente relacionadaaos processos respiratórios aeróbios (Lehninger et al., 2005). 4. Discutir um trecho em que quando as espécies exóticas colonizam um ambiente antes isento de sua presença não existem predadores para esta espécies bem como os parasitos podem infectar estas espécies, no nosso caso as quatro espécies descritas em Achatina (Aelurostrongylus, Angiostrongylus, Rhabditis sp., Strongyluris sp). 5. Relatar porque os moluscos se infectaram com os nemaoides e quais os conteúdos foram alterados nas infecções e porque isto ocorreu, além disso, descrever a proporção parasitária de infecção para os exemplares de A. fulica 6. Entre as espécies de parasitos encontradas quais foram mais prejudiciais ao molusco tentar relacionar a ação parasitaria de cada espécies sobre a dano ao molusco 7. Fazer uma correlação da bioquímica dos três nematoides e sua ação parasitária sobre o molusco. Explicar interação os motivos das possíveis alterações
  • 4. (proteínasnativasourecombinantes) Histologia: As metodologiasde pesquisaestãocadavezmaissofisticadase refinadas.A contribuiçãodabiologiacelulare daanálise ultraestrutural de parasitosatravésde técnicasde microscopiatemsidofundamentalparaa localizaçãode antígenosnasdiversas fasesdociclo biológicoe noentendimentodosmecanismosde interaçãohospedeiro- parasito(KNOXetal.,2001). A determinaçãodaseqüênciade nucleotídeose daproteínacodificada,comsubseqüente expressão emcélulasprocariotase eucariotas,sãoagoraprocedimentosbásicosda biologiaparasitária(KNOXetal.,2001). Estesprojetosvêmabrindograndespossibilidadesde avançosnacompreensãodos mecanismosde patogenicidadeparasitáriae de seusvetores, assimcomoparaa identificaçãode alvosespecíficosparanovosmedicamentose vacinas,oque temlevadoa um enorme investimentoembiotecnologia Estesestudosmostrarama complexidade dainteraçãohospedeiroparasito,principalmente no que se refere aresistênciaouà susceptibilidadedoshospedeirosàsinfecções O metabolismo é definido como a transformação química de qualquer molécula, que ocorre em células ou organismos. Algumas dessas reações químicas envolvem a liberação ou armazenamento de energia, o que chamamos de metabolismo energético. Essas reações químicas corporais irão determinar o que acontece com os nutrientes absorvidos a partir dos alimentos ingeridos. Assim o metabolismo energético envolve a utilização de substratos energéticos (a partir de fontes endógenas ou exógenas), síntese (anabolismo – requer gasto energético para que ocorra) e degradação (catabolismo – envolve quebra de moléculas grandes e 14 mais complexas em moléculas menores e mais simples e resultam usualmente em liberação de energia) de componentes estruturais e funcionais e também a eliminação de resíduos gerados a partir destas reações. Metabolismoenergético e respiratório de helmintos A produção de ácidos orgânicos por helmintos foi relatada pela primeira vez em 1850 e desde então as principais vias do
  • 5. metabolismoenergéticovemsendoestudadasmaisdetalhadamente.Essesestudosforam feitos,principalmente,utilizandoenzimaspurificadasousemi-purificadas e o catabolismo de carboidratosfoi bastante explorado. Durante esses estudos, ficou claro que as formas adultasdoshelmintosdependiamde carboidratosnaformade glicose ou glicogênio como fonte energéticae nãoencontraramevidenciasdocatabolismo de aminoácidos e lipídeos (Barret2009). Braeckman etal.(2009) relataramque o nematoide Caenorhabditis elegans pode usar lipídiose aminoácidoscomofontesde energia.A formade produção energética dos helmintossegue oprincípiodosdemaisorganismos vivos que utilizam um sistema de reaçõesde oxi-reduçãoparasintetizarATP.Essasíntese de ATP pode vir da degradação de substratos por enzimas, onde parte da energia livre dessa degradação é conservada e transferida para a formação do ATP ou de uma cadeia transportadora de elétrons associada à fosforilação do ADP, em que, um gradiente eletroquímico de prótons serve como uma força termodinâmica intermediária que conduz essa fosforilação do ADP para formar o ATP. Entretanto, comparando esses sistemas ao de animais superiores, os helmintos apresentam um maior número de estratégias metabólicas para formar ATP, conseguindo desempenhar essas ações em ambientes de aerobiose e/ou anaerobiose (Kohler 1985). Já foi mostrado que a função global das mitocôndrias é sintetizar ATP atravésda utilizaçãode compostosorgânicoscomodoadores de elétrons. Porém existem mitocôndrias, de diferentes organismos eucariotos, que fazem essa produção utilizando diferentesvias.Dentre elastemosumaviaemque o oxigênioé oaceptorfinal de elétrons, entãotemosuma viaaeróbiade produçãode energia;compostosorgânicosouinorgânicos que não sejamo oxigêniotambémpodemservircomoacpetoresfinaisde elétrons, diante de uma anaerobiose, caracterizando uma respiração anaeróbia. Uma forma de produzir energia, bem peculiar, encontrada em um molusco aquático chamado de Geukensia demissa, é a utilização de compostos inorgânicos como doadores de elétrons. Em helmintosforamrelatadosapenasautilizaçãode compostos orgânicos como doadores de elétrons em aerobiose ou anaerobiose (Tielens et al. 2002).